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Estudo da qualidade ecológica estuarina: macroinvertebrados bentónicos

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Academic year: 2021

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Dedico este trabalho à minha família, pelo apoio incondicional que sempre me deram.

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o júri

presidente Professora Doutora Filomena Maria Cardoso Pedrosa Ferreira Martins

Professora Auxiliar do Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro

Doutora Rosa de Fátima Lopes de Freitas

Investigadora Auxiliar da Universidade de Aveiro

Professora Doutora Ana Maria de Jesus Rodrigues

Professora Auxiliar do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro

Professor Doutor Victor Manuel dos Santos Quintino

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agradecimentos A conclusão deste projecto traduz o culminar de um longo processo de trabalho e, sobretudo vontade de acreditar sempre que era possível a sua realização.

Agradeço a todos os que me apoiaram neste percurso e contribuíram para a realização deste trabalho.

Aos meus orientadores, a Professora Ana Maria de Jesus Rodrigues e o Professor Victor Manuel dos Santos Quintino, pelo apoio e orientação indispensáveis para levar a bom porto este trabalho.

Ao Ministério das Pescas de Moçambique pela bolsa de estudo.

Ao Amade Mahamudo e Filipe Massingue pelo esforço em tornar possível a minha bolsa.

Ao Leandro Sampaio e Fernando Ricardo pela ajuda na identificação dos macroinvertebrados bentónicos.

Aos colegas de laboratório Leandro, Fernando, Roberto, Élio, Adília, Marta, Renato e Patrícia, pela disponibilidade e conhecimentos transmitidos.

Aos meus compatriotas, pelos momentos partilhados.

A todos aqueles que me têm acompanhado ao longo do meu trajecto de vida, e que de várias formas contribuíram também eles, para que esta realização fosse possível.

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palavras-chave Qualidade ecológica, Macroinvertebrados, Estuários, Portugal.

resumo Este trabalho tem como objectivo a caracterização das comunidades de

macroinvertebrados bentónicos dos estuários do Neiva, Ave, Cávado, Douro e Ria de Aveiro, a avaliação do seu estado da qualidade ecológica e a variabilidade desta classificação em função da malha do crivo utilizado (1 mm e 0,05 mm). A caracterização das comunidades foi efectuada através da identificação das espécies e do estudo de variáveis como a riqueza específica, abundância e identificação de grupos de afinidade faunística. A avaliação do estado de qualidade ecológica foi essencialmente efectuada através da análise de índices uni e multivariáveis.

Foram registados 142 taxa (na maioria dos casos, espécies) em 33498 indivíduos. O estuário do Douro foi o que apresentou o maior número de taxa (85). Os mais comuns e abundantes em todos os estuários foram: Nematoda n.i., Nemertea n.i., Streblospio shrubsolii, Capitella sp. (excepto Neiva), Clitellata n.i., Hediste diversicolor (excepto Ave). A comunidade situada, nos vários estuários, na proximidade da embocadura foi a que apresentou maior riqueza em taxa. Os resultados obtidos com crivos de malha 1mm e 0,5mm mostraram diferenças significativas para os índices A, S, d, H’, J’ e (1-λ’) (p <0,05; p <0,01 dependendo do local). O estado de qualidade ecológica dos estuários variou ao longo do gradiente estuarino sendo que as amostras com valores baixos de riqueza específica obtiveram níveis de classificação mais baixos. No geral, o tamanho da malha do crivo não influenciou a classificação do estado de qualidade ecológica

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keywords Ecological quality status, Macroinvertebrates, Estuaries, Portugal.

abstract This study characterizes the benthic macrofauna communities in five estuaries from de North of Portugal, namely Neiva, Cávado, Ave, Douro and Aveiro and assesses their ecological quality status using a range of univariate and multivariate indices. The macrofauna communities were characterized using 1mm and 0.5mm mesh sieves. A total of 33498 specimens belonging to 142 species were identified. The species Nematoda n.i., Nemertea n.i., Streblospio

shrubsolii, Capitella sp. (except in Neiva), Clitellata n.i. and Hediste diversicolor

(except in Ave) were the most common and abundant. Furthermore, species richness shifted along the estuarine gradient, from high (downstream) to low (upstream). The indices A, S, d, H’, J’, (1-λ) showed significant differences between sieve mesh size for the same location (p <0.05; p <0.01). In general, the samples with lower species richness were also classified with the lowest ecological quality status. The change in sieve mesh size did not influence the global pattern of the estuaries ecological quality status.

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1.1. Considerações Gerais ... 1

1.2. Directiva Quadro da Água ... 3

1.3. A Importância dos Invertebrados Bentónicos Para Estudos Ecológicos ... 3

1.4. Aspectos Gerais de Alguns Estuários do Norte de Portugal à Considerar Neste Estudo ... 6 1.4.1. Estuário do Neiva ... 6 1.4.2. Estuário do Cávado ... 7 1.4.3. Estuário do Ave ... 7 1.4.4. Estuário do Douro ... 8 1.4.5. Estuário de Aveiro ... 9 2. Objectivos ... 10 3. Métodos ... 10

3.1. Amostragem e Área de Estudo ... 10

3.2. Análise dos Dados ... 13

3.2.1 A matriz de dados ... 13

3.2.2 Análise Multivariável ... 13

3.2.3 Analise Univariável ... 14

4. Resultados ... 15

4.1. Caracterização das comunidades de macrofauna bentónica ... 15

4.1.1 Todos os estuários (malha de 0,5 mm) ... 15

4.1.2 Todos os estuários (malha de 1 mm) ... 16

4.1.3 Estuário do Rio Neiva (malha de 0,5 mm) ... 17

4.1.4. Estuário do Rio Neiva (malha de 0,1 mm) ... 20

4.1.5. Estuário do Rio Cávado (malha de 0,5mm). ... 21

4.1.6. Estuário do Rio Cávado (malha de 1mm) ... 25

4.1.7. Estuário do Rio Ave (malha de 0,5mm). ... 26

4.1.8. Estuário do Rio Ave (malha de 1mm) ... 30

4.1.9. Estuário do Rio Douro (malha de 0,5mm) ... 31

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4.1.11. Ria de Aveiro (malha de 0,5 mm) ... 36

4.1.12. Ria de Aveiro (malha de 1mm) ... 40

4.2. Análise comparativa entre as malhas de 0,5mm e 1mm ... 41

4.3. Qualidade Ecológica ... 43

5. Discussão ... 51

6. Conclusão ... 54

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Figura 1 – Localização dos estuários em estudo no contexto de Portugal. Para cada sistema, são apresentados os locais de amostragem. ... 12 Figura 2 - Diagrama de ordenação resultante da análise da matriz dos dados biológicos sobreposto a riqueza específica (S; no de espécies/ 0,1m2) de todos os estuários para a malha de 0,5 mm. ... 15 Figura 3 - Diagrama de ordenação resultante da análise da matriz dos dados biológicos sobreposto a riqueza específica (S; no de espécies/ 0,1m2) de todos os estuários para a malha de 1 mm. ... 17 Figura 4 - Diagrama de classificação e de ordenação resultante da análise da matriz dos dados biológicos do estuário do Rio Cávado e a localização espacial dos grupos no estuário. ... 22 Figura 5 - Diagrama de classificação e de ordenação resultante da análise da matriz dos dados biológicos do Estuário do Rio Ave e a localização espacial dos grupos no estuário. ... 27 Figura 6 - Diagrama de classificação e de ordenação resultante da análise da matriz dos dados biológicos do estuário do Rio Douro e a localização espacial dos grupos no estuário. ... 32 Figura 7 - Diagrama de classificação e de ordenação resultante da análise da matriz dos dados biológicos do estuário da Ria de Aveiro e a localização espacial dos grupos no estuário. ... 37 Figura 8 - Diagrama de ordenação resultante da análise dos dados de classificação do Estado de Qualidade Ecológica (EcoQ) da malha de 0,5mm. .... 44 Figura 9 - Diagrama de ordenação resultante da análise dos dados de classificação do Estado de Qualidade Ecológica (EcoQ) da malha de 1mm. ... 44

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Espécies amostradas no Estuário do Rio Neiva. ... 18  Tabela 2 - Caracterização dos locais de amostragem do Estuário do Rio Neiva (malha de 0,5 mm).. ... 19  Tabela 3 - Caracterização dos locais de amostragem do Estuário do Rio Neiva (malha de 0,1 mm). ... 20  Tabela 4 - Grupos de afinidade e respectivos taxa característicos (Estuário do Cávado). ... 23  Tabela 5 - Características dos grupos de afinidade evidenciados no Estuário do Rio Cávado (malha de 0,5 mm).. ... 24  Tabela 6 - Características dos grupos de afinidade evidenciados no Estuário do Rio Cávado (malha de 1mm).. ... 26  Tabela 7 - Grupos de afinidade e respectivos taxa característicos (Estuário do Ave).. ... 28  Tabela 8 - Características dos grupos de afinidade evidenciados no Estuário do Rio Ave (malha de 0,5 mm). ... 29  Tabela 9 - Características dos grupos de afinidade evidenciados no Estuário do Rio Ave (malha de 1mm). ... 31  Tabela 10 - Grupos de afinidade e respectivos taxa característicos (Estuário de Douro). ... 33  Tabela 11 - Características dos grupos de afinidade evidenciados no Estuário do Rio Douro (malha de 0,5 mm).. ... 34  Tabela 12 - Características dos grupos de afinidade evidenciados no Estuário do Rio Douro (malha de 1mm).. ... 36 

