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Do hospital ao domicílio : continuando o cuidado de enfermagem ao binômio mãe-filho na iniciação do rito de passagem do nascimento, inserindo o pai no processo de cuidar

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(1)

N-Chm Tcc UFSC ENF 0433 udia Ma Q Au or: Ma to ¢_› s,Cá COI1 -ú ‹-› .--‹ _. .-‹ I... ao dom c 0 _: ‹_› 0: Do hospl a -‹ 3.. Tu

CLÁUDIA

MARCELINO MATTOS

FERNANDA BUNN

Do

HOSPITAL

Ao

Dolvncíuoz

CON

TIN

UANDO O

CUIDADO

DO

BIN

ÔMIO

MÃE-FILHO

3 -4 972492337 A¢.|!4

'L

A

AA

CCSM TCC UFSC ENF 0433 Ex. BSCCSM CCSM

NA

INICIAÇÃO

DO

RITO

DE

PASSAGEM

DO

NASC

UFSC Ex

_..

IMENT0

Trabalho

de

Conclusão do

Curso

'de

Graduação

em

Enfermagemda

UFSC

apresentado

à disciplina

Enfermagem

Assistencial Aplicada.

Orientadora: Prof'

Olga

Regina

Zigelli

Garcia

Supervisora: Eni”

Edith

Ilza Pfaffenzeller Esquivel

(2)

“Os

momentos

mais

esplêndidos

da

vida

não

são

os

chamados

dias

de

êxito,

mas

sim,

aqueles

dias

em

que,

saindo

do

desânimo

e

do

desespero,

sentimos erguer-se dentro

de

nós

um

desafio:

a

vida

e

a

promessa

de

futuras

realizações”.

(3)

AGRADECIMENTOS

A

Deus

“Deus

se pronunciou, seja este triunfo

uma

oferenda que faço a

quem

criou todas as coisas; e que esta oferenda, este

ramo

de rosas

com

os espinhos

que protegem

seus

finos

talos, seja todo

um

símbolo, que

em

eloquência

linguagem

expresse o sentir

de

minha

alma

e leve

em

si,

uma

só e única coisa,

um

só e único perfume: o da

gratidão”.

(Raumsol)

Aos

Pais

“De

vocês

recebemos

o

Dom

mais

precioso

do

universo:

A

VIDA. Já por isso seríamos infinitamente gratos,

mas

vocês

não

se contentam

em

presentear-nos

com

ela;

revestiram nossa existência de amor, dedicação e carinho, cultivaram

quando

criança todos os valores

que

nos transformaram

em

adultas responsáveis e conscientes.

Abriram

as portas

do

nosso futuro, iluminando-o

com

a luz

mais

brilhante que

(4)

5

Trabalhavam

dobrado, sacrificando seus sonhos

em

favor dos nossos:

não

foram

apenas pais,

mas

amigos

e companheiros,

mesmo

nas horas

em

que nossos ideais pareciam distantes e inatingíveis e o estudo

um

fardo pesado demais, tantas

foram

as vezes, que nosso cansaço e preocupação

foram

sentidos e compartilhados por

vocês.

Procuramos

entre palavras, aquelas que gostaríamos que seus corações

ouvissem do

nosso e só encontramos

uma,

simples e sincera:

MUITO

OBRIGADA.

Obrigada por tudo que

fizeram

por nós,

sem

que ao

menos

soubéssemos.

Obrigada

sobretudo, pela lição de

amor

que nos ensinaram durante toda a vida.

Tomara

que

possamos

transmití-la

no

exercício de nossa profissão e ensiná-la aos nossos filhos.

Se isto conseguirmos, estaremos realizadas: seremos

acima

de tudo

profissionais, seres

humanos”.

Aos

que

amamos

“Nas

horas

em

que nossos ideais pareciam distantes, inatingíveis e o estudo,

um

fardo pesado demais, vocês

foram amigos

e companheiros.

Inúmeros

foram

os incentivos

na

luta pelo prosseguir.

Hoje,

com

a batalha vencida,

percebemos

o quanto essa vitória é nossa.

Lá no

nosso írrtimo, brota

um

sentimento profimdo de arnor e gratidão. Dividam, pois, conosco, os méritos desta conquista”.

(5)

6

À

Orientadora

., . . . , ., .

Que

contmue

orientando outros trabalhos

com

dedicaçao, paciencia, competência, apoio, interação,

humanismo,

bom

humor,

permitindo

um

crescimento

real

do

aluno, estimulando-o a continuar e principahnente estabelecendo parceria”.

À

Supervisora

“Nosso

carinho e gratidão à

você

que soube,

além

de transmitir seus

conhecimentos, transmitir-nos as suas experiências e apoiar-nos

em

nossas dificuldades.

Em

nosso

caminho

tivemos a felicidade de encontrar pessoas

como

você,

que tiveram ao nosso lado e

nos

marcaram

por toda a vida”.

À

Enfermeira Jaqueline

“Nossos

sinceros agradecimentos por teres aceito substituir nossa

supervisora por alguns dias, nos recebendo

com

muito carinho,

tomado-se

nossa

amiga

e dedicando seu

tempo

e seu conhecimento a nós”.

Às

Clientes

“A

vocês,

que

vivenciaram conosco o rito de

passagem no

nascimento,

(6)

7

Aos

Funcionários da Maternidade

Cannela

Dutra

“Jamais

poderemos

sennos suficientemente gratas àqueles que

com

dedicação e simplicidade, contribuíram para o nosso êxito”.

(7)

RESUMO

Trata-se de

um

projeto assistencial desenvolvido no período de 25/03/98 à 05/06/98, entre

o Centro Obstétrico da

MCD

e o domicilio de 08 (oito) clientes,

com

o objetivo de desenvolver, o

Cuidado de Enfennagem ao binômio mãe-filho, na iniciação do rito de passagem do nascimento, do

ambiente hospitalar ao domiciliar, fundamentado no modelo teórico de Madeleine Leininger, dando

continuidade ao projeto desenvolvido por Gonçalves e Franzon no segundo semestre de 1997.

NO

período de desenvolvimento do projeto foram atendidas pelas acadêmicas, no Centro Obstétrico, 234 parturientes, das quais

com

34 foi realizado levantamento de dados

com

objetivo de identificar as diversidades e universalidades culturais dos cuidados das mesmas. Além destas, acompanhamos, do hospital ao domicilio, 08 clientes, sendo realizada

com

cada

uma em

média 04 vistas domiciliares,

sendo este número determinado através da avaliação da necessidade das puérperas,

em

parceria

com

as

mesmas.

