Ç/wõ
«1m;vERsfIVDë¡í;>.E 1¿DE~ .~. A »~sANfrä 11.éÃír1š;RINÀ cEN1¬1ëÓ~'. ~@1:i>.EÍ ' DEPÀRTAMLENTQ '1:›;fz~__: " _ 1 :`É
É §§Í'.Ff1Á ff; .-R.1A“.'""`__%¿
xgêgâëââêê
%Q§@â;§&@aâ'
IE
ÉZB E I A Q l`ê*E B ê`§ M`Á I l`Q A I B”ê Q<M É I-1 Q ê R EgL A T O ~D E, O N Z E C A'§ O 5 - AUTORES;_ ' ~ m ^ 'Carlos Ronaldo Haas *
V
Margaret Rosi Bornholdt *
ORIENTADOR: M .g 1
Dr. Sérgio José Ferreira **
* Alunos do Curso de.Graduação em Medicina da UFSC -'l2ë fase;
** Médico Cirurgião Geral e-Toráciço do Hospital Municipal São
José e Hospital Regional, em JOinville.›
I Álâlââgâ I _ Página I REÍSUMO-uuontønotoøuioøcconooooononnoønøcooouooooqnonovu _ - ,.. E'.:MÉTODO:So.0›-.1.o0Iooconooocnooonoooooøcønonos-co INTRODUÇÃO;-O-00000cocoooo-Oqocoonltøocuoooøiouøuáecoa. IV ¡EMBRIoLOGIA.u'o‹o-cuco.øonoocuoon0:00noonoooonnolonnouoop vi -ANATOMIA›.o›:o‹o›IQooøflonncounøoooocuoøfloooonnønooon0¢ooon.--O6' VI FISIOLOGIIAQ-QIOQQ01Qonø_0.0-QifIconsqo.o›cVooIln¢.n.n¡u`0oonono;
VII HÉRNIA DIAFRAGMÃTICA TRAUMÃIICA - CQNSIDERAÇÕES IGE--»
RAISøøInQ-ou-00000ooÓo0ouuo#o-Qøowvvooo-Luoonoønoolou`ooonQ. VIII REsULTADos.;-... . . . . .-.. 18 DISCUS.SÃOo'Õ`Qo0¢00oonnoøfionooonoonoøøaoooøøcnoononocao X - CONCLUSÕESQIIOQQno0000000000ooøncoøoonøooouøcoonnosQ.. XI BIBLIAOGRAF-IAoQnoonoiooooøouøooonøøooooooløtnconstasua Í
I - RESUMO
A Hernia Diafragmatica Traumatica é um serio problema em
~
emergências, nao devendo ser descartado seu diagnóstico em trau+
mas abdominais bruscos.
Neste trabalho os autores apresentam onze casos de Hernia
Diafragmatica Traumática que foram consequencia de traumatismo I
contuso (lO casos) ou feridas penetrantes (Ol caso). Em seis ca-
sos o diagnostico da herniaçao foi elaborado imediatamente apos
a lesão, em quatro casos foi elaborado numa fase intermediária '
(evolução superior a 48 horas) e em um caso o diagnostico foi
~
tardio (evoluçao de meses).
Dentre os sintomas predominaram dor torácica e sinais de-
correntes de distúrbios hemodinamicos§ Em todos os pacientes hou
ve a passagem de estruturas intraperitoneais tais como:estõmago,
intestino delgado, cólon, baço ou figado para a cavidade toráci~
` N
ca. O diagnostico da herniaçao foi efetuado mediante exame clini
co e complementado pelos seguintes exames complementares: Rx de
tórax, Rx atraves de sonda naso gástrica contrastada e seriogra-
fia.
v .
A lesao diafragmatica na grande maioria dos casos ocorreu
a
esquerda (10 casos). O reparo cirúrgico foi realizado utilizando como via de acesso a laparotomia (O4 casos) e a toracotomia '
. oz
.11 - MATERIAL E MÉTQDQ§
« -Neste trabalho os autores expõe a casuística do Hospital '
São José de Joinville - SC¡ no periodo compreendido entre Feve-'
reiro / 1977
É
Abril / 1987; relativa a onze pacientes submeti-dos
ã
intervenção cirúrgica por rotura traumática do diafragma.'Com base nos _rontuários. es uisados - foram analisados; idade '__ Qse _-
xo, etiologia, mecanismo, manifestações clinicas, achados radio-
gráficos, localização e tamanho da lesão, conteúdo herniado, le-
sões associadas¿ fase em que é realizado o diagnóstico, tipo de
'intervenção cirúrgica e complicações- _
Os autores realizaram revisão bibliográfica no periodo com
preendido entre os anos de 1984 a l987¡ assim como o estudo, da
enfermidade em livros textos. '
'
III ' liššëãšššëâ
A Hérnia Diafragmática Traumática tem sido definida como
a passagem-de uma ou mais estruturas intraperitoneais para a caf
vidade torácica através de um defeito adquirido, como conseqüên-
cia de um traumatismo, sem que exista um saco herniário verda-'
deiro7 é secundária a um traumatismo contundente ou a uma ferida
penetrante, podendo determinar alterações fisiológicas graves: e
inclusive necrose por estrangulamãnto da estrutura herniada.