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Tabela 13 - Grupos de afinidade e respectivos taxa característicos (Ria de Aveiro). ... 38  Tabela 14 - Características dos grupos de afinidade evidenciados no Estuário da Ria de Aveiro (malha de 0,5 mm). ... 40  Tabela 15 - Características dos grupos de afinidade evidenciados no Estuário da Ria de Aveiro (malha de 1mm).. ... 41  Tabela 16 - Resultados da análise PERMANOVA para o teste global (estuário do Cávado). df - graus de liberdade; SS - soma de quadrados; MS - variância; p - nível de significância (n.s. = não significativo). ... 42  Tabela 17 - Valores para a estatistica - t para a análise pairwise em cada local do estuário do Cávado.(A) abundância; (H’) Índice Shannon- Wiener. ... 43  Tabela 18 - Estado de qualidade ecológica do Estuário do Rio Neiva (malha de 0,5 mm) ... 46  Tabela 19 - Estado de qualidade ecológica do Estuário do Rio Neiva (malha de 0,1 mm) ... 46  Tabela 20 - Estado de qualidade ecológica do Estuário do Rio Cávado (malha de 0,5 mm) ... 47  Tabela 21 - Estado de qualidade ecológica do Estuário do Rio Cávado (malha de 1 mm). ... 47  Tabela 22 - Estado de qualidade ecológica do Estuário do Rio Ave (malha de 0,5 mm) ... 48  Tabela 23 - Estado de qualidade ecológica do Estuário do Rio Ave (malha de 1 mm). ... 48  Tabela 24 - Estado de qualidade ecológica do Estuário do Rio Douro (malha de 0,5 mm) ... 49 

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Tabela 25 - Estado de qualidade ecológica do Estuário do Rio Douro (malha de 1 mm) ... 49  Tabela 26 - Estado de qualidade ecológica do Estuário da Ria de Aveiro (malha de 0,5 mm). ... 50  Tabela 27 - Estado de qualidade ecológica do Estuário da Ria de Aveiro (malha de 1 mm) ... 50 

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1. Introdução

1.1. Considerações Gerais

As zonas costeiras, em particular os estuários, são ecossistemas bastante produtivos e possuem condições favoráveis ao desenvolvimento de vários projectos socioeconómicos que podem promover perturbações e, consequentemente, impactes negativos (Bald et al., 2005). Presentemente, os estuários enfrentam muitos problemas ecológicos provocados por factores naturais (ex., deposição atmosférica, águas de escorrência) ou antropogénicos (ex., pesca, introdução de novas espécies, extracção de minérios, transporte fluvial ou marítimo, descargas industriais e municipais, agricultura e piscicultura) (Mucha et al., 2003; Borja et al., 2009), que se podem reflectir negativamente na biodiversidade e por tal na estrutura e funcionamento desses ecossistemas (Borja

et al., 2009). Um dos problemas ambientais que tem merecido atenção da

comunidade científica é o efeito do enriquecimento orgânico dos sedimentos, resultante da descarga de sistemas de esgotos urbanos e industriais e resíduos de aquacultura. Estes resíduos vão passar por processos de decomposição que envolvem nomeadamente populações de microorganismos levando a alterações fisico-quimicas do meio, que se reflectem sobre as comunidades de macroinvertebrados. Em 1978, Pearson e Rosenberg desenvolveram um modelo da resposta dos sedimentos e das comunidades de macrofauna face a enriquecimento orgânico . Assim, de acordo com este modelo, os sedimentos mais próximos da região onde se encontra a fonte do enriquecimento encontram-se desprovidos de macrofauna bentónica. Contudo, à medida que encontram-se afasta desta região, as espécies que aparecem são poucas e pequenas. Um pouco mais distante da área mais enriquecida, o número de espécies aumenta, primeiro lentamente mas depois de passar o ponto ecótono aumenta mais rapidamente até atingir o seu máximo. Este número volta a reduzir até ao estado não perturbado. A abundância aumenta drasticamente na região próxima da primeira comunidade pobre em espécies devido a abundância da população das espécies oportunistas. O número de indivíduos desta comunidade rica em abundância, reduz

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Estudo da Qualidade Ecológica Estuarina : Macroinvertebrados Bentónicos

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rapidamente até ao ponto ecótono à medida que aumenta a distância à fonte de matéria orgânica. Após o ecótono, a abundância diminui até à área das condições normais. O padrão geral da alteração da biomassa ao longo do gradiente do enriquecimento orgânico tem uma outra característica. Existe um pico inicial de biomassa que corresponde a abundancia máxima das espécies oportunistas que antecede a redução da biomassa no ecótono. Depois, a biomassa aumenta até ao segundo máximo como consequência da variedade das espécies maiores que se encontram, finalmente diminui na comunidade da região não perturbada.

Neste gradiente de enriquecimento orgânico, o ecótono é definido como a zona de transição onde se encontra uma comunidade pobre em espécies, abundância e biomassa. No lado mais contaminado deste ponto, a comunidade é composta por poucas espécies oportunistas tolerantes ao enriquecimento orgânico. No lado menos contaminado, transita-se entre diferentes organismos que gradualmente se aproximam da composição da comunidade num ambiente não enriquecido. A comunidade no ponto ecótono é composta por espécies das comunidades dos dois lados adjacentes (Pearson e Rosenberg, 1978).

No entanto, o efeito da perturbação nos estuários é muitas vezes complexo, uma vez que a dinâmica física, bem como, as condições químicas e geológicas podem dificultar a distinção entre os impactos antropogénicos e naturais sobre a integridade do biota estuarino (Gaston et al., 1998; Mucha et al., 2003). Por outro lado, a estrutura da comunidade estuarina também muda continuamente em várias escalas temporais e espaciais, de acordo com os gradientes naturais e antropogénicos (Rakocinski et al., 1997).

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1.2. Directiva Quadro da Água

Com o objectivo de contribuir para a resolução de problemas relacionados com a degradação dos sistemas aquáticos induzida pelas actividades humanas, a Directiva Quadro da Água da União Europeia (DQA 2000/60/EC), propôs um plano ambicioso, que inclui a protecção, melhoramento e restauração de todos os corpos de água (exemplo, águas costeiras e de transição), de forma a obter um bom estado da qualidade da água em 2015.

A DQA desenvolveu o conceito de Estado de Qualidade Ecológica (EcoQ) definindo cinco classes (Elevada, Boa, Moderada, Pobre e Má) para a avaliação da qualidade biológica dos corpos de água pelos países membros. O EcoQ terá como base o estado de elementos de qualidade, hidromorfológicos, físico-químicos e biológicos, com particular destaque para os últimos. Nas águas costeiras e de transição, os elementos biológicos a serem considerados são o fitoplâncton, as macroalgas, os macroinvertebrados bentónicos e os peixes (este último apenas em águas de transição) (EU, 2000).

1.3. A Importância dos Invertebrados Bentónicos Para Estudos Ecológicos

No desenvolvimento de protocolos para a avaliação da integridade biológica, a abundância e composição das espécies de macroinvertebrados bentónicos é o componente biótico do ecossistema aquático mais enfatizado, uma vez que as comunidades macrobentónicas respondem de forma relativamente previsível a alterações do meio (Pearson e Rosenberg, 1978).

Várias características fazem com que os organismos macrobentónicos sejam indicadores úteis e apropriados para avaliar as alterações e o impacto dos

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contaminantes no ambiente. Várias espécies de macroinvertebrados são presas de outras espécies com importância comercial ou são elas próprias recursos directamente explorados comercialmente (Reiss e Kröncke, 2005). O facto dos macroinvertebrados bentónicos viverem no sedimento e serem relativamente sedentários, consequentemente incapazes de evitar condições desfavoráveis, faz com que reflictam as mudanças no ambiente causadas por perturbações naturais e antropogénicas (Pearson e Rosenberg, 1978; Dauer, 1993). A sua vida longa e os seus estilos de vida, nomeadamente as estratégias alimentares, fazem-nos integrar a qualidade de água e dos sedimentos ao longo do tempo funcionando como laboratórios de campo que integram em permanência as alterações do meio (Dauer, 1993; Reiss e Kröncke, 2005). As diferentes características biológicas das espécies de macroinvertebrados fazem com que o seu grau de sensibilidade/ tolerância ao stress, particularmente ao enriquecimento orgânico, seja diferente e daí poderem ser classificadas em diferentes grupos de acordo com essa sua sensibilidade ou tolerância (Pearson e Rosenberg, 1978; Borja et al., 2000).

