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Sistemas de auditorias à coordenação de segurança em obra

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Departamento de Engenharia

Sistemas de auditorias à coordenação de segurança em obra

Por

Jorge Miguel Carvalho Sousa

Dissertação apresentada para a obtenção do grau de Mestre em Engenharia Civil pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

(2)

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Departamento de Engenharia

Sistemas de auditorias à coordenação de segurança em obra

Jorge Miguel Carvalho Sousa

Mestrado em Engenharia Civil

Orientadora:

Prof.ª Dr.ª Cristina Madureira dos Reis

Dissertação apresentada para a obtenção do grau de Mestre em Engenharia Civil pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

(3)

III

Agradecimentos

"A melhor forma de se agradecer... é sorrindo verdadeiramente" (Alberto Moussallem)

Não posso de deixar de expressar o meu agradecimento aqueles que contribuíram de modo geral a permitir a realização deste projeto, de um modo mais especial um agradeço:

- À Prof.ª Dr.ª Cristina Madureira dos Reis, orientadora desta dissertação, pelo apoio e de incentivo que me dirigiu e pela sua disponibilidade.

- A empresa Estradas de Portugal, mais concretamente ao Eng. Jorge Machado pela sua ajuda e ao Eng. João Baptista pela sua disponibilidade e pela transmissão de conhecimentos no decorrer do estágio.

- Ao corpo docente da UTAD pelos conhecimentos recebidos.

-A todos os meus amigos, agradeço a amizade e disponibilidade demonstrada ao longo deste tempo.

- Aos meus pais e ao meu irmão pela ajuda e pelo esforço que efetuaram ao longo destes anos para a concretização deste projeto final.

(4)

IV

Resumo

Este documento consiste na análise da coordenação de segurança em obra, tendo como principal objetivo os sistemas de auditoria. As auditorias são exames necessários no desenvolvimento de qualquer empreendimento, pois visam analisar os procedimentos seguidos no decorrer da atividade.

A segurança e saúde na construção civil é cada vez mais um ponto relevante nos dias de hoje. Para evitar acidentes de trabalho é necessário eliminar os risco, para isso deverá ser gerada uma avaliação prévia dos riscos e posteriormente medidas de prevenção contra estes riscos, para isto existe a coordenação de segurança e saúde nos estaleiros temporários ou moveis, que visa desenvolver uma ação preventiva adaptada às particularidades do ato de construir. A coordenação deve planificar e organizar a prevenção, desde à fase de projeto até à fase de execução dos trabalhos incluído a manutenção futura da edificação, com isto os coordenadores de segurança e saúde deverão desenvolver um vasto conjunto de atividades que avaliem os riscos, concebam e programem medidas preventivas, promovam a integração das medidas de segurança no projeto e na execução da obra, entre outros aspetos.

Neste caso particular deste trabalho de investigação decidiu-se seguir de perto a realização de uma auditoria à uma obra em concreto, tendo-se tratado do empreendimento “EN 101-Ponte da Barca sobre o Rio Lima ao KM 56+737 - Reabilitação da Obra de Arte”. Foi feito o acompanhamento deste empreendimento, explicando na sua generalidade os passos seguidos para a execução da obra. Por fim, foi feita uma auditoria tendo como objetivo avaliar, por amostragem aleatória, o comprimento das obrigações da entidade executante.

Em suma, qualquer obra que seja de grande ou pequena dimensão necessita de uma coordenação de segurança e saúde para prevenir riscos existentes e para um efetivo controlo da realização de auditorias de segurança.

(5)

V

Abstract

This document consists of the analysis of security coordination in the work aiming mainly auditing systems. Audits are required exams in the development of any project, since they aim to examine the procedures followed during the activity.

Safety and health in construction is an increasingly relevant issue today . To avoid accidents is necessary to eliminate the risk leading to it should be generated prior risk assessment and risk further precautions against this , for it is the coordination of safety and health at temporary or mobile that aims to develop a preventive action adapted the particularities of the act of building . Coordination must plan and organize prevention from the design phase until the implementation phase of the work included the future maintenance of the building, with it coordinators should develop a wide range of activities that assess the risks , design and planning prevention solutions and promoting the integration of measures in the design and execution of the work , among other things .

In this particular case of this research it was decided to follow closely the completion of an audit of a work in concrete, having handled the project "EN - 101 Bridge over the River Lima Barca to KM 56 +737 - Rehabilitation Work Art ". Monitor this project was done, explaining in general the steps followed for execution of work. Finally, an audit was performed with the objective to evaluate, by random sampling, the length of the obligation of performing entity.

In short, any work that is large or small needs a security coordination and to prevent health risks.

(6)

VI

Índice Geral

Agradecimentos ... III Resumo ... IV Abstract ... V Índice de Figuras ... VIII Índice de Quadros ... XII Abreviaturas... XIII

1. Introdução... 1

1.1. Contexto Geral ... 1

1.2. Objetivos ... 1

1.3 – Estrutura do Trabalho ... 2

2. Coordenação de Segurança em Obra ... 3

2.1. Legislação de Referência ... 5

2.1.1. OSHA – Certificação de Segurança ... 5

2.1.2. ISO - Organização Internacional de Padronização ... 8

2.2 Certificação das Empresas ... 10

3. EN 101-Ponte da Barca sobre o Rio Lima ao KM 56+737 - Reabilitação da Obra de Arte – Características da Obra ... 12

3.1. Enquadramento Histórico ... 12

3.2. Particularidades Gerais da Empreitada ... 14

3.3. Execução da Empreitada ... 17

3.4. Equipamento e Sinalização de Segurança em Projeto/Obra ... 30

3.4.1. Equipamento de Proteção Individual (EPI) ... 30

3.4.1.1. EPI utilizados em obra ... 34

3.4.2. Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) ... 37

3.4.2.1. EPC utilizados em obra ... 39

3.4.3. Sinalização de Segurança ... 42

3.4.3.1. Sinalização de Aviso ... 43

3.4.3.2. Sinalização de Proibição ... 47

(7)

VII

3.4.3.4. Sinais de Salvamento ou de Emergência ... 55

3.4.3.5 Sinalização de Combate a Incêndios ... 57

3.4.3.5. Outros tipos de sinalização ... 59

3.4.3.6. Sinalização Verificada em Obra ... 59

4. Auditoria no âmbito da SHST ... 62

4.1. Sistema de Auditorias ... 62

4.2. Atividades da Auditoria ... 64

4.2.1. Início da auditoria... 64

4.2.2.Preparação para as atividades da auditoria no local ... 65

4.2.3. Execução da auditoria ... 66

4.2.4. Execução do relatório da auditoria ... 67

4.3. Caso de Estudo – Atividades da Auditoria ... 68

4.3.1. Preparação de auditoria ... 68

4.3.2.Execução da auditoria ... 74

4.3.3.Execução do relatório da auditoria ... 75

5. Conclusão ... 76

5.1 Conclusões gerais ... 76

5.2 Perspetivas de desenvolvimentos futuros ... 77

Bibliografia Geral ... 78

Referências Bibliográficas ... 78

Referências Bibliográficas de Figuras ... 80

ANEXOS ... 81

ANEXO A ... 82

Auditoria de Segurança e Saúde no Trabalho - Plano de Auditoria ... 82

ANEXO B ... 83

Coordenação de Segurança e Saúde no Trabalho Visita / Auditoria – “Checklist” ... 83

