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revista Da imprensa oficial Graciliano ramos - MacEiÓ - ano V - nº12 - JanEiro/FEVErEiro 2012

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JORGE COOPER SEGUNDO

LUIZ COSTA PEREIRA JUNIOR

E RENATA VOSS

UMA PROSA COM O ESCRITOR

FERNANDO MORAIS

ESCRITORES E O PRÊMIO LEGO

RAFHAEL BARBOSA, ILDNEY CAVALCANTI, ANALICE LEANDRO, VERA ROMARIZ, GONZAGA LEÃO, OTÁVIO CABRAL E MAURÍCIO DE MACEDO

A HORA E A VEZ

DA LITERATURA

EM ALAGOAS

E AINDA:

(2)

INTUIÇÃO E

DESAFIO

A Núcleo Zero nunca foi uma empresa de comunicação tradicional. A agência sempre pôs a intuição e a originalidade como força motriz. Criada em 2003, hoje a Núcleo Zero, sob o comando dos irmãos e designers Weber e Werner Salles, vem apostando exclusivamente em projetos de audiovisual e artes visuais, sobretudo nas áreas editorial e de design gráfico.

No portfólio da empresa, destacam-se os documentários

e

, realizados para o DOC TV/TV Cultura, os memoriais Lêdo Ivo e Aurélio Buarque de Holanda, além de diversos livros e projetos culturais relacionados ao patrimônio histórico e imaterial de Alagoas.

Para criação da capa desta edição de Graciliano,

a Núcleo Zero traz uma ideia visual que, segundo Werner Salles, “transmite um mosaico de influências da nova literatura, uma literatura que dialogue com o seu tempo, sem perder certas referências”.

Outra colaboração preciosa é a do ilustrador catarinense Daniel Hogrefe, que assina a série de ilustrações para artigos, reportagens, contos e poemas publicados nesta edição. Livre de classificação, seu traço busca expressar a relação entre civilização e angústia, o impacto da vida urbana sobre o homem contemporâneo. Longe de ser uma encomenda, o convite para ilustrar esta edição soou mais como desafio: “Tive total liberdade para criar. Para isso, tive de ler os textos uma, duas, três vezes”, conta Hogrefe. O resultado você confere nas páginas a seguir. Michel Rios IMPRENSA OFICIAL GRACILIANO RAMOS GOVERNO DO ESTADO DE ALAGOAS Janayna Ávila Editora Michel Rios

Projeto gráfico / Diagramação Elayne Pontual e Lucas Almeida Estagiários

Os textos assinados são de exclusiva responsabilidade do autor. Graciliano é uma publicação da Imprensa Oficial Graciliano Ramos

Núcleo Zero Ilustração da capa Marli Josefina Revisão Contatos: 0800 095 8355 | editora@imprensaoficial.al ISSN 1984-3453 Moisés de Aguiar Diretor-presidente Hermann de Almeida Melo Diretor-comercial José Roberto Pedrosa Diretor-administrativo financeiro Janayna Ávila

Coordenadora editorial Michel Rios Editor de arte Teotonio Vilela Filho

Governador de Alagoas José Thomaz Nonô Vice-governador de Alagoas Luiz Otavio Gomes

Secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico

A equipe da Núcleo Zero, que assina a capa desta edição

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FERNANDO

MORAIS

APOTEOSE DOS

LIVROS

OS OLHOS MUITO

ABERTOS: UMA

ESTÉ-TICA NARRATIVA DA

DIFERENÇA EM CAIO

FERNANDO ABREU

UM DEDO DE

PROSA

DISSOLUÇÃO

ASSIM NO LIVRO

COMO NO CINEMA

NO LIMIAR DA

LINGUAGEM/LOU-CURA EM A MORTE

DE PAULA D.

A CRIANÇA E A

LITERATURA

QUEM CONTA

UM CONTO...