Desta forma, perturbações nos ecossistemas podem provocar alterações na riqueza em espécies, abundância de indivíduos e biomassa bem como na composição (proporção de espécies tolerantes ou sensíveis ao stresse) e na estrutura trófica ou funcional da comunidade bentónica (e.g. Pearson e Rosenberg, 1978; Warwick et al., 1987; Rosenberg et al., 2004; Reiss e Kröncke, 2005). Assim, a análise da variabilidade destes indicadores permite-nos um diagnóstico de qualidade dos ecossistemas.

Com base nestes indicadores biológicos, foram desenvolvidos índices que podem ser utilizados para avaliar a qualidade ecológica dos ecossistemas e dar resposta às exigências da DQA.

A medida de diversidade mais usada é o índice de diversidade de Shannon-Wiener (H’) (Shannon e Weaver, 1963) que mede o grau de incerteza em prever a que espécie pertencerá um indivíduo escolhido ao acaso de uma amostra com S espécies e N indivíduos. Quanto maior for a diversidade maior o valor do índice.

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Outras medidas univariáveis usualmente empregues são os índices de : (i) Simpson (1-λ’), que é um índice de dominância que reflecte a probabilidade de dois indivíduos escolhidos ao acaso na comunidade pertencerem à mesma espécie. Varia entre 0 e 1 e quanto mais alto for o valor, maior a probabilidade de os indivíduos serem da mesma espécie, ou seja, maior a dominância e menor a diversidade; (ii) Margalef (d), é uma medida do número de espécies presentes para um determinado número de indivíduos; (iii) equitabilidade de Pielou, que está relacionado com o índice de diversidade de Shannon-Wiener e mede a dominância, ou seja a uniformidade da distribuição dos indivíduos entre as espécies existentes (Clarke e Warwick, 2001).

O número total de espécies (S), abundância em indivíduos (A), biomassa total (B), abundância por espécie (A/S) e a biomassa por indivíduo (B/A) são usados na interpretação das respostas dos organismos bentónicos face a enriquecimento orgânico (Pearson e Rosenberg, 1978).

Em adição aos métodos univariáveis, os multivariáveis, como por exemplo, os métodos de classificação e ordenação, mostram ser uma ferramenta importante na avaliação e monitorização dos efeitos antropogénicos nas comunidades bentónicas (Muniz et al., 2005).

Actualmente, o interesse sobre os índices bióticos com base nos macroinvertebrados bentónicos tem aumentado devido sobretudo à DQA. Borja et al (2000), propuseram a adopção do índice AMBI (AZTI’s Marine Biotic Index) usando os organismos macrobentónicos como bio-indicadores. A aplicação deste índice implica a classificação das espécies em cinco grupos ecológicos (GI-GV), variando o índice numa escala de 0 (não contaminado) a 7 (extremamente contaminado) (Borja et al., 2000). O coeficiente biótico é obtido baseado na atribuição de grupos ecológicos às espécies de acordo com sua sensibilidade ao enriquecimento orgânico: (I) espécies sensíveis ao enriquecimento orgânico, presentes em condições não poluídas; (II) espécies indiferentes ao enriquecimento, sempre em baixas densidades, com variações não significativas com o tempo; (III) espécies tolerantes ao excesso de enriquecimento de matéria orgânica; (IV) espécies oportunistas de segunda ordem, principalmente poliquetas

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de pequeno porte; (V) espécies oportunistas de primeira ordem (Borja et al., 2000). Em 2007, Muxika e colaboradores, englobaram o AMBI, a riqueza em espécies e o índice de Shannon-Wiener, num índice multimétrico, o M-AMBI. Quer o AMBI, quer o M-AMBI podem ser calculados recorrendo ao programa disponibilizado em www.azti.es. Para calcular o índice tem de ser introduzida a matriz das espécies e conforme a espécie, é atribuído ou não um determinado grupo ecológico. Para relacionar o valor do M-AMBI com as classes da DQA têm de ser estabelecidos limites ao valor do índice, relativos às classificações de Mau, Pobre, Moderado, Bom e Excelente (Muxika et al., 2007).

1.4. Aspectos Gerais de Alguns Estuários do Norte de Portugal à Considerar Neste Estudo

1.4.1. Estuário do Neiva

O rio Neiva nasce no monte Oural, em Portugal, a mais de 700 m de altitude. O seu percurso é de cerca de 45 km. O rio desagua no oceano Atlântico em Castelo do Neiva, cerca de 8 km para sul da cidade de Viana do Castelo. Ao longo do seu percurso, recebe vários afluentes como o ribeiro de Ameda, o ribeiro do Souto e outros de menor dimensão que recolhem águas do monte Oural confluindo todos na margem direita do rio Neiva, no troço a montante de “Duas Igrejas”. Destacam-se ainda o ribeiro de Milhãos na margem direita e o ribeiro de Cornico na margem esquerda. A sul de Capareiros corre o ribeiro dos Reis Magnos, afluente na margem direita do rio Neiva, na zona de Aldreu (INAG, 1999)

Estudos sobre a macrofauna bentónica no estuário do Neiva são inexistentes.

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1.4.2. Estuário do Cávado

O rio Cávado nasce em Portugal na Serra do Larouco e percorre uma extensão de 135 km até desaguar em Esposende. O rio Cávado possui diversos afluentes, entre os quais se destacam o rio Homem na margem direita, e o rio Rabagão, na margem esquerda (INAG, 2000b)

O estuário do Cávado com uma área natural de cerca de 6 hectares, está limitado a Sul pela restinga e a Norte pela cidade de Esposende. A área natural localizada na margem sul inclui bancos de areia, sapais, juncais e ilhas. Várias comunidades de invertebrados, larvas e juvenis de peixes estão associadas à vegetação que ocorre no sapal fazendo que com esta área tenha elevada biodiversidade. O sapal proporciona zonas de refúgio e de alimentação para esses organismos. Contudo, o recuo da restinga no sentido do continente tem reduzido as áreas de sapal, o que prejudica toda a comunidade biológica do estuário do Cávado (INAG, 2000b).

Estudos relacionados com a macrofauna bentónica efectuados neste estuário são limitados. No estudo realizado por Carvalho (2010), foram registados 64 taxa, sendo mais frequentes Hediste diversicolor, Neomysis integer, Chaetogammarus stoerensis, Crangon crangon e Pomatoschistus microps.

1.4.3. Estuário do Ave

A bacia hidrográfica do rio Ave localiza-se no norte de Portugal, na região do Baixo Minho. A Bacia é composta por uma área de cerca de 1390 km2, na qual estão inseridas as bacias do rio Este e a do rio Vizela e ainda duas faixas costeiras, uma a norte e outra ao sul, com áreas de cerca de 3,4 e 64 kms2 respectivamente (INAG, 2000a). A água do Rio Ave percorre cerca de 100 km desde a sua nascente na Serra da Cabreira, a 1260 m de altitude, até à foz, em

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Estudo da Qualidade Ecológica Estuarina : Macroinvertebrados Bentónicos

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Vila do Conde. Os seus principais afluentes são, o Rio Vizela na margem esquerda, e o rio Este na margem direita (INAG, 2000a).

O sector têxtil fortemente implantado nesta região, liberta descargas de efluentes, contribuindo de forma determinante para a deterioração da qualidade da água. Esta situação pode resultar em água imprópria para vários usos: consumo humano, utilização industrial, usos recreativos, pesca e irrigação, representando, deste modo, um perigo grave para a saúde pública (Oliveira et al., 2006).

1.4.4. Estuário do Douro

O rio Douro nasce na serra de Urbion (Cordilheira Ibérica) e percorre uma extensão de cerca de 927 km, dos quais 597 km em território espanhol, seguidamente serve de fronteira ao longo de 122 km, sendo os últimos 208 km percorridos em Portugal. O estuário actual abrange uma extensão de 21,6 km, desde a Barragem de Crestuma-Lever à restinga do Cabedelo, e apresenta uma largura e profundidade média de 376 m e 6 m, respectivamente. A intrusão salina varia ao longo do ano, condicionada pelo caudal fluvial e amplitude de maré, podendo chegar a 18 km de distância da barra para caudais de 200 m3/s (Vieira e Bordalo, 2000; Bettencourt, 2003).

Vários são os problemas enfrentados pelo estuário do rio Douro, desde dispersão de matéria orgânica, nutrientes e coliformes fecais descarregados pelos esgotos urbanos, a metais pesados de origem industrial (Bettencourt, 2003). A importância do rio Douro reflecte-se nos vários estudos já realizados envolvendo os macroinvertebrados (e.g. Mucha e Costa, 1999; Mucha et al., 2003; Oliveira e Cortes, 2006; Varandas e Cortes, 2010).

