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Telejornalismo Expandido: o conteúdo jornalístico televisivo nas redes sociais

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Academic year: 2021

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SBPJor – Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo 14º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo

Palhoça – Unisul – Novembro de 2016

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Telejornalismo Expandido:

o conteúdo jornalístico televisivo nas redes sociais

Edna Mello Iluska Coutinho

Resumo: Este artigo tem a proposta de apresentar novas formas de consumo e de diálogo dos telejornais brasileiros com a sociedade, por meio de sua presença nas mídias sociais, aplicativos digitais. Essa apropriação tem reflexos nas formas de circulação da notícia, que ocorre também por meio de narrativas convergentes, em uma fase que denominamos de telejornalismo expan-dido. Destacamos neste trabalho os resultados de pesquisa que sinalizam a presença de produ-ções telejornalísticas diferenciadas em diversas redes sociais digitais, incluindo a transmissão ao vivo de reuniões de pauta, a produção de chamadas (teasers) por repórteres ou apresentadores, a postagem de vídeos de reportagens, as transmissões simultâneas na televisão e na rede social e interação com o telespectador ao vivo. Na fase atual, o telejornalismo se expande, e diversifica suas plataformas de atuação e contato com o cidadão.

Palavras-chave: telejornalismo; convergência; redes sociais; jornalismo; aplicativo.

1.

Introdução

O ciberespaço e as tecnologias móveis têm causado mudanças na circulação de in-formações e na forma de acesso às notícias. São novas tendências culturais que demar-cam espaços de confluência, tornando-se influentes na diluição das fronteiras cada vez fluidas entre o social, o econômico e o político. Instituição central na sociedade brasilei-ra, o telejornalismo também registram transformações em sua forma de contato com a sociedade, com seu(s) público(s) que passam também pela experiência nas redes sociais.

Inserido nesse campo de reflexões esse artigo se propõe a estudar como o telejor-nalismo tem se apropriado das ferramentas das redes sociais para divulgação de

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2 dos e interação com seu público. O objetivo deste trabalho é iniciar uma leitura do fe-nômeno, com a percepção de produções nas redes sociais que produzem efeitos de sen-tido de convergência, ou ainda que sinalizam tendências que poderiam contribuir na tentativa de traçar caminhos que possam contribuir para a compreensão do objeto e for-necer elementos que sirvam de base para pesquisas futuras. Em termos metodológicos, a pesquisa insere-se na perspectiva da abordagem qualitativa, com utilização das técnicas de Análise de Conteúdo propostas por Bardin (2011), adaptadas para a análise de tele-jornais. (SILVA, 2010).

Dessa forma, no que refere-se à estrutura do artigo, são apresentados inicialmente alguns marcos teóricos a partir dos quais o conceito de convergência é incorporado no âmbito das reflexões sobre o jornalismo televisivo, e das mudanças nele engendradas. Nessa perspectiva são apresentadas propostas de compreensão de que tais transforma-ções no fazer/experimentar telejornalismo constituem-se como um processo, que pode-ria incluir fases até a chegada ao momento que aqui denomina-se de telejornalismo ex-pandido. A busca por evidências dessas práticas, de expansão dos conteúdos de telejor-nais brasileiros veiculados em rede, e de suas formas de acesso, é apresentada a seguir, assim como as interpretações preliminares acerca das transformações experimentadas nas formas do telejornalismo reafirmar sua presença na sociedade brasileira.

1.1 - A Convergência no Jornalismo

O norte-americano Henry Jenkins, considerado um dos pesquisadores da mídia mais influentes da atualidade, propôs o termo “cultura da convergência”. Para ele, a convergência está relacionada à ideia de que o fluxo de conteúdo é perpassado através de várias plataformas da mídia, havendo sempre uma cooperação entre elas:

Talvez num conceito mais amplo, a convergência se refira a uma situ-ação em que múltiplos sistemas de mídia coexistem e em que o conte-údo passa por eles fluidamente. Convergência é entendida aqui como um processo contínuo ou uma série continua de interstícios entre dife-rentes sistemas de mídia, não uma relação fixa (JENKINS, 2009, p.377).

