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Reações medicamentosas na cavidade oral: aspectos relevantes na estomatologia

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Academic year: 2021

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Reações medicamentosas na cavidade oral:

aspectos relevantes na Estomatologia

Drug-induced oral reactions: relevant aspects to Stomatology

Simone Macedo do Amaral

Aluna de Especialização em Estomatologia da Unesa Águida Maria Menezes Aguiar Miranda

Fábio Ramôa Pires

Professores do Curso de Especialização em Estomatolo-gia da Unesa

Resumo

Muitos medicamentos têm o potencial de induzir alterações e sequelas na cavidade oral, e no sistema muscular e esquelético. Por essa razão, torna-se cru-cial que todo profissional de saúde tenha conhecimen-to dos possíveis efeiconhecimen-tos indesejáveis causados por dro-gas utilizadas com ou sem prescrição médica, possibi-litando o correto diagnóstico e a conduta clínica ade-quada. O presente trabalho tem como objetivo revisar e listar medicamentos e suas reações adversas com enfoque na cavidade oral.

Palavras-chave: medicamentos; efeitos adversos; efeitos colaterais; sequelas; cavidade oral; boca; dentes; ossos maxilares; toxicidade.

Abstract

Several drugs have the potential of inducing altera-tions and sequelae on the oral soft and hard tissues. All health professionals should be aware of these drug-indu-ced oral side effects of the most frequently prescribed dru-gs in order to establish proper diagnosis and treatment. The objective of this study is to review and list the most commonly prescribed drugs and their side effects with emphasis on the oral tissues.

Keywords: drugs; side effects; sequelae; oral cavity; mouth; tooth; maxillary bones; toxicity.

Introdução

Introdução

Introdução

Introdução

Introdução

A

prática da Odontologia complica-se cada vez mais pelo grande número de medicamentos que produzem as mais diversas reações fisiológicas, sendo cada vez mais comum encontrarmos pacientes em atendimento odontológi-co de rotina fazendo uso de drogas que, além de alterações sistêmicas e locais, podem manifestar efeitos colaterais na ca-vidade oral. Estes efeitos adversos podem simular outras do-enças orais e a associação causal entre um fármaco e seu efeito adverso pode ser observada mesmo após diversos meses do seu uso. Adicionalmente, em algumas situações pode ser difícil estabelecer a associação da manifestação com o fármaco ad-ministrado, em função da diversidade de medicamentos usa-dos por alguns pacientes. Somente com uma anamnese ade-quada será possível ao profissional fazer o diagnóstico correto e decidir a conduta clínica mais adequada para minimizar ou não agravar tais efeitos colaterais.

O objetivo deste estudo foi listar os medicamentos com po-tencial de efeitos colaterais na cavidade oral através de uma revisão da literatura.

Material e Método

Material e Método

Material e Método

Material e Método

Material e Método

Realizamos a revisão dos grupos farmacológicos causa-dores de lesões específicas na cavidade oral, citados nos com-pêndios de Estomatologia, Patologia Oral e Medicina Oral e em periódicos oriundos de artigos científicos, e os correlaci-onamos com suas respectivas instruções de uso e composi-ção, segundo os guias de medicamentos (2, 5, 6, 15, 17). A confecção das tabelas que se encontram após a descrição dos efeitos colaterais teve como objetivo facilitar a consulta do profissional que busca o diagnóstico diferencial de le-sões primárias com os efeitos colaterais de substâncias que as simulam. As recomendações de uso dos medicamentos foram analisadas buscando efeitos colaterais específicos e, após cuidadosa análise, as substâncias foram então incluí-das em uma tabela e adicionaincluí-das ao final de cada subitem. Encontramos algumas diferenças na nomenclatura dos efei-tos colaterais e procuramos padronizar a sua terminologia, segundo os compêndios mais tradicionais de Patologia Oral e Estomatologia (3, 4, 6, 13, 20, 23). Não descreveremos em detalhes as complicações orais infecciosas e não-infeccio-sas causadas por drogas utilizadas no tratamento

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antineo-plásico, pois em virtude de sua complexidade e importância, devem ser tratadas isoladamen-te. Entretanto, achamos neces-sário incluir nas tabelas ao final de cada alteração alguns desses medicamentos.

Revisão da Literatura

Revisão da Literatura

Revisão da Literatura

Revisão da Literatura

Revisão da Literatura

A despeito da maioria das re-ações medicamentosas acometer a pele, as mucosas em geral, in-cluindo a mucosa oral, são tam-bém frequentemente afetadas. A patogênese das reações medica-mentosas pode estar relaciona-da a mecanismos imunológicos e não imunológicos. A maioria destes efeitos adversos é media-da pelo sistema imunológico e por alergias medicamentosas, segundo três mecanismos: rea-ção da droga com anticorpos do tipo IgE associados a mastócitos; reação de citotoxicidade media-da por anticorpos quando as dro-gas já estão acopladas à superfí-cie das células e circulação de um antígeno por longo período, per-mitindo a sensibilização do sis-tema imune e a produção de no-vos anticorpos. Já as reações que não envolvem o sistema imuno-lógico não são anticorpo-depen-dentes, podendo afetar os mas-tócitos diretamente causando a liberação de mediadores quími-cos ou como resultado de over-dose ou toxicidade a droga (1). Um efeito imprevisível particu-lar de um agente químico ou medicamento é a idiossincrasia. Trata-se de condição na qual um produto químico induz a lesão de modo imprevisível, sem de-pender da dose e sem estar rela-cionado a mecanismos de sensi-bilização do sistema imunitário. É possível que as idiossincrasi-as dependam de efeitos metabó-licos (enzimáticos) não detecta-dos que possibilitam a ação

tó-xica do produto. As manifesta-ções clínicas das reamanifesta-ções medi-camentosas dependem do tipo da droga, da dose e de particula-ridades de cada indivíduo (1). A associação pode ser aguda e ób-via ou o início das alterações ou queixas por parte do paciente pode ocorrer tardiamente (13).