A I
I ! 'I
v
A frequencia da Hernia Diafragmatica Traumática tem aumen-
tado proporcionalmente com o trauma fechado associado a aciden¬{
tes automobilisticos e com o aumento da violência civil. A ruptu
ra diafragmática ocorre em 5% dos-pacientes com trauma fechado.
A correção da Hérnia_Diafragmática Traumática é cirúrgica'
. 1
›
e pode ter como via de acesso o abdome ou o tórax, dependendo da
natureza, tempo de evolução, localização da lesão e da experiên-
cia e habilidade do cirurgião.
l
- O4
IV ' Eflãäššëâššê
- A formação embriológica do diafragma é um processo com-
plexo envolvendo.a fusão exata de diversas partes de origens em
briológicas-multiplas, _ '
-
._
.
A
O diafragma:é formado principalmente pelo septo-transver
so que funde-se com o mesentério ventral: uma porção posterola-
teral relativamente pequena é formada pela fusão do mesentério'
dorsal e a membrana pleuroperitoneal.derivada do hilo pulmonar;
Apesar de pequenal esta porção posterior tem uma importância 1
clinica considerável pois as porções posterior e central;do dia
fragma contêm a abertura esofageana. Durante o desenvolvimento
as cavidades pleural e peritoneal comunicam+se através de uma
área triangular localizada entre a porção anterolateral
do
dia-fragma e.a porção posteroventral menor do diafragma.Mais tarde,
a membrana pleuroperitoneal avança para a frente e torna mais
estreita esta abertura por meio da fusão com o septo transverso
e forma a porção lateral do diafragma. _
.
A Falhas na fusão ou no desenvolvimento mesodérmico de al*
guns destes pontos de união resultam em debilidade ou ausencia
de continuidade do diafragma.e consequente herniação naquele'
ponto. “ . z 1 _
« O lado esquerdo do diafragma é mais sujeito
ã
herniaçãodo que o lado direito. Isto deve-se principalmente por difereQ`
im-portantes são: -
-_
l 4 A posição-do fígado no lado direito permite que o diafragma
direito fseja bem melhor protegido do que o-esquerdo, principal
mente durante o periodo de.herniação fisiológica umbilical:
2 - A presença da abertura esofageana no lado esquerdo:
3 - O fato de que o diafragma desce antes do que o estômago a-
centua a possibilidade de descida incompleta ou atrasada do es-
tomago com distorção do hiato musculomembranoso normal.
06
V ' êëêšâëšê'
O diafragma ê uma lâmina musculotendinosa que separa a cas
vidade torácica da abdominal. A face torácica do diafragma ê con
vexa e a abdominal é cõncava. Apresenta forma de cúpula, consti-
tuida de.fibras.musculares-radiadas) tendo um tendão 'central
que é uma ampla.lãmina de fibras tendinosas entrecruzadas, com
formato semelhante a um'bumerangue australiano". As ponta doi '
bumerangue se dirige ao esterno e a concavidade-para a coluna
Esteitendão central não tem inserções osseas_e contém o forame
para a veia cava inferior..
Cada hemidiafragma_em-sua porção muscular apresenta-se di-
vidido em tres partes: esternal, costal e lombar, estando inse-
ridas.no_tendão_central. A parte esternal origina-se por trás
do processo xifóidei sendo que as fibras musculares descem em di
reção ao tendäo central: a parte costal surge das superficies.e§
ternas das seis cartilagens costais inferiores e das quatro cos-
telas mais inferiores. As fibras originadas na parte costal se '
interdigitam com o transverso do abdome: a parte lombar ou_vertÊ
bralštem suas fibras originadas nas faces laterais das vértebras
Ll, L2 e L3 no lado direito, e em Ll e L2 no lado esquerdo e em
ambos os lados nos dois arcos fibrosos denominados de ligamentos
arqueados medial e lateral. '
A porção do diafragma que surgetdas vértebras lombares '
Os pilares direito e esquerdo unem-se adiante da aorta por uma'
arcada fibrosa, o ligamento_arqueado mediano, formando por meio
deste o hiato aórtico. O pilar direito divide-se em torno do e-
sõfago. -
V _
ç
”A parte póstero-lateral dos hemidiafragmas cujas fibras '
musculares são mais largas, ê a que sofre maior deslocamento na
respiração. As fibras musculares que formam o fasciculo ester-'
nal e as que se originam na sétima costela estão separadas em
ambos os lados por espaços triangulares pobres em tecido muscu-
lar e tendinoso. Estes espaços triangulares, conhecidos como fg
rame de Morgagni, constituem zonas débeis do diafragma. Certas'
deficiências na.origem dos fascículos musculares nas costelas,
conhecidas como forame de Bochdalek, dão.lugar também a zonas '
de debilidade potencial. _
'
A
O lado direito do diafragma é alguns centimetros mais al-
to que o esquerdo pela presença do fígado. No lado direito ele'
estende-se ao nivel da 59.articulação condro-esternal, enquanto
que no lado esquerdo está ao nivel da sexta articukção condro -
esternal. Na posição ereta e na fase média da respiração, as É
partes mais altas das cúpulas diafragmáticas estão, aproximada-
. I I . N
mente, no mesmo nivel do apice do coraçao.
