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O Novo Acordo Ortográfico_pdf

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Texto

(1)

O NOVO ACORDO

ORTOGRÁFICO

Breve definição

(2)

A história do acordo

Em 1911 deu-se a primeira grande reforma ortográfica.

Desde então foram realizadas várias tentativas com vista à criação de uma norma ortográfica única. Em março de

2008, o Governo português aprovou uma resolução, propondo ao Parlamento a ratificação do 2º Protocolo Modificativo, abrindo caminho à aplicação do acordo de 1990.

Documento elaborado pela Academia das Ciências de Lisboa, Academia brasileira de Letras, Angola, Cabo

Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e, posteriormente, Timor-Leste.

(3)

Razões para a aplicação do Novo

Acordo Ortográfico

Terminar com a “divergência ortográfica” de quase um século.

Necessidade de criação de uma ortografia oficial e

unificada que sirva de instrumento comunicativo entre os oito países de língua portuguesa.

Facultar um ensino unificado no que diz respeito à aprendizagem da língua portuguesa pelo mundo.

(4)

Características gerais

Privilégio do critério fonético em detrimento do etimológico. Introdução das consoantes K, W e Y no alfabeto

português.

Redução e sistematização do emprego do hífen. Supressão de acentos gráficos.

(5)

Características gerais

Unificação de 98% do léxico, evitando o aprofundamento das diferenças.

Apenas afeta a grafia da escrita e não a oralidade, nem as variações gramaticais e lexicais.

(6)

Súmula das modificações do Novo

Acordo Ortográfico de 1990

(7)

Introdução das consoantes K (capa ou cá),

W (dáblio ou duplo vê) e Y (ípsilon ou i

grego) no alfabeto:

Nomes e seus derivados (ex. Kant – kantiano, Wagner – wagneriano). Unidades monetárias (ex. Kwanza).

Símbolos de uso internacional (ex. K – potássio, Kg – quilograma, Km – quilómetro, W -- watt).

Topónimos e derivados (ex. Washington – washingtoniano). Desportos e desportistas (ex. windsurf – windsurfista).

(8)

Uso obrigatório da minúscula em:

Meses do ano (ex. janeiro) e estações (ex. primavera). Pontos cardeais e colaterais (ex. norte)*.

Designações usadas para mencionar alguém cujo nome se desconhece ou que não se quer mencionar e que são

sinónimas de sujeito, pessoa ou indivíduo (fulano, beltrano, sicrano).

* Quando usamos abreviaturas para pontos cardeais, colaterais e regiões, mantemos a inicial maiúscula.

(9)

Uso opcional da minúscula em:

Títulos de livros e obras equiparadas (mantendo a maiúscula inicial do primeiro elemento):

Ex. A Ilustre Casa de Ramires ou A ilustre casa de Ramires.

Formas de tratamento:

Ex. Exmo. Sr. ou exmo senhor.

Nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas:

Ex. Português ou português.

Lograndouros públicos, templos ou edifícios:

Ex. Avenida da Liberdade ou avenida da liberdade;

(10)

Supressão obrigatória de

consoantes mudas ou não

articuladas na norma lusoafricana:

CC : abstraccionismo - abstracionismo coleccionador - colecionador CÇ: acção - ação colecção - coleção CT: acta - ata director - diretor

Nos casos em que a consoante se articula como (ex. ficcional), esta mantém-se.

(11)

Supressão obrigatória de

consoantes mudas ou não

articuladas na norma lusoafricana:

PC: anticoncepcional - anticoncecional excepcional - excecional PÇ: adopção - adoção concepção - conceção PT: baptismo - batismo óptimo - ótimo

(12)

Duplas Grafias

Devido à variação de pronúncia nas duas normas cultas (lusoafricana e brasileira), podem coexistir duplas grafias, conforme oscilem entre a prolação e o emudecimento.

Ex. aspecto / aspeto caracteres / carateres característica / caraterística deíctico / deítico infecção / infeção intersecção / interseção sector / setor

(13)

Duplas Grafias

Coexistência de duas grafias pela diferente

pronunciação entre as normas lusoafricana e brasileira: Lusoafricana Brasileira

Ex. facto / fato

contactar / contatar olfacto / olfato

corrupção / corrução subtil / sutil

(14)

Supressão obrigatória de acentos

gráficos em palavras graves

(paroxítonas):

Verbos da segunda conjugação, com “e” tónico oral

fechado em hiato com a terminação “–em” da 3ª pessoa do plural do presente do indicativo ou conjuntivo deixam de ter acento circunflexo:

Ex. crêem - creem dêem - deem lêem - leem vêem - veem

(15)

Supressão obrigatória de acentos

gráficos em palavras graves

(paroxítonas):

As palavras graves que, tendo respetivamente vogal tónica aberta ou fechada, são homógrafas de palavras proclíticas deixam de receber acento agudo ou circunflexo; a distinção dependerá do contexto.

Ex. para (á), flexão do verbo parar – para, preposição;

Exceções: o acento circunflexo mantém-se nas formas pôde (3ª

pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo) para diferenciar de pode (presente do indicativo) e na forma verbal pôr para distinguir da preposição por.

