,'
CC
zso
fANDRÉA
ANNELIESE
DAY
~TUBQ
GÁSTRICD
ISQPERTSTÁLTICD
CoMo
TRATAMENTO
PALIATIVQ
Do
CANCER
EsoEÁG1Co
IRRESSECAVEL
_
RELATo
DE
5
CAsos
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para a
conclusão do Curso de Graduaçao
em
_Medicina.
FLORIANÓPOLIS
-
SANTA CATARINA
TUBO
GÁSTRICO
ISOPERISTÁLTICO
COMO
TRATAMENTO
PALIATIVO
DO
CANCER
ESOFÁGICO
IRRESSECAVEL
_
RELATO
DE
5
CASOS
\
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para a
conclusão do Curso de graduação
em
Medicina.
Coordenador do Curso: Edson José Cardoso Orientador: Ernesto Francisco
Damerau
Co-orientador: Viriato João Leal daCunha
FLORIANÓPOLIS
-
SANTA CATARINA
Trabalho de conclusão do Curso de Graduação em Medicina - Universidade Fedeial de Santa Catarina - UFSC.
A
meus
pais,minha
eterna gratidão, _admiração e amor, porsempre
me
ensinarem a lutar pelos
meus
objetivos, peloexemplo
de vida e força e peloamor
em
todos osmomentos.
Ao meu
irmão Walter eminha
irmã Chris, pelo carinho e ajudana
ediçãodeste trabalho.
Ao
Dr. ErnestoDamerau,
minha
grandeadmiração
pelo profissionalque
é,agradeço pelo aprendizado proporcionado e pela ajuda
na
realização destetrabalho.
Ao
Dr. ViriatoCunha,
pelo auxíliona
realização deste trabalho e peloconstante incentivo. _
Ao
Dr.Wilmar
Gerent, pelos ensinamentos transmitidos e peloexemplo
de dedicação eamor
à profissão.`
z
~ 1.
INTRODUÇAO
... .. 2.LITERATURA
... _. 3.OBJETIVO
... .. 4.MÉTODO
... .R 5.RELATO
DE
CASOS
6.DISCUSSAO
... .. ~ 7.CONCLUSAO
... ._ S.REFERÊNCIAS
... ._NORMAS
ADOTADAS
RESUMO
... ..SUMMARY
... ..ANEXO
... ..A
neoplasiado
esôfago éuma
afecção que implica grande transtomo paraos pacientes e representa
um
desafio
para o médico.O
número
de pacientescom
critérios de inoperabilidade é elevado, a ressecabilidade e a sobrevivência~
sao baixas e a mortalidade operatória significativa. Entretanto, é imperativo
o
tratamento,
mesmo
que
seja paliativo,com
o objetivo de restabelecer acapacidade de alimentação por via oral,
sempre que
possivel,além
depossibilitar a nutrição e
alguma
qualidade de vida para esses pacientes.O
câncer de esôfago' é a sexta neoplasiamais
comum
no
mundo,
sendo
aterceira
em
frequência entre os tumoresdo
aparelho digestivo”. Incideprincipalmente
na
Sa e 6adécada
de vida e raramente antes dos 30 anos,sendo
predominante
no
sexo masculinonuma
proporção de 3 a 5:1.É
uma
doença
com
distribuição geográficamuito
variável,com
predominância
na
China,Japão, Rússia e Chile,
no
Brasil, a incidência ébem
maior na
região suldo
país”.
Alguns
fatores são considerados predisponentesna
patogenia destaneoplasia. Estes fatores incluem fumo, álcool, hábitos alimentares,
como
ingesta de alimentos quentes, acalasia, lesões cáusticas
do
esôfago, divertículos3,4
esofágicos e metaplasia de Barret
O
tipo histológicomais
comum
do
câncer de esôfago éo carcinoma
epiderrnóide, constituindo
98%
de todos os casos, seguido peloadenocarcinoma.
Mais
raramente encontram-se sarcomas,carcinoma
depequenas
células,carcinoma mucoepidermóides,
linfomas e carcinomasadenóides císticos4. `
Segundo
a"União
Internacional Contrao Câncer”5,UICC,
o esôfago édividido
em
segmentos
cervical e torácico.O
esôfago cervicalcomeça
na
(incisão supraesternal), a
aproximadamente
18cm
dos dentes incisivossuperiores (DIS).
O
esôfago torácico é constituído pela porção superior,média
e inferior.A
porção superior estende-sedesde
a incisura jugular até ao nívelda
bifurcação traqueal, a
aproximadamente
24cm
dos DIS.A
porção torácicamédia
inicia-se ao nívelda
bifurcação traqueal e estende-se até aaproximadamente
32cm
dos DIS.A
esse nível inicia-se a porção torácicainferior
com
aproximadamente
8cm
decomprimento,
inclui o esôfagoabdominal
e estende-se até40cm
dosDIS5
_Os
segmentos
mais
comumente
acometidos
no carcinoma
esofágico são os torácicosmédio
e inferior,50%
e34%,
respectivamente3.A
principal queixa dos pacientescom
neoplasia esofágica éemagrecimento
e disfagia,
que acomete
80 a90%
dos doentes etem
rápida evolução,geralmente de 4 a 6 meses.
A
disfagia ocorre inicialmente para alimentossólidos e evolui gradativamente para pastosos e líquidos.
Segundo
Mellow
ePinkasó a disfagia
pode
sergraduada
em
grau 0:sem
disfagia; grau l: disfagiapara sólidos; grau 2: disfagia para pastosos; grau 3: disfagia para líquidos; grau
4: afagia. Este sintoma aparece após a obstrução de 1/3 a 1/2
da
luz esofágica,por isso,
na
maioria das vezes adoença
éavançada
por ocasiãodo
diagnóstico23. Outros sintomas
como
odinofagia, halitose, sialorréia, rouquidão,manifestações respiratórias
como
pneumonia
aspirativapodem
estar presentes.Podendo
ainda ocorrer complicaçõescomo
obstrução, hemorragiaque
é raro egeralmente de
pequeno
vulto e fístula traqueoesofagiana1'2”3”7.O
diagnóstico de neoplasia se iniciacom
a suspeita clínica.O
primeiroexame
a ser solicitado é aEndoscopia
Digestiva Alta(EDA), que além
dosdados
de observação, permite coleta de material paraexame
anatomopatológico3.
O
exame
contrastadodo
esôfago (Seriografiaavaliação de pacientes
com
neoplasia de esôfago, por permitir avaliação degrau de estenose, altura e extensão
do
tumor, estudodo
esôfago proximal epresença de fistula.