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1.4.5. Estuário de Aveiro

A Ria de Aveiro é um complexo estuarino que recebe água dos rios Vouga, Antuã, Caster e Boco. Destes, o rio Vouga (50 m3.s-1 fluxo médio) contribui com mais de 50% da água doce que chega à Ria (Dias et al., 1999). A Ria é formada por quatro canais principais - o canal de S. Jacinto/Ovar, de Mira, do Espinheiro e de Ílhavo - que se ramificam em esteiros que circundam inúmeras ilhas.

A Ria comunica com o oceano Atlântico através de um canal artificial, a barra de Aveiro, fixada em 1808. Este canal tem uma profundidade geralmente baixa que vai até aos 20 m na embocadura, uma largura de 350 m e 1.3 km de comprimento máximo. A Lagoa tem comprimento (Norte-Sul) e largura (Este-Oeste) máxima de 10 e 45 km respectivamente e uma profundidade média de 1m (Dias et al., 1999).

A Ria de Aveiro é um ecossistema com elevada sensibilidade ambiental, servindo de habitat para várias espécies de flora e fauna, possui vários recursos naturais de elevado interesse económico e uma importante diversidade ecológica. Devido às suas características, ao longo dos seus canais se têm vindo a desenvolver aglomerados urbanos e muitas actividades económicas, nomeadamente piscatórias, portuárias, industriais e turísticas (Rodrigues et al., 2009). Nas últimas décadas, estas actividades têm reduzido a qualidade ecológica da Ria (Lopes e Silva, 2006). A Ria constitui, ainda, um local preferencial para actividades de recreio e lazer para a população em geral (Lopes, 2008).

Vários estudos envolvendo os macroinvertebrados foram realizados neste local (e.g. Rodrigues et al.; Moreira et al., 1993; Nunes et al., 2008)

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Estudo da Qualidade Ecológica Estuarina : Macroinvertebrados Bentónicos

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2. Objectivos

Este trabalho tem como objectivo principal a caracterização das comunidades de macrofauna bentónica dos estuários dos rios Neiva, Ave, Cávado, Douro e Ria de Aveiro bem como a avaliação do seu Estado da Qualidade Ecológica, através da aplicação de índices bióticos baseados nos macroinvertebrados bentónicos. Far-se-á ainda uma avaliação da influência do tamanho da malha do crivo na caracterização das comunidades bem como na avaliação do Estado da Qualidade Ecológica. Este estudo inseriu-se no projecto EEMA - Avaliação do estado ecológico das massas de água costeiras e de transição e do potencial ecológico das massas de água fortemente modificadas, projecto coordenado pelo Instituto Nacional da Água (INAG) com vista ao cumprimento da Directiva Quadro da Água.

3.

Métodos

3.1. Amostragem e Área de Estudo

O presente estudo desenvolveu-se nos estuários dos rios Neiva, Cávado, Ave, Douro e Ria de Aveiro, localizados na região Norte de Portugal (Fig. 1).

A amostragem decorreu nos dias 1, 2 e 3 de Setembro de 2009 no caso dos estuários dos rios Ave, Douro, e Cávado, e a 14 e 24 de Abril de 2010 na Ria de Aveiro e no rio Neiva, respectivamente.

As colheitas de sedimento para o estudo dos macroinvertebrados foram efectuadas com um amostrador de sedimento, draga van Veen, de área de amostragem de 0,1 m2. Em cada local foram recolhidas 3 réplicas que foram

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~ 11 ~

lavadas no local sobre um crivo com malha de 0,5 mm. O material retido no crivo foi recolhido em caixas plásticas previamente identificadas e preservado em formol, neutralizado com bórax, a 4%. Em laboratório as amostras foram coradas com Rosa de Bengal e lavadas sobre crivos com 1 mm e 0,5 mm de malha, numa hotte com extracção forçada, para remover o fixador e os sedimentos finos ainda existentes.

O material retido nos dois crivos foi submetido a triagem e os indivíduos recolhidos foram separados em grandes grupos taxonómicos (Anelídeos, Equinodermes, Crustáceos e Moluscos), e conservados em álcool a 70% em tubos plásticos previamente identificados. Posteriormente, procedeu-se à identificação dos indivíduos recolhidos e à sua contagem por espécie. A identificação dos animais foi efectuada, sempre que possível, até à espécie, recorrendo a lupas binoculares e/ou microscópio óptico e a bibliografia adequada para cada grupo taxonómico.

De modo a poder analisar-se o efeito da malha do crivo, todo este procedimento foi efectuado separadamente para o material retido no crivo de 1 mm e de 0,5 mm.

Foram ainda utilizados dados da granulometria e do potencial redox do sedimento, da salinidade na preia-mar (HT) e baixa-mar (LT), disponibilizados pelo IPIMAR (Instituto de Investigação das Pescas e do Mar) no âmbito do projecto EEMA.

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Figu cada ura 1 – Loc a sistema, calização d são apres Estudo da Q dos estuári entados os Qualidade Eco

~ 12 ~

ios em est s locais de ológica Estuar

~

udo no con e amostrag rina : Macroin ntexto de P gem. nvertebrados B Portugal. P Bentónicos Para

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~ 13 ~

3.2. Análise dos Dados

3.2.1 A matriz de dados

Os dados biológicos correspondendo à abundância de espécies estão representados por uma matriz original com 138 amostras por 142 variáveis (espécies). Esta matriz foi subdividida em duas, uma correspondente a macrofauna retida pela malha de 0,5 mm (69 amostras x 142 variáveis) e outra pela malha de 1 mm (69 amostras x 116 variáveis). Por sua vez, foram construídas matrizes individuais para cada um dos estuários em estudo e por malha de crivo.

3.2.2 Análise Multivariável

A análise de dados procedeu-se usando o programa PRIMER v6 (Clarke e Gorley, 2006). As matrizes foram submetidas a uma análise de classificação e de ordenação seguindo o método das ligações médias e escalonamento multidimensional (non-metric Multi Dimensional Scaling), de modo a determinar áreas de afinidade entre locais e sistemas com base na composição e abundância em espécies (Clarke e Warwick, 2001). As matrizes de similaridade entre as amostras foram obtidas recorrendo ao coeficiente Bray-Curtis, após transformação dos dados por raiz quadrada, minorando assim a influência das espécies mais abundantes sobre as menos representadas (Clarke e Gorley, 2006).

A rotina SIMPER (similarity percentage breakdown), rotina do programa PRIMER, foi utilizada para avaliar a contribuição das diferentes espécies para a dissimilitude entre os estuários(Clarke e Warwick, 2001).

A análise comparativa entre a macrofauna retida no crivo de malha 0,5 mm (1 mm + 0,5 mm) e 1 mm foi realizada empregando a ferramenta PERMANOVA incorporado no programa PRIMER v.6. A hipótese nula testada foi de que para o

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Estudo da Qualidade Ecológica Estuarina : Macroinvertebrados Bentónicos

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mesmo local, não existem diferenças significativas para os índices (A, S, d, H’, J’ e (1-λ’)) entre as malhas de 0,5mm e 1 mm (Anderson et al., 2008).

Determinou-se ainda o índice biológico AMBI (Borja et al., 2000), a partir do software disponibilizado e http://www.azti.es. Para a determinação do estado ecológico, aplicou-se a função M-AMBI (Muxika et al., 2007) com uma escala que varia de 0 a 1 sendo que os limites para estabelecer as 5 classes de qualidade de acordo com da Directiva Quadro da Água foram obtidos de Teixeira et al. (2009) : 0<mau <0,27 <pobre <0,44 <moderado <0,58 <bom <0,79 <elevado <1. Convém mencionar que estes limites foram concebidos para sistemas costeiros do Oceano Atlântico e não para sistemas de transição, para os quais ainda não existem. Os limites do nível Elevado e Mau para o AMBI, diversidade e riqueza em espécie foram atribuídos por defeito pelo programa, seleccionando os valores máximo e mínimo do sistema.

3.2.3 Analise Univariável

Foram determinados a abundância total (A), número total de espécies (S), Índice de diversidade de Shannon-Wiener (H’, log2), riqueza específica de Margalef (d) e índice de Simpson (1-λ), utilizando a rotina DIVERSE do software PRIMER v.6 (Clarke e Gorley, 2006).

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4 regis foram taxa indiv indiv abun abun Figu bioló estu 4. Resulta 4.1. Ca 4.1.1 Conside stados no m o grupo ), seguido víduos, 1 víduos, 22 ndância tot No tota ndante (88 ura 2 - Dia ógicos sob ários para ados aracterizaç 1 Todos o erando a total 3349 com maio o dos ne taxon), ar 2 taxa). O tal. l, a espéc 819 indivídu agrama de reposto a a malha d ção das c os estuári macrofau 98 indivídu or abundân mátodos rtrópodes Os grupos cie Streblo uos; 26,3% e ordenaç riqueza es de 0,5 mm.

