• Nenhum resultado encontrado

A UTILIZAÇÃO DE GÁS COMBUSTÍVEL EM SUBSTITUIÇÃO À ELETRICIDADE NO AQUECIMENTO DOMÉSTICO DE ÁGUA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "A UTILIZAÇÃO DE GÁS COMBUSTÍVEL EM SUBSTITUIÇÃO À ELETRICIDADE NO AQUECIMENTO DOMÉSTICO DE ÁGUA"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

A U T I L I Z A Ç Ã O DE GÁS C O M B U S T Í V E L EM S U B S T I T U I Ç Ã O À E L E T R I C I D A D E NO

A Q U E C I M E N T O DOMÉSTICO DE Á G U A

Y U K I O K A V A S S A K Ia

M A R I N A S A N G O I D E O L I V E I R A I L H Ab

O R E S T E S M A R R A C I N I G O N Ç A L V E Sb

KAVASSAKI, Y.; ILHA, M.S. de; GONÇALVES, O.M. A utilização de gás combustível em substituição à eletricidade no

aquecimento doméstico de água. Semina, v. 12, n. 4, p.230-235, dez. 1991.

RESUMO

O contexto de crise energética sugere medidas de conservação e de uso efetivo das formas primárias de energia, no

sen-tido de compatibilizar a sua disponibilidade com a demanda sempre crescente. O espectro de usos de energia elétrica, no

se-tor residencial, evidencia a grande incidência no aquecimento de água, responsável por picos de carga. Assim, neste trabalho,

avalia-se, técnica e economicamente, diversos casos de substituição de eletricidade por gás combustível no aquecimento de

água, tanto em edificações novas quanto em edificações habitadas.

PALAVRAS-CHAVE: Água quente, Sistemas prediais de água quente, Aquecimento de água, Conservação de energia.

1 - INTRODUÇÃO

Cada vez mais, a nível i n t e r n a c i o n a l , espraia-se a consciência de que apenas medidas de conservação e de uso efetivo das formas primárias de energia p e r m i t i r ã o uma real c o n t r i b u i ç ã o , no sentido de c o m p a t i b i l i z a r a demanda crescente p o r energia utilizável c o m a sua p r ó p r i a d i s p o n i -bilidade, na maioria dos casos l i m i t a d a .

É possível constatar o a l t o custo social da i m p l a n -tação de um KW adicional de energia elétrica em cidades c o m o São Paulo, d e v i d o , em especial, à escassez do referi-do insumo. Em c o n t r a p a r t i d a , observa-se um incentivo ca-da vez maior à utilização de gás c o m b u s t í v e l nestas grandes concentrações urbanas, sugerindo a i m p l e m e n t a ç ã o de uma p o l í t i c a de substituição de energético, p a r t i c u l a r m e n t e em edifícios residenciais.

A análise do espectro de usos de energia elétrica do setor residencial, p o r sua vez, revela a grande incidência no a q u e c i m e n t o de água, responsável p o r picos de carga. Do p o n t o de vista p r á t i c o , percebe-se, f a c i l m e n t e , a ex-tensão do i m p a c t o que p r o d u z i r á a substituição de ener-gético no aquecimento de água para o setor residencial, uma vez que haverá um alívio significativo na pressão de demanda de energia elétrica, especialmente nos horários de p i c o .

Este c o n t e x t o , em conseqüência, j u s t i f i c a o desen-v o l desen-v i m e n t o de tecnologias de substituição de sistemas elétricos de aquecimento de água para sistemas a gás c o m -b u s t í v e l , t a n t o em edificações novas q u a n t o em edifica-ções habitadas.

