• Nenhum resultado encontrado

Avaliação institucinal na graduação: reflexões da comunidade acadêmica da URCA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Avaliação institucinal na graduação: reflexões da comunidade acadêmica da URCA"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

COMUNIDADE ACADÊMICA DA URCA

ZULEIDE FERNANDES DE QUEIROZ Depto. de Educação/URCA zuleide@urca.br GILNEY MATOS MOTA Curso de Pedagogia/URCA gilneymatos@bol.com.br Introdução

O estudo integra a pesquisa intitulada “A Prática Pedagógica na URCA: avaliação institucional dos cursos de graduação” que estuda a problemática da prática educativa na Universidade Regional do Cariri, entendendo que as necessidades do desenvolvimento educacional da nossa Região, exigem avaliar a qualidade da prática pedagógica desta Universidade e seus reflexos na sociedade. A pesquisa acompanha os Cursos regulares de graduação: Enfermagem, Biologia, Matemática, Geografia, Tecnólogo da Construção Civil, Engenharia de Produção, Letras, História, Pedagogia, Direito, Educação Física e Economia, no período de 1996 a 2006. A década de 90 se impõe em função das mudanças ocorridas nas políticas educacionais pela política neoliberal vivida em todo o mundo com repercussões diretas no modo de organização do mundo do trabalho e na educação em particular.

Objetivamos neste artigo apresentar os resultados da avaliação que realizamos junto aos alunos dos Cursos de Pedagogia, Enfermagem, Matemática e Geografia indagando sobre: auto-avaliação, avaliação das disciplinas cursadas em 2005.1 e sobre a qualidade das ações do Curso e da Universidade.

A Pesquisa – Ação na Pesquisa

A pesquisa toma como referencial metodológico a perspectiva da pesquisa-ação, uma vez que esta permite que seus pesquisadores participem e proponham mudanças e melhorias desses sistemas. A pesquisa registra as formas de avaliação realizadas pelos Cursos resgatando sua história, sua revisão curricular, qualificação e desempenho docente, ações discentes e egressos e condições de funcionamento.

Escolhe-se, assim, a pesquisa qualitativa, a pesquisa-ação, como uma expressão possível nas condições colocadas que nos permite considerar a prática do ensino nessa perspectiva epistemológica.

(2)

Os pesquisadores desempenham um papel ativo na própria realidade dos fatos observados sem limitar suas investigações aos aspectos acadêmicos e burocráticos. Ao longo do ano vêm acompanhando as atividades de ensino, pesquisa e extensão dos cursos e no final do semestre 2005.1 e início do semestre 2005.2 aplicaram dois tipos de questionários junto aos alunos: um contendo questões sobre auto-avaliação e o outro com questões envolvendo todas as disciplinas cursadas e sobre o desempenho do Curso e da URCA.

Escolhemos inicialmente aplicar os questionários com os alunos dos sétimo e oitavo semestres, dos turnos manhã e noite, dos Cursos de Pedagogia, Matemática e Enfermagem. Solicitamos a adesão voluntária e obtivemos questionários respondidos por dezesseis alunos, totalizando dezenove questionários de auto-avaliação e setenta e seis questionários de avaliação de disciplinas, curso e universidade.

Em seguida tomamos a decisão de aplicar também os questionários em um Curso de funcionamento noturno para percebermos se existiria diferenças acerca da qualidade do ensino ofertado. Aplicamos os instrumentais no Curso de Geografia noturno, também solicitando a adesão voluntária, mas preocupamo-nos em obter respostas dos alunos que representassem cada semestre do Curso. Tivemos o retorno de 15 questionários de auto-avaliação e 60 questionários de auto-avaliação de disciplina, curso e universidade.

Concepção de Avaliação Institucional

Nosso referencial de estudo sobre avaliação se fundamenta nas leituras de Sobrinho (2000). Segundo o autor a avaliação, em termos gerais, tem um importante papel a cumprir na sociedade. Ela caracteriza-se como um processo que interliga a universidade, o governo e a sociedade.

Sobrinho (2000) enfoca a avaliação e a prática como ela vem sendo trabalhada e acrescenta uma proposta de avaliação democrática, dentro de métodos flexíveis com respeito a identidade própria.