A
Broncoscopia
tem
indicação principalmente nostumores
localizados
no
1/3médio
do
esôfago torácico. Outrosexames
complementares
tais
como,
Radiografia de tórax eTomografia Computadorizada (TC)
de tórax eabdome
são fundamentais para o estadiamentoda
doença3°4°8O
estadiamento das neoplasias, inclusive a esofágica,vem
sendo
realizado atualmente, através
do
sistema-TNM5,
que- permite determinar aprofundidade
do tumor na
parededo
esôfago; presença decomprometimento
metastático
em
linfonodos regionais e metástase à distância(Quadro
1).O
estadiamento
do
câncer de esôfagotem
por objetivos a identificação depacientes
que
podem
se beneficiarcom
o tratamento definitivodo
tumor
primário; excluir
da
cirurgia de ressecção os pacientesque
apresentamESTÁGIO
DEF1N1ÇÃo
Tumor
primárioTX
O
tumor
primárionão pode
ser avaliadoTO
Não
há
evidências detumor
primárioTis
Carcinoma
in situTl
Tumor
que
invade a lâmina própriaou
asubmucosa
T2
Tumor
que
invade a muscular própriaT3
Tumor
que
invade a adventíciaT4
Tumor
que
invade as estruturas adjacentesLinfonodos
Regionais
Nx
Os
linfonodos regionaisnão
podem
ser avaliadosNO
Ausência
de metástaseem
linfonodos regionaisNl
Metástaseem
linfonodos regionaisMetástase à
Distância
Mx
A
presença de metástase à distâncianão pode
seravaliada
M0
Ausência
de metástases à distânciaEstadiamento
TNM
× EstádioO
TisNO
MO
Estádio IT1
NO
MO
EstádioIIA
T2
NO
MO
T3
NO
MO
Estádio IIBT1
Nl
sMO
T2
N1
MO
Estádio IIIT3
Nl
MO
T4
Qualquer
N
MO
Estádio
IV
Qualquer
T
Qualquer
N
Ml
Fonte - Beahrs OH, Myers
MY
1 Manual para estadiamento do câncer 2° ed Philadelphia, Jb Lippincott.1 988.
Um
paciente é classificadocomo
potencialmente curávelquando
otumor
está restrito à
mucosa
esubmucosa
do
esôfago (Tl-T2),não
existecomprometimento
de nódulos linfáticos (NO) e evidências de metástasesistêmica
(MO).
O
câncer de esôfago clinicamente localizadotem
doistratamentos primários: a cirurgia e a radioterapia.
A
ressecção cirúrgica éo
tratamento de escolha para lesões precoces (estágio I e II)4°8.
Infelizmente, a grande maioria dos pacientes que se apresentam
com
disfagia, 75 a
80%
já estãonum
estágioavançado
( III e IV)4”5”9.O
câncer de esôfago apresenta ressecabilidadeem
torno de 4O a65%,
porém
somente 20
a30%
das ressecções cirúrgicas são pretensamente radicaisou
curativas.Cerca
de70%
dos pacientescom
neoplasiaavançada
necessitarãode terapêutica paliativa3°8°1°°“.
Existem
váriosmétodos
descritos para paliaçãono carcinoma
esofágico,o
que
sugereque não há
um
método
de eleiçãoeficaz no
tratamento paliativon.bypass, esofagostomia, gastrostomia e jejunostomia); endoscópicos (dilatação,
utilização de endopróteses, laser terapia, alcoolização, terapia fotodinâmica e
eletrocoagulação); radioterapia e braquiterapia (radiação intracavitária).
A
associação de dois
ou mais métodos
de paliaçãotambém
tem
sido- - 71 1314
utilizadaz” ° 2° ”
.
Alguns
trabalhosmostram
que
a cirurgia é ométodo
demelhor
paliaçãoem
aproximadamente 35
a40%
dos casos,embora
sua taxa de mortalidade sejao 1 _
altau ° 5.
Segundo
uma
revisão publicada porAhmed
e Gustavsson7,em
1990,nos
~
tumores irressecáveis
mas
cujos pacientestem
condiçoes cirúrgicas, obypass
éum
método
paliativoque pode
trazerbons
e atémesmo
excelentes resultados,mostrando melhora
importanteda
disfagia edo
estado nutricional 7°16”17.Várias técnicas
de
bypasstem
sido descritas.A
de Postlethwait (1979),na
qual se utiliza
mn
tubo gástrico isoperistáltico confeccionado a partirda
grandecurvatura
do
estômago, colocado retroestemalmente,sem
ressecçãodo
tmnor,tem
mostrado bons
resultadosem
alguns trabalhos 15°”, proporcionandomelhora da
disfagiana
maioria dos casos,com
uma
aceitável mortalidade emorbidade.
No
presente trabalho são relatados 5 casos de pacientescom
neoplasiaesofágica
em
estágio avançado,com
tumor
irressecável, atendidos peloServiço de Cirurgia Geral
do
Hospital Universitário,da
Universidade Federalde Santa Catarina, e
que foram
tratados cirurgicamente de acordocom
a técnica2
-LITERATURA
Em
mais
de75%
dos pacientescom
carcinoma
de esôfago, a invasãotumoral
ou
a presença de metástases à distânciatomam
impossível a ressecçãocurativa.
A
terapia para a maioria dos pacientes é, portanto, paliativa1°*“ ,com
o objetivo principal de melhorar a disfagia e o estado nutricional
do
paciente,restabelecendo a capacidade de ingesta de alimentos, se possível, por via
oral8”19.
Dos
váriosmétodos de
paliação descritosna
literatura, a cirurgia paliativa,apesar
da
alta morbimortalidade, apresenta amelhor opção na melhora da
disfagia7°u°17.
Embora
muitos autoresconcordem
que
a ressecçãodo
tumor,quando
possível, ofereceo
mais efetivométodo
de
paliação7”15, naqueles pacientescom
doença muito
avançada,não
existem vantagensem
se realizar cirurgiascomplexas3”19”2°.
Ahmed
e Gustavsson7,em
1990,mostraram
em
uma
revisão de literaturaque
o bypass gastroesofágico éum
método
paliativoque
pode
trazerbons
e atémesmo
excelentes resultados, possibilitando ingestade
alimentos por via oral,o
que
permiteuma
melhor
qualidade de vida ao paciente7”8”16°17.Um
número
considerável de técnicas de bypasstem
sidodescritasi1,12,1s,1s,21,22,23,24, 25, 2ó_ _
O
bypasscom
interposiçãodo
cólonou
jejuno, foi utilizadocom
bastantefrequência
há
alguns anos.É
um
procedimento
de considerável magnitude,com
manipulação
de víscera contaminada, realização de três anastomoses eprolongada
intemação
hospitalarem
pacientes debilitados21'22.Em
um
estudoclínico realizado por
Cardus
e Mestres”, 12 pacientescom
tumor
de esôfago irressecávelforam
submetidos à cirurgia de esofagocoloplastia.Observou-se
um
índice de mortalidade de30%
e demorbidade
de41%.
As
complicaçõesocorridas
foram
necrose deanastomose
(2 casos), falência hepática einsuficiência respiratória progressiva, (1 caso), deiscência
de
anastomose
esofagocólica
com
sepsis generalizada (1 caso) e deiscência colocólicacom
peritonite (1 caso).