DE MÃOS

DADAS COM A

TECNOLOGIA

GONZAGA LEÃO

SARAU DO NOSSO

TEMPO

OS ESPIRAIS

DO TEMPO EM

JORGE COOPER

LUCAS ALMEIDA LUCAS ALMEIDA

VERA ROMARIZ

RENATA VOSS RAFHAEL BARBOSA

ANALICE LEANDRO E ILDNEY CAVALCANTI

LUCAS ALMEIDA ELAYNE PONTUAL

ELAYNE PONTUAL LUCAS ALMEIDA

LUIZ COSTA PEREIRA JUNIOR

ENTREVISTA ENTREVISTA REPORTAGEM REPORTAGEM REPORTAGEM REPORTAGEM REPORTAGEM REPORTAGEM

ARTIGO ENSAIO VISUAL

MICROCONTOS ARTIGO DOCUMENTA ARTIGO

SAIBA

MAIS

POESIA

INÉDITA

06

14

24

28

52

108

106

96

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100

O LEGADO DO

LEGO

JANAYNA ÁVILA ESPECIAL

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SUMÁRIO

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“EU GOSTO DE

PERSONAGEM

POLÊMICO”

LUCAS ALMEIDA

Com mais de 3 milhões de livros vendidos,

o escritor

Fernando Morais

, autor das

biografias de Assis Chateaubriand e Olga

Benário, conta o que faz sua cabeça na

hora de escolher o tema ou o biografado

de cada uma de suas obras

janeiro/fevereiro 2012

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Janete Longo

O escritor mineiro Fernando Morais: dedicação exclusiva à produção de livros que tratam de fatos reais

janeiro/fevereiro 2012

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janeiro/fevereiro 2012

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ENTREVISTA

Não importa o público: quando está diante da plateia numa palestra, quando dá entrevista ou simplesmente quando conversa com um leitor, o jornalista e escritor

mineiro Fernando Morais é o mesmo: atencioso e com talento raro para contar histórias permeadas por tiradas cheias de humor. É fácil prestar atenção ao que ele diz. O autor de livros como

Olga e Chatô, o Rei do Brasil

sabe a medida certa na arte de levar aos ouvintes relatos que despertem interesse. Engana-se, entretanto, quem pensa que a prosa agradável e sedutora do escritor esconde

um pesquisador distraído. Não é à toa que Fernando Morais é, atualmente, autor de livros que lideram as listas de mais vendidos. O faro aguçado pela informação inédita – chamado, no jornalismo, de furo – tem resultado em literatura de

não-ficção aclamada não apenas por leitores, mas também pela crítica.

Outra habilidade de Morais, adquirida durante décadas de dedicação ao jornalismo, especialmente no período em que passou nas redações das revistas Veja e do jornal Folha

de S. Paulo, é a permanente

disposição para a apuração atenta, criteriosa, essencial para quem se dedica a escrever livros cujo conteúdo não é ficcional.

Hoje, vivendo apenas de livros, como ele mesmo diz, Fernando Morais já passou pela vida pública – foi deputado estadual, secretário de Estado da Cultura e secretário de Educação, todos por São Paulo – e tem visto algumas de suas obras adaptadas para o cinema, a exemplo de Olga, dirigido por

Além de uma longa carreira no jornalismo

impresso, Morais também atuou na vida

pública: foi deputado estadual, secretário de

Cultura e de Educação, todos por São Paulo

A atriz Camila Morgado em cena do filme Olga, adaptação do livro homônimo de Fernando Morais

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9 Jayme Monjardim, e Corações

Sujos, com direção de Vicente

Amorim, que abriu o Festival de Cinema de Paulínia, em 2011. A adaptação de Chatô,

o Rei do Brasil, um dos filmes

mais esperados do cinema brasileiro, nunca foi finalizada e colocou em xeque a captação de recursos liderada pelo ator e diretor do longa-metragem, Guilherme Fontes, que foi condenado pelo uso ilegal de verbas públicas.

Sua trajetória na chamada “literatura de não-ficção” começou com o

livro-reportagem Transamazônica, sobre a construção da rodovia situada no Norte do País. Com 10 livros publicados, seu livro mais recente, Os Últimos

Soldados da Guerra Fria, conta

a história de espiões cubanos que se infiltraram no serviço secreto norte-americano. Ganhador do Prêmio Jabuti, na

categoria melhor livro do ano, por Corações Sujos, Fernando Morais recebeu três vezes o Prêmio Esso e quatro vezes o Prêmio Abril, ambos de jornalismo.

