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INDISSOCIABILIDADE ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO: A RELEVÂNCIA DO PROJETO PIBID COMO INSTRUMENTO VIABILIZADOR DA INSERÇÃO SOCIAL

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Academic year: 2021

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INDISSOCIABILIDADE ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO: A RELEVÂNCIA DO PROJETO PIBID COMO INSTRUMENTO VIABILIZADOR

DA INSERÇÃO SOCIAL

Dra Celia Finck Brandt - Coordenação Institucional - PIBID/UEPG-PR

RESUMO

Essa temática é relevante em virtude dos pressupostos teóricos e epistemológicos para a compreensão das ações dos professores e as possibilidades de compreensão da realidade a partir da problematização dessa realidade. Esses pressupostos nos instrumentalizam e nos dão subsídios para sistematizar o processo reflexivo da própria prática educacional e da formação do professor e pesquisador, para produzir conhecimento educacional e para transformar esse conhecimento em conhecimento científico-educacional em ensino de. É por meio dessa indissiociabilidade transitar da teoria para a prática e da prática emergir com teorias e assumir a reflexão como prática social para validar o conhecimento construído que se tornará subsídio para estudar – explicar e compreender – o que pode ser feito e apontar caminhos para replanejar, reedificar, reinventar o novo conhecimento e reconstruir racionalmente o conhecimento crítico, científico-educacional, que subsidia mudanças na realidade. Algumas questões emergem e são importantes debater em grupo: as ações são voltadas para a transformação? Quais são? Em que níveis? Quais as contribuições do PIBID? Alerta-se para a função social da pesquisa e solicita-se que os aprendizes de professor e pesquisador se perguntem: que pesquisa? Quem pesquisa? Como essa pesquisa tem sido divulgada? O que modifica na realidade da escola básica? O que modifica na universidade? Outras questões apontadas referem-se ao trabalho intelectual em rede e, por essa razão, devem ser pontuadas: quais dessas ações são coletivas? Como as trocas de experiências levam ao repensar do projeto? O que caracteriza o trabalho intelectual no PIBID? O que fica valorizado no magistério?

PALAVRAS –CHAVE: pesquisa, ensino, extensão, professor e pesquisador,educação básica.

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A temática “Indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão: a relevância do projeto PIBID como instrumento viabilizador da inserção social.” foi escolhida para debate no grupo com o grupo presente na sala.

Essa temática é relevante em virtude dos pressupostos teóricos e epistemológicos do Projeto PIBID da UEPG dentre os quais a exigência de compreensão das ações dos professores e as possibilidades de compreensão da sua realidade a partir da problematização dessa realidade. Essas ações, por sua vez, dependem da percepção interpretativa do professor de seu trabalho, de sua experiência, que ainda são informações, nunca dados puros e, por essa razão, implicam o comprometimento desse professor com o tipo de educação, ensino-aprendizagem, conhecimento, produção de conhecimento, sociedade, ambiente e de cidadão em que acredita.

Essa interpretação contribui para o professor conhecer-se e problematizar a sua prática, descobrindo o que precisa saber, o que precisa aprender e compreender para desenvolver-se profissionalmente.

Os problemas levantados implicam soluções lógicas e caracterizam as respostas que temos que levar para replanejar. Temos que estar instrumentalizados para sistematizar o processo reflexivo da própria prática educacional e, para tanto, temos que investir na formação do professor e pesquisador e desta forma produzir conhecimento educacional e transformar esse conhecimento em conhecimento científico-educacional em ensino de.

Investir na compreensão da indissociabilidade entre pesquisa, ensino e extensão implica mostrar como se transita da teoria para a prática e como da prática emergir com teorias e como assumir a reflexão como prática social para validar o conhecimento construído que se tornará subsídio para estudar – explicar e compreender – o que pode ser feito e apontar caminhos para replanejar, reedificar, reinventar o novo conhecimento e reconstruir racionalmente o conhecimento crítico, científico-educacional, que subsidia mudanças na realidade.

Isso requer uma reflexão acerca dos diferentes conhecimentos construídos destacando: os conhecimentos pedagógicos que envolvem aprendizados da comunicação e se revertem na mudança da prática escolar; os conhecimentos sociológicos que compreendem interações e sociabilidades que são construídas pela

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chegada do estranho na escola; conhecimentos específicos; e os conhecimentos em construção (disciplinares, interdisciplinares).

O conhecimento científico educacional vai implicar em distanciamentos, necessários para as sistematizações.

Na busca da construção desse conhecimento destaca-se a questão relativa à cultura da escola que revela desacomodação que pode ser tanto necessária como prejudicial. Em relação a essa questão argumenta-se ser necessário a construção da cultura na escola para a superação da cultura da escola. Essa desacomodação é causada não só por quem chega na escola mas também por quem está na escola.

Igualmente as mediações em função do papel intensificado oriundo da participação do bolsista PIBD nas escola, confrontadas com questionamentos sobre relações possibilitadas.