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Estudo da Qualidade Ecológica Estuarina : Macroinvertebrados Bentónicos

~ 16 ~

Verifica-se pela figura 2, que a matriz conjunta dos estuários quando sujeita a análise multivariável tende a revelar a dissimilitude entre as várias réplicas de cada local amostrado nos sistemas em causa. As amostras dos estuário do Douro e da Ria de Aveiro tiveram tendência a se agrupar enquanto as amostras do Ave e do Neiva separam se completamente das anteriores. As amostras do estuário do Cávado encontram se dispersas comparativamente às outras e distribuem-se conjuntamente com as de outros estuários. As principais espécies que contribuíram na dissimilitude entre os sistemas foram obtidas através da ferramenta SIMPER e estão apresentados no anexo I. Os Clitelados (não determinados) e anelídeo (Streblospio shrubsolii) são as contribuem com maior percentagem.

As réplicas que se encontram na parte superior do diagrama são mais enriquecidos em termos de riqueza em específica comparativamente as que se encontram na parte inferior (< 10 espécies/ 0,1m2).

4.1.2 Todos os estuários (malha de 1 mm)

No total, 14733 indivíduos pertencentes a 116 taxa foram registados em todos os estuários, usando crivo com malha de 1 mm. Os anelídeos foram o grupo mais abundante e com maior riqueza em espécies (11694 indivíduos e 53 taxa), seguindo os artrópodes (1211 indivíduos, 35 taxa), moluscos (730 indivíduos, 23 taxa), nemertes (590 indivíduos, 1 taxon) e os nemátodos (479 indivíduos, 1 taxon). A espécie mais abundante foi, à semelhança da análise com 0,5 mm o Streblospio shrubsolii (anelídeo) com 4200 indivíduos. Nota-se a menor importância dos nemátodos e nemertes neste crivo de malha com maior dimensão.

A figura 3 mostra um padrão semelhante ao da figura 2 no que concerne o agrupamento das réplicas dos diferentes estuários. O deslocamento das réplicas

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da e relac amo Figu bioló estu regis Quir 17% iden estação 2 cionado co ostras de m ura 3 - Dia ógicos sob ários para 4.1.3 Na tabe stados no ronomídeo % (246 ind tificados, 4 da Ria d om o baix malha 1 mm agrama de reposto a a malha d 3 Estuári ela 1 apre s locais a s, foram o d/ 0,1 m2 4 são exclu de Aveiro xo valor d m. e ordenaç riqueza es de 1 mm. o do Rio N sentam-se amostrado os taxa ma ) da abu usivos da e

~ 17 ~

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Estudo da Qualidade Ecológica Estuarina : Macroinvertebrados Bentónicos

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Tabela 1 - Espécies amostradas no Estuário do Rio Neiva. Os taxa estão representados através da abundância média por unidade de amostragem (n/0,1 m2; n=3). As colunas salientadas a cor representam os taxa para os quais a estação tem maior contribuição e as espécies a vermelho são as que foram registadas apenas na malha 0,5mm.

A tabela 2 apresenta uma caracterização geral para os diferentes locais de amostragem do Estuário do Rio Neiva. Verifica-se que a estação NV1, situada próxima da entrada do estuário, tem como tipo de sedimento característico o cascalho enquanto que na estação NV2, o tamanho do sedimento diminui, para areia muito grosseira. Pode-se constatar ainda que existe uma ligeira redução do valor do potencial redox entre os dois locais mas ambos os valores são positivos.

NV1 NV2 Corophium multisetosum 17,7 9,3 Allomelita pellucida 10,0 0,3 Tubificoides benedii 1,0 Gammarus tigrinus 0,7 Nemertea n.i. 0,3 Streblospio shrubsolii 0,3 Hediste diversicolor 1,0 0,3 Clitellata n.i. 79,3 188,7 Chironomidae n.i. 14,0 68 Corbicula fluminea 21,3 43,3 Leuctridae n.i. 7,0 Caenidae n.i. 2,3 Cyathura carinata 0,7 Pisione remota 0,7 Hydrobia ulvae 0,3 Nephtys sp. 0,3 Polygordius appendiculatus 0,3 Tanaidacea n.i. 0,3 Ceratopogonidae n.i. 1,0 4,7 Nematoda n.i. 1,0 4,3 Elmidae n.i. 1,3 4 Organismos Estações

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Tabela 2 - Caracterização dos locais de amostragem do Estuário do Rio Neiva (malha de 0,5 mm). Os valores médios são relativos à área unitária de amostragem (n/0,1 m2; n=3). (*) média das réplicas;(f.g.) fracção granulométrica; (n.i.) não determinado.

Os índices de diversidade apresentam valores semelhantes a jusante (NV1) e a montante (NV2). O que distingue os dois locais são a abundância total e média e no de espécies exclusivas de cada um.

NV1 NV2 Nº de réplicas 3 3 Eh(mV) 251 244 <38 mm (f.g.) 0 0 38-63 mm (f.g.) 0 0 63-125 mm (f.g.) 0 0,01 125-250 mm (f.g.) 0,07 0,03 250-500 mm (f.g.) 1,62 0,37 500-1000 mm (f.g.) 4,25 8,72 1000-2000 mm (f.g.) 33,54 62,87 >2000 mm (f.g.) 60,52 28

Tipo de sedimento Cascalho Areia muito grosseira

Espécies exclusivas 4 8

Abundância total 447 1005

Riqueza média de espécies * 8,7 11,7

Abundancia média * 149,0 335,0

Índice de Margalef (d)* 1,5 1,9

Índice de Pielou (J')* 0,6 0,5

índice de Shannon-Wiener (H')* 2,0 1,9

Índice de Simpson (1-λ)* 0,6 0,6

Espécies mais abundantes Clitellata n.i. Clitellata n.i.

Corbicula fluminea Chironomidae n.i.

Corophium multisetosum Corbicula fluminea

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Estudo da Qualidade Ecológica Estuarina : Macroinvertebrados Bentónicos

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4.1.4. Estuário do Rio Neiva (malha de 0,1 mm)

As tabelas de caracterização da macrofauna das estações do estuário do Rio Neiva retida pelas malhas de 0,5mm e 1mm, mostram apenas diferenças na riqueza média de espécies, abundância média e nas espécies exclusivas. Os valores dos índices têm aproximadamente a mesma ordem de grandeza (tabelas 2 e 3, respectivamente).

Tabela 3 - Caracterização dos locais de amostragem do Estuário do Rio Neiva (malha de 0,1 mm). Os valores médios são relativos à área unitária de amostragem (n/0,1 m2; n=3). (*) Média das réplicas; (n.i.) não determinado.

NV1 NV2

Nº de réplicas 3 3

Nº total de espécies 10 14

Espécies exclusivas 2 6

Abundância total 252 607

Riqueza média de espécies 6,7 10,0

Abundancia média 84,0 202,3

Índice de Margalef (d)* 1,3 1,7

Índice de Pielou (J')* 0,7 0,6

índice de Shannon-Wiener (H')* 2,0 1,9

Índice de Simpson (1-λ)* 0,7 0,6

Espécies mais abundantes Clitellata n.i. Clitellata n.i.

Corophium multisetosum Chironomidae n.i.

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~ 21 ~

4.1.5. Estuário do Rio Cávado (malha de 0,5mm).

Relativamente ao estuário do Cávado foram registados 37 taxa com um total de 8820 indivíduos. As espécies Streblospio shrubsolii, Hediste diversicolor (anelídeos), representam cerca de 61% da abundância total.

A análise de classificação usando uma matriz, taxa e respectivas abundâncias (37 taxa x 18 réplicas de amostragem), evidenciou 4 grupos de afinidade separando claramente as réplicas do local C1, localizado na entrada do estuário. O local C6 aparece separado de C2, C3, C5 e C7 cujas réplicas se misturam (C2 com C7 e C3 com C5). De um modo geral se excluirmos o local C6, estes resultados evidenciam um gradiente de sucessão de jusante para montante (figura 4).

Os taxa mais abundantes de cada grupo são evidenciados na tabela 4 e a caracterização global dos grupos é apresentada na tabela 5.