Alterações no Fluxo

Alterações no Fluxo

Alterações no Fluxo

Alterações no Fluxo

Alterações no Fluxo

Salivar e nas Glândulas

Salivar e nas Glândulas

Salivar e nas Glândulas

Salivar e nas Glândulas

Salivar e nas Glândulas

Salivares

Salivares

Salivares

Salivares

Salivares

Xerostomia se caracteriza pela manifestação clínica da disfun-ção das glândulas salivares. O paciente pode se queixar de sen-sação de secura na boca algumas vezes no decorrer do dia, sendo que a mucosa apresenta-se nor-mal (16, 23). Em outros casos, há ausência quase completa de sa-liva e, se a deficiência de sasa-liva for acentuada, a mucosa pode apresentar-se seca, atrófica, eri-tematosa, inflamada ou pálida e translúcida. Nesta situação, o paciente pode referir grande desconforto (1, 13, 16). As carac-terísticas clínicas mais comuns da xerostomia são: sensibilida-de, ardência, queimação e dor na mucosa da língua. A saliva tor-na-se mais viscosa e frequente-mente há formação de saburra (placa esbranquiçada) no dorso lingual, com desenvolvimento de halitose. Em outros casos, a língua pode mostrar atrofia das papilas filiformes, inflamação, fissuração, rachaduras e até des-nudação (16, 19). Entre as dro-gas que diminuem a produção de saliva estão os analgésicos, anticonvulsivantes, anticolinér-gicos, antieméticos, anti-hiper-tensivos, anti-histamínicos, des-congestionantes, diuréticos e psicotrópicos (13, 15, 16) (Tabe-la I). De forma contrária, outras drogas podem apresentar como

efeito adverso à estimulação do fluxo salivar, produzindo o quadro clínico de sialorreia (Tabela II).

Algumas drogas podem levar a hipertrofia compensatória das glândulas salivares como efeito colateral, incluindo anti-hiper-tensivos, psicotrópicos, simpati-comiméticos, clorexedina, cloza-pina, fenilbutazona, isoprotere-nol, etambutol, fenotiazida, sul-fisoxazol, compostos iodados e alguns metais pesados (13, 15). Este quadro clínico caracteriza-se por aumento bilateral usual-mente das parótidas, sendo ge-ralmente assintomático.

Alter

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Alter

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Alterações no P

ações no P

ações no P

ações no P

ações no Paladar

aladar

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Várias drogas podem induzir anormalidades no paladar devi-do a processos ainda não total-mente compreendidos ( Tabela III). As alterações podem incluir a diminuição da sensibilidade gustativa (hipogeusia), perda dessa habilidade (ageusia) ou a distorção da correta percepção da substância como, por exem-plo, salgado por doce (disgeusia) (1). As alterações gustativas cau-sadas por medicamentos são as causas mais comuns das altera-ções no paladar e são normal-mente temporárias (5, 15, 21).

Angioedema

Angioedema

Angioedema

Angioedema

Angioedema

Esta condição é uma reação de hipersensibilidade mediada ou não por IgE, que causa tume-fação edematosa difusa dos teci-dos moles. Envolve os teciteci-dos subcutâneo e submucoso, po-dendo acometer os tratos respi-ratório e gastrointestinal. A cau-sa mais comum, vinculada a IgE, é a degranulação dos mastócitos, levando à liberação de histami-na e às alterações clínicas sub-sequentes a vasodilatação (13). Os angioedemas não mediados por IgE estão mais associados ao

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uso de drogas inibidoras da en-zima conversora de angiotensi-na (ECA) (1, 13, 15), utilizadas no tratamento da hipertensão e da insuficiência coronariana. Ou-tras substâncias incluem: ácido acetilsalicílico, beclometasona, brometo de ipratrópio, bronco-dilatadores, captopril, clindami-cina, droperidol, enalapril, lisi-nopril, losartana, mianserina, nortriptilina, penicilina e procai-namida. O angioedema peri-oral e peri-orbitário é típico do angi-oedema alérgico e o envolvimen-to oral pode acometer lábios, lín-gua, úvula, assoalho de boca e bochecha (5).

Aumento Gengival

Aumento Gengival

Aumento Gengival

Aumento Gengival

Aumento Gengival

Induzido por Drogas

Induzido por Drogas

Induzido por Drogas

Induzido por Drogas

Induzido por Drogas

O aumento gengival induzido por drogas é uma alteração ca-racterizada pelo aumento do vo-lume gengival causada pela uti-lização de medicamentos que interferem com o metabolismo dos fibroblastos e do colágeno. Nos estágios iniciais, o aumento gengival é caracterizado por cres-cimento indolor da papila inter-dental, que usualmente surge nos primeiros 6 meses de trata-mento, e que pode chegar a en-cobrir completamente a coroa dentária, tendo evolução mais rápida em regiões de higiene oral inadequada (8, 9). A frequ-ência de desenvolvimento do aumento gengival medicamen-toso é extremamente variável, podendo oscilar entre 13 e 82% dos usuários no caso da ciclos-porina, e usualmente é necessá-rio um período mínimo de 3 me-ses de uso para o início do apa-recimento das manifestações clí-nicas (7, 8, 9, 13, 22). Embora vá-rias drogas possam apresentar o aumento gengival como efeito colateral, os medicamentos mais associados com o processo

in-cluem ácido tranexâmico, anlo-dipina, anticoncepcionais, ceto-conazol, ciclosporina, cotrimo-xazol, diltiazem, divalproato de Sódio, eritromicina, etosuximida, felodipina, fenitoína, fenobarbi-tal, hidantoína, lamotrigina, Lí-tio, nicardipina, nifedipina, ni-trendipina, pirimidona, sertrali-na, topiramato, verapamil, viga-bratina. Diversos mecanismos patogênicos têm sido sugeridos para a condição incluindo a ini-bição de colagenases e a altera-ção na relaaltera-ção biofilme dentá-rio-tecidos periodontais (1, 8, 9, 15, 22, 23). Nem todos os indiví-duos usuários destas drogas de-senvolverão o quadro e alguns fatores parecem importantes em seu desenvolvimento, tais como: higiene bucal insatisfatória, tem-po de uso da droga, susceptibili-dade individual, predisposição genética, capacidade de metabo-lização das drogas e fatores hor-monais (7).

Candidose

Candidose

Candidose

Candidose

Candidose

A cavidade oral constitui um ambiente favorável para a colo-nização e proliferação de micror-ganismos, os quais, em condi-ções normais, mantêm-se em equilíbrio devido à atividade competitiva por nutrientes e pela ação de fatores físico-químicos próprios do meio bucal. Candi-dose é uma das infecções que pode manifestar-se na cavidade oral quando este equilíbrio mi-corbiano natural é rompido. As drogas capazes de predispor o surgimento de candidose na ca-vidade oral normalmente o fa-zem por uma das seguintes vias: comprometimento do sistema imunológico (agentes antineo-plásicos, imunosupressores e leucopenia induzida por medica-mentos), antibioticoterapia de amplo espectro por longo

perío-do, redução do fluxo salivar (ver item xerostomia), corticoterapia (beclometasona, triacinolona, por exemplo, para tratamento de bronquite e asma), alterações do sistema gastrointestinal (gastri-tes tratadas com omeprazol) e alterações hormonais (contra-ceptivos orais) (21, 23).

