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REsUM0...--. . . . . . . ...; INTRoDUÇÃo-...¬ EMBRIQLQGIA..,-... DEFINIÇÃO...-.,... .... .... ETIoLoGIA...-.. CLASSIFICAÇÃO.,... pri. 0000 no 0 o¢¢_¶'I ol go 0 0 0 Ou I Q ou u 0 0 0D1AGNÓsTIco DIFERENCIAL com oNFÀLocELE'RÕTA...;
MAL FORMAÇÕES Ass0CIADAs...
CONDUTA PRE ~.oPERATÓRTA...
TRATAMENTO ÇIRHRGICQ.-%... CQMPLICAÇÕES... cAsUÍsTIcA;E METODos...- DISCUSSÃO... coNcLUsõEs... ABSTRACmqqQ¢QnnoooccoQuinoouooooooflotoønoounoooooouoooo _B_IBLIOGR.ÃE`IcASooooQuuocunooooooocøouooooooo
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s um-'.;.O
Gastroschisis ê um defeito congênito na região umbi-
lical, relativamente raro, caracterizado pela passagem de üiscg
ras através de um defeito jušta-lateral ao cordão umhüficaI,conÉ
tituindo-se em uma situaçao de Emergência Pediãtrica Dianostica
da na sala de parto. Os autores fazëm uma revisão abordando os
Aspectos Embriolõgicos, Defini¢äo,'Etiologia, Classificaçao, Ca
racterizaçäo Clínica, Diagnëstiëo Diferencial, Mal Formaçëes As
sociadas, Conduta Prê-Opefätoriá, Êratameñto Cirúrgico e.Compli cações. Fazem uma análise fëtrospëétifia de 10 casos de recém -
nascidos portadores de Gastrosëhisis atendidos no período de
janeiro de l98l a setembro de 1984 no Serviço de Cirurgia Pediš
trica do Hospital Infantil Joana-de Gusmão - Florianõpolis (SC)
Os parâmetros analisados foram Ídade ã internação, Sexo, Proce-
dência, Tipo de Parto, Diagnóstico Inicial, Cuidados Pré - Ope-
ratõrios, Achados Cirúrgicos, Tratamento Cirúrgico, Cuidados
Põs - Operatório, Resultados e Causas de Óbito. Enfatizam a ne-
cessidade de se P roceder, sem re que ossível, O o fechamento V ri ._
mãrio seguido do uso de Nutrição Parenteral Prolongada (NPP) e
'rmmnomwçãm
<A região umbilical ê, anatõmieamente, umç'dependêñQiq
da região estfišnocostopübica ocupfifia pelo umbigo¿ estrutqná¿por
onde-passam_o$zçpmponentes:do,cordão¿umbiliç§l.
Corresponde ã ágeazde:fusão'do'âmnio7-da pele e das-pregaeflgte
rais da parede abdøminal, tendo_grande,impo;tância cidhgioaogbr
poder ser sede de inümeras a£@ÇÇÕ$$,qongênitas;
;Para compreender o aparecimento_dos defeitos çongêni-
tos prõprios desta região, ë necessãnio ter conhecimento da em-
~briologia do desenvo1vimento.do intestino médio e da' parede
NO no primitivo do embriao . al bl cl
E
M.BR
I`O'LO G
IA
|.:.D 5-uO l-I.O Q-1 9-I 3a. semana do desenvolvimento o intesti
"
pode ser delimitado em 3 regioes:
LJ. QR
Intestino Anterior: situado na prega cefãlica e a
~
partir do qual se desenvolverao o faringe e seus
derivados, as vias aéreas inferiores, o esõfago,o
estômago, o duodeno (atë a papila), o fígado-e as
vias biliares e o pâncreas.
Intestino.Posterior: situado na prega caudal.
Tem uma ligação ventral com o alantõide, um delga
do; divertículo do saco vitelino que, ao ter sua
luz obliterada, dá origem ao üraco, um cordão fi-
broso espesso que liga o ãpçce da bexiga comc>um-
bigo. Dele derivarão o cõlon transverso distal, o
sigmõide, o reto, a parte proximal do canal anal
e parte do sistema urogenital.
Intestino Médio: parte do intestino primitivo que
se abre ventralmente no saco vitelino. E irrigado
pela artéria mesentërica superior e dele tenx›oni
gem o intestino delgado, o cecum e o apêndece, o
cõlon transverso proximal. Está unido â parede ab
dominal posterior por um mesentërio curto que se
prolonga posteriormente. Sua comunicação com o sa
co vitelino, na quinta semana, sofre uma redução
de calibre transformando-se num conduto chamado
"ducto vitelino" ou "conduto onfalomesentêrico" ,
que durante o processo normal da ontogenia secbli
tera e desaparece. _
_ Como o desenvolvimento da cavidade abdominal não ë
harmônico com o crescimento visceral, resultando numa pequena ca
vidade para reter as vísceras, o intestino mêdio sofre um proces
6
sexta semana, surgindo uma hérnia umbilical fisiolõgica. Através
de um crescimento acelerado dentro do cordão e tendo como eixo a
artéria mesentérica superior, o intestino médio faz uma rotaçao
de 909 no sentido anti-horário.