A
sobrevida foiem
média
9 meses.-
Segundo
Domenezl,
de2191
casos de bypasscom
esofagocoloplastias descritosna
literatura, o índice de complicações foi de
63%;
a mortalidade de25%
e asobrevida
média
de 8 a 9 meses. Este=tipo debypass
é reservadousualmente
para pacientes
com
gastrectomias prévias19°2~2.Orringer e Sloann,
em
1975, realizaram estudos clínicos utilizandouma
técnica de bypass gástrico idealizada por Kirschner
em
1920.Nesta
técnica,todo o
estômago
é mobilizado e levado através deum
túnel retroesternal àregião cervical
onde
éanastomosado
ao esôfago.O
esôfago torácico é excluído.Foram
submetidos à esta cirurgia 37 pacientes, destes59%
tiveramcomplicações,
houve
fístula anastomóticaem 19%
dos casos.A
mortalidadedeste
procedimento
foi de24%
e a sobrevida de 5,9 meses.A
melhora
dossintomas foi considerada
boa
ou
excelenteem
apenas25%
dos casos..
Em
um
estudo realizado porConlan
et al23, 71 pacientes
foram
submetidosà técnica de bypass descrita inicialmente por Kirschner.
Obtiveram melhora da
disfagia
78%
dos pacientes, a mortalidade foi de21%,
e as complicaçõesmais
frequentes
foram
insuficiência respiratória, sepsispulmonar
com
fistulizaçãotraqueoesofágica e infecção de ferida operatória
que
ocorreuem
39.4%
dospacientes. Fístula de
anastomose
ocorreuem
23%
dos casos.Mannell
et al24 obtiveram melhores resultadoscom
este método.Em
um
estudo
com
174 pacientes, a mortalidade foi de11%,
sendo a mais frequentecomplicação, sepsis cervical secundária à fístula
do
coto proximaldo
esôfagoexcluído.
A
capacidade de ingesta de dietanormal
ocorreuem
89%
dos pacientes, sendo a sobrevida de 5 meses.Embora
o autor supracitado tenha tidobons
resultados,uma
revisãode
literatura
mostrou que
de 1275 casos descritos,67%
apresentaramcomplicações e a mortalidade foi de
31%.
A
principal complicação destemétodo
é aformação
demucocele
e abcesso mediastinal intraesofágico,que
não
raramenterompe
para a região cervicalou
abdominalzl.Com
o objetivode evitar este problema, alguns autores
anastomosam
o esôfago distal àalça de jejuno exclusa
ou
realizam adrenagem
do
coto distal atravésdeum
catéter;
Os
procedimentosacima
referidossãomandatórios nos
casos-de fistulaesofagobrônquical93127.
Também
tem
sidoempregados
tubos gástricos obtidosa partir
da
grande curvaturado
estômago12”15°18”21.Beck
e Carrelllmó,em
1905,foram
os primeiros a utilizar estes tubosem
experimentos
com
cães.Os
tuboseram
colocadosno
subcutâneo,preesternalmente.
Em
1912, Jianuempregou
o
tubo gástrico intratorácico.Novos
estudos experimentaisforam
feitos por Carter et alem
1942.Gavrilíulml ,
em
1951, publicou estudos clínicoscom
a
utilização deum
tubogástrico reverso, anisoperistáltico, confeccionado a partir
da
grande curvaturado
estômago.A
remoção
do
baço, nesta técnica, é realizada de rotina, poissegundo
o autor, isto aumentaria ofluxo
sanguíneo para a artériagastroepiplóica esquerda.
Em
cerca de20%
dos pacientes, o piloro e a primeiraporção duodenal
fazem
partedo
tubo gástrico.Foram
submetidos à estacirurgia
580
pacientes.A
taxa de rnortalidade foi de21,3%
com
apenas13%
de complicações. Entretanto,
segundo
Parker”, estudos posterioresnão
mostraram
osmesmos
resultados,havendo
elevada taxade
mortalidade, altapercentagem
de fistulas anastomóticas e efeitos colateraisdo
tubo reverso,anisoperistáltico.
Além
disso,segundo
Postlethwaitn,em
pacientescom
neoplasia avançada, que se apresentam frequentemente debilitados
não
sejustifica tal
abordagem
cirúrgica, pois cada passo adicionalaumenta
aYamagishizó,
em
1970, teve ótimos resultadoscom
a utilização deum
tubo gástrico isoperistáltico isoladoda
grande curvaturado estômago
como
bypass
esofágico.O
tubo é levado à região cervical através deum
túnel retroestemalonde
é realizada aanastomose
esofagogástrica.O
coto distal do tubo éanastomosado
à alça de jejuno.De
15 pacientes submetidos à esta técnica,fistula de
anastomose
ocorreuem
2 casos enão houve
mortalidade operatória,porém
complicações pós-operatórias ocorreramem 50%
dos pacientes.Postlethwait12°21,em 1979, tendo
em
vista* especialmente os pacientescom
fistula traqueoesofágica
maligna
ecom
a intenção de se conseguiruma
técnica simples e de fácil execução, publicou resultados de estudos
no
qualse utilizou
um
tubo gástrico isoperistálticocomo
bypass esofágiconos
pacientes
com
carcinoma
de esôfago irressecável.O
tubo gástricoisoperistáltico, confeccionado a partir
da
grande curvaturado estômago
e cujosuprimento sanguíneo se
dá
pela preservaçãoda
artéria gastroepiplóica direita,é colocado retroestemalmente
sem
exclusãodo
esôfago distal.A
anastomose
esofagogastrica é realizada
na
região cervical.Nos
estudos realizados peloautor supracitado, trinta pacientes
foram
submetidos à estemétodo
paliativo,sendo 25
em
estágiosavançados da
doença.A
taxa de mortalidade foi de13%,
ocorrendo as seguintes complicações:
pneumonia
e insuficiência respiratória (2casos), insuficiência renal e sepsis ( 1 caso), mediastinitee
empiema(
l caso) eestenose ( 1 caso).
O
índice de fistula anastomótica foi de43%,
entretantoem
33%
houve
fechamento,com
tratamento conservador,em
l a 4 semanas.A
sobrevida variou de 1 a ll
meses
(média
de 5.2 meses).A
capacidade deingesta de alimentos pastosos se observou
na
maioria dos pacientes e dieta livreem
poucos.Em
1997
Bevilacqua et allg obtiveram resultados semelhantes.Em
revisãode
22
pacientes submetidos à estemétodo
paliativo, observou-se que82%
dosdeglutição.
As
complicações pós-operatóriasmais
comuns
foram
fístulacervical (13,59%),
pneumonia
(10,45%), e estenose deanastomose
(7,32%),estando a
morbidade
pós-operatória significantemente associadacom
amorbidade
pré-operatória (ASAZSIII-
classificadocomo
doença
sistêmicasevera).
A
taxa de mortalidade foi de14%.
