Governo JK
Consequências do suicídio de vargas
• Massa urbana
Saiu as ruas para protestas contra:
Os jornais de oposição a Vargas
E a representação diplomática dos Estados
Unidos
• Comunistas
Depois de passar todo tempo na oposição
participaram da revolta da população
Abandonaram a linha radical
Passaram a apoiar o esquema do nacionalismo
populista
Consequências do suicídio de vargas
• Golpe contra as instituições?
A cúpula do Exército preferia uma saída democrática
Impacto provocado pelas manifestações
Consequências do suicídio de vargas
• O vice-presidente Café Filho assume a presidência
Formou um ministério com maioria udenista
Garantiu a realização de eleições
As eleicões
• Partidos e candidatos
PSD e PTB – Juscelino Kubitschek
vice: João Goulart
UDN – Juarez Távora
vice: Milton Campos
PRP – Plínio Salgado
PSP – Ademar de Barros
Juscelino
Kubitschek
3.077.411 35,68%
João
após A VITORIA A Confusão estava
armada
• Campanha contra a posse
Café Filho sofre um ataque cardíaco
Assume Carlos Luz (presidente da Câmara) acusado de
ser favorável a um golpe
Exército - “golpe preventivo” – garantir a posse
• Marinha e Aeronáutica eram contra. Então o Exército
teve que cercar as bases navais e da Aeronáutica.
Carlos Luz é deposto
Assume Nereu Ramos (presidente do Senado)
Congresso aprova o estado de sítio
O GOVERNO jk
• As forças armadas
Defesa da democracia, dentro de
certos limites.
Preservação da ordem interna
Combate ao comunismo
JK seguia objetivos compatíveis com
os militares:
O GOVERNO jk
• Os partidos políticos
Acordo entre PSD E PTB – Garantiu o apoio
aos principais projetos de JK
Traço comum entre os dois partidos:
getulismo
PSD – Parte dos setores dominantes no
campo; a burocracia de governo; a burguesia
industrial e comercial.
PTB – Sindicatos; burguesia industrial e os
trabalhadores.
O Programa de metas
• 31 objetivos distribuídos em 6 grandes
grupos:
Energia
Transporte
Alimentação
Indústria de base
Educação
O Programa de metas
• Criação de órgãos paralelos
SUDENE – Superintendência do
Desenvolvimento do Nordeste
Novacap – Construção de Brasília
ISEB – Instituto Superior de
Estudos Brasileiros – assessoria ao
Programa de Metas
Nacional-desenvolvimentismo - JK
• Sintetiza uma política econômica
que tratava de combinar o Estado,
a empresa privada nacional e o
capital estrangeiro para promover
o desenvolvimento, com ênfase na
industrialização.
Nacionalismo – Getúlio vargas
• O Estado devia intervir na economia,
controlando as industrias de base e os
setores de energia, comunicações e
transporte. As outras áreas ficavam nas
mãos da iniciativa privada. O Governo
devia limitar a entrada de capital
estrangeiro, bem como a remessa de
lucros.
Resultados
• Produção industrial cresceu 80%
Aço – 100%
Mecânicas – 125%
Eletricidade e comunicações – 380%
Material de transporte – 600%
• PIB
Cresceu a um taxa anual de 7%
Per capita de 4%
Considerando a década de 50 o crescimento do PIB per
capita foi aproximadamente três vezes maior que do
resto da América Latina
Brasília
Sonhada por dois séculos, a criação de
Brasília – inaugurada no dia 21 de abril de
1960 – começou com projetos esboçados
desde o período colonial. No século 18 o
governo
português
já
cogitava
a
possibilidade de transferir a capital do
Brasil para o interior – medida que foi
defendida em outros momentos históricos.
Em 1892 (em 1891 estava estabelecida
a mudança da capital para o interior do
Brasil), a proposta começou a se
consolidar, quando o então presidente
Floriano Peixoto determinou que uma
comissão de cientistas explorasse o
Planalto Central e demarcasse a área
que seria destinada ao Distrito Federal.
A Comissão Exploradora do Planalto
Central, composta por 21 pessoas e
chefiada pelo astrônomo e geógrafo belga
Louis Ferdinand Cruls – conhecida como
Missão Cruls –, demarcou uma área de
14.400 Km², considerada adequada para a
futura capital, que ficou conhecida como
“Quadrilátero Cruls”.
A partir daí, a construção de Brasília foi
ganhando corpo em diversos momentos
históricos,
culminando
com
sua
inauguração, pelo presidente Juscelino
Kubitschek,
até
ser
tombada
pela
Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco)
como patrimônio histórico e cultural da
humanidade, em 1987.
As dificuldades do governo
• Comércio exterior e finanças do governo
Déficits – governo gastava mais do que arrecadava
Brasil recebia cada vez menos pela exportação de seus
produtos e pagava cada vez mais pelos produtos
importados.
Avanço da inflação
Construção de Brasília
Aumentos salariais do funcionalismo Credito fácil concedido ao setor privado
Compra do café através de emissão de papel-moeda
A inflação é, entre outras coisas, o aumento na oferta de dinheiro e crédito.
