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Cecília Maria Vieira Helm

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Academic year: 2021

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Entrevista

Com mais de 70: legados de ideias e ideais

Cecília Maria Vieira Helm

Aos 74 anos relata sua trajetória em defesa das terras kaingang

Interessou-me apresentar um tema ainda não tratado que é o valor, o papel do velho na sociedade indígena. E as pessoas gostaram muito, porque mostro outra sociedade, que concebe a velhice imitando a nossa, no sentido de achar

que o cacique hoje tem que ser jovem.

Por Alessandra Anselmi Texto e Fotos

ecília Maria Vieira Helm, 74 anos, é natural de Curitiba, Paraná, professora titular aposentada da Universidade Federal do Paraná. Especializou-se em Etnologia Indígena no Museu Nacional da Universidade do Brasil (1962-1963). Realizou docência livre e concurso para professora titular de Antropologia Social na vaga deixada pelo professor José Loureiro Fernandes, na década de 1970. Fez o seu pós-doutorado em Antropologia na Cidade do México, no Ciesas, 1979-1980; foi bolsista do CNPq recebendo bolsa até 2009 de produtividade em pesquisa durante o período que atuou nos Programas de Pós-Graduação em Antropologia Social das

C

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Universidades Federais do Paraná e de Santa Catarina. É membro da Academia Paranaense de Letras, APL, eleita por unanimidade em 2010.

Cecília é autora de livros, capítulos de livros e artigos sobre as etnias indígenas do Sul do Brasil. Entre seus trabalhos recentes: Os 50 anos da Antropologia no Paraná; Laudo antropológico sobre disputa de terra na Reserva Indígena Mangueirinha, 2 vls. 1996; Diálogos entre Direito e Antropologia: primeiras aproximações interdisciplinares, apoio UniBrasil e UFPR; A Etnografia, a perícia e o laudo antropológico nos processos judiciais; A Antropologia dos Nativos, publicado pela Universidad Autonoma de La Plata, Argentina; Disputa na Justiça pelas terras de ocupação kaingang e guarani, a decisão judicial, 2011; Direito histórico indígena de permanência na terra de ocupação tradicional: o reconhecimento da posse indígena pela Justiça Federal, PR, em caso de litígio, 2012 em 7º Encontro da Associação Nacional de Direitos Humanos e Pesquisa, Curitiba; Roberto Cardoso de Oliveira, um professor exemplar, em Iluminando a Face Escura da Lua, publicação da UNESC, livro coordenado por Christina de Rezende Rubim, 2012.

Viveu um ano na cidade do Rio de Janeiro, enquanto durou seu curso de especialização em Antropologia Social, no Museu Nacional; fez viagem de pesquisa entre os índios Tukuna no Alto Solimões, projeto de responsabilidade de Roberto Cardoso de Oliveira.

É casada com Édison Helm, publicitário, tem 3 filhas, Cecília Beatriz, Cristiane e Carolina e 5 netos.

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Recebeu-nos gentilmente para a entrevista nos corredores da PUC-SP durante a reunião da ABA - Associação Brasileira de Antropologia, que aconteceu de 2 a 5 de julho de 2012.

Portal: professora Cecília, primeiramente poderia se apresentar?

Cecília: Bem, meu nome é Cecília Maria Vieira Helm, sou filha de José Rodrigues Vieira Netto, professor de Direito Civil da UFPR. Meu pai foi presidente da OAB/Seccional do Paraná, e em consequência de seu modo de pensar distinto dos homens que governaram o país durante o golpe militar de 1964, foi cassado e aposentado compulsoriamente do cargo que ocupava na UFPR. Minha mãe, Irmina Carneiro Vieira, de tradicional família dos Campos Gerais do Paraná, era professora primária. Tiveram quatro filhas, todas formadas em cursos na UFPR. Meu pai era descendente de imigrantes portugueses e espanhóis.