O

uso do modelo teórico de Madeleine Leininger, proporcionou as acadêmicas

uma

visão

ampla da cliente e do processo saúde-doença, mostrando a importância da cultura na expressão do

processo vital do ser humano. Observou-se que apesar das diversidades encontradas no levantamento de dados efetuado junto a 34 parturientes, o apoio psicológico por parte do profissional de saúde no

processo de parir é elemento chave, como

uma

das formas de proporcionar o parto humanizado,

uma

vez que a hospitalização inibe as expressões culturais da cliente, que passa a responsabilidade do processo de cuidar à equipe de saúde, atrasando o estabelecimento do vinculo mãe-filho. Observou-se

ainda que o rito de passagem do nascimento é

um

momento de intenso movimento

em

que a ordem

anterior da cliente sofre transfonnações e exige portanto, cuidados, pois este processo contém

uma

oporttmidade de saúde através da abertura à transformação. As maiores dúvidas apresentadas pelas puérperas à domicilio foram

com

relação ao estabelecimento da amamentação, cuidados

com

os seios (fissura, engurgitamento e ordenha manual), cólicas do RN, cuidados

com

o coto umbilical, icterícia e

o primeiro banho do RN; e a intervenção de enfermagem propiciou a orientação voltada às dúvidas apresentadas, através da educação para a saúde. Conclui-se portanto, que o acompanhamento

domiciliar da puérpera foi necessário e importante, constituindo-se

num

trabalho psicoprofilático,

prevenindo complicações e facilitando a promoção da criação de vínculo saudável entre a mãe e o

bebê, ampliando a disposição familiar para o desafio do crescer junto. As metas estabelecidas foram

(8)

I .

SUMARIO

1.

INTRODUZINDO

O

TEMA

... .. 2.

ESTABELECENDO

OS

OBJETIVOS

... .. 2.1 Objetivo Geral ... .. 2.2 Objetivos Específicos ... .. 3.

REVISANDO

A

LITERATURA

... ..

3.1

O

Nascimento

Como

um

Rito de

Passagem

... ..

3.1.1 Ritos de

passagem

... ..

3.1.2 Ritos de

passagem

e nascimento ... _.

4.

REFERENCIAL TEÓR1co

... ..

4.1 Teoria da Diversidade e Universalidade

do Cuidado

Transcultural de

Madeleine

Leininger ... ..

4.1.1 Pressupostos da teoria ... ..

4.1.2 Principais conceitos da teoria ... ..

4.1.3 Conceitos noiteadores

do

trabalho de Leininger ... ._

20

(9)

4.2 Processo de

Enfermagem

... ..

36

4.2.1 Fases

do

processo de

enfermagem

... ..37

4.2.1.1

Levantamento

de dados ... ..37

4.2.1.2 Diagnóstico de

enfermagem

... ..38

4.2.1.3 Planejamento e

implementação

... ..38

4.2.1.4

Evolução

... ..38

5.

ESTABELECENDO

AS

AÇÕES

METODOLÓGICAS

... ..4O 5.1 Descrição

do

Local

do

Estágio ... ..4O 5.2 População

Alvo

... ..

42

5.3 Plano de

Ação

... .. 43

6.

FAZENDO O

CRONOGRAMA

... ..48

7.

DESCREVENDO

OS

RESULTADOS DAS

ATIVIDADES

PROPOSTAS

... ..49

7.1 Objetivo

01 ... ..

49

7.2 Objetivo

02 ... .. 53

7.2.1 Perfil das particularidades selecionadas ... .. 53

7.2.2 Questões culturais - aspectos culturais observados nas parturientes ... ... ..

56

7.2.3 Valores/costumes relacionados ao processo de parir ... .. 62

7.3 Objetivo

O3 ... ._ 65 7.3.1 Cliente n° 01 ... .. 66

7.3.2 Cliente n°

02

... .. 71

(10)

7.3.4 Cliente n°

O4

... .. 7.3.5 Cliente n° 05 ... .. 7.3.6 Cliente n°

06

... .. 7.3.7 Cliente n°

07

... .. 7.3.8 Cliente n° 08 ... .. 7.4 Objetivo

04

... .. 7.5 Objetivo

05 ... .. 7.6 Objetivo

06

... .. 7.7 Objetivo

O7

... _.

8.

ATIVIDADES

PROPOSTAS

E

NÃO

REALIZADAS

... _.

9.

FAZENDO

AS

CONSIDERAÇÕES

FINAIS

... ..

Io.

FAZENDO

As

RECOMENDAÇÕES

... ..

11.

RELATANDO

As PERCEPÇOES

INDIVIDUAIS

DAS

AOADÊMIOAS

12.

CITANDO

A

BIBLIOGRAFIA

UTILIZADA

... ..

(11)

1 -

INTRODUZINDO

O TEMA

~

A

cultura

nega

qualquer sofrimento relacionado à gestação, mas, por muitas

»

vezes esta última gera conflitos sérios, porque para várias mulheres a vivência da

gravidez é particularmente dificil, principahnente

na

atualidade,

com

o culto obsessivo à estética corporal, ao individualismo e a intelectualidade,

além

da inserção da

mulher

no mercado

de trabalho.

A

gravidez é

uma

possibilidade quase inevitável das mulheres.

Na

cultura

cristã, elas são preparadas

paraa

maternidade

como

se houvesse

uma

equação linear:

casamento -

matemidade

- filhos - felicidade,

lembrando

aqui

do

dogma

da

Igreja -

“crescei e multiplicai-vos.”

Observa-se que nonnahnente, durante a gravidez, a

mulher

é o alvo

da atenções, a “receptora” de todos os cuidados e orientações que

visam

estimular o

auto-cuidado para a

promoção

da saúde

do binômio

mãe-filho.

No

passado,

quando

acontecia a gravidez, o sentimento predominante era de

ganho.

Mas

hoje, a

mulher

vê iniciahnente, as pedras

no

seu corpo,

na

sua liberdade e

no

seu poder de atração sexual sobre o companheiro. Sente-se

como

se tivesse caído

numa

armadilha

(Montgomery,

1997).

O

próprio parto segrmdo

Anuda

(1989), era

um

acontecimento social

no

passado.

A

mulher

era cercada pela família e pela vizinhança

no

momento

da dor e da

(12)

13

celebração

da

renovação da espécie. Hoje, continua o autor,

com

o avanço tecnológico

e a

modernidade

incansavelmente progressiva, isso ocorre

com

pouquíssima freqüência.

É

como

se a

mulher

fosse orientada e preparada para urn frrn específico: o

parto.

Segundo

Montgomery

(1997), independentemente da cultura e

do

nível

social, a gravidez desperta sensações e sentimentos antagônicos.

No

filho que vai

chegar, está

em

jogo a vida

-

pelo renascimento, esperançam-se ganhos, e a morte

-

pelas perdas, divisão,

medo,

fiustração.

i

Normalmente

é neste estado de conflito interior que a

mulher

chega à

maternidade e após cumprir sua missão

-

o parto (cesáreo

ou

vaginal) sente muitas vezes

que

“perde seu reinado” pois o foco das atenções passa a ser o recém-nascido.

Para

Montgomery

(1997) o pós-parto faz a ponte entre a criança que existe

na

vida mental e a criança concreta.

É uma

fase ligada a grandes transformações fisicas, sociais e emocionais.

A

mulher, agora

mãe,

perde urna certa irresponsabilidade

da

infância.

É

isso que ela chora: a perda

da

infância

em

contato

com

a esperança

do

filho, da maternidade.

O

autor afirma que a principal adaptação que ocorre

no

pós-parto é nessas duas áreas:

na

adequação de filha para mãe.

Segundo

Noronha

(1993),

em

relação ao corpo,

uma

alteração violenta

na imagem,

os tecidos tornam-se flácidos e desorganizados.

A

vagina sangra. Cortes,

sempre

há,

no

abdômen

ou no

períneo.

A

mama

túrgida,

com

eventuais fissuras,

pode

provocar dor.

A

depressão pós-parto

pode

estar rondando,

podendo

aparecer logo após o parto, seis

meses

depois

ou no

intervalo de dois anos.

