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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CERRADO PATROCÍNIO UNICERP Graduação em Ciências Biológicas

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CERRADO

PATROCÍNIO UNICERP

Graduação em Ciências Biológicas

EFICÁCIA DOS TESTES QUIMILUMINESCENTE (LUMINOL) E

IMUNOCROMATOGRÁFICO (FECA-CULT E HEXAGON OBTI)

USADOS PARA DETECTAR A PRESENÇA DE VESTÍGIOS DE

MANCHAS DE SANGUE EM EXAME PERÍCIAL EM LOCAL DE

CRIME: UMA ANALISE COMPARATIVA

MATHEUS ALEXANDRE DE OLIVEIRA

PATROCÍNIO/MG 2018

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MATHEUS ALEXANDRE DE OLIVEIRA

EFICÁCIA DOS TESTES QUIMILUMINESCENTE (LUMINOL) E

IMUNOCROMATOGRÁFICO (FECA-CULT E HEXAGON OBTI)

USADOS PARA DETECTAR A PRESENÇA DE VESTÍGIOS DE

MANCHAS DE SANGUE EM EXAME PERÍCIAL EM LOCAL DE

CRIME: UMA ANALISE COMPARATIVA

Trabalho Monográfico de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção do grau de bacharel e licenciado em Ciências Biológicas, pelo Centro Universitário do Cerrado Patrocínio – UNICERP.

Orientador: Profa. Drª. Lilian Cristina Barbosa

PATROCÍNIO / MG 2018

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Centro Universitário do Cerrado Patrocínio

Curso de Graduação e Licenciatura em Ciências Biológicas

Trabalho de conclusão de curso intitulado” Eficácia dos testes quimioluminescênte (luminol) e

imunocromatográficos (feca-cult e hexagon OBTI) usados para detectar a presença de vestígios de mancha de sangue em exame pericial em local de crime: uma análise

comparativa”, de autoria do graduando Matheus Alexandre de Oliveira, aprovado pela banca

examinadora constituída pelos seguintes professores.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________________________ Prof. Drª. Lilian Cristina Barbosa-Orientadora

Instituição: UNICERP

________________________________________________________________ Prof. Esp. Flaviana dos Santos Vinhal

Instituição: UNICERP

________________________________________________________________ Profa. Drª. Rafaela Cabral Marinho

Instituição: UNICERP

Data de aprovação: 12 de dezembro de 2018

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4 DEDICO este estudo aos meus pais, que, incondicionalmente, me apoiaram sempre; A Prof. Drª Lilian Cristina Barbosa, que não mediu esforços para me ajudar a trilhar as sedas do conhecimento; A Perícia Criminal de Uberaba/MG, juntamente com seus membros que me receberam nas férias deste ano corrente e me proporcionaram conhecimentos magníficos e únicos, que serão levados para a vida toda.

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AGRADECIMENTOS

Meus sinceros agradecimentos, antes de tudo, a Deus, pela força е coragem durante toda esta longa caminhada.

Aos meus pais por todos os momentos de minha vida, dando apoio e incentivos.

Aos meus irmãos, familiares e amigos por compreenderem a necessidade dos estudos em minha vida.

Ao meu anjo da guarda e meu eterno amor, minha avó Glorinha, na certeza de que essa caminhada seria mais alegre com a sua presença, tenho a certeza de que aonde estiver está compartilhando comigo as alegrias deste momento.

A Pericia Criminal de Uberaba/MG, por me receber em janeiro como estagiário e por me proporcionar conhecimentos, que será levado não só para a vida profissional, mas também a vida pessoal.

Ao Perito Criminal João Tomizo Cardoso Sudo por me auxiliar e orientação neste trabalho. A Drª Lilian Cristina Barbosa, pela paciência na orientação е incentivo que tornaram possível а conclusão deste trabalho de conclusão de curso.

Aos coordenadores do curso, pelo convívio, pelo apoio, pela compreensão е pela amizade. A todos os professores do curso, que foram tão importantes na minha vida acadêmica е no desenvolvimento desta monografia.

A todos aqueles que de alguma forma estiveram е estão próximos, fazendo esta vida valer cada vez mais а pena.

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6 “Sem perícia, o local de crime permanecerá mudo”.