Sou casada com Édison Helm, meu companheiro há 54 anos, de pais alemães. Ele é publicitário aposentado, trabalhou em vários jornais em Curitiba. Temos três filhas: Cecília Beatriz, médica veterinária, professora da UFPR, mestra em Morfologia Celular. Minha segunda filha, Cristiane Vieira Helm, pesquisadora concursada da Embrapa, Paraná, tem doutorado em Tecnologia de Alimentos, UFSC. A terceira filha, Carolina Vieira Helm é arquiteta, especialista em decoração de ambientes, faz especialização em arquitetura de hospitais, planeja os espaços em hospitais de Curitiba.

Tenho cinco netos. Fernanda está formada e põe em prática a profissão de médica veterinária, dois netos estudam Direito, Ricardo e Ana Lúcia, um neto faz Designer na PUC, Curitiba; o caçula cursa o ensino fundamental, muito estudioso, aspira ser médico, o Gabriel.

Portal: em meio a tantos currículos interessantes e diversificados, algum descendente pensou em seguir seus passos, se tornar antropólogo?

Cecília: as filhas já estão encaminhadas, e dos cinco netos nenhum pensa por enquanto em ser antropólogo. Minha filha Carolina me ajudou a elaborar os desenhos das genealogias kaingang e guarani e a fazer os mapas das aldeias, para serem inseridos nos laudos e relatórios antropológicos que produzi sobre a Terra Indígena Mangueirinha. É dela este mapa genealógico das facções kaingang (a professora mostra com orgulho o mapa que sua filha desenhou, inserido no livro de sua autoria, “Disputa na Justiça pelas terras de ocupação kaingang e guarani – a

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Portal: no início deve ter sido um pouco complicado, não?

Cecília: meu companheiro, Édison, algumas vezes me acompanhou em viagens a campo. Em outras idas a campo levei alunos da graduação em Ciências Sociais, que me ajudaram a fazer entrevistas, a gravar os diálogos que fiz com os indígenas. Hoje não tem mais aquela história de mulher pedir ao marido para viajar, não é mesmo? Mas antigamente, você pode imaginar, eu casada, com filha pequena, acho que fui uma das pioneiras em deixar a minha casa. Fui para o Rio de Janeiro primeiro, e mais tarde fui para o México, num grande centro de antropologia, estudar e trabalhar com um antropólogo bastante famoso.

Portal: conte sua trajetória profissional, por favor.

Cecília: fiz meu curso de especialização no Museu Nacional, na Universidade do Rio de Janeiro em 1962, e nesse mesmo ano tive a oportunidade de ir a uma aldeia indígena no Alto Solimões, e vi que era aquilo mesmo que queria fazer na vida: trabalhar, conhecer, pesquisar as populações indígenas. Depois da especialização, fiz livre-docência pesquisando os índios do Paraná, defendi tese para ser professora titular pesquisando os índios que vivem perto de Londrina. Fui ver a questão do índio que trabalha em fazenda - que chamamos de boia-fria -, pesquisei a identidade indígena. Mais recentemente trabalho elaborando laudos periciais antropológicos. O Ministério Público Federal recomenda um antropólogo para a Funai contratar para fazer o laudo, se o antropólogo é competente e tem conhecimento reconhecido da situação dos índios que estão tendo problemas com as suas terras, invadidas por não índios.

Já trabalhei em projetos da Companhia Paranaense de Energia, a Copel. Quando há a intenção de construir uma hidrelétrica, vou até lá, explico aos índios quais serão os impactos sociais, ambientais, e se estão de acordo. Muitos não estão de acordo, o projeto não sai, a não ser que seja uma determinação como essa recente da dona Dilma, que aprovou a construção da usina hidrelétrica no rio Tibagi, no Paraná, construída com o apoio do PAC. Enfim, são 44 anos pesquisando as populações indígenas do Paraná.

Portal: seu trabalho se restringe aos povos kaingang?

Cecília: sim. Meu maior trabalho é com os kaingang, que pertencem à família linguística jê. São mais de 25 mil indivíduos espalhados pelo Sul e Sudeste, ocupando terras indígenas administradas pela Funai, em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e estão entre os cinco povos indígenas mais populosos do Brasil.Há famílias kaingang vivendo na área rural e algumas em cidades. Já pesquisei os guarani da Terra Indígena Mangueirinha, no Paraná, e os xetá, que foram pesquisados e descritos pelo professor José Loureiro Fernandes, na década de 1950. Escrevi sobre a história dos grupos indígenas no Paraná.