Com o desenvolvimento das paredes abdominais, principahmflmeênza-
vês das pregas laterais, desaparece a hérnia umbilical fisiolõgi
ca e o intestino retorna ao abdômen. No seu curso ocorre uma ro-
-» ‹- , '
taçao de 1809 no mesmo sentido que, acrescida da rotaçao previa
(9091, perfaz 2709 completando a rotação intestinal total até a
décima semana. A partir de então, podendo prolongar-se até de-
pois do nascimento, ocorre a fixação do intestino, que aünflle sua
posição definitiva, produzindo-se a fusão dos mesentérios primi-
tivos com o peritõnio parietal. Ao fim da décima segunda semana,
oblitera-se a cavidade celõmica do cordão.umbilical, juntamente
com o alantõide, o ducto vitelino e seus vasos, permanecemü>ape
nas os vasos umbilicais envoltos agora por uma substância gelati
nosa (geléia de wharton) de origem mesodérmica e que tem a fun-
iv
I
ao g _
çao de proteger estes vasos. Nesta fase a aproximaçao dos muscu
los retos do abdõme ã linha média é completa, exceto ao nível
do anel umbilical. Ao tempo do nascimento este anel fechou-se<xm
pletamente pelo desenvolvimento da parede abdominal, com exceção
do espaço ocupado pelo cordão, que contém a veia umbilical, as
duas artérias e os remanescentes fibrosos do conduto onfalomesen
~
térico e o firaco. Apõs a ligadura do cordao umbilical os vasos
trombosam, o coto seca e cai, restando uma superfície com tecido
de granulação que se cobre de epitélio. A isto segue-se uma con-
tração da cicatriz e retração do umbigo.
~ ~
_ As anomalias congênitas da regiao poderao oumnxm
por
defeito na obliteração e reabsorção do conduto onfalomesentérico
e do üraco, por defeito no retorno das vísceras ã cavidade abdo-
minal (onfalocele - herniação de vísceras abdominais através de
um defeito na região umbilical da parde abdominal, coberta por
um "saco protetor"formado por peritõnio, íntebro ou rõto. E com
~ . . . . 9 ~
o cordao umbilical inserido no saco l, por uma falha nafusa: das
Pregas laterais do abdômen (gastroschisis), pelo fechamento in-
_ p ~
_ l,2,3,4,5,6,9,l9,25
secretante apos a queda do cordao umbilical.
nmmrlmrçpãso
Gastroschisis ou Laparoschisis ë uma condição caractg
rizada pela passagem de vísceras através de um pequeno defeito
na parede abdominal localizado justalateral, usualmente ã direi
ta, a um cordão umbilical intacto.
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L O G
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Atualmente, aceita-se que a gastroschisis ocorre se-
cundariamente ao desenvolvimento de um defeito paraumbilical, si
tuado entre os bordos mediais<ks músculos retos e não na substân
cia muscular propriamente dita, permitindo que as vísceras abdo-
minais herniem por intermédio deste, apõs seu retõrno normal pa-
ra o abdõmen.l'8'9'25
CLASSIFICAÇÃO
Moore7, em 1963, subclassificou a gastrosêhisis em ti
pos antenatal e perinatal. O tipo antenatal se caracteriza por
apresentar alças intestinais encurtadas, periserosite e uma cavi
dade peritoneal relativamente pequena. Jã no tipo perinatal ha
uma mínima_reaçao tecidual com a cavidade peritoneal capaz de rg
8
cA.1R¬ncT'~-E,.Rr*znç.Ão
'c,.1:.ImICA
'A¡gastroschisis ê uma entidade que apresenta a maioria,
senão todas, das seguintes características:
~
a) Cordão Umbilical em_posiçao normal e separado da lg
asãoúpor~uma.ponte de pele;
bl Ausência de um saco protetor;
»c) Herniação principalmente do delgado, âs vezes do cê
lon e raramente parte do fígado.
dl Espessamento e aderências das alças evisceradas,que
se apresentam aparentemente encurtadas e odxfitasznr
um exsudato inflamatõrio ãs custas do efeito irrita
tivo do líquido amniõtico sobre a serosa intestinal
resultando numa peritonite química intra-uterina;
el Infarto ou Atresia do intestino herniado (10 a 15%);
f) Cavidade abdominal mais desenvolvida do que a encon
trada numa onfalocele ampla.
O tamanho do defeito varia de 2 a 5 cm.