No âmbito da comunicação social, o contexto de convergência já é uma realidade, e com o jornalismo não é diferente. A ascensão da internet como veículo de

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3 ção no início da primeira década dos anos 2000 fez com que as redações jornalísticas sofressem transformações nos modos de produção e veiculação da notícia, caracteriza-das principalmente pela interação entre os meios. Esta conjuntura é consequência do que Ramón Salaverría chama de convergência jornalística:

A convergência jornalística é um processo multidimensional que, faci-litada pela implantação generalizada das tecnologias digitais de tele-comunicação, afeta o âmbito tecnológico, empresarial, profissional e editorial dos meios de comunicação, propiciando uma integração de ferramentas, espaços, métodos de trabalho e linguagens anteriormente desagregadas, de forma que os jornalistas elaborem conteúdos que se distribuam através de múltiplas plataformas, mediante linguagens pró-prias de cada uma (SALAVERRÍA, 2008, p. 404, tradução nossa). O autor aponta quatro dimensões na convergência jornalística: empresarial, tecno-lógica, profissional e comunicativa. A dimensão empresarial está ligada a um nível mais geral, o das empresas de comunicação. Diz respeito às dinâmicas de multiplicação dos meios dentro de um grupo de comunicação, além da maneira que esses meios se coor-denam entre si no âmbito econômico e editorial. Salaverría (2003) destaca um elemento importante desta dimensão: “o surgimento da internet como nova plataforma para o jor-nalismo, que foi obrigado a revisar os modelos de articulação dos meios dentro dos gru-pos de comunicação” (p.33, tradução nossa).

A segunda dimensão é a tecnológica, que está relacionada com as reconfigurações nas atividades jornalísticas ocasionadas pela chegada da digitalização. Essas mudanças abriram “novos horizontes para o jornalista” (SALAVERRÍA, 2003, p.33, tradução nos-sa), devido à proliferação de diferentes ambientes e suportes de produção e veiculação do conteúdo jornalístico.

A terceira dimensão da convergência jornalística é a profissional, e diz respeito às mudanças que veem atingindo os jornalistas como profissionais.

Agora é necessário trabalhar mais rápido (para oferecer avanços in-formativosdesde a edição online), conhecer novas técnicas de investi-gação para o uso em fontes digitais, dominar os códigos, tanto textuais como audiovisuais para elaboração de conteúdos multimídia. Para ser um jornalista completo nestas novas circunstâncias, não basta ter uma boa escrita ou cultura visual (SALAVERRÍA, 2003, p.33, tradução nossa).

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4 Estas consequências fizeram que figuras tradicionais das redações sumissem, dan-do espaço a novos tipos de profissionais. O autor destaca a figura dan-do jornalista multimí-dia, que é fragmentado com o jornalista multitarefa e o jornalista multiplataforma. No primeiro caso, o profissional da redação assume múltiplas atividades, como produção, redação, fotografia, edição, etc. Já o multiplataforma é quem produz diferentes conteú-dos de uma mesma pauta para meios distintos, ajustando-os para as características de cada um.

Salaverría (2003) propõe ainda a dimensão comunicativa, que é marcada pela exi-gência dos novos meios, oriundos principalmente do ambiente virtual, requererem no-vas formas de apresentar o conteúdo informativo. “As potencialidades hipertextuais e interativas das redes digitais exigem dos meios de comunicação um esforço para desen-volver formatos informativos que aproveitem essas utilidades” (p. 36). A dimensão co-municativa, portanto, é caracterizada pela expansão de linguagens e ferramentas, além da real convergência informativa entre os meios.

As quatro dimensões ajudam a compreender a convergência jornalística numa conjuntura muito mais ampla, que não se limita apenas à integração das redações, mas sim um fenômeno que atinge toda conjuntura das mídias. É o caso da televisão, que, em seu estado atual de transformação, se baseia principalmente na informatização da pro-dução. Este estado é conceituado pelo professor e pesquisador argentino, radicado na Espanha, Carlos Alberto Scolari, de hipertelevisão.