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RESUMO

Introdução: A Perícia Criminal é peça fundamental para uma investigação de um

crime, sendo eles, suicídio e assassinato. É também de suma importância para um inquérito judicial. Dentre os diversos profissionais que podem trabalhar nesta área, destaca-se os biólogos, através da Biologia Forense, que conta com distintas funções, desde a identificação de sangue, posicionamento, respingo de sangue, até extração de DNA para identificação do autor do crime e da vítima. Assim sendo, para exames periciais, são utilizados alguns testes para confirmação de sangue oculto em cenas de um crime, como os testes imunocromatográficos (Feca-Cult com a função de detectar hemoglobina humana e Hexagon OBTI com a função de detectar com exatidão sangue humano) e quimioluminscênte (luminol com a função de detecção de sangue oculto através de Fe²+ presente no sangue). Objetivos: O presente trabalho tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica dos testes de detecção de sangue oculto em cenas de crimes, fazendo uma análise comparativa, destacando os testes de quimiluminescência (luminol) e imunocromatográfico (hexagon obt e feca-cult). Material

e método: O trabalho se desenvolve mediante pesquisa bibliográfica e documental de natureza

descritiva com análise e discussão dos dados encontrados. Para a estruturação deste trabalho de revisão foram utilizados artigos, dissertações de mestrado, teses de doutorado, bulas de teste, sites online, livros com publicações dos últimos anos acerca da composição, propriedades e aplicações e utilidade na área da criminalística dos testes quimiluminescente (luminol) e imunocromatográfico (hexagon obti e feca-cult). Resultado: Os três testes demonstram alta sensibilidade para detecção de sangue oculto em cenas de crime. No entanto, cada teste aponta limites para detecção, tais como, resultados falso-positivo perante interferência de alguma substância. No entanto são de suma importância para analises periciais, mas cada um com seus objetivos de detecção e finalidades. Conclusão: Desta forma, conclui-se que, os testes pesquisados, são de extrema importância para auxílio em desvendar um crime. Demonstraram extrema sensibilidade e facilidade para sua execução e transporte. Mesmo com suas interferências para resultados positivos, negativos e falso-positivo, ainda assim, se faz de suma importância a utilização dos testes em cenas de crimes.

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LISTA DE SIGLAS

hHb Hemoglobina ácida anti-Hb Anti-hemoglobina humana IgG anticorpos IgG

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9 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ... 10 2. OBJETIVOS ... 13 2.1 Geral: ... 13 2.2 Objetivos específicos: ... 13 3. DESENVOLVIMENTO ... 14 3.1 INTRODUÇÃO ... 16 3.2 MATERIAL E MÉTODOS ... 17 3.2.1 Tipo de pesquisa ... 17 3.2.2 Coleta de dados ... 18 3.2.3 Palavras chave ... 18

3.2.4 Análise dos resultados ... 18

3.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 19

3.3.1 Biologia Forense ... 19

3.3.2 Pericia Criminal ... 20

3.3.3 Sangue ... 20

3.3.3.1 Componentes do sangue ... 20

3.3.3.3 Importância do sangue no contexto forense ... 21

3.3.4 Testes periciais ... 22

3.3.4.1 Teste quimioluminescênte (luminol) ... 22

3.3.4.1.1 Sensibilidade e limitações do teste ... 23

3.3.4.2 Teste imunocromatográfico (hexagon obti) ... 25

3.3.4.2.1 Sensibilidade do teste ... 27

3.3.4.3 Teste imunocromatografico (Feca-cult) ... 28

3.3.4.3.1 limitações do teste ... 29 3.4 CONCLUSÕES ... 29 3.5 REFERÊNCIAS ... 30 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 34 5. CONCLUSÕES ... 36 6. REFERÊNCIAS ... 37

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1. INTRODUÇÃO

Atualmente um tema que abrange a Biologia e considerável atrativo é a Ciência Forense (CALAZANS et al., 2010). A Ciência Forense tem sido permitida perante a evolução científica da Biologia, Química e Física, provenientes de aplicações das tecnologias derivadas. Perante os últimos 100 anos houve ampla evolução nas técnicas utilizadas para desvendar crimes podendo citar a importante contribuição de cada ciência. Na Física tem a balística, na Química tem identificação e caracterização de moléculas químicas e na Biologia a identificação humana com os grupos sanguíneos ABO, Rh, dentre outros (SILVA et al., 2006).

O reconhecimento humano é um assunto jurídico de relevância em eventualidades criminais, requerendo investigação (SILVA et al., 2013).