O diafragma_apresenta.trës grandes orifícios. O hiato aóg
tico, que fica por trás dos pilares, da passagem
a
aorta, mui='tas vezes ao ducto torácico e também aos nervos esplãncnicos W'
maiores. O hiato esofagico,no pilar direito, dá passagem ao esë
) ›
O8
tade do centro tendineo, dá passagem
a
veia cava inferior, aonervo frënico direito e aos vasos linfáticos do fígado.-
O diafragma tem um suprimento sangüíneo rico originado de
um ramo frënico da aorta e um ramo musculofrenico da artéria ma
maria interna e da artéria intercostal inferior. _
O nervo frënico é o único suprimento motor do diafragma.'
Porém o décimo-segundo nervo.intercostal pode dar alguns ramos
para o diafragma, não sendo significativamente efetivos na movi
mentação deste. A inervação sensitiva do diafragma é mediada pg
los nervos intercostais, do sexto ao décimo-segundo, pelo nervo
frenico, e possivelmente.pelo simpático. Por isso a dor pode '
ser referida no tórax e abdome através dos intercostais ou para
o pescoço e ombros atraves do plexo cervical via nervo frënico.
VI - ELÊLQLQQLA
A maior função.anatõmica do diafragma é a separação das
. .' ,
cavidades torácica da abdominal, e a maior função fisiológica é
na ventilação. O movimento desta estrutura musculotendinosa é
responsável pela maior fração do ar movido durante a inspiração-
Na
respiração passiva é responsável por aproximadamente setenta'e cinco por cento.do total de ar levado para o interior dos pul-
~ .
ÍHOGS.. ' z
I
_ A principio, o diafragma;éjo
músculo da inspiração e . a
descida do tendão central resulta em uma contração coordenada “
das fibras musculares, O movimento vertical resultante é de a-
proximadamente um a dois centimetros durante a respiração passi
`
.
V r .
‹ . .
va, mas pode ser de ate seis a sete centimetros com uma respira:
ção forçada profunda; é calculado que cada centímetro de movimen
to vertical contribui com uma sucção de aproximadamente trezen-
tos a quatrocentos mililitros de ar durante a respiração normal.
Alguma atividade muscular do diafragma, entretanto, ocorre
durante a expiração, A contração das fibras da musculatura dia+'
fragmática não cessa abruptamente no principio da expiração
mas declina gradualmente durante a .parte inicial da expiração
e alcança zero por volta da metade da mesma. A atividade dia-'
fragmática persistente durante a fase inicial da expiração pro-'
porciona regulação precisa na mudança do fluxo de ar I da
inspira-ção para expiração. Durante esforços respiratórios vigorosos;ati
expi-lO
ratórios máximos. .i A
Paralisia de umz hemidiafragma não será causa de dificul+
dade respiratória em individuo.normal, ainda que, foi estimado'
que trinta a trinta e cinco por cento da.função respiratória dg
rante a respiração ativa é.perdida na paralisia unilateral do
nervo frënico.-A ventilação.no lado paralisado é mantida por f
transmissão de troca de pressão ciclica produzida pelo hemidia-
fragma funcionante através do mediastino, Paralisia bilateral '
do diafragma causa uma redução_acentuada na capacidade-vital e
na taxa de fluxo _ expirado.corrente,.particularmente quando z o.p§
V
ciente está imobilizado, e se a isto for acrescentado debilida-
de devido a doença pulmonar pré-existente, a vida pode estar a-
meaçada.
VII - ëêêëéê Qiêâêêêršêigê iêêârëiiêê
gâëêéâêêêgêêê ââêêiê
A Hérnia Diafragmática.Traumática resulta de um trauma di-
reto ou indireto, representado por feridas penetrantes e Ítrauf'
mas toracoabdominais bruscos. Existem ainda outros fatores cau-
sais: incisão do diafragma durante cirurgia prévia e injúria ia-
trogënica oriunda da colocaçãp errônea de tubos de drenagem in-Y
tercostal. _
'
;
vel ou a queda de.uma¿-certa altura. A lesão do tipo desacelera4
O traumatismo causal mais freqüente é o acidente de automé
ção é a causa.mais comum. Em feridas penetrantes Ó ponto de en-'
trada e saida do missel-ou faca.pode ser enganoso e a relativa '
posição alta do diafragma.na expiração precisa ser 1embrada..Al-
gumas vezes_a herniação tem lugar no mesmo momento do acidente,'
mas é mascarada por lesões sofridas em outros órgãos; outras ve-
zes, existe uma herniação considerável do conteúdo abdominal pa-
ra o interior do tórax, sem que surjam sinais e sintomas, desco-
brindorse a hérnia ao fazer uma radiografia do tórax alguns me-'
SGS ,ii io, C _ _ ' i anos apos- _ ~ _
Na
grande maioria dos casos a.herniação se dá no hemidia-ífragma esquerdo na proporção de 18,: 1 em relação ao direito, '
sendo que este é protegido pelo.figado que dissipa a força dos '
traumatismos indiretos e impede as roturas. As porções central e
posterior do hemidiafragma esquerdo são as mais afetadas.
12
ra e pode incluir o omento} estomago, intestino delgado e grosso,
baço, rins e inclusive o pâncreas e fígado.
Na
fase aguda.os sintomas da herniação diafragmatica sãoi
nespecificos e feq"uentemente mascarados pela presença de choque
por outras lesões viscerais associadas. '
‹
V
¡
_ As que são resultantes de traumas fechados e violentos
se-
rão diagnosticadas_partindo-se do principio que a severidade da
lesão encorage vigorosa.investigação. Nestes casos a lesão dia
fragmática é grande, em torno de seis centimetros, e assim clini
camente mais aparente devido a precoce e grande herniação de es-
truturas abdominais- Quando são resultantes de ferimentos por pg
netração são menos óbvias clinicamente porque a lesão é menor,
inferior a cinco centimetros, sendo que a herniação nestes casos
não é precoce na maioria dos casos, sem haver sintomatologia sig
nificativa. _
.