A hipertelevisão está inserida na convergência das mídias, caracterizada, sobretu-do, por uma nova textualidade televisiva. Para explicar seu conceito, Scolari (2008) destaca a experiência hipertextual, onde uma mídia terá sempre relação com outras. Sendo assim, desta experiência, pressupõe espectadores acostumados com a interativi-dade e as múltiplas plataformas. A hipertelevisão, portanto, é consequente da multitela: ao mesmo tempo que o telespectador está vendo TV, ele também consome um conteúdo convergente no celular, computador ou tablet; e da interação: o público ganha mais es-paço do que nunca.

Scolari (2014) afirma que as transformações sofridas pela televisão, dentro da fase de hipertelevisão, dão-se pela necessidade do meio de se confrontar com sua própria decadência:

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5 A aparição de novas ferramentas midiáticas – desde os videogames até a internet – ameaça e corrói o até então indiscutível poder dos meios de comunicação. O consumo televisivo tradicional (aberto e a cabo) se mantem estável, porém, é nas novas gerações que seu consumo come-ça a cair. É evidente que o consumo midiático dos jovens inclui uma variada gama de experiências, entre as quais a televisão ocupa uma ci-fra menor em relação a gerações anteriores (SCOLARI, 2014, p.158, tradução nossa).

Assim, o autor conclui que a hipertelevisão veio para se apropriar dos novos mei-os interativmei-os para sobreviver, “modificando sua retórica para atingir novas audiências, formadas principalmente por experiências hipertextuais e interativas” (SCOLARI, 2014, p.158, tradução nossa). A partir dos aportes do autor, e dos outros estudiosos da conver-gência, a proposta no artigo é perceber como o telejornalismo reconstrói suas relações com a sociedade brasileira, e sua centralidade como meio de informação sobre o mundo, por meio da difusão de conteúdos nas redes sociais digitais.

1.2 – Telejornalismo: do transpositivo ao expandido

Tendo como base os estudos desenvolvidos sobre a influência do advento da in-ternet e da cibercultura no telejornalismo nos últimos cinco anos, e ainda sobre o jorna-lismo digital propõe-se a categorização de três estágios/fases que demarcarim as mu-danças ocorridas no jornalismo televisivo, ou ainda, de sua expansão para outras telas e plataformas. À exemplo das periodizações estabelecidas quando descreve-se a prática do jornalismo no ambiente digital (PALACIOS, 2002), seria possível identificar três fases do telejornalismo em múltiplas telas, ainda esses períodos não sejam totalmente excludentes1: transpositiva; hipermidiática e expandida.

A fase transpositiva (primeira) ocorreria quando as emissoras de televisão lançam os portais na web a partir dos anos 2000 e começam a articular o conteúdo dos progra-mas jornalísticos em sites, além de oferecer o acesso aos vídeos dos telejornais (na ínte-gra – para assinantes) para os seus espectadores. Como exemplo, temos o portal Globo.

1 As fases aqui descritas buscam ressaltar marcas características de períodos particulares, embora seja possível identificar a coexistência entre elas, na forma pelas quais distintos telejornais, nacionais e regio-nais, estão presentes nas redes sociais digitais.

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6 Com que iniciou suas atividades no dia 26 de março de 2000, reunindo toda a produção das Organizações Globo num mesmo endereço. A característica principal desta fase é que os sites dos telejornais hospedados nos portais funcionam como um repositório dos conteúdos jornalísticos veiculados anteriormente somente pela televisão. Ainda nesta fase são iniciadas as primeiras tentativas de interação com o público no ambiente virtual através de chats online com comentaristas, convidados, repórteres ou apresentadores.