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Figu matr dos

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~ 22 ~

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~ 23 ~

Tabela 4 - Grupos de afinidade e respectivos taxa característicos. Os taxa estão representados através da abundância média por unidade de amostragem (n/0,1 m2). As colunas salientadas a cor representam os taxa para os quais o grupo tem maior contribuição e a vermelho estão assinaladas os taxa exclusivamente presentes na malha de 0,5 mm a b c d Nematoda n.i. 74,7 11 0,7 Nemertea n.i. 63,7 1,2 Microphthalmus sczelkowii 13,0 Cerastoderma edule 12,0 Nephtys cirrosa 5,7 Tellina tenuis 1,3 Cirrophorus  sp. 1,0 Malacoceros  sp. 0,3 Mytilus galloprovincialis 0,3 Scolelepis squamata 0,3 Spio martinensis 0,7 0,2 Paragnathia formica 0,3 0,2 0,2 Hediste diversicolor 0,3 576 0,7 Streblospio shrubsolii 1,7 497 0,5 Clitellata n.i. 0,7 318 90 0,7 Cyathura carinata 30 0,2 Leptocheirus pilosus 10,2 Melita palmata 0,3 10,8 Corophium multisetosum 5,2 0,2 Polydora ligni 1,4 Philocheras bispinosus 0,6 Pomatoceros triqueter 0,4 Crangon crangon 0,4 Pseudopolydora  sp. 0,2 Lekanesphaera  cf. rugicauda 0,2 Myrianida langerhansi 0,2 Myrianida  sp. 0,2 Mediomastus fragilis 0,2 Alkmaria romijni 4,4 Hydrobia ulvae 1,4 Capitella  sp. 1 1,4 Chironomidae n.i. 0,3 1 52,5 1 Corbicula fluminea 0,3 cf. Hyale  sp. 0,2 Lembos  sp. 0,2 Palaemonetes varians 0,2 Mesopodopsis slabberi 0,4 0,2 Organismos Grupos de afinidade

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Estudo da Qualidade Ecológica Estuarina : Macroinvertebrados Bentónicos

~ 24 ~

Tabela 5 - Características dos grupos de afinidade evidenciados no Estuário do Rio Cávado (malha de 0,5 mm). Os valores médios são relativos à área unitária de amostragem (n/0,1 m2). (LT) baixa-mar; (HL) preia-mar; (f.g.) fracção granulométrica; (*) média das réplicas; (n.d.; n.i.) não determinado.

O grupo de afinidade

a

localiza-se na região da entrada do estuário e engloba as três réplicas da estação C1. Verifica-se que é uma área constituída por areia média e potencial redox positivo (92 mV). A riqueza média de espécies e a abundância média são elevadas (11 espécies e 177,7 ind/ 0,1 m2). Comparativamente aos restantes grupos de afinidade, este apresenta os valores mais elevados dos índices de Margalef e Shannon-Wiener. As espécies predominantes desta região são Nematodes (74,7 ind/0,1 m2) e Nemertes (63,7 ind/ 0,1 m2) (cf. tabela 5).

O grupo de afinidade b localiza-se numa região mais para o interior do estuário e é composto pelas réplicas das estações C7 e C2. Relativamente ao tipo do sedimento, verifica-se que é uma região constituída por areia média grosseira. Apresenta um valor negativo de potencial redox (-310 mV). Os valores médios da abundância e da riqueza em espécies também são elevados (12 espécies/ 0,1 m2;

Grupos de afinidade b c d

Nº de réplicas 3 5 6 3 Salinidade LT n.d. 33,6 n.d. n.d. Salinidade HT n.d. 34,1 0,1 n.d. Eh(mV) 92,0 -310,0 -235,0 n.d. <38 mm* (f.g.) 0 0,2 0,2 n.d. 38-63 mm* (f.g.) 0 0,2 0,4 n.d. 63-125 mm* (f.g.) 0,2 0,6 0,9 n.d. 125-250 mm* (f.g.) 3,3 1,7 3,5 n.d. 250-500 mm* (f.g.) 51,2 3,9 11,2 n.d. 500-1000 mm* (f.g.) 37,7 10,8 33,1 n.d. 1000-2000 mm* (f.g.) 6,9 61,6 45,9 n.d. >2000 mm* (f.g.) 0,7 21,1 4,7 n.d.

Tipo de sedimento Areia média Areia muito grosseira Areia muito grosseira n.d.

Nº total de espécies 18 24 14 2

Espécies exclusivas 8 12 4 n.d.

Riqueza média de espécies 11,0 12,0 4,8 1,0

Abundancia média 177,7 1471,4 146,0 1,7

Índice de Margalef (d)* 2,0 1,5 0,8 n.d.

Índice de Pielou (J')* 0,6 0,5 0,6 n.d.

índice de Shannon-Wiener (H')* 1,9 1,7 1,1 0,0

Índice de Simpson (1-λ)* 0,6 0,6 0,5 0,0

Espécies mais abundantes Nematoda n.i. Hediste diversicolor Clitellata n.i. Chironomidae n.i. Nemertea n.i. Streblospio shrubsolii Chironomidae n.i.

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1471 ind/ 0,1 m2; respectivamente). Os taxa Hediste diversicolor , Streblospio shrubsolii e Clitelados são mais abundantes nesta região (c.f. tabela 5).

O grupo de afinidade c engloba as réplicas das estações C3 e C5 localizadas na parte terminal do estuário. É uma região de areia muito grosseira e com valor baixo de potencial redox (-235 mV). Comparativamente aos dois grupos acima descritos, este grupo apresenta em média valores baixos de riqueza em espécies e da abundância (4,8 espécies/ 0,1 m2 e 146 ind/ 0,1 m2). A espécie predominante deste grupo é Clitellata n.i. com abundância média de 90 ind/ 0,1 m2 ( c.f. tabela 5).

O grupo de afinidade d localiza-se na zona central do estuário, é constituído pelas réplicas da estação C6. Apenas duas espécies foram registadas nesta região, representando, portanto a área mais pobre do estuário (c.f. tabela 5). Este local de amostragem foi realizado numa zona de maior profundidade, e o sedimento era constituído por resíduos vegetais em decomposição, sobre areia, o que justificará a pobreza aqui obtida. Tratar-se-á assim de uma alteração pontual, no gradiente estuarino identificado.

4.1.6. Estuário do Rio Cávado (malha de 1mm)

A análise da matriz dos dados da macrofauna do estuário do Rio Cávado retida no crivo de malha de 1mm revelou os mesmos grupos de afinidade mencionados anteriormente. As tabelas de caracterização dos grupos de afinidade da macrofauna retida pelas malhas de 0,5 mm e 1 mm, mostram apenas diferenças na riqueza média de espécies, abundância média e nas espécies exclusivas. Os valores dos índices têm aproximadamente a mesma ordem de grandeza (tabelas 5 e 6, respectivamente).

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Estudo da Qualidade Ecológica Estuarina : Macroinvertebrados Bentónicos

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Tabela 6 - Características dos grupos de afinidade evidenciados no Estuário do Rio Cávado (malha de 1mm). Os valores médios são relativos à área unitária de amostragem (n/0,1 m2). (*) média das réplicas; (n.d.; n.i.) não determinado.

4.1.7. Estuário do Rio Ave (malha de 0,5mm).

No estuário do Ave foram registados 1445 indivíduos pertencentes a 45 taxa. Os indivíduos dos taxa Capitella sp. (44,5%) e Spio martinensis (25,8%) são os que mais contribuíram para a abundância total.

A análise multivariável da matriz de dados biológicos (45 taxa x 12 réplicas) revelou três grupos de afinidade (figura 5).

Os taxa característicos destes grupos de afinidade são evidenciadas na tabela 7 e a caracterização global dos grupos é apresentada na tabela 8

Grupos de afinidade b c d

Nº de réplicas 3 5 6 3 Nº total de espécies 17 14 11 2 Espécies exclusivas 9 9 3 0 Riqueza média de espécies 9,7 9,6 3,8 1,0 Abundancia média 92,3 983,0 116,2 1,7 Índice de Margalef (d)* 1,9 1,3 0,6 n.d. Índice de Pielou (J')* 0,7 0,5 0,6 n.d. índice de Shannon-Wiener (H')* 2,1 1,5 1,0 0 Índice de Simpson (1-λ)* 0,7 0,5 0,5 0 Espécies mais abundantes Nematoda n.i. Hediste diversicolor Chironomidae n.i. Chironomidae n.i.

Nemertea n.i. Streblospio shrubsolii

Clitellata n.i.