Para compreendermos o contexto atual da educação em que se insere a avaliação é necessário compreender também, a natureza das transformações, os mecanismos e as conseqüências que ela poderá trazer à sociedade. Em outras palavras, é necessário que compreendamos os aspectos da globalização imposta pelo sistema capitalista que se multiplica de forma avassaladora impondo a todos uma concepção de política multidimensional e, neste contexto as universidades e o ensino superior são forçados a

(3)

mostrar competências, afetadas pela visão profissionalista e levada a estreitar sua visão e suas relações entre educação e trabalho. Nesse cenário, a educação é vista cada vez mais como produto mercadológico.

Entendemos que a universidade deverá estar sempre atenta para a necessidade de construção da cidadania e da autonomia tanto no âmbito institucional quanto pessoal através de processos que visem o conhecimento da instituição para o julgamento e aprimoramento da realidade educacional em que ela se encontra.

Dentro do grande contexto da educação e de avaliação está à avaliação do ensino superior, no tocante a graduação que envolve, de forma direta, a pesquisa e a extensão. Mas para compreensão da avaliação neste tripé (ensino - pesquisa - extensão) precisamos compreender a função social da universidade que se centra na produção de conhecimentos que possibilitem crescimento da sociedade.

A implementação do processo de avaliação no âmbito dos cursos superiores obedece às transformações que ocorrem na sociedade. A avaliação dá-se, hoje, nos sistemas de ensino no Brasil e no mundo. Nos países mais desenvolvidos foi dado um grande passo qualitativo, no que diz respeito à questão educacional, após a implantação da cultura avaliativa.

Ao focalizar como objeto de estudo o processo de avaliação, podemos nos perguntar: o que é avaliação e quais suas características? Para definir o que é avaliação pode-se afirmar que é um processo que deve ser realizado a longo prazo, a fim de identificar fatores que são responsáveis pela elevação da qualidade educacional de qualquer instituição que passar por esse processo. Suas principais características são de caráter científico dentro da universidade, a avaliação do ensino, da pesquisa e da extensão e as relações entre eles estabelecidas e suas repercussões para o setor social.

A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão são critérios que sustentam a universidade, possibilitando a produção científica e intelectual e há uma cobrança do governo em relação aos resultados que o tripé de sustentação de universidade possa trazer, mas não há, portanto, preocupação com relação aos meios e as condições em que as pesquisas são realizadas. E, nesse caso, a avaliação torna-se um precioso mecanismo de julgamento, aprimoramento e valorização da universidade em suas diversas instâncias.

O ensino e a pesquisa têm uma significação social de grande pertinência que é construir conhecimentos que possam minimizar, ou senão, resolver os problemas de uma comunidade.

(4)

Sendo assim, o sentido de avaliação está em possibilitar conhecer a instância educacional que se avalia. Conhecer as relações e a estrutura entre os diversos setores, discente, docente, sociedade civil. A avaliação concretiza a ação de refletir e repensar a realidade avaliada.

A avaliação das instituições e do ensino superior surgiu com as mudanças no papel do Estado, que de responsável e provedor do direito à educação passou a ser um mero avaliador. Duas questões perpassam o ensino superior nesse processo; 1) uma questão de ordem exterior: a desvalorização do que é público pelo próprio Estado e pela grande imprensa e 2) uma questão de ordem interna à educação: a mudança na visão de conhecimento, que de bem social vinculado à sociedade se torna bem individual, uma mercadoria que deve ser vendida para aqueles que podem comprar.

Nesse sentido, a lógica implícita na avaliação é a lógica do sistema capitalista em que a educação reflete a competição global, fomentando a competição entre instituições educativas e entre as próprias pessoas, o que contribui para a exclusão e a desigualdade social quando se deveria olhar para a universidade e questionar se ela responde aos anseios de uma mudança na sociedade ou não.

O professor Dias Sobrinho, o qual propõe modelos de avaliação, é da idéia de que a avaliação deve ser a afirmação dos valores de uma sociedade, uma vez que:

A educação deve promover a humanidade, em sentido forte e amplo, e não simplesmente ser um mecanismo de fortalecimento do mercado e de maximização de lucros e competitividade. (...) A avaliação deve ser vista como uma questão também pública, não só técnica, mas de amplas conseqüências na e para a sociedade (SOBRINHO, 2000).