Quando as emissoras de televisão passam a transmitir seus telejornais simultane-amente na televisão e na internet, em tempo real, fazendo uso da convergência entre suportes diferentes com características complementares ou da disseminação de um mesmo produto em várias plataformas, teria início o que se considera como a fase hi-permidiática (segunda). A característica marcante desse estágio é o fenômeno da segun-da tela, em que o telespectador pode acompanhar o conteúdo televisivo no ambiente segun-das redes, de forma complementar. Ainda nesta fase destaca-se o aumento e a otimização dos espaços para participação do público com o envio de pautas, fotos e vídeos que passam a integrar os conteúdos dos telejornais, em distintas telas.

O que propõe aqui como Telejornalismo expandido ou fase expandida (terceira), ocorreria quando os telejornais passam a criar conteúdos, exclusivos ou não, para outras plataformas, sejam redes sociais ou aplicativos, de forma a expandir os conteúdos jorna-lísticos para novos formatos. É o estágio em que nos encontramos hoje, vivenciado de forma diferenciada por emissoras e telejornais, mas que tem em comum a característica de contar com o repórter televisivo ou o apresentador do telejornal fora do seu ambiente nativo, a televisão.

Neste artigo, nos propomos abordar como o jornalismo de televisão tem feito uso das redes sociais e dos aplicativos, constituindo o estágio de chamamos de telejornalis-mo expandido. Os procedimentos metodológicos tem cotelejornalis-mo referência a análise de con-teúdo, com a descrição dos usos e apropriações realizadas por telejornais brasileiros em redes sociais digitais: facebook; instagram, periscope, snapchat e whatsapp.

2 - Telejornalismo expandido: os conteúdos nas Redes Sociais

A presença de emissoras de televisão e dos telejornais nas redes sociais tem sido muito evidenciada nas pesquisas de comunicação. Em alguns casos tais estudos

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7 tam os espaços digitais como potencialidades para ampliação da participação popular, com vistas à democratização da comunicação (COUTINHO, CHAVES & VIEIRA, 2012).

Sobretudo nos últimos anos as audiências de televisão passaram a ocupar esses espaços de forma atuante, seja comentando os conteúdos, interagindo com apresentado-res ou repórteapresentado-res, ou emitindo sua opinião2. Por outro lado, os telejornais passaram a reconhecer as redes sociais como um espaço privilegiado de interação com os telespec-tadores, agora convertidos também em seguidores.

Neste contexto, as páginas dos telejornais nas redes sociais são um ambiente rico de aproximação entre os jornalistas e o público do jornal, e têm sido utilizadas por mui-tas emissoras e programas jornalísticos como meio de inserção de conteúdos jornalísti-cos exclusivos para cada plataforma, e de potencializar o diálogo entre telas, e mesmo entre o telejornalismo e o público, a sociedade.

Os dados apresentados a seguir registram experiências dos noticiários televisivos em outras telas e espaços virtuais, ampliando as formas e ambientes de contato do tele-jornalismo, agora expandido. Em cada uma das redes descritas, buscou-se evidenciar quais as práticas de inserção de conteúdos jornalísticos eram realizadas, e perceber as produções de sentido inscritas em tais narrativas.

A rede em que há mais inscrições dos telejornais é o Facebook. Nessa rede social digital os usuários criam seus perfis, podem adicionar outros usuários como amigos e trocar mensagens, sejam por texto, fotos ou vídeos. O usuário pode também comentar as postagens de outros perfis, dar curtidas (likes) e compartilhar as postagens. Os telejor-nais têm criado perfis instituciotelejor-nais de seus programas, atuando principalmente com postagens com fotos ou vídeo de apresentadores ou com trechos de vídeo de reportagens da edição. Para o telejornal, o perfil do Facebook funciona também como um importan-te importan-termômetro de audiência, pois os “amigos” podem curtir e compartilhar os conimportan-teúdos.

2 Não por acaso o segundo volume da série Jornalismo Audiovisual (Rede Telejor), tem como título #telejornalismo: nas ruas e nas telas (Insular, 2013). Nos capítulos os autores buscam refletir sobre o transpordamento do jornalismo televisivo.