O "encurtamento" do intestino observado em muitos paci
entes ë, provavelmente, mais aparente do que real e ê reversível
- _ . . V 10 ll i _ _
apos seu retorno a cavidade abdominal. A'perfuraçao intestinal pg
de ser observada ã hora do nascimento. -
É importante notar que a prematuridade ê bastante co-
. . O 9
(60õ)-D Idh
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O diagnõstico diferencial da.gastroschisis deve ser
feito com a onfalocele rõta.
Tab. 1 : Achados clínicos em RN com defeitos da parede abdomi
nal.
Fator Onfalocele Rôta Gastroschisis
~ Iocdüzaçaa Tamanho do defeito Cordao Umbilical
&xD
Oxúxúdo Aspaflx›do:üüestim: Nai nmxçao Cavrüxkaabàmünal Função intestinal Põs-operatõria Anoalias associadas Símüxnes Ane11rMfilical2ê1l0cm
Dmmrflüânoamb
Rôto Delgado, fígado. . . Nmmnl Preeafle Pammma Nonmfl. 50-67% Penuflngtade Cmfi1ell,Bedmdfh- Weflàamnun Trisso- mia l3-15 e 16-18, Extrofia Visical , Ckxwa. ~ 1aüaxfl.ao amiho PemmmoM
um
Inamçãoxmmmal Auaaüe Delgado, estômagoEqfisäfioeeaxmrufio
Exmxh¢o:üülamü5rn: Presente PammmaÍL>Adhúmüoo
15% atresia intestinal Nãaobsawado GROSFELD, JL ET AL. 198110m
MAL
Fonnnçõfls Assoclanns
'
Recëm-nascidos com gastroschisis podem apresentar con-
comitância de mal formações congênitas em 18-21% dos casos, se-
, , _. 26,27, _ _ _
jam digestivas, cardiacas ou urinarias.
-comnuma PRE
-ormnnmonrn
A conduta prê - operatõria consiste de:
al Envolver em compressas úmidas com soro fisio-
lõgico morno a massa eviscerada;
~
bl Sonda naso ou orogâstrica para descompressao
do tubo digestivo;
cl Instalação de via venosa e planejamento de Nu
trição Parenteral Prolongada (NPP);
dl Exames complementares: tipagem sangüínea, he-
mograma com contagem de plaquetas, glicemia ,
proteínas, gasometria e eletrõlitos, radiogra
fia panorâmica.
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R A
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M.EN
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O' C IR Ú R G
IC O
V
O reparo cirürgico da gastroschisis pode ser efetuado
de três formas:
al Fechamento Primário ou Radical: efetuado nos casos
em que a redução intestinal primária ê praticãvel.
Consiste no isolamento dos bordos internos de cada
reto abdominal, procedendo-se a redução do intesti-
ll
O fechamento parietal ë realizado em três pknrm aan
pontos separados de fio inabsorvível.
Nesta têcnicahhâ uma menor incidência de infecçao
pôs-operatõria, e hã um menor tempo
exigidozmrará-~
catrizaçao da ferida cirúrgica. O advento da Nutri-
ção Parenteral Prolongada veio superar as complica-
çoes devidas ao Íleo Adinãmico.
O auxílio da Assistência Ventilatõria diminuiu a tg
xa de complicações respiratõrias.3'9'l2¿3JA'HLl6J3
Fechamento Estadiado ou Correção Cirúrgica com Mate
- . - _ I7
rial de Protese ou Progressiva: (Tecnica de Schuster)-
Usado nos casos em que a redução intestinalpmhúhia
~ '
ë impraticãvel. A reintegraçao visceral ê feita por
etapas e ê efetuada com o uso de material sintético.
Nesta técnica procede-se a confecção de um "silo"
~
ou a sutura da parede com interposiçao de uma tela;
É importante afirmar que este procedimento edge um
maior tempo para a cicatrização da ferida cirúrgica,
_.
e apresenta um maior indice de infecçao pôs - opera
tõria. A NPP e a Assistência Ventilatõria pakmlümr
bêm ser utilizados.8'9'l0'l9'20'2l'22'20'28
Fechamento em um Plano da Parede Abdominal:E$üatê-
cnica pode ser utilizada para correção cirúrqrm.ga§
troschisis. Procede-se a reintrodução das vísceras
ä cavidade abdominal,quando esta for praticãvel, e
apõs sutura-se apenas o plano cutãneo.usando;xmtos
separados de fio inabsorvível. Com o uso desta tê-
cnica cria-se uma eventração que deverã ser cor-
.12 .
comvmrc.açõEs“"'1P0s'-"o1PE'RA¶'01mrn
Insuficiência Respiratõria
Quando surge logo no pôs - operatõrio.imediato deve
ser considerado a possibilidade de compressao visceral,oco£
réncia mais frequente nos casos de fechamento abdominal pri
~
mário. Ãs vezes, uma ventilaçao assistida durante 24/48
ho-~
ras é necessário. Se nao houver melhora ou cura, o paciente
deve ser reoperado. Se o problema surgir em recém -nascidos
cuja correção foi feita com material de prõtese, é
necessá-~
rio remover a sutura superior do "silo" para uma posiçao
~ '
mais periférica a fim de aliviar a pressao abdominal exces-
. 9,23
siva.