Autor de uma biografia considerada reveladora e impactante sobre Paulo Coelho – que lhe rendeu,

inicialmente, até um embate com o biografado – o escritor, que diz preferir sempre escrever sobre personagens polêmicos, concedeu entrevista à Graciliano. No bate-papo, falou da ascensão da literatura de não-ficção no Brasil, da difícil tarefa de escrever uma biografia sobre alguém vivo, da mudança de hábitos de leitura frente à internet e dos planos para seu próximo livro. Confira.

Graciliano – Você é um dos

maiores nomes da literatura de não-ficção do Brasil. Você diria que, atualmente, esse é um gênero popular no País?

FERNANDO MORAIS – Se eu

julgar pelos meus livros, eu diria que sim porque eu tenho dez livros publicados. É muito chato ficar falando isso, parece que eu estou jogando confete em cima da minha própria cabeça, mas

O autor de

e

recebeu três vezes o

Prêmio Esso e quatro vezes o Prêmio Abril,

ambos de jornalismo

Cena do filme Corações Sujos, outra adaptação de um dos livros de Fernando Morais

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ENTREVISTA

eu tenho dez livros publicados e nenhum deles deixou de entrar em listas dos mais vendidos. Todos, sem exceção. Se somar, aqui no Brasil, já devo ter vendido perto de 3 milhões de livros, o que, para um autor brasileiro, é um número significativo. E não é livro de autoajuda, não são livros de conteúdo tão fácil assim que explicasse esse interesse da população. Eu acho que há um mercado, há um público leitor muito interessado em não-ficção, em histórias reais.

Em algum momento os familiares de seus biografados pediram para você não publicar alguma história?

Não. Eu não tive problemas, que eu me lembre. Nenhum problema. Houve alguns erros que eu cometi, mas não com os personagens centrais. Por exemplo, no Chatô, tinha uma informação errada, imprecisa, sobre o general Geisel, que já não era presidente do Brasil. E ele era amigo de um jornalista que é meu amigo. Ele chamou a atenção para isso e eu, já na segunda edição do livro, corrigi,

mas não era nada grave, nada que comprometesse. E estou sofrendo um processo pesado do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), que está pedindo uma indenização de 500 mil reais por uma informação contida no livro Na Toca dos

Leões, lançado em 2005. Meus

advogados já estão recorrendo. Espero que eu ganhe, não só porque sou inocente. Ainda que não fosse, porque é uma injustiça, uma brutalidade uma indenização desse tamanho. E, de mais a mais,

se, desgraçadamente, vier a permanecer essa sentença, eu vou para a cadeia porque não tenho dinheiro para pagar.

Qual a diferença entre escrever biografias de pessoas que já morreram e de pessoas que ainda estão vivas?

O vivo muda, não é? Vivo tem mulher, vivo tem vizinho, vivo tem o ascensorista do elevador do trabalho dele, da casa dele. Paulo Coelho ficou, a princípio, muito sentido comigo. Parou de atender os meus telefonemas, parou de responder os meus e-mails. E aí eu aproveitei uma

oportunidade. Eu tinha que ir à Líbia porque eu pretendia fazer um perfil do coronel Kadafi... Não sei se um livro, se uma grande reportagem ou se um retrato, uma biografia. E a única maneira de ir à Líbia, partindo do Brasil, era fazendo uma conexão na Europa e eu fiz pela França para ter a oportunidade de bater na porta da casa do Paulo Coelho. E aí fizemos as pazes, acabou, somos amigos. Ele me mandou um e-mail muito carinhoso agora, pelo lançamento desse livro mais recente, Os Últimos Soldados da

Guerra Fria.

Como você vê o fato de o Paulo Coelho ser adorado fora do Brasil e ser mal visto pela crítica brasileira?

Deve haver razões, eu poderia arrolar dezenas de razões. Agora, eu acho que tem uma que não é muito bonita, que é o rasteiro sentimento da inveja. Aqui no Brasil ele já vendeu, não me lembro exatamente, mas já vendeu seguramente uns 20 milhões de livros. Só no Brasil. O total de vendas dele no mundo inteiro, hoje, já superou os 150 milhões. O Nelson Rodrigues costumava dizer que o brasileiro recebe o sucesso alheio como se fosse uma canivetada na própria barriga.