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8 No perfil do Facebook da emissora Record News3, o apresentador Heródoto Bar-beiro faz chamadas para as reportagens que serão destaque do dia no telejornal Jornal Record News e diariamente faz a transmissão ao vivo da reunião de pauta do telejornal (edição do dia seguinte), às 16h30.

As chamadas do JR News são transmitidas somente pelo Facebook e geralmente contam com a cabeça da reportagem, falada de forma mais coloquial pelo apresentador, seguida pela apresentação da reportagem. A duração postagem em vídeo geralmente fica em torno dos 2min e 30 segundos.

As reuniões de pauta do JR News são transmitidas diariamente, ao vivo, pela rede social Facebook e pelo Periscope (aplicativo ligado ao Twitter que permite transmissões ao vivo). A característica principal dessa transmissão é a informalidade. A equipe do telejornal se apresenta ao público e segue com cada editoria comentando os destaques. Não há preocupação com a qualidade técnica da imagem, tampouco com a edição do vídeo. As gravações por celular, geralmente feitas da editora-chefe do jornal e pelo pró-prio Heródoto (responsável pela transmissão no Periscope). Geralmente, a duração da transmissão dura entre 10 a 15 minutos.

Durante o monitoramento efetuado pela pesquisa de 01 a 30 de junho foram pos-tados cerca de 210 minutos de vídeo com conteúdos jornalísticos (pautas e notícias), com a média de 357 visualizações diárias, exclusivamente do JR News.

O canal Record News onde são feitas as transmissões dos conteúdos do JR News conta hoje com 180.338 pessoas que curtiram seu perfil no Facebook4. Uma

caracterís-tica marcante deste perfil é que todos os comentários são comentados pela equipe, cri-ando uma interação com seu público.

3 A Record News é uma rede de televisão aberta, inaugura em setembro de 2007, dedicada exclusivamen-te ao exclusivamen-telejornalismo, ou seja, é um canal de notícias. O Jornal da Record News é o exclusivamen-telejornal de horário nobre da emissora, lançado em maio de 2010, o jornal é transmitido ao vivo pela TV e pelo portal R7. No portal, a transmissão é iniciada um pouco antes da versão na tv e se prolonga com uma apresentação mu-sical.

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Fig. 1- Heródoto Barbeiro: chamada JR News

Fonte: Facebook (Captura de Tela)

Por sua vez, o Jornal Nacional costuma fazer uso do Facebook para postagem de fotos dos apresentadores, geralmente na bancada, anunciando que o Jornal está no ar (Fig.2). Em alguns dias, também é feita a postagem dos destaques do dia por meio do

compartilhamento de vídeo postado no site do Jornal Nacional

(g1.com.br/jornalnacional) por volta das 19h30. O efeito de telejornalismo expandido pode ser visto com maior clareza por meio das postagens com as notícias que foram destaque no telejornal. A partir das 21h20 são realizadas de 8 a 10 postagens com cha-madas para as notícias mais importantes até às 23 horas (Fig.3). Essas postagens reme-tem o “amigo” do Facebook para o site do telejornal onde os vídeos podem ser vistos. Os comentários e curtidas podem ser feitos na própria página do Facebook.

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Fig. 2 - JN: Carla Vilhena e Sandra Annenberg Fig. 3 – Notícias do JN

Fonte: Facebook (captura de tela) Fonte: Facebook (captura de tela)

No período de observação do perfil do Facebook do JN, verificou-se que a intera-ção do público é maior quando o conteúdo das fotos aproxima-se mais do tom informal e possui características de meme5. Um exemplo foi a postagem de 15 de julho de 2015 que trouxe a foto com os apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos “enfor-cando” a estagiária (fig.4). A postagem teve 414 mil likes, 6.477 compartilhamentos e 7.800 comentários. A legenda da foto indicava: “Estagiário sofre... Boa noite! O JN tá no ar!”, também no texto a marca da informalidade e do humor.