Segundo o autor existe uma grande necessidade de melhores formas de avaliação do ensino superior com base em novos princípios, diferentemente dos contemplados pelo "antigo" modelo do Provão (estabelecidos em gabinetes a portas fechadas), pois para avaliar, devem ser tomados como referências os princípios transformadores para um modelo de avaliação com a efetiva relevância da universidade, do ensino superior e do seu papel em favor do crescimento intelectual e social de uma comunidade.

O conceito de avaliação formulado por Sobrinho perpassa os modelos avaliativos que são colocados para o ensino superior hoje no Brasil. O referido autor defende uma prática avaliativa democrática dentro de parâmetros que incluam a qualidade educativa, o melhor desempenho da função da universidade e a formação de agentes multiplicadores do conhecimento na sociedade.

(5)

A Urca como Universidade Regional

A expansão do ensino superior brasileiro, remonta da década de 60 tendo acentuado-se nas décadas 70 e 80. Considerando os fatos políticos ocorridos nestas décadas (golpe militar, reforma universitária e interiorização do Ensino Superior e internacionalização industrial).

As questões referentes a expansão do ensino superior no Brasil, bem como no Ceará, nos faz perceber claramente que a mesma se ateu basicamente em função das políticas de desenvolvimentos e industrialização no país. De modo a trazer a tona o fato de que a implantação de uma universidade na região do Cariri teve interesses outros, fora os argumentos à época de sua fundação: “fixar o homem no seu espaço geográfico, disseminar a cultura na região, formar professores de 1º e 2ºgraus”. Estes foram os interesses explícitos, ficando implícitos os interesses dos governos, federal, estadual e de políticos locais em por meio deste espaço, conseguir ampliar as possibilidades de consolidar a hegemonia no interior do estado.

Segundo Brito (1995) duas hipóteses vêm, de certa forma, explicar o processo de expansão das universidades pelas regiões interioranas caririenses:

1. A criação dessas universidades veio responder a uma demanda pela capacitação profissional para ingressar no mercado de trabalho. Tal demanda estaria associada a uma outra demanda, a econômica, de desenvolvimento regional, reforçando o que a política educacional do governo federal tentava historicamente apontar: a vinculação da educação superior como o sistema produtivo, como sendo o contexto de sentido para a universidade brasileira; 2. estas universidades interioranas surgiram em conseqüência do apoio político local, como gestão, a capacidade de se manterem hegemonicamente na administração pública. (BRITO, 1995)

Tratando a questão de adequação da universidade ao projeto de desenvolvimento econômico Brito (1995), lembra no seu trabalho que a mesma tem raízes na reforma universitária de 1968, quando algumas medidas foram instituídas: 1. “departamentalização” dos cursos, 2.matrículas por disciplinas, 3.unificação do vestibular por região em sistemas classificatórios. E assim como tais medidas tinham naquela época uma intendionalidade política-econômica-social, as mudanças que ora desencadeiam nas universidades públicas em geral e especificamente nas estaduais; tem também uma finalidade dentro do contexto das novos estratégias de sustentação de hegemonia do sistema capitalista.

(6)

O tipo de expansão do ensino superior foi marcado pela ideologia liberal, pelo incentivo à privatização e criação de faculdades isoladas por todo o país. {...} não houve responsabilidade por parte do Estado com a qualidade da escola que se estruturava no país. (BRITO, 1995, p. 30).

A então Universidade Regional do Cariri- URCA, foi criada em 1986, pela Lei Estadual nº 11.191 de 09 de junho de 1986, sob a forma de autarquia especial, vinculada à Secretaria de Educação do Estado, com sede na cidade do Crato, cidade tida como pólo irradiador da cultura do Cariri cearense.

A existência de uma boa rede de ensino de ensino fundamental e médio, bem como de três Faculdades isoladas (Filosofia, Ciências Econômicas e Direito) e um Centro de Tecnologia pertencente à Universidade Estadual do Estado do Ceará, além da importância de uma Universalidade para o desenvolvimento Regional “fixando o homem no seu meio”; foram argumentos fortes que justificaram a criação da URCA. A mesma, viria a atender a um raio de 300 km, envolvendo 91 municípios dos Estados do Ceará, Piauí, Paraíba e Pernambuco.