"Expansão indevida ou aumento da moeda de um país,
principalmente através da emissão de papel-moeda não redimível em moeda sonante."
Essa imagem revela a
a)
abertura da economia brasileira para o capital
estrangeiro.
b)
atmosfera de euforia resultante do surto
desenvolvimentista.
c)
proximidade do presidente às camadas
populares do interior do país.
d)
política econômica do governo baseada no tripé
indústria, transporte e energia.
e)
manutenção das contradições sociais do país,
apesar do desenvolvimento industrial.
Leia um trecho de uma entrevista com o historiador
Francisco Alembert.
(...) os governos vêm sucessivamente utilizando a
retórica, a imagem e o mito do governo de Juscelino, por
isso ele continua tão forte e tão presente. Mas há
também algo em comum na utilização de JK por esses
governos. De uma forma ou de outra, eles procuram
justificar o crescimento econômico dentro da democracia.
Ele agradava a burguesia, porque se mostrava um
governo modernizador, e também agradava a esquerda,
mesmo não tendo uma política de esquerda. Mas
alcançou um crescimento realmente fantástico, nunca
visto antes. O grande problema é que isso não foi dividido
por toda a sociedade.
A partir da entrevista, é correto afirmar que o chamado mito JK
a)
fundamenta-se em dois avanços essenciais do governo
Juscelino Kubitscheck: a eficiente política de combate às
disparidades regionais, o que garantiu um enorme crescimento
econômico do Nordeste, e a melhoria da distribuição de renda
nacional por meio dos aumentos salariais do operariado.
b)
tem sido alimentado por diversos governos brasileiros,
mesmo com posturas ideológicas diferentes, porque o ex
-presidente pode ser lembrado como o autor de um importante
processo de abertura da economia, como também o artífice de
um desenvolvimento econômico acelerado.
c) constituiu-se a partir da competência única do presidente da República em amarrar as lideranças políticas da UDN, do PTB e do PSD ao projeto de mudança da capital e construção de Brasília, compreendida por todas essas forças políticas democráticas como necessidade para o desenvolvimento nacional.
d) baseia-se na capacidade política do então presidente
brasileiro, líder de uma grande negociação entre as forças econômicas e políticas nacionais, que efetivou um processo de reforma agrária progressista, além da extensão dos direitos trabalhistas aos homens do campo.
e) está vinculado à reconhecida sensibilidade política de
Juscelino Kubitscheck, que foi capaz de articular todas as principais forças políticas nacionais, formando um governo de coalizão de centro-esquerda, com a participação das mais representativas lideranças da UDN e do PSB.
Os governos de Getúlio Vargas e de
Juscelino Kubitschek foram momentos
marcantes
da
história
econômica
brasileira, especialmente no que se refere
ao desenvolvimento industrial do país.
Uma semelhança entre o processo de
industrialização brasileiro verificado no
governo de Vargas e no de JK está
apontada em:
a) expansão do mercado interno
b) flexibilização do monetarismo
c) regulação da política ambiental
d) autonomia do progresso
No princípio era o ermo
Eram antigas solidões sem mágoa.
O altiplano, o infinito descampado.
No princípio era o agreste:
O céu azul, a terra vermelho-pungente
E o verde triste do cerrado.
[...]
Era finalmente, e definitivamente, o Homem
Viera para ficar. Tinha nos olhos
A força de um propósito: permanecer, vencer as solidões
E os horizontes, desbravar e criar, fundar
E erguer. Suas mãos
Já não traziam outras armas
Que as do trabalho em paz. Sim,
Era finalmente o Homem: o Fundador. Trazia no rosto
A antiga determinação dos bandeirantes [...]
Tratava-se agora de construir: e
construir um ritmo novo.
Para tanto, era necessário convocar
todas as forças vivas da Nação, todos
os homens que, com vontade de
trabalhar e confiança no futuro,
pudessem erguer, num tempo novo,
um novo Tempo.
A “Sinfonia de Brasília’”, como mais tarde passou a ser
chamada, foi encomendada por Juscelino Kubitschek
em 1958, dois anos antes da fundação da cidade.
Dividida em cinco partes, ela seria apresentada
durante os festejos da inauguração do novo Distrito
Federal. Mas o trabalho dos artistas só veio a público
26 anos mais tarde.
a)
Qual é o sentido atribuído à construção de
Brasília nos versos em que a sinfonia resgata a
imagem do bandeirante?
