B O L E T I M I N F O R M A T I V O
Publicação Trimestral - Maio 2016 / Ano 03 / N° 09Quebrar ideias feitas é uma das marcas da Maria Macia. Só assim se avança. Só assim o novo vem.
Uma das ideias feitas mais correntes no mundo das carnes é a de que o dianteiro do bovino é carne de segunda, ao passo que o trasei-ro é carne de primeira.
Essa é a famosa divisão entre carne de primeira, boa, e carne de segunda, ruim. É assim mesmo? Era. O divisor de águas foi o boi Maria Macia. De fato, a Maria Macia criou, dada a qualidade da carne que produz, o boi de primeira. Que é o boi de primeira? É aquele que é de primeira no traseiro e no dianteiro, de ponta a ponta: é bom e macio como um todo.
Pensamos que essa é uma das maiores inovações que a nossa cooperativa imprime no mercado de carnes. E não é pouca coisa, pois para fazermos um boi de primeira é preciso qualidade no processo. Em todo o processo. Ou seja, na orientação dos coopera-dos para a compra coopera-dos animais, no acompanhamento de seu cresci-mento, assim como no corte e distribuição da carne. Um misto de técnica e arte.
Boi de primeira: adote esse conceito. Divulgue essa ideia. Luiz Carlos Braga
P A L A V R A S D O P R E S I D E N T E
Ú L T I M A S N O T Í C I A S
A Maria Macia realizou em 18 de março, na Associação dos Agrôno-mos de Campo Mourão, a 9ª Assembleia Geral Ordinária da Cooperativa.
Com a presença de diretores, cooperados e colaboradores foram apro-vados os resultados de 2015, que apontaram um crescimento de 27% no faturamento total, onde o faturamento com venda de minerais cresceu 22% e o valor médio da arroba comercializada aumentou em 19%.
Além da aprovação de contas do exercício 2015 e plano de gestão para 2016, foram eleitos novos Conselhos Administrativo e Fiscal, assim representados:
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO (2016/2020)
Diretor Presidente - Luiz Carlos Braga
Diretor Vice Presidente – Carlos Chagas Ferreira Diretor Secretário – Paulo Emílio Prohmann
Diretores Conselheiros – Judisseia B. Andrade e Hélio Milton Barth
CONSELHO FISCAL (2016/2017)
Conselheiros Efetivos Conselheiros Suplentes Afonso Brunati Fabio Henrique Camargo Murilo Menin Flores Flávio Gurginski
Rui Aranha Figueiredo Mario Losso Kluber
Thiago Bernardino de Carvalho.
A primeira Reunião Técnica de 2016 aconteceu dia 18 de março e contou com presença maciça de cooperados, parceiros e convidados.
Grande parte do evento foi ocupada pela palestra “Perspectivas para o Mercado de Corte e Gestão da Atividade”, minis-trada por Thiago Bernardino de Carvalho,
pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA/Esalq/USP). Pesquisador de destaque na pecuária nacional, e um dos membros da formação do indicador do preço do Boi Gordo Esalq/SP, Thiago traçou o cenário da cadeia bovina para os próximos 2 anos. Foram mostrados números passados e tendências para a pecuária, levando-se em consideração a conjuntura política e como essa política macro econômica influencia as altas e baixas da cotação do boi gordo. Analisando os dados, foi possível “enxergar” como estará a oferta de bezerros para os próximos anos,
insumo esse de maior peso nos custos de uma propriedade de terminação. A intenção da Maria Macia é tê-lo como consul-tor anual, mantendo assim nossos cooperados atualizados e bem informados.
A 19° RT teve ainda a participação do presidente Luiz Carlos Braga tratando de assuntos diversos da Cooperativa e do Dr. Paulo Emilio Prohmann abordando novidades relacionadas às Compras em Conjunto, Eventos Técnicos e o novo projeto Benchmarking Maria Macia.
19ª REUNIÃO TÉCNICA
No último dia 08 de abril nutricionistas, coordenadores de açougue e equipe de compras da Copacol assistiram pales-tra sobre qualidade da carne minispales-trada pelo médico veteri-nário Clóvis Bassani.
Representando a Maria Macia, o Dr. Clóvis abordou temas como Boas Práticas de Fabricação, Princípios básicos de conservação dos Produtos Cárneos e seus Derivados, Fatores que interferem na Vida de Prateleira (Shelf Life) dos Produtos Cárneos e Qualidade da Carne em Geral.
A palestra aconteceu em Cafelândia e faz parte do progra-ma de intercâmbio de treinamentos realizado pela parceria Copacol & Maria Macia.
