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UNIVERSIDADE 2 FEDERAL FLUMINENSE UFF

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UFF

ESCOLA DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

O IMPACTO DA INFLAÇÃO SOBRE

INDIVÍDUOS DE DIFERENTES NÍVEIS DE RENDA

AUTOR: EDUARDO HENRIQUE DE LIMA GOMES ORIENTADOR: PROF. RICARDO BORDEAUX REGO

NITERÓI Novembro / 2019

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O IMPACTO DA INFLAÇÃO SOBRE INDIVÍDUOS DE DIFERENTES NÍVEIS DE RENDA

Projeto final apresentado à Universidade Federal Fluminense como requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro de Produção.

Orientador:

PROF. Ricardo Bordeaux Rego

Niterói, RJ 2019

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EDUARDO HENRIQUE DE LIMA GOMES

O IMPACTO DA INFLAÇÃO SOBRE INDIVÍDUOS DE DIFERENTES NÍVEIS DE RENDA

Projeto final apresentado à Universidade Federal Fluminense como requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro de Produção.

Aprovado em 28 de Novembro de 2019.

Banca Examinadora:

_______________________________________ Prof. José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. - UFF

_______________________________________ Prof. Ruben H. Gutierrez, D.Sc. - UFF

_______________________________________ Prof. José Geraldo Lamas Leite, D.Sc. - UFF

_______________________________________ Prof. Ricardo Bordeaux Rego, D.Sc. - UFF

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer às pessoas responsáveis pela minha caminhada de grandes felicidades na faculdade, com destaque a minha família, responsável por sempre me apoiar incondicionalmente na busca dos meus sonhos.

Aos professores que foram responsáveis por me transformar através do conhecimento com menção especial ao Dr. Ricardo Bordeaux, que além de professor, é um mentor e grande apoiador das minhas iniciativas.

Por fim, gostaria de agradecer aos meus amigos, tanto aqueles que me acompanham na vida desde o colégio, mas também a todos que ganhei durante a faculdade e que tenho certeza que irão se tornar amigos de vida, os quais são fonte de inspiração e motivação.

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RESUMO

O Índice de preços ao consumidor amplo (IPCA), é o principal indicador utilizado para medir a eficácia do Banco Central do Brasil em manter a estabilidade dos preços de bens e serviços, condição necessária para propiciar um ambiente de crescimento econômico no longo prazo. No índice, o padrão de consumo de 90% da população brasileira é representado, deixando então 10% da mesma sem uma medição oficial sólida para monitorar os efeitos inflacionários no decorrer do tempo. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo realizar a comparação entre os resultados de dois estudos que se propuseram a criar um índice inflacionário para dois segmentos distintos da população brasileira cujo níveis de consumo podem ser determinantes para a economia do país. Os resultados sugerem que o efeito inflacionário foi mais intenso para o grupo de indivíduos denominado como de “Alta Renda” pelo estudo “Inflação por faixa de renda” do IPEA do que para os indivíduos de altíssimo patrimônio.

(7)

ABSTRACT

The “Índice de preços ao consumidor amplo (IPCA)”, is the main indicator utilized to measure the effectiveness of the Brazilian Central Bank to maintain the stability of the prices of goods and services, a necessary condition in order to propitiate an environment of economic development in the long term. In the index, the consumption patterns of 90% of the Brazilian population are represented, leaving 10% of it without a solid official measure to monitor the inflationary effects over time. In this way, the present study has the objective of compare the results from two studies that proposed the creation of an inflationary index for two different segments of the Brazilian population whose levels of consumption can be determinant to the country’s economy. The results suggest that the inflationary effect were more intense to the group of individuals denominated as “High Income” by the study “Inflation by income levels” of IPEA than for the high net worth individuals.

Palavras-chave: Inflation, Consumption, Indexes e Prices

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LISTA DE GRÁFICOS 10 LISTA DE SIGLAS 11 LISTA DE TABELAS 12 LISTA DE FÓRMULAS 13 1 13 1.1 14 1.2 14 1.3 15 1.4 15 1.5 15 2 17 2.1 17 2.1.1 17 2.1.1.1 17 2.2 21 2.2.1 22 2.2.2 24 2.3 25 2.3.1 26 3 28 3.1 28 3.2 29 3.3 30 3.4 31 4 33 4.1 34 4.2 35

(9)

4.3 38 4.4 41 4.4.1 42 4.4.2 44 5 46 5.1 47 5.2 49 6 50 7 51 LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Evolução da inflação para indivíduos de alta renda (em %)

Gráfico 2: Evolução da inflação para indivíduos de alta renda (em desvios padrão)

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Gráfico 4: Evolução da inflação para indivíduos de altíssima renda (em desvio padrão)

Gráfico 5: Evolução da inflação para indivíduos de altíssima renda e de alta renda (em %)

Gráfico 6: Evolução da inflação acumulada para indivíduos de alta renda e altíssima renda (base 100 em janeiro de 2008)

Gráfico 7: Evolução da inflação acumulada para indivíduos de alta renda e altíssima renda (base 100 em setembro de 2010)

LISTA DE SIGLAS

IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

SNIPC - Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor

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INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor

POF - Pesquisa de Orçamento Familiar

BCB – Banco Central do Brasil

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Medidas de tendência central aferidas para os dados de inflação calculados para os grupos de indivíduos estudados.

Tabela 2: Medidas de tendência central aferidas para os dados de inflação calculados para os grupos de indivíduos estudados.

Tabela 3: Pesos dos grupos de bens e serviços na cesta de consumo para os grupos de indíviduos estudados

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Tabela 4: Impacto inflacionário dos grupos de bens e serviços na cesta de consumo dos grupos de indivíduos estudados

LISTA DE FÓRMULAS

Fórmula 1: Média Aritmética

Fórmula 2: Mediana

Fórmula 3: Amplitude total

Fórmula 4: Desvio médio

Fórmula 5: Desvio padrão

(13)

Fórmula 7: Consumo em função da renda

1 Introdução

a)

A Inflação, segundo o Banco Central do Brasil (2019), é o aumento dos preços de bens e serviços e a mesma implica na diminuição do poder de compra da moeda e consequentemente dos indivíduos. Dessa forma, o acompanhamento e controle da mesma deve ser feito em escala nacional visando a diminuição das incertezas geradas por esse fenômeno econômico, que por sua vez, pode prejudicar o crescimento econômico.

No Brasil, o Banco Central do Brasil (2019) é o responsável pelo controle da inflação e usa como referência o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o regime de metas de inflação. O responsável pela medição desse índice é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através do Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC) que produz contínua e sistematicamente o IPCA que tem por objetivo medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias.

(14)

Atualmente, a população-objetivo do IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, residentes nas áreas urbanas das regiões de abrangência do SNIPC. Esta faixa de renda foi criada com o objetivo de garantir uma cobertura de 90 % das famílias pertencentes às áreas urbanas de cobertura do Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor - SNIPC.