Apesar
dosbons
resultados obtidos pelos autores supracitados, Cantero etal”,
em
1999,em
estudo realizadocom
25 pacientes submetidos a bypasssegundo
a técnica de Postlethwait,observaram que
houve
melhorada
disfagiaem
19 pacientes (76%). Entretanto,houve
complicaçõespulmonares
em 52%
dos pacientes. e fístula cervical
em
40%.
A
taxa de mortalidade foi de24%
(6casos), e o periodo de hospitalização variou de 18-50 dias.
A
média
de
sobrevivência foi de 5,4 meses.A
técnica de Postlethwaitn,tem
sido reconsideradaem
estudoscomparativos
como
opção
cirúrgica paliativa, por ser considerada simples ede
fácil execução, tendo
mostrado bons
resultadoscom
relação àmelhora da
disfagiaem uma
percentagem
significativa de pacientes.Tubo
Gástrico Isoperistálticocomo
Bypass
Esofágico-
Técnica
O
paciente é colocadoem
decúbito dorsal.Após
a colocação doscampos
cirúrgicos, faz-se a antissepssia
do
pescoço, tórax eabdome.
Realiza-seuma
incisão
mediana
supraumbilical e inventárioda
cavidade. Inicia-se a ligadurado
grandeomento
àaproximadamente
3-4cm
do
pilorocom
preservaçãoda
arcada vascular
da
grande curvatura gástrica ( vasos gastroepiplóicos direitos).Uma
manobra
deKocher
é realizada paraque
se consiga mobilizar o duodeno.Segtmdo
Postlethwait, o ponto-onde
se inicia o tubo é determinado peloantro, geralmente 4-6
cm
do
piloro (Fig. 5-A), entretanto atualmente esteponto
é iniciado
onde
o antro se amplia paraque
tanto o tubo gástrico quantoo
estômago
remanescentepossuam
diâmetro de 2.5-3 cm.A
aberturada
paredeanterior e posterior
do estômago
é realizadacom
o eletrocautério.O
tubo éentão
formado
através de sucessivas aplicaçõesdo
stapler (Fig. 5-B),sendo
necessário antes de cada aplicação,
que
o auxiliar tensione a parededo
estômago
para que se consiga omáximo
decomprimento
parao
tubo.A
últimaaplicação
do
stapler se fazna
grande curvatura gástrica demaneira
oblíqua(Fig. 5-C).
Após
a confecçãodo
tubo procede-se auma
sutura de reforçoda
parede
do estômago
remanescente através deuma
sutura contínuacom
fioinabsorvível, 2-0
ou
3-0 (Fig. 5-D).No
antro,onde
o tubo foi iniciado, a suturade reforço se faz
com
pontos contínuos,com
fio
absorvível,na
mucosa
esubmucosa
e pontos separadoscom
fio
seda 4-Ona
seromuscular.A
suturade
reforço
no
tubo gástrico se fazcom
pontos separados, utilizando-sefio
inabsorvível.
A
piloroplastianão
é feita de rotina.Uma
modificação
desta técnica foi realizada peloDepartamento
de CirurgiaAbdominal
do
HospitalAC
Camargo
deSão
Paulo.A
divisãodo
estômago,››«~-»-z-z-«_ 1' \_ ~f-v=z-- ¬ ~ __ rf --~‹m‹«×a‹««~«z»¬«zm‹¬w«wz«m«\s«-zw‹««««»›×‹««×.».«‹~¢‹ .f¿»:§»¬Ê~'-š.*l:='¡ F
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'gi' 5: ¬...,«z_.z:rr.›.._ <":›_¬z.._.__.____..._z._f.zz::iw¬z'l: Y - z" *' 1.êa*”f“”'W#Figural - Tubo gástrico isoperistáltico realizado conforme atécnica
de Postlethwait.
A
- Após a mobilização da grande curvatura,um
pontopróximo ao piloro é selecionado para iniciarotubo. B ~ Inicia-se a
aplicação do stapler.
C-
Última aplicação do stapler.D
- Apósaconfecção do tubo realiza-se uma sutura de reforço.
Após
o tubo confeccionado, realiza-seuma
incisão cervical direitaou
esquerda.
O
esôfago é então mobilizado e dividido.O
coto distalpode
serfechado através de stapler
ou
através de sutura manual. Procede-se então àtunelização retroestemal,
com
passagem do
tubo gástrico.A
anastomose
esofagogástrica é realizado
em
2camadas,
com
pontos separados,sendo
asutura interna através de todas as
camadas do
esôfago,com
fio
absorvível efio
inabsorvível
na
muscular. Alternativamente,pode
ser realizadoanastomose
suturado junto à
pe
le,como
um
controled
e fístula,ou
então suturado à fasciapré-vertebral,
acima da
anastomose.-'11 1- . "'*3.~ _ ÃÍÊ* -. 1¿¿:f‹;:‹¬- -¬ v:‹z.,__. Q ~"'*\-Í.-zzfi'.›Í-zJ.»=›=›._....«‹r--› ^-" “L bp :É '*"H"'f"`<"'“` “`”""š ,., Á ,_ V. :_ ;- -, ' 'Í' W .§. *›§¿.¬"'“ _,.,_~*",_sf L
Í
ii. ,š€”'"” . _» ._ É ` '*" " , _, szz...›..-.1::›- vp, z ` * šg -"-â. -ff fa? .f , M__› 5 . ., _.. .. .Egg v\*-‹‹»-.wzcz-"-'F _ .__ .-,‹ 3;-' z É .__“_`”_ ,_ .› 1: Ê M 'gm .z..z. :f 3, 'i ix' - ""€r .?m`“"”¬=fà--_:~='-"“*:: 41°!) ' ' "7‹"'F» t , z. p xr-«zw `zr›"äš ." ` ä.:^;~.,,_ _L J;-*" -:~ “\.‹__'n__Pv_¬.,_z.- y/,..,,,. 5 __ ¿_. ._,_`V,_k . ..,,.,. ff vii s .-»‹ zf f. w.. ^“*~---»››=» f “"»‹. __,,.-W' ,»"" ,Ê _ 'j `¡` . . ‹.`L.'~;~«¿»z‹¬1f.f--. _ pf' _-‹» » f~«.,¿‹”** -« - r _, t ig, › U Já' c. _ .‹V'-.._§'§_ '§ëg1:=›'l `~_§›_"_ ,V¿__.:= ‹ - '**=›:-fir.*"=*,,.. fz 1* mf' 1 ?Jzz _..-.__ , ZÉ* .:~Í.'Í._;;f.-.zw-'I _ . A , . _ , .‹.¿Éš¿.,¡¡_¿¿ - . ,V -â n í=~f~ r f ¬.›f eu '1-~‹‹-.‹-0, «..-ê!4.gz.,›.~;;fi ., -. «Â ,2*É:@zz.»:-gw *z~- °~._ `..,..-f' «_ w ^';~"-: - ›-- '-\‹,,A 44. zë \ Q `a.ͧ-às `" '\"._=‹:._ _._...›« ” š-.ÍÊ'á'í'¿'1¿»z-.¿_¬z› '*‹_=.z,._.¬›v-f .za Realiza-se então, odrenagem
é feita apenasA
radiografia de tóFigura 2 - Após a confecção do tubo gástricoe a realização de um acesso cervical, otubo é levadoà
região cervical por via retroestemal onde então se realiza a anastomose esofagogastrica.