A perícia criminal é importante, pois é a parte responsável por produzir provas periciais, usando como princípios de seus trabalhos o conhecimento científico e as revolucionárias tecnologias aplicadas (RODRIGUES et al., 2010).

Na perícia criminal vestígios sanguíneos tem extrema importância para uma investigação criminal, sendo possível a identificação de vítimas quanto de suspeitos. Serve também para certificar se a quantidade encontrada pertence ao mesmo ferimento da vítima e apurar a presença ou doseamento de drogas (FILHO et al., 2010).

O sangue é o principal fluido corporal detectado em toda estrutura do corpo humano circulante no aparelho cardiovascular (SOUZA et al., 2006; DOREA,1989; PESCHEL, 2011), órgãos condutores de água, eletrólitos, hormônios, nutrientes, resquício do metabolismo celular, com outras estruturas diversificadas (SOUZA et al., 2006) e ausente nas unhas e epidermes. Suas particularidades são imutáveis e perenes. Sua coloração, no corpo, varia do vermelho vivo (sangue arterial) ao escuro (sangue venoso), agora fora do corpo, irá ocorrer a variação conforme condições encontradas, tal como área que a mancha de sangue se gerou, a partir do início do sangramento, área de origem e outros.

A constituição do sangue é intrigante, de glóbulos e plasma, sem aspecto próprio. Seu volume tem variedade conforme o sexo e idade, tal como, sexo feminino de quatro a cinco litros e masculino cinco a seis litros (DOREA, 1989; PESCHEL, 2011).

A média da composição corporal humana, 8% é de responsabilidade sanguínea, onde esse material é utilizado como uma prova biológica com maior frequência de identificação em

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11 ocorrências criminalísticas com envolvimento de homicídios, agressões físicas e estupros (SAWAYA, ROLIM, 2009; AN et al, 2010).

De uma ampla perceptiva, o sangue está presente em quase toda cena de crime com uma grande probabilidade de extração de informações para investigações policiais. Fornecem vestígios, como por exemplo, similaridade do volume sanguíneo e a lesão, desenvolvimento do ocorrido, doseamento de drogas, reconhecimento da vítima e/ou suspeito, dentre vastas possibilidades. Apesar disso, com a finalidade de sua realização, é indispensável a constatação de uma especifica mancha, hematóide, se é equivalente a sangue (DIAS FILHO, 2010).

Para a decisão de um inquérito policial, se têm como evidencias sangue em locais de crimes, tais como roupas usadas pela vítima ou pelo próprio autor, da mesma forma que objetos apreendidos. Na cena do crime, quando o sangue coletado e armazenado adequadamente, pode ocorrer grande conexão com o assassino e vítima. No esforço de encobrir vestígios, pode ocorrer a lavagem das manchas pelos criminosos deixando-as ocultas aos olhos (ALMEIDA, 2009). “Há perigo de destruição de vestígios, pela chuva, vento, veículos, animais e ação humana” (BRENNEN, et al. 2000; CADDY, et al., 2004).

O apuramento por meio do sangue em amostras forense pode ser realizado através de exames que apresentam possibilidade de identificação do sangue ao material (exames de coloração e luminescentes), e exames com a confirmação da presença de sangue genérico (cristais de Teichmann e de Takayama), e sangue humano (imunocromatografia) nas evidências. (SAWAYA, ROLIM, 2009)

Há dificuldade de se realizar um inquérito policial, com a degradação do material biológico com ações naturais do meio físico, biológico e também antrópico. Por isso, é importante verificação da durabilidade do sangue em diferentes superfícies e a sensibilidade dos testes de detecção de sangue oculto.

Com isso, surgem alguns problemas: quanto tempo um vestígio de sangue, de uma cena de crime, permanece viável para análises periciais sofrendo ações climáticas e de animais, em diferentes superfícies? Qual teste de detecção de sangue oculto tem maior sensibilidade na detecção após a degradação por ações climáticas e de animais?

Mesmo havendo várias maneiras de se investigar uma cena de crime, ainda é questionável a durabilidade das manchas de sangues presentes. Contudo, a durabilidade do sangue, perante ações climáticas e de animais, ocorre degradação, podendo prejudicar investigações futuras. Diante do exposto são importantes trabalhos de revisão para comparar a

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12 eficácia dos testes quimiluminescentes e imunocromatográfico usados para detectar a presença de vestígios de manchas de sangue em exame pericial.