V
-As caracteristicas clinicas atribuídas a defeitos. do_dia-
fragma são variaveis e podem ser de natureza abdominal,cardiova§
` N
cular ou pulmonar. Os sintomas abdominais resultam da compressao
mecanica da hérnia ou de hemorragia dos limites da lesão diafrag
mática. O peritonisno devido
a
hemorragia intra-abdominal ou dasbz 1 N I . l ›
consequencias da tensao mesenterica sobre a viscera herniada, eg
quanto que
a
peritonite segue necrose, gangrena ou perfuração Fquando o suprimento sangüíneo da viscera herniada está comprome-
tido. Ós sintomas cardiovasculares resultam de efeitos mecãni-
cos da herniação. Uma herniação grande produz balanço de medi-
. Q . '. N 'Í ( '
astino, provocando diminuiçao da area cardiaca consequente
ã
redução do enchimento ventricular. Quando a herniação é menos'volumosa, a irritação do miocárdio pode resultar em arritmias. '
Se a herniação localiza-se dentro do saco pericárdico há tampona
mento cardiaco. Os sintomas pulmonares são conseqüentes ao volu-
me da herniação do tórax, sendo o grau de severidade dos sinto-'
` ~ _
mas proporcional
ã
extensão da herniaçao. Em geral, o quadro cardio-pulmonar inclui hipotensão, taquicardia, aumento da pressão'
venosa jugular, taquipnéia, tosse e soluços. Balanço de mediasti
no, murmurio vesicular diminuído na região da hérnia, dor'toráci
ca e cianose são menos frequentemente encontradas. A presença de
sons intestinais no tórax é freqüentemente encontrada em meios
, _ _ H clinicos. - A . ¿ * " *_
A herniação através da lesão diafragmática não é sempre i-
mediata, porque o orificio pode ser inicialmente obstruido pelo
omento ou é muito pequeno para haver herniação significativa. '
Com o transcorrer do tempo o orifício tende a aumentar seu diãme
tro devido a diferença de pressão toracoabdominal, podendo, en-'
tão, ocorrer progressiva herniação. - V
" As hérnias que se formam-cpm atraso são sujeitas a diver-'
sas variedades de apresentação.
Um
grande número permanece~assintomáticos e são descobertos somente através de Rx de tórax em
Ê
xames de rotina. Outros tem apresentações clinicas variáveis, '
desde sintomas abdominais e torácicos vagos até emergências re-F
sultantes da rápida distensão da herniação ou por obstrução do
suprimento sangüíneo, da luz ou de ambos. De acordo com o volume
.
I
,
dis-14
pnêia. A Hérnia Diafragmática Traumática pode ser diagnosticada'
de forma errônea como sendo Hérnia de Hiato, Úlcera Ppeptica, '
Carcinoma Gástrico ou lesões de cólon que possam causar obstru-'
ção total ou parcial. Quando o estomago ou o cólon herniam, ra-
pidamente distendem, sendo confundidos com pneumotórax espontã-'
l'l€O. -
V '
Para o estabelecimento do diagnóstico tem inestimável va-
lor o antecedente traumático, principalmente no momento agudo. '
Quando a hérnia não é recente o diagnostico se torna dificil,_p9
dendo haver confusão com paralisia do nervo frënico, cistos peri
/ 1 Í . ¢ _
cardicos, tumores e hernias de Morgagni,
Várias técnicas de investigação são utilizadas para a diag
nose de uma Hérnia Diafragmática Traumática¡ podendo ser: Rx de
Tórax, Toracoscopia, Estudo Radiográfico Contrastado do Trato
Gastrointestinal, Pleurografia, Angiografia Celiaca¡ Lavagem Pe-
ritoneal. O exame de maior valor é o Rx de Tórax em PA›e Perfil,
devendo ser sempre utilizado na investigação da Hérnia Diafragmé
tica_Traumática. É um exame rápido, simples e não invasivo, que
necessita,_porém, de muita perspicácia na interpretação. Na ca-'
racterização de um Rx de tórax sugestivo de Hérnia Diafragmática
Traumática, alguns fatores.tëm importancia: irregularidades no
contorno e posição diafragmática7 bolha gasosa anormal acima e '
abaixo da posição do diafragma; desvio do mediastino com não ób-
via causa pulmonar ou intrapleural7_opacidade ou transparëncia"
supradiafragmáticay contornos intestinais dentro do tórax: Pre-'
ou presença de pneumoperitõnio após lesão torácica; derrame pleu
ral e atelectasia laminar. Dificuldades na interpretação do`_ Rx
de tórax podem originar-se pela presença adicional de um pneumo-
tórax, hemotórax, ou ambos, os quais podem obscurecer a interpre
tação; Uma enorme distensão do estomago ou do cólon pode ser in-
terpretada erroneamente como um pneumotórax, sendo que a presen-
ça de ar pode ser corretamente identificada com a passagem de '
uma sonda de Levin, definindo-se a origem do ar ao seguir o tra-
jeto do tubo. A passagem do tubo além do valor diagnóstico tem '
valor terapêutico, mantendo descompressao nasogástricaz Os estu-
dos contrastados do TGI são de ajuda diagnóstica da«Hérnia Dia-'
I . I , ' I fv
, Í , A v
fragmatica Traumatica na qual o orgao herniado e o estomago ou o
intestino. É utilizado nestes estudos o contraste diluído evitan
do distensão da herniação que pode precipitar uma crise clinica.