ANEXO C ... 84

Registo de não conformidade e ações corretivas e preventivas - Anomalias ... 84

ANEXO D ... 85

(8)

VIII

Índice de Figuras

Figura 1 - Mapa de Portugal [1]. ... 12

Figura 3 - Designação da empreitada ... 14

Figura 2 - Vista aérea de Ponte da Barca [2]. ... 13

Figura 4 - Alçado de jusante ... 15

Figura 5 - Perspetiva de jusante ... 15

Figura 6 - Perspetiva de Montante ... 16

Figura 7 - Corte transversal-Esquema andaime suspenso. ... 18

Figura 8 - Pilares danificadas ... 19

Figura 9 -Guarda - Corpos danificados ... 19

Figura 10 - Guarda - Corpos Empenados. ... 20

Figura 11 - Colunas reabilitadas. ... 20

Figura 12 - Guarda - corpos e colunas reabilitadas. ... 21

Figura 13 - Guarda - corpos reabilitadas. ... 21

Figura 14 - Candeeiros existentes reabilitados ... 22

Figura 15 - Iluminação entre arcos. ... 22

Figura 16 – Reabilitação e limpeza da parte superior da Ponte. ... 23

Figura 17 - Reabilitação do tabuleiro, pavimento e guarda - corpos. ... 23

Figura 18 - Reabilitação da iluminação e da fachada. ... 23

Figura 19 – Antes da limpeza. ... 24

Figura 20 – Depois da limpeza. ... 24

Figura 21 - Península Provisória (Ensecadeira). ... 25

Figura 22 - Geotêxtil. ... 26

Figura 23 - Reparação do geotêxtil... 26

Figura 24 – Necessidade de reabilitar o Pilar 3. ... 27

Figura 25 – Efetuar a reabilitação Pilar 3 ... 27

Figura 26 - Reabilitação do pilar 4. ... 28

Figura 27 - Projeto de execução fundações. ... 29

Figura 28 - Furação das micro-estacas. ... 29

Figura 29 – Exemplo de capacetes, EPI [4] ... 31

Figura 30 - Exemplo de luvas de proteção, EPI [5]. ... 32

(9)

IX

Figura 32 - Exemplo de óculos de proteção, EPI [7]... 33

Figura 33 - Exemplo de colete refletor, EPI [8]. ... 33

Figura 34 - Exemplo de mascara de proteção, EPI [9]. ... 34

Figura 35 - Exemplo de cinto de segurança arnês de segurança, EPI [10]... 34

Figura 36 - Utilização dos EPI's. ... 35

Figura 37 - Utilização de luvas e óculos de proteção, EPI's. ... 35

Figura 38 - Utilização da mascara de proteção, EPI... 35

Figura 39 – Secagem do fato de mergulho, EPI. ... 36

Figura 40 – Utilização do fato de mergulho, EPI. ... 36

Figura 41 – Utilização do fato de mergulho, EPI. ... 36

Figura 42- Exemplo de barreiras, EPC [ 11]. ... 37

Figura 43 - Exemplo de Corrimão e guarda-corpos, EPC [12] ... 37

Figura 44 – Exemplo de fitas sinalizadores, EPC [13]. ... 38

Figura 45 – Exemplo de fitas antiderrapantes em degraus, EPC [14]. ... 38

Figura 46 - Exemplo de piso anti-derrapante, EPC [15] ... 38

Figura 47 - Exemplo de rede de proteção, EPC [16]. ... 38

Figura 48 - Extintor de incendio no estaleiro. ... 39

Figura 49 - EPC, corrimão e guarda-corpos andaimes. ... 40

Figura 50- EPC, boia de salvamento. ... 41

Figura 51 - EPC, corrimão e guarda - corpos de aceso ... 41

Figura 52 - Exemplo de sinalização de segurança, EPC [17]. ... 42

Figura 53 - Substâncias inflamáveis ou alta temperatura [18]. ... 43

Figura 54 - Substâncias explosivas [18]. ... 43

Figura 55 - Substâncias tóxicas [18]... 44

Figura 56 - Substâncias radioativas [18]. ... 44

Figura 57 - Substâncias nocivas ou irritantes [18]. ... 45

Figura 58 - Cargas suspensas [18]. ... 45

Figura 59 - Veículos de movimentação de cargas [18]. ... 45

Figura 60 - Perigo de eletrocussão [18]. ... 46

Figura 61 - Tropeçamento [18]. ... 46

Figura 62 - Queda com desnível [18]. ... 46

Figura 63 – Perigo vários [18]. ... 47

Figura 64 – Proibição de Fumar [18]. ... 48

(10)

X

Figura 66 - Proibição de Passagem proibida a peões [18]. ... 49

Figura 67 - Proibição de apagar com água [18]... 49

Figura 68 - Água não potável [18]... 50

Figura 69 - Passagem interdita a veículos de movimentação de [18]. ... 50

Figura 70 - Proibida a entrada de pessoas não autorizadas [18]. ... 51

Figura 71 - Proteção obrigatória dos olhos [18]. ... 51

Figura 72- Proteção obrigatória da cabeça [18]... 52

Figura 73- Proteção obrigatória dos ouvidos [18]. ... 52

Figura 74- Proteção obrigatória das vias respiratórias [18]. ... 52

Figura 75- Proteção obrigatória dos Pés [18]. ... 53

Figura 76- Proteção obrigatória das mãos [18]. ... 53

Figura 77- Proteção obrigatória do corpo [18]. ... 53

Figura 78- Proteção obrigatória do rosto [18]. ... 54

Figura 79- Proteção individual obrigatória contra quedas [18]. ... 54

Figura 80- Proteção obrigatória para peões [18]. ... 54

Figura 81 - Obrigações várias [18]. ... 55

Figura 82 – Sinal de identificação do posto de primeiros socorros [18]. ... 55

Figura 83 - Sinal de identificação da direção a seguir [18]. ... 56

Figura 84- Sinal de identificação da maca [18]. ... 56

Figura 85 - Sinal de identificação de Lavagem dos olhos [18]. ... 56

Figura 86 – Sinal de identificação do duche de segurança [18]. ... 57

Figura 87 - Sinalização de Combate a Incêndio [18]. ... 57

Figura 88 - Sinalização de Combate a Incêndio [18]. ... 58

Figura 89 - Sinalização de Combate a Incêndio [18]. ... 58

Figura 90 - Sinalização de Combate a Incêndio [18]. ... 58

Figura 91 - Sinalização de Combate a Incêndio [18]. ... 59

Figura 92 - Sinalização de obrigação a entrada do estaleiro. ... 60

Figura 93 - Sinalização de obrigação a entrada da obra. ... 60

Figura 94 - Sinalização de aviso, perigo de afogamento. ... 61

Figura 95 - sinalização de combate a incêndios, extintor. ... 61

Figura 96 - Exemplo da folha "não conformidade". ... 70

Figura 97. - Preenchimento da “ckeck list” no tablet. ... 71

Figura 98- Exemplo de organização das questões. ... 72

(11)

XI

Figura 100 - Modulo facilitado no preenchimento da conformidade. ... 73 Figura 101 - Modulo facilitado no preenchimento numérico. ... 73

(12)

XII

Índice de Quadros

(13)

XIII

Abreviaturas

ACT – Autoridade para as Condições do Trabalho CP – Comunicação Prévia da Abertura do Estaleiro CSO – Coordenador de Segurança em Obra