Íleo Adinâmico .
A disfunção intestinal prolongada é o maior problema
no manejo de recém - nascidos com gastroschisis. Os intesti ~
nos destes pacientes, como resultado de uma exposiçaognokqi
gada ao líquido amniõtico, tornam-se espessados e não funci
onantes, provocando um ileo adinâmico, que poderá durar se-
manas ou meses, chegando a ser confundido, em algumas opor-
tunidades, com uma obstrução intestinal mecânica e a conse-
quente indicação de tratamento cirúrgico para corrigi-la.
O uso da NPP veio contribuir grandemente para a manutençao
do estado nutricional desses recém - nascidos, permitindo a
cicatrização adequada da parede abdominal e aplicação de
meios para diferenciar o íleo pôs - operatõrio de uma obäzu
ção mecânica.
A
descompressão intestinal, na disfunção in-testinal prolongada, poderá ser conseguida através degsälãçâã
oro ou nasogãstrica e de gastrostomia, quandoim&kmda.' '
Infecção
Surge nas correções estadiadas da gastroschisis com
o emprego de material de prõtese. O uso de lâmina de silás-
tico (impermeável) torna o paciente muito mais sujeito a
corre-«v
ta ê a remoção do material plãstico, caso a infecção nao te
nha eliminado o silãstico, e a aplicação do método conserva-
dor usando solução alcõolica de mercúrio - cromo.(Ikerunz.an
_- _ . . _ - ~ _ _ 23
tibiotica e outras medidas especificas tambem sao:urhcmks?'
Fistula Entërica
Pode surgir debaixo do material de prõtese, atribuin
do-se sua origem â erosão causada por pregas do silãstico em
contato com o intestino. Outro local, ë no ponto egresso do
intestino na parede abdominal, onde a angulação e compressão
poderão comprometer a vascularização, determinando gangrena
e perfuração, ou, erosão da parede intestinal. A compressão
, nv . . , z ø ø ››
excessiva do plastico sobre o intestino tambem e umacxmsa.
Necrose da Pele
Pode ocorrer na correção cirúrgica primária quando
os retalhos cutâneos sao suturados sob tensao excessiva apos
sofrerem deslocamente amplo.
Geralmente este problema poderá ser tratado pela aflicaçãa de
compressas com soro fisiológico e pomada de antibiõtššo o
que permitirá uma cicatrização por segunda intenção.
Obstrução Intestinal
Aparece secundariamente pela presença de aderências
entre alças intestinais e necessita reoperação para ser cor-
rigida. O diagnóstico diferencial deve ser feito com íkx›adi
_ _ _ , , 9,23
namico pos - operatorio.
Hërnia Ingüinal
Apõs reparo completo de uma gastroschisis pode ser
um achado relativamente frequente. V
O aumento da pressão intra - abdominal, age sobre o anel in-
guinal, e se houver prê - disposição para uma hérnia ingui-
14`
cAsUIs'1'1:cA
E
METODQ
Os autores fazem uma análise restrospectiva de dez re-
cêm - nascidos portadores de Gastroschisis, atendidos no perío-
do de janeiro de 1981 ã setembro de 1984 no Serviço de Cirur- gia Pediátrica do Hospital Infantil Joana de Gusmão - Florianõpg
lis (SC).
Dos neonatos em estudo, 8 eram do sexo feminino e 2 do
masculino, com a idade variando, ao internar, de 1 hora ã 48 ho-
ras de vida, sendo 3 nascidos em Florianõpolis e 7 em cidades do
interior do Estado de Santa Catarina (Quadro 1).
Quadro 1. GASTROSCHISIS - 10 casos*. Idade, Sexo e Procedëncia.
°aS°S°F*1 2 3 4 ' 7 ` Dados 5 6 8 9 1o Idade
7HS 2HS
171-IS l4HSlH
48Hs‹llHS
ZHS
24HSÕHS
Sexg F F F F M F F F FM
procedência concõ_1_:_ Florig Itajaí Itajaí Florig Itajaí Lages Floriâ Rio do Tubarão
. dia nõpolis nõpolis nõpolis Sul
* HIJG ~ Jan.8l - Set.84.
** Os casos são apresentados, neste quadro e nos prõximos, na
ordem cronológica do seu atendimento.
- Destes pacientes foram estudados os seguintes pafimmmros:
Tipo de Parto, Peso, Diagnóstico Inicial, Conduta Prê-Operatõria,
Achados Cirúrgicos, Tratamento Cirúrgico, Cuidados PÕs-Operatõri-
os,Resultados e Causas de Óbito.