Nem sempre o estudo é diagnóstico devido
a
luz intestinal estar'obstruida. _ _
4
-_
'
Após ter sido realizado o diagnóstico-de Hérnia Diafragmá-
tica Traumática, o tratamento cirúrgico deve ser indicado, inde-
pendente de o paciente ter sintomas ou não. Nos pacientes com le
sões agudas, o momento da reparação da hérnia pode ser ditado' '
por outras lesões associadas, as quais, pela sua severidade po-
dem preceder a reparação do defeito diafragmático. Entretanto, '
quando a herniação intratorácia resulta em acometimento cardio-'
respiratório, a redução da hérnia é mais importante. Se as .~le-
sões associadas são muito graves, impedindo o reparo cirúrgico '
1
16
_ ~
gástrica até que sua condição seja estável e_o risco da operaçao
diminua.
Nos casos agudos a laparotomia é indicada, facilitando o
reparo de algum Órgão abdominal lesado. Neste estágio a hérnia é
facilmente reduzida, mas a.redução não deve ser tentada pela tra
ção sobre a viscera. Um tubo é passado através do defeito para '
quebrar o selo de ar sobre.o espaço pleural e os órgãqssão libe-
rados através do defeito. O debridamento da lesão diafragmática'
é minimo e o fechamento do orificio é efetuado por sutura primá-
ria.
- Se a permanência das visceras abdominais no tórax for pro-
longada,há formação de densas aderëncias entre as vísceras e a
pleura e o pericaárdio, conduzindo a um risco maior de complica-
ções, sendo que a redução das visceras via laparotomia torna-se*
dificultada. _ -V
_
` ` ~
O acesso transtorácico está indicado nos casos de evoluçao
crônica. A abertura do tórax pode ser feita através do sétimo '
espaço intercostal tendo como base a oitava costela. As aderën-'
cias são desfeitas, e lesões nas vísceras herniädas são repara:
das. Os Órgãos abdominais são reduzidos para a cavidade peritone
al. As margens da lesão diafragmática são inspecionadas e qual-'
quer tecido friável é ressecado. O fechamento primário do defei-
to usualmente é possivel e o reparo é feito com pontos separados
O fechamento primário é impossibilitado quando a perda de
tecido é grande e o uso de um material protético para fechar o '
,
'
4
V
\
folha sobreposta
a
superficie pleural e a outra superposta a su-perfície peritoneal, é usada com resultados satisfatórios.
Durante debridamentos.ou ampliações do orificio para libe-
ração das herniações, os procedimentos devem ser planejados com
o objetivo de minimizar danos para o nervo frenico e suas ramifi
cações. _
'
~- Em geral, a mortalidade e a morbidade das Hérnias Diafrag-
_ A
máticas Traumáticas dependem primariamente da presença ou ausen-
cia de lesões associadas e o tempo decorrido até o reconhecimen-
to da hérnia. '
18'
VIII ' ëššššlëââë
Na
análise dos prontuários de pacientes submetidos.a ci-rurgia nos ultimos dez anos foram constatados onze casos de Her
nia Diafragmática Traumática. Somente dois destes casos eram mu
lheres,-sendo que a faixa etária predominante foi dos vinte aos
trinta anos. _ _
'
O acidente automobilístico foi a etiologia mais frequente
presente em dez casos. Nestes o mecanismo foi por trauma fecha-
do. Apenas um paciente teve lesão diafragmática ocasionada por
arma branca (ferida penetrante).
Ç, As manifestaçães clinicas predominantes foram asconsequeg
tes
ã
ocupação torácica; secundariamente observamos as relacio-nadas ao estado.hemodinãmico dos pacientes. i V
A
Em
todos os pacientes foi realizado estudo.radiolôgico- Isimples de tÔrax¡ acrescido de estudo contrastado através de
SNG em cinco pacientes, de seriografia em dois e de cintilogra-
fia hepática.em_um-¢ J.
A lesão esteve localizada no lado esquerdo em dez casos nl-1
as vísceras mais freqüentemente alojadas no tórax foram o esto-
mago e cólon. . .. .
Q
Seis pacientes tiveram lesões associadas, sendo que as '
mais comuns foram fraturas de ossos longos e rotura de baço.
O diagnóstico foi efetuado na fase aguda em cinco casos 7
A
via de acesso cirúrgico utilizada primariamente foi atoracotomia.em sete casos, sendo que em um caso teve de ser com
plementada com laparotomia num segundo tempo: em quatro casos '
foi utilizada a laparotomia, que foi complementada em dois ca
sos com toracotomia. ^
Complicações ocorreram em seis casos, sendo constatado '
um óbito.