2 - MATERIAL E MÉTODO

2.1 Definição das Tipologias de Edificações

A m e t o d o l o g i a para estabelecer a t i p o l o g i a ou o pa-d r ã o pa-de e pa-d i f í c i o s resipa-denciais, que refletisse a construção média das edificações para fins habitacionais em São Paulo, baseou-se em levantamento de dados cadastrais, referentes a onze anos, j u n t o a órgãos governamentais e entidades privadas. A partir dos dados o b t i d o s , procurou-se, esta-t i s esta-t i c a m e n esta-t e , caracesta-terizar padrões de edificações para fins habitacionais q u a n t o a: n ú m e r o de d o r m i t ó r i o s , n ú m e r o de banheiros, área ú t i l e n ú m e r o de apartamentos por andar, de f o r m a a resultar em algumas tipologias de e d i f i -cações, nas quais fossem possíveis os estudos das alterna-tivas de abastecimento de gás (para cocção, aquecimento, etc.) e de d i s t r i b u i ç ã o de água quente.

A partir da análise dos dados disponíveis (lançamen-tos de 1977 a 1 9 8 8 , no M u n i c í p i o de São Paulo), escolheu-se as escolheu-seguintes tipologias c o m o as mais repreescolheu-sentativas pa-ra o estudo (cerca de 6 0 % e 15%, respectivamente) em edi-ficações habitadas:

T i p o l o g i a 1 — E d i f í c i o de 4 apartamentos por andar c o m 2 d o r m i t ó r i o s e 1 banheiro p o r a p a r t a m e n t o .

T i p o l o g i a 2 — E d i f í c i o de 2 apartamentos por andar c o m 3 d o r m i t ó r i o s e 2 banheiros p o r a p a r t a m e n t o ,

Na definição das t i p o l o g i a s das edificações, transpa-receu, n i t i d a m e n t e , a preocupação c o m a escala de

aplica-a Depaplica-artaplica-amento de Construção C i v i f / C T U — Universidaplica-ade Estaplica-aduaplica-al de L o n d r i n aplica-a , Caplica-aixaplica-a Postaplica-al, 6 0 0 1 , CEP 8 6 0 5 1 - 9 7 0 , L o n d r i n aplica-a - Paplica-araplica-aná Brasil.

D e p a r t a m e n t o de Engenharia de Construção Civil / Escola Politécnica da USP.

(2)

cão das soluções finais a serem detalhadas. Assim, duas tipologias adicionais, de características peculiares interes-santes em termos dos objetivos do presente estudo, foram apreciadas:

Tipologia 3 — Edifício de apartamentos da C O H A B . Tipologia 4 — Edifício de apartamentos de alto padrão. A habitação multi-familiar de interesse social utiliza, eminentemente, o chuveiro elétrico, de modo que o desen-volvimento de alternativas de substituição de energético apresentará grande alcance, face à receptividade dessa mo-dalidade de edificação, além dos benefícios sociais resul-tantes dos menores custos inicial e operacional envolvi-dos. O interesse pela Tipologia 4 deve-se ao fato de apre-sentar, tipicamente, grandes distâncias no que se refere ao traçado das redes e um ou mais aquecedores elétricos, apesar da existência de instalação predial de gás combus-tível para cocção.

No caso de edificações novas, por outro lado, consi-derou-se apenas as Tipologias 1, 3 e 4.

2.2 — Estudo de Alternativas de Substituição de Energético

no Aquecimento Doméstico de Água.

2.2.1 — Sistemas Prediais de Água Quente.

No sentido de obter consistência da classificação com relação aos objetivos específicos deste estudo, os sistemas prediais de água quente são subdivididos inicialmente se-gundo a fonte energética utilizada no aquecimento:

• aquecimento a gás combustível; • aquecimento a eletricidade;

• aquecimento através de outras fontes de energia. O aquecimento através de fontes alternativas de ener-gia pressupõe a utilização de óleo combustível, lenha, bio-gás, carvão mineral, energia solar e combinações destas, entre outras, as quais não constituem escopo deste tra-balho.

Por sua vez, quanto à modalidade de geraçao/reser-vação e distribuição de água quente, os sistemas estão clas-sificados em central (coletivo e privado) e individual.