(13)

14

Durante a hospitalização

quem

“cuide”

da

mãe

e

do

bebê,

quem

oriente, esclareça. Divida as angústias.

Ao

voltar para casa, a

menina

que virou

mãe-mulher

vê-se sozinha

com

seu bebê, às vezes conta

com

seu

companheiro

e sabe que esta criança necessita dela para sobreviver. Passa então, a ser a “provedora” de cuidados e sente-se, via de regra, a

única responsável pela vida da criança.

A

amamentação

gera desconfortos.

A

condição

hormonal

culmina

em

fenômenos

depressivos.

Sangramentos

e cicatrizes

não

raros

ocasionam

dores

no

reinício da vida sexual,

que

passa muitas vezes, a ser

permeada

pelo

medo

de

uma

nova

gravidez.

A

vagina

pode

estar ressecada

em

virtude de alterações

hormonais

(Montgomery,

1997).

Em

meio

a todos estes conflitos e alterações,

somada

as dúvidas de

como

cuidar

do

recém-nascido, a

mulher

precisa reorganizar sua vida social, sexual, voltar a

trabalhar, enfim, necessita equalizar-se enquanto mãe-mulher.

Mas

como? Quando?

Definitivamente esta

mulher

precisa de ajuda, pois vivencia

uma

situação

nova

e desconhecida.

A

Nosso

interesse pela área intensificou-se após a realização

do

estágio

em

Obstetrícia e Neonatologia da Sétima

Unidade

Curricular, principalmente porque esta

área nos permite trabalhar

com

a vida

no

seu princípio, envolvendo

emoções

e situações

que

exigiam cuidados especiais propiciando o desenvolvimento saudável

do

“novo

ser” e daqueles

que

o cercavam. Por compartilhannos

com

Gonçalves

e

Franzon

(1997) da crença de

que

a

enfermagem

enquanto profissão de cuidado pode, nesta fase tão crucial prestar auxílio,

amparo ou

capacitação para o

binômio

mãe-filho,

(14)

15

no

sentido de aperfeiçoar sua

nova

condição de vida,

optamos

por desenvolver o

cuidado de

enfermagem

ao

binômio

mãe-filho

na

iniciação

do

rito de

passagem do

nascimento,

do

ambiente hospitalar ao domiciliar,

dando

continuidade ao projeto desenvolvido pelas autoras

em

1997

no

qual

foram

acompanhadas

da

matemidade

ao

domicílio

O6

(seis) puérperas

com

a

média

de 10 (dez) visitas domiciliares a cada

cliente, entre outras atividades.

Vale

ressaltar que as autoras constataram durante o desenvolvimento de seu

trabalho que as

“mães

chegam

em

casa

com

muitas dúvidas, referindo muito falta de orientação

no

período de hospitalização e

concluem

ser de vital importância o

acompanhamento

domiciliar

da

puérpera”. (Gonçalves e Franzon, 1997).

Para fundamentar nossa prática de cuidar utilizaremos o

mesmo

modelo

teórico usado por Gonçalves e Franzon (1997), porque

além

de corresponder a nossas

crenças e valores enquanto seres

humanos

e profissionais de

enfennagem,

mostrou-se

adequado

à proposta de trabalho. ,ls

O

modelo

teórico da

enfermagem

escolhido,

em

função

do acima

exposto, é

a Teoria da Diversidade e Universalidade Cultural

do Cuidado

de Madeleine

Leininger,

em

fimção

desta estar ajustada às crenças, valores e

modo

de vida dos

indivíduos possibilitando que as expressões, padrões e estilos de cuidado

possuam

sentidos diferentes

em

diferentes contextos culturais.

Leininger (1985) entende que a

enfermagem

é

uma

profissão de cuidado

transcultural.

Concordamos

com

a teorista,

quando

ela diz

que

o cuidado de

enfennagem

com

bases culturais, é

um

fator decisivo para a

promoção

e

manutenção

(15)

16

Segundo

a autora da Teoria da Diversidade, a

enfemiagem tem

uma

obrigação ética de preparar profissionais para que eles trabalhem eficazmente

com

indivíduos de origens diferentes, valorizando o saber popular e respeitando os valores

de vida de cada

um

deles

ou

de seu grupo.

Madeleine

Leininger (1985)

defme

saúde

como

estado de bem-estar, culturalmente defmido, avaliado e praticado, refletindo a capacidade que os indivíduos

possuem

para realizar suas atividades cotidianas de

uma

forma

culturalmente

satisfatória.

Acredita-se que a saúde seja entendida

como

algo universal a todas as

culturas,

embora

definida

no

âmbito de cada

uma,

refletindo as suas crenças, valores e

práticas. Assim, a saúde é

também

universal e diversificada.

Vale lembrar que Leininger (1995), permite ao enfenneiro trabalhar tanto

com

a realidade contextual

do

indivíduo quanto

com

a redistribuição

do

saber e de acordo

com

Minatti et al (1997), acreditamos que falta ao profissional de saúde, muitas vezes

compreender

o indivíduo

como

um

“ser único”

que

traz consigo toda

uma

bagagem

cultural.

Em

nossa proposta de trabalho, prestamos cuidado ao

binômio

mãe-filho, desde o pré-parto ate' o pueipério domiciliar, envolvendo

em

todo contexto a figura

do

pai, pois,

como

diz

Montgomery

(1997, p. 163), “no pós-parto, é

fundamental

o apoio

do

companheiro,

que

valorize

a

mulher

como

ser social,

que

seja afetivo

Ao

dar continuidade ao projeto de Gonçalves e

Franzon

(1997), de cuidar

do binômio

mãe-filho,

do

hospital ao domicílio, tentamos possibilitar que o rito de

(16)

17

permitindo

que

a

mãe,

seu

bebê

e o pai se conhecessem, se relacionassem e se cuidassem

na

busca da

promoção

de sua saúde total.

(17)

3 -

REVISANDO

A

LITERATURA

3.1

O

Nascimento

Como

um

Rito

de

Passagem

3.1.1 Ritos

de

passagem

De

acordo

com Da

Mata

apud

Monticelli (1997, p. 23), o rito é...

“um fianômeno

dotado de certo conjunto de significados...

uma

visão estrutural

fundamentada

em

princípios organizatórios, dos quais

a

necessidade de incorporar 0

novo, reduzir incertezas e realizar

a passagem

de posição,

num

deslocar constante, é

fundamental

Monticelli (1997) diz que os ritos de

passagem

são os que

acompanham

o

nascimento, a puberdade, o noivado, o casamento, a paternidade, a morte, o parto, a

gravidez, a infância e outros.

3.1.2 Ritos

de

passagem

e

nascimento

(18)

19

-

Identificar as diversidades e universalidades culturais de cuidado das parturientes, atraves

do

levantamento inicial de dados.

-

Contribuir para a implementação dos 08 (oito) passos da Maternidade

Segura e para a

manutenção

dos 10 (dez) passos do Aleitamento

Matemo.

-

Avaliar periodicamente as atividades desenvolvidas

no

estágio.

-

Buscar

aprofundamento

teórico dos temas pertinentes ao cuidado do

binômio

mãe-filho

durante o nascimento

como

o rito de passagem.

estágio.