MUHQDUWQ
m
×MH®pOE®£_OUHwSäW® Em OU HMQOQ OQCQEMHQP HXGHOQ xm¿ _ _ _ ` A _UmQ EHSQ GWMQ _vHQ@HU _ m@HOpHQpmQ`oUH®5vM® Em_bQ >z QQ Omwflüflfiãfifi _mH¶ÇmWHÚ_M0HUWHO# HOQ Ophmgm OUflUWHOu MESMHB ' MUCMMQ MEHM _ HOQ Qpgwwfiüä A h mm WO _OUHQ5Um® Bm_OC Ommg mpmw Ow Owwmflflhwg “MUMpmmHpCoU wzm ___wm® OWEHDQ HMHUHMQ OWmMHOUš_HH©m
Oflfipmmfivmã OU Ofl>WQ© "×mHO# Nm _ `__ _ OUHEwHO>Omfl£ ®5UO£U owwgüww _EOUQmOUMH [Ou MESMHE pW¶HHgoEOu5M A _ ®#C$UflU¿ E mm ¢O W V _×flH®p OC COHOU OU MUCQWQHQ "dfiMMHmOfiH®m ` ___×MH@#OE®£ GU mfimflfiw `°Um® _EH5m QWMQ ®UMUfiUGQO__äW® M _mmHwMfiU~MH5Q¶O owwQ>®H® "×MHQp_×m A Mfiwflgwfio mUHUWHOp HOQ OUMgO@u _EOUQmOUMH 'OQ MEDMHB #mfidHQOEOp¿M _ WMCQUHUÉ E qm mov XMHQQ OC flOfiHpWWm M£fiOQ›"×MHwu Km _ OUfiEwHO>OQfi£ mfivogo _ MMOG V 1SE|OwC@p5U Nwvfiäflm OUM£U®% Hflflflãoügm. _ MEUMHB #W¶HHQOEOQ§M ‹®pC®UHU< h 4HN NO _ Xmäwp OC ommãfig mv OU OmuUfiMfi#C®Ufi HMUMQMMHNCOU wzm _ ×MH®#OE5®Cg uxmflwp Km MUfiU¶HOQ MOD oUM£U®w HMCHEOUQM ›i: MEDMHB pW%HfipOEOp5M ®gC@UHO§ EV .M mN_ HO WOOfim@HOHUmm_ ~ _ _moUm£U<_ WMUHCHHU _ mwwuflpmwgfiflflz OEWHGMUQÉ ›WmfimOHOfi#m O×®w QUMUH OWMU MUHQWEDMHB ®UfipmEmmHMMflQ Mfiflhwm EOU W@#c®flUMm HH EQ wmUHm®HOHUMm Q mmUHC%HOA_mmUHm@HOfi#m mmUfl#wwH®#UMHMO "H OHÚMDO Um | mfiflb ¡ bm: |OU Omuflfiflhwg EGO mu "MUMQWMHQCOU mz” KMH®pOEg0Cm_"×MHm#_×m _ HMOfiU¶MOp “OQ _ OUM£O®u_ › A _ A ÃEOUQMOUMH V_#WwHHQOEO#5M 'Og MESMHB V › ®#C@UfiU<
E
om mo _×MHO# OC OmMEOp _MUM®5UWQ HOfiH®WCfi Hmfiflxfl Omflmmä NQUHU |mE_UW® Em EG OUHSC "mUmwmMH#COU www _ ¡HEHm ãgmgwmw Bm_EQ _vW® Em EQ ®UM@flUMgO GU OH>W®U "×MHm# wa ®#C®W5m>z_MHwCmWfiU `®WWOpšMUfiUWHOpíHOQ _OU©£OQu ¡EOUpmOUmM _pmwñfigOEOpDM 'Op fiEDMMB_. H_4®gcQUfiU¢ _2 qm wo ,XMHQQ OC Ommãfip “OUMpMH#COU Uzm OUMGDUWQ wUMUflUMmO uxmäwp Xm _ _ __ _.OU flEwHO>Omfi£4®5UO£U _ _owOHOQMOB O@m£UQwA 7 _EO©QMOOGH_ _#WMHfigOEOpöM __
_ W 'Op ME5©HH_¶_ H QQCQUHUQ E om. bo › _OUH®DvW@ OQHOU Q Xfiflämm “uam .wwww
ym_Q_.vm® Em ñQ>HC§m#H®HfiU\m _#®MfiU Em HMfiUHMg _EMHQ> QU flädpmhm "XmHwp Km ~_ “ECU OÚMQUQMW V 4 _EOwQMOOmH_ _pmwHHQOEOpDM “ A 1Op_mE5mHBV __ Qyflüüflüm A E _wN `©o WOUfim©HOHUmm › VWOUflgU< __@MUHCwHO WQwUm#wQwHÇfiz_ OEWHCMUQS ___®fimOfiOfipm Oxwm WUMUH OWMU OwuM5CfipCOU "H OHUMSO_Um I ®HHH>CfiOÕ ¡ _' wWOh Own HMmflUHCd2VHMpflgwO£ OQ mzáw "QpCOh HMEHOC nmüfiuwmwg MHwMg@OHHpCHU OpH®HflU Em OU QWMQ À__ MQ OwwMHOE5# "mHOMpCOO GU XMMQQ Nm OUfi#WEOpCHWw< WOCG mm wg OUMQUQM HMCHEOUQM QEDMHB _#W%HHQOEO#5M ®#CmUfiU< E OQ HH _wW® Em OC mfimflfigwmggfl WMUHM _ V¬ Q Ommãwumw GU MUCQWGHQ "mHumHmOfiM®m mfimmuwflo _M#H®HHU\m OCHQWMMUQE GU Ofl>WmU_ A mwwwmuflgfifim _O@H®5UW® Em OU_OuCwEMH®>i"N®H@u Km _ MfimH®H©HOU®Hm OUM£U®M HMCHEOUQM MESMHE .pW%aHQOEOp5M ` 4 Qgflmfifivm _ E _ ma
2
wOUH@@HOflUflm A mmUHfl%dO W mOUm£U< Wwwwflpmwmfiflflz OEWHCmU®z _VMfimOHOfi“m _ Oxwm QUMUH OWMU OWuMDCH#COO "H OHUMDO_ _ |¡ OUMHQUHMU MHEO#OOMHOH Ol_HH% _flUQEH@U_C_H 4 Cm COHQU Eumo MÚHQDWWH m0 Mfim EOO EQÕMGGMQ V^OmwmH®QO®HV mfiEOpOHMgMq V + mHEOpOUmHOB _ “HU MHDQWM Q _vW® Mflgww _MfiUMQ GU _ _V mH5#mHM hmmflxwn Owgoá ®_OuMQ mw MH5pOm goflwo ¡ Owmm Ommgapmm Euwlm MUHQDwwm *O MU mflCOE5®Cm MflEO#OHMQMQ A _ _ VV: _OU _ ~ IHOSÚWQ H3EmM_®U Owfimd OHOO QG Määuflhh Omflãfipmm