Nos primeiros anos de sua implantação (1986-1989) a mesma funcionou através de Planos de ação que previam e determinavam o cumprimento de seus objetos. Tais planos porém, não se definiram a partir de um Planejamento Estratégico Global. Esta definição só veio ocorrer de forma efetiva no período de (1990-1992), quando a Instituição organizou o seu Plano Estratégico, afirmando-se como “agente ativo do desenvolvimento cientifico, tecnológico e sócio-cultural da região”, atuando nos setores produtivos: Ecologia, Educação e Cultura e na Paleontologia.

A proposta de universidade tecnológica foi uma discussão trazida para as universidades estaduais na década de 1990 que, conforme a autora configura na política educacional adotada pela Secretaria da Ciência e Tecnologia, com intuito de por meio de tais políticas dar um novo rumo as universidades. Estas trazem como proposta educacional, sugestões de inovações na prática pedagógica que apontam para efetivação de um vínculo mais estreito das universidades com o setor produtivo, “criando” possibilidades de contribuir para o processo de desenvolvimento do Estado.

Fica então clara a diferenciação dos tipos de universidades, as dos grandes centros e as consideradas interioranas. Daí, a questão da reestruturação administrativa que ocorre nas universidades, bem como, a proposta de universidade tecnológica.

O tipo de universidade concebido no processo de estadualização do ensino superior no ceará tomou rumos diferenciados do que ocorrem no

(7)

centro sul do país, onde o ritmo acelerado de industrialização dava mostras de sua influência nas relações econômicas e sociais”(BRITO, 1995, p.39)

Isto tem raízes na hegemonia do sistema capitalista, que se manifesta de diversas formas: no campo do conhecimento, quando, por vias deste, procura constantemente manter o controle das Instituições de ensino e especificamente da universidade, lócus de construção de conhecimento; no campo da razão instrumental, uma vez que a ciência e a tecnologia têm sido mola-mestra dessa hegemonia. De modo que, tem se estendido às várias dimensões da vida dos indivíduos em sociedade.

Neste sentido, dentro das “leis de mercado”, o homem é concebido enquanto “um ser de necessidades”. Ficando assim, conforme Brito (1995), a sua condição de vida humana a dignidade, a felicidade, a cidadania, subjugadas às mediações de satisfação de necessidades. Na sua relação com o mundo, o acesso a qualquer saber só se justifica se for em prol do domínio da natureza a fim de satisfazer as necessidades através do consumo.

A URCA está instalada em três campi: Pimenta (Crato), São Miguel (Crato) e Triângulo Crajubar (Cidade de Juazeiro do Norte), funciona com quatro Centros: Humanidades, Ciência e Tecnologia, Ciências da Saúde e Estudos Sociais Aplicados – CESA ofertando 12 cursos de graduação regulares.

Os Cursos de Graduação Pesquisados

Criados entre as décadas de 1960 e 1970, os cursos de graduação em Matemática, Pedagogia e Geografia foram originados da Faculdade de Filosofia incorporados a URCA no seu período de criação. Suas finalidades eram “Promover o estudo da cultura Regional..

Em 1888 a Resolução Nº 04/88 de 09 de Fevereiro de 1988, reformulando o “1º Ciclo ou Ciclo Básico integrado por disciplinas comuns a todos os Cursos de Graduação desta Universidade”, gerando alterações na estrutura curricular dos Cursos de Graduação.

Nessa ocasião vamos encontrar a primeira experiência em avaliação de Cursos e Institucional. Naquele momento os professores que participaram tiveram oportunidade de discutir o currículo em funcionamento avaliando que o mesmo estava desatualizado, com conteúdos ultrapassados; com conteúdos fragmentados; as disciplinas obrigatórias em número excessivo; mostraram a insuficiências de disciplinas optativas; o curso dava ênfase

(8)

nas disciplinas de natureza técnica; verificaram a inexistência de propostas de interdisciplinaridade, bem com a inexistência de propostas relativas à pesquisa e à extensão.