fechamento da
região cervical eda
parede abdominal.A
na
região cervical.3
-OBJETIVO
Este trabalho
tem
por objetivo o relato de 5 casos de carcinomas esofágicosirressecáveis submetidos à tratamento paliativo cirúrgico
segundo
a tecnica de~
Postlethwait e avaliacao dos resultados preliminares de acordo
com
osdados
4
_
MÉTODO
Neste
trabalho realizou-seum
estudo retrospectivo, longitudinalno
períodode Janeiro de 1995 a
Novembro
de 1999,no
qualforam
avaliados os casosde
carcinoma
esofagico irressecável submetidos à cirurgia paliativa de acordocom
a técnica de Postlethwait, atendidos pelo Serviço de Cirurgia Geral do Hospital
Universitário
da
Universidade Federal de Santa Catarina.4.1
_
cAsUÍsT1cAz
No
períodoacima
determinadoforam
submetidos à cirurgia paliativaproposta por Postethwait, 5 pacientes, sendo
que
2eram
do
sexo feminino e 3do
sexo masculino,com
idade de39
a 63 anos(média
de 51 anos), 4 pacienteseram
da
raça branca e apenas 1da
raça negra.Tabagismo
estava presenteem
todos os pacientes.A
Com
relação à sintomatologia, disfagia para sólidos estava presenteem
doispacientes; disfagia para pastosos,
em
dois, e disfagia para líquidosem
apenasum
paciente.Houve
emagrecimento
significativo de cerca de10%
do peso
corporal
em
um
período que variou de30
a 150 dias,em
4 pacientes.Apenas
lpaciente apresentou odinofagia.
O
tempo
de inícioda
sintomatologia variou de2
meses
a l ano. ç'
A
presença dealbumina
sérica abaixo dos valores normais ocorreuem
apenas
um
paciente.Foram
realizadosEDA
eTC
de tórax eabdome
em
todos os 5 pacientes.SEGD
eBroncoscopia não foram
realizadosem
apenas l paciente.Estudo
Nos
5 casos, oexame
anatomopatológico evidenciou tratar-se deCarcinoma
Escamocelular(CEC).
Em
4 pacienteshouve
comprometimento
do
l/3
médio
do
esôfago eem
1,comprometimento do
1/3médio
e inferior.O
tamanho do tumor
variou de 4 allcm
de extensão.Um
paciente apresentou cardiopatia associada aoquadro
neoplásico,sendo
que
nos outros4
casosnão houve
registro de doenças associadas.A
avaliaçãodo
risco cirúrgico foi. feita de acordocom
a classificaçãoda
American
Societyof
Anesthesíologists~ ASA28 -
verem
anexo
).O
risco cirúrgico apresentadopor 4 pacientes foi de
ASA
III (pacientecom
doença
sistêmica severa) eem
1,ASA
II (pacientecom
doença
sistêmica leve).Em
3 pacientes a avaliação pré-operatória revelou estadio IIA;em
1 casoo
estadio foi III e
em
outro IV, devido à presença de metástases.A
cirurgiaproposta
em
3 casos foi esofagectomia, eem
2, bypass esofagogástrico àPostlethwait.
4.2
-
Al\/IBIENTEIOs
dados foram
obtidos atravésdo
Serviço deArquivo
Médico
do
HospitalUniversitário
da
Universidade Federal de Santa Catarina.4.3
-
PROCEDIMENTOS:
Os
dados
coletados a partir dos casos encontradosforam
os referidosabaixo: Idade, sexo e cor dos pacientes; presença de tabagismo, sintomatologia
e
tempo
de sintomatologia; valores laboratoriais dealbumina
sérica paraavaliação
do
grau de desnutriçãodo
doente;exames
complementares
realizados;
segmento
esofágico afetado e característicasda
lesão; avaliaçãopresença de doenças associadas e avaliação
do
risco cirúrgico; cirurgiaproposta;
achado
e .estadiamento transoperatório; intercorrências durante acirurgia;
tempo
de hospitalização; complicações pós-operatórias; capacidade dedeglutição após a introdução
da
alimentação e sobrevida.Nos
5 casos relatados, as cirurgias paliativasforam
feitas de acordocom
a
modificação
técnica realizada peloDepartamento
de CirurgiaAbdominal
do
Hospital
AC
Camargo
deSão
Paulo,onde
a divisãodo estômago
é iniciada5
-
RELATO
DE
CASOS
CASO
1-
R.R.O,
63 a, branco, masculino, tabagista,com
quadro de disfagiapara sólidos e pastosos
há
1 ano associado a odinofagia eemagrecimento
de 8kg
em
30
dias.Exames
laboratoriais evidenciaramalbumina
sérica dentro dosvalores normais.
Exames
complementares
(EDA,
TC
tórax eabdome
eexame
anatomopatológico), evidenciaram
Carcinoma
Escamocelular esofágicode
1/3médio, de
7cm
de extensão,em
estadioIII(T4NOM0).
O
paciente era portadorde Fibrilação Atrial crônica.
A
avaliação pré-operatória foi classificadacomo
ASA
III.A
cirurgia proposta neste caso foi bypass esofagogástrico àPostlethwait.
H
No
transoperatório o estadiamento foiIII(T4N1MO),
sendo realizado acirurgia previamente proposta.
Não
houve
intercorrências durante o ato cirúrgico. Realizado jejunostomia à Witzel.As
complicações apresentadas por este pacienteforam hemopneumotórax,
necroseda anastomose
com
deiscênciaprecoce e fistula cervical, sendo necessário
nova
intervenção cirúrgicacom
ressecçao
do
tubo gástrico e realizaçao de esofagostomia.O
paciente evoluiucom
quadro séptico grave e Óbitono
34° pós-operatório.O
tempo
de
hospitalização foi de 56 dias.
expansiva infiltrativa e estenosante do 1/3 médio do esôfago com 7cm
de extensão .
A
lesão apresenta extensões extra serosas insinuando-seàs adjacências da traquéia inferior. carina_ artéria pulmonar. aorta
descendente peri-lesional e brônquio fonne esquerdo.
CASO
2 - B.A.L.,49
a, negro, masculino, tabagista,com
quadro de disfagiapara sólidos
há
6 meses, evoluiucom
disfagia para pastososhá
4 meses.Exames
laboratoriais evidenciaramalbumina
sérica dentro dos valores normais.Os
exames
complementares
(SEGD, EDA,TC,
Broncoscopia eanatomopatológico), evidenciaram
Carcinoma
Escamocelular esofágico de 1/3médio
e inferiorcom
aproximadamente
llcm
de extensão. Estadiamento pré- operatório:IV
(T4NlMl-
presença de metástase para linfonodo cervical).Paciente
sem
outras doenças associadas.A
avaliação pre-operatória foiclassificada
como
ASA
III.A
cirurgia proposta foi bypass esofagogástrico àPostlethwait.