Você e o Nelson Motta são os dois maiores biógrafos de pessoas famosas no País. Nelson conta histórias de pessoas com as quais conviveu, ao contrário de você. Essa não

Se somar, aqui no Brasil, já devo ter vendido

perto de 3 milhões de livros, o que, para um

autor brasileiro, é um número significativo. E

não é livro de autoajuda

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proximidade com o biografado torna o texto mais verdadeiro por estar livre de relações afetivas?

Eu não faço distinção entre personagens pelas quais eu tenha simpatia, com as quais eu tenha relação, e os que eu não tenho. Tem gente que prefere só escrever. Um dia, Ruy Castro e eu participávamos de um programa de televisão. Ele disse que preferia escrever sobre personagens pelos quais ele tivesse algum tipo de afinidade, simpatia. Eu não. Tanto que eu escrevi sobre Chatô, com o qual eu não tenho nenhuma afinidade. Cheguei a pensar em escrever a biografia do delegado Sérgio Fleury, um torturador da ditadura militar. Mas quando estou procurando personagens, eu busco gente que me ajude a contar pedaços da história que não contaram pra gente na escola.

Como surgiu a ideia de se dedicar à produção de biografias e de livros sobre episódios históricos?

Foi aos poucos. Não foi da noite para o dia. Eu comecei com Transamazônica, um livro-reportagem sobre a construção da rodovia Transamazônica. Depois, A Ilha, que já começou a promover uma inflexão na minha carreira porque vendeu muito, deu algum dinheiro e eu já comecei a pensar em me dedicar a publicar trabalhos em livros. E esse desejo, esse projeto se consolidou com Olga

e, a partir daí, eu deixei de ser jornalista empregado de jornais e revistas para me dedicar só a livros.

Tanto a história do Chatô quanto a do Paulo Coelho revelam momentos polêmicos, cheios de lances obscuros. Mesmo assim você as publicou. Por quê?

Porque eu gosto de

personagem polêmico. Eu não gosto de personagem linear, de personagem previsível. Acho que o leitor também não gosta. Tenho a impressão de que se o

leitor, ao começar a ler um livro, chegar no segundo capítulo e perceber que já sabe como vai ser o terceiro, o quarto, o quinto e o último capítulo, ele larga o livro no meio. Então, eu gosto muito mais de personagens polêmicos, de personagens contraditórios, de personagens que surpreendam o leitor.

Entre as histórias as quais você teve acesso para escrever todos os seus livros, qual a mais impressionante?

Cada uma é uma. É muito difícil dizer isso. Agora,

Eu não gosto de personagem linear, de

personagem previsível. Acho que o leitor

também não gosta

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para fazer esse Os Últimos

Soldados da Guerra Fria, eu

fiz uma entrevista com um mercenário em Cuba, que tinha sido condenado à morte por colocar bombas em hotéis e restaurantes de Cuba. Matou pessoas. O mercenário não era cubano, era de El Salvador. Essa provavelmente terá sido a entrevista mais impactante que eu fiz em minha vida inteira. E olha que eu já entrevistei assassino, já entrevistei gente em circunstâncias dramáticas. Agora, livro, livro eu não sei te dizer qual o que me impactou mais. É muito difícil dizer isso porque são histórias diferentes. Você não pode comparar a

história de Olga Benário com a história de Chatô. Você não pode comparar a história do Montenegro [militar biografado por Morais] com a história do Paulo Coelho.

Com a mudança de hábitos de leitura do brasileiro, especialmente por causa da internet e das redes sociais, qual o espaço da literatura nos dias de hoje?