Outros pontos de identificados em relação à Propostas de Currículo existente denunciaram: a não definição da concepção de Formação Profissional a ser desenvolvida nos Cursos; a linguagem usada no seu texto redigida de forma técnica, acrítica e factual, não expressando uma filosofia de ação; os objetivos gerais de caráter universalizante e uma visão de cultura dominante não dialetizada com a cultura regional;

No início da década de 90 as Propostas de Reconceptualização dos Cursos emergiram em função da implantação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Nº 9394/96 e, consequentemente, a implantação das Diretrizes para os Cursos de Graduação. A partir de 2000 os Cursos de Matemática e Geografia apresentaram uma proposta de Currículo que está em fase de implantação e o Curso de Pedagogia espera suas Diretrizes Curriculares.

O Curso de Enfermagem foi criado no final da década de 1990, oriundo de uma grande discussão interna e de consulta a comunidade, diagnosticando, à época, que não existia nenhum Curso de Graduação na área de saúde na região do Cariri. Iniciou suas atividades letivas com muitas dificuldades com: falta de concurso para professores, falta de laboratórios e convênios com instituições de saúde. Atualmente, recebeu seu reconhecimento, vive ainda algumas das dificuldades iniciais, porém, possui um quadro discente e docente que busca incessantemente a qualidade do Curso.

Percepção dos Alunos Acerca da Qualidade Pedagógica dos Cursos de Graduação

Perfil dos Pesquisados

Dos alunos pesquisados 21 são solteiros, 11 casados e 2 inscreveram outros. Suas condições profissionais registraram: 16 não trabalham, 18 trabalham. Suas cidades de residências são: Crato/CE: 23, Juazeiro do Norte/CE: 08, Barbalha/CE : 01, Missão Velha: 01 e Barro/CE: 01. Os meios de transportes utilizados para chegar a Universidade de acordo com os discentes são: Moto: 08, Ônibus: 18, Carro Próprio: 02 e Outros:06.

Sobre o motivo da escolha dos cursos registramos as seguintes respostas: 1) Adequado às aptidões: 12, 2) Facilidade obtenção de emprego: 06, 3) Atuar na área: 06, 4) concorrência no vestibular: 01 e outros 09. Refletindo sobre a participação no Curso eles

(9)

responderam: Excelente: 05, Bom: 25, Regular: 04. No que diz respeito a sua freqüência nas atividades dos Cursos estes avaliaram como: Excelente: 12, Bom: 19 e Regular: 03;

No que diz respeito à aprendizagem do conteúdo consideraram: Excelente: 02 Bom: 28 Regular: 04. Observamos que neste item os alunos têm algo a considerar para garantir uma aprendizagem completa.

Indagamos ainda sobre seu relacionamento em classe, que consideraram: Excelente: 09, Bom: 20, Regular: 05. No que diz respeito a dificuldades para resolver as tarefas extra-sala, 16 disseram que têm e 18 disseram que não têm, uma vez que a maioria disse que tinha horário para estudo.

Para detectarmos suas capacidades de estudos individuais e em grupo, bem como suas motivações para estudar indagamos sobre a utilização dos serviços da biblioteca, respondendo a maioria – 24 - que consulta a mesma. Porém registramos que a maioria ainda ler muito pouco, pois, por semestre, ler em média 03 livros. Existe a dificuldade de ler periódicos em língua estrangeira, 26 dos 34 entrevistados não têm conhecimento.

No que diz respeito ao Curso 12 consideram o ensino Regular, 18 Bom, 03 Excelente e 01 Ruim. Consideram o currículo: Atualizado: 19, Desatualizado: 05, Adequado: 08 e Inadequado: 02. Para a realização das aulas 19 alunos afirmaram a dificuldade de recursos áudio-visuais e a adequação das salas de aula (classe/ laboratório), 22 alunos falaram da sua inadequação e 26 alunos disseram que as atividades extra-sala não são ofertadas. Entendemos que estes itens são fundamentais para a qualidade da educação ofertada, podendo entender as dificuldades que os alunos enfrentam para aprender e ter condições de realizar atividades profissionais.

No que diz respeito à reformulação do currículo e do estágio, a maioria considerou adequado para a realidade do curso e da região. Porém, sabemos das grandes dificuldades internas dos docentes para buscar campo de estágio e transporte para supervisionar os alunos.