No
transoperatório evi.denciou-secomprometimento
de múltiplosesofagogástrico à Postlethwait.
Houve
lesão pleural parietal à direita. Foirealizado jejunostomia à Witzel.
As
complicações apresentadas por estepaciente
no
pós-operatórioforam
fístula cervical e estenoseda anastomose no
pós-operatório tardio (após
30
diasda
cirurgia).A
fistula cervical foi tratadaconservadoramente,
com
suporte nutricional atravésda
jejunostomia,ocorrendo seu
fechamento
em
2 semanas.O
tratamentoda
estenosede
anastomose
se fez através deuma
sessão de dilatação endoscópica.O
pacienteapresentou
melhora
considerável da disfagia.O
tempo
de hospitalização foi de48
dias.O
paciente recebeu alta aceitando dieta branda.A
sobrevida foi de 9meses.
CASO
3-
I.S.B., 61a, branca, feminina, tabagista,com
quadro de disfagiapara sólidos
há
l ano associado aemagrecimento
de 10Kg
em
2 meses.Exames
laboratoriais evidenciaramalbumina
sérica abaixo dos valoresnormais.
Exames
complementares
(SEGD, EDA,
TC,
Broncoscopia,USG
eanatomopatológico), evidenciaram
Carcinoma
Escamocelular esofágico de l/3médio
deaproximadamente
5cm
de extensão,em
estadioIIA(T3NOM0).
Sem
outras doenças associadas.A
classificação pré-operatória foiASA
II.A
cirurgiaproposta para este caso foi esofagectomia.
O
achado
transoperatório evidenciou invasão de linfonodos justacárdicos ecomprometimento da
parede posteriordo
esôfago torácico, sendoo
estadiamento intraoperatório
III(T4N1M0).
A
cirurgia realizada foibypass
esofagogástrico à Postlethwait,
sem
intercorrênciasno
transoperatório. Foirealizado jejunostomia à Witzel.
As
complicações apresentadas por estepaciente
foram derrame
pleural,pneumonia,
flstula cervical, e fistula gástrica.Tanto a flstula cervical quanto a fístula gástrica
foram
tratadasconservadoramente,
com
suporte nutricional via jejunostomia e nutriçãopresente
no
pós-operatório foi pirose.O
tempo
de hospitalização foi de67
dias.Não
houve melhora da
disfagia neste caso.A
paciente recebeu alta aceitandoPigs-
As
E f 110 ICTenografia so agogastroduodenal evldencra lesao vegetante locallzada
CASO
4 - H.S.C.,39
a, branca, feminina, tabagista,com
quadro de disfagiapara sólidos
há
2meses que
evoluiu progressivamente para pastosos e líquidosassociado a
emagrecimento
de 6Kg em
2 meses.Exames
laboratoriaisevidenciaram
albumina
sérica dentro dos valores normais.Os exames
complementares
(SEGD,
EDA,
TC, Broncoscopia
e anatomopatológico),evidenciaram
Carcinoma
Escamocelular esofágico de l/3médio
de
aproximadamente
6cm
de extensãoem
estadioIIA(T3NOM0).
A
pacientenão
referiu outras doenças associadas.
A
classificação pré-operatória foiASA
III.A
cirurgia proposta foi esofagectomia.
O
transoperatório reveloucomprometimento
de estruturas contíguasao
esôfago, estadio
III(T4NOM0).
A
cirurgia realizada foi bypass esofagogástricoà Postlethwait,
havendo
lesão pleural à esquerda durante o ato cirúrgico. Foirealizado jejunostomia à Witzel.
As
complicações apresentadas por estepaciente
foram
pneumonia
e fistula cervical cujo tratamento foi conservador.O
suporte nutricional se fez através de jejunostomia.
O
fechamento
ocorreuem
2semanas.
O
tempo
depermanência
hospitalar foide 45
dias.A
paciente recebeunf' \ \ ‹ * . 4¬l______š___
w
`;?' vu ¬‹.~- ¢› “W z. . 1. Q.W
z, ' L ›*‹-' - ¬ .:~._~z‹¡ *. ,,› vw 323 “` 13%' ' m -.š¡.}- , ~'›f.f¡i›:`à'f»'‹A‹~ 1,39” yY
' « 1›f\‹**§'-í%~ k K' ‹`fl"‹¡¿ L. ,, _-_ 5, ‹ '~ v.\`› HI Lú _ ‹- /`~:~.`-› 4:* - .'”* *Q-‹ Í' n' `~^ « «Í ' *É u, V' V i \~ÍÍ' ,gr . 4.* : . \ *z , \ . .W ,- -. .` ,. -.rriwvu X '. 1» _ ~`› ; . Ç‹`¡.;_ .:~_'z'_ ` V .¡,;¡¢i - .'¬'~›=\ '~ -L -z '.«.` vvmg 55:' ¬"*›‹~›. - f~*~“'¡zk*` . . 1 *Zz-' 4 . ,›\' .am '. _ o '~ ›z‹-2:¿;-j‹;«;zÍ};2¬.,
ÍÉ _ 'í~ É ~'»š' '¢.«¬gi5›r ,“_ ¬,'¬Jz.`ffi1¬-' 'Ve '_ ›. ` ."*f'.^.~“*=,?,"f=- M ¬ , ,K ar ' . ...z›,‹' Q S' .L *-"> ° < ' - .« > ' " “à ' 1 5 ~.. Í'Í'Ê . f - Í- __., - Í V 3 ,À-'¡¿;.~_.›L_;`,_~ l . Í Í .Figum 6 - Tubo gástrico isoperistáltico de Postlethwait. confeccionado a panir da grande
ei? 1? curvatura gástrica. ,zí .. * . ¡.e¿)_ _
1
.af
_..‹›*
__ _7/V
,CASO
5 - J .S.S., 58 a, branco, masculino, tabagista,com
quadro de disfagiapara sólidos
há
5meses
associado aemagrecimento
de 8Kg
nesse período.Os
exames
laboratoriais revelaramalbumina
sérica dentro dos níveis normais.Os
exames
complementares
(SEGD,
EDA,
TC,
Broncoscopia
eanatomopatológico), evidenciaram
Carcinoma
Escamocelular
esofágico de 1/3médio
deaproximadamente
4cm
de extensãoem
estadioIIA(T3NOM0).
Sem
outras doenças associadas.A
classificação pré-operatória foi deASA
III.A
cirurgia proposta neste caso foi esofagectomia.
O
transoperatório reveloucomprometimento
de estruturas contíguasao
esôfago, estadio
III(T4NOM0).
A
cirurgia realizada foi bypass esofagogástricoà Postlethwait.