R.E S
U L T
A
D,O SDos lo recém - natos 7 nasceram de Parto Normal (PN) e
3 de cesariana (C). O peso ao nascer variou de 1.650 gr. ã{L950
gr., e o diagnõstico inicial, ã internaçao, foi de Gmáxoaflüsflse
ca-15`
sos, Gastroschisis e recém - nascido pequeno para a idade ges-
tacional (G + PIG) em 2 casos e Gastroschisis e Broncopneumg
nia (G + BPN) em 1 caso (Quadro 2).
Quadro 2 - GASTROSCHISIS - 10 casos*. Tipo de Parto, Peso kmlgra
mas) e Diagnõstico inicial.
Casos 1
Ixfigs 2 3 4 i5 6 7 8 Q 10
Tipg de Partq PN PN PN ›C C PN PN C PN PN'
Pesg 2.000 1.710 2.600 1.650 2.100 2.950 2.100 2.300 1.800 2.800
Diag.Inicia1 G + P G + P G G + P G + P G+BPN' G+P G+PIG G+PIG G
* H.I.J.G. Jan.8l - Set.84.
~ ø _.
à admissao os pacientes foram submetidos a exames pre
operatõrios que resumidamente, foram: Tipagem Sanguinea e Hemogra
ma com contagem de Plaquetas (nos 10 casos), Sõdio, Potássio, Cãl
cio, Glicose, (exceto caso 5), Urêia e Creatinina (casos l,2y4e 7),
Gasometria (exceto casos 1,5 e 10), Proteínas (casos 2 e 6),Magn§
sio e Densidade Urinãria (casos 7, 8 e 9), Rx Panorâmico (casos 8
e 10). Como medidas gerais foi feito Berço Aquecido, Instalaçãoéb
sonda oro ou nasogãstrica, Hidratação Parenteral, Anbioticoterapia
e Compressa Úmidas com Soro Fisiolõgico Morno.
Apõs avaliados e compensados, os pacientes foram sub-
metidos a tratamento cirúrgico sob anestesia geral. Os Achados Ci
rürgicos foram: Estômago, em 9 pacientes, fazia parte da Massa
Eviscerada, o Delgado em todos os pacientes, o Colon em.9, os Ovš
rios em 2, o Ovârio Esquerdo em 1, o Ovãrio Direito em 1, a Bexi-
ga em l, Associação com Divertículo de Meckell, Persistência do
Quadro 3 - GASTROSCHISÍS - 10 casos*. Achados Cirúrgicos. 16 cas” 1 2 3 4 s õ 7 s 9 1o Dados
9°`90_‹;0"9°"9°`<J°_q<>`
9°`‹z‹>`
Achados CirüqficosEstõma Estma Estdma Estõa Estãma Estõa Estõma Delgado Estõma Estâma
cia do
Delgado Delgado Delgado Delgado Delgado Delgado Delgado Colon Delgado Delgado
Cblon. Cblon Cblon Cwãrdí Cohmm Cblon CbLm1 Persisdäfiblon Cqhxm
Ovâr.Di Ovãrios querd
-
Únxb
Ovãrios Bexiga.reito Diverude
Meckell Mâl Rota- çao Dux§_
tinal.
* H.I.J.G. Jan.8l - Set.84.
O tratamento cirúrgico consistiu no Fechamento Primá-
rio da Parede Abdominal em l caso, Fechamento em 1 (um) Plano em
l caso. Em 8 foi utilizado o Tratamento Cirúrgico Estadiado com
o uso de Prõtese de Silãstico ou de Marlex para a confecção de
Silo, ou apenas para interposição de uma tela entre os bordos da
Parede Abdominal. A Enterectomia, associada ã correção da Gas-
troschisis, foi realizada em 3 casos e a Gastrostomia em.2 (Qua-
dro 4).
Quadro 4 - GASTROSCHISIS - 10 casos*. Tratamento Cirúrgico.
Casos Ikdos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 IO Tnm2menu>EnüflE' cumüa Gasmxã
numa
Sik: Silãs- tioo Cüíügioo Númafl>de 1 Esäkuos Silo Gastros Silãs-toia
_ tico Silo Si lästiooEntere Silo Tela Tela
ctomia Silãsti Silãsti Marlex
oo oo Silo Silãs- co
Fada
nenúš Primá rio 2 2 3 3 2 l -29 Silo 29 Silo 29 Silo 29 Tela 2? Tela
Emxzg Fedmr cumüa :muto Silo em 1 Silãs- Plano tico 1 _
Silãsti Silãsti Marlex Silâsti Marlex
co co 39 Sika co
Phrlex 39 Reti
raüada
W Tela
17
No Põs - Operatõrio os pacientes foram
submetidosãíma
rotina que, sumariamente, incluiu: Berço Aquecido, Sonda Oro ou
`Nasogãstrica, Antibioticoterapia, Hidratação Parenteral, Imuno-
-globulina Endovenosa, Albumina Humana e Vitaminas. Quatro paci-
entes necessitaram de sangue total e/ou Plasma Fresco e 3 de In-
fusão de Plaquetas. _
A Assistência Ventilatõria foi instalada em 6 neonatos
e a NPP em 8. Quatro recêm - nascidos receberam NPP e Assistên-
cia Ventilatõria em conjunto. Um paciente nao recebeu NPP e nem
Assistência Ventilatõria (Quadro 51.