Dito isso, de acordo com Jonh Maynard Keynes (1936), o consumo é a variável dependente em relação à renda, e dessa forma, responde passivamente aos crescimentos da renda. Com isso, o consumo e a sua magnitude são definidos após a obtenção da renda.

Dessa forma, para que seja possível estimar os diferentes impactos do aumento generalizado dos preços para indivíduos cujos níveis de renda não estão enquadrados dentre os cobertos pela metodologia do IPCA, é necessário que sejam criados índices análogos ao mesmo que levem em consideração os diferentes padrões de consumo desses indivíduos.

1.1 Objetivo

O objetivo do presente estudo é comparar o impacto do fenômeno inflacionário entre duas classes com diferentes níveis de renda: indivíduos cujo patrimônio excede os cinquenta milhões de dólares e os indivíduos cujo nível de renda foi classificado como “Renda Alta” pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) exposto em “Carta de Conjuntura – Inflação por nível de renda”.

1.2 Importância do Estudo

O presente estudo é de grande relevância devido ao fato de que irá discorrer sobre os diferentes impactos do processo inflacionário sob duas classes econômicas cujos níveis de renda se diferem de maneira significativa.

No contexto do engenheiro de produção, é de suma importância a compreensão dos efeitos inflacionários no decorrer dos anos. O presente trabalho trata disso para dois

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segmentos de renda, que pela sua condição podem investir o seu capital em projetos que alavanquem o desenvolvimento da economia dos países nos quais são residentes.

1.3 Delimitação do estudo

O presente estudo se delimita a realizar a comparação do impacto da inflação sob duas classes econômicas no período entre janeiro de 2008 e setembro de 2018. Esses grupos são: indivíduos de altíssimo patrimônio, cujo impacto inflacionário foi estimado no documento de trabalho de Eduardo Henrique e Bernardo Galvão (2018) e sob os indivíduos classificados pelo nível de renda como “Alta Renda” pelo IPEA (2017).

1.4 Questões propostas

● Para qual dos dois grupos de renda a o processo inflacionário foi mais intenso no período estudado?

● Quais fatores podem ter levado às diferenças entre os índices de inflação acumulados para os dois grupos em questão?

1.5 Organização do Estudo

O presente estudo é dividido em seis capítulos. O primeiro deles é denominado “Introdução” e nele está contida uma breve contextualização sobre o tema que será abordado, o objetivo do estudo, a importância do estudo no contexto do mesmo, as questões e hipóteses relevantes para a organização e realização do estudo e a forma na qual o presente estudo está estruturado.

No segundo capítulo, é apresentada uma revisão da literatura sobre os temas que serão abordados durante o estudo, assim como a apresentação dos pontos de vistas dos principais autores desses assuntos discutidos.

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No terceiro capítulo, descreve-se a forma pela qual o presente estudo foi realizado assim como a apresentação e detalhamento de como os estudos que servirão de base foram realizados.

Após isso, no quarto capítulo, é realizada a discussão dos resultados encontrados a partir da comparação entre os valores acumulados de inflação nos últimos dez anos para os dois grupos de diferentes níveis de renda em questão.

No quinto capítulo, apresenta-se as conclusões derivadas da análise de dados previamente abordada assim como a discussão sobre as questões propostas anteriormente.

No sexto capítulo, apresenta-se as referências bibliográficas utilizadas no presente estudo com o intuito de fazer a devida referência à propriedade intelectual dos autores dos temas apresentados.

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2 Capítulo 2. Revisão da Literatura

2.1 Estatística

Segundo Guedes (2005), a Estatística é a ciência que apresenta os próprios processos que tem como produto final a coleta, apresentação e posterior interpretação de uma série de dados, independentemente da natureza dos mesmos. Dessa forma, é possível afirmar que o objetivo dessa ciência é apresentar informações sobre os dados em questão com o intuito de se ter um maior entendimento dos fatos representados por esse conjunto de dados.

Essa ciência pode ser subdividida em três diferentes áreas: descritiva, probabilística e inferencial. No presente estudo faremos o uso apenas da primeira área, a Estatística Descritiva.

2.1.1 Estatística Descritiva

Essa ramificação da ciência estatística possui como maior preocupação a descrição dos dados que estão sendo estudados. Essa descrição é feita através da síntese de uma série de valores de natureza semelhante, fazendo com que seja possível a obtenção de uma visão holística desses valores através do uso de três tipos de ferramentas: tabelas, gráficos e medidas descritivas.

2.1.1.1 Medidas descritivas

Além de tabelas e gráficos, é possível resumir um conjunto de dados através de valores numéricos, os quais são denominados como medidas descritivas. No presente estudo,

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como esses valores são calculados a partir de dados amostrais, possuem como denominação estimadores ou estatísticas.

Esses estimadores podem ser classificados como: medidas de posição (tendência central e separatrizes), medidas de dispersão, medidas de assimetria e curtose. No presente será feito apenas dos dois primeiros grupos.

Medidas de Tendência Central

Esses estimadores são classificados de tal forma devido ao fato de que indicam um ponto em torno do qual os dados se concentram, o qual tende a ser o centro da distribuição das observações. As principais medidas de tendência central são: média aritmética e mediana.

A média aritmética é igual à soma de todas observações da variável dividida pelo número total de observações. Essa estatística pode ser encontrada através da seguinte fórmula:

Fórmula 1: Média Aritmética Onde:

● é a Média Aritmética

● são as observações em que i= 1,2,..., n ● n é o número total de observações

(19)

A mediana é o valor que ocupa a posição central dos dados observados para a variável estudada. Dessa forma, o grupo de dados é divididos em duas partes com a mesma quantidade de observações pela mediana.

Para encontrar o valor referente à mediana de um conjunto de dados é necessário seguir os passos abaixo:

● Ordenar as observações em ordem crescente ou decrescente

● Calcular a posição que a mediana ocupa no conjunto de dados pela fórmula , onde n é o número de observações do conjunto

● Aplicar a fórmula a seguir:

Fórmula 2: Mediana Onde: ● ● ● Medidas de Dispersão

Essas estatísticas, assim como é possível deduzir pelo nome, indicam o quão dispersos estão os dados entre si, ou seja, indicam se os dados estão próximos entre si. Elas são complementares aos estimadores de tendência central na descrição do conjunto de dados e na obtenção da visão global sobre os mesmos. As medidas de dispersão que serão utilizadas no presente estudo são: Amplitude total, Desvio médio e Desvio-padrão.

