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MATEMÁTICA COMPREENSÃO E PRÁTICA Componente curricular: Matemática 6 º ano

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Academic year: 2021

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Vamos poupar?

>> [LOCUTOR]: Vamos poupar?

>> [Locutor]: [Tom de abertura] A maioria dos brasileiros ganha salários abaixo do valor mínimo recomendado para garantir às pessoas direitos básicos como moradia, alimentação, transporte e saúde.

>> [Locutor]: [Tom de questionamento] Diante dessa realidade, qual a importância de se economizar dinheiro? Será que mesmo uma família pobre é capaz de economizar e poupar uma porcentagem da sua renda?

>> [Locutor]: Conversamos com a economista Cassia D'Aquino sobre educação financeira e a importância de se economizar em um país como o Brasil.

>> [Locutor]: [Pergunta à entrevistada] Tendo em vista a realidade brasileira, é importante economizar dinheiro? Por quais motivos uma pessoa deveria tentar economizar sempre que possível?

>> [Economista]: Bom, qualquer pessoa, em qualquer realidade, em qualquer pais, deve sempre cuidar de ter alguma forma de poupança, algum dinheiro guardado, para alguma situação futura.

>> [Economista]: Aqui no Brasil, tanto mais isso é importante porque há uma série de situações que nem sempre o governo é capaz de suprir. O exemplo mais claro que a gente conhece é a aposentadoria. Um outro exemplo bastante conhecido é a área de saúde. Um terceiro exemplo bastante conhecido tem a ver com a educação.

>> [Economista]: Então, se alguém quer, por exemplo, fazer a faculdade, há países em que o governo pode assumir todos os encargos. Aqui no Brasil, já é necessário para isso, para muitas famílias, ter uma poupança para conseguir cumprir com esse objetivo. >> [Economista]: Para muitas famílias no Brasil, é necessário ter uma poupança para uma situação de emergência que cubra gastos com saúde. Em vários outros países, os governos cuidam de todos os gastos com essa área.

>> [Economista]: [Tom explicativo] Aqui no Brasil, é especialmente importante que as famílias tenham formas de poupança, para assegurar que, em situações de emergência ou para conquistar objetivos de vida, isso seja possível.

>> [Locutor]: [Pergunta à entrevistada] De acordo com o IBGE, o salário médio do brasileiro em 2017 foi de R$ 2.112,00. Nessa mesma época, para que um trabalhador pudesse suprir todos os seus direitos básicos, a média recomendada pelo Dieese foi de cerca de R$ 3.700. De que forma uma família que ganha abaixo da quantia indicada poderia economizar uma parte da sua renda?

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relacionar com o dinheiro: ou a gente corta gastos ou encontra maneira de aumentar a renda. Não existe nada que vá muito além disso.

>> [Economista]: Então, uma família que precisa encontrar maneiras de ajustar o seu orçamento aos gastos, ou ela vai ter que encontrar alguma forma de equacionar o que ela está gastando e descobrir ali o que é que realmente é possível, e se é que é possível, cortar alguma coisa, ou então vai ter que descobrir quais são os talentos que essa família tem, quais são as possibilidades que essa família tem de inventar algum negócio, de inventar alguma forma de criar fonte de renda.

>> [Economista]: [Tom de síntese] Saindo dessas duas grandes leis, cortar gastos e criar renda, não existe nada que realmente possa ser feito.

>> [Locutor]: [Pergunta à entrevistada] E para uma família que ganha acima do recomendado, mas, mesmo assim, não consegue economizar, o que você sugere? >> [Economista]: Aí é o caso justamente dessa família perceber para onde é que esse dinheiro está indo. Quais são as rotas de diluição desse dinheiro? Para algum lugar, esse dinheiro vai.

>> [Economista]: Esse dinheiro se perde de que forma? Quais são as escolhas de consumo que essa família faz? Quais são as decisões de consumo que essa família toma?

>> [Economista]: Essa é uma família que consegue definir objetivos para o dinheiro, que consegue estabelecer objetivos de curto, médio e longo prazo para o dinheiro? E que se orienta em direção a esses objetivos?

>> [Economista]: Porque muitas vezes as famílias não conseguem justamente providenciar uma forma de poupança, não conseguem criar alguma forma de dinheiro reservado para o futuro, porque não fixam objetivos. E aí, claro, fica muito mais fácil ceder às tentações de todo dia.

>> [Economista]: [Tom de conclusão] Se as famílias começam a analisar a maneira como usam o dinheiro, acabam, sem dúvida nenhuma, conseguindo perceber para onde é que esse dinheiro está indo, para onde é que o dinheiro vai sendo desviado, e, seguramente, conseguem se organizar melhor.

>> [Locutor]: [Pergunta à entrevistada] Se, mesmo ganhando abaixo da quantia recomendada, uma família conseguir economizar um pouco durante o mês, que quantia você acha ideal economizar?

>> [Economista]: [Tom explicativo] A situação ideal é que as famílias sejam capazes de poupar pelo menos 10%, ou seja, um décimo do que elas recebem por mês, para alguma forma de poupança. Isso, claro, é a situação ideal.

>> [Economista]: Naturalmente, há alguns meses em que, se o rendimento for maior, as famílias poderão poupar um pouquinho mais. [Tom de exemplificação] Então, 20% ou 30%. Nos meses em que isso não for possível, então vai se poupar um pouquinho menos.

>> [Economista]: [Tom de conclusão] O importante é que as famílias tenham objetivos para esse dinheiro, que é o fato de ter objetivos que fará com que as famílias se sintam

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dispostas a fazer esse esforço.