CSP – Coordenador de Segurança em Projeto CT – Compilação Técnica da Obra

DL – Decreto-Lei EN – Estrada Nacional

EPC – Equipamento de Proteção Coletiva EPI – Equipamento de Proteção Individual

OSHA - Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho PSS - Plano de Segurança e Saúde

P4 – Pilar 4

PT – Portugal Telecomunicações

SHST – Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

ISO - “International Organization for Standardization” (Organização Internacional de Padronização)

SGQ – Sistema de Gestão a Qualidade

IPPAR– Instituto Português do Património Arquitetónico

ICOMOS - "International Council of Monuments and Sites" ( Conselho Internacional de Monumentos e Sítios)

(14)

XIV

“As condições de segurança no trabalho desenvolvido em estaleiros temporários ou móveis são frequentemente muito deficientes e estão na origem de um número preocupante de acidentes de trabalho graves e mortais,…”

DL 273/2003

“ A importância das auditorias como uma ferramenta de gestão para monitorização e verificação da implementação eficaz da politica da qualidade e/ou do ambiente de uma organização. “ NP EN ISO19011 200

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1. Introdução

1.1. Contexto Geral

A segurança e saúde na construção civil é cada vez mais um fator relevante nos dias de hoje. Para evitar acidentes de trabalho é necessário eliminar os risco eminentes, para isso deverá ser gerada uma avaliação prévia dos riscos e posteriormente aplicar medidas de prevenção contra estes riscos. A coordenação de segurança e saúde nos estaleiros temporários ou moveis visa desenvolver uma ação preventiva adaptada às particularidades do ato de construir. A coordenação deve planificar e organizar a prevenção desde a fase de projeto até à fase de execução dos trabalhos incluído a manutenção futura da edificação, com isto os coordenadores deverão desenvolver um vasto conjunto de atividades que avaliam os riscos, conceber e programar as soluções de prevenção, promover a integração das medidas preventivas no projeto e na execução da obra, entre outros aspetos.

Em suma, qualquer obra que seja de grande ou pequena dimensão necessita de uma boa coordenação de segurança e saúde para prevenir riscos existentes e sempre que possível combater os riscos na origem.

As auditorias são exames necessários no desenvolvimento de qualquer empreendimento, pois visa analisar os procedimentos seguidos no decorrer da atividade, dai a importância de elaboração de um estudo neste âmbito.

1.2. Objetivos

Este trabalho consiste na análise da coordenação de segurança em obra tendo como principal objetivo os sistemas de auditoria. Trata –se de um exame que se

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pretende executar à coordenação de segurança. Neste estudo, vai se tratar – se do empreendimento “EN 101-Ponte da Barca sobre o Rio Lima ao KM 56+737 - Reabilitação da Obra de Arte”, sendo este explicado na sua generalidade e de seguida será feita uma auditoria tendo como objetivo avaliar, por amostragem aleatória, comprimento das obrigações da entidade executante. No que diz respeito às atividades desenvolvidas previstas na documentação da empreitada, o empreiteiro prestará todas as informações necessárias, disponibilizando à equipa auditora as instalações do estaleiro e toda a documentação do âmbito da segurança e saúde no trabalho. Com o objetivo da realização da auditoria é necessário proporcionar algo inovador de fácil execução, facilitando a execução de uma auditoria.

1.3 – Estrutura do Trabalho

O trabalho subdivide-se em cinco pontos essenciais, e com a sua importância na execução do trabalho.

No primeiro ponto tem - se a introdução, que apresenta resumidamente o desenvolvimento do trabalho.

No segundo ponto è feita uma abordagem geral da coordenação de segurança e saúde no trabalho, um tema muito importante para o nosso objetivo final.

Numa terceira fase apresentam – se as características gerais da obra “EN 101-Ponte da Barca sobre o Rio Lima ao KM 56+737 - Reabilitação da Obra de Arte”, capítulo com uma enorme importância, pois explica de forma sucinta as várias fases da reabilitação da obra de arte, bem como os equipamentos de segurança usados.

No quarto ponto apresenta – se o sistema de auditorias, muito importante neste trabalho, pois é com base nele que se realiza o trabalho prático, aperfeiçoando e inovando novas técnicas de execução das auditorias.

Por fim tem - se o último e quinto capítulo onde se submete a conclusão do presente trabalho e menciona futuros desenvolvimentos na área da execução das auditorias.

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2. Coordenação de Segurança em Obra

Mais que um “produto”, a construção define-se como um “projeto” que se desenvolve em três fases conceção, organização e execução. Estas fases são relevantes para a segurança em obra, pois na “conceção “ tem - se a atividade de definição técnica relativa à edificação e sua implantação, na fase de “organização” elaboram - se os cadernos de encargos e a negociação de propostas para a execução do projeto e finalmente na “execução” tem - se um conjunto de atividades de preparação do local, instalação do estaleiro e realização dos trabalhos de construção da edificação. Em suma, este processo constitui a uma das grandes especificidades da atividade da construção [1].

O projetista deverá realizar uma “prevenção de conceção“, pois a segurança deverá ser garantida em obra, ou seja, não basta indicar o que se vai realizar em obra, é necessário conhecer e avaliar as formas seguras de execução. Na abertura do estaleiro deve ser comunicada à Autoridade para as condições de Trabalho os intervenientes, datas previstas de início e fim dos trabalhos, estimativa do número de trabalhadores e identificação das empresas, através da “Comunicação Prévia” (CP), este documento é obrigatório quando previsto uma utilização significativa de mão-de-obra, no artigo 15 º do DL nº 273-2003, de 29 de Outubro menciona planificação da segurança no estaleiro deve ser objeto de um projeto designado por “Plano de Segurança e Saúde” (PSS), onde consta um conjunto de elementos de prevenção, a identificação de todos os intervenientes, as características da obra, descrição do local, organização do estaleiro e a prevenção dos riscos. Para além desta documentação deverá existir um dossier designado por “Complicação Técnica” (CT) para garantir a segurança na utilização da edificação, durante o ciclo de vida da obra têm que reunir todos elementos técnicos, bem como todas as recomendações adequadas à realização segura da obra [2].

Contudo existem uma variedade de necessidades a ser desenvolvidas pelos vários intervenientes tais como [3]:

- Estabelecer uma política de segurança que obtenha o empenho ao mais alto nível do Dono de Obra e restantes intervenientes;

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- Envolvimento das equipas projetistas por forma a garantir a existência de evidências que demonstrem a integração dos Princípios Gerais de Prevenção;

- Garantir a elaboração de Planos de Segurança e Saúde;

- Incorporar requisitos e exigências relativas a SHST nos programas de concursos e cadernos de encargos;

- Elaborar matrizes de avaliação de propostas que incorporem os requisitos de Segurança no Trabalho;

- Definir claramente as responsabilidades e deveres de todos os intervenientes no projeto e na obra;

- Acordar previamente com o Empreiteiro os métodos construtivos que irão ser utilizados em obra, por forma a assegurar que são os adequados às atividades em termos de Segurança no Trabalho;

- Proceder com a Entidade Executante às análises de risco das atividades a realizar, por forma a assegurar a adequabilidade, adaptação e evolução do PSS;

- Constatar que todos os trabalhadores em obra possuem a necessária formação e informação em relação às atividades a desenvolver em obra;

- Assegurar que todos trabalhadores em obra possuem a necessária formação e informação em relação às funções que irão desempenhar em obra;

- Promoção de auditorias e inspeções à obra, por forma aferir a implementação e adequabilidade do PSS, bem como do cumprimento das responsabilidades que competem a cada um dos intervenientes;

- Promoção de reuniões de coordenação por forma a garantir a integração e responsabilização de todos os intervenientes em obra;

- Garantir a troca de informações relevantes em matéria de SHST, incentivando a participação dos trabalhadores e promovendo estratégias de implantação do PSS;

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2.1. Legislação de Referência

2.1.1. OSHA – Certificação de Segurança

A Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho (EU-OSHA), sedeada em Bilbau, Espanha foi criada pela União Europeia em 1996 para fornecer informação sobre saúde e segurança no trabalho e contribui para tornar mais seguros, mais saudáveis e mais produtivos os locais de trabalho na Europa, promovendo uma cultura de prevenção de riscos para melhorar as condições de trabalho na Europa.