A amplitude total representa a diferença entre o maior e o menor valor observado em um conjunto de dados. Como ela não leva em consideração os valores intermediários, é perdida a avaliação da dispersão dos mesmos. A fórmula para cálculo desse estimador é:

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Fórmula 3: Amplitude total Onde:

● At é a Amplitude Total

● é o maior valor da série de dados observados ● é o menor valor da série de dados observados

O desvio médio corresponde à diferença entre cada uma das observações e a média aritmética dessas observações. Visto que a soma dos valores correspondentes aos desvios médios de todos os valores de um conjunto de observações é igual a zero, os desvios médios são medidos em módulo, visando a identificação da dispersão dos dados estudados. Dessa forma, o desvio médio de um conjunto de dados amostrais pode ser calculado através da seguinte fórmula:

Fórmula 4: Desvio médio

Onde:

● é é o Desvio médio ● é a Média Aritmética

● são as observações em que i= 1,2,..., n

Assim como a amplitude total e o desvio médio, o desvio padrão corresponde à variabilidade das observações de uma série de dados. Assim como o desvio médio é medido em módulo, no cálculo do desvio padrão é utilizado a raiz quadrada do quadrado das diferenças entre as observações e a média aritmética do conjunto de dados, fazendo com que

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a soma dos quadrados dessas diferenças não seja igual a zero, permitindo o estudo sobre a dispersão dos dados da amostra.

A fórmula para cálculo desse estimador é:

Fórmula 5: Desvio padrão Onde:

● S é o desvio padrão ● é a Média Aritmética

● são as observações em que i= 1,2,..., n

Segundo Nuno Lunet, Milton Severo, Henrique Barros (2006), a magnitude da do desvio padrão dos dados de uma amostra depende do quão dispersas estão essas observações em relação à média aritmética da amostra e não é afetada pelo número de dados que constituem essa amostra.

2.2 Inflação

Segundo o Banco Central do Brasil (2019), Inflação significa o aumento generalizado dos preços na economia. Esse efeito pode ter diversas causas, as quais podem ser agrupadas em:

(a) Pressões de demanda; (b) Pressões de Custos; (c) Inércia inflacionária; (d) Expectativas de inflação.

Como mencionado anteriormente, a inflação gera incertezas no futuro econômico, causando o desestímulo ao investimento e consequentemente, prejudica o crescimento econômico. Dessa forma, as pessoas não conseguem estabelecer quais seriam os preços relativos para determinar se algum bem ou serviço está caro ou barato. Esse fenômeno

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impacta principalmente as camadas menos favorecidas da população devido ao fato de que as mesmas possuem menos acesso às formas de se proteger contra esse aumento generalizado dos preços.

No Brasil, para que os aumentos dos preços possam ser traduzidos em números, são utilizados diversos índices como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), Índice de Preços ao Consumidor – FIPE (IPC FIPE), Índice Geral de Preços (IGP) e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), sendo o último o mais relevante devido ao fato de que é o utilizado pelo BCB para acompanhar as metas de inflação desde janeiro de 1999.

2.2.1 IPCA

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo é o principal índice que mede o movimento de preços no Brasil e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística é responsável pela coleta dos dados necessários para a medição desses movimentos mensalmente.

Esse índice foi criado com o intuito de oferecer uma medida do movimento geral dos preços no mercado varejista e também como indicador da inflação segundo o consumo pessoal, de acordo com o IBGE. Dessa forma, a definição da população-objetivo do IPCA considera os seguintes critérios e parâmetros:

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(a) Cobertura de acima de 90% das famílias residentes nas áreas urbanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia e Campo Grande;

(b) Delimitação da renda das famílias em um intervalo entre 1 e 40 salários mínimos.

A organização das informações de todos os produtos consumidos pelas famílias englobadas nessa metodologia de cálculo de variação de preço é feita através do grupamento lógico a partir das naturezas de consumo de cada um dos subitens (produtos) consumidos. A hierarquização é feita da seguinte forma:

● Grupo; ● Subgrupo; ● Item; ● Subitem.

Um exemplo seria o subitem “Banana-da-Terra”, que faz parte do item “Frutas”, que por sua vez integra o subgrupo “Alimentação no domicílio”, que integra o grupo “Alimentação e Bebidas”.

Todos produtos cuja variação de preços é avaliada pelo IPCA fazem parte de um dos seguintes Grupos:

● Alimentação e Bebidas; ● Habitação;

● Artigos de residência; ● Vestuário;

● Transportes;

● Saúdes e cuidados pessoais; ● Despesas pessoais;

● Educação; ● Comunicação.

(24)

O cálculo do índice em questão é realizado através da utilização do Índice de preços de Laspeyres. Esse índice, segundo o IBGE (2019), com o objetivo de medir a variação de preços entre dois períodos, t (período corrente) e 0 (período base), é expresso matematicamente ilustrado na fórmula abaixo:

Fórmula 6: Índice de Laspeyres

Dessa forma, o IBGE realiza a medição mensal dos preços dos subitens que compõe a cesta de consumo do público-alvo do IPCA e apura a variação percentual entre os dois períodos estudados. As quantidades consumidas dos subitens foram obtidas através da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) de 2008-2009, a qual é realizada com o intuito de se investigar os hábitos de consumo das famílias brasileiras, com a realização de alguns ajustes pelo IBGE para que as quantidades de consumo apresentadas estivessem mais adequadas às mudanças de consumo no decorrer dos anos após a realização da pesquisa.

(25)

Segundo o Banco central do Brasil (2018), o repasse cambial, o qual é referido na literatura econômica como pass through cambial, pode ser definido como o impacto das variações das taxas de câmbio para a variação do preço dos produtos domésticos de um país.

Matematicamente, esse fenômeno econômico pode ser calculado por meio da mensuração do impacto da mudança da taxa de câmbio em 1% nos preços dos produtos produzidos no país em questão. No caso brasileiro, diversos estudos já foram realizados com a intenção de medir o grau do repasse cambial em diferentes períodos da economia brasileira. O presente estudo não possui o objetivo de obter tais observações a partir da comparação entre a variação cambial e o índice de preços utilizados pelo banco central do Brasil.

Dessa forma, como a finalidade do presente estudo é identificar os possíveis motivos para a diferença do índice inflacionário para dois grupos de indivíduos de diferentes níveis de renda, cujo consumo de produtos de origem internacional é maior naqueles de maior renda. A identificação do impacto da variação cambial nos preços será aferida de forma simplificada, por meio da análise das tendências das variações entre as bases de dados acima citadas.

2.3 Relação entre Consumo e Renda

Segundo John Maynard Keynes (1936), o consumo, ao lado da poupança e investimento são considerados como agregados, em torno dos quais a atividade da economia é organizada, e que cujos detalhes das decisões individuais são negligenciados para que apenas as variações globais dos mesmos sejam levadas em consideração.

A função consumo, considerado uma das “funções psicológicas” por Keynes, possui como único fator determinante os rendimentos. Dessa forma, assim como postulado por Keynes através do que ele chama de “lei psicológica fundamental”, todo aumento na

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renda é seguido por um aumento de consumo, porém, em menor proporção à medida do crescimento da renda.