(19)

21

Monticelli (1997), faz

um

rastreamento da visão

do

nascimento

em

diversas culturas e

sobre várias perspectivas, indicando a grande diversidade

mundial

na

representação

do

mesmo.

A

autora afirrna

que

o nascimento, portanto, é visto de diversas fonnas, de acordo

com

os valores, atitudes e crenças de cada cultura. Para a cultura

Navaho,

por exemplo, o nascimento é

uma

experiência natural de vida.

Em

contra partida,

na

cultura chinesa e

em

alguns lugares

do

México, a menstruação, gravidez e parto são considerados doenças.

Para Monticelli (1997, p. 39), “na perspectiva sociocultural, 0 nascimento

é

encarado

como

um

rito de

passagem,

como

um

rito final, admitindo

a

mulher

na

sua

feminilidade

A

autora ainda

afinna

que de

modo

geral, o

que

se percebe é

que

os trabalhos desenvolvidos envolvendo cultura/nascimento, são muito mais sistemáticos

em

outros países

do que

no

Brasil, e a nivel nacional,

não

são encontrados trabalhos

que

envolvam

a perspectiva

do

nascimento

como

um

rito de passagem,

havendo

grande espaço de conhecimentos a ser preenchido principalmente pelos profissionais

da saúde, que

atuam

junto ao processo

do

nascimento.

A

grande maioria da bibliografia indicada nos cursos de

Medicina

e

Enfermagem,

enfoca o nascimento

na

perspectiva

do

modelo biomédico

vigente.

Bauer apud

Monticelli (1997, p.

36

e 37) diz que o “nascimento é considerado

um

evento

médico que

precisa ser controlado

por

meios tecnológicos e cirúrgicos, e

que

dificilmente

a

questão é tratada, levando

em

consideração os valores e crenças

da

mulher

em

respeito

do

mesmo

“_

(20)

22

Segundo

Monticelli (1994), antigamente a gravidez, o parto e os cuidados

posteriores

com

a

mãe

e a criança transcorriam

em

família,

onde

as pessoas estavam ligadas por fortes vínculos

humanos

que constituíam seus suportes sociais.

Hoje

estes

mesmos

fenômenos

transcorrem

em

instituições hospitalares

onde

os vínculos

passaram

a ser

meros

contatos superficiais. Isto leva a

um

sentimento de solidão e de

desamparo

e, segundo Climent

apud

Monticelli (1994),

não

deve surpreender

que

as

mulheres, seus maridos e famílias

“membros

solitários e isolados de urna sociedade

atomizada” sejam fácil presa de manipulação das maternidades, encaradas

como

meras

empresas

que têm

verdadeiro poder de decisão e imposição.

Esse contato

com

as instituições e

com

profissionais de saúde

fizeram

com

que

os indivíduos e famílias

passassem

a incorporar

também

em

suas práticas

populares, os conhecimentos da

chamada

“medicina científica”.

Inúmeros

são os

estudos

que

têm

rastreado para esta questão,

porém

são

em

menor número

os que

tem

aprofundado o

fenômeno

sob o ponto de vista e visão de

mundo

dos participantes

populares de todo esse processo, particularmente

no

que diz respeito ao processo de

nascimento.

A

maioria dos profissionais da saúde

que

atuam

no

processo

do

nascimento,

com

raras exceções

não tem

levado

em

consideração a experiência das famílias e

principalmente a vivência das mulheres durante o processo

do

nascimento.

O

que

se observa durante os estudos das ações desenvolvidas pela família

durante o processo

do

nascimento, desde a concepção até o período pós-parto é que as práticas de saúde

não

são estanques,

nem

nos domicílios,

nem

nas instituições hospitalares.

Nesse

sentido o cuidado é tanto desenvolvido pelos profissionais da

(21)

23

saúde, quanto pelas famílias (Leininger, 1979, 1991; Nitschke, 1991; Patrício, 1990;

Bohes, 1990;

Marcon,

1989; Cartana, 1988; Elsen, 1984). Existe

uma

preocupação

bastante grande, principalmente por parte dos enfenneiros que

desenvolvem

práticas

assistenciais

em

conhecer, considerar e valorizar crenças, valores e práticas populares

de saúde para que a assistência possa ser compartilhada. '

Whaley

&

Wong

(1989),

afmnam

que,

na

maioria das sociedades, a família parece exercer três funções principais para

com

seus

membros:

proporcionar cuidados ñsicos, educar e treinar para adaptação a cultura e sociedade e assumir a

responsabilidade pelo bem-estar psicológico e emocional dos

mesmos.

Bomar, apud

Nitschke (1991) cita ainda que

uma

das maiores atribuições

da

família é o cuidado à saúde.

A

família é primariamente responsável pela maioria de

seus cuidados para a saúde durante os ciclos de saúde e doença. Tais cuidados incluem

tanto ensinamentos das práticas de cuidado à saúde,

como também

a garantia de

suporte social,

como

ocorre

no

processo de desenvolvimento das famílias durante 0 nascimento de

um

novo membro.

H

Boehs

(1990) realizando seu trabalho

com

famílias de recém-nascidos

dentro de

uma

perspectiva transcultural afirma que o nascimento de

um

novo

membro

da família inicia

um

novo

ciclo de desenvolvimento, ocasionando variações culturais que irão iníluenciar

em

como

esta irá se organizar,

como

cuidará de seus filhos,

como

manterá relações

com

os outros

membros

da família.

De

acordo

com

Duvall

apud

Boehs

(1990) a família passa por diferentes

etapas durante seu processo de viver, dentre elas, está o que considera família

em

(22)

24

Dentro de todo esse contexto cultural encontra-se a

amamentação.

Campestrine (1992) aborda os aspectos antropológicos da

amamentação

e

revela que grande

número

de nutrizes demonstra conhecimento empírico emergente de sua herança sócio-cultural

no

período da lactação; proibições escrupulosas

sem

justificativas

ou

fimdamentos

causam

indecisões das nutrizes frente a inúmeras crenças e superstições que

envolvem

a

amamentação, que

necessitam ser conhecidas pelos enfermeiros

com

risco de gerar

choque

cultural

na

sociedade e conseqüente

desestímulo ao aleitamento

matemo.

A

amamentação

é

uma

atividade básica, e constitui

uma

das primeiras intervenções nutricionais, materiais e de saúde infantil que a

mãe

pode

aprender para

assegurar a saúde de seu filho.

É

um

modo

natural e apropriado

que

satisfaz muitas das necessidades da criança

em

desenvolvimento, e

na

maioria dos lugares é compatível

com

o ambiente ecológico e econômico.

A

experiência de sociedades tradicionais indica que muito poucas

mães

são incapazes de

amamentar

por razões fisiológicas contudo, vendo-se

como

um

todo, grande quantidade de mulheres

deixam

de

amamentar

por vários motivos, dependentes de

origem

e classe social, estilo de vida e nível de informação e conhecimento.

O

primeiro evento social, talvez o mais crítico da vida de

uma

criança ocorre

com

a interação entre

mãe

e filho

na

situação de alimentação.

Quando

a

mãe

escolhe a maneira de alimentar seu filho, expressa nesta decisão influências da sociedade, de seu estilo de vida, da sua história pessoal e da sua personalidade.