As normas de OSHA consistem em regras que devem ser legalmente seguidas pelos empregadores para proteger os trabalhadores dos riscos. A agência europeia deve identificar a existência de riscos para os trabalhadores e a existência de medidas preventivas em que os empregadores podem tomar para proteger os seus trabalhadores. As normas existentes na Construção Civil, Industria Geral e Agricultura protegem os trabalhadores de uma diversidade de riscos graves, no qual devem ser seguidas pelos trabalhadores e empregadores [4].

Estas regras limitam a quantidade de produtos químicos perigosos, do qual os trabalhadores podem estar expostos, havendo a existência de certos equipamentos e práticas de segurança ter em consideração. Alguns exemplos das normas incluem requisitos para fornecer a proteção contra a queda, evitar a exposição a algumas doenças infeciosas, garantir a segurança dos trabalhadores que entram em espaços confinados, evitar a exposição a substâncias nocivas, tais como o asbesto e chumbo, instalar guardas nas máquinas, fornecer respiradores ou outros equipamentos de segurança e dar formação para a execução de tarefas perigosas. Os empregadores também devem estar em conformidade com a Cláusula Geral de Dever da Lei OSHA, esta cláusula exige que os empregadores mantenham o local de trabalho livre de riscos reconhecidos sérios, sujeitos a uma inspeção sem avisos pérvios por parte de fiscais de conformidade com base no perigo iminente, catástrofes (fatalidades ou hospitalidade), queixas de trabalhadores e referências, Inspeções visuais – perigos específicos, altos índices de lesões, etc. [5].

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- Seguir todas as normas de segurança e saúde da OSHA;

- Encontrar e corrigir riscos de segurança e saúde;

- Informar os empregados sobre os empregados sobre os riscos químicos por meio de formação, etiquetas, alarmes, sistemas codificados com cores, fichas com informações sobre produtos químicos e outros métodos;

- Notificar OSHA dentro 8 horas de um acidente mortal no local de trabalho ou quando três ou mais trabalhadores forem hospitalizados;

- Fornecer o equipamento de proteção individual necessário aos trabalhadores sem nenhum custo para os mesmos (os empregadores devem pagar pela maioria dos equipamentos de proteção individual);

- Manter registros exatos a respeito de lesões e doenças relacionadas com o trabalho;

- Afixar no local de trabalho as citações da OSHA, os dados resumidos sobre lesões e doenças e os cartazes da OSHA sobre “Segurança e Saúde no Trabalho – é a Lei”, onde informam os trabalhadores para usar os seus direitos sob a lei;

- Não discriminar ou retaliar trabalhadores que tentem garantir os seus direitos, de acordo com a lei [4].

Os empregados têm o direito de:

-Ter condições de trabalho que não representem risco de lesões gravem;

-Receber informações e formação (numa linguagem que podem entender) sobre os químicos e outros riscos, métodos de prevenção de danos e normas da OSHA que se aplicam ao seu local de trabalho;

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-Examinar os registros de lesões e doenças relacionadas com o trabalho;

-Obter cópia dos resultados de testes feitos para detetar e medir os riscos no local de trabalho;

-Fazer uma queixa, pedindo uma inspeção do seu local de trabalho pela OSHA, se acreditarem que há riscos graves ou que o seu empregador não está a seguir às normas da OSHA. Após a solicitação, OSHA manterá todas as identidades confidenciais;

-Usar os seus direitos garantidos por lei sem sofrer retaliação ou discriminação. Se um empregado for demitido, descido do seu cargo, transferido ou discriminado por usar os seus direitos garantidos por lei, poderá fazer uma queixa para a OSHA. Essa reclamação deve ser feita dentro de 30 dias da discriminação alegada.

A Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho, promove campanhas para divulgar informação sobre a importância de que se reveste a saúde e segurança dos trabalhadores para a estabilidade social e económica e o crescimento europeu. Efetuar prevenção concebendo e desenvolvendo instrumentos práticos, para ajudar as micro, pequenas e médias empresas a avaliar os riscos nos seus locais de trabalho e a partilhar conhecimentos e boas práticas de saúde e segurança dentro dos respetivos ramos de atividade e para além deles, a agencia faz investigação para identificar e avaliar novos riscos no trabalho e integra a saúde e segurança no trabalho em outras áreas de política, nomeadamente a educação, a saúde pública e a investigação. A EU – OSHA trabalha lado a lado com os governos, organizações de empregadores e de trabalhadores, organismos e redes da UE e empresas privadas [4].

Em Portugal tem -se a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) é um serviço do estado que o principal objetivo da ACT é promover a melhoria das condições de trabalho, desenvolvendo políticas de prevenção de riscos profissionais e a conformidade com as normas de trabalho e a legislação relativa à saúde e segurança no trabalho em todos os setores de atividade e nos serviços de administração central e local, incluindo institutos públicos. A ACT tem como missão a promoção da melhoria

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das condições de trabalho através de vários passos tais como a fiscalização do cumprimento das normas em matéria laboral, promoção de políticas de prevenção dos riscos profissionais e controlo do cumprimento da legislação relativa à segurança e saúde no trabalho [6].

2.1.2. ISO - Organização Internacional de Padronização

Uma empresa certificada dá garantias de obter pessoal qualificado, meios de controlo e processos de rotina, avalia assim o processo a todo o momento. Assim nos anos 90, era necessário uniformizar as várias normas existentes no sistema de qualidade, assim em Genebra, na Suíça, nasce a ISO – “International Organization for Standardization”

(Organização Internacional de Padronização). Esta organização formada por representantes de mais de 150 países( dados de 2008), abrange assim toda a atividade económica dedicando-se à produção de normas técnicas [7].

Em 1987 é criada a ISO 9000. Representando normas técnicas de um modelo de gestão de qualidade, sendo dado assim um selo de qualidade as empresas. Foi também criado a ISO 9001 – 2000, que combina três normas sujeitas à certificação, a ISO 9001, 9002 e 9003. A versão 2000, estabelece um conceito de controlo antes e durante o processo, tendo como grande mudança o Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), que considera o cliente dentro do sistema de Organização, pois anteriormente o cliente era visto como externo á organização [8].

Ter um certificado ISO não é obrigatório, mas porem muitas empresas exigem que os seus fornecedores adquirem esta norma, pois assim reduz os custos de inspeção que a empresa teria de realizar aos seus fornecedores. Assim hoje em dia qualquer empresa é solicitada a ter a ISO 9000, tendo assim um certificado de qualidade de uma entidade independente e faz com que seja um grande elemento de marketing, pois este certificado a nível de custo é reduzido, se a empresa tiver uma boa organização e estar bem estruturada basta formalizar as atividades [8].