Essa função pode ser expressa matematicamente da seguinte formula:

Fórmula 7: Consumo em função da renda Onde:

● C é o consumo;

● é o consumo autônomo, ou seja, representa o consumo quando a renda é igual a zero;

● c é a propensão marginal a consumir, cujo valor é positivo e está entre um e zero;

● Yd é a renda disponível, que é igual a renda bruta subtraída de impostos e transferências;

2.3.1 Mudanças nos padrões de consumo de acordo com o aumento da Renda

Além da maior propensão a consumir, segundo estudo do Federal Reserve Bank of Cleveland (2014), a porcentagem dos gastos anuais direcionados a artigos de luxo é maior de acordo com o aumento da renda das famílias.

O estudo em questão dividiu a população americana em cinco quintis baseado na renda dos indivíduos com o intuito de demonstrar que a desigualdade da renda presente na sociedade americana impactava diretamente os padrões de consumo da mesma.

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Dessa forma, através da estratificação da população nesses cinco grupos e pela análise de dados que relacionam o consumo com o nível de renda da população, os autores do estudo chegaram à conclusão de que de fato existe uma relação direta entre o consumo de artigos de luxos e a renda do indivíduo analisado. Essa conclusão pode ser observada nos gráficos abaixo:

Imagem 1: Distribuição real de consumo por quintil de renda

Como mencionado anteriormente, o gráfico corrobora para a conclusão de que a renda é um fator importante para a determinação do consumo das famílias, assim como Keynes (1936) inferiu. Além disso, dando um passo além do estudo de Keynes, os autores Federal Reserve Bank of Cleveland (2014), qualificaram essa mudança de padrão de consumo, cuja tendência é na direção do aumento de consumo proporcional de artigos de luxo em detrimento do consumo proporcional de artigos de necessidade.

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3 Capítulo 3. Metodologia

Nesse capítulo será abordada a metodologia para realizar a comparação entre os resultados de dois diferentes estudos sobre o impacto inflacionário em duas diferentes classes econômicas. A comparação é realizada entre o documento de trabalho de Eduardo Henrique e Bernardo Galvão (2018), que discorre sobre a inflação para indivíduos de altíssimo patrimônio, e sobre os indivíduos classificados pelo nível de renda como “Alta Renda” pelo IPEA (2017). Além disso, será feita uma breve explicação de como ambos estudos foram realizados.

3.1 População e Amostra

Como mencionado anteriormente, será analisado o impacto inflacionário em um período de dez anos, de janeiro de 2008 a setembro de 2018, para dois diferentes classes econômicas, as quais foram utilizadas por dois estudos diferentes.

No estudo do IPEA, Inflação por faixa de renda (2017), a faixa da população denominada como Renda Alta foi determinada a partir de uma adaptação utilizada pelo IBGE (2010), o qual realiza a análise das despesas e rendimentos da POF de 2008/2009 e que utiliza sete diferentes faixas com múltiplos do salário mínimo. Para o estudo do IPEA, foi feita a opção de mesclar as três faixas superiores de renda para formar apenas duas com o intuito de realizar uma estimativa mais condizente com a realidade, visto que existe um pequeno espaço amostral de famílias de alta renda. Dessa forma, a faixa de renda definida como Renda Alta é estratificada pelas famílias cuja renda familiar excediam os nove mil reais, expressos a preços de janeiro de 2009.

No documento de trabalho de Eduardo Henrique e Bernardo Galvão (2018), foi realizada a estimativa do impacto inflacionário para as famílias cujo patrimônio excediam os cinquenta milhões de dólares. Esse grupo de indivíduos é conhecido pela literatura

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internacional como Ultra High Net Worth, ou seja, corresponde ao grupo de indivíduos com altíssimo patrimônio, como já foi mencionado anteriormente no presente trabalho. Essa denominação decorre da estratificação da população mundial por faixas de patrimônio explicitada anualmente pelo Global Wealth Report, desenvolvido pelo banco de investimentos suíço Credit Suisse.

3.2 Coleta de Dados

Os dados utilizados para realizar a comparação entre os dois estudos foram os resultados do impacto inflacionário em termos percentuais no período delimitado pelo presente estudo.

Ambos estudos, que tinham como objeto de estudo grupos cujas rendas são diferentes, utilizaram o mesmo método e consequentemente os mesmos tipos de dados, que são a proporção de consumo de cada item para os diferentes grupos de indivíduos estudados e a variação mensal do preço desses itens consumidos. O método utilizado foi o Método de Laspeyres, o qual foi explicado anteriormente no segundo capítulo do presente estudo.

Dessa forma, o fator diferencial entre os dois estudos é a proporção de consumo de cada um dos itens cujas variações de preço são medidas pelo IBGE através do IPCA e a maneira pela qual os autores desses estudos chegaram a essas proporções de consumo dos indivíduos que pertencem ao padrão de consumo do grupo de indivíduos em questão.

Como mencionado no segundo capítulo do presente estudo, existe uma relação direta entre os rendimentos aferidos por um indivíduo e o consumo realizado pelo mesmo.

Dessa maneira, o estudo sobre Inflação por faixa de renda (2017) realizado pelo IPEA, realizou a construção dos pesos para cada faixa de renda estudada baseando-se nos dados da POF de 2002/2003 e 2008/2009 e também com base nas proporções de gastos dos itens pesquisados pelo Sistema Nacional de Preços ao Consumidor (SNIPC). A partir desses dois dados e da utilização de um “tradutor” entre esses dois conjuntos de informações, foi possível determinar o gasto total por subitem por faixa de renda.

(30)

Devido ao fato de que o SNIPC não pesquisa a variação de preços de todos os itens da POF, foi necessário realizar a reponderação das proporções obtidas considerando apenas aqueles itens cujos preços são pesquisados pelo SNIPC e de forma que a soma das proporções fosse igual a um.

O documento de trabalho de Eduardo Henrique e Bernardo Galvão (2018) realizou a construção dessas proporções de consumo utilizando como base o relatório Consumer Expedintures (2018) realizado pelo U.S. Bureau of Labor Statistics, que realizou o estudo da variação das proporções de consumo de grupos análogos aos utilizados na medição do IPCA pelas famílias americanas de acordo com o nível de renda das mesmas, que foram separadas em grupos nove grupos, sendo o extremo inferior as famílias com renda anual inferior a quinze mil dólares e o extremo superior famílias cuja renda anual excedia duzentos mil dólares.

Com isso, foram utilizadas as proporções de gastos de cada um dos nove grupos utilizados para medição do IPCA de abril de 2018 como ponto inicial para aplicar as linhas de tendência da variação do consumo das famílias americanas medidas pelas variações das proporções de consumo dos grupos das famílias do extremo inferior até o extremo superior.

3.3 Tipo de Pesquisa

O tipo de pesquisa utilizado para desenvolver o presente estudo pode ser considerado tanto qualitativa quanto quantitativa.

Isso pode ser afirmado devido ao fato de que o entendimento e posterior comparação dos resultados obtidos pelos dois estudos utilizados como base são realizados de forma qualitativa através do múltiplo estudo de caso do impacto inflacionário para indivíduos

(31)

de Renda Alta segundo o IPEA (2017) e os indivíduos de altíssimo patrimônio exposto no documento de trabalho de Eduardo Henrique e Bernardo Galvão (2018).