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2. OBJETIVOS

2.1 Geral:

Realizar uma Revisão Bibliográfica dos testes de detecção de sangue oculto em cenas de crimes, fazendo uma análise comparativa, destacando os testes de quimiluminescência (luminol) e imunocromatográfico (hexagon obt e feca-cult).

2.2 Objetivos específicos:

• Fazer uma revisão bibliográfica sobre as propriedades do uso de testes de detecção de sangue oculto em vestígios hemáticos para análise forense.

• Fazer uma análise comparativa entre testes quimiluminescente (luminol), imunocromatográfico (hexagon obti e feca-cult), quanto a sua sensibilidade e praticidade.

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3. DESENVOLVIMENTO

EFICÁCIA DOS TESTES QUIMILUMINESCENTE (LUMINOL) E

IMUNOCROMATOGRÁFICO (FECA-CULT E HEXAGON OBTI) USADOS PARA DETECTAR A PRESENÇA DE VESTÍGIOS DE MANCHAS DE SANGUE EM EXAME

PERÍCIAL EM LOCAL DE CRIME: UMA ANALISE COMPARATIVA

MATHEUS ALEXANDRE DE OLIVEIRA¹ Drª LILIAN CRISTINA BARBOSA²

JOÃO TOMIZO CARDOSO SUDO³

RESUMO

Introdução: A Perícia Criminal é peça fundamental para uma investigação de um crime, sendo

eles, suicídio e assassinato. É também de suma importância para um inquérito judicial. Dentre os diversos profissionais que podem trabalhar nesta área, destaca-se os biólogos, através da Biologia Forense, que conta com distintas funções, desde a identificação de sangue, posicionamento, respingo de sangue, até extração de DNA para identificação do autor do crime e da vítima. Assim sendo, para exames periciais, são utilizados alguns testes para confirmação de sangue oculto em cenas de crime, como os testes imunocromatográficos (Feca-Cult com a função de detectar hemoglobina humana e Hexagon OBTI com a função de detectar com exatidão sangue humano) e quimioluminscênte (luminol com a função de detecção de sangue oculto através de Fe²+ presente no sangue). Objetivos: O presente trabalho tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica dos testes de detecção de sangue oculto em cenas de crimes, fazendo uma análise comparativa, entre os testes de quimiluminescência (luminol e imunocromatográfico (hexagon obt e feca-cult). Material e método: O trabalho se desenvolve mediante pesquisa bibliográfica e documental de natureza descritiva com análise e discussão dos dados encontrados. Para a estruturação deste trabalho de revisão foram utilizados artigos, dissertações de mestrado, teses de doutorado, bulas de teste, sites online, livros com publicações dos últimos anos acerca da composição, propriedades e aplicações e utilidade na área da criminalística dos testes quimiluminescente (luminol) e imunocromatográfico (hexagon obti e feca-cult). Resultado: Os três testes demonstram alta sensibilidade para detecção de sangue oculto em cenas de crime. No entanto, cada teste aponta limites para detecção, tais como, resultados falso-positivo perante interferência de alguma substância. No entanto são de suma importância para analises periciais, mas cada um com seus objetivos de detecção e finalidades.

Conclusão: Desta forma, conclui-se que, que os testes pesquisados, são de extrema importância

para auxilio em desvendar um crime. Demonstraram extrema sensibilidade e facilidade para sua execução e transporte. Mesmo com suas interferências para resultados positivos, negativos e falso-positivo, ainda assim, se faz de suma importância a utilização dos testes em cenas de crimes.

Palavras-chave: Pericia Criminal. Testes periciais. Feca-cult. Hexagon OBT. Luminol.

_____________________________

1 Discente do curso de Ciências Biológicas do UNICERP;

2Professora orientadora. Doutora e docente do Curso de Ciências Biológicas, Medicina Veterinária e outros cursos

de graduação do UNICERP: lilian@unicerp.edu.br.