No início da década de 90 foi criadaa ISO 14000, sendo um conjunto de normas com parâmetros para a gestão ambiental das empresas, criado para diminuir os impactos

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ambientais. Estas normas têm um intuito de reduzir os danos causados pelas empresas que utilizam recursos tirados da natureza ou causam algum dano ambiental no decorrer das suas atividades. Estas normas têm um papel importante pois valoriza a empresa e consequentemente os seus produtos. Para consolidar esta certificação a empresa necessita de seguir a legislação ambiental do país. Em Setembro de 1996, foi aprovada a norma ISO 14001, é uma norma que trata dos Sistemas de Gestão Ambiental. Estabelece diretrizes básicas para o desenvolvimento de gestão ambiental dentro da empresa [8].

Ótimas políticas de saúde e segurança ocupacional são essenciais, a certificação através da OHSAS 18001 é um forte sinal de compromisso da sua organização. Esta certificação permite gerir os riscos operacionais e melhorar o desempenho das organizações, a norma oferece orientações sobre avaliações de saúde e segurança, bem como a gestão destes aspetos de forma mais eficaz, levando em consideração a prevenção de acidentes, levando assim a uma redução de riscos e ao bem-estar dos seus colaboradores.

A OHSAS 18001:2007 aborda algumas áreas fundamentais, tais como:

 HACCP (Análise de Perigos e dos Pontos Críticos de Controlo)

 Requisitos legais e outros

 Objetivos e Programa(s) OHSA

 Recursos, Funções, Responsabilidade e Autoridade

 Competência, Formação e Sensibilização

 Comunicação, Participação e Consulta

 Controle operacional

 Preparação e resposta a emergências

 Medição, acompanhamento e aprimoramento do desempenho

Para obter este certificado é necessário realizar uma auditoria de certificação OSHSAS 18001, do seu Sistema de Gestão da Saúde e Segurança Ocupacional da SGS.

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Enquanto organismos de Certificação, a SGS foi o primeiro em Portugal, a obter a acreditação para a Certificação de Sistemas de Gestão da Qualidade em 1998. Desde então, sempre inovando nos serviços, de acordo com as principais tendências internacionais. Com a SGS, a sua organização pode optar por 84 acreditações (42 ISO 9001 + 31 ISO 14001 + 11 OHSAS 18001) em 42 países, assegurando um reconhecimento verdadeiramente global através das prestigiadas marcas do líder mundial em serviços de certificação [9].

2.2 Certificação das Empresas

A certificação em Portugal tem evoluído, pois desde 2005 cerca de 6500 empresas encontra se certificadas segundas as várias legislações referidas anteriormente.

Esta certificação é realizada por uma entidade externa e independente à organização, passando assim por varias fases, de entre as quais se destaca a Auditoria de certificação e é assim emitido um certificado que declara que um dado produto, processo ou serviço está em conformidade com as normas que o regem. Em Portugal estas funções de acreditação se encontram atribuídas ao Instituto Português de Acreditação, I.P. (IPAC). Os esforços desenvolvidos pela entidade para obter a certificação nos campos de Higiene, segurança e saúde traz vantagens evidentes perante os colaboradores, clientes e de outras partes interessadas. Pois esta certificação poderá servir como marca da empresa nos documentos, em ações de publicidade/marketing.

Os certificados mais conhecidos e usais numa empresa nos dias de hoje é o certificado de sistemas de gestão da qualidade (ISO 9001) e/ ou ambiente (ISO 14001), este certificado dá a empresa uma demonstração de qualidade e assegurando assim o seu cliente, sendo sem duvida uma boa opção de desenvolvimento das organizações, no sentido de evoluir, melhorar e ganhar mercados. Para isto tem de obter um sistema de gestão implementado e a funcionar segundo as normas em causa, pois o mercado encontra se cada vez mais competitivo e as empresas tem que estar ao nível e

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demonstrar comprovativos de reconhecimentos nos vários níveis, quer seja ele de qualidade, ambiental, segurança ou responsabilidade social [10].

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3. EN 101-Ponte da Barca sobre o Rio Lima ao KM 56+737 -

Reabilitação da Obra de Arte – Características da Obra

Para a realização deste estudo sobre sistemas de auditorias à coordenação de segurança em obra, escolheu – se uma obra em concreto com a qual obtemos a colaboração das Estradas de Portugal.

3.1. Enquadramento Histórico

Ponte da Barca uma vila portuguesa situada a norte de Portugal, como se pode ver na figura1, abrangida por grande parte pela natureza e no qual situa o Rio Lima, esta vila foi em tempos povoada por romanos, deixando varias obras ainda presentes, uma delas em destaque pois foi dela que nasceu o nome da vila, pois no Rio Lima atravessava uma “Barca” em tempos e assim com a construção desta Ponte no final do século XIV, nasceu assim o nome desta sede de município ficando conhecida por “Ponte da Barca” (figura 2) [11].

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As terras da Nóbrega viram nascer junto ao bucólico lima os irmãos Bernardes, Diogo e Agostinho, poetas. Porém esta vila em pleno coração do Alto Minho é também vila morena, de granito talhada, cheia de construções do séc. XVI e XVII.

Ponte da Barca tem no seu redor a albufeira do Alto Lindoso, encontrando-se também ao lado do velho castelo roqueiro Afonsino reconstruido por D. Dinis em 1278, entre outros monumentos fenomenais que rodeiam e fazem parte desta vila (Figura 2) [12].

Esta Ponte Romana construída pelos nossos antepassados ainda se encontra presente nos dias de hoje, sendo uma construção por vezes de grandes dimensões constituída por pedra e a sua estrutura essencial em arco [13].

As pontes em arco de alvenaria de pedra, integram-se na paisagem, devido à forma geométrica de disposição dos seus elementos constituintes. São exigidas a este tipo de construção funções estéticas e estruturais. Este tipo de construção dependia não só, dos materiais existentes na zona, mas também das condições topográficas locais, dos custos associados e dos conhecimentos de quem as desenhava e construía [14].

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3.2. Particularidades Gerais da Empreitada

A empreitada é designada por “EN 101-Ponte da Barca sobre o Rio Lima ao KM 56+737 - Reabilitação da Obra de Arte”, a Ponte de origem mediável separa os concelhos de Ponte da Barca e Arcos de Valdevez, fazendo parte da estrada Nacional 101, como já referido na designação da empreitada e como se observa na figura 3.

Figura 3 - Designação da empreitada

Esta Ponte construída pelos Romanos, apresenta dez arcos em ogiva com tamanhos variáveis (figura4). Entre os arcos, nos tímpanos, olhais góticos, nos pilares existem talha – mares agudos que reforçam o pilar, o tabuleiro é em cavalete de inclinação suave. Trata-se de uma ponte construída em alvenaria de pedra, composta por dez arcos segmentares com vão livres desiguais, perfazendo um comprimento total de 183 m.