Segundo Arilda Schmidt Godoy (1995), o estudo de caso é um tipo de pesquisa na qual se analisa uma unidade de forma profunda. Dessa forma, é possível afirmar que o presente estudo tem o objetivo de realizar a análise profunda de um fenômeno para dois diferentes grupos elucidada pelos dois estudos citados acima e posteriormente realizar a comparação entre os resultados dessa análise desses documentos de trabalho.

Além disso, o presente estudo faz o uso da estatística descritiva para realizar a comparação e análise dos resultados obtidos para a inflação pelos dois estudos base. Com isso, é possível chegar à conclusão de que existem traços de pesquisa quantitativa assim como qualitativa.

3.4 Etapas

A primeira etapa realizada para a construção do presente estudo é a análise profunda dos dois estudos sobre o impacto inflacionário para dois diferentes grupos de indivíduos estratificados pelo nível de renda dos mesmo.

Após o entendimento de todos aspectos referentes à esses projetos, foi realizada a segunda etapa, a qual consiste no estudo referente à literatura que permeia ambos estudos visando a total compreensão do tema e a finalização do embasamento para a construção dos dados.

Essa etapa consiste na aplicação dos pesos referentes ao consumo dos dois grupos estudados pelos estudos base nos dados públicos de variação de preços oferecidos pelo IBGE(2019).

(32)

Em seguida, foi realizada a comparação dos resultados obtidos pelos estudos base através da utilização de estatística descritiva devido a obtenção de poucos dados (variações percentuais anuais referentes às inflações para os dois grupos estudados).

A comparação entre os resultados de inflação apurados pelos estudos de base será feita sob a óptica da estatística descritiva, cujo objetivo principal é sintetizar valores de natureza semelhante e permite a obtenção da visão global do comportamento dos dados estudados, através da descrição das informações de três formas:

● Tabelas ● Gráficos

● Medidas Descritivas

No presente estudo é feito o uso exclusivo de tabelas simples do tipo temporal, a qual contém as variações percentuais anuais da inflação para cada uma das classes econômicas estudadas entre os anos de 2008 e 2018 com base no mês de setembro.

O tipo de gráfico utilizado é o de linhas, cujo uso é recomendado para séries temporais, como explicitado anteriormente no segundo capítulo do presente documento.

As medidas descritivas no presente estudo são dos seguintes tipos: Tendência Central e Dispersão.

As medidas do tipo de tendência central utilizadas para comparar as duas séries temporais de inflação são:

● Média aritmética ● Mediana

As medidas do tipo de dispersão para comparar as duas séries temporais de inflação são:

(33)

● Amplitude total ● Desvio médio ● Desvio-padrão

Após a comparação dos dados de acordo com a metodologia descrita acima, é possível realizar a análise dos mesmos. Nessa etapa, é realizado o estudo das razões pelas quais os comportamentos identificados na etapa anterior ocorreram e com isso, identificar as variáveis e comuns e não comuns às causas do fenômeno inflacionário para os dois grupos de indivíduos estudados.

4 Análise dos Resultados

Nesse capítulo serão apresentados os dados coletados para a variação de preços para os dois grupos de indivíduos estudados através de tabelas e gráficos, os quais auxiliarão no levantamento e discussão sobre possíveis motivos para as diferenças entre os dados obtidos para os dois grupos. Além disso, serão apresentadas as estatísticas mencionadas no segundo capítulo para as duas bases de dados.

Com o objetivo de simplificar o entendimento, as variações referentes ao grupo estudado no documento de trabalho de Eduardo Henrique e Bernardo Galvão (2018) serão referidas como “Inflação – Altíssima Renda” e as variações aferidas no estudo de Inflação por faixa de renda (2017) do IPEA serão referidas como “Inflação IPEA – Alta Renda”.

(34)

4.1 Dados do estudo de Inflação por faixa de renda (2017) b)

O gráfico a seguir ilustra as variações mensais aferidas nos 130 períodos utilizados no presente estudo da inflação para os indivíduos que fazem parte do grupo de “Alta Renda” do estudo de Inflação por faixa de renda (2017), realizado pelo IPEA.

Gráfico 1: Evolução da inflação para indivíduos de alta renda (em %)

Com o objetivo de expandir o entendimento sobre as variações do índices de inflação para o grupo citado acima, o gráfico abaixo mostra a variação em desvios padrão de cada um dos 130 meses estudados.

-0,50% 0,00% 0,50% 1,00% 1,50% 2,00%

Jan-08 Jan-09 Jan-10 Jan-11 Jan-12 Jan-13 Jan-14 Jan-15 Jan-16 Jan-17 Jan-18

(35)

Gráfico 2: Evolução da inflação para indivíduos de alta renda (em desvios padrão)

Através da análise de ambos os gráficos, é possível perceber que a variação dos preços da cesta de produtos consumidos pelo grupo de indivíduos em questão raramente foi negativa. Esse fato demonstra que o período estudado de forma geral foi inflacionário para esse grupo de pessoas.

Além disso, é possível verificar que em certos períodos foram aferidas variações positivas que excediam 3 desvios padrão, ou seja, durante o tempo analisado, houveram momentos nos quais a inflação foi de valores extremos.

4.2 Dados do documento de trabalho de Eduardo Henrique e Bernardo Galvão (2018)

-1,00 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00

jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18

(36)

O gráfico a seguir ilustra as variações mensais aferidas nos 130 períodos utilizados no presente estudo da inflação para os indivíduos que fazem parte do grupo de altíssima renda estudado no documento de trabalho de Eduardo Henrique e Bernardo Galvão (2018).

Gráfico 3: Evolução da inflação para indivíduos de altíssima renda (em %)

Com o objetivo de expandir o entendimento sobre as variações do índices de inflação para o grupo citado acima, o gráfico abaixo mostra a variação em desvios padrão de cada um dos 130 meses estudados.

-0,20% 0,00% 0,20% 0,40% 0,60% 0,80% 1,00% 1,20% 1,40% 1,60%

jan/08 fev/09 mar/10 abr/11 mai/12 jun/13 jul/14 ago/15 set/16 out/17

(37)

Gráfico 4: Evolução da inflação para indivíduos de altíssima renda (em desvio padrão)

Ao analisar ambos os gráficos, é possível chegar à conclusão de que as variações foram majoritariamente positivas, porém houve a ocorrência de aferições negativas de variação no período, ou seja, houveram momentos de deflação mesmo que o período como um todo tenha sido de inflação para os indivíduos de altíssima renda.

-1,00 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00

jan/08 fev/09 mar/10 abr/11 mai/12 jun/13 jul/14 ago/15 set/16 out/17

(38)

Como foi um período inflacionário, a maioria dos pontos do gráfico que mede as variações em desvios padrão estão no campo positivo na faixa que compreende de 0 a 2 desvios padrão.