Nas ações e atividades propostas e realizadas nas escolas analisa-se a cultura disciplinar que retrata a força do paradigma da cultura do trabalho disciplinar na escola: por subprojetos ao invés de áreas ou temas geradores. Sugere-se pensar em formas de superação do trabalho disciplinar que envolva práticas interdisciplinares voltadas para problemas comuns apresentados pelos subprojetos como, por exemplo: participação dos familiares; erros em matemática e alfabetização na perspectiva do letramento, dentre outros.

Outras questões apontadas dizem respeito à superação de que pesquisa é pesquisa teórica com destaque da dimensão exploratória da pesquisa em lócus ou a partir de textos. Em relação a isso deve-se refletir sobre a produção de papers e seu aprendizado a partir da leitura de outros papers, destacando a importância da vivência na escrita da indissociabilidade entre pesquisa, ensino e extensão.

Outros questionamentos devem acompanhar as propostas dos subprojetos: as ações são voltadas para a transformação? Quais são? Em que níveis? Quais as contribuições do PIBID?

Aponta-se também a importância de trocas de experiências entre os subprojetos em relação aos instrumentos de coleta e análise de dados e dos instrumentos metodológicos que marcam os trabalhos do PIBID.

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Em relação à inserção evidencia-se a inserção da UEPG na comunidade escolar, nos eventos científicos (como ouvinte, autor, co-autor) sem deixar de questionar como tem sido essa inserção social, o que tem sido estudado, como se caracterizam os envolvimentos, como os alunos são orientados, dentre outros. Ressalta-se a importância de levar os alunos a investigarem se as dissertações, teses, monografias e TCC têm como investigação a escola, suas práticas, e se os resultados se encontram em suas defesas para compreensão do que se caracteriza como indissociabilidade entre pesquisa, ensino e extensão.

Ressalta-se igualmente a importância de reflexões sobre as formas de inserção, de que modo elas acontecem, o grau de participação e impactos. Dessa forma é possível compreender que a inserção social é fruto de pesquisa, da extensão e do ensino, articuladando os problemas concretos com os conhecimentos novos.

Alerta-se para a função social da pesquisa e solicita-se que os aprendizes de professor e pesquisador se perguntem: que pesquisa? Quem pesquisa? Como essa pesquisa tem sido divulgada? O que modifica na realidade da escola básica? O que modifica na universidade?

Outras questões apontadas referem-se ao trabalho intelectual em rede e, por essa razão, devem ser pontuadas: quais dessas ações são coletivas? Como as trocas de experiências levam ao repensar do projeto? O que caracteriza o trabalho intelectual no PIBID? O que fica valorizado no magistério?

Em relação ao trabalho intelectual ressalta-se a importância do ser sujeito/autor das construções teórico-práticas. Tanto o ensino (sala de aula, alunos, hierarquias, homogeneidades, professores, conteúdos, livros), a extensão (comunidade, ação, transformação, desigualdede, exclusão) como a pesquisa (laboratório, monografias, academia, ciência, publicações) têm que contemplar a construção social, o trabalho intelectual e a comunicabilidade.

Não se pode deixar de apontar o desafio de intensificar a produção interdisciplinar por meio dos projetos de ensino, pesquisa e extensão e esse desafio implica em traçar algumas perspectivas, dentre as quais o desenvolvimento de projetos interdisciplinares no ensino, de pesquisa na IC, monitorias, TCC e nos estágios e de extensão para a geração de pesquisa e para o fortalecimento do debate acadêmico, central do processo de formação inicial do profissional professor.

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As ações dos subprojetos devem apontar formas de articulação com a pós-graduação, buscar articulação com a pós-graduação e com as demais disciplinas do curso, explicitar as mudanças de atitudes dos professores das escolas na organização de suas práticas, ressaltar a percepção pelos alunos dos reais problemas da escola,a quebra de conceitos cristalizados,as rupturas de paradigmas e as necessidade do envolvimento das professoras regentes, destacar os resultados que interferem na organização do Projeto Pedagógico do Curso,evidenciar a necessidade de estudos específicos relativos a áreas de conhecimento e a subsídios teóricos para o desenvolvimento de pesquisa, apontar as articulações com o estágio, com outros Projetos (Observatório, PET, entre outros) e ressaltar o as produções acadêmicas já apresentadas em eventos.

A indissossiabilidade entre pesquisa, ensino e extensão pode ser exercida por meio da explicitação das diversas questões levantadas que se referem às negociações com as escolas relacionadas à: gestão do tempo da hora atividade das áreas coincidente com a ida dos alunos PIBID nas escolas, organização da escola para atendimento das necessidades do PIBID, organização de espaços para interlocuções (sites, blogs, twiters, plataformas, salas de bate papos, entre outros).

Para finalizar destaca-se a necessidade do debate sobre a indissossiabilidade entre ensino, pesquisa e extensão com as demais instituições para socialização e disseminação de resultados e ações que contribuam para as transformações necessárias, ao mesmo tempo que as fortalecem e sustentam.

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Referências

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