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ABSTRACT

Introduction: Criminal Expertise is a fundamental part of an investigation of a crime, such as

suicide and murder. It is also of paramount importance for a judicial inquiry. Among the various professionals who can work in this area, biologists stand out, through Forensic Biology, which has different functions, from blood identification, positioning, bloodshed, to DNA extraction for identification of the perpetrator and of the victim. Thus, for expert examinations, some tests are used to confirm hidden blood in scenes of a crime, such as immunochromatographic tests (Feca-Cult with the function of detecting human hemoglobin and Hexagon OBTI with the function of accurately detecting human blood) and chemiluminescent (luminol with the detection function of blood occult through Fe²+ present in the blood). Objectives: The objective of this work is to perform a literature review of the detection of hidden blood in crime scenes, making a comparative analysis, highlighting the chemiluminescence (luminol and immunochromatographic (hexagon obt and feca-cult) tests. Material and methods: The work is developed through a bibliographic and documentary research of a descriptive nature with analysis and discussion of the data found. For the structuring of this review work we used articles, master dissertations, doctoral theses, test inserts, online sites, books with publications of the last years on the composition, properties and applications and utility in the area of the chemiluminescent (luminol) and immunochromatographic (hexagon obti and feca-cult) tests.

Result: All three tests demonstrate high sensitivity for detecting hidden blood in crime scenes

However, each test points to limits for detection, such as, false-positive results due to interference of some substance. However, they are of paramount importance for expert analysis, but each with its detection objectives and purposes. Conclusion: In this way, it is concluded that, that the tests researched, are of extreme importance to help in unraveling a crime. They showed extreme sensitivity and ease of execution and transportation. Even with its interference to positive, negative and false-positive results, it is still very important to use the tests in crime scenes.

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3.1 INTRODUÇÃO

Atualmente um tema que abrange a Biologia e considerável atrativo é a Ciência Forense (CALAZANS et al., 2010). A Ciência Forense tem sido permitida perante a evolução científica da Biologia, Química e Física, provenientes de aplicações das tecnologias derivadas. Perante os últimos 100 anos houve ampla evolução nas técnicas utilizadas para desvendar crimes. Pode-se citar a importante contribuição de cada ciência, por exemplo, na Física tem a balística, na Química tem identificação e caracterização de moléculas químicas e na Biologia a identificação humana com os grupos sanguíneos ABO, Rh, dentre outros SILVA et al., 2006).

O reconhecimento humano é um assunto jurídico de relevância em eventualidades criminais, requerendo investigação (SILVA et al., 2013).

A perícia criminal é importante, pois é a parte responsável por produzir provas periciais, usando como princípios de seus trabalhos o conhecimento cientifico e as revolucionárias tecnologias aplicadas (RODRIGUES et al., 2010).

Na perícia criminal vestígios sanguíneos tem extrema importância para uma investigação criminal, sendo possível a identificação de vítimas quanto de suspeitos e também para certificar se a quantidade encontrada pertence ao mesmo ferimento da vítima e apurar a presença ou doseamento de drogas (FILHO et al., 2010).

O sangue principal fluido corporal é detectado em toda estrutura do corpo humano circulante, no aparelho cardiovascular como órgãos condutores de água, eletrólitos, hormônios, nutrientes, resquício do metabolismo celular, com outras estruturas diversificadas e ausente nas unhas e epidermes. Suas particularidades são imutáveis e perenes. Sua coloração, no corpo, varia do vermelho vivo (sangue arterial) ao escuro (sangue venoso), agora fora do corpo, irá ocorrer a variação conforme condições encontradas, tal como área que a mancha de sangue se gerou, a partir do início do sangramento, área de origem e outros. A constituição do sangue é intrigante, de glóbulos e plasma, sem aspecto próprio. Seu volume tem variedade conforme o sexo e idade, tal como, sexo feminino de quatro a cinco litro e masculino cinco a seis litros (DOREA, 1989; PESCHEL, 2011).

Para a decisão de um inquérito policial, se têm como evidencias sangue em locais de crimes, tais como roupas usadas pela vítima ou pelo próprio autor, da mesma forma que objetos apreendidos. Na cena do crime, quando o sangue coletado e armazenado adequadamente, pode

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17 ocorrer grande conexão com o assassino e vítima. No esforço de encobrir vestígios, pode ocorrer a lavagem das manchas pelos criminosos deixando-as ocultas aos olhos (ALMEIDA, 2009). “Há também o perigo de destruição de vestígios, pela chuva, vento, veículos, animais e ação humana” (BRENNEN, et al. 2000; CADDY, et al., 2004).

Sendo assim testes utilizados para a detecção de sangue oculto em cenas de crime são de grande importância para perícia criminal.