4.3 Dados de ambos estudos base em conjunto

O gráfico abaixo foi construído com o objetivo de iniciar a comparação entre as variações da inflação para os dois grupos de indivíduos estudados. A tabela utilizada para a construção do gráfico abaixo encontra-se no anexo I.

-0,50% 0,00% 0,50% 1,00% 1,50% 2,00% ja n /08 ju l/08 ja n /09 ju l/09 ja n /10 ju l/10 ja n /11 ju l/ 11 ja n /12 ju l/12 ja n /13 ju l/13 ja n /14 ju l/14 ja n /15 ju l/15 ja n /16 ju l/16 ja n /17 ju l/17 ja n /18 ju l/18

Inflação Alta Renda x Altíssima Renda (em %)

UHNW

(39)

Gráfico 5: Evolução da inflação para indivíduos de altíssima renda e de alta renda (em %)

Como é possível perceber através da visualização dos dados obtidos pelo gráfico acima, as variações aferidas, com algumas exceções, são similares em sentido, intensidade e seguem um padrão similar entre si.

Dessa forma, ao analisar as tabelas 1 e 2, é possível perceber que as medidas descritivas dessas duas amostras de dados possui semelhanças notáveis. Entretanto, também é possível constatar que cada uma possui características idiossincráticas, que serão comentadas a seguir.

Medidas de Tendência Central

Grupo UHNW IPEA

Média Aritmética 0.48% 0.52% Mediana 0.45% 0.45%

Tabela 1: Medidas de tendência central aferidas para os dados de inflação calculados para os grupos de indivíduos estudados.

Medidas de Dispersão

Grupo UHNW IPEA

Amplitude 1.43% 2.04% Desvio médio -0.18% 0.25% Desvio Padrão 0.23% 0.34%

Tabela 2: Medidas de tendência central aferidas para os dados de inflação calculados para os grupos de indivíduos estudados.

(40)

Em relação às medidas de tendência central, como era esperado após a análise do gráfico, ambas são bastante similares para os dois grupos devido ao fato de que os dados refletem uma tendência inflacionária para os dois conjuntos de indivíduos estudados pelos estudos base.

Por outro lado, no que tange às medidas de dispersão, é possível notar uma grande divergência nas amplitudes dos valores aferidos para cada um dos grupos, com a medida para o grupo de altíssima renda de 30% menor do que a do grupo de alta renda. Além disso, foram aferidas divergências para o desvio médio e desvio padrão respectivamente, sendo a maior estatística aferida para o grupo de alta renda em ambos os casos.

Com o intuito de analisar o efeito a longo prazo (no período estudado) do aumento de preços generalizados para cada um dos dois grupos e comparar a intensidade do mesmo entre os dois conjuntos de indivíduos, foi criado um índice no qual no primeiro ponto do gráfico o valor foi normalizado para 100 (base 100) e as variações percentuais foram acrescentadas de forma incremental a cada período. Esses índices foram representados no gráfico abaixo. 187,50 194,93 0,00 50,00 100,00 150,00 200,00 250,00

jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18

Inflação Alta Renda x Altíssima Renda (Base 100

Dez/08)

UHNW

(41)

Gráfico 6: Evolução da inflação acumulada para indivíduos de alta renda e altíssima renda (base 100 em dezembro de 2008)

É possível chegar à conclusão de que a inflação acumulada no período de 130 meses foi maior para os indivíduos de alta renda com um aumento de 94.93% contra um valor de 87.50% para os indivíduos de altíssima renda.

4.4 Análise dos dados do estudos em conjunto

Como mencionado no segundo capítulo do presente estudo, os índices de inflação calculados para os dois grupos estudados são derivados do IPCA. Dessa forma ambos foram construídos a partir da determinação da cesta de consumo dos indivíduos desses grupos e com isso, a diferença entre os mesmos se encontra nos pesos utilizados no método de laspeyres.

Na tabela 1 encontram-se os respectivos pesos para cada um dos nove grupos de bens e serviços consumidos pelo público-alvo desse estudo que, obedecendo a regra do índice de laspeyres, possuem o somatório igual a um.

Grupos IPEA - Alta Renda Altíssima Renda Diferença

1.Alimentação e bebidas 16% 15% 1.29%

(42)

3.Artigos de residência 5% 11% -6.09%

4.Vestuário 5% 8% -2.74%

5.Transportes 27% 15% 12.06%

6.Saúde e cuidados pessoais 11% 16% -4.94%

7.Despesas pessoais 10% 14% -3.64%

8.Educação 10% 9% 1.08%

9.Comunicação 6% 1% 5.16%

Tabela 3: Pesos dos grupos de bens e serviços na cesta de consumo para os grupos de indivíduos estudados

Assim como esperado pela relação de consumo e renda introduzida por Keynes (1936), é possível observar diferenças significativas nos padrões de consumo dos dois grupos estudados, sendo as despesas com transportes a maior diferença dos nove grupos de bens e serviços.

Com o intuito de compreender o motivo das diferenças dos índices compostos durante o período estudado, serão analisados os impactos de cada um dos nove grupos do IPCA na inflação acumulada durante o período estudado

Além disso, será analisado o período entre os meses de outubro de 2010 e julho de 2011, no qual foram observadas as maiores diferenças entre os dois índices compostos do gráfico 6.

4.4.1 Análise comparativa dos impactos dos nove grupos do IPCA

Durante o período estudado, o grupo de indivíduos de alta renda sofreu um processo inflacionário maior do que o grupo de pessoas de altíssima renda. A diferença de inflação acumulada foi cerca de 7.5%, o que equivale a uma taxa composta de 0.66% ao ano a mais para o primeiro conjunto de indivíduos.

(43)

Em relação ao grupos de bens e serviços do IPCA, é possível observar na Tabela 4, na coluna “Diferença” a qual demonstra a subtração entre o impacto inflacionário de cada um dos grupos do IPCA para os indivíduos dos dois estudos base, que cinco dos nove grupos apresentaram maior impacto no grupo de alta renda e em quatro grupos o impacto foi maior para o grupo de altíssima renda.

Grupos e Subgrupos Impacto IPEA Impacto UHNW Diferença

1.Alimentação e bebidas 15.47% 13.13% 2.34%

2.Habitação 8.34% 9.63% -1.29%

3.Artigos de residência 4.66% 9.63% -4.96%

4.Vestuário 4.99% 7.00% -2.01%

5.Transportes 25.69% 13.13% 12.57%

6.Saúde e cuidados pessoais 10.50% 14.00% -3.50%

7.Despesas pessoais 9.83% 12.25% -2.42%

8.Educação 9.57% 7.88% 1.69%

9.Comunicação 5.85% 0.88% 4.97%

Total 94.90% 87.50% 7.40%

Tabela 4: Impacto inflacionário dos grupos de bens e serviços na cesta de consumo dos grupos de indivíduos estudados

Os três grupos de bens e serviços que provocaram as maiores diferenças entre os índices de inflação acumulados para os dois grupos de indivíduos estudados foram o de Transportes, Comunicação e Artigos de residência.