Resposta
a)
A interiorização da capital foi entendida a partir do
discurso da nova organização espacial do território brasileiro,
com destaque para a estratégia denominada “Marcha para o
Oeste”. Integrando diferentes regiões do Brasil, fazendo
“avançar” o progresso. Já nos anos 1940, comissões militares se
encarregaram de delimitar o local da nova capital. A caminhada
para o Oeste fez parte de um projeto de ampliação das
fronteiras econômicas, com o intuito de alavancar a expansão
capitalista nacional. Com São Paulo à frente deste processo, não
por acaso a figura do bandeirante se tornou modelo do nosso
self-made man, cidadão que vende a partir do seu próprio
“Da figura e da atuação de Juscelino Kubitschek
terá ficado, para adversários e admiradores, a
imagem de seu espírito otimista e criador,
iluminado por inegável tolerância política. Não
deixa de seduzir o fascínio do “50 anos em 5”
do presidente que ousou duvidar da eterna
vocação agrícola do país e que aliou ao
desenvolvimento acelerado uma experiência
bem sucedida de governo democrático.”
a) Caracterize duas ações do
governo JK relacionadas à
superação
do
subdesenvolvimento.
b) Explique a percepção de
que o governo JK foi “uma
experiência bem sucedida de
governo democrático”.
a) As ações do governo JK relacionadas à superação do subdesenvolvimento estão relacionadas ao Plano de Metas. O desenvolvimentismo foi consolidado num conjunto de 30 objetivos a serem alcançados em cinco setores básicos da economia. Os setores que mais recursos receberam foram energia, transportes e indústrias de base. Os outros dois setores incluídos no plano eram alimentação e educação. As metas, em sua maioria, alcançaram resultados considerados positivos. O crescimento das indústrias de base, fundamentais ao processo de industrialização, foi de praticamente 100% no quinquênio 1956-1961. Como exemplos, podemos citar a criação de hidrelétricas e a produção de energia elétrica, a ampliação da produção de petróleo e da produção siderúrgica, a instalação das multinacionais da indústria automobilística, entre outros. A construção de Brasília, não incluída no Plano, foi considerada a 31 meta, concernente ao projeto de integração nacional, através das comunicações e dos transportes.
b)
Em meio às experiências de interrupção dos
mandatos
presidenciais
durante
o
período
democrático de 1946 a 1964, Juscelino Kubitschek foi
o único presidente civil a completar o seu mandato.
Getúlio Vargas suicidou, Jânio Quadros renunciou,
João Goulart foi deposto. Logo a seguir, o país
vivenciou 21 anos de governos militares. A memória
histórica nacional apresenta JK como um presidente
tolerante e conciliador que lidava com o movimento
social sem medidas repressivas, negociava com
adversários políticos e anistia os golpistas militares.
Relacione os presidentes do
período de 1951 a 1964 (Coluna
A) com as medidas adotadas
durante os respectivos governos,
visando as áreas prioritárias para
o desenvolvimento econômico
do Brasil (Coluna B).
Coluna A
1.Getúlio Vargas
2. Café Filho
3. Juscelino Kubitschek
Coluna B
( )
Estabeleceu parceria com o capital estrangeiro e mudou o
rumo dos investimentos estatais do setor dos bens de consumo
duráveis, em particular da indústria automobilística.
( )
Instituiu a Comissão de Desenvolvimento Industrial, de
onde saiu a subcomissão de fabricação de jipes, tratores,
caminhões e automóveis.
( )
Decretou a Instrução 113 da Superintendência da Moeda
e do Crédito, pela qual as empresas estrangeiras ficaram
liberadas para realizar investimentos sem cobertura cambial.
O governo do presidente Juscelino Kubitschek
(1956-1961) costuma ser lembrado como o dos “anos
dourados”. As classes médias urbanas viviam em
clima de grande otimismo, marcado especialmente
pelo acesso a bens de consumo que transformavam
seu
estilo
de
vida.
Contudo,
a
política
desenvolvimentista que caracterizou o período
também causou indesejáveis modificações na
economia do país.
Indique duas consequências negativas da adoção
dessa política para a economia brasileira da época.
Resposta
dependência econômica em relação aos
investimentos do capital internacional, o
crescimento
da
dívida
pública,
o
crescimento da inflação, a queda do poder
aquisitivo do salário real e aumento nos
índices de concentração de renda, a
migração de trabalhadores rurais para a as
zonas urbanas, dentre outras.
"Industrializar aceleradamente o país, transferir
do exterior para o nosso território as bases do
desenvolvimento autônomo; fazer da indústria
manufatureira o centro dinâmico da atividade
econômica nacional - isto resumia o meu
propósito, a minha opção."
Considerando a estratégia de desenvolvimento
do governo de Juscelino Kubitschek, assinale
com V (verdadeiro) ou com F (falso) as seguintes
afirmações.
( ) A prioridade era atrair capital estrangeiro para todos os setores econômicos que pudessem gerar divisas via exportação.
( ) A estratégia do governo visava recusar a entrada de capitais estrangeiros, pois o objetivo era a industrialização por substituição de importações, como se percebe pela expressão "desenvolvimento autônomo".
( ) O objetivo de JK era associar capital e empresas estrangeiras aos programas de desenvolvimento industrial, visando um crescimento rápido.
( ) A estratégia do governo era compensar o declínio da
exportação de café com o incremento da produção industrial para a exportação, como forma de acumular divisas.
( ) A transferência de bases industriais do exterior para o Brasil buscava fomentar e abastecer um mercado interno que deveria ser expandido, substituindo as importações de manufaturados.