O apuramento por meio do sangue em amostras forense pode ser realizado através de exames que apresentam possibilidade de identificação do sangue ao material (exames de coloração e luminescentes), exames com a confirmação da presença de sangue genérico (cristais de Teichmann e de Takayama), e sangue humano (imunocromatografia) (SAWAYA, ROLIM, 2009).

Há dificuldade de se realizar um inquérito policial, com a degradação do material biológico com ações naturais do meio físico, biológico e também antrópico, por isso, é importante a verificação da durabilidade do sangue em diferentes superfícies e a sensibilidade dos testes de detecção de sangue oculto.

Com isso, surgem alguns problemas: quanto tempo um vestígio de sangue, de uma cena de crime, permanece viável para análises periciais sofrendo ações climáticas e de animais, em diferentes superfícies? Qual teste de detecção de sangue oculto tem maior sensibilidade na detecção após a degradação por ações climáticas e de animais?

Mesmo havendo várias maneiras de se investigar uma cena de crime, ainda é questionável a durabilidade das manchas de sangues presentes. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objeto realizar uma Revisão Bibliográfica dos testes de detecção de sangue oculto em cenas de crimes, fazendo uma análise comparativa, destacando os testes de quimiluminescência (luminol) e imunocromatográfico (hexagon obti e feca-cult).

3.2 MATERIAL E MÉTODOS

3.2.1 Tipo de pesquisa

O trabalho se desenvolve mediante pesquisa bibliográfica e documental de natureza descritiva com análise e discussão dos dados encontrados.

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3.2.2 Coleta de dados

Para a estruturação deste trabalho de revisão foram utilizados artigos, dissertações de mestrado, teses de doutorado, bulas de teste, sites online, livros com publicações dos últimos anos acerca da composição, propriedades e aplicações e utilidade na área da criminalística dos testes quimiluminescente (luminol) e imunocromatográfico (hexagon obti e feca-cult). O levantamento bibliográfico foi realizado usando bases de dados, como, PubMed, Scielo, Blood, EBSCO Brasil, Google Acadêmico. Além disso, foram adquiridos dados de sites de Internet de Universidades do Brasil, Estados Unidos e da Espanha, bem como, das revistas Química nova, Brasileira de Criminalística.

3.2.3 Palavras chave

Os seguintes termos foram utilizados para a busca de artigos: luminol, hexagon obti test - Blue Star®, bula, sangue, blood, cenas de crime, criminal investigation, pericia criminal, faca-cult, detecção de sangue, manchas de sangue, criminalística, testes presuntivos, forensic analysis, sangre. Também foram consultados artigos disponíveis no jornal Forensic Science International.

3.2.4 Análise dos resultados

O material pesquisado foi organizado e analisado no período 20 de fevereiro a 02 de novembro do corrente ano, sendo selecionado de acordo com a compatibilidade entre seu assunto e tópicos de relevância para a discussão a ser realizado. No total, foram consultadas quarenta e sete publicações, estando publicações em língua portuguesa, inglesa e espanhola.

O trabalho foi organizado em três sessões, que se apresentam sequencialmente na seguinte estrutura: primeiramente foi realizado o trabalho de revisão de literatura sobre os principais instrumentos utilizados nesses trabalhos. Num segundo momento, o trabalho se concentrou em

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apresentar uma breve explicação sobre os temas na perspectiva teórica de vários autores, e por fim, num terceiro momento, realizou-se a análise de dados obtidos por meio de pesquisa indireta para a obtenção dos resultados e verificação dos objetivos frente à perspectiva teórica adotada no presente trabalho.

3.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.3.1 Biologia Forense

Ciência Forense com sua definição como multidisciplinar, já que na condição de utilizar várias ciências para analisar um possível vestígio. Da mesma maneira que o Juiz convoca vários elementos para formação de sua confiança a aplicação de leis, perante os diversos ramos da ciência o profissional forense adquire conhecimento para analisar vestígios encontrados em cenas de um crime (CALAZANS et al., 2010).

A Biologia Forense é uma especialidade que se vale de ferramentas da biologia como recursos na investigação criminal. Analisando os vestígios na cena do crime, pode se chegar ao entendimento do ocorrido e até a identificação da vítima e do algoz. Vestígio é todo objeto ou material bruto constatado e/ou recolhido em local de crime ou presente em uma situação a ser periciada e que será analisado posteriormente.

Perante a peculiaridade multidisciplinar do exame pericial, é preciso que peritos criminais, médicos e odontologista congregam técnicas periciais tradicionais as pesquisas em Biologia