>> [Economista]: [Tom de síntese] Considerando, então, 10%, ou seja, um décimo do rendimento para poupança já será bastante bom, já será suficiente. Nos meses em que houver um pouquinho mais, tanto melhor. Nos meses em que houver menos, paciência, mas um décimo já será suficiente.

>> [Locutor]: [Pergunta à entrevistada] É interessante colocar essa quantia na poupança? Por quê?

>> [Economista]: Bom, o interessante é colocar esse dinheiro em alguma forma de aplicação financeira. Muitos brasileiros ainda têm o hábito de deixar o dinheiro parado em casa. E é uma pena que isso aconteça, porque o dinheiro parado em casa não rende, ele não rende juros, o dinheiro não trabalha. Ele fica parado, e o dinheiro parado em casa não cresce.

>> [Economista]: E é uma pena que isso aconteça, muitos brasileiros ainda desconfiam dos bancos, ainda têm receio, se sentem envergonhados de se aproximar dos bancos e não há razão para isso.

>> [Economista]: O dinheiro poupado deve ser aplicado em algum tipo de aplicação,

[Tom enfático] de produto financeiro.

>> [Economista]: Existem muitos produtos financeiros que podem ser desde a caderneta de poupança até outros produtos, como os CDBs, os títulos de dívida pública.

>> [Economista]: Existem vários produtos, que são fáceis de serem pesquisados. Existem muitos sites sobre esse assunto. Mas cada produto desse tem um determinado rendimento.

>> [Economista]: E esses produtos é que farão justamente com que o dinheiro vá crescendo no longo do tempo, porque eles vão justamente rendendo juros.

>> [Locutor]: [Pergunta à entrevistada] Como você acha que uma educação financeira de qualidade pode ajudar as pessoas a administrarem seus ganhos, mesmo quando eles estão abaixo do nível mínimo necessário?

>> [Economista]: Em primeiro lugar, a educação financeira é importante principalmente para as pessoas que têm ganhos financeiros mais baixos.

>> [Economista]: [Tom de destaque] É preciso a gente lembrar que as pessoas que tem menor poder aquisitivo são justamente aquelas que não podem correr risco com o dinheiro. Elas é que tem que fazer escolhas mais acertadas com o dinheiro. Então, essas pessoas é que precisam conhecer mais do assunto.

>> [Economista]: Essas pessoas é que precisar saber qual é o produto financeiro mais adequado para aquele dinheirinho que ela conseguiu poupar, para aquele dinheirinho suado que ela conseguiu ganhar.

>> [Economista]: Ela é que precisa saber realmente como é que ela pode montar o orçamento dela, como é que ela pode negociar melhor a dívida dela. Tudo isso é

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educação financeira.

>> [Economista]: Como é que ela pode montar melhor um plano de poupança? Como é que ela pode negociar melhor na hora de fazer uma transação de negócio. Tudo isso se aprende com a educação financeira.

>> [Economista]: O que é que significa cada produto de banco? Como é que a gente pode chegar para conversar com o gerente, sem sentir vergonha, sem sentir inibição, sem ficar com receio, mas compreendendo que o gerente do banco está ali apenas para prestar um serviço, não é nenhuma autoridade do outro mundo. É só um sujeito que está ali para prestar informação.

>> [Economista]:Tudo isso faz com que a pessoa se sinta muito mais dona do próprio destino, muito mais apta a tomar decisões que serão para o bem dela e que farão com que ela se sinta confortável para fazer melhor uso do próprio dinheiro.

>> [Economista]: [Tom de conclusão] Para isso que a educação financeira habilita a pessoa, para que ela não se sinta vítima das circunstâncias. E é para isso o esforço, para que as pessoas aprendam a lidar com o dinheiro, que é tão importante!

[♪ vinheta ♪]

>> [Locutor]: Apresentação: Jader Cardoso >> [Locutor]: Entrevistada: Cassia D'Aquino >> [Locutor]: Estúdio: Núcleo de Criação

CRÉDITOS

EDITORA MODERNA Organizadora

Ivonete Darci Lucírio Gonzaga

Bacharela em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pelo Instituto Metodista de Ensino Superior (São Bernardo do Campo – SP). Mestra em História da Ciência pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Atuei como jornalista. Editora.

Elaboradoras

Luciana Saito

Bacharela em Comunicação Social, com habilitação em Editoração, pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (São Paulo – SP). Editora. Marcela Rosa Mastrocola

Bacharela em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Faculdade Cásper Líbero (São Paulo – SP), e em Letras, com habilitação em Português e Francês, pela

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (São Paulo – SP). Editora.

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Edição de conteúdo

Felipe Jordani

Revisão técnica

Willian Raphael Silva

Revisão de texto

Ramiro Morais Torres

Assistência editorial

Cinthia Santos Galarza, Elizangela Gomes Marques

Coordenação de arte

Eduardo Reche Bertolini

Edição de arte

Diogo de Assis Macedo

Assistência de arte

Ana Maria Totaro Delgado

Iconografia

Fabiana Manna da Silva, Renate Hartfiel

Coordenação de produção

Leonardo Miranda Ribeiro

Programação

Renato Frias Rocha Ibiapina

Assistência de programação

Cauê Guimarães, Rodrigo Vieira Benfica Amancio

Assistência de produção e checagem

Caia Amoroso, Fabiana Aparecida Martins, Natália Lamucio Andrade, Paula Pelisson Petri, Renata Campos Michelin

Locução

Jader Cardoso da Silva

Produção

Núcleo de Criação EDITORA MODERNA

Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho São Paulo, SP – Brasil – CEP 03303-904 www.moderna.com.br

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Referências

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