Quadro 5 - GAsTRoscHIsIs - 10 casos*. Uso de NPP e Assistência
Ventilatõria no Põs-Operatõrio.
Cô.SOS 1O
tados l 2 3 4 5 6 7 8 9 H.
~ Q- . . ' _. _
Npp Nao. Sün Sim Sün Nao Sun Sun Sun Nao Sun
Assistência sim Não Não Não Não sim sim sim sim sim
Ventilatõria
* H.I.J.G. Jan.8l - Set.84.
Das 10 crianças em estudo, 6 foram ã Óbito, e estes
ocorreram entre 10 horas e 18 dias apõs a primeira intervenção
Cirúrgica. A causa de õbito, em todas, foi a infecção, sendo
que 3 morreram por Septicemia, l por Broncopneumonia e 2 por
Peritonite. Uma das crianças apresentou, além de Peritonite ,
Meningite e Tromboflebite da Veia Cava Superior Diagnosticados
na Necrõpsia. Quatro crianças tiveram alta hospitalar, varian-
18
1 ‹i
Quadro 6
-l.~
- 10 casos*. Resultados-Finais, Tempo deiPermanên-Hospitalar apõs a la. Cirurgia e- Causas de Óbito.
Cas°sl 2 3 4 5 õ 7 s 9 lo
. . . .
-
Resultados Óbita. Óbito Óbito Óbito Alta Alta Óbito Alta Óbito Alta
Finais Hospi- Hospi- Hospi- Hospi-
talar talar talar talar
Tempo-de 10 Hs 18 Dias 7 Dias 12 Dias 30 Dias 61 Dias 69 HS 15 Días l Dia 32 Dias
Pennanëncia
Hospitalar A
Causas de Perito Peritg Septi- Septi- - - Septi- - BPN -
Óbito nite nite cemia cemia cemia
Minin- gite
Trwbâ
flebite
da vcs
nrscussio
Fatores de risco, tais como a prematuridade, peso ao
nascer, tempo de atendimento e procedência, são de grande impor
tância no prognõstico dos recém - natos portadores de Gastros
chisis. '
A prematuridade é uma entidade bastante frequente em
. . _ . 9 . .
crianças portadoras de Gastroschisis. Ravitch relata uma inci-
dência de 60%. Em nosso estudo 5 crianças eram prematuras (50%),
sendo que apenas uma destas não foi a êxito letal, apresentando
ao nascer peso adequado para a idade gestacional (AIG).
Dos 10 recém - nascidos 6 faleceram. Dos demais 2 eram recém -
natos â têrmo com peso AIG e l com peso pequeno para a idade
gestacional (PIG1. Baseado nestes resultados pode-se afirmarque
recém - nascidos ã têrmo e com peso AIG apresentam um melhorpmg
gnõstico.9
Pacientes procedentes de cidades distantes de Floria
nõpolis não puderam ter um atendimento precoce devido ao tempo
exigido para o transporte.
Dos 7 neonatos procedentes do interior do Estado 2 não foram a
õbito, sendo estes recém - nascidos ã têrmo e com peso AIG. Dos
3 pacientes oriundos da Capital 2 tiveram alta hospitalar, des-
tes l era prematuro com peso AIG e o outro era ã térmo mas com
peso PIG. Aqueles neonatos com alta hospitalar e que tiveram
atendimento tardio não tinham os fatores de risco prematuridade
e baixo peso, e dos recém - natos com atendimento precoce,e que
tiveram alta, l era pré - têrmo AIG e o outro PIG. Isto vem de-
monstrar que a procedência e o tempo de atendimento sao fimxnian
tes para o prognóstico na Gastroschisis.
Dos õrgãos que compõem a masâalâvšâcerada de uma Gas
Í Í
troschisis o figado raramente faz parte ' '
- Em nossa Casulã
tica nenhum dos pacientes tinha o fígado fazendo parte da evis-
ceração. O colon também pode se fazer presente. Nos 10 casos
analisados em 90% foi encontrado colon. Não encontramos relatos
20
com o estômago, que estava presente em 9 dos 10 recém - nascidos
em análise. O intestino delgado ê a principal víscera a compor o
contéudo de uma Gastroschisis. Os 10 casos apresentavam o delga-
do fazendo parte da evisceraçao.
Das 4 crianças com alta hospitalar 2 apresentavam es-
tõmago, delgado e colon constituindo a massa eviscerada, enquan-
to que na 3a. criança apenas delgado e colon. Na 4a. as vísceras
eram estômago, delgado, colon e bexiga.