O grupo de Transportes possuiu um impacto cerca de 13% maior para o índice de inflação para o conjunto de indivíduos de alta renda devido ao fato de que corresponde a 27%, como pode ser observado na tabela 1, da cesta de produtos consumida por esse grupo enquanto representa apenas 15% da cesta do grupo de indivíduos de altíssima renda.

Por outro lado, o grupo de artigos de residência do IPCA apresentou um impacto 4.96% menor para o grupo de indivíduos de alta renda devido ao fato de que o peso desse

(44)

grupo na cesta de indivíduos é de apenas 4.91%, como pode ser observado na tabela 1, enquanto corresponde a 11% para o grupo de indivíduos de altíssima renda.

4.4.2 Análise comparativa do período de Outubro de 2010 até Julho de 2011

Através da observação do gráfico 6, é possível notar que os índices de inflação acumulada para ambos grupos de indivíduos estudados se comportaram de maneira similar em sua grande maioria de períodos. No entanto, entre o mês de outubro de 2010 até o mês de julho de 2011 nota-se uma dissonância entre ambos índices acumulados.

(45)

Dessa forma, o gráfico 7 ilustra esse “descolamento” entre as linhas do gráfico 6 que representam a inflação acumulada para ambos conjuntos de pessoas estudados pelo estudos base do presente documento no meses compreendidos no período citado acima.

Gráfico 7: Evolução da inflação acumulada para indivíduos de alta renda e altíssima renda (base 100 em setembro de 2010)

No gráfico acima é possível perceber que a inflação acumulada de outubro de 2010 a julho de 2011 foi consideravelmente maior para o grupo de alta renda, principalmente no meses de janeiro, fevereiro e março de 2011. Isso pode ter sido causado majoritariamente pela aceleração do aumento dos preços dos grupos de Transportes, Educação e Despesas

94 96 98 100 102 104 106 108 110

set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11

UHNW

(46)

pessoais, os quais representam 47.50% da cesta de consumo dos indivíduos de alta renda no passo que representam apenas 38% da cesta de consumo do grupo de altíssima renda.

(47)

5.1 Questões propostas

● Para qual dos dois grupos de renda a o processo inflacionário foi mais intenso no período estudado?

A partir da metodologia descrita no terceiro capítulo do presente documento foi calculado o índice acumulado de inflação para ambos os grupos estudados. Com isso, foi observada uma inflação dos produtos consumidos para os indivíduos de alta renda maior do que para os indivíduos de altíssima renda e como pode ser observado no gráfico 6, os valores foram de 94,93% e 87,50%, respectivamente.

● Quais fatores podem ter levado às diferenças entre os índices de inflação acumulados para os dois grupos em questão?

Como pode ser observado no gráfico 6, é possível afirmar que os efeitos inflacionários no decorrer do período estudado foram similares para ambos os grupos de indivíduos com exceção de um período, principalmente, no qual houve um “descolamento” entre os índices acumulados de inflação.

Nesse período, que começa no mês de outubro de 2010 e vai até o mês de julho de 2011, houve uma grande aceleração dos preços dos produtos dos grupos de Transportes, Educação e Despesas pessoais e como é possível observar na tabela 4, a proporção desses três grupos de produtos é diferente para os dois grupos de indivíduos estudados. Dessa forma, além da diferença entre as proporções de todos os 9 grupos de produtos consumidos, esse período específico pode ter contribuído para a diferença entre os índices de inflação no período completo de estudo.

Além desse período especifico, assim como era esperado devido a literatura referente aos diferentes níveis e padrões de consumo em relação à evolução da renda de indivíduos, o resultado do estudo sugere que devido à cesta de bens e serviços consumidos

(48)

pelos indivíduos de alta renda de acordo com o estudo do IPEA (2017), os mesmos sofreram o maior aumento generalizado de preços.

Uma das possíveis causas da sutil diferença de cerca de 7,50% em um período 130 meses entre a inflação acumulada para os dois grupos de indivíduos estudados pode ter sido pelos maiores pesos em grupos de bens e serviços consumidos pelo público-alvo que tiveram maiores variações de preços no período estudado sendo que os principais contribuidores dentre os nove grupos de bens e serviços foram transportes e comunicação.

(49)

5.2 Considerações finais

Dessa forma, devido a relevância econômica dos grupos de indivíduos estudados no presente documento, assim como a grande capacidade do efeito inflacionário que incide no consumo de cada um desses grupos, se torna evidente a importância do estudo desse impacto para que possa ocorrer a formulação de políticas públicas que visem o desenvolvimento econômico e social do país.

Além disso, devido ao fato de que os dois grupos possuem alta capacidade de investimento em novos projetos, os quais são capazes de trazer impactos importantes para todos os grupos da população, a mensuração e entendimento da inflação que impacta essa capacidade de investir dos dois grupos de indivíduos se torna de alta necessidade. Isso ocorre devido ao efeito multiplicador que o capital investido em projetos de infraestrutura, por exemplo, é capaz de provocar na economia através da geração de empregos diretos e indiretos.

Com isso, com o intuito de seguir o presente estudo e enriquecer a discussão acerca esse tema de grande importância, são feitas as seguintes recomendações:

● Realizar a comparação do impacto inflacionário para diversos grupos de indivíduos estratificados pela sua renda e consequentemente, pelo seu consumo;

● Aumentar complexidade do estudo através da:

○ Realização do estudo dos padrões de consumo dos indivíduos com maior granularidade

○ Identificação do impacto do consumo de bens e serviços em moedas estrangeiras na inflação do grupo de indivíduos em questão

(50)

6 Referências Bibliográficas

2)

BANCO CENTRAL DO BRASIL, Página:

www.bcb.gov.br./controleinflacao/oqueeinflacao Acesso em: 10 julho 2019

KEYNES, JOHN MAYNARD, A TEORIA GERAL DO EMPREGO, DO JURO E DA MOEDA, 1936.

IPEA, CARTA DE CONJUNTURA : INFLAÇÃO POR FAIXA DE RENDA, 2017.

IBGE, Página: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/precos-e-custos/9256-indice-nacional-de-precos-ao-consumidor-amplo.html?t=o-que-e Acesso em: 10 julho 2019

GOMES,EDUARDO E GALVÃO, BERNARDO, DOCUMENTO DE TRABALHO, 2018.