O sistema central compreende, basicamente, um equi-pamento responsável pelo aquecimento da água e uma rede de tubulações, através da qual a água quente é distribuída, alimentando conjuntos de aparelhos. Este t i p o de sistema pode ser coletivo, quando os conjuntos de aparelhos perten-cem a várias unidades (ex: edifício de apartamentos) ou privado, quando pertencem a uma mesma unidade (ex.: apartamento). No sistema central coletivo, tem-se, sempre, a reservação de um volume de água a ser aquecido, enquan-to que no privado pode se ter reservação de água (aquece-dor de acumulação) ou não, caso este em que a água vai sendo aquecida à medida que passa pela fonte de

aqueci-mento (aquecedor de passagem ou instantâneo).

O sistema individual de aquecimento, de outro lado,

consiste na alimentação de um único ponto de utilização, sem necessidade de uma rede de água quente (ex: chuveiro elétrico).

2.2.2 — Seleção das Alternativas

2.2.2.1 - Edificações Habitadas

Uma vez definidos os tipos de sistemas prediais de água quente, efetuou-se uma análise técnica preliminar, procurando estabelecer a intervenção necessária nas edifi-cações habitadas, de modo a identificar as alternativas mais viáveis a serem detalhadas a nível de Projeto Executivo.

Assim sendo, para a escotha das alternativas, levou-se em consideração os levou-seguintes aspectos:

— facilidade de execução das redes de água fria e água quente;

— facilidade de manutenção das redes de água fria e água quente;

- comodidade ao usuário (transtornos de instalação, medição, rateio de contas, etc.};

— economia (custo de implantação do sistema por apartamento);

— grau de ocorrência do sistema existente; — dificuldade no traçado da rede;

— adequação do ambiente, etc.

2.2.2.2 - Edificações Novas

Definidas as tipologias, foram estudados os projetos tecnicamente mais adequados para cada uma delas, consi-derando-se o tipo de sistema de geração/reservação e de distribuição de água quente, que são os seguintes:

— Tipologia 1: avaliou-se a possibilidade de implan-tação dos sistemas central privado e central coletivo, exa-minando-se também a questão da medição individualiza-da de água quente no sistema central coletivo, com o

objetivo de ratear o energético utilizado no aquecimen-to de água;

- Tipologia 3: estudou-se apenas o sistema centra! privado (com aquecedor instantâneo);

— Tipologia 4: como no caso da Tipologia 1, foram estudados os sistemas central privado e central coletivo, além da questão da medição individualizada de água quen-te no sisquen-tema centra! coletivo.

2.2.3 — Projetos e Orçamentos

Para as dezesseis alternativas de projeto de instala-ções de água quente selecionadas na avaliação técnica, foram elaborados os respectivos Projetos Executivos, de acordo com dimensionamento realizado a partir de mode-lagem probabilística, proposta por G O N Ç A L V E S (1986), para o estabelecimento das vazões. Em seguida, efetuadas as quantificações de materiais e de mão-de-obra para execução, foram definidas as planilhas de orçamento para cada alternativa.

Por outro lado, uma vez que, atualmente, é obriga-tória a existência de instalação de gás combustível em edi-ficações residenciais, seja ela para gás de rua ou para GLP

(3)

(gás liqüefeito de petróleo), procurou-se avaliar a possi-bilidade de implantar um sistema de aquecimento de água a gás combustível, eliminando-se toda a parte elétrica correspondente ao aquecimento de água. Em outras

pa-lavras, até que ponto a economia obtida com a retirada de tais previsões, na instalação elétrica, pode amortizar o equipamento ou mesmo a instalação de água quente, quando da especificação de gás combustível para o aque-cimento de água, no caso de edificações novas. Para tanto,

— o equipamento de aquecimento de água encarece sobremaneira a substituição; portanto, deve-se levar em con-ta o escon-tado de conservação do equipamento existente (de-preciação), pois este pode estar em vias de ser substituído, constituindo um gasto que o(s) usuário(s) teria(m) mesmo de arcar.