(23)

25

O

declínio

do

aleitamento materno representa

um

desperdício de

um

recurso natural de valor inestimável, sendo que os fatores

mais

contribuintes

são: imperiosa necessidade de a

mulher

contribuir

no

sustento da família; estímulos

anti-amamentação (exploração cinematográfica da

mama,

temor de perder a

forma

plástica de

mama),

inexistência de

exemplos no meio

familiar, exagerada divulgação

feita

em

tomo

de detenninados leite

em

pó,

mamadeiras

e bicos, desinteresse dos

profissionais de saúde

em

ensinar, apoiar, orientar e supervisionar a

mãe

durante a

amamentação,

despreparo dos profissionais da saúde

em

relação às

medidas

profiláticas relacionadas a herança cultural das nutrizes e da sociedade.

Pizzato e

Da

Poian (1988) dividem os aspectos sociais

da

amamentação

em

familiares e antropológicos.

Destacam

vários fatores

que colaboram

para

uma

amamentação

com

êxito: apoio, estímulo e

compreensão do companheiro

e familiares; redução de visitas

em

número

e

em

tempo, principalmente nos primeiros dias após o parto; o entretenimento

do

filho

pouco mais

velho, durante a

mamada;

auxílio de

uma

pessoa dedicada, que

fique

com

a criança,

quando

a

mãe

carece ausentar-se

do

lar.

No

aspecto social-antropológico, o autor alude que a alimentação ao peito

tem

sua

origem

associada ao primeiro parto, e portanto, é milenar. Estudos de

povos

primitivos, enfatizando costumes quanto à alimentação da criança nos primeiros

meses

de vida,

além

de costumes sociais,

na

vida adulta, revelam a influência

do

aleitamento

matemo

no

desenvolvimento da personalidade

do

ser

humano.

Pesquisas realizadas

com

mães

africanas,

com

hábitos primitivos, revelam que a

amamentação

ocorria

maciçamente

sem

qualquer preocupação

com

tempo

de sucção, horários, posições,

(24)

26

e a única visita permitida é a do recém-nascido).

Chegou-se

a conclusão que o processo de

amamentação

está

fundamentado

numa

imitação inocente, de outras mães, experimentada pela

mulher

desde a meninice.

Nas

ilhas Alor, segimdo Filloux,

apud

Pizzato e

Da

Poian (1988) as

mães

permanecem

no

ostracismo durante os primeiros oito duas de pueipério,

amamentando

seu recém-nascido.

Após

quinze dias

retomam

ao trabalho, interrompendo bruscamente a

amamentação, ficando

0 filho sob a responsabilidade de irmãos

maiores,

que

o

alimentam

de

modo

grosseiro e irregular, e por vezes

com

alimentos

mastigados por outros. Outro

dado

antropológico, citado por

Souza

e

Souza apud

Pizzato e

Da

Poian (1988), é o

fenômeno

da relactação.

Em

algumas

tribos primitivas

africanas, a avó funciona,

no

sentido da

amamentação,

como

um

perfeito e natural substituto da

mãe

que por

um

motivo esteja impedida de amamentar. Referem, ainda, que estas avós,

começam

a produzir leite após duas

ou

três

semanas

de estímulo, conseguido pela sucção

da

criança, orientada de

modo

a

que

graduahnente se

aumente

o

tempo

e a freqüência das

mamadas.

A

herança social das nutrizes e respectiva

comunidade

(costumes, ritos,

tabus, crenças...) é fator interferente

na amamentação.

A

maneira pela qual

uma

pessoa enfrenta as suas necessidades de auto-cuidado

não

é instintiva,

mas

pelo

contrário, é

um

comportamento

aprendido, baseado

em

seu próprio passado.

Campestrine (1992), registra

exemplos

de herança social,

em

pesquisa realizada

em

uma

comunidade do

interior

do

RJ, as quais interferem

grandemente no

sucesso,

ou

não, da lactação,

que demonstram

o distanciamento entre a antropologia cultural e o

(25)

27

Í A

nutriz

não pode

tomar água, enquanto dá de

mamar. “Faz mal

ao

recém-nascido”.

Í

Não

é

bom

comer ovo

durante o resguardo,

pode

inflamar

o útero.

Í O

recém-nascido

não

dormir

no

peito. Ele

pode

“golfar”. Se golfar, “o

calor

do estômago

entra

no

peito da

mãe

e anuina” (mastite). Para

não

arruinar,

depressa pentear a

mama

ou

virar o bebê

com

as

pemas

para fora e deixar “ele”

mamar

na

mesma

mama

que

ele golfou.

Í

É

desaconselhável “espremer” leite da nutriz,

na

parede

ou no

chão.

O

leite é

“chupado”

pelo cimento e pelo tijolo e seca.

Vê-se assim que os tabus que, direta

ou

indiretamente,

envolvem

a

amamentação,

e portanto,

fazem

parte da antropologia cultural,

merecem

ser conhecidos e estudados

com

profundidade pelos profissionais de saúde da área materno-infantil e por todos os que trilham o

caminho do

incentivo ao aleitamento

matemo,

pois só assim é possível prestar

um

cuidado eficiente respeitando os valores

culturais das nutrizes.

Para possibilitar

uma

melhor

compreensão

e

embasamento

teórico a

respeito da proposta

do

presente estudo, utilizamos a revisão de literatura feita por

Gonçalves

e

Franzon

(1997), abordando temas

como

o parto normal, parto cesáreo e o

puerpério,

do

ponto de vista biológico e psicossocial, assim

como

do

recém-nascido.

A

revisão de literatura abrange os seguintes tópicos: parto normal, parto cesáreo,

puerpério normal,

modificações

locais,

modificações

gerais, cuidados de enferrnagem,

lactação, aleitamento materno, puerpério patológico, aspectos psicológicos vivenciados durante a gravidez, o parto vivenciado

como

fenômeno

psicossomático e o

(26)

28

recém-nascido e por estar completa e atualizada,

julgamos

desnecessária a sua

transcrição neste trabalho, ressaltando

que

a

mesma

encontra-se descrita

(27)

4 -

REFERENCIAL TEÓRICO

Segundo

Angerami

e

Mendesi apud Batey

(1977), o

Marco

Teórico

tem

o significado de

um

mapa

que serve para orientar o pesquisador

no

processo de planejar, conduzir e interpretar as pesquisas. Seguindo este raciocínio, este

tem

a fmalidade de

iluminar o problema,

dando

a diretriz para a

condução

de todo o processo que, por sua

vez, transforma o conhecimento

ou

a teoria existente, revertendo influências para a

prática. Portanto, o

Marco

Teórico

tem

potencial para unir a teoria, a prática e a pesquisa.

Assim, partindo do fato de que

Marco

Referencial consiste

em

um

conjunto

de crenças, valores, conhecimentos e técnicas que

guiam

o pensar-fazer dos indivíduos,

adotamos

a Teoria da Diversidade e Universalidade do

Cuidado

Transcultural de

Madeleine

Leininger, a fun de poder direcionar o referente estudo.

4.1 Teoria

da

Diversidade

e Universalidade

do

Cuidado

Transcultural de

Madeleine Leininger

(28)

30

Foi a primeira e maior contribuinte para a teoria

do

cuidar/cuidado.

Leininger (1985), identificou diferenças nas formas das pessoas expressarem e se

comportarem

em

relação ao cuidar/cuidado, e

que

pareciam estar

ligadas a padrões culturais.