N
Mfihwfläwm MO $#HO2 Opfigg _MEOU Q5vO£U MHEOQQHMQMQ â 4 “H Çodwo _ V ¡ommE m_wmmHUCmm Ofiflmá ¬`oHQpü ®U_mHg#mm Owmãfipwm EUOH MUHQSUWH NO OUfiHpW¶m QWOHUQZ M fiEOUOOMHO_H_ __+ MfiEO$OHMmMq _ofiH¶HUmEHQ#CH ~|J Ommgwpmm EUOIH MUH®DUmm dO _ MOHOHÚMHU OMG |HUCH GU OQHB OUfi#mwCmflflQV¿ wMUMfiUOWW< mw OQEQB WQOWQQ OUMfiCHQm OUü®#COU o£CMEMB_ OWÚMNHHMUOÀ OWMU _UmA¡ wädh I m0fim“¶HfiU_OmWHUCH mv omfiB}_OUfl wogmmfl~
`Q
_ `_ ` ~_ ~ `_` U_ ` _Q QU O_ EQB WMUMHOOMWAN wwmwwgiw W®`@mQ__H| WMO WMUHpW_%_HQu_OmHmU __" Hmh CHUMBO Abmz I MUHQMEDMHB MUH#ME@MHuMHQ Mflfläwm EOU m®uC@flUMm HH Em WQOUMO4 2 Ã _ow 1 ®HHfi>CfiOb I WMOÚ Omm HmmfiUfiC5z HMpHmWOm OU mzáw HQMCOM li MHEOpOUmHOB OfiUHMB _OUMmMm Eomfi mpfimhfln da II A ®HEO#OUmHOE OflHWfiU®EH®#CH COHOU Oüflm HQQ _pCH Ommefipwm _
W
Mwgmflvmm ofi ¿ Il MHEOQOUMHOE OflHWfiU®EH@#CH COHOU _OUMm _fiUQ ¡pcH Ommëmämm goma Muhmüvwm WO MUHQUUWQ MUflp _ . |¶EmMHHMflU mfiwflfimhmm MHEOQOUMHOB OHH@fiUQEHQpCH HmMUH@DvWw Hmflfimä _®WfiM¶flU Q mflMpWOU WOUHM GU mmhgpfiflh ¡>wCMMp¬ H_COH®O Ommewumm W Muhmüvmm wo_ II _ MHEOpOOMHOB _ _0U5m¢ mOUHm5wwm OG i¡mHUmHO Q OH®E¶ mw OHOU mMH5#MHM¬OuMQ _ QU MH5uOH1_m_U¿B _! Owmm _ OU _¡mdHmn JH Omflãfiuwm EUmH Muhwüwmm fiO VA Hmgofiwfiocfi mficfimg . _ _ _ }H#MUfiU OnW0Upmš_Hfi©`fl iMfiEOpO&mQ®H mQ+MfiCOE5®CQ›.HOHp®H ¬ _ +A ¡®OHÚfim OfiHQWHfi5v©W®Q Mfiãoäogmgmfl Ovämá WOwHw5Um® dMHOE®M _¡O×OO Owuwxfld Q DH ,¢5pWp$U®_$U MHDNMHM ~ `JHHU_HMgmOU OUHM m©›MHDpMHm;_m.U1B Ommãfipmm Eumfl MUMQDUWH wo A MUHÚHÇHMO Oww W®wwMOHHgEOU ¡fiUCH QQ OQHH OOH#WOCmmHQ 0m OMEQE _ __ WMUmHOOWW< V WQOWQQ _ Ofimfifläwm OU¶0#COO __O£fimEMB _OWuMNfiHMUOg OWMU OwwmDCflpflOU "HH OHUM50IX
-
âiêggêê-1-QA Hérnia Diafragmática Traumática é uma patologia pouco
comum.mas deve ser investigada em todos pacientes submetidos a
trauma violento. . h U. _ A4
V '
As manifestações clinicas que pudemos constatar, pois '
nem todos os prontuários pesquisados estavam corretamente pre-
enchidos. eram decorrentes da ocupação torácica (dor torácica,
dispnéia) ou decorrentes de alterações hemodinãmicas (choque '
hipovolëmico).i H ¿_. rui. _w~ " _ da . ; *__ s H
iNa admissão o Rx de tórax pode dar o diagnóstico na gran
de maioria dos casos. Ele mostrou anormalidades em todos os.pa
cientes, sendo que em alguns casos ele_foi interpretado erro¬'
neamente como sendo pneumotórax ou derrame pleural. O estudo '
radiológico com SNG contrastada ou seriografia mostrou-se de
excelente valor diagnóstico nos casos em que o Rx de tórax mos
trava alterações pouco conclusivas. ~
_
_Nos casos em que foi possivel saber o tamanho da lesão
Q
bservou-se que, confirmando o que mencionou-se anteriormente,'
quando a lesão diafragmática é maior que seis centimetros, _ o
diagnóstico é feito na fase aguda ou na fase intermediária.