A f i m de ilustrar a influência do equipamento, em termos percentuais, no custo da instalação, apresenta-se a Tabela 2 referente à Tipologia 1.

TABELA 1 — Custo da substituição do energético para aquecimento de água nas diferentes

Tiplogias em US$/apartamento

foram elaborados os projetos de instalações elétricas com e sem as "referidas previsões, e levantados os respectivos custos.

3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 — Edificações Habitadas

Analisando-se as Tabelas 1 e 2, observa-se que:

— a viabilidade do sistema central coletivo (caldeira) tende a aumentar, à medida que cresce o número de

aparta-mentos no edifício, pois assim a parcela correspondente a cada apartamento, no rateio, torna-se menor; tal fato não ocorre com o sistema central privado, uma vez que cada apartamento deve adquirir o seu próprio equipamento, independentemente do número de apartamentos no edifí-cio;

Semina, Ci. Exatas/Tecnol., v.12, n.4, p.230-235, dez. 1991

232

TABELA 2 — Tipologia 1: Influência dos aquecedores no

custo.

(4)

3.2 - Edificações Novas

A p a r t i r do exame das Tabelas 3 a 6, apresentadas na seqüência, observa-se q u e :

- na instalação elétrica de uma edificação o custo do material apresenta n í t i d a preponderância sobre o cus-to da mão-de-obra, e x c e t o na T i p o l o g i a 3, o n d e , p o r razões inerentes, tais custos praticamente se e q ü i v a l e m ;

- a e c o n o m i a que se faz na instalação elétrica p o r apartamento resulta t a n t o m a i o r q u a n t o mais a l t o f o r o padrão do a p a r t a m e n t o , uma vez que se t e m previsões excessivas de tomadas elétricas destinadas ao aquecimen-to de água; assim, q u a n t o maior f o r o n ú m e r o de banheiros, mator será o n ú m e r o de previsões de tomadas de aqueci-m e n t o de água e conseqüenteaqueci-mente aqueci-maior a q u a n t i d a d e de material elétrico a ser u t i l i z a d o ;

implantação de qualquer sistema h i d r á u l i c o ; novamente, a T i p o l o g i a 3 c o n s t i t u i exceção, especialmente em f u n ç ã o do a l t o custo i n t r o d u z i d o pelos equipamentos de aque-c i m e n t o de água (no aque-caso, aqueaque-cedores de passagem a gás), no lugar de chuveiros elétricos;

- a medição individualizada no sistema central cole-t i v o (com uma c o l u n a de d i s cole-t r i b u i ç ã o de água quencole-te p o r apar-t a m e n apar-t o ) , apar-t e n d o p o r base os casos examinados, i n apar-t r o d u z um a u m e n t o nos custos da o r d e m de 4 0 % para a T i p o l o -gia 1 e de 16% para a T i p o l o g i a 4, em relação ao mesmo sistema sem medição;

De sua vez, c o m o o t e m p o necessário para se aquecer 1 l i t r o de água c o m o e q u i p a m e n t o a gás é, a p r o x i -madamente, 3 vezes m e n o r que c o m o e q u i p a m e n t o elétri-c o , f o r a m o b t i d o s os elétri-consumos de energétielétri-co por l i t r o , para

TABELA 3 — Tipologia 1: Orçamento geral da instalação elétrica (em US$)

TABELA 4 - Tipologia 2: Orçamento geral da instalação elétrica (em US$)

— t e n d o p o r base os casos analisados, pode-se chegar a uma economia de mais de 4 0 % na instalação elétrica c o m a eliminação dos p o n t o s (previsão de tomadas) des-tinados, única e exclusivamente, ao a q u e c i m e n t o de água; c o m a economia o b t i d a na instalação elétrica, ao se e l i m i -nar tais p o n t o s , verifica-se, a d i c i o n a l m e n t e , que p o d e m ser cobertos, parcial ou t o t a l m e n t e , os custos relativos à

u m a diferença de t e m p e r a t u r a (sobreaquecimento) de 5 0 ° C : 0 , 0 7 0 k W h para os aquecedores elétricos e 0 , 0 1 7 1 m3

para os aquecedores que u t i l i z a m gás de rua.