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Fig. 4 – William Bonner, Renata Vasconcelos “enforcando” a estagiária

Fonte: Facebook (captura de tela)

O Jornal da Band foi o pioneiro na TV aberta a utilizar a ferramenta Facebook Ao Vivo para realizar a transmissão do telejornal, simultaneamente ao da TV aberta, desde o dia 11 de julho de 2016.

Há três principais tipos de utilização da página: postagens de reportagens, chama-das e transmissão ao vivo. As principais reportagens do telejornal são postachama-das na ínte-gra, horas depois da transmissão na TV. As chamadas são feitas geralmente por um dos apresentadores do telejornal, que, utilizando a câmera selfie do smartphone, faz um pe-queno vídeo curto com uma informação que será destaque na edição do dia. Além disso, repórteres também fazem chamadas no local da pauta, informando sobre a matéria que será exibida logo mais na edição. A página realiza também a transmissão ao vivo simul-tânea com a edição da TV. Ao longo do telejornal, em vários momentos os apresentado-res interagem com a audiência fazendo comentários sobre a papresentado-resença dos internautas no Facebook e no horário de intervalo comercial da televisão é possível continuar assistin-do ao telejornal. O perfil conta até o momento com cerca de 760 mil pessoas que curti-ram seu conteúdo.

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Fig. 5 – Paloma Tocci “selfie” em vídeo Fig. 6 – Transmissão ao vivo Jornal da Band

Fonte: Facebook (captura de tela) Fonte: Facebook (captura de tela)

As apresentadoras do Jornal da Band, Paloma Tocci e Caroline Nogueira (substi-tuindo Ricardo Boechat no período pesquisado), utilizam também seus perfis pessoais no Facebook para repercurtir as notícias do telejornal e fazer chamadas para que os in-ternautas acompanhem a transmissão ao vivo, pela televisão, pelo portal ou pelo Face-book.

Já o Repórter Brasil, telejornal veiculado em duas edições diárias pela TV Brasil, emissora pública brasileira, tem postagens que destacam e anunciam conteúdos tanto do noticiário quanto do portal Agência Brasil. Há assim inserção de material em vídeo e também de links que remetem à material em hipermídia, como especiais. A página @reporterbrasilnarede oferece acesso a fotos, vídeos e ainda remete aos espaços do tele-jornal em outras redes sociais digitais, como RB no Twitter e RB no Youtube.

Merece destaque ainda o uso dessa rede social para divulgação e captação de ma-terial, em texto e/ou vídeo para o quadro “Pergunta do Dia” que integra a edição noturna do programa, veiculada a partir de 21h20. No caso do facebook há diariamente a posta-gem da #perguntadodia no perfil do Repórter Brasil. Além da questão que mobiliza a enquete, apresentada nos finais de cada um dos blocos do telejornal (edição noturna), há o incentivo à participação, com identificação de autor e origem da postagem a ser reali-zada.

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13 Esse tipo de postagem é representativa do lugar que o Repórter Brasil busca construir para si, também nos espaços expandidos. Na perspectiva do telejornalismo público, a identidade do noticiário é narrada a partir de marcas de complementariedade, e diferenciação em relação aos demais telejornais veiculados em rede aberta. Nesse sen-tido temas como diversidade – étnica, cultural, narrativa -, regionalismo, inclusão e educação são privilegiados nas postagens. Merece ainda registro os crescentes índices de curtidas experimentados pelo telejornal na rede social, e sobretudo de compartilha-mento, o que pode representar uma possibilidade de que, via internet, ocorra uma efeti-va ampliação do acesso a seus conteúdos. Isso seria ainda potencializado com a trans-missão ao vivo do material, via perfil do facebook, já que o alcance e qualidade do sinal da TV Brasil são ainda um desafio para a emissora.

Outro espaço de expansão utilizado pelos telejornais observado na pesquisa que oferece suporte a esse artigo é o Instagram, uma rede social que permite o comparti-lhamento de fotos e vídeos com seguidores. É possível também dar likes e comentar as postagens. As emissoras, os telejornais e os apresentadores têm criado perfis no Insta-gram principalmente para postagem de fotos e compartilhamento de chamadas de sua programação.