Grøsfeldlo e Moorell citam que a frequência de mal
formações gastro - intestinais, tais como Atresia
Íbaflejrmlcxxg
rem em 10 a 15% dos portadores de Gastroschisis. Atresia Duns-
tinal não foi encontrada nestes 10 casos. Um paciente (caso 8)
apresentou Persistência do Úraco, Mal Rotação Intestinal e Diver
tículo de Meckell, sendo que este-foi a õbito.
A necrose de segmento de alça intestinal foi um.acha-
do relativamente frequente (casos 1,4 e 9). É importante salien-
tar que estes 3 pacientes tiveram atendimento tardio, pois eram
procedentes do interior do Estado. Além deste fator de risco, 2
destes eram prematuros e l era PIG. Os 3 foram a õbito. Provavel
mente a presença de segmento intestinal desvitelizado tenha sido
decorrente da demora no atendimento e de cuidados mal conduzidos
durante o transporte. 4
A técnica de fechamento da parede abdominal por
estã-Q
- - 17 .
9105 C0m O USO de Pr0teSe pode ser uma forma de evitar os feno
menos de Hiperpressão Intra-Abdominal, uma vez que com a confe-
cção de um silo ou interposição de uma tela entre os bordos da
parede abdominal evita-se um aumento brusco da pressão intra-ab-
dominal (PIA). Em 2 pacientes que tiveram alta foi esta a técni-
ca usada.
O tratamento cirúrgico Progressivo17, com uso de Pró-
tese, leva a uma maior incidência de infecções no pôs - operatõ-
rio. Dos 8 neonatos tratados com esta técnica 6 tiveram como"cau
~
sa mortis" infecçao.
O Fechamento Primário da Parede Abdominal consiste na
21
parede por planos. Esta reintrodução visceral total provoca o le-
vantamento das cüpulas diafragmáticas com consequente inibição da
mecânica Ventilatória normal. Com o paciente internado em um
Hos-~
pital dotado de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) que dispoem de
aparelhos para proceder Ventiloterapia, esta deverá ser utilizada
no pós - operatório imediato, evitando assim os problemas deunzen
tes do aumento brusco da PIA que ocorre quando se usa esta técni-
ca. Dos 10 casos em apenas 1 foi utilizado o fechamento primário,
conjuntamente com assistência Ventilatória. Nesta criança o trata
.-
mento cirúrgico obteve sucesso, nao ocorrendo as indesejáveis com
~
plicaçoes respiratórias graças ao uso da ventiloterapia.
Em l recém - nascido (caso 10) foi utilizado
o.Eecha-~
mento em 1 plano da parede abdominal, permanecendo uma eventraçao
no pós - operatório. Esta é uma técnica com bons resultados imedi
atos, todavia a correção futura da eventração criada será dificul
tada pelas aderências das vísceras ã pele. Também aqui se impõem
o uso da Assistência Ventilatória no Pós - Operatório. Este paci-
~ 4.
ente teve alta hospitalar aguardando a correçao da eventraçao.
A
Assistência Ventilatória trouxe melhores condições~ | :-
para o contróle das complicaçoes respiratórias advindas do trata
mento cirúrgico da Gastroschisis.9'l9 Com o uso da Ventiloterapia
o aumento brusco da PIA é mais facilmente tolerado pelos
pmfiafies,
principalmente naqueles onde é utilizado o Fechamento Primário.
Dos 10 casos em 6 foi utilizado a Ventiloterapia, e 3 destes tive
ram alta hospitalar.
O emprego da NPP veio contribuir grandemente para a
manutenção do estado nutricional no pós - operatório de pacientes
operados de Gastroschisis, uma vez, que contorna os problemas cria
dos pelo Íleo AdinâmiCO9'l0'l9'24. Dos 4 recém - nascidos com al-
ta hospitalar 3 foram submetidos a NPP.
Dos 10 casos, em 6 foi feito Assistência Ventilatória e em 7 NPP. Dos 4 pacientes com alta, a Ventiloterapia e a NPP fg
ram utilizadas em 3. Nos 4 neonatos em que não foi feito Assistén
cia Ventilatória.a técnica cirúrgica usada foi a confecção de si-
lo.Isto se explica pelo fato de que o uso desta técnica implica
~
22
Com o Fechamento Primário o tempo de permanência has
pítalar tende a ser de menor duraçãog, No paciente em que 'este
tipo de fechamento foi usado (caso 81, a permanência foi de 15
dias, sendo, significadamente menor do que naqueles 2 üasosšie 6)
onde foi utilizado o tratamento cirúrgico estadiado (HÉdia1&a45,5
dias). Já no caso 10, onde foi feito o fechamento em 1 plano, a
_.
hospitalização foi de 32 dias.
Recomenda-se que, sempre que possível, o Fechamento
Primário da Parede Abdominal seja o tratamento cirúrgico de elei
ção para a cura cirúrgica dos recém - natos portadores de Gasüxã
chisis, conforme utilizado no caso 8. O auxílio prestado pela
Assistência Ventilatõria e NPP no Põs - Operatório colaborou pa-
ra que esta técnica se tornasse_a de escolha.