Indiscutivelmente, a herniação ocorre mais comumente no
hemidiafragma do ladoefignerfiâ, devido aos fatores já discuti-'
26
A análise do tipo de incisão cirúrgica demonstrou que.dfis
cinco casos agudos a laparotomia foi utilizada em tres, sendo
complementada com toracotomia em um caso+ devido
E
maior habi-lidade do cirurgião no manejo da Hérnia Diafragmática Traumáti
ca via transtorácica- Em dois casos agudos a incisão utilizada
foi a toracotomiai.complicando¬se em um dos casos devido '
ao
não diagnóstico de uma rotura de bexiga, que seria diagnosticš
da caso a incisão utilizada fosse a laparotomia. Neste caso '
houve a.necessidade de nova intervenção cirúrgica, a laparoto-
mia. _ _
-
A
Dos cinco casos diagnosticados.em fase intermediária, um
foi submetido a laparotomia, que teve de ser complementada com
toracotomia devido as aderëncias encontradas. Os outros¿ assim
como o único caso diagnosticado em fase tardia foram submetifl
dos
a
toracotomia. , .V _
_
A morbidade e mortalidade estão relacionadas,-geralmente
as lesões associadas (O4 casos).
Em
apenas dois casos as com-lplicações surgidas foram decorrentes da lesão diafragmática '
(necrose de fundo gástrico e paralisia de hemidiafragma_esquer
X
+ QêuçrusêêâA Hêrnia Diafragmática Traumática é causada na maioria '
das vezes por traumas abdominais ou toracoabdominais
fecha-' dos. ' _ , - V g_ ' ' I . ` . r . _ _ I . . .
E-lmpreSClI'ldlV€l reãllzâr um €Xam€ flSlCO ÇHln`l.1ClOSO' em tg
dos os pacientes submetidos a trauma violento.
A Hérnia.Diafragmática Traumática deve ser uma constante
na elaboração do diagnóstico diferencial da 1esÕes_ocasionadas£
por traumas bruscos e violentos. _ _
O'Rx de tórax deve ser realizado rotineiramente em-todos!
V ' . \
os pacientes submetidos a trauma abdominal.
Í '"
_' .
I-.. '
A via de acesso cirúrgica ;_indicada_para os casos de Her
nia'Diafragmática_Traumática diagnosticada na fase aguda ê a la
parotomia, sendo que nas fases intermediáriaye tardia a via de
acesso cirúrgico.preferencia1 é a toracotomia.
28
9
XI V - BIBLLQQBAELA ..¬__.¬-.._-...__¬.-,._.-_...
ADAMTHWAITE, D. N. ~ Traumatic Diaphragmatic Hernia: A New'
H
Indigation for Laparosoogz. Br. J. Surg., 71 (4): 315,
‹,. ' 1984. .À - . . ' ' 1. _ ' A . ~
ÀDAMTRWAITE. D. N. ¬_Traumáti¢ Diaphragmatic Hernia. surg '
Annv., 15z'73-97. 1983. '.~ '
1
_ -
AGHA, Faroog P- - Transdiphragmatic.Liver Hernia in Adults.
Australas Radiol., 29 (1): 19-25,,l985. '
_' A
BEAUCHAMP, Gilles et al. ¬ Blunt Diaphragmatic Rupture. Am.
J. surg., 148 (2): 292-5, 1984. . 1. ' V . ' 8
BLADES, B. - Surgical Diseases of the Chest. 3ë ed- Sant. !
Louis: The C. V. Mosby Company, 1974. »
.
-
BROWN, Gregory L. et al. - Traumatic Diaphragmatic Hernia :
A Continuing Challenge. Ann Thorac Surg, 39 (2): 170-3 ,
1985. _
. ~
=
'
COZACOV, C. and FREUND, V. - Emergencies in Delayed _
›
'
Diaphragmatíc Herniation due to Blunt Trauma- Injury, 15
_ › . Á _ _ - ‹õ)z›37of1,z1984._. .- ; . -
DE MAESENEER, M. ét al. ¬ Right Diaphragmatic Rupture fol-
lowing Blunt Abdominal Injury -
A
Case Report. Injury, '16 (6);.389-90, 1985. .Á *. '
FRASER, R. G. and PARÉ, J- AQ P. - Diagnostico de las Enfer
'medades del Torax. Barcelona: Salvat Editores, S.A.,l973.
GARDNER, E.: GRAY, o.J.:`RAHILLY, R. - Anatomia. 49 edição.
`