Em

sua persistente curiosidade,

buscou complementar

seus estudos

na

área de antropologia e concluiu que este conhecimento era de extrema

importância para a área de enfennagem.

Sua

teoria é

fundamentada

num

modelo

transcultural de

enfermagem

(Modelo

Sol Nascente), que engloba o cuidar/cuidado

humano

em

suas diferenças de similaridades nas diversas culturas

do

Universo, daí sua

denominação

de Teoria da Diversidade e Universalidade

do

Cuidado

Transcultural.

O

Modelo

Sol Nascente (Sunrise) demonstra as inter-relações dos conceitos

em

sua teoria. Apresenta quatro níveis de focalização

que vão

da estrutura cultural e

social, passando por indivíduos, famílias, grupos e instituições

em

diversos sistemas de

saúde, até decisões e ações de cuidado

em

enferrnagem que são: a preservação, a

acomodação

e repadronização cultural

do

cuidado.

Leininger construiu sua teoria

com

base

na

premissa de que os

povos

de cada cultura

não

apenas são capazes de conhecer e definir as maneiras, através das quais eles

experimentam

e

percebem

seu cuidado de

enfermagem,

mas também

são

capazes de relacionar essas experiências e percepções às suas crenças e práticas gerais de saúde.

Com

base

em

tal premissa, o cuidado de

enfermagem

deriva-se

do

contexto

cultural

no

qual ele deve ser propiciado e desenvolve-se a partir dele.

Em

suas apresentações oferece definições para os conceitos de cultura,

(29)

31

sistema popular de saúde, saúde, sistema profissional de saúde, cuidar/cuidado, preservação cultural

do

cuidado,

acomodação

cultural

do

cuidado e repadronização

cultural

do

cuidado.

Além

de suas definições, apresenta pressupostos que

dão

novo

apoio à sua

previsão de que culturas diferentes percebem,

conhecem

e praticam o cuidado de diferentes maneiras, ainda

que

alguns elementos

comuns,

existam

em

relação ao

cuidado,

em

todas as culturas

do

mundo.

4.1.1 Pressupostos

da

teoria

-

Desde

o surgimento da espécie

humana,

o cuidado

tem

sido essencial

para o crescimento, desenvolvimento e sobrevivência dos seres

humanos.

-

O

cuidado próprio e outros padrões de cuidado, existem entre as culturas.

-

O

cuidado

humanizado

é universal, existindo diversos padrões de

cuidado

que

podem

ser identificados, explicados e conhecidos entre as culturas.

-

O

cuidado

humanizado

é característica central,

dominante

e unificadora

da

enfermagem.

- Não

pode

haver cura

sem

cuidado,

mas

pode

haver cuidado

sem

ser para

a cura.

-

A

razão da existência da

Enfermagem

é que ela é profissão de cuidado,

com

conhecimentos disciplinados sobre este.

-

O

cuidado sob

uma

perspectiva transcultural é essencial para desenvolver

(30)

32

~ Os

componentes do

cuidado transcultural e as características das

diferenças e semelhanças ainda

devem

ser identificadas, descritas e conhecidas para a sua caracterização estrutural e funcional.

- As

decisões e ações

do

cuidado de

enfennagem

que

levam

em

conta os

valores, crenças e

modo

de vida

do

cliente, estarão certamente ligados a satisfação

do

cliente

com

o cuidado de

enfermagem.

- Os

conceitos e práticas

do

cuidado

do

ser

humano

podem

ser

identificados

em

todas as culturas.

- As

práticas de cuidado de saúde, profissionais e populares são derivadas

da cultura e

influenciam

as práticas e os sistemas de

enfermagem

(Leininger, 1985).

4.1.2 Principais conceitos

da

teoria

-

Ser

humano:

são seres universalmente provedores de cuidado, dotados

de particularidades e características próprias, que sobrevivem

numa

diversidade de

culturas, por

meio

de sua capacidade de oferecer a universalidade

do

cuidado de inúmeras maneiras de acordo

com

culturas diferentes (Leininger, 1993).

-

Saúde:

é

um

estado de bem-estar, culturalmente definido, avaliado e

praticado e

que

reflete a capacidade que os indivíduos (ou grupos)

possuem

para realizar suas atividades cotidianas, de

forma

culturalmente satisfatória (Leininger,

(31)

33

Y

Contexto

ambiental: é a totalidade de

um

acontecimento, situação

ou

experiência particular que confere sentido às expressões

humanas,

incluindo interações

sociais,

dimensões

físicas, ecológicas, emocionais e culturais (Leininger, 1993).

-

Enfermagem:

é

uma

profissão

que

envolve cuidado cultural coerente,

uma

vez que oferece cuidado a

povos

de várias culturas diferentes, e

que

pode

conduzir à execução

do

cuidado que

melhor

se adapte à cultura

do

cliente, diminuindo,

assim, o estresse cultural e o potencial para o conflito, entre o cliente e o provedor de cuidados (Leininger, 1993).

4.1.3 Conceitos norteadores

do

trabalho

de Leininger

xi

Crenças:

convicção intima e/ou certeza adquirida baseada

nos

valores

culturais inseridos

no

contexto sócio-econômico-politico

do

ser

humano

(adaptado

Leal, Lima, Martins, Veiga, 1993).

-

Cuidado

(substantivo): refere-se aos

fenômenos

com

o

comportamento

de prestação de auxilio, apoio

ou

capacitação, para

um

indivíduo

ou

por outro indivíduo

(ou grupo),

com

necessidades evidentes

ou

antecipadas de melhorar

ou

aperfeiçoar urna condição

ou

vida

humanas

(Leininger, 1993).

-

Cultura: são os valores, crenças,

normas

e práticas de vida de

um

determinado grupo, aprendidos, partilhados e transmitidos,

que

orientam o pensamento, as decisões e as ações, de maneira padronizada (Leininger, 1993).

(32)

34

-

Cuidado

cultural: são valores, crenças e expressões padronizadas,

cognitivamente conhecidos que auxiliam, dão apoio

ou

capacitam outro indivíduo

ou

grupo a

manter

o bem-estar, a melhorar

uma

condição de vida

humana

ou

a enfrentar a morte e as deficiências (Leininger, 1993).

K-

4

Cuidado

popular: são comportamentos, técnicas e processos

desenvolvidos de acordo

com

valores culturais, contendo informações, tanto

do

sistema profissional

como

popular de saúde (Leininger, 1993).

-

Cuidado

profissional: são componentes, técnicas, processos

ou

padrões

cognitivos, culturalmente aprendidos, executados por profissionais

da

saúde,

que

capacitem

ou ajudem

o indivíduo a melhorar

ou

manter

uma

condição de vida saudável (Leininger, 1993).

-

Diversidade

cultural

de

cuidado: indica a variação de significados,

padrões, valores

ou

símbolos de cuidado que são culturalmente originários dos

homens,

para seu bem-estar

ou

para aperfeiçoar

uma

condição

ou

modo

de vida,

ou

para enfrentar a morte (Leininger, 1993).

-

Universalidade cultural

de

cuidado: refere-se a significados, padrões,

valores

ou

símbolos de cuidado

comuns,

semelhantes

ou

uniformes, culturalmente

originários dos

homens,

para eu bem-estar

ou

para aperfeiçoar a condição e o

modo

de

vida

ou

para enfrentar a morte (Leinjnger, 1993).