Uma atuação diferenciada tem sido a da TV Gazeta do Espírito Santo (tvgazetaes) que costuma postar chamadas do telejornal ESTV sobre reportagens e destaques de cada edição. Algumas postagens são gravadas pelo repórter na rua e editadas como teaser para chamar os seguidores para assistir o telejornal na TV. Outras postagens são grava-das pela apresentadora, em tom informal, dizendo quais serão os destaques da edição. São vídeos em torno de 20 segundos de duração.

Fig. 7 – Chamada reportagem – ESTV 1ª. Edição Fig.8 – Chamada de Pedro Bassan – JN

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14 Em termos de produção nacional, o perfil da Rede Globo no Instagram (redeglo-bo) compartilha conteúdos relacionados à sua programação. Com referência aos telejor-nais, destacam-se as chamadas gravadas pelo repórter Pedro Bassan, especialista em esportes, que apresenta pequenos vídeos falando sobre o quadro “Perfis no Jornal Naci-onal” e da personalidade que será entrevistada em cada edição. O vídeo costuma ter a duração de até 20 segundos e o repórter grava sentado e no estúdio. No perfil do Globo Esporte (@globoesportecom), Pedro Bassan também aparece em vídeos com detalhes de suas reportagens, porém direto do local do acontecimento, junto ao entrevistado. Já a revista eletrônica Fantástico (@showdavida) além de publicar fotos dos apresentadores e dos bastidores das notícias, também exibe pequenos vídeos de chamadas das reporta-gens.

O terceiro espaço virtual aqui identificado está ligado ao twitter; o Periscope é um aplicativo para dispositivos móveis, que possibilita ao usuário a transmissão ao vivo para compartilhar vídeos com seus seguidores. Durante uma transmissão no Periscope, os espectadores podem fazer comentários, que aparecem na tela, permitindo ao usuário que está transmitindo, interagir com o público.

O jornalista e apresentador Heródoto Barbeiro (@hbarbeiro) realiza transmissões da reunião de pauta do JR News pelo Periscope. Utilizando uma linguagem coloquial, diretamente de seu próprio celular, o jornalista registra a reunião com os outros mem-bros da equipe, com um clima descontraído e informal. Pelo fato do celular estar na mão do apresentador e o ambiente da reunião ser em volta de uma mesa circular, as imagens em movimento ficam um pouco tremidas, o que não prejudica a visibilidade da cena.

Ainda que não regularmente inserido nas rotinas de postagens dos telejornais, co-mo o próprio twitter, o uso desse aplicativo pode indicar tendências de aproximação dos telejornais de uma perspectiva de ampliação do acompanhamento não apenas de seu resultado final, apresentado a cada edição, mas também das suas dinâmicas de produ-ção, tornando assim o internauta/ telespectador uma espécie de testemunhas de suas rotinas produtivas.

Também ainda com uso mais pontual, percebe-se experiências de ampliação do telejornalismo por meio do aplicativo Snapchat, rede social de mensagens instantâneas

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15 que permite a postagem de fotos e vídeos. Os seguidores podem comentar os conteúdos. Os repórteres do Globo Esporte.com (globoesportecom) realizam gravações no formato de videorreportagem, com estética de selfie. Como os vídeos no Snapchat não duram mais que 10 segundos, o repórter se limita a fazer pequenas passagens e realizar entre-vistas curtas com os participantes do evento (Figura 9).

Fig. 9 – Snap do Globo Esporte.com Fonte: Snapchat (captura de tela)

O grande atrativo destas postagens é a possibilidade de mostrar lugares onde a equipe de reportagem tradicional teria dificuldade de produzir coberturas, como acom-panhar a entrada de torcedores no estádio de futebol ou a entrevista com jogadores que estejam na arquibancada.