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Os pilares são dotados de talha-mares triangulares e talhantes retangulares, apresentando uma largura que varia entre 5.0 m (pilar P5) e 5.6 m (pilar P8). A exceção é o pilar P1, que apresenta uma largura de 3.6 m. Seis dos pilares (P2 a P5, P8 e P9) são rasgados superiormente por olhais, os quais têm a função de reduzir a carga atuante sobre a fundação e promover um melhor escoamento das águas em situação de cheia. Com uma largura de 4.3 m, a ponte suporta uma via de trânsito, o qual circula em ambos os sentidos de forma alternada. O pavimento é composto por paralelo em granito, existindo dois passeios laterais formados por lajes de granito. As guardas são constituídas por gradeamento metálico. Na figura 5 apresenta – se a vista a jusante e na figura 6 a perspetiva de montante

Figura 4 - Alçado de jusante

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O primeiro arco do lado da vila foi parcialmente tapado por estruturas de cronologia posterior que encostaram à ponte. Neste arco, foi possível identificar uma grande quantidade de silhares siglados com tipologias diversas. Ao último arco da margem direita encostam igualmente estruturas posteriores, relacionadas com o suporte da terra para criação de plataformas do tipo socalco. Entre o sexto e o sétimo arco foram encostados, de ambos os lados, contrafortes que se elevam até ao nível do piso, assumindo uma forma de semi-círculo, com guarda em cantaria, com colunas de arranque de remates prismáticos, à qual encosta um banco em pedra de granito de perfil curvo. A guarda é encimada por volutas e enrolamentos vegetais com inscrições alusivas às obras e coroados a montante por uma pedra de armas de Portugal e a jusante por esfera armilar relevada, encimada por cruz de Cristo. Sobre as guardas eleva-se um pilar metálico brasonado, destinado ao suporte de um estandarte. O brasão de montante representa as armas antigas de Ponte da Barca e o de jusante representa as de Arcos de Valdevez. Em relação à cronologia desta ponte medieval, presume-se que a sua construção teve lugar na primeira metade do século XV, pois data de 1450, segundo um documento de D. Afonso V, que refere a freguesia como “S. João de Ponte da Barca”, subentendendo-se desta forma que a ponte já existiria. Foi sendo alvo de repetidas intervenções, entre as quais a de 1761 - altura em que se construíram os contrafortes semi-circulares encimados pelo espaldar brasonado, um deles inscrito em 1895 – altura em que se procedeu à reparação da ponte, assinalada na outra cartela, com alargamento do tabuleiro e substituição das antigas guardas de granito por grades de ferro.

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A reabilitação basear-se-á em recomendações fornecidas pelo IPPAR ( Instituto Português do Património Arquitetónico) para a obra de arte em estudo bem como outras aplicáveis, nomeadamente as “Recomendações para a Análise, Conservação e Restauro Estrutural do Património Arquitetónico” do ICOMOS (Conselho Internacional de Monumentos e Sítios). As intervenções de manutenção e conservação são alvo de pormenorização detalhada nas peças desenhadas do projeto, acompanhada de descrições dos trabalhos a efetuar bem como dos materiais a empregar.

´

Estas intervenções estão apresentadas com a seguinte organização: - Reforço da fundação do Pilar 4;

- Remoção de Vegetação e Limpeza do Imóvel; - Refechamento de Juntas;

- Selagem de Fissuras;

- Consolidação dos solos de enchimento; - Impermeabilização do Tabuleiro;

- Aplicação de tirantes horizontais pré-esforçados nos arcos da obra de arte; - Colocação do pavimento em paralelepípedo;

- Iluminação; - Outros Trabalhos.

Esta era a sequência de execução mas devido ao impacto que iria ter na reabilitação nas espécies existentes no rio, as obras que interferirem com o rio foram efetuadas numa fase posterior.

3.3. Execução da Empreitada

Inicialmente estava previsto o começo da obra pelas trabalhos de execução de uma ensecadeira provisória que envolva os pilares, a partir do encontro do lado de Arcos de Valdevez até ao pilar central (P4), para possibilitar a realização dos trabalhos de reforço da fundação do pilar, este reforço será através dum sistema de microestacas encimado por um maciço em betão armado de encamisamento da fundação, sabendo

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que já teriam efetuado uma reabilitação a este pilar no ano de dois mil e nove, este maciço será revestido com um capeamento em pedra semelhante à pedra existente na obra de arte, este capeamento em pedra dará uma visão semelhante à restante obra de arte em caso de diminuição do caudal do rio. E com este trabalho inicial aproveitava se a estrutura provisoria para apoiar os andaimes para efetuar a limpeza e reabilitação da ponte, mas com os trabalhos de fundações foram posteriores, à reabilitação superior da obra de arte foram usados andaime suspensos, só foram usados estes andaimes na fundação para limpeza e reabilitação inferior da ponte.

Assim sendo numa primeira fase da obra como já foi mencionado, que decorreu de Fevereiro a Abril de 2013, foram usados andaimes suspensos para realizar a limpeza e reabilitação da obra de arte na parte superior como ilustra a figura 7.

Fazendo assim limpeza das juntas e remoção manual de argamassas deterioradas, para numa fase posterior preencher com argamassa de cal hidráulica em pasta e areia. Para além disto os arcos necessitaram de reforços, assim foram colocados tirantes pré-esforçados em aço inox, a atravessar o interior do arco de jusante a montante.

Antes da reabilitação do tabuleiro foi necessário colocar um canal para acomodar os cabos da PT, este encontrava - se debaixo do pavimento. Foi feita a remoção do pavimento existente e foi colocada uma proteção pesada em betão armado,

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impermeabilização através de telas asfálticas e recolocação do pavimento em paralelipípedo de granito.

Foram também reabilitados os guarda-corpos da ponte, pois em certas zonas encontravam - se em mau estado necessitando assim de uma reabilitação, como se podemos visualizar nas figuras 8,9 e 10.

Figura 8 - Pilares danificadas

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Assim a obra de arte a nível de guarda – corpos encontrava se danificada e em más condições, necessitava de uma reabilitação profunda com necessidade de endireitar os pilares e as grades e de seguida aplicar um pintura nova, cor verde para manter a cor existente mas com um aspeto de novo. Assim com estas modificações realizadas obte – se um ar de novo nos guarda-corpos e colunas.(Figura 11,12 e 13)

Figura 10 - Guarda - Corpos Empenados.

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Para além desta reabilitação numa primeira fase estava previsto a modificação e a reabilitação da iluminação existente na obra de arte, como ilustra a Figura 14. Acrescentou – se iluminação no interior dos arcos, tornando assim a obra de arte iluminada durante a noite entre pilares como se observa na Figura 15.

Figura 12 - Guarda - corpos e colunas reabilitadas.

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Figura 14 - Candeeiros existentes reabilitados

Assim temos uma primeira fase da obra conseguida com a reabilitação das seguintes intervenções:

– Reabilitação e limpeza da parte superior da Ponte. (Figura 16) – Reabilitação do tabuleiro, pavimento e guarda - corpos. (Figura 17) – Reabilitação da iluminação e da fachada. (Figura 17)

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Figura 16 – Reabilitação e limpeza da parte superior da Ponte.

Figura 17 - Reabilitação do tabuleiro, pavimento e guarda - corpos.

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24 - Remoção de Vegetação e Limpeza; - Refechamento de Juntas;

- Selagem de Fissuras;

- Impermeabilização do Tabuleiro;

- Colocação do pavimento em paralelepípedo; - Iluminação.

A segunda fase, da obra procedeu - se em Agosto de 2013, devido ao impacto que teria sobre as espécies existentes no Rio Lima, que deveriam ser procedidas inicialmente como prevista em projeto, com este contratempo a limpeza da parte inferior da Obra de Arte iniciou com a devastação da ervas e árvores existentes na parte inferior da obra de arte. Na figura 19 apresentam – se os pilares danificados e na figura 20 apresenta – se a obra de arte após a limpeza.