-

Visão

de

mundo:

é a maneira pela qual as pessoas

olham

o

mundo

ou

o

universo e

formam

um

“quadro

ou

atividade de valor” acerca

do

mundo

e de suas

(33)

35

Leininger;

em

segundo

lugar ela fala a respeito de estrutura social, visão de

mundo

e contexto ambiental (Leininger, 1993).

`-/~

Estrutura

social: refere-se a natureza dinâmica dos

fatores estruturais

ou

organizacionais inter-relacionados de

uma

determinada cultura (ou sociedade), e a

maneira

como

funcionam

esses fatores para dar sentido e

ordem

cultural, incluindo

fatores religiosos, de parentesco, políticos, econômicos, educacionais, tecnológicos e

culturais (Leininger, 1993).

'L Sistemas populares

de

saúde

ou

de

bem-estar: são práticas de cura

ou

de cuidado de saúde nativas, locais

ou

tradicionais que

possuem

significados e usos especiais para curar

ou

ajudar as pessoas (Leininger, 1993).

-

Sistema

profissional

de

saúde: são os serviços de cuidado

ou

de cura

profissionais, oferecidos por pessoal de saúde diversificado que foi preparado, através de

programas

de estudos profissionais e normais,

em

instituições educacionais

especiais (Leininger, 1993).

Y-

Preservação

cultural

de

cuidado: Inclui ações e decisões profissionais de auxílio, apoio e capacitação que

ajudam

os clientes de determinada cultura a

preservar

ou

manter

um

estado de saúde,

ou

restabelecer-se de

uma

doença

e enfrentar

a morte (Leininger, 1993).

\_f-

Acomodação

cultural

do

cuidado: são as ações e decisões profissionais

de auxílio, apoio e capacitação que

ajudam

os clientes de determinada cultura a

adaptar-se a

um

estado satisfatório

ou

benéfico

de saúde,

ou

negociar para tal,

ou

a

(34)

36

Y z .

,., z . ~ . . ~

'-

Repadromzaçao

cultural

do

cindado:

ou

restauraçao, mclui as açoes e

decisões profissionais de auxílio, apoio

ou

capacitação

que

ajudam

os clientes a

modificar

suas formas de vida,

na

busca de padrões

novos ou

diferentes que sejam

culturalmente signíficativos

ou

satisfatórios

ou

que

dêem

apoio a padrões de vida

benéficos

ou

saudáveis (Leininger, 1993).

4.2 Processo

de

Enfermagem

Processo de

Enfermagem

pode

ser

defmido

como

uma

atividade intelectual deliberada, por

meio da

qual a prática de

enfermagem

é abordada de maneira ordenada e sistematizada, é ainda 0 “instrumento” e a metodologia da profissão de enfermeiro (a)

e,

como

tal, auxilia as profissões a

tomarem

decisões e a

preverem

e avaliarem

conseqüências.

Para operacionalizar o

marco

conceitual descrito, tentaremos utilizar o

“Processo de

Enfermagem

de Leininger”.

Cabe-nos

neste

momento,

ressaltar

que

Leininger

não

elaborou

um

processo de

Enfermagem

de maneira específica,

mas

sim

“uma

teoria para guiar a prática” (Leininger,

apud

Monticelli, 1991).

Monticelli (1993), diz que, portanto, a tarefa de elaboração desta

metodologia toma-se

um

verdadeiro processo criativo, e que

tem

como

desafio

a sistematização

do

conhecimento e a tentativa contínua (porque

não

acaba aqui) e dinâmica (porque supõe

modificações

nas diferentes etapas) de aliar teoria,

método

e

(35)

37

4.2.1 Fases

do

processo

de

enfermagem

Esse processo é

composto

pelas seguintes fases:

4.2.1.1

Levantamento

de

dados

Consiste

na

avaliação e obtenção de informações sobre a estrutura social e a visão de

mundo

da

cultura

do

cliente.

Marca

0

começo

de

uma

interação e é o

momento

do

encontro entre

acadêmicas, paiturientes e familiares.

Os

dados acerca da parturiente e

família/acompanhante, serão levantados através de roteiros.

O

método

de coleta de dados que utilizaremos

com

a parturiente neste

estudo, será o da Observação-Participante de Leininger (1985).

Escolhemos

este

método

pelo fato de que observando e participando

ativamente

do

cuidado,

poderemos

conhecer

melhor

o

mundo

simbólico da parturiente,

suas atitudes, sentimentos, opiniões e comportamentos.

Monticelli (1993) afirma que

com

este

método

o enfenneiro, primeiramente, preocupa-se

em

fazer observações e ouvir atentamente, obtendo desta

maneira

uma

visão

ampla

da situação e gradualmente vai realizando observações detalhadas,

sempre

tendo

em

mente

o foco de estudo e os objetivos propostos.

Num

segundo

momento,

a observação continua,

mas

alguma

participação (cuidado)

começa

a ocorrer gradativamente,

conforme

a aceitação, expectativa e interação

com

as parturientes.

(36)

38

O

enfermeiro

começa

a interagir mais

próximo

às pessoas.

No

terceiro

momento,

a participação (cuidado) intensifica-se, porém,

sem

perder de vista a

observação.

4.2.1.2 Diagnóstico

de

enfermagem

Baseia-se nas áreas

em

que o

binômio mãe-filho não

encontram

uma

diversidade

ou

universalidade cultural do cuidado. Esta fase, caracteriza-se pela

reflexão constante

do

que foi obtido

na

primeira etapa do processo.

4.2.1.3

Planejamento

e

implementação

Esta fase consiste

em

sistematizar e organizar as informações obtidas na

etapa anterior, procurando-se refletir sobre as possibilidades e limites de se prever,

acomodar ou

reorganizar os padrões de cuidado que são desenvolvidos.

4.2.1.4

Evolução

Apesar

de Leininger não propor objetivamente a evolução

do

cuidado, ela

(37)

39

de cuidado

em

enfermagem,

para determinar quais os cuidados

que

são apropriados aos padrões de

comportamento da

cultura para a cura, a saúde

ou

o bem-estar, o que

(38)

5 -

ESTABELECENDO AÇÕES METODOLÓGICAS

5.1 Descrição

do Local de

Estágio

O

estágio foi desenvolvido

no

Centro Obstétrico da Maternidade

Carmela

Dutra, entre os dias 25/03 à 05/06/98.

A

Maternidade

Carmela

Dutra é

uma

instituição

pública integrante da Secretaria de Estado da

Saúde

de Santa Catarina, localizada à rua

Irmã Benwarda,

208, Florianópolis.

Desde

1955 presta atendimento às mulheres dos

mais

variados niveis

sociais, provenientes de municípios vizinhos

em

situações de saúde/doença estando

ou

não

relacionadas

com

as fases

do

ciclo grávido-puerperal. Trata-se de

uma

matemidade/escola conveniada

com

a Universidade Federal de Santa Catarina e

com

outras instituições assistenciais e de ensino.

Atualmente

dispõe de 121 leitos destinados ao atendimento obstétrico,

ginecológico e oncológico.

O

total de atendimento geral é

em

média

de 41.500 pacientes/ano.

(39)

41

5.000 bebês, sendo responsável por

70%

dos atendimentos obstétiicos de Florianópolis.