Está melhorando. Tem mais gente lendo hoje do

que lia antes, tem mais gente alfabetizada, tem mais gente com poder de compra para adquirir livros. Acho que é preciso haver uma política pesada de bibliotecas públicas do governo federal, dos governos estaduais e municipais. Há milhares de municípios no Brasil que não têm nenhuma biblioteca pública. É importante que tenha, por menor que seja, até o equivalente a uma gôndola de supermercado, mas que tenha livros para as pessoas. No dia que você tiver isso, só as compras de livros que vão ser feitas por essas bibliotecas vão baratear os livros, vão permitir

que as editoras barateiem muito os preços e vão permitir que um número infinitamente maior de pessoas tenha acesso a livros. No Brasil, hoje, há 30 milhões de pessoas que têm o hábito regular de ler livros. Parece muito. Três Portugal,três Chile, seis Dinamarca. Mas é pouco se você considerar que é um país de 200 milhões de habitantes, ou seja, só 15% da população tem o hábito de ler livros regularmente. Mas a tendência

é que isso mude.

O jornalismo literário é um gênero popular nos Estados Unidos e em parte da Europa. No Brasil, a revista Piauí e algumas editoras que publicam livros-reportagem e biografias têm contribuído para a divulgação do gênero. Em sua opinião, qual o panorama do jornalismo literário no Brasil?

Eu acho que a internet está comendo os jornais diários. Eu uso muito o exemplo do Kadafi, da chacina do coronel Kadafi. Foi tão filmado, tão filmado, tão testemunhado. E não era equipamento eletrônico de alta qualidade, não. Era telefone. No dia seguinte, os jornais não tinham mais nada para informar. Então, se a grande imprensa não se voltar para a grande reportagem, para poder concorrer com a internet, ela corre o risco de passar maus bocados. Porque, hoje em dia, mesmo os grandes jornais, do Rio e de São Paulo, lembram um verso de uma música do Gilberto Gil dos anos 60 que diz o seguinte: “O jornal de manhã chega cedo/mas não traz o que eu quero saber/ as notícias que leio, conheço/ já sabia antes mesmo de ler”.

Você costuma ler biografias de outros autores?

Sim. Nos últimos três anos, eu só li livros que dissessem respeito ao trabalho que eu estou fazendo, que é esse livro que terminei e estou lançando agora. Li recentemente a

Tem mais gente lendo hoje do que lia antes,

tem mais gente alfabetizada, tem mais gente

com poder de compra para adquirir livros

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PARA LER

Corações Sujos 2000

Confi ra alguns dos livros de Fernando Morais, todos publicados pela editora Companhia das Letras

Os Últimos Soldados da Guerra Fria 2011

Olga 1993

Chatô, o Rei do Brasil 1994

biografi a da família Bonanno, escrita pelo Gay Talese, publicada no Brasil, chamada

Honra Teu Pai, publicada

originalmente no Brasil como

Honrados Mafi osos. É uma

maravilha. Eu empilhei alguns livros ao longo desses três anos. Estou começando a ler agora. Acabei de ler um livro maravilhoso escrito por um norte-americano chamado Neal Bascomb, publicado pela Objetiva, cujo título é

Caçando Eichmann, que é a

história da caçada do carrasco nazista Adolf Eichmann, na Argentina, em 1960. É um livro maravilhoso, é um livro de uma tensão... Prende o leitor de uma tal maneira que você não consegue parar de ler. Mas eu vou pôr em dia os livros que eu não pude ler ao longo desses três anos.

Depois desses três anos de dedicação quase absoluta ao livro Os Últimos Soldados

da Guerra Fria, você já tem

projetos para novas biografi as?

Não sei se biografi as. Eu estou conversando com o presidente Lula não para fazer uma biografi a. Pode ser que seja um livro sobre a história do governo dele, com bastidores contados por ele. Ainda não sabemos. Espero que essa notícia da doença dele... Primeiro espero que ele se cure disso o mais rápido possível e espero que isso não atrapalhe os planos da gente. Estou também ciscando para ver se faço a biografi a de

Darcy Ribeiro, antropólogo, senador, que é um personagem fascinante. Conheci de perto, trabalhei com ele quando fui secretário de Cultura do Estado de São Paulo. Eu o convidei para vir cuidar do Memorial da América Latina. E estou pensando também em fazer um livro não sobre a vida, mas sobre a morte do presidente

João Goulart, o Jango. Há uma suspeita não só da família, mas também de outras pessoas, de que ele não tenha morrido de causas naturais , que ele tenha sido envenenado como parte da Operação Condor, das ditaduras latino-americanas. A única coisa que sei é que não posso demorar muito para escolher o próximo projeto senão morro de fome.

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