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Quanto à reabilitação das fundações procedeu - se a execução de uma península provisória (Figura 21), como já mencionado anteriormente. Esta ensecadeira è constituída por um aterro e um geotêxtil deve ser sempre alvo de atenção para se manter bem colocado ao longo da península provisória que assim estará sempre estável como é visível na figura 22.

Figura 20 - Depois da Limpeza.

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Figura 22 - Geotêxtil.

Figura 23 - Reparação do geotêxtil.

A partir desta ensecadeira o nível de água à volta dos pilares diminui podendo visualizar - se melhor as condições das fundações dos pilares em estudo. O pilar previsto em projeto para a reabilitação da fundação é o pilar 4, mas com a diminuição do nível de água verificou – se que o pilar 3 se encontrava em mau estado na fundação como ilustra a figura 24, por isso necessita de uma reabilitação a nível de fundações.

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Nesta fase da empreitada pretendia – se reabilitar o pilar 4, com a ensecadeira a rodear este pilar vai ser necessário extrair constantemente a água que aparece ao redor da fundação do pilar, para esta solução são usadas bombas que bombeiam o caudal existente no interior da península provisória, para que os trabalhos de reabilitação funcionem na perfeição sem nenhum inconveniente, como visualiza – se nas figuras 26 e 27.

Figura 25 – Efetuar a reabilitação Pilar 3 Figura 24 – Necessidade de reabilitar o Pilar 3.

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Assim com a fundação em condições de trabalho executa - se a colocação de andaimes para realizar a reparação ao nível da reabilitação das fissuras existentes com a selagem e o preenchimento das juntas para finalizar o aspeto das juntas já realizadas na restante obra de arte. (Figura 28)

Figura 27 - Bombas. Figura 26 - Península provisória com as bombas.

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Concluída a reabilitação na fachada do pilar 4, passou - se a execução das microestacas como previsto em projeto na fundação deste pilar, e se apresenta na figura 29.

As micro-estacas como o nome indica são estacas com um diâmetro reduzido, a execução é feita através de uma furação, executada por uma máquina, é injetada sob pressão com calda de cimento e reforçada estruturalmente por tubos, perfis metálicos e varões em aço, existindo vários sistemas de perfuração.

Figura 30 - Furação das micro-estacas. Figura 29 - Projeto de execução fundações.

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Com a execução das microestacas realizadas, foi efetuado um encamisamento ao redor da fundação do pilar, como previsto em projeto, este maciço de betão armado foi revestido por um capeamento em pedra relativamente igual à pedra existente na obra de arte, para que quando o nível de água do Rio Lima estiver com níveis baixos, este encamisamento efetuado que estará visível não cause uma visão desagradável.

3.4. Equipamento e Sinalização de Segurança em Projeto/Obra

Nos dias de hoje a segurança está presente no nosso dia-a-dia, e cada vez mais deve - se estar prevenido para supostos riscos de acidente que podem acontecer, e na construção civil estes riscos estão presentes a cada segundo da execução da obra. Para combater estes problemas de segurança não basta a existência de capacete, botas e colete refletor, pois somente esta prevenção não é o pensamento certo para que a obra seja segura, pois existem dois tipos de equipamentos de segurança que são importantes na segurança os equipamentos de proteção individual e coletiva. Estes equipamentos devem estar sempre presente em obra seja ela simples ou complexa, pois assim minimiza - se o risco de acidentes na execução da mesma.

3.4.1. Equipamento de Proteção Individual (EPI)

Os EPI são equipamentos destinados à proteção individual, com o objetivo de proteger o utilizador de riscos, que podem constituir uma ameaça á saúde ou à segurança do mesmo. Estes equipamentos de proteção individual deve ter exigências técnicas mínimas de segurança e o seu fabrico deve ter procedimentos adequados para a certificação e a conformidade do equipamento, assim consideram-se com o equipamento de proteção individual [15]:

- Qualquer dispositivo ou meio que se destina a ser envergado ou manuseado por uma pessoa para defesa de riscos e ameaças a sua saúde ou a sua segurança;

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- Conjunto constituído por vários dispositivos ou meios associados de modo solidário pelo fabricante para proteger o utilizador contra vários riscos que podem surgir;

- Dispositivo ou meio protetor solidário, envergado ou manuseamento com vista ao exercício de uma atividade;

- Os componentes intermutáveis de um EPI indispensável ao seu bom funcionamento e utilizados exclusivamente nesse EPI.

Os fabricantes dos EPI devem apresentar às autoridades competentes a declaração de conformidade CE, o exame CE de tipo e a marca CE, antes de o colocar no mercado.

Como Equipamentos de Proteção Individual na construção civil exemplificam – - se algumas variedades como por exemplo:

- Para a proteção da cabeça tem - se como riscos a queda de materiais e pancadas, para combater estas situações utiliza – se o capacete, tendo várias cores para identificar as várias especialidades;

- Para a proteção das mãos podem - se ter como agentes agressores químicos, elétricos, radiações, etc. Como EPI para proteger o utilizador destes riscos temos as

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Luvas de vários materiais, esta variedade de materiais é para prevenir as várias situações de risco;

- Para a prevenção dos pés tem-se o calçado com biqueira e palmilha de aço que é o mais usado e essencial numa obra, previne os pés das quedas de matérias (esmagamento), perfuração (existência de pregos) ou corte (maquinas de corte), entre outros agentes agressores;

Figura 32 - Exemplo de luvas de proteção, EPI [5].

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- Na prevenção dos olhos tem - se como agentes agressores partículas sólidas, líquidos corrosivos e irritantes, etc. Para combater estes riscos tem-se como solução o uso de óculos de proteção;

- Para proteger o tronco tem-se o colete refletor que faz o trabalho de chamar à atenção em casos de perigo que se encontra ali um trabalhador. Em certas situações de trabalho também usa-se um fato de trabalho e o avental de couro para os trabalhadores de soldadura;

Figura 34 - Exemplo de óculos de proteção, EPI [7].

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-Para a proteção das vias respiratórias existem as mascaras que combatem os agentes agressores tal como gases, vapores, poeiras e fumos;

- Para proteger o corpo inteiro contra situações de quedas tem-se os equipamentos de proteção individual tal como cintos de segurança, arnês, entre outros. Porem pode haver situações de risco em que haverá necessidade de usar vestuário de proteção do corpo;

3.4.1.1. EPI utilizados em obra

Em obra verificou a utilização de vários EPI’s, mas o mais usual foram três equipamentos de proteção individual o capacete, colete refletor e o calçado com biqueira e palmilha de aço como se evidencia na figura 38.

Figura 36 - Exemplo de mascara de proteção, EPI [9].

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Porém houve situações que havia necessidade de utilização de outros equipamentos de proteção individual, tais como luvas mascara e óculos de proteção como se ilustra na figura 39 e 40.

Figura 38 - Utilização dos EPI's.

Figura 39 - Utilização de luvas e óculos de proteção, EPI's.

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Para além destes EPI’s referidos anteriormente, nesta fase da obra houve um equipamento de proteção muito usado que foi o fato de mergulho, pois tem-se que entrar em contato com Rio lima para efetuar a limpeza e colocação do geotêxtil na ensecadeira.

Figura 42 – Utilização do fato de mergulho, EPI.

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3.4.2. Equipamento de Proteção Coletiva (EPC)

Os EPC, são equipamentos usados para garantir a segurança de um conjunto de trabalhadores que estão numa determinada atividade, como exemplo de EPC na construção civil apresentam-se alguns [16]:

- Barreira de proteção em situações de risco e usadas para vedação da obra (Figura 44);

- Corrimão de escadas de acesso no interior e guarda-corpos (Figura45);

Figura 44- Exemplo de barreiras, EPC [ 11].