Não
houve
intercorrênciasno
transoperatório. Foi realizadojejunostomia à Witzel.
As
complicações apresentadas por este paciente foipneumonia,
fistula cervical cuja resolução ocorreuem
18 dias após tratamentoconservador, e estenose de
anastomose
no
pós-operatório tardio.Foram
necessárias múltiplas sessões de dilatação
com
melhora
da disfagia por curtoperíodo de tempo.
Na
5a sessão de dilatação foi realizado debridamentoesofágico por diatermia
com
incisões radiais, cuja indicação foi recidivaprecoce
da
estenose entre as dilatações anteriores.Ocorreu
perfuraçãona
porção proximal
do
tubo, logo após a anastomose,com
formação
depneumotórax
epneumomediastino.
O
estudo radiológico revelou fístulabloqueada, sendo então realizado tratamento conservador,
com
drenagem
de
tórax e nutrição parenteral,
havendo
resoluçãodo quadro
em
20 dias.O
paciente apresentou,
além
das complicações supracitadas, queixa de piroseno
pós-operatório.
O
paciente inicialmente teve alta hospitalarcom
dieta livre,entretanto
com
a estenosehouve
recorrência da disfagia.Após
as sessõesde
dilatação teve alta aceitando dieta pastosa.O
tempo
depermanência
hospitalarFigura 8 - Paciente submetido à cirurgia de bypass esofagogástrico que apresentou estenose de anastomose no pós-operatório tardio. Realizado dilatação com balão
6
-
DISCUSSÃO
O
câncer de esôfago continua sendoum
grandedesafio
para a classemédica,
não
apenasem
relação ao diagnóstico precoce,mas
principalmentequanto à
abordagem
terapêutica a se adotar4.Nos
tumores avançados,onde
aressecção cirúrgica muitas vezes é impossível, torna-se necessário
o
estabelecimento de
um
tratamento paliativo“”18”19.Vários
métodos
tem
sido descritosna
literatura1°2°°29, entretanto todosapresentam limitações
ou
significantes morbimortalidadesls,com
vários grausde sucesso e custos.
A
radioterapiapermanece
aindacomo
importantemétodo
de paliação”.De
acordo
com
Khandelwall, cerca de 50 a70%
dos pacientescom
carcinoma
escamocelular esofágico
respondem
à radioterapia, entretanto, isto só seobserva após
algumas semanas
de tratamento,aproximadamente
6 a 7, e arecorrência
da
disfagia écomum
(30 a50%). São
ainda necessárias altas dosespara a obtenção de
melhora da
sintomatologia.O
tratamento é geralmentelimitado
por
efeitos colateraiscomo
esofagite,com
posterior estenose,dermatite actínica,
fibrose
pulmonar, mielite e fistula traqueoesofágica,sintomas esses
que
comprometem
a qualidade de vidado
paciente1”7*2°.A
braquiterapia (radiação intracavitária),tem
sido aplicadaem
pacientescom
câncer esofágico.A
melhora da
disfagia émais
rápida doque
aradioterapia externa,
havendo melhor
tolerabilidade por parte dos pacientes,porém
um
riscomaior
de esofagitepode
limitar a terapia. Estemétodo
éindicado
somente
para lesões circunferenciais.Sua
associaçãocom
outrosmétodos
tem
mostrado
paliaçãomais
duradoura, sendo necessários outrosestudos
randomizados
para sua comprovação1°2°'29.em
concomitânciacom
a radioterapia. Estudosrandomizados
tem
mostrado
bons
resultados29*3°.Coia
et al3 1, relatarammelhora da
disfagiaem
77%
dospacientes estudados, sendo
que
60%
dos pacientespermaneceram
com
capacidade de deglutição até a morte.
Apesar da
baixa mortalidade,menor
que
2%,
a taxa de toxicidadeaguda
foi de56%
nestes pacientes.Além
disso otempo
de tratamento é considerado extenso para pacientescom
sobrevidamédia
de 6meses”.
Dos
procedimentos endoscópicos utilizados para paliaçãono carcinoma
esofágico, a dilatação
pode
proporcionar excelentemelhora da
disfagia,com
uma
taxa de complicação de 2.5 a10%,
entretanto raramente estemétodo
éutilizado isoladamente pela curta duração de seu efeito”.
A
utilização de endopróteses para paliaçãodo
câncer esofágico éum
método
bastante dift1ndido2°7”15”20”29”33. Consistenum
procedimento
com
relativafacilidade de execução,
o
tempo
de hospitalização épequeno
e apresentaimediata
melhora da
disfagia.É
especialmente útil nos tumorescom
compressão
extrínseca, fístula esôfagobrônquicaou
esôfagotraqueal ena
falhade outros
métodos
paliativos.Apesar
disso, esteprocedimento
apresenta altamorbidade
(22
a60%).
As
complicaçõesmais
frequentes são perfuração,hemorragia,
pneumonia
por aspiração, deslocamentoda
prótese, obstrução enecrose pela
compressão da
prótese.A
taxa de falhano
procedimento é de 0 a15%
e a taxa de mortalidade após perfuraçãopode
chegar a50%. Apesar
dospacientes intubados
com
sucesso apresentaremmelhora da
disfagia,dificilmente estes
voltam
a ingerir normalmente, sendoque
cerca de 50 a70%
dos pacientes apresentarão disfagia para sólidos2°2°”29.
Alguns
estudostem
demonstrado
vantagenscom
a utilização de stentsmetálicos autoexpansíveis, apresentando
menor
morbidade,porém
seu custo éalto e
uma
vez colocadonão
pode
ser removido15°2O°29.tem
mostrado bons
resultados1”2”14°20.Segundo
Mellow
e Pinkasó, 1/3 dospacientes após laser terapia
podem
teruma
dietanormal
emais
de60%
semisólida. Este
método
está associado à baixamorbidade
e mortalidadede
5%,
entretanto, existe a necessidade de reintervenções paramanutenção da
capacidade de deglutição oque
fazcom
que
seu custo seja altozo.Além
dissoo
equipamento
para esse tipo de terapianão
se encontra disponívelna
maioriados centros
médicos do
nosso paíslg.Outros
métodos
de paliaçãocomo
eletrocoagulação, terapia fotodinâmica ealcoolização
tem
sido utilizadosem
estudos randomizados,com
resultadospromissores2°7°13°2°°29.
Considerando
osproblemas
e limitações relacionados aosmétodos
paliativos
não
cirúrgicos, parece razoável considerar-se a paliação cirúrgica.Segundo
alguns autores, apesarda
elevada imorbimortalidade, a cirurgiapaliativa, apresenta a
melhor opção na melhora da
disfagia7”“”17.Dos
procedimentos cirúrgicos paliativos, a cirurgia desenvolvida porPostlethwaitn; é considerada tecnicamente
como
relativamente simples,a
realização
do
tubo gástrico diminui onúmero
deanastomoses
necessárias,diminuindo o
tempo
operatório, e permite adrenagem
de coto esofágico distalevitando-se
mucocele
ou
até deiscência deste coto.Uma
desvantagem
entretanto, consiste
na
longa linha de suturado
tubo gástricolilg.Nos
casos relatados, a indicaçãoda
realizaçãodo
tubo gástricoisoperistáltico
segundo
Postlethwait, deveu-se à invasão de estruturasadjacentes
em
todos os casos, sendoque
em
3 pacientes, osexames
complementares
pré-operatóriosnão
evidenciaram sinais de invasão deestruturas contíguas ao esôfago.