Finalizamos indagando sobre o que poderia ser feito para melhorar a atuação da Urca e estes responderam: eleição direta para reitor; concurso público para professor; incentivo à pesquisa, atuação dos docentes, mais atividades de ensino, pesquisa e extensão como:- Iniciação Científica; - Monitoria; - Bolsa de Estudo; - Palestra; - Seminários.

(10)

Cada aluno avaliou, em média, quatro disciplinas, total em que a maioria pode se matricular, em um único turno. Deste diagnóstico podemos apresentar as seguintes respostas:

 Como você considera a atuação do professor Excelente: 06 Bom: 17 Regular: 11

 A didática empregada na aula

Excelente: 07 Bom: 16 Regular: 09 Ruim: 02  O domínio do assunto:

Excelente: 05 Bom: 20 Regular: 08 Ruim: 01  Interesse pela aprendizagem

Excelente: 06 Bom: 17 Regular: 09 Ruim: 01 Não opinou: 01  Assiduidade: Excelente: 07 Bom: 16 Regular: 10 Ruim: 01  Os professores apresentam plano de ensino? Sim: 28 Não: 06  Existe conteúdo repetitivo: Sim: 22 Não: 12

 Existe a utilização de múltiplos instrumentos de avaliação do conhecimento: Sim: 26 Não: 8  Além das aulas expositivas são utilizadas outras técnicas de ensino nas disciplinas? Sim: 23

Não: 11

 As atividades em grupo são importantes para o aprendizado do conteúdo? Sim: 24 Não: 11  Os professores orientam os estudos? Sim: 15 Não: 19

Conclusões:

A realidade atual aponta para a participação ativa do aluno nas atividades de estudo. Porém, como a maioria trabalha dois turnos a possibilidade de construção de um Curso superior numa perspectiva de universidade, em seu sentido amplo, fica comprometida pois, nossos alunos mesmo querendo participar de outras atividades o tempo passa a ser seu maior problema. O estudo de final de semana agregados aos compromissos pessoais e profissionais compromete esta tentativa de estudo.

Assim concluímos, até o presente momento, que avaliação institucional nos Cursos Pesquisados é uma prática que ainda necessita de ampliação. Atualmente os questionários vêem sendo aplicados junto aos alunos, mas ainda não iniciamos o processo junto aos funcionários e docentes.

A falta de uma política de avaliação institucional assumida pela a URCA não vem permitindo que esses resultados do Curso, em questão, sejam utilizados com momento de

(11)

melhoria da qualificação docente, no que diz respeito a definição de políticas de formação. Bem como não vem assegurando uma visão sistêmica de Universidade.

Bibliografia

BRITO, Lúcia Helena de. A Universidade regional do cariri história e política na construção da sua regionalidade. Fortaleza: UFC, 1995,118 p. (Dissertação de Mestrado em Educação Brasileira – FACED/UFC).

Referências

Documentos relacionados

Portanto, mesmo percebendo a presença da música em diferentes situações no ambiente de educação infantil, percebe-se que as atividades relacionadas ao fazer musical ainda são

A finalidade principal do contrato de aprendizagem - capacitação do Jovem Aprendiz a ingressar no mercado de trabalho - estaria sendo frustrada ao se admitir a

Ao longo do percurso de nosso trabalho, buscou-se, primeiramente, uma exposição geral da utilização da psicanálise no terreno da Escola de Frankfurt com intuito de prover uma

São eles, Alexandrino Garcia (futuro empreendedor do Grupo Algar – nome dado em sua homenagem) com sete anos, Palmira com cinco anos, Georgina com três e José Maria com três meses.

b) Execução dos serviços em período a ser combinado com equipe técnica. c) Orientação para alocação do equipamento no local de instalação. d) Serviço de ligação das

Foi membro da Comissão Instaladora do Instituto Universitário de Évora e viria a exercer muitos outros cargos de relevo na Universidade de Évora, nomeadamente, o de Pró-reitor (1976-

As inscrições serão feitas na Comissão Permanente de Vestibular da UFMG (COPEVE), situada no Prédio da Reitoria da UFMG, à Av. Presidente Antônio Carlos, 6627 – Campus da

Avaliar 0 estado nutricional e identificar a presença de fatores de risco nutricional nos lactentes durante o período de intemaçao no Hospital Infantil~. Joana de