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Portal: sobre os idosos indígenas, quais as maiores dificuldades que encontram?

Cecília: os idosos foram muito valorizados, vamos chamar assim, em décadas passadas. Hoje, os moços passaram a ocupar o lugar no Conselho dos Idosos, que atualmente é apenas Conselho Indígena. Para mim, pelo tipo de trabalho que faço, o idoso é muito importante, porque ele tem o conhecimento, a sabedoria das tradições, da língua, dos casamentos, da patrilinearidade, que é a classificação ou organização de um povo em que a descendência é contada em linha paterna, ou seja, o genro vai residir nas proximidades da casa do sogro. Era a regra dos kaingang, que hoje deixaram de cumpri-la. Quem deve vestir o morto, quando um índio vem a falecer, é um parente, geralmente mais velho. Quem pinta a viúva, todo o conhecimento da cultura, é o idoso quem sabe, ele deve ser ouvido. Enfim, são coisas das quais somente o índio idoso tem conhecimento.

Portal: essas tradições e saberes se perdem entre os indígenas?

Cecília: estudo as etnias indígenas desde a década de 1960, e muito do que observei vem se perdendo por causa do contato sistemático com elementos da sociedade nacional. Porém, os idosos sabem revelar como eram os seus costumes. Reconhecem que a cultura sofre transformações. Por exemplo, o Serviço de Proteção ao Índio, SPI, tinha uma política de integrar o índio. Com a Constituição de 1988, isso não mais acontece. A Funai então teve que rever essa política, hoje eles têm liberdade de culto, mas muita coisa da tradição se perdeu. E os velhos têm esse saber ainda. Vou dar um exemplo. Em Santa Catarina, na terra indígena de Chapecó, encontrei um velho kaingang que sabia como se organizava a festa do morto. Chama-se Festa do kiki, que é a principal atividade cerimonial dos kaingang, que marca a passagem dos espíritos dos mortos para outro plano, e durante a festividade entoam-se cantos e se consome uma bebida chamada kiki - à base de mel e cachaça, que os índios ingerem ao som de danças, cantos e costumes ancestrais, tudo em homenagem ao morto. Essa é uma festa que quase não é observada hoje em dia, e que se pode chamar de reinvenção da tradição. O historiador Eric Hobsbawm fala sobre a reinvenção da tradição no livro “A invenção das

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tradições”, ou seja, novamente se tem interesse em produzir aquela tradição abandonada ou deixada de lado pelo autoritarismo do SPI. De forma que essa Festa do kiki está sendo retomada, não todo ano, mas ocorre nessa região de Santa Catarina, não no Paraná. Conversei com alguns kaingang de Mangueirinha, que têm vontade de retomar esses costumes. Estão pedindo auxílio, porque há várias coisas que fazem parte dos preparativos para a festa e das quais eles não dispõem.

Portal: há outros exemplos?

Cecília: cito mais um. Consegui, por intermédio dos velhos, refazer toda a história da ocupação da terra no Paraná, mostrando para o Ministério Público Federal e para a Justiça Federal que a terra era de fato dos kaingang, pois já era ocupada, alguns séculos atrás, desde 1815. O governo do Paraná se apropriou de parte da terra e a vendeu a um fazendeiro rico, que instalou uma madeireira na fazenda. Os índios não se conformaram e ficaram lutando, até que veio um jovem, um juiz federal, Mauro Spalding. Ele se sensibilizou pela questão, leu todo o meu laudo, de 200 páginas, e publicou sua sentença, curiosamente do mesmo tamanho - 200 páginas, considerando a parte central da Terra Indígena Mangueirinha como de ocupação tradicional dos kaingang e guarani. Então, se não fossem os velhos kaingang a me informarem como chegaram àquela região... O esquema de parentesco estou dando aqui para você (mostra novamente o mapa de parentesco inserido no livro que escreveu). Tudo isso favoreceu a se ter a real ocupação, a posse permanente do índio daquela terra. Antes até de sair a sentença, os índios se organizaram num movimento e foram de madrugada, em caminhão emprestado, a fim de expulsar os empregados dos fazendeiros, colocando todo mundo na estrada. Portal: perdão pelo coloquialismo, mas há um ditado que diz: “pau que dá em Chico dá em Francisco...”