QUALIDADE DA CARNE
Luiz Carlos e João Figueiredo
PAINEL DO COOPERADO
Em Janeiro de 2011 fomos convidados a fazer parte da Cooperativa Maria Macia, uma pequena organização iniciada em 2007, mas que apesar de pequena já fazia “muito barulho” (no bom sentido, é claro), pois tinha condutas, ideias e atitudes muito interessantes para a época, hoje podemos dizer, revolucionárias.
Ficamos muito orgulhosos e honrados pelo convite e desde o inicio sabíamos que seria muito bom e interessante aliar-nos a um grupo seleto de produtores comprometidos com uma mesma causa.
Atualmente um tema recorrente e considerado de suma
importân-cia pela Maria Maimportân-cia, é a sustentabilidade. Acreditamos que com atitudes corretas dos cooperados e o apoio da coopera-tiva, poderemos reduzir “nossas pegadas ecológicas” tornando a atividade agropecuária um orgulho nacional e deixan-do para trás o rótulo de “poluideixan-dores” colocadeixan-do erroneamente por ambientalistas.
Temos convicção que com trabalho, persistência e seriedade a cooperativa alcançará ótimos resultados, como exce-lência e sucesso.
EM FOCO
Almejando o desenvolvimento e com o objetivo de preparar cada vez mais seu quadro de colaboradores a prestar um serviço de excelência, a Maria Macia em 2016 lança o programa “Giro Maria Macia”.
O programa consiste na realização de treinamentos internos que traduzam aos colaboradores o trabalho de cada um dos setores da Maria Macia.
“A ideia é fazer com que os funcionários sejam apresentados a todas as áreas da Cooperativa de forma a enten-der o funcionamento do negócio como um todo. A Maria Macia cresceu muito nos últimos anos, o número de
funcionários aumentou e é fundamental que todos conheçam e enten-dam seu modus operandi. Todos precisam estar alinhados.” diz Renata Rebeis, gerente de negócios.
O primeiro treinamento aconteceu em 13 de fevereiro na sede admi-nistrativa da Cooperativa. Na oportunidade o gerente Hélio Henrique, uns dos primeiros funcionários da instituição, apresentou uma visão geral da Maria Macia, abordando desde princípios como missão, visão e valores até curiosidades sobre bovinocultura, foco principal da coopera-tiva.
Em 20 de fevereiro foi a vez do departamento técnico repassar seus conhecimentos em treinamento realizado em campo, na Fazenda São Jorge, município de Farol, propriedade do cooperado Agropecuária Água Azul.
O Médico Veterinário Willian Alessi foi o responsável por abordar temas como: sistema de produção, bem estar animal, segurança alimen-tar, qualidade da carne, padrão dos animais para o abate, e demais assuntos importantes sobre manejo. O treinamento focou em apresen-tar aos funcionários todos os cuidados tomados na fazenda para que o produto final alcance a qualidade exigida pela cooperativa e esperada pelo consumidor. Mais turmas estão agendadas para os próximos meses.
Pioneira na cidade de Barbosa Ferraz, a família Criolo iniciou suas atividades em 1965 no seguimento Bar e Lanchonete. Com muito trabalho, dedicação e por vezes enfrentando dificuldades, a pequena lanchonete aos poucos se tornou uma Mercearia, onde as prioridades sempre foram o bom atendimento, a qualidade dos produtos e ser um ambiente aconchegante para clientes e amigos.
Anos após, com o objetivo de alavancar os negócios, a família investiu em uma loja moderna e arrojada contem-plando dois novos negócios: açougue e panificadora. Com a chegada do açougue nasceu também a parceria com a Cooperativa Maria Macia, que há quase seis anos é fornecedora exclusiva de carne bovina. “Desde o início colhe-mos bons frutos com esta parceria. A aceitação dos clientes é enorme!”, diz Junior.
Frase que acompanha a família: “Vá firme na direção das suas metas. Porque o pensamento cria, o desejo atrai e a fé realiza”.
SUPERMERCADO CRIOLO & MARIA MACIA
Da esquerda para a direita: Donizete, Sr. Sebastião, Sra. Tereza, Junior e Néia.
Funcionários visitando a mangueira.
Fachada do Supermercado.