A
taxa de mortalidade em portadores de Gastroschisisé elevada. Ravitchg relata estudos em que esta se situa na fai- xa de 34% até acima de 80%.. A presente casuística apresen-
tou uma mortalidade de 60%.
O procedimento ideal para com um recém - nascido por
tador de Gastroschisis deve ter seu inicio logo apõs o diagnõsti
co desta afecção na sala de parto. Ó recém - nato deverá serinzms
ferido o mais rápido possível para um hospital com a infra ¬ es¬
trutura necessária (Equipe Médica Especializada, Centro Cirúrgi-
co bem Equipado, Pessoal para-Médico bem Estruturado e Unidade
de Terapia Intensiva com condições para realizar a\kmtiLn£rqmâ).
No transporte do paciente deve-se tomar os cuidados suficientes
para que este chegue bem ao seu destino. Com a criança já no
hospital, no primeiro atendimento pelo Cirurgião Pediátrico de-
verá ser avaliado, entre outros ítens, a idade gestacional da
criança e seu peso de nascimento, poiS São fatores importantes
para se estabelecer um prognóstico inicial. Os cuidados pré-opef
ratõrios devem incluir: Medidas Gerais e Exames Complementares. '
o tipo de tratamento cirúrgico deverá ser, após avaliação flúnucäg
sa da Equipe Médica, o mais indicado para cada caso em particular,
sabendo-se que, se for possível, o tratamento de escolha será o
Fechamento Primário, sendo submetido posteriormente a NPPe>Assis-
23
c
ou
c L
u,_S,õ__E›sA partir da Análise dos 10 recém - nascidos portado-
res de Gastroschisis atendidos no Serviço de Cirurgia Pediátri-
ca do HIJG no período de Janeiro de 1981 ã Setembro de 1984, po-
de-se concluir 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. ll. 12. 13. que:
Das 10 crianças 5 eram prematuras.
Cinco recém - nascidos eram ã térmo, sendo 3 AIG.
Quanto ao sexo, 8 eram do feminino e 2 dormscmüno.
Sete dos 10 neonatos eram procedentes do interior
do Estado.
O Intestino Delgado foi encontrado fazendo parte
do conteúdo da Gastroschisis nos 10 casos.
O Fígado raramente faz parte da massa eviscerada
na Gastroschisis.
Dos 10 recém - nascidos 8 foram submetidos ao tra
tamento cirúrgico estadiado com uso de Prõtese.
O Fechamento Primário foi utilizado apenas em 1
caso.
Nos casos em que for possivel o Fechamento Primá-
rio deve ser o tratamento cirúrgico de e1eiçáo¡
utilizando-se Assistência Ventilaõria e NPP no
Põs - Operatório.
Mal Formações Associadas foram encontradas em 1
CEISO.
Dos 10 pacientes em 3 a Enterectomia foi também
realizada.
Em 1 neonato foi utilizado o Fechamento em l pla-
no da Parede Abdominal.
A Ventiloterapia foi utilizada no pôs - operatório
14..A NPP foi usada em 7 pacientes.
O uso da NPP contribui para a manutenção do esta
do nutricional no ?õs - Operatório da correçao
da Gastroschisis, contornando os problemas cria-
dos pelo Íleo Adinâmico.
Hã necessidade de um Hospital com infra=¬ estru-
tura adequada para proceder o tratamento de um
recém - nato portador de Gastroschisis, aumentan
.do sua chance de sobrevida.
A incidência de õbito foi de 60%.
A principal causa de õbito foi a infecção.
E.B S
T
R
A.CT
Gastroschisis is a comparatively rare congenital
defect in the umbilical region, characterized by the passage
of viscera through a lateral defect near the umbilical chord,
and constitutes a pediatric emergency situation, diagnosed
in the delivery room.
We have made a general survey, covering embryological aspects,
definition, etiology, classification, clinical characteriza-
tion, differential diagnosis, associated malformations, pre-
operatory conduct, surgical treatment and complications.
A retrospectiva analysis was made of 10 cases of new - born
infants with gastroschisis, attended in the Pediatric Surgery
Division of "Hospital Infantil Joana de Gusmão", in Florianõ-
polis, Santa Catarina, from January, l98l to september, 1984.
The factors we analyzed were as follows: Age when Hospitalized,
Sex, Place of Origin, Kind of Delivery, Original Diagnosis ,
Post - operaratory Care, Surgical Findings, Surgical Treatment,
Results and Causes of Death. We have emphasized the necessity
of making a primary closure whenever possible folkmed by the
use of Prolonged Parenteral Nutrition and Assistance in
R E F
ER
É
N C
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I B.LI
O G
R.ÃF
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Autor: Silva, Márcio Eman
Título: Gastroschisis : análise de 10c
972810163
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