Cecília: exatamente. Foi muito interessante, porque fizeram o mesmo que os fazendeiros fizeram com eles anos atrás, quando tiraram algumas famílias do centro da área. O governo havia dividido a área em A, B e C, e ficou com a B, porque tinha “apenas” 150 mil pés de araucaria angustifólia, mais conhecida como pinheiro do paraná.

Portal: aqui na reunião da ABA, a senhora falou sobre isso?

Cecília: frequento a ABA há 33 anos, e me interessou falar sobre isso, apresentar o valor, o papel do velho na sociedade indígena. As pessoas gostaram muito, porque é uma sociedade diferente da nossa, e que concebe hoje a velhice imitando a nossa sociedade, achando que o cacique tem que ser jovem, que a polícia indígena é composta de gente jovem. Quando falo jovem quero dizer faixa etária até 50 anos. No Conselho dos Idosos, entre os velhos, eles falavam: “Só você ouve os velhos, você dá valor para o que os velhos sabem contar”. Eu dizia: “Mas vocês estão me ensinando como foi ocupada essa terra. Vocês têm direito histórico sobre esta terra”. Daí eles diziam: “Pois

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é, mas é só a senhora chegar aqui, e manda chamar os velhos para dar o depoimento para a senhora”.

Portal: eles estavam se sentindo à margem?

Cecília: não diria assim, porque eles não têm a questão de “à margem”, mas têm o sentido de quem está e quem não está no poder, e sabem que os jovens estão no poder, que recebem a cesta básica, fazem a distribuição, recebem o ICMS Ecológico. Os jovens marcam data para eleição de cacique, ou seja, tudo isso é o jovem índio quem faz hoje. Vou contar um fato interessante. Entre os kaingang existem facções. O A casa com B e B casa com A. Essas metades são os kamé e os kairu, divisão social relacionada à descendência. Até décadas atrás era incestuoso casar A com A. Não podia, tinha que casar com B, e isso já está se perdendo. Eles mesmos dizem: “Ah, Cecília, você pergunta isso, é coisa de velho”. Então, somente o velho sabe as tradições, o velho conhece a cultura tradicional. Hoje, muitos kaingang perceberam que não podem perder nada disso, nem a língua, nem as tradições, embora saibamos que as transformações sociais são fortes. A televisão, por exemplo, está instalada em todas as casas, do moço e do velho, todo mundo quer ter televisão. É um veículo grande de transformação, embora seja uma sociedade diferenciada. Os moços estão olhando muito no que diz a nossa televisão, no que se fala no rádio, nos políticos que dão pouca coisa para o índio, mas vão lá pedir votos.

Portal: eles saem da aldeia com frequência?

Cecília: saem sim, e há experiências que antes não tinham, como ir a Curitiba estudar, ir ao hospital, enfim, estão em contato permanente com a nossa sociedade, isso é bastante intenso.

Portal: como a aldeia encara a saída do índio para estudar fora?

Cecília: alguns índios estão na universidade, e então existem esses contrastes, o negócio do médico que chega e diz que agora vai curar com medicina do não índio, aquele que é dentista, tem aquele que é enfermeiro. Aliás, há muitos anos existem nas áreas indígenas somente enfermeiros índios, escolas nas quais só tem professor índio, porque é ele quem sabe falar a língua. Então, por aí podemos notar a importância que esse índio acaba tendo quando retorna à sua aldeia. Eles são respeitados, passam a ter status, e como são professores recebem salários, são os que de fato estão melhor na sociedade em termos de posição social. Mas é interessante, os velhos têm a aposentadoria. É comum na casa de uma família que tem um casal de aposentados os netos estarem lá, juntos, porque se alimentam melhor, se vestem melhor.

Portal: na sociedade indígena a proximidade dos netos com os avós é semelhante ao que acontece na nossa sociedade?