PROGRAMA GIRO MARIA MACIA
As Boas Práticas Agropecuárias indicam que, sombreamento nas pastagens proporciona maior conforto para o animal. Excessos de calor e/ou de frio levam o organismo a ingressar no estado de estresse térmi-co aumentando a necessidade de energia para a manutenção da home-otermia, desviando energia que poderia ser utilizada para fins produti-vos. O sucesso da produção animal depende, entre outros fatores, da redução dos efeitos climáticos sobre os animais, sendo necessário por tanto, o oferecimento de fontes de sombra/refúgio para esses animais.
O plantio ou a presença de árvores em pastagens é considerado uma prática positiva, principalmente por criar condições climáticas adequa-das aos animais, como a produção de sombra. O gado de corte sofre com maior intensidade o fenômeno do estresse térmico. O conforto
térmico dos animais em regime de pastagem é uma condição essencial para garantir a boa produtividade dos reba-nhos, sendo que animais expostos à forte radiação solar e, consequentemente à altas temperaturas, ingressam em um estado conhecido como estresse climático, onde alteram sua frequência respiratória e cardíaca, e principalmen-te sua taxa metabólica. A ação do calor excessivo se baseia na inibição do centro do apetiprincipalmen-te localizado no hipotála-mo (Sistema Nervoso Central), desta forma a temperatura elevada, acima da zona de conforto ou de terhipotála-moneutrali- termoneutrali-dade, reduz o consumo de alimento, principalmente alimentos com altos teores de fibra (pasto), cabendo assim aos animais ajustarem seu metabolismo, reações fisiológicas e comportamento para mostrar respostas adequadas às diversas características e condições do ambiente, dificultando assim a capacidade de transformar em carne, o que ingerem.
A partir desta edição, o Boletim Informativo da Cooperativa Maria Macia contará com esta nova seção, intitulada "ESPAÇO TÉCNICO". Faremos deste espaço um canal especializado na divulgação de novidades e dicas práticas relacionadas às propriedades rurais e ao sistema produtivo dos cooperados.
Contamos com você para enriquecê-lo!
Caso deseje saber mais sobre um tema técnico em específico, sua sugestão será muito bem vinda. Envie um e-mail para um de nossos técnicos solicitando mais informações para que possamos publicar nas edições futuras. Obrigado! willian@mariamacia.com.br
tomas@mariamacia.com.br victor@mariamacia.com.br
SOMBREAMENTO NAS PASTAGENS
Sem dúvida o desmame é um dos momentos mais traumáticos na vida de um bovino. Mudanças bruscas como o aparte da mãe, transporte, ida até um local estranho, alteração de hábitos alimentares e rotina diferente a qual estava acostumado, são fatores que causam um nível de estresse elevado. Dentro deste cenário, há liberação de hormônios e substâncias no organismo causando a redução da imunidade, abrindo as portas para diversos agen-tes que irão causar as mais variadas enfermidades nesagen-tes jovens animais podendo até mesmo chegar a óbito de acordo com a gravidade do caso.
Diante desta situação, algumas estratégias podem ser adotadas visando minimizar o aparecimento destas doen-ças, sendo uma delas a administração preventiva de alguns fármacos, onde chamamos de protocolo sanitário de recepção de animais.
Uma estratégia simples, com um custo considerado baixo e que vem trazendo resultados extremamente satisfa-tórios nas propriedades onde vem sendo utilizado, reduzindo o índice de mortalidade a quase zero.
O protocolo consiste em:
Endectocida: uma associação longa ação de Ivermectina e Abamectina (Solution ® - MSD) contra vermes inter-nos e exterinter-nos;
Sulfoxido de Albendazol (Voss Rico ® - Ouro Fino): age apenas em vermes internos, mas que neste caso é utilizado na prevenção da cisticercose. Como existe a possibilidade de os animais já estarem contaminados com o agente é recomendado realizar uma segunda dose na entrada do confinamento, visto que para ocorrer a calcifica-ção dos cistos são necessárias no mínimo duas aplicações;
PROTOCOLO DE RECEPÇÃO DE ANIMAIS
ESPAÇO TÉCNICO
BPA, buscando qualidade e eficiência em sua produção.
DICAS BPA
Mais uma vez a Maria Macia estará presente no Show Pecuário, evento que reúne indústria, comércio, produtores rurais e profissionais ligados à pecuária com o obje-tivo de promover acesso e troca de informações entre especialistas do setor e ainda difundir tecnologias.
A edição deste ano terá quatro dias de duração, de 26 a 29 de julho, e acontecerá no Parque de Exposições Celso Garcia Cid em Cascavel.
Além de expositora, a Maria Macia participará do Workshop: “Acesso ao mercado de Carnes”, uma das programações da rodada de negócios promovida pelo evento.
Esperamos sua visita!