D

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Discinesia

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dia

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Além das síndromes extrapi-ramidais agudas, os antipsicóti-cos podem causar a Discinesia Tardia, uma síndrome extrapira-midal de início tardio, caracteri-zada por movimentos hiperciné-ticos involuntários, anormais, repetitivos e involuntários típi-cos, localizados, principalmente, na região orofacial, os quais in-cluem mascar, movimento de protrusão de língua, movimen-tos vermiculares de língua, mo-vimentos de beijo, piscar repeti-do e rápirepeti-do, e movimentos de abrir e fechar os lábios. Extremi-dades inferiores e superiores também são afetadas, além do sistema respiratório. Esta altera-ção acomete pelo menos 20% dos indivíduos em uso de neuro-lépticos, aparecendo após o uso crônico usualmente após dois anos, com taxas de incidência de 3 a 5% ao ano, podendo chegar a 30% entre os idosos expostos ao uso crônico (12). A dor não é co-mum, mas pode surgir como efei-to secundário do trauma crônico devido à movimentação anormal (1). As drogas mais associadas incluem: ácido lisérgico, agonis-tas dopaminérgicos, amilsulpiri-na, anfetaminas, benzamidas, bromocriptina, carbamazepina, cocaína, difenil butiropiperidina, fluoxetina, haloperidol, levodo-pa, metoclopramida, olanzapina, penfluriol, pimozina, pipotiazina, risperidona, sulpirina, teofilina, ziprazidona.

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Discrasias Sanguíneas

Discrasias Sanguíneas

Discrasias Sanguíneas

Discrasias Sanguíneas

Discrasias Sanguíneas

Diversos medicamentos po-dem induzir discrasias sanguí-neas, como sequelas indesejá-veis e estas, indiretamente, po-dem manifestar-se na cavidade oral ( Tabela IV ) (3, 4, 5, 13, 23). Essas discrasias são responsá-veis por cerca da metade das mortes relacionadas ao uso de drogas. Muitas drogas podem afetar a produção de neutrófilos na medula óssea ou das plaque-tas ou ainda do mecanismo da coagulação, e as alterações re-sultantes podem promover o surgimento de ulcerações ou sangramento oral (13). Outras alterações sanguíneas associa-das ao uso de medicamentos podem incluir anemia aplásica, anemia hipoplásica, tromboci-topenia, granulocitromboci-topenia, leu-copenia, pancitopenia, hepatite aguda (com alteração na coagu-lação) (4, 23).

E

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Errrrritema M

itema M

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itema Multifor

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me

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O eritema multiforme é uma reação imunológica mucocutâ-nea geralmente observada após infecções virais, em especial pelo vírus herpes simples (18). Situações associadas a medica-mentos também têm sido repor-tadas, respondendo por 4 a 80% dos casos (1). As drogas associa-das são capazes de produzir mo-dificações nos antígenos da su-perfície das células ou a produ-ção de anticorpos de reaprodu-ção cru-zada, que poderiam resultar em destruição tecidual (15, 16, 18, 23) ( Tabela V ). Os pacientes mais comumente afetados são adul-tos jovens do sexo masculino (1). Após a administração das drogas surgem, geralmente, sinais pro-drômicos como febre, mal-estar, mialgia, atralgia e eventualmen-te vômitos (13). O aspecto das lesões orais é heterogêneo (23) e estas podem acometer quase

to-das as áreas da cavidade oral, sen-do usualmente bastante sen- doloro-sas. A gravidade das lesões varia e algumas áreas podem apresentar apenas ligeiro eritema na muco-sa, em contraste com grandes le-sões vesículo-bolhosas hemorrá-gicas que podem estender-se à junção mucocutânea e envolver os lábios, nos quais comumente há a formação de crostas (18). Na pele, há habitualmente o envolvi-mento da região palmo-plantar. O início do quadro costuma ser sú-bito, porém depois de estabeleci-das as lesões, a doença pode tor-nar-se crônica, com períodos de remissão e exacerbação (23).

Erupções Liquenoides

Erupções Liquenoides

Erupções Liquenoides

Erupções Liquenoides

Erupções Liquenoides

Várias substâncias podem pro-vocar reações teciduais na muco-sa oral indistinguíveis às do lí-quen plano oral (7, 13, 15), sendo

denominadas erupções lique-noides ( Tabela VI). Embora se-melhantes, diferentemente do que ocorre no líquen plano ver-dadeiro, as erupções liquenoides desaparecem após a retirada do suposto agente causador (1, 7, 13). Por sua semelhança clínica, todos os pacientes portadores de líquen plano devem ser questio-nados sobre a utilização de me-dicamentos, especialmente por-que várias drogas associadas à s e r u p ç õ e s l i q u e n o i d e s s ã o utilizadas para controle e tra-tamento de condições crônicas em pacientes adultos, mesmo g r u p o e t á r i o a c o m e t i d o p e l o líquen plano.

Eritema Pigmentar Fixo

Eritema Pigmentar Fixo

Eritema Pigmentar Fixo

Eritema Pigmentar Fixo

Eritema Pigmentar Fixo

Algumas drogas utilizadas sis-temicamente têm a capacidade de produzir erupções pigmentadas eritematosas localizadas na muco-sa oral, em um quadro conhecido como eritema pigmentar fixo. Es-sas erupções fixas por drogas se manifestam clinicamente como alterações inflamatórias da muco-sa ou da pele que recorrem no mesmo lugar após nova adminis-tração do alérgeno (15). Essas ma-nifestações ocorrem com as doses usuais da medicação, enquanto a estomatite por contato ocorre de-vido a uma hipersensibilidade (1). As principais drogas associadas incluem ácido acetil salicílico, ampicilina, analgin, aurotiomala-to de sódio, barbitúricos, clorexe-dina, clorpromazina, codeína, co-trimoxazol, dapsona, fenacetina, fenazona, fenolftaleína, indome-tacina, lidocaína, meprobamato, mercúrio, ouro, paracetamol, pe-nicilamina, pirazolonas, salicila-tos, sulfonamidas e tetraciclina.

Estomatite de Contato

Estomatite de Contato

Estomatite de Contato

Estomatite de Contato

Estomatite de Contato

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Outras Estomatites

Outras Estomatites

Outras Estomatites

Outras Estomatites

Outras Estomatites

Estomatites de contato são reações nas quais a lesão da mucosa ocorre em uma região após o contato repetido com o agente causal. Esta forma de aler-gia parece resultar de uma com-binação do contato constante com proteínas das células epite-liais, alterando assim os antíge-nos e, por sua vez, induzindo a formação de anticorpos, usual-mente não circulantes, mas que produzem a reação antígeno-an-ticorpo usual (19). Podem ser agudas ou crônicas. Nas reações agudas a ardência é o sintoma mais frequente e a mucosa aco-metida apresenta uma área eri-tematosa suave ou brilhante, com ou sem edema. Podem sur-gir ulcerações superficiais, pru-rido, formigamento e edema (13). Em geral, a reação ao verdadeiro contactante não aparece imedi-atamente como acontece com as substâncias simplesmente irri-tantes, como os ácidos inorgâni-cos ou outros escarótiinorgâni-cos. Nos casos crônicos a mucosa afetada

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Gengivite Plasmocitária

Gengivite Plasmocitária

Gengivite Plasmocitária

Gengivite Plasmocitária

Gengivite Plasmocitária

Este quadro caracteriza-se por uma alteração inflamatória gen-gival em decorrência de uma re-ação de hipersensibilidade aos componentes de diversas subs-tâncias, incluindo gomas de mas-car, dentifrícios com ervas, balas de hortelã, pimentas e medica-mentos. A queixa principal é de dor na cavidade oral com início rápido e, ao exame clínico, ob-serva-se um aumento de volume difuso, eritematoso, brilhante e com perda do pontilhado nor-mal em toda a gengiva marginal

Glossite

Glossite

Glossite

Glossite

Glossite

Este é um termo inespecífico e heterogêneo que representa um quadro inflamatório da lín-gua, caracterizado por discreto edema e dor, desconforto e ar-dência de intensidade variáveis. Casos mais graves, associados a infecções e eventos traumáticos podem ocasionalmente vir acom-panhados de salivação, febre e lifadenomegalia regional (1, 21). Algumas substâncias têm sido associadas ao desenvolvimento de glossites, entretanto é essen-cial descartar outras possibilida-des diagnósticas, envolvendo especialmente desordens sistê-micas (anemias e hipovitamino-ses) e infecções locais (candido-ses) ( Tabela VII).

Língua Pilosa

Língua Pilosa

Língua Pilosa

Língua Pilosa

Língua Pilosa

As papilas filiformes linguais podem tornar-se alongadas com relativa frequência, na condição conhecida como língua pilosa, a qual pode tornar-se secundaria-mente pigmentada nas cores ne-gra, branca, amarela, castanha ou esverdeada, em virtude da depo-sição de corantes ou de microor-ganismos cromogênicos (21, 23). Esta condição pode ocorrer sub-sequentemente ao uso de drogas como amitriptilina, amoxicilina, benzitropina, cefalosporina, clari-tromicina, clomipramina, clonaze-pam, cloranfenicol, desipramina, esteróides, estreptomicina, fluoxe-tina, griseofulvina, imipramina, lansoprazol, maprotilina, metil-dopa, nortriptilina, penicilina, perborato de sódio, peróxido de sódio, sulfonamidas, tetraciclina,

Lúpus Eritematoso

Lúpus Eritematoso

Lúpus Eritematoso

Lúpus Eritematoso

Lúpus Eritematoso

Induzido por Drogas

Induzido por Drogas

Induzido por Drogas

Induzido por Drogas

Induzido por Drogas

Fatores ambientais e genéti-cos têm sido identificados como agentes etiológicos do lúpus eri-tematoso. Dentre os primeiros, certos agentes químicos, tinturas capilares, drogas, alimentos e infecções tem sido mencionados (15, 23). Parece que um aumento do número de células produto-ras de anticorpos resulta na ge-ração de anticorpos que reagem contra antígenos próprios e a perda da tolerância imunológi-ca parece ser fator chave no de-senvolvimento da doença. Algu-mas drogas, como hidralazina, procainamida e a D-penicilami-na induzem a uma reação sistê-mica positiva para anticorpos antinucleares (ANA) (16) e, com menos frequência, a uma síndro-me sesíndro-melhante ao lúpus erite-matoso. Neste último caso, em-bora haja comprometimento de múltiplos órgãos, é rara a presen-ça de doenpresen-ça renal e do sistema nervoso central (23), comuns no lúpus eritematoso convencio-nal. Além disso, em geral, o lú-pus eritematoso induzido por drogas sofre remissão após in-terrupção do suposto agente as-sociado (23). Outras drogas pos-sivelmente associadas incluem: anticonvulsivantes, beta blo-queadores, carbamazepina, clor-promazina, estreptomicina, etossuximida, griseofulvina, hi-dantoína, hidralazina, isoniazi-da, lisinopril, lítio, metildopa, nifedipina, ouro, penicilamina, piritinol, primidona, procaína, procainamida, quinidina, quini-na, reserpiquini-na, sulfonamidas, tiouracila e trimetadiona. está em contato com o agente

causal podendo estar eritemato-sa, esbranquiçada ou hipercera-tótica. Diversos produtos de uso diário, incluindo cremes dentais e compostos aromatizados com canela, podem causar eritema difuso com descamação do epi-télio oral (1, 13). Outras substân-cias podem incluir anestésicos tópicos, antibióticos, antissépti-cos, cosmétiantissépti-cos, esteróides tópi-cos, formalina e iodetos.

Outros medicamentos podem produzir outros quadros clínicos conhecidos como estomatites, nos quais há o surgimento de áreas eritematosas, erosivas e por vezes ulceradas, comumen-te múltiplas na cavidade oral, embora não exista consenso na literatura se essas reações são verdadeiramente reações de contato (21). Estes incluem: ami-triptilina, amoxicilina, bleomici-na, carbamazepibleomici-na, cetorolaco, cefalosporina, clorambucil, di-clofenaco, diflunisal, doxorrubi-cina, enalapril, eritromidoxorrubi-cina, lin-comicina, lovastatina, metotre-xato, nabumetona, naproxeno, nicotina, norfloxacino, nortripti-lina, penicinortripti-lina, piroxicam, sec-nidazol, telitromicina, tetracicli-na, triazolam, trimetropim.

e inserida. Pode haver extensão para o palato e áreas edêntulas tendem a apresentar alterações menos intensas (13).

tiotixeno, tramilcipromina (7,13). O tabagismo e a higiene oral de-ficiente podem agravar a con-dição (1).

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Pigmentação Oral e

Pigmentação Oral e

Pigmentação Oral e

Pigmentação Oral e

Pigmentação Oral e

Dentária

Dentária

Dentária

Dentária

Dentária

A pigmentação dos tecidos moles da cavidade oral pode ser tanto de natureza fisiológica como patológica, de origem exó-gena ou endóexó-gena. A história da alteração da pigmentação, assim como a investigação quanto ao histórico familiar, uso de medi-camentos, duração, grau de co-loração e distribuição das lesões são importantes para o diagnós-tico diferencial (11, 13, 23). A ad-ministração sistêmica, ou even-tualmente tópica, por períodos prolongados de determinadas drogas pode produzir áreas di-fusas multifocais de pigmentação oral (7, 13, 15, 23).

Mercúrio e bismuto quando

Mioesferulose

Mioesferulose

Mioesferulose

Mioesferulose

Mioesferulose

É uma reação de corpo estra-nho, única resultante do uso tó-pico de antibiótico com base de petrolato (vaselina) colocado em um sítio cirúrgico (alvéolo), na tentativa de evitar osteíte al-veolar (13). Microscopicamente, este tratamento resulta na forma-ção de espaços claros na área de cicatrização e na presença de eri-trócitos alterados que adquirem o aspecto de esférulas isoladas ou em grupo, confundidas com microorganismos grandes (19). Pode ocorrer em qualquer região no interior do tecido mole ou osso aonde o antibiótico tenha sido colocado. Essa reação pode ocorrer também após procedi-mento cirúrgico em que se te-nha usado gaze com petrolato, tetraciclina em pó ou curativos de polímeros. As características usualmente envolvem tumefa-ção na área envolvida e radio-transparência circunscrita em sítio de extração prévia, poden-do estar associada à drenagem purulenta

Osteíte Alveolar

Osteíte Alveolar

Osteíte Alveolar

Osteíte Alveolar

Osteíte Alveolar

O uso de anticoncepcionais (por exemplo, estradiol) tem sido associado ao aumento signifi-cante do risco de osteíte alveo-lar, após procedimentos cirúrgi-cos orais (por exemplo, a remo-ção de terceiros molares inclu-sos), e a probabilidade aumenta se existirem doses de estrogênio no anticoncepcional (1).

Osteonecrose

Osteonecrose

Osteonecrose

Osteonecrose

Osteonecrose

O infarto dos ossos e da medu-la óssea é remedu-lativamente comum e pode ocorrer na cavidade medu-lar das metáfises ou diáfises e na região subcondral das epífises. Os mecanismos que levam ao desen-volvimento de isquemia local in-cluem: interrupção vascular (fra-tura), trombose e embolia, lesão e compressão vascular (vasculite, radioterapia), hipertensão venosa e utilização de esteroides. Dentro

dos mecanismos mencionados, a necrose induzida por esteroides é a mais comum (4), especialmente em virtude do fato de que a dexa-metasona e a prednisona, à seme-lhança de outras drogas como a talidomida, a vincristina, a ciclo-fosfamida e o metotrexato possu-em efeitos antiangiogênicos por inibição do fator de crescimento vascular endotelial (14).

Mais recentemente (desde 2002), a associação entre o uso dos bisfosfonatos e uma forma pecu-liar de osteonecrose dos maxila-res também tem sido relatada. Es-ses medicamentos são potentes inibidores da rebsorção óssea sendo usualmente são adminis-trados a pacientes portadores de osteoporose e disseminação ós-sea de neoplasias malignas (10, 14). Esses pacientes apresentam risco maior para o desenvolvi-mento de áreas de necrose e ex-posição óssea, com dor e ulcera-ção da mucosa oral, eventualmen-te associados à infecção secundá-ria e, conseqüentemente, drena-gem purulenta. Dentro do grupo dos bisfosfonatos, três drogas apresentam risco maior: o alen-dronato de sódio, o pamialen-dronato e o ácido zolendrônico.

ingeridos ou inalados podem causar uma pigmentação linear ao longo da margem gengival (13). Antimaláricos, como a clo-roquina, a pirimetamina, a qui-nina, a quinacrina e a quinidina, também utilizados para o trata-mento do lúpus eritematoso e da artrite reumatoide, podem pro-mover o aparecimento de lesões maculares pigmentadas com bordas bem delineadas na mu-cosa oral (8, 23). Pigmentações periorais e intraorais podem ser observadas após a utilização de contraceptivos orais (7, 13, 16, 23), e pacientes portadores do vírus HIV fazendo uso de azido-timidina ou zidovudina podem apresentar lesões maculares cir-cunscritas ou difusas na mucosa oral (7, 13). O uso permanente de ouro pode também produzir uma ligeira pigmentação violá-cea da gengiva e antibióticos da classe das tetraciclinas, princi-palmente a minociclina, tem como efeito adverso o surgimen-to de lesões pigmentadas na pele e na mucosa oral (1, 23). Outras drogas associadas à pigmenta-ção oral incluem alcatrão, ami-odarona, amodiaquina, arsêni-co, bismuto, bleomicina, busul-fan, caroteno, cetoconazol, chumbo, ciclofosfamida, clofazi-mina, clorexedina, clorpromazi-na, cobre, doxorrubiciclorpromazi-na, enxo-fre, estrógeno, fenitoína, fenil-butazona, fenoftaleína, fenotia-zinas, ferro, fluorouracil, heroí-na, hidroxicloroquiheroí-na, isotreti-noína, manganês, mepacrina, metildopa, metotrexato, nicoti-na, nitrato de prata, talidomida, tálio, vanádio e zinco.

Além da pigmentação de par-tes moles, medicamentos podem também causar pigmentação dentária (7, 13, 21). A tetraciclina e suas homólogas têm afinidade seletiva para deposição nos

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Queilite

Queilite

Queilite

Queilite

Queilite

As queilites são inflamações dos lábios, em especial nas regi-ões de vermelhão e pele labial, as quais podem apresentar su-perfície eritematosa, ressecada, descamativa e fissurada. Estes quadros são usualmente doloro-sos e quase sempre estão asso-ciados à infecção por Candida e a xerostomia, possivelmente in-duzida por drogas (13). Drogas associadas a queilite incluem: atrovastatina, busulfan, cianoco-balamina, clofazimina, clomi-pramina, estreptomicina, indina-vir, isotretinoína, metildopa, pso-ralens, ritonavir, sais de ouro, saquinavir, sinvastatina, sulfasa-lazina, tetraciclina e vitamina A.

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patoge-Síndrome da

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Ardência Bucal

Ardência Bucal

Ardência Bucal

Ardência Bucal

Ardência Bucal

A síndrome da ardência bucal (estomatodinia, glossodinia) é uma condição complexa e multi-fatorial caracterizada pela sensa-ção que queimasensa-ção e desconfor-to na cavidade oral, percebida de forma mais marcante na língua, sem que sejam visualizadas alte-rações clínicas na cavidade oral. Alguns autores têm sugerido que alguns medicamentos podem predispor ao aparecimento da condição, muito embora outros sustentem que a redução do flu-xo salivar induzida por medica-mentos possa precipitar ou agra-var os sintomas (1, 15, 21). Outros componentes etiológicos inclu-em fatores psicogênicos, desequi-líbrios hormonais, deficiências de folato, ferro ou piridoxina, e reações de hipersensibilidade. Dentre os medicamentos associ-ados podemos citar: ácido nico-tínico, amitripilina, benzitropina, biperidina, buspirona, captopril, clonazepam, clorpropamida, cro-molin, enalapril, ergotamina, es-treptomicina, griseofulvina, hi-dralazina, iodeto de potássio, iso-niazida, levodopa, lisinopril, lí-tio, nitroglicerina, nitrofurantoí-na, penicilinitrofurantoí-na, propanolol, ticar-cilina, tolbutamina, triamtereno, triazolam e vitamina A.

sos e nos dentes, possivelmente pela formação de um complexo com iontes cálcio na superfície dos microcristais de hidroxiapa-tita (19). A porção do dente pig-mentada é determinada pela fase de desenvolvimento dentário na época da administração. Os den-tes afetados apresentam uma pigmentação castanho-acinzen-tada que é mais acentuada na época da erupção dos dentes (19). A clorexidina, um agente antibacteriano que reduz a for-mação de placa dentária, pode causar manchamento nos den-tes, mas esta pigmentação é con-siderada externa a superfície do esmalte (7). Outras drogas são também capazes de produzir pig-mentação dentária, tais como: albuterol, bismuto, cádmio, ci-profloxacino, clorpromazina, clortetraciclina, cobre, ferro, flúor, fluoreto estanhoso, isopro-terenol, manganês, mercúrio, minociclina, nitrato de prata, ni-trofurantoína, ouro, oxitetracicli-na, e tetraciclinas.

nético das reações vesículo-bo-lhosas a medicamentos ainda não foi esclarecido, mas diversas dro-gas, incluindo, por exemplo, este-roides inalatórios, têm sido asso-ciados a maior propensão no de-senvolvimento de bolhas na mu-cosa oral (1). Outras substâncias têm também produzido reações vesículo-ulcerativas (ou estoma-tites inespecíficas) na cavidade oral, especialmente agentes anti-neoplásicos e quimioterápicos. Vale ressaltar que cerca de 40% dos pacientes que fazem uso dessas medicações desenvolvem algum tipo de complicação bucal. Essas drogas possuem elevado grau de citotoxicidade destruindo as célu-las da mucosa como resultado da inibição mitótica, causando atro-fia epitelial e propiciando o apa-recimento de vesículas, bolhas e ulcerações. Esse quadro geral-mente inicia 4 a 7 dias após o tra-tamento quimioterápico e geral-mente caracteriza-se por eritema doloroso generalizado (7, 13). As principais drogas associadas a re-ações vesículo-bolhosas na cavi-dade oral são: barbitúricos, ben-zodiazepínicos, bleomicina, bro-metos, digitais, diuréticos, espiro-nolactona, fenilbutazona, fluorou-racil, gentamicina, ibersartana, in-dometacina, iodetos, meproba-mato, mercúrio, metildopa, peni-cilamina, piritinol, procaína, pro-panolol, sais de ouro, tiazida, e tolbutamina.

Outras reações podem lemb r a r c l í n i c a e m i c r o s c o p i c a -mente as vesículas e bolhas ca-racterísticas do pênfigo, sendo chamadas de pênfigo induzido por medicamentos ou reações medicamentosas semelhantes ao pênfigo. As drogas associa-d a s a e s t a s r e a ç õ e s i n c l u e m : alfa-mercaptopropionil, ampi-c i l i n a , ampi-c a p t o p r i l , ampi-c e f a l e x i n a , etambutol, fenilbutazona,

feno-barbital, glibenclamida, glicina, heroína, ibuprofeno, isoniazi-da, ouro, penicilamina, piriti-nol, piroxicam, practolol, pro-caína, propanolol, rifampicina e tiopromina (13, 15, 20).

De forma semelhante, algumas substâncias são capazes de produ-zir reações medicamentosas que lembram clínica e microscopica-mente o penfigóide e a doença por IgA linear, incluindo anti-inflama-tórios não esteroidais, penicilami-nas, penicilina, sulfonamidas e vancomicina (13, 15, 20).

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Ulceração e

Ulceração e

Ulceração e

Ulceração e

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M e d i c a m e n t o s tanto de uso sistêmi-co sistêmi-como de utilização tópica podem provo-car o aparecimento de lesões ulceradas na mucosa oral, prin-cipalmente quando utilizados de forma inadequada pelo pa-ciente ( Tabela VIII). Os materiais usados localmente incluem principalmente subs-tâncias irritantes ou cáusticas, muitas das quais empregadas pelo dentista em vá-rios procedimentos terapêuticos ou téc-nicos (19). Como exemplos podemos citar a aspirina utili-zada localmente, o perborato de sódio (utilizado largamen-te como colutório e em dentifrícios) e o fenol e o ácido triclo-roacético (utilizados como agentes cáusti-cos) (1, 19). Clinica-mente, as queima-duras da boca apre-sentam-se como áre-as de tecido necróti-co esbranquiçado re-cobrindo uma base de tecido conjuntivo exposto, frequente-mente acompanha-das de dor (19, 23).

Medicamentos de uso sistêmico, ainda que administrados corretamente, po-dem desencadear o surgimento de úlce-ras na cavidade oral, algumas das quais semelhantes a ulce-rações aftosas (1, 13, 15). Essa reação usu-almente não tem

base na alergia ou na sensibilidade, usualmente ocorrendo em virtude de superdo-sagem e podendo ser parte de uma reação epidérmica generalizada ou achado espe-cífico da boca (7, 13, 19). Outras, entretanto, possuem fundo anafilático, sendo pro-vocadas logo após a ingestão do medicamento, que ao entrar na circulação se liga aos complexos mastócito-IgE. Nesses casos, pode não ocorrer choque anafilático sistêmico, mas apenas alterações localizadas na cavidade oral (13). É importante ressaltar ainda que algumas alterações da medula óssea que produzem neutro-penia, tais como anemia aplásica, leucemias e neutropenia cíclica podem causar ulcerações na mucosa oral. Algumas substâncias são capazes de induzir leucopenia mediamentosa e devem ser incluídas em seu diagnóstico diferencial (23).

Tabela I. Drogas associadas à xerostomia, inibição da função ou alteração da composição salivar Acetaminofeno Albuterol Alprazolam Amitriptilina Anantadina Anfetaminas Anticolinérgicos Antidepressivos tricíclicos Antieméticos Anti-histamínicos Antineoplásicos Atropina Anti-histamínicos Astemizol Atenolol Beclometasona Benzodiazepínicos Beta-bloqueadores Budesonida Bumetanida Buspirona Cádmio Captopril Carbamazepina Carbidopa Cefaclor Cefadroxil Cefalexina Cefixime Cefuroxime Cetoprofeno Cetorolaco Chumbo Ciclobenzaprina Ciclosporina Ciprofloxacino Clemastina Clomipramina Clonazepam Clonidina Clorofeniramina Clorotiazida Cocaína Cromolin Descongestionantes Diazepam Diclofenaco Didanosina Diltiazem Disopiramida Diuréticos Dozapram Duloxetina Enalapril Escitalopram Escopolamina Esteróides inalatórios Etodolac Famotidina Fenilpropanolamina Fenitoína Fenotiazida Fexofenadina Fluoxetina Flurbiprofen Furosemida Gemfibrozil Gentamicina Guaifenesina Guanfacina Hidroclorotiazida Ibuprofeno Imipramina Indapamida Inibidores da serotonina Inibidores de proteases Inibidores do óxido nítrico Ipratrópio Isossorbida Isotretinoína Levodopa Lisinopril Lítio Lorazepam Lovastatina Metildopa Metoprolol Mianserina Milnaciprano Mitarzapina Moclobemida Morfina Nabumetona Nadolol Nefazona Nicotina Nifedipina Nitroglicerina Nizatidina Norfloxacino Nortriptilina Ofloxacina Olanzapina Omeprazol Ondansetron Paroxetina Penicilina Pentoxifilina Piretamida Piritinol Piroxicam Pramipexol Prednisona Proclorperazina Prometazina Propanolol Prazozina Reboxetina Reserpina Rilmenidina Rubídio Sertralina Sucralfato Temazepam Terazosin Terfenadina Tiabendazol Timolol Tramadol Tranilcipromina Triamterene Triancinolona Triazolam Verapamil Ziprazidona

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Conclusão

Conclusão

Conclusão

Conclusão

Conclusão

É fundamental dentro da prática odontológica o conhecimento das alte-rações e efeitos colaterais orais dos di-versos medicamentos utilizados por nossos pacientes e por nós prescritos. Devemos ter em mente que algumas al-terações da cavidade oral podem não significar uma patologia primária, mas sim secundária ao uso de medicamen-tos. A observação correta da

possibili-Tabela II. Drogas associadas ao aumento do fluxo salivar e sialorreia

Acarbose Acetaminofeno Acetazolamida Aciclovir Ácido etacrínico Albuterol Alendronato Alopurinol Alprazolam Amilorida Amiodarona Amitriptilina Amoxicilina Ampicilina Anfotericina Anlodipina Aspirina Atropina Atrovastatina Auranofina Azatioprina Baclofeno Bauranofina Beclometasona Benzitropina Biguanida Bleomicina Bromocriptina Buspirona Busulfan dade de sequela

as-sociada à terapia medicamentosa é essencial para o correto diagnóstico e manejo de cada uma das condições deste grupo. Ácido mefenâmico Alprazolam Amiodarona Betanecol Buspirona Canamicina Cetoprofeno Clozapina Diazoxida Divalproex Edrofonium Gentamicina Guanetidina Imipenem/Cilastatina Iodetos Ketamina Lamotrigina Levodopa Lisinopril Lítio Lorazepam Mercúrio Nindazol Nortriptilina Pentoxifilina Pilocarpina Risperidona Rivastigmina Succinilcolina Tacrina Tobramicina Venlafaxina Zaleplon

Tabela III. Drogas associadas ao desen-volvimento de ageu-sia, hipogeusia e dis-geusia Calcitonina Captopril Carbamazepina Carbimazol Carmustina Cefaclor Cefadroxil Cefalexina Cefalosporina Cefixime Ceftirizina Cefuroxime Celecoxib Cetoprofeno Cetorolaco Ciclobenzaprina Ciprofloxacino Ciproheptadina Cisplatina Citalopram Claritromicina Clidinium Clindamicina Clofazimina Clofibrale Clomipramina Clonazepam Clonidina Clorexedina Clorotiazida Clozapina Cocaína Codeína Colchicina Colestiramina Cotrimoxazol Cromolin Dacarbazina Dantroleno Deoxiciclina Desipramina Dexfenfluramina Diazepam Diazoxida Diciclomina Diclofenaco Dihidroergotamina Diltiazem Donepezila Dorzolamida Doxepina Doxorrubicina Enalapril Ertapeném Espironolactona Estreptomicina Etambutol Etidronato Famotidina Fenfluoramina Fenformina Fenilbutazona Fenitoína Fenindiona Fentanila Fitonadiona Flecainida Fluconazol Fluouracil Fluoxetina Flurazepam Fluvastatina Fluvoxamina Ganciclovir Gemfibrozil Gliburida Glipizina Granisetron Griseofulvina Guanfacina Hexetidina Hidroxicloroquina Hidroclorotiazida Idoxuridina Imipenem/Cilastatina Imipramina Indometacina Indinavir Inibidores da ECA Inibidores de Proteases Interferons Iodeto de potássio Isotretinoína Labetalol Lamotrigina Lansoprazol

Lauril sulfato de sódio

Leuprolia Levamiol Levodopa Lincomicina Linezolida Lisinopril Lítio Loratadina Lorazepam

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Àcido oxilínico Amantadina Ampicilina Antineoplásicos Azlocilina Aztreonan Benzonidazol Butazona Carbenicilina Cefoperazona Cefoxitina Cefuroxima Cidofovir Clindamicina Clonazepan Cloranfenicol Cloroquina Clozapina Cumarinas Diltiazen Dipirona Eflornitina Escitalopram Espironolactona Fenilbutazona Fenotiazidas Flucitocina Imunossupressores Interferon Isoniazida Lincomicina Linezolida Metildopa Metotrexato Mezlocilina Mitarzapina Nifurtimox Penicilina Piperacilina Pirimetamina Primaquina Rifabutina Rifampicina Rosoxacino Secnidazol Sulfonamidas Tazobactam Ticarcilina Utetimida Tabela IV. Drogas associadas ao desenvolvimento de discrasias san-guíneas

Tabela V. Drogas associadas ao aparecimento de eritema multiforme Ácido acetil salicílico

Ácido para-amino-salicílico Agentes alquilantes Alopurinol Amifenazol Amobarbital Amoxiciclina Ampicilina Clormezanona Cloroquina Losartana Lovastatina Maprotilina Mesalamina Metanfetamina Metformina Metimazol Metocarbamol Metoprolol Metotrexato Metronidazol Midazolam Minoxidil Naratriptan Nicotina Nifedipina Norfloxacino Nortriptilina Ofloxacina Olanzapina Omeprazol Pamidronato Penicilamina Penicilina Pentamidina Pentazocina Pentoxifilina Pergolida Perindopril Pilocarpina Pirimetamina Prednisona Procainamida Propafenona Propanolol Propantelina Propiltiouracil Quinidina Ranitidina Ribavirina Rifabutina Rifonavir Riluzole Risperidona Ritonavir Rivastigmina Sais de ouro Secnidazol Selegilina Sertralina Sinvastatina Sulfadoxina Sulfassalazina Sulfonamidas Sumatriptan Tabaco Tacrina Tamoxifeno Terbinafina Terbutalina Tetraciclina Timolol Tolazamida Tolbutamida Tolmetina Topiramato Tramadol Triamtereno Triancinolona Triazolam Trimipramina Vancomicina Venlafaxina Vinblastina Vincristina Zidovudina¨ Analgésicos Anticoncepcionais Antiepilépticos A n t i - i n f l a m a t ó r i o s não-esteroidais Antipirina Barbitúricos Butazona Carbamazepina Ciclofosfamida Ciprofloxacina Clindamicina Cloranfenicol Clorpromazina Clorpropamida Clozapina Codeína Cotrimoxazol Dapsona Diclofenaco

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Tabela VI. Drogas associadas ao aparecimento de erupções liquenoides orais Ginseng Pirimetamina Piroxicam Progesterona Ranitidina Rifampicina Ácido mefenâmico Amoxicilina Antidepressivos tricíclicos Anti-inflamatórios não-esteroidais Atrovastatina Benzodiazepínicos Bleomicina Captopril Carbamazepina Cefaclor Cefadroxil Cefalexina Cefalosporina Cefixime Ceftriazona Cefuroxime Ciclosporina Claritromicina Clomipramina Cloranfenicol Clorexedina Clorpropamida Doxepina Enalapril Etidronato Fluoxetina Fluvoxamina Gabapentina Hidroclorotiazida Imipenem/cilastatina Lansoprazol Lincomicina Mercaptopurina Metotrexato Metronidazol Nicotina Olanzapina Penicilamina Penicilina Rivastigmina Sais de Ouro Secnidazol Sertralina Sildenafil Sulfonamidas Tacrina Tetraciclina Traimtereno Triazolam Trihexifenidil Trimetroprim Venlafaxina Tabela VII. Drogas associadas ao aparecimento de glossite

Ácido para-aminosalicílico Alfa-metildopa

Alopurinol Amifenazol Anfotericina B

Anti-inflamatórios não esteroidais Arsenicais Beta bloqueadores Bismuto Captopril Carbamazepina Cetoconazol Cianamida Cimetidina Cinarazina Cloroquina Clorotiazida Clorpropamida Contraceptivos orais Dapsona Espironolactona Estreptomicina Fenclofenato Fenitoína Fenilbutazona Fenotiazinas Flunarazina Furosemida Hidrocloroquina Hidroclortiazida Hidroxicloroquina Hidroxiureia Inibidores da ECA Isoniazida Labitalol Levamisol Levopromazina Lítio Lorazepam Mepacrina Metildopa Metopromazina Oxiprenolol Paládio Penicilamina Pirimetamina Piritinol Practolol Procaína Propanolol Quinacrina Quinidina Quinina Sais de Ouro Sulfonilureia Tetraciclina Tiazidas Tolazamida Tolbutamina Tripolidina Valproato de sódio Diltiazen Enalapril Etambutol Estrogênio Fenilbutazona Fenitoína Fenobarbital Fenolftaleína Fenoprofeno Fenotiazina Fluconazol Glutetimida Hidantoína Hidralazina Ibuprofeno Iodetos Isoniazida Lítio Meprobamato Mercúrio Metaqualona Mitarzapina Metotrexato Minociclina Minoxidil Naproxeno Oxican Penicilamina Penicilina Pentobarbital Risperidona Sais de Ouro Sulfadoxina Sulfametoxazol Sulfonamidas Sulindaco Tetraciclina Tenoxican Tiacetasona Tolbutamida Trimetadiona Trimetoprima Vancomicina Verapamil Ziprazidona

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Ácido acetil-salicílico Alendronato Alopurinol Alprazolam

Anti-inflamatórios não esteroidais Antineoplásicos Aspirina Atrovastatina Azatiopurina Barbitúricos Bisfosfonatos Bleomicina Captopril Cetoprofeno Ciclosporina Citarabina Clonazepam Clorambucil Cloranfenicol Cloroquina Clorpromazina Cisplatina Codeína Disopiramida Doxorubicina Enalapril Ergotamina Eritromicina Estreptomicina Fenitoína Fenol Fluconazol Fluorouracil Fluoxetina Formol Ganciclovir Gentamicina Hidralazina Hidroxiuréia Ibersartana Ibuprofeno Imipramina Indinavir Indometacina Interferons Isoproterenol Lamotrigina Levamisol Lincomicina Lítio Losartana Melfalam Marcaptopurina Mesalamina Metimazol Metotrexato Metronidazol Mitomicina Naproxeno Nicorandil Nitrato de prata Olanzapina Pancreatina Panaquat Penicilamina Perborato de Sódio Peróxido de hidrogênio Piroxicam Olanzapina Penicilamina Penicilina Proguanil Prometazina Propanolol Propiltiouracil Quinidina Ritonavir Saquinavir Sais de Ouro Sertralina Sulfonamidas Terbutalina Tetraciclina Venlafaxina Vincristina Warfarin Zidovudina Tabela VIII. Drogas associadas ao aparecimento de ulceração e necrose na cavidade oral

Referências Bibliográficas

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Colutórios orais Cocaína

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Recebido em: 03/11/2008 Aprovado em: 03/12/2008 Fábio Ramôa Pires

Av. Alfredo Baltazar da Silveira, 580/cobertura – Recreio dos Bandeirantes

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Imagem

Tabela I. Drogas associadas à xerostomia, inibição da função ou alteração da composição salivar Acetaminofeno Albuterol Alprazolam Amitriptilina Anantadina Anfetaminas Anticolinérgicos Antidepressivos tricíclicos Antieméticos Anti-histamínicos Antineoplási
Tabela II. Drogas associadas ao aumento do fluxo salivar e sialorreia
Tabela V. Drogas associadas ao aparecimento de eritema multiforme Ácido acetil salicílico
Tabela VI. Drogas associadas ao aparecimento de erupções liquenoides oraisGinsengPirimetaminaPiroxicamProgesteronaRanitidinaRifampicina Ácido mefenâmico Amoxicilina Antidepressivos tricíclicos Anti-inflamatórios não-esteroidais Atrovastatina Benzodiazepíni

Referências

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