Cecília: isso já era assim quando comecei as pesquisas há 40 anos. Quando o casal se separava, os avós ficavam com as crianças. Hoje, como a aposentaria

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é mais recente e se estendeu para todos os idosos, é mais comum ainda ir para a casa do avô, pois lá vai ter a refeição, não digo farta, mas com menos dificuldade do que eles têm hoje. E, assim como nós, o índio vive mais, até mesmo por questão de saúde. Em todas as áreas indígenas existem enfermarias. Uma índia hoje, quando vai ter o filho, é levada ao hospital, o parto não é mais feito na aldeia.

Portal: qual a importância de se preservar essa cultura?

Cecília: Acho importantíssimo. Pensa-se muito em preservar as matas, os campos, os rios. Mas e os indígenas?! Muito mais importante. Afinal, o índio é cidadão, um ser humano. E é importante que se entenda como é a outra sociedade, como são os valores de outra sociedade, as práticas sociais de outra sociedade, as festas, os cultos, o respeito ao morto, onde o cemitério é lugar sagrado. É lindíssimo trabalhar com o outro. Não apenas os analistas fazem isso, mas o antropólogo o faz com a sociedade.

Portal: há algum projeto novo sobre o qual gostaria de comentar?

Cecília: trabalhei na graduação e pós-graduação durante 30 anos. Quando me aposentei fiquei na pós-graduação. Em 2009 achei que deveria aproveitar todo o material que tenho de pesquisa e escrever. Estou escrevendo sobre os laudos que elaborei agora, com uma etnografia mais aprofundada e mais extensa. Escrevo sobre esses grupos, as peculiaridades, vendo quais transformações ocorrem nessa sociedade. Por exemplo, refazer a questão daquela festa do culto ao morto, eles querem fazer em Mangueirinha, vou acompanhar para ver se conseguirão.

Portal: depois de ter estudado os índios, e os idosos indígenas, como encara a própria velhice?

Cecília: vejo a velhice como boa etapa da minha vida. Não acho que a idade dificultou meu trabalho em gabinete e em campo. Atualmente, devido a um câncer que comprometeu a saúde do Édison, meu marido, não temos viajado de carro. Escrevo sobre o material que tenho em meu escritório. Acho que a idade me tornou mais disciplinada, com melhor visão dos fatos. Continuo escrevendo diariamente, produzindo, me sinto bem trabalhando, penso que se deixar de escrever, publicar, viajar, ficarei depressiva. Gosto muito de minha profissão, de minha família, que sempre apoia meus projetos. Sou muito feliz, sempre aprendendo coisas novas. Ao escrever sobre um tema pesquiso para me informar sobre quem já escreveu a respeito do mesmo. Respeito aqueles que sabem. Entrei há dois anos para a Academia Paranaense de Letras, fui eleita por unanimidade de votos, e gosto de participar das reuniões, ouvir os confrades e confreiras. Sou a única antropóloga que atua na APL.

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Cecília: não, não penso assim. Acho que a velhice não deve ser encarada como etapa difícil. Gosto do meu corpo, das minhas roupas, as quais escolho atentamente. Vou à cabeleireira uma vez por semana. Meu apartamento é confortável, tem jardim, flores, comprei com o que economizei de meu salário na universidade. Tenho diarista apenas, gosto de cozinhar pratos refinados, gosto de convidar parentes e amigos para almoços e lanches em meu apartamento. Já operei uma artrose na bacia, às vezes uso bengala para dar mais segurança. Espero que isso ajude a ver meu perfil traçado, esse da terceira idade, com qualidade de vida e alegria.

Ao final da entrevista Cecília Helm conversa com Beltrina Côrte, editora do Portal do Envelhecimento __________________________

Alessandra Anselmi - Profissional de Comunicação e Marketing formada em

Relações Públicas pela Metodista em 1996 e em Marketing e Vendas pela Anhembi Morumbi em 2012. Mais de dez anos de experiência em Comunicação, Marketing e Eventos, atuando também com Locução e Fotografia. Atualmente trabalha como repórter fotográfico para o Portal do Envelhecimento e é responsável também pela Comunicação e Marketing da Ong OLHE - Observatório da Longevidade Humana e Envelhecimento. E-mail:

a.alesp11@gmail.com

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