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- Fitas sinalizadoras (Figura47) e antiderrapantes em degraus de escada (Figura48);

Figura 47 – Exemplo de fitas sinalizadores, EPC [13].

- Utilização de piso Anti-derrapante (Figura49);

- Redes de Proteção (Figura50);

Figura 48 – Exemplo de fitas antiderrapantes em degraus, EPC [14].

Figura 49 - Exemplo de piso anti-derrapante, EPC [15]

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Entre outros equipamentos de proteção coletiva [17]:

 Enclausuramento acústico de fontes de ruído;

 Ventilação dos locais de trabalho;

 Proteção de partes móveis de máquinas;

 Sensores em máquinas;

 Cabine para pintura;

 Isolamento de áreas de risco;

 Extintores de incêndio

 Lava-olhos;

 Chuveiros de segurança;

 Chuveiro Lava-Olhos;

 Primeiros socorros Kit de primeiros socorros;

3.4.2.1. EPC utilizados em obra

Estes equipamentos de proteção coletiva são usados em várias situações da obra e alguns equipamentos encontram-se constantemente presentes, existe no estaleiro da obra um extintor de incêndio (figura 51), que se encontra situado num local onde existe de risco de ocorrência de incêndio.

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Para além deste equipamento existente em obra, existem outros EPC que foram utilizados ao longo da reabilitação, como sinalizadores de segurança, redes de proteção, etc. Um EPC bastante usado é o corrimão e guarda-corpos, pois havia constantemente andaimes na execução da obra e passagens que necessitavam de corrimão e guarda-corpos para assegurar a proteção dos trabalhadores como se pode observar na figura 52 e 53.

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Foi verificado também em obra um equipamento de proteção coletiva importante perante os trabalhos que estavam a decorrer na ensecadeira, uma boia de proteção (Figura 54) em que previne o risco de afogamento.

Figura 54- EPC, bóia de salvamento. Figura 53 - EPC, corrimão e guarda - corpos de aceso

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3.4.3. Sinalização de Segurança

A sinalização é um fator importante para uma boa segurança daqueles que se encontram presentes em obra e tem como objetivo chamar a atenção de forma rápida para as situações de riscos para a segurança dos trabalhadores [18], a Portaria nº 1456-A/95, de 11 de Dezembro de 1995 regula as prescrições mínimas de colocação e utilização da sinalização de segurança e de saúde no trabalho. Pode se optar por uma variedade de sinalização, tal como sinais luminosos, acústicos, gestuais e comunicação verbal, bem como as cores das placas de segurança que identificam os vários perigos (Figura 55), por exemplo a cor vermelha tem como significado Perigo, sinal de proibição e material de equipamentos de combate a incêndios, enquanto a cor amarela encontra-se representada em placas de sinalização de aviso, a cor azul está presente em sinais de obrigação e por ultimo a cor verde representa sinais de salvamento/socorro e situações de segurança. Devem ser constantemente verificados o estado de limpeza dos meios de sinalização, e se necessário reparar ou substituir, para manter uma boa sinalização, bem como os sinais luminosos e acústicos devem ter uma manutenção regular. [19]

- Sinalização de segurança (como placas e cartazes de advertência, ou fitas zebradas):

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3.4.3.1. Sinalização de Aviso

Esta sinalização tem como objetivo advertência a situações de danos ou lesões, a sinalização de aviso tem o formato de triângulo, com margem e pictograma preto e o seu fundo amarelo, assim apresentam – se uma variedade de sinais que alertam para o perigo, que de seguida se exemplifica:

- Substâncias inflamáveis ou alta temperatura (Figura 56), normalmente este sinal situa-se junto a locais onde existem produtos inflamáveis ou existência de temperaturas elevadas;

Figura 56 - Substâncias inflamáveis ou alta temperatura [18].

- Substâncias explosivas (Figura 57), esta sinalização encontra-se em locais de produtos de armazenamento inflamáveis ou em locais onde existe rebentamento com o recurso de explosivos;

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- Substâncias tóxicas (Figura 58), é uma sinalização usada em produtos químicos que poderá trazer graves problemas para a saúde se forem inalados, ingeridos ou absorvidos pelo ser humano;

Figura 58 - Substâncias tóxicas [18].

- Substâncias radioativas (Figura 59), este sinal tem como objetivo identificar produtos ou locais radioativos;

Figura 59 - Substâncias radioativas [18].

- Substâncias nocivas ou irritantes (Figura 60), sinalização usada para indicar produtos químicos;

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Figura 60 - Substâncias nocivas ou irritantes [18].

- Cargas suspensas (Figura 61), esta sinalização è muito frequente em obra destina-se a avisar que existem trabalhos a ser realizados com cargas suspensas;

Figura 61 - Cargas suspensas [18].

- Veículos de movimentação de cargas (Figura 62), este sinal tem como objetivo de minimizar o risco de atropelamento, sinalizando o perigo de circulação de equipamentos de cargas;

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- Perigo de eletrocussão (Figura 63), destinado a sinalizar essencialmente quadros elétricos ou em locais que exista risco de eletrocussão;

Figura 63 - Perigo de eletrocussão [18].

- Tropeçamento (Figura 64), sinalização colocada para prevenir o risco de queda ao mesmo nível;

Figura 64 - Tropeçamento [18].

- Queda com desnível (Figura 65), sinal que previne o risco de queda em altura ou em desníveis;

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- Vários (Figura 66), sinalização muito usada para prevenir vários tipos de perigos.

Figura 66 – Perigo vários [18].

Existem ainda mais exemplos de sinalização de aviso, que não foram aqui mencionadas mas também de suma importância, variando consoante o local ou de perigo a ser assinalado e avisado.

3.4.3.2. Sinalização de Proibição

A sinalização de Proibição tal como o nome menciona visa impedir qualquer situação referida no sinal, protegendo assim o trabalhador de futuros riscos. Os sinais de proibição têm como características a sua forma circular, contendo a sua margem vermelha e uma faixa diagonal vermelha que deverá ter um angulo de 45º graus em relação à horizontal, a cor vermelha nesta sinalização deverá cobrir no mínimo 35% da placa. O seu fundo é de cor branca e o pictograma è de cor preta.[19]

Tem-se assim vários exemplos de sinalização de proibição, que proíbem por exemplo:

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Sistemas de auditorias à coordenação de segurança em obra

2014

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- Fumar (Figura 67), este sinal situa- se em locais de produtos inflamáveis, prevenindo o risco de incêndio e explosão;

Figura 67 – Proibição de Fumar [18].

- Foguear (Figura 68), este sinal tem a mesma finalidade de prevenção de incêndios e explosões tal como a sinalização de proibido fumar;

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Sistemas de auditorias à coordenação de segurança em obra

2014

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- Passagem proibida a peões (Figura 69), alerta os peões para o perigo;

Figura 69 - Proibição de Passagem proibida a peões [18].

- Proibição de apagar com água (Figura 70), sinalização necessária pois existem substâncias nas quais não deve ser utilizada a água para apagar o fogo, mas sim meios adequados de extinção;

Imagem

Figura 3 - Designação da empreitada
Figura 7 - Corte transversal-Esquema andaime suspenso.
Figura 8 - Pilares danificadas
Figura 11 - Colunas reabilitadas.
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Referências

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