U m a vez que o gás de rua (natural) e a eletricidade apresentam a seguinte estrutura t a r i f á r i a {maio de 1 9 9 2 ) :

- t a r i f a residencial de eletricidade (Eletropauio-SP): • até 3 0 k W h U S $ 0 , 0 4 6 5 1 / k W h ;

(5)

TABELA 5 —Tipologia 3: Orçamento geral da instalação elétrica (em US$)

TABELA 6 - Comparação de custos das instalações hidráulicas (em US$)

TABELA 7 - Faixas de consumo e taxas correspondentes

(Base: maio de 1992)

• de 31 a 100KWh US$ 0,06976/kWh; • de 101 a 200kWh US$ 0,07558/kWh; . acima de 200kWh US$ 0,11627/kWh. — tarifa (básica) residencial de gás de rua {Comgás-SP).

• US$ 0,13840/m3.

pode-se dizer que, se o uso de energia elétrica fosse exclu-sivamente para o aquecimento de água, e este fosse subs-tituído pelo aquecimento a gás, ter-se-iam as faixas de con-sumo de gás e respectivos custos apresentados na Tabela 7.

A nível governamental, tem sido adotada uma polí-tica tarifária de incentivo à conservação de energia, ao lado do aspecto social, estipulando-se tarifas mais baixas propor-cionalmente ao consumo de energia elétrica. A partir disso, constata-se que, mesmo para a faixa de menor consumo (até 30kWh), ou seja, aquela cujo o custo do kWh é mais baixo, o resultado chega a ser quase 38% maior que no caso da utilização do gás de rua. Por outro lado, para a faixa acima de 200kWh (sem subsídio), tal percentual é superior a 240%.

Além disso, em muitos casos, a economia obtida na

Semina, Ci Exatas/Tecnol., v.12, n.4, p.230-235, dez. 1991

234

instalação elétrica resulta suficiente para pagar a instalação de água quente a gás combustível; naqueles casos em que isto não ocorre, a diferença pode se amortizar rapidamente em função da redução do custo operacional determinada

(6)

Recebido para publicação em 1/6/1992

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

KAVASSAKI, V.; ILHA, M.S. de; GONÇALVES, O.M. The replacement of electricity by combustible gas in the domestíc water heatíng. Semina, v. 12, n . 4 , p.230-235, Dec. 1991.

ABSTRACT

The context of energy crisis hints conserving measures and effective use of primary forms of energy, in order to balance their availability and the ever-growing demand for them. In the domestic sector, the curve of electricity demand reveals the peaks caused by the hot water production. Thus, both technical and economical evaluation are carried out for many cases replacing eletricity by combustible gas in the domestic water heating; both new and occupied residential buildings are taken into account in the present survey.

KEY WORDS: Hot water, Building hot water systems, Water heating, Energy conservation. 4 - CONCLUSÃO

A partir da seleção prévia de quatro tipologias de edi-ficações residenciais, segundo avaliação de um universo de ocorrências, tendo por base a escala final de aplicação, foram definidos Projetos Executivos que possibilitaram a análise técnico-econômica de cada caso de substituição de eletricidade por gás combustível no aquecimento de água, em edificações habitadas.

Os custos apresentados, evidentemente, devem-se somar àqueles decorrentes da implantação da rede de gás necessária ao aquecimento da água.