(40)

Figu matr grup

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~ 27 ~

ação e de stuário do

~

e ordenaçã Rio Ave e ão resultan e a localiza nte da aná ação espac álise da cial dos

(41)

Estudo da Qualidade Ecológica Estuarina : Macroinvertebrados Bentónicos

~ 28 ~

Tabela 7 - Grupos de afinidade e respectivos taxa característicos. Os taxa estão representados através da abundância média por unidade de amostragem (n/0,1 m2). As colunas salientadas a cor representam os taxa para os quais o grupo tem maior contribuição e a vermelho estão assinaladas os taxa exclusivamente presentes na malha de 0,5 mm. a b c Capitella  sp. 151 63,3 Spio martinensis 124,7 Donax  cf. vittatus 30,3 Spio  sp. 21,3 Tellina fabula 15,7 Abra alba 11,7 Malacoceros  sp. 11,3 Nassarius reticulatus 7,3 Tellina tenuis 5 Tanaidacea n.i. 4,3 Pseudopolydora sp. 4 0,2 Ophiuridae n.i. 3,3 Mysta picta 2,3 Magelona  sp. 1,7 Cirrophorus  sp. 1,3 Mediomastus fragilis 1 Pectinaria koreni 1 Ensis magnus 0,7 Tellimya ferruginosa 0,7 Venerupis decussata 0,7 Bittium  sp. 0,3 cf. Musculus costulatus 0,3 Nemertea n.i. 0,3 Orchomenella nana 0,3 Ostracoda n.i. 0,3 Owenia fusiformis 0,3 Kurtiella bidentata 0,3 Phyllodoce mucosa 0,3 Phyllodoce  sp. 0,3 Pontocrates arenarius 0,3 Scolelepis squamata 0,3 Tharyx marioni 0,3 Spio decoratus 1,7 0,2 Cerastoderma edule 1,3 0,3 Glycera convoluta 1 0,3 Nematoda n.i. 0,3 0,2 Cumopsis fagei 0,3 0,2 Bittium  cf. reticulatum 0,3 Pagurus chevreuxi 0,3 Hydrobia ulvae 1,3 0,2 Mytilus galloprovincialis 0,3 1,3 Streblospio shrubsolii 1,7 Achelia  sp. 0,2 cf. Golfingia  sp. 0,2 Isaeidae n.i. 0,2 Organismos Grupos de afinidade

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Tabela 8 - Características dos grupos de afinidade evidenciados no Estuário do Rio Ave (malha de 0,5 mm). Os valores médios são relativos à área unitária de amostragem (n/0,1 m2). (LT) baixa-mar; (HL) preia-mar; (f.g.) fracção granulométrica; (*) média das réplicas; (n.d.) não determinado.

O grupo de afinidade

a

é composto pelas três réplicas da estação A1, localizado na entrada do estuário, numa região cujo substrato é formado por areia fina e valor negativo de potencial redox (-29mV). É o grupo que apresenta maior abundância média (408,3 ind/ 0,1 m2), riqueza em espécies (24 ind/ 0,1 m2) e maior número de espécies exclusivas (30). Os taxa característicos deste grupo são Capitella sp e Spio martinensis (c.f. tabela 8)

O grupo b, compreende as três réplicas da estação A2, localizado mais para o interior do estuário, num local com sedimento vasoso e potencial redox

Grupos de afinidade b c

Nº de réplicas 3 3 6 Salinidade LT 36 36 37 Salinidade HT 36 36 34 Eh(mV) -29 -250 -393 <38 mm* (f.g.) 0,2 80,0 54,6 38-63 mm* (f.g.) 0,8 6,4 1,9 63-125 mm* (f.g.) 2,7 5,6 3,2 125-250 mm* (f.g.) 57,5 5,3 2,8 250-500 mm* (f.g.) 33,3 1,6 1,4 500-1000 mm* (f.g.) 3,4 0,5 5,4 1000-2000 mm* (f.g.) 1,6 0,7 23,0 >2000 mm* (f.g.) 0,4 0,0 7,6

tipo de sedimento Areia fina Vasa Vasa

Nº total de espécies 38 7 9,0

Espécies exclusivas 30 2 4,0

Riqueza média de espécies 24,0 4,0 1,7

Abundancia média 408,3 67,3 3,0

Índice de Margalef (d)* 3,9 0,7 n.d.

Índice de Pielou (J')* 0,6 0,2 n.d.

índice de Shannon-Wiener (H')* 2,7 0,4 0,7

Índice de Simpson (1-λ)* 0,7 0,1 n.d.

Espécies mais abundantes Capitella sp. Capitella sp. Streblospio shrubsolii Spio martinensis

(43)

Estudo da Qualidade Ecológica Estuarina : Macroinvertebrados Bentónicos

~ 30 ~

muito negativo (-250 mV). O grupo apresenta valores intermédios de abundância e de riqueza específica. O taxa característico deste grupo é Capitella sp (c.f. tabela 8)

Por último, o grupo c é constituído pelas réplicas das estações A3 e A4, localizado mais para o interior do estuário, numa região com sedimento vasoso e com os valores mais baixos de potencial redox (-393 mV). Este grupo é o mais empobrecido em termos de abundância média (3 ind/ 0,1 m2) e de riqueza em espécies (1,7 espécies/ 0,1 m2) (c.f. tabela 8).

4.1.8. Estuário do Rio Ave (malha de 1mm)

A tabela 9 mostra a caracterização dos grupos de afinidade do estuário do rio Ave obtidos com base na matriz biológica resultante da fauna retida num crivo de malha de 1 mm. Os grupos são semelhantes aos obtidos com os dados relativos à malha de 0,5 mm. A análise comparativa destes resultados com os obtidos para uma malha de 0,5 mm (tabela 8) mostra essencialmente diferença na riqueza em espécies, na abundância e número de espécies exclusivas. No caso do grupo

a,

a abundância é agora cerca de 1/3 da obtida com a malha de 0,5 mm.

(44)

~ 31 ~

Tabela 9 - Características dos grupos de afinidade evidenciados no Estuário do Rio Ave (malha de 1mm). Os valores médios são relativos à área unitária de amostragem (n/0,1 m2). (*) média das réplicas; (n.d.) não determinado.

4.1.9. Estuário do Rio Douro (malha de 0,5mm)

No estuário do Douro foram registados 85 taxa com um total de 14314 indivíduos. Os taxa que mais contribuíram para a abundância total foram Streblospio shrubsolii (36,6 %) e Nemertes (27%).

A matriz dos dados de abundância total (85 taxa e 15 réplicas), submetida a análise multifactorial evidenciou três grupos de afinidade (figura 6).

Os taxa característicos de cada um destes grupos são evidenciados na tabela 10, e a caracterização global dos grupo é apresentada na tabela 11.

Grupos de afinidade b c

Nº de réplicas 3 3 6 Nº total de espécies 23 7 4 Espécies exclusivas 19 2 3 Abundância total 387 152 5 Riqueza média de espécies 14,3 4,0 0,8 Abundancia média 129,0 50,7 0,8 Índice de Margalef (d)* 2,8 0,8 n.d. Índice de Pielou (J')* 0,7 0,3 n.d. índice de Shannon-Wiener (H')* 2,7 0,5 0,2 Índice de Simpson (1-λ)* 0,8 0,2 n.d. Espécies mais abundantes Spio martinensis Capitella sp. Streblospio shrubsolii

(45)

Figu matr grup

ura 6 - Dia riz dos dad pos no estu agrama de dos biológi uário. Estudo da Q e classifica cos do est Qualidade Eco

~ 32 ~

ação e de tuário do R ológica Estuar

~

e ordenaçã Rio Douro e rina : Macroin ão resultan e a localiza nvertebrados B nte da aná ação espa Bentónicos álise da cial dos

(46)

~ 33 ~

Tabela 10 - Grupos de afinidade e respectivos taxa característicos. Os taxa estão representados através da abundância média por unidade de amostragem (n/0,1 m2). As colunas salientadas a cor representam os taxa para os quais o grupo tem maior contribuição e a vermelho estão assinaladas os taxa exclusivamente presentes na malha de 0,5 mm. a b c Nematoda n.i. 1212,7 7,2 19,3 Microphthalmus sczelkowii 82,7 1,4 8,8 Nemertea n.i. 82,7 2,4 40,7 Pisione remota 17,7 1,2 Spio decoratus 8,3 2,6 2,5 Spisula solida 2,3 Eurydice spinigera 1,7 Tellina tenuis 1,3 0,2 Anthozoa n.i. 0,7 cf. Amphiura filiformis 0,3 cf. Spisula subtruncata 0,3 Micronephthys  sp. 0,3 Streblospio shrubsolii 2,3 717,0 274,3 Capitella  sp. 2,7 84,6 5,8 Tubificoides benedii 61,8 1,5 Eumida bahusiensis 58,0 0,2 Lanice conchilega 0,3 31,0 Cerastoderma edule 3,0 21,6 0,3 Melita palmata 0,0 19,2 0,3 Syllidia armata 15,2 0,0 Cyathura carinata 14,2 0,7 Hediste diversicolor 10,8 4,3 Mediomastus fragilis 1,7 11,6 0,3 Pseudopolydora  sp. 7,0 Pectinaria koreni 8,0 0,7 Caprella liparotensis 0,2 Endeis  sp. 0,2 Nototropis falcatus 0,2 Phtisica marina 0,2 Sphaerosyllis  sp. 0,2 Turbellaria n.i. 0,2 Aonides oxycephala 0,6 Clitellata n.i. 0,3 77,8 89,2 Spio martinensis 8,7 0,4 72,0 Hydrobia ulvae 5,2 42,7 Alkmaria romijni 7,4 7,7 Cerastoderma glaucum 1,3 3,2 6,8 Crangon crangon 0,8 2,3 Ostracoda n.i. 2,5 Iphinoe trispinosa 0,2 Scrobicularia plana 0,2 Tellina fabula 0,2 Organismos Grupos de afinidade

(47)

Estudo da Qualidade Ecológica Estuarina : Macroinvertebrados Bentónicos

~ 34 ~

Tabela 11 - Características dos grupos de afinidade evidenciados no Estuário do Rio Douro (malha de 0,5 mm). Os valores médios são relativos à área unitária de amostragem (n/0,1 m2). (LT) baixa-mar; (HL) preia-mar; (f.g.) fracção granulométrica; (*) média das réplicas; (n.i.) não determinado.