FEDERAL RESERVE BANK OF CLEVELAND, Income Inequality and Income-Class Consumption Patterns, 2014

CREDIT SUISSE, GLOBAL WEALTH REPORT, 2017

U.S BUREAU OF LABOR STATISTICS, Consumer Expenditures in 2016, 2018

GODOY, ARILDA, PESQUISA QUALITATIVA: TIPOS FUNDAMENTAIS, 1995

GUEDES, ABT Martins, CRL ACORSI, V JANEIRO - Projeto de ensino aprender fazendo estatística, 2005

(51)

BANCO CENTRAL DO BRASIL, PASS THROUGH CAMBIAL: REPASSE CAMBIAL SOB A ÓTICA DE UM MODELO SEMISTRUTURAL ESTUDO ESPECIAL Nº26, 2018

7 Apêndices

1. Tabela de variações de inflação calculada para indivíduos de altíssima renda

Mês Inflação Altíssima Renda Mês Inflação Altíssima Renda jan/2008 0.45% jun/2013 0.31% fev/2008 0.55% jul/2013 0.17% mar/2008 0.40% ago/2013 0.36% abr/2008 0.52% set/2013 0.40% mai/2008 0.70% out/2013 0.51% jun/2008 0.56% nov/2013 0.53% jul/2008 0.46% dez/2013 0.82% ago/2008 0.37% jan/2014 0.57% set/2008 0.41% fev/2014 0.99% out/2008 0.45% mar/2014 0.73% nov/2008 0.36% abr/2014 0.56% dez/2008 0.34% mai/2014 0.55% jan/2009 0.47% jun/2014 0.53% fev/2009 0.70% jul/2014 0.16% mar/2009 0.24% ago/2014 0.32% abr/2009 0.60% set/2014 0.51% mai/2009 0.50% out/2014 0.39% jun/2009 0.36% nov/2014 0.43% jul/2009 0.28% dez/2014 0.68% ago/2009 0.23% jan/2015 1.00% set/2009 0.29% fev/2015 1.38% out/2009 0.28% mar/2015 1.19% nov/2009 0.40% abr/2015 0.68% dez/2009 0.43% mai/2015 0.63% jan/2010 0.66% jun/2015 0.77%

(52)

fev/2010 0.77% jul/2015 0.56% mar/2010 0.47% ago/2015 0.35% abr/2010 0.51% set/2015 0.52% mai/2010 0.51% out/2015 0.72% jun/2010 0.23% nov/2015 0.75% jul/2010 0.16% dez/2015 0.78% ago/2010 0.10% jan/2016 0.98% set/2010 0.37% fev/2016 1.12% out/2010 0.56% mar/2016 0.46% nov/2010 0.60% abr/2016 0.60% dez/2010 0.58% mai/2016 0.80% jan/2011 0.71% jun/2016 0.33% fev/2011 0.95% jul/2016 0.38% mar/2011 0.74% ago/2016 0.50% abr/2011 0.72% set/2016 0.16% mai/2011 0.50% out/2016 0.30% jun/2011 0.31% nov/2016 0.24% jul/2011 0.27% dez/2016 0.34% ago/2011 0.39% jan/2017 0.35% set/2011 0.46% fev/2017 0.63% out/2011 0.39% mar/2017 0.30% nov/2011 0.45% abr/2017 0.13% dez/2011 0.40% mai/2017 0.37% jan/2012 0.53% jun/2017 -0.06% fev/2012 0.79% jul/2017 0.28% mar/2012 0.22% ago/2017 0.37% abr/2012 0.65% set/2017 0.25% mai/2012 0.37% out/2017 0.40% jun/2012 0.11% nov/2017 0.29% jul/2012 0.41% Dez/2017 0.43% ago/2012 0.39% Jan/2018 0.19% set/2012 0.46% Fev/2018 0.53% out/2012 0.47% Mar/2018 0.16% nov/2012 0.55% Abr/2018 0.25% dez/2012 0.74% Mai/2018 0.35% jan/2013 0.73% Jun/2018 0.85% fev/2013 0.76% Jul/2018 0.31% mar/2013 0.39% Ago/2018 0.07% abr/2013 0.54% Set/2018 0.44% mai/2013 0.42% Out/2018 0.37%

(53)

2. Tabela de variações de inflação calculada para indivíduos de alta renda Mês Inflação Alta Renda Mês Inflação Alta Renda jan/2008 0.58% jun/2013 0.15% fev/2008 0.77% jul/2013 0.16% mar/2008 0.48% ago/2013 0.32% abr/2008 0.39% set/2013 0.27% mai/2008 0.68% out/2013 0.45% jun/2008 0.77% nov/2013 0.44% jul/2008 0.73% dez/2013 0.88% ago/2008 1.07% jan/2014 0.56% set/2008 0.17% fev/2014 1.14% out/2008 0.46% mar/2014 0.74% nov/2008 0.50% abr/2014 0.54% dez/2008 0.47% mai/2014 0.44% jan/2009 0.86% jun/2014 0.37% fev/2009 0.94% jul/2014 0.05% mar/2009 0.37% ago/2014 0.24% abr/2009 0.53% set/2014 0.41% mai/2009 0.32% out/2014 0.38% jun/2009 0.14% nov/2014 0.43% jul/2009 0.13% dez/2014 0.51% ago/2009 0.33% jan/2015 0.95% set/2009 0.39% fev/2015 1.87% out/2009 1.04% mar/2015 1.16%

(54)

nov/2009 0.41% abr/2015 0.52% dez/2009 0.45% mai/2015 0.63% jan/2010 1.02% jun/2015 0.70% fev/2010 0.93% jul/2015 0.51% mar/2010 0.51% ago/2015 0.38% abr/2010 0.29% set/2015 0.46% mai/2010 0.35% out/2015 0.87% jun/2010 0.14% nov/2015 0.93% jul/2010 0.20% dez/2015 0.76% ago/2010 0.00% jan/2016 1.02% set/2010 0.42% fev/2016 1.29% out/2010 0.74% mar/2016 0.43% nov/2010 0.92% abr/2016 0.57% dez/2010 0.58% mai/2016 0.59% jan/2011 1.61% jun/2016 0.25% fev/2011 1.48% jul/2016 0.40% mar/2011 1.17% ago/2016 0.55% abr/2011 0.51% set/2016 0.08% mai/2011 0.55% out/2016 0.27% jun/2011 0.39% nov/2016 0.28% jul/2011 0.19% dez/2016 0.30% ago/2011 0.11% jan/2017 0.38% set/2011 0.31% fev/2017 0.78% out/2011 0.47% mar/2017 0.17% nov/2011 0.85% abr/2017 0.09% dez/2011 0.40% mai/2017 0.23% jan/2012 0.44% jun/2017 -0.16% fev/2012 0.84% jul/2017 0.20% mar/2012 0.22% ago/2017 0.53% abr/2012 0.50% set/2017 0.23% mai/2012 0.23% out/2017 0.38% jun/2012 -0.18% nov/2017 0.34% jul/2012 0.35% Dez/2017 0.45% ago/2012 0.38% Jan/2018 0.34% set/2012 0.36% Fev/2018 0.66% out/2012 0.48% Mar/2018 0.11% nov/2012 0.55% Abr/2018 0.21% dez/2012 0.63% Mai/2018 0.38% jan/2013 0.74% Jun/2018 1.03% fev/2013 1.20% Jul/2018 0.36% mar/2013 0.50% Ago/2018 -0.06%

(55)

abr/2013 0.45% Set/2018 0.53%

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