A

p

Dispõe

ainda

do

serviço de neonatologia e de ambulatório, desenvolvendo

principalmente ações de nível primário, secundário e terciário,

como

saúde

do

adolescente, planejamento familiar, pré-natal de baixo e alto risco, cirurgia,

ginecologia, mastologia, patologtia cervical, oncologia ginecológica, climatério e

sexualidade.

Possui

um

sistema de alojamento conjunto para os recém-nascidos normais

onde

estes

permanecem

ao lado de suas

mães

durante toda a intemação.

Conta

também

com

o serviço de

Banco

de Leite

Humano

e Central de Informações sobre Aleitamento

Matemo,

implantado

em

1979,

dando novo

impulso as

atividades de

promoção,

proteção e apoio à

amamentação.

Em

média

são atendidas

5.000 mulheres por ano e coletados e distribuídos

aproximadamente

1.000 litros de

leite por ano.

Portanto, toma-se necessário ressaltar que

na

área do aleitamento importantes passos

foram

dados transfonnando a

Matemidade

Carmela

Dutra

no

Hospital

Amigo

da Criança

do

Estado de Santa Catarina, 47°

do

Brasil e 400l°

do

mundo.

O

Ministério da

Saúde

e Secretaria de Estado da

Saúde

reconhecendo estas

atuações elegeram

em

março

de 1992, a Maternidade

Carmela

Dutra

como

“Centro de

Referência Estadual

em

Saúde

da Mulher”.

Recentemente

a instituição está

(40)

42

A

enfermagem começou

a implantar

uma

metodologia

na

maternidade a

partir

do

primeiro semestre de 1997, sendo que

na

sala de parto o_ projeto já foi

implantado

porém

não

oficializado, devido as outras unidades encontrarem-se

em

fase de adaptação, que inclui a presença

do

pai

ou acompanhante na

sala de parto. ‹

O

Centro Obstétrico da maternidade

compõem-se

de dois vestiários e de

mn

lavabo para entrada de ftmcionários, pré-parto

com

cinco leitos individuais (separados

por box), rouparia, sala para orientações à partmiente,

bem

como

de troca de roupas e

uma

sala altamente restrita

com

dois leitos

no

caso de parto prematuro, feto moto, inibição

do

parto e pré-eclâmpsia.

Atualmente

o Centro Obstétrico apresenta

em

seu quadro de funcionários

um

total de trinta e

um

profissionais da área de

enfermagem,

sendo que três são enfermeiras, seis técnicas de

enfermagem,

quatorze auxiliares de

enfermagem

e

um

auxiliar de serviço obstétrico,

um

escriturário e seis atendentes de

enfermagem.

5.2

População Alvo

A

clientela atendida neste trabalho foi

composta

preferencialmente por

primíparas admitidas

no

Centro Obstétrico, residentes

em

Florianópolis,

que

demonstraram

aceitação e interesse

em

participar

do

projeto, das quais 08 (oito)

foram

(41)

43

5.3

Plano de

Ação

Neste estudo

foram

planejadas as seguintes estratégias

na

tentativa de

alcançar os objetivos

mencionados

anteriormente:

Objetivo 1 -›

Conhecer

a estrutura física, operacional e normativa

do

Centro Obstétrico e

Unidade

de Intemação Puerperal, interagindo

com

a equipe de

saúde.

Estratégia Operacional:

>

Percorrer área física e conhecer os funcionários e as

normas

e rotinas

do

Centro Obstétrico e

Unidade

de Internação Puerperal.

>

Apresentar o projeto à equipe

buscando

parceria.

Avaliação:

O

objetivo será considerado alcançado se seguirmos a estratégia

proposta.

Objetivo 2 -› Identificar as diversidades e universalidades culturais

do

cuidado das parturientes, através

do

levantamento inicial de dados.

Estratégia Operacional .'

(42)

44

>

Levantar dados através

do

método

da observação participante, procurando conhecer o

mundo

simbólico das parturientes, seus hábitos,

modo

de vida,

sentimentos,

comportamentos

e opiniões.

>

Adaptar o roteiro para coleta de dados de Minatti et al (1997)

buscando

um

melhor

conhecimento da cultura das parturientes e aplicá-lo às

mesmas.

Avaliação:

O

objetivo será considerado alcançado se cada aluna aplicar a

estratégia a

no

mínimo

10 (dez) partuiientes.

Objetivo 3 -› Desenvolver o cuidado de

enfermagem

ao

binômio

mãe-filho,

do

ambiente hospitalar ao domiciliar,

buscando

identificar as diversidades e

universalidades culturais

na

iniciação

do

nascimento

como

rito de passagem, baseado

no

referencial teórico de

Madeleine

Leininger.

Estratégia Operacional:

>

Selecionar, de acordo

com

os critérios pré-estabelecidos

na

população

alvo,

no minimo

04

(quatro) clientes para cada aluna, para o desenvolvimento

do

cuidado.

_

>

Acompanhar

a clientela selecionada durante a fase de hospitalização e a

domicílio, visando a manutenção,

acomodaçao

e/ou* reorganização

do

cuidado,

(43)

45

Avaliação:

O

objetivo será considerado alcançado se cada aluna

acompanhar no

mínimo

O4

(quatro) clientes para estabelecimento

do

cuidado

do

ambiente hospitalar ao domiciliar.

Objetivo 4 _-› Connibuir para implementação dos 08 (oito) passos da

Maternidade Segura e para a

manutenção

dos 10 Çdez) passos do Aleitamento

Materno.

Estratégia Operacional:

>

Buscar

informar-se, junto a instituição, das

normas

e rotinas

estabelecidas

com

relação ao objetivo,

comprometendo-se

com

a

manutenção

e divulgação das

mesmas.

Avaliação:

O

objetivo será considerado alcançado caso

consigamos

seguira

estratégia proposta.

Objetivo 5 -› Avaliar periodicamente as atividades desenvolvidas

no

estágio.

Estratégia Operacional:

>

Reunir-se quinzenalmente

com

a enfenneira supervisora e orientadora

para discussão e

andamento do

projeto.

Avaliação:

O

objetivo será considerado alcançado se seguirmos a estratégia proposta.

(44)

46

Objetivo 6 -› Buscar aprofundamento teórico-prático dos

temas

pertinentes ao cuidado ao

binômio

mãe-filho durante o nascimento

como

rito de

passagem.

Estratégia Operacional:

>

Participar das atividades

promovidas

pela instituição e/ou outras

entidades

que

venham

a contribuir

na

compreensão, identificação e

implementação do

cuidado

do

nascimento

como

nto de passagem.

>

Desenvolver estágio extra-curricular

no

Centro Obstétrico durante a

concepção e execução

do

projeto.

>

Freqüentar,

em

Florianópolis, cursos e similares que

abordem

o

tema

pertinente ao nascimento

como

rito de passagem.

>

Buscar

na

literatura conteúdos teórico-práticos referentes aos temas.

Avaliação:

O

objetivo será alcançado se seguirmos a estratégia proposta.

Objetivo 7 -› Refletir e trabalhar as vivências

do

grupo de acadêmicas

no

decorrer do estágio.

Estratégia Operacional:

>

Utilizar técnicas de dinâmica de grupo e outras práticas alternativas,

em

(45)

47

~

Avaliaçao:

O

objetivo será alcançado se for feito

reflexão

acerca das experiências vivenciadas,

uma

vez

por semana,

no

decorrer

do

estágio.

Referências

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