Também merece registro a utilização do whatsapp como forma de ampliação do acesso aos conteúdos produzidos, via acompanhamento da transmissão, com debate em tempo real com seu público, ou ao menos de sua parcela conectada. Esse aplicativo também permite a troca de mensagens escritas, vídeos, fotos e áudios pelo celular, sen-do necessária apenas a conexão sen-do smartphone com a internet. O telejornal Link Record News6, exibido em duas edições, às 11 e as 16 horas pela emissora Record News

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16 gra a participação do público por meio do whatsapp durante a apresentação do telejor-nal. Os apresentadores durante todo o telejornal acessam seus smartphones e lêem as postagens dos espectadores, interagindo ao vivo com os comentários. Algumas mensa-gens ganham destaque no telejornal sendo exibidas numa grande tela interativa que fica posicionada ao fundo do estúdio, onde são exibidos as fotos, textos ou vídeos enviados pelos espectadores. Desde o início do telejornal, os espectadores são estimulados pelos apresentadores a responderem a enquete por meio das redes sociais e a manifestarem sua opinião sobre qualquer conteúdo exibido na edição. Em cada edição uma audiência diversificada é destacada, incluindo espectadores que estão em outros países.

Esse tipo de estratégia é utilizada também pelo Repórter Brasil, ainda que de ma-neira geral associada ao debate da pergunta do dia. Nesse caso as postagens realizadas ao longo do dia são inseridas no telão presente no cenário do programa, e seu texto é lido por um dos apresentadores do programa.

Considerações finais

No cenário atual de convergência, a fase do telejornalismo expandido é um sinali-zador da força e da capacidade de renovação do jornalismo televisivo. No momento em que as audiências se dividem em múltiplas telas e que as redes sociais permitem que o espectador tenha uma participação mais ativa, os telejornais investem em novas plata-formas para compartilhar seus conteúdos.

A pesquisa cujos resultados iniciais discutimos neste artigo ainda está em anda-mento. Da primeira fase de transposição de conteúdo, passando pela fase hipermidiática ao telejornalismo expandido, foram várias as inovações e adaptações que as equipes jornalísticas tiveram que empreender, num esforço contínuo de conservar a tradição de qualidade e credibilidade das notícias.

A característica principal da linguagem nesses novos ambientes é a informalida-de. Imagens tremidas ou fora de foco passam a substituir a estética “produzida” das imagens pré-editadas, assim como repórteres e apresentadores se adaptam a gravar con-teúdos utilizando uma linguagem mais informal, desconstruindo o rigor da bancada.

Também merece destaque as novas circulações e narrativas que são construídas a partir dessas postagens, ou do compartilhamento e apropriação dessas pelos

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17 dores, agora em outras telas. Seja pela dimensão da mobilidade, também ampliada com a possibilidade de acesso via telas de smartphones e/ou da inscrição em redes e aplicati-vos digitais, ou mesmo de indicações de seus seguidores, os telejornais parecem estar construindo novas redes por meio das quais ainda narram a sociedade brasileira de mo-do privilegiamo-do.

Além disso, ao incluir a perspectiva do compartilhamento (que sinalizaria uma adesão) associada aos comentários, essa presença extendida dos telejornais também pode remeter a uma ampliação nos modos de consumo e participação do público, cada vez mais co-produtor de conteúdos e sentidos, também audiovisuais. No caso do tele-jornal da TV Brasil, emissora pública brasileira, as discussões e inscrição nas redes digi-tais potencializaram o debate acerca do papel da mídia e do jornalismo público durante a cobertura dos processos políticos contemporâneos. Também por meio dessas circula-ções, embora não exclusivamente, ocorreu a constituição de uma frente em defesa da comunicação pública, e de democratização da comunicação, presente na rede social facebook.

Espera-se que novos desdobramentos desse momento de expansão do telejorna-lismo, em distintos suportes e práticas, possam ser discutidos em pesquisas futuras a fim de que sejam percebidas as transformações sofridas no telejornalismo neste contexto. O que se pode afirmar é que as mudanças estão em curso, alterando a forma tradicional de assistir a um telejornal, de comentar seus conteúdos e de produzir notícias.

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