A
morbidade
deste procedimento é bastante considerável.Nos
estudosrealizados por Postlethwaitu
em
1979, de25
pacientes submetidos à esteem
2 casos devido àpneumonia
e insuficiência respiratória,em
1 caso devidoà insuficiência renal e sepsis e
em
outro devido à mediastinite eempiema.
Fístula cervical ocorreu
em
43%
dos pacientes, sendo queem 80%
destes o fechamento- ocorreu
em
1 a 4 semanas. Foi utilizado tratamentoconservador.
Apenas
l paciente apresentou estenose de anastomose.Um
estudo retrospectivo realizado por Alcantara et alls
mostrou
77%
de
complicações pós-operatórias, sendo
que
fistula cervical ocorreuem 13%
doscasos,
pneumonia
em
10%
e estenose deanastomose
em
7%.
Os
pacientesque
desenvolveram
estenoseforam
tratadoscom
cirurgiaou
dilatação endoscópica,não havendo
sucessoem
apenasum
dos casos. Cantero et al”,não
obtiveramresultados semelhantes aos apresentados pelo autor supracitado.
De
25
pacientes submetidos ao bypass esofagogástrico
segundo
Postlethwait,52%
apresentaram complicações
pulmonares
e40%
fístula cervical.Todos
ospacientes
com
fístulaforam
tratadoscom
nutrição parenteral e antibióticos por1 a 3 semanas.
'
Segundo
a literatura, as complicaçõesmais
frequentes apresentadas apóseste
procedimento
cirúrgico consistena
fistula cervical,pneumonia
e estenosede anastomoselmíls.
A
altafiequência
de complicaçõespulmonares
talvez sedeva
ao fatoda
maioria dos pacientescom
carcinoma
esofágico apresentarem-se
em
idade avançada,serem
frequentemente fumantes, e muitos portadoresde
hipoalbuminemials. f
H
A
ocorrência de fistula cervical aindapermanece
um
problema.Na
literatura, sua incidência varia de 5 a 53%2”12”18°21”33.
Segundo
Postlethwaitn,isto
não
parece ser devido à deficiência de suprimento sanguíneo, tensãoanastomótica
ou
falhana
técnica de sutura.O
autor acreditaque
possivelmentea alta incidência de fístulas se
deva
ao fato deque
a cada deglutição osegmento
esofágico proximal
momentaneamente
encurta,provocando
tensãona
o tubo colocado retroesternalmente.
A
resolução geralmente ocorrecom
o
tratamento conservador, através de alimentação via jejunostomia, e nutrição
parenteral
quando
necessário,sem
haver necessidades de reintervençõescirúrgicas. Entretanto, esta complicação frequentemente resulta
em
estenosede
anastomose”.
Nos
casos relatadoshouve
o desenvolvimento de fístula cervicalem
5pacientes, entretanto,
em
todos realizou-se tratamento conservador,com
alimentação via jejunostomia
em
5 pacientes, sendo necessário nutriçãoparenteral
em
2 pacientes(Casos 3,5).O
fechamento
das fístulas ocorreu dentrode 2 a 3 semanas.
A
estenose deanastomose
ocorreuem
2 casos relatados (Casos 2,5).No
caso 2, foi realizado
uma
sessão de dilatação endoscópicacom
sucesso eboa
melhora da
disfagia.No
caso 5,foram
necessárias múltiplas sessões dedilatação
com
melhora da
disfagia por curto período de tempo.Na
5a sessão de dilatação foi realizado debridamento por diaterrniacom
incisões radiais, cujaindicação foi recidiva precoce
da
estenose entre as dilatações anteriores`.Ocorreu
perfuraçãona
porção proximaldo
tubo, logo após a anastomose,com
formação
depneumotórax
epneumomediastino.
O
estudo radiológico reveloufístula bloqueada, sendo então realizado tratamento conservador,
com
drenagem
de tórax e nutrição parenteral,havendo
resoluçãodo
quadroem
20
dias.
A
ocorrência de estenoseembora
dificilmente necessite de reintervençõescirúrgicas, traz prejuízo à qualidade de vida
do
paciente.Com
frequência sãonecessárias sucessivas reinternações,
com
várias sessões de dilataçãoendoscópica,
com
melhora
apenas temporáriada
disfagia.Pneumonia
ocorreuem
3 dos casos relatados(Casos 3,4,5), sendoque
os 3pacientes
eram
tabagistas, 2em
idadeavançada(Casos
3,5) e lcom
fístula gástrica.
Apesar do
ASA
ter sido classificadocomo
classe II, omaior
número
de complicaçõespode
ter ocorrido devido à idadeavançada
e aosbaixos valores de albumina.
A
fístula gástrica, entretanto, deveu-seprovavelmente
à tensãona
linha de sutura.A
ocorrência derefluxo no
pós-operatório éuma
desvantagem
deste tipode
cirurgia”, sendo de grande importância
na
presença deuma
fístulatraqueoesofágica concomitante, pois
pode
ocasionar contínuapneumonite
poraspiração. Este
problema pode
serminimizado
pela correçãoda
posiçãodo
paciente
no
leito.Dos
pacientes relatados apenas 2 apresentaram esta queixa(Casos 3,5), sendo
que o
usode
medicações
e alteraçãoda
posiçãono
leitofavoreceram a
melhora
deste sintoma.Segundo
Postlethwaitu, a mortalidadena
realizaçãodo
tubo gástrico isoperistáltico foi de13%.
Alcantara et alls , relataram mortalidade de14%
einseus estudos, sendo
que
a morbimortalidade estava significantemente associadaa doenças pré-operatórias e
ASA
classe III. Esta situação, entretanto, é quaseimpossível de se evitar pois isto e inerente ao grupo de pacientes cujo
tratamento paliativo é indicado.
Em
1999, Cantero et al”não
obtiverambons
resultadoscomo
os citadosanteriormente, apresentando mortalidade de
24%.
Outros autores obtiveramuma
taxa de mortalidade entre 8 e24%
com
a utilização de bypassesofagogástricol1'23°24°33.
Nos
casos relatados,houve
1 óbitono
34°pós-operatório(Caso
1).O
paciente era portador de cardiopatia (Fibrilação Atrial crônica), apresentava
idade
avançada
eASA
classe III, oque provavelmente
contribuiu para aevolução insatisfatória
no
pós-operatório.Com
relação àmelhora da
capacidade de deglutição após a realizaçãoda
cirurgia, a literatura