SHOW PECUÁRIO 2016
Nas tabelas 1 e 2, descrevemos o investimento por animal e ainda a relação custo-benefício da técnica:
Oxitetraciclina (Terramicina® - Zoetis; ou Tetradur® - Merial): tem como objetivo principal prevenir ou até mesmo tratar alguma infecção causada por algum agente oportunista devido à baixa imunidade. Entre as enfermidades na qual estaremos evitando estão a diarreia, pneumonia e anaplasmose (vetor associado à triste-za parasitária bovina); Importantíssimo para o caso de animais que foram adquiridos de regiões sem carrapato ou animais com um percentual maior de sangue europeu;
Vacina contra Clostridiose: fundamental em qualquer rebanho e de baixo custo, a vacina contra clostridiose deve ser realizada sendo ainda indispensável a realização da dose reforço 22 dias após a primeira, para assegurar a imunização do maior número possível de animais, a saber que nenhuma vacina confere 100% de imunidade;
Complexo vitamínico: opcional de acordo com o estado nutricional dos bezerros. Animais bem nutridos e que sofreram um processo de desmame adequado, dispensam o uso.
R$/unid R$ 413,00 R$ 30,50 R$ 12,50 R$ 16,00 Dose 4 10 20 6 R$/dose R$ 1,65 R$ 1,22 R$ 5,00 R$ 1,07 1ml/50 kg P.V. 1 ml/20 kg P.V. 1 ml/10 kg P.V. dose + reforço Endectocida (litro) Total/cabeça Tabela 1: Custo do protocolo por animal
R$ 10,45
*simulação considerando um animal de 200 kg de peso vivo. **preços praticados pela cooperativa em Abril de 2016.
Sulf. Albendazol (250 ml) Oxitetraciclina (50 ml)
Vacina Clostridiose (30 doses)
R$ 151,00 dose única 5 R$ 1,51 Compl. Vitamínico (500 ml) Produto Dosagem (ml/kg P.V.) R$ 1.500,00 R$ 150.000,00 R$ 10,45 R$ 1.045,00 Compra Bezerro (macho)
Tabela 2: Custo-benefício do protocolo Compra 100 animais
Custo/cab - Protocolo Recepção Protocolo para 100 animais
0,70% % relação ao custo aquisição
Rua Santa Cruz, 923 - Campo Mourão - PR - 44. 3017 1211 mariamacia@mariamacia.com.br
Para facilitar a organização dos cooperados, a Cooperativa Maria Macia estabelece anualmente um calendário permanente, trazendo as atividades a serem realizadas mensalmente.
Além dos eventos técnicos, este calendário contempla também as épocas das compras, permitindo assim a anteci-pação no planejamento das propriedades.
Poderão ocorrer alterações, porém serão previamente comunicadas. Abaixo programação para os próximos meses de 2016:
C A L E N D Á R I O P E R M A N E N T E
ANO 2016
MÊS
JUNHO
JULHO
ATIVIDADE
AGOSTO
Dia 8 - Minicurso de Confinamento – Campo Mourão Dia 22 - Minicurso de Confinamento – Guarapuava
Compra de Sêmen
Dias 12, 13 e 14 - Curso de Manejo Racional 20ª Reunião Técnica MM - Guarapuava Angus! A raça que mais cresce no mundo!
Acompanhando esta tendência, a Maria Macia desde já solicita que os cooperados antecipem seus pedidos de sêmen para não serem surpreendidos pela falta de material dos principais animais.
O corpo técnico da Cooperativa estará reunido nas próximas semanas para avaliar os melhores touros disponí-veis, priorizando características como eficiência alimentar, desempenho e rendimento de carcaça.
Em breve divulgaremos mais informações.
COMPRA DE SÊMEN
Agora programado para o mês de junho, o Minicurso sobre Confinamento ministrado pelo Dr. Paulo Emílio Prohmann abordará conceitos e práticas de confinamento de bovinos incluindo Viabilidade Econômica, Métodos de Adaptação, Manejo Geral, Nutricional e de Cocho e Momento ideal para o Abate.
Serão duas edições sem custo de participação para melhor atender cooperados e seus colaboradores. Campo Mourão - 08 de junho - 9:00 h as 17:00 h – Hotel Paraná Palace
Guarapuava – 22 de junho - 9:00 h as 17:00 h – Sindicato Rural de Guarapuava
As inscrições deverão ser realizadas com no mínimo uma semana de antecedência através de contato via e-mail mariamacia@mariamacia.com.br ou telefone (44) 3017-1211 com Ermeline.
Contamos com sua presença!