O grupo de afinidade

a

localiza-se na região a entrada do estuário, é constituído pelas réplicas da estação D1. Verifica-se que é uma região com areia muito grosseira e potencial redox positivo (75 mV). Este grupo é formado por 36 taxa dos quais 13 são exclusivas do grupo. O taxon Nematoda n.i. alcança neste grupo o seu valor mais elevado (1212, 7 ind/0,1 m2) contribuindo desta forma para o valor mais elevado da abundância média (1438,7 ind/réplica). A riqueza média de espécies e os valores dos índices colocam este grupo num lugar intermédio relativamente aos outros (c.f. tabela 11).

Grupos de afinidade b c

Nº de réplicas 3 5 6 Salinidade LT 36 28,6 26,4 Salinidade HT 36 35,5 30,7 Eh(mV) 75 -105 -163 <38 mm* (f.g.) 0 4,1 2,3 38-63 mm* (f.g.) 0 0,4 0,1 63-125 mm* (f.g.) 0,0 1,2 0,3 125-250 mm* (f.g.) 0,9 1,4 0,6 250-500 mm* (f.g.) 14,6 0,6 2,8 500-1000 mm* (f.g.) 15,3 5,8 11,2 1000-2000 mm* (f.g.) 60,2 47,1 48,1 >2000 mm* (f.g.) 8,9 39,4 34,7

Tipo de sedimento Areia muito grosseira Areia muito grosseira Areia muito grosseira

Nº total de espécies 36 65 34

Espécies exclusivas 13 31 5

Riqueza média de espécies 19,3 33,2 16,3

Abundancia média 1438,7 1211,0 589,7

Índice de Margalef (d)* 2,7 4,6 2,4

Índice de Pielou (J')* 0,3 0,4 0,5

índice de Shannon-Wiener (H')* 1,4 2,2 2,1

Índice de Simpson (1-λ)* 0,4 0,6 0,7

Espécies mais abundantes Nematoda n.i. Streblospio shrubsolii Streblospio shrubsolii

Microphthalmus sczelkowii Capitella sp. Clitellata n.i.

Nemertea n.i. Clitellata n.i. Spio martinensis

Tubificoides benedii Hydrobia ulvae

Eumida bahusiensis Nemertea n.i.

Lanice conchilega Nematoda n.i.

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~ 35 ~

O grupo b é constituído por 5 réplicas das estações D2 e D3. Relativamente ao tipo de sedimento, verifica-se que é uma região de areia muito grosseira com potencial redox negativo (-105 mV). Este grupo tem os valores médios mais elevados da riqueza em espécies e da abundância (33,2 espécies/0,1m2 e 1211 ind/0,1 m2). Este grupo tem também o maior número de espécies exclusivas e os valores mais elevados dos índices. Dentre as espécies características nesta região, realça-se Streblospio shrubsolii que tem a maior abundância média (717 ind/ 0,1 m2).

O grupo c compreende as réplicas das estações D4 e D5 localizadas a montante, numa área de areia muito grosseira com valor negativo de potencial redox (-163). Este grupo é o que apresenta o valor médio mais baixo de riqueza em espécies e de abundância (16,3 espécies/0,1 m2 e 589,7 ind/0,1 m2).

Streblospio shrubsolii apresenta também neste grupo valores elevados de

abundância média (274,3 ind/0,1 m2).

4.1.10. Estuário do Rio Douro (malha de 1mm)

A matriz de dados da macrofauna do estuário do Rio Douro obtida com a fauna retida no crivo de malha de 1 mm revelou grupos de afinidade diferentes dos da malha de 0,5 mm. Nesta análise e apesar de continuarem a evidenciar-se apenas 3 grupos de afinidade (

a

, b, c) as réplicas da estação D3 foram atribuídas ao grupo c caso que não se verificou com as amostras de 0,5mm. Existem ainda diferenças relacionadas com os valores médios de abundância e de riqueza em espécies (Tabelas 11 e 12, respectivamente).

(49)

Estudo da Qualidade Ecológica Estuarina : Macroinvertebrados Bentónicos

~ 36 ~

Tabela 12 - Características dos grupos de afinidade evidenciados no Estuário do Rio Douro (malha de 1mm). Os valores médios são relativos à área unitária de amostragem (n/0,1 m2). (*) média das réplicas; (n.i.) número de indivíduos.

4.1.11. Ria de Aveiro (malha de 0,5 mm)

A macrofauna amostrada na Ria de Aveiro é composta por 47 taxa com um total de 7467 indivíduos. Os taxa mais representativos são Clitellata n.i. e Nematoda n.i. (25,6% e 21% da abundancia total, respectivamente).

A análise multifactorial da matriz de dados da abundância total (47 taxa x 18 réplicas) identificou 4 grupos de afinidade (figura 7).

Os taxa característicos de cada um destes grupos são evidenciados na tabela 13 e a caracterização global dos grupos é apresentada na tabela 14.

Grupos de afinidade b c

Nº de réplicas 3 3 9

Nº total de espécies 30 54 44

Espécies exclusivas 9 15 8

Riqueza média de espécies 14,7 30,3 15,6

Abundância média 109,3 446,7 386,1

Índice de Margalef (d)* 3,2 4,9 2,5

Índice de Pielou (J')* 0,7 0,7 0,6

índice de Shannon-Wiener (H')* 2,7 3,3 2,1

Índice de Simpson (1-λ)* 0,8 0,8 0,7

Espécies mais abundantes Nematoda n.i. Streblospio shrubsolii Streblospio shrubsolii Nemertea n.i. Capitella sp. Clitellata n.i.

Eumida bahusiensis Spio martinensis Lanice conchilega Hydrobia ulvae Melita palmata Tubificoides benedii

(50)

Figu matr dos

ura 7 - Dia riz dos dad

grupos no agrama de dos biológi estuário. e classifica icos do est

~ 37 ~

ação e de tuário da R

~

e ordenaçã Ria de Ave ão resultan eiro e a loc nte da aná calização e álise da espacial

(51)

Estudo da Qualidade Ecológica Estuarina : Macroinvertebrados Bentónicos

~ 38 ~

Tabela 13 - Grupos de afinidade e respectivos taxa característicos (Estuário de Aveiro). Os taxa estão representados através da abundância média por unidade de amostragem (n/0,1 m2). As colunas salientadas a cor representam os taxa para os quais o grupo tem maior contribuição e a vermelho estão assinaladas os taxa exclusivamente presentes na malha de 0,5 mm.

a b c d Clitellata n.i. 610,7 0,7 8,4 Nematoda n.i. 349,7 131,7 14,2 0,3 Pisione remota 105,7 0,4 14,3 Polygordius  sp. 23 10,9 Urothoe brevicornis 13 1,7 0,7 Hesionura elongata 7,7 1,3 Nephtys cirrosa 6,3 0,3 0,2 0,3 Melita palmata 3 0 0,3 0,3 Tellina tenuis 1,3 0,7 0,2 Eteone foliosa 0,7 0,3 Ophelia radiata 0,7 Micronephthys  sp. 0,7 0,7 Chironomidae n.i. 0,3 Malmgrenia  sp. 0,3 Palaemon serratus 0,3 Lanice conchilega 0,3 Eumida bahusiensis 0,3 0,3 Hediste diversicolor 0,3 0,3 0 Heteromastus filiformis 0,3 3,3 Mediomastus fragilis 0,3 0,3 Nassarius reticulatus 0,3 0,3 Paragnathia formica 0,3 0,1 Cerastoderma edule 0,7 0,3 0,1 0,7 Bathyporeia sarsi 47,3 0,6 5 Gastrosaccus spinifer 10,3 11,3 0,1 3,3 Hydrobia ulvae 0,3 2,0 0,4 0,3 Nemertea n.i. 61 54 119,3 Streblospio shrubsolii 0,7 116,9 Scoloplos (Scoloplos) armiger 1,6 Capitella  sp. 0,8 Glycera convoluta 0,8 Lekanesphaera levii 0,8 0,3 Protodorvillea kefersteini 0,4 Neomysis integer 0,2 Abra tenuis 0,1 Dipolydora coeca 0,1 Dosinia lupinus 0,1 Pomatoceros triqueter 0,2 45,7 Tharyx marioni 0,3 0,2 19,7 Kurtiella bidentata 0 0,3 13,0 Microphthalmus sczelkowii 12,3 0 10,2 13,3 Spio martinensis 0,7 0,3 0,2 12,7 Scrobicularia plana 0,3 9,3 Tubificoides benedii 1,7 0,4 5,3 Alkmaria romijni 0,3 Anthozoa n.i. 5,3 Cyathura carinata 0,7 Organismos Grupos de afinidade

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