(16)

Supressão obrigatória de acentos

gráficos em palavras graves

(paroxítonas) com ditongo oi:

Ex. heróico - heroico jóia - joia

(17)

Hifenização - eliminação obrigatória:

Eliminação do hífen nas formações por prefixação e recomposição em que o prefixo ou pseudoprefixo

termina em vogal e o elemento imediatamente seguinte começa por r ou s, dobrando-se essas consoantes:

Ex. anti-religioso - antirreligioso contra-relógio - contrarrelógio semi-selvagem - semisselvagem

(18)

Hifenização - eliminação obrigatória:

Eliminação do hífen nas formações por prefixação e recomposição em que o prefixo ou pseudoprefixo

termina em vogal e o elemento imediatamente seguinte começa por vogal diferente daquela:

Ex. agro -industrial – agroindustrial extra-escolar – extraescolar auto-estrada – autoestrada co-autor – coautor

(19)

Hifenização obrigatória:

Emprego do hífen nas formações por prefixação e recomposição em que o prefixo ou pseudoprefixo

termina em vogal e o elemento imediatamente seguinte começa por vogal igual àquela:

Ex. anti-ibérico

contra-almirante micro-ondas

Exceção: o prefixo co- ocorre sempre aglutinado, mesmo

(20)

Hifenização obrigatória:

As palavras compostas que designam espécies na área da botânica e da zoologia, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento, escrevem-se sempre com hífen: Ex. abóbora – menina

couve – flor erva – doce

Nos topónimos iniciados por grão- ou grã-, por forma verbal ou ligados por artigo:

Ex. Grã-Bretanha Quebra-Costas

(21)

Hifenização obrigatória:

Com os prefixos ex-, pós-, pré- e pró- quando o elemento seguinte tem vida autónoma:

Ex.pré-primária pós-graduação ex-marido

pré-natal

pró-europeu

(22)

Hifenização obrigatória:

Com os prefixos circum- e pan- quando o segundo elemento começa por vogal, h, m ou n:

Ex. circum-navegação pan-africano

circum-murado

Com os prefixos hiper-, inter-, super-., quando o segundo elemento começa por r:

Ex. hiper-realista super-resistente

(23)

Hifenização obrigatória:

Compostos com os advérbios bem e mal, quando eles

formam uma unidade sintagmática e semântica com o

elemento que se lhes segue e tal elemento começa

por vogal ou h.

Ex.

Bem-aventurado

Bem-estar

Mal-humorado

NOTA: complexidade da aglutinação de bem.

Bem-vindo, bem-mandado, bem-falante.

(24)

Eliminação do Hífen

Ligações da preposição de com as formas

monossilábicas do presente do indicativo do verbo haver:

Ex. hei-de – hei de

(25)

Supressão obrigatória de acentos gráficos em palavras graves (típicos da norma culta brasileira):

Supressão por completo do emprego do trema(ä):

Ex. agüentar – aguentar

lingüista – linguista

freqüente – frequente*

Supressão de acentos gráficos em palavras graves com ditongo

ei:

Ex. platéia - plateia

assembléia - assembleia idéia - ideia

*Exceção: o trema manter-se-á em palavras de origem estrangeira e suas derivadas (ex. Müller, mülleriano).

(26)

Eliminação obrigatória do acento circunflexo

nas formas nominais e verbais das palavras

graves em que o “o” tónico fechado faz hiato

com o outro “o” (típico da norma culta

brasileira):

Ex. enjôo – enjoo

vôo – voo

(27)

Eliminação obrigatória do acento agudo em

palavras graves com vogais tónicas grafadas

com “i” e “u”, quando precedidas de ditongo

(típico da norma culta brasileira):

Ex. feiúra - feiura baiúca - baiuca

(28)

Emprego do acento agudo ou do acento

circunflexo:

Palavras esdrúxulas (proparoxítonas):

Vogal “e”, seguida de consoante nasal “m” ou “n”: Ex. académico e acadêmico

gémeo e gêmeo milénio e milênio

Vogal “o”, seguida de consoante nasal “m” ou “n”: Ex. crónico e crônico

fenómeno e fenômeno sinfónico e sinfônico

(29)

Emprego do acento agudo ou do

acento circunflexo:

Palavras graves (paroxítonas):

Vogal “e”, seguida de consoante nasal “m” ou “n”:

Ex. fémur e fêmur ténis e tênis vénus e vênus

Vogal “o”, seguida de consoante nasal “m” ou “n”:

Ex. bónus e bônus

pónei e pônei

(30)

Emprego ou supressão de acentos

gráficos em palavras graves:

Acentuação da 1ª pessoa do plural dos verbos regulares da primeira conjugação no pretérito perfeito do indicativo, de modo a distinguir do presente do indicativo (aplicação apenas para a norma culta lusoafricana):

Ex. andámos e andamos

cantámos e cantamos lavámos e lavamos

(31)

Bibliografia

Adragão, José Victor (introd.) (1995) Novo Acordo

Ortográfico. Afinal o que vai mudar?. Cacém: Texto Editora

Casteleiro, João Malaca e Correia, Pedro Dinis (2007)

atual. O Novo Acordo Ortográfico. Cacém: Texto Editores

Gomes, Francisco Álvaro (2008) O Acordo Ortográfico. Porto: Porto Editora

Referências

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