Como se referiu no item anterior, os custos totais se acham fortemente vinculados ao preço do equipamento, qualquer que seja o caso de substituição. A tendência à diminuição da influência deste fator ocorre nos casos em que há necessidade de execução de rede de água quente. Deve-se ressaltar, ainda, que nos casos de implantação de caldeiras a gás. os custos também tendem a ser tanto menores quanto maior for o número de unidades residen-ciais do edifício. Contudo, deve-se levar em considera-ção o estado de conservaconsidera-ção do equipamento a ser subs-tituída, face ao seu tempo de uso.

No caso das edificações novas, também a partir da elaboração dos Projetos Executivos de instalações de água quente nos edifícios selecionados, procedeu-se ao orça-mento e à análise econômica, sendo possível alinhavar as seguintes conclusões gerais, para as diversas situações examinadas:

— a economia que se obtém com a eliminação dos pontos destinados ao aquecimento de água na instala-ção elétrica amortiza, parcial ou, como na maioria dos casos, totalmente, os custos da instalação hidráulica de água quente com aquecedor a gás;

— a economia acima referida, por apartamento, au-menta à medida que se eleva o padrão da unidade resi-dencial; •

— a introdução da medição individualizada no sistema central coletivo, admitindo-se uma coluna de distribuição de água quente por apartamento, eleva em certa extensão os custos em relação ao mesmo sistema sem medição (em torno de 40% para a Tipologia 1 e cerca de 16% para a Tipologia 2);

— o custo operacional no aquecimento de água, em termos do consumo de energético, apresenta-se bem menor para o gás de rua, comparativamente à eletricidade, indi-cando uma rápida amortização dos custos com a insta-lação de água quente a gás, inclusive naqueles casos em que a aludida economia, com a eliminação dos pontos previs-tos na instalação elétrica, não foi suficiente.

Finalmente, deve-se salientar alguns tópicos relevan-tes, mesmo que não tenham sido mencionados de maneira explícita ao longo do presente trabalho:

— instalação do equipamento gerador de água quente e adequação do ambiente (distâncias, chaminé, ventilação, e t c ) ;

— aperfeiçoamento dos equipamentos atualmente existentes (aquecedores de acumulação com menores capacidades, queimador piloto com menor consumo, ade-quação das características de capacidade de recuperação e volume de armazenamento, aquecedores com chama modulável, e t c ) ;

— diminuição dos custos de implantação (aplicação de materiais alternativos, e t c ) ;

— desenvolvimento de novos componentes (aque-cedores de f l u x o balanceado, misturadores e válvulas termostáticos, cabos automáticos de aquecimento, e t c ) ;

— utilização de técnicas e critérios mais avançados de dimensíonamento (como a modelagem probabilfstica utilizada no presente trabalho);

— programa de levantamento sistemático de dados de campo;

— modernização da Normalização Brasileira (normas de procedimento de projeto, normas de componentes, e t c ) .

Referências

Documentos relacionados

5 “A Teoria Pura do Direito é uma teoria do Direito positivo – do Direito positivo em geral, não de uma ordem jurídica especial” (KELSEN, Teoria pura do direito, p..

Detectadas as baixas condições socioeconômicas e sanitárias do Município de Cuité, bem como a carência de informação por parte da população de como prevenir

Os dados experimentais de temperatura na secagem da pêra em estufa a 40 o C estão apresentados na Figura 6, assim como os valores calculados pelo modelo

Os maiores coeficientes da razão área/perímetro são das edificações Kanimbambo (12,75) e Barão do Rio Branco (10,22) ou seja possuem uma maior área por unidade de

O valor da reputação dos pseudônimos é igual a 0,8 devido aos fal- sos positivos do mecanismo auxiliar, que acabam por fazer com que a reputação mesmo dos usuários que enviam

libras ou pedagogia com especialização e proficiência em libras 40h 3 Imediato 0821FLET03 FLET Curso de Letras - Língua e Literatura Portuguesa. Estudos literários

Terá direito à matrícula o candidato aprovado no processo seletivo e formalmente aceito por um orientador credenciado no Programa de Pós-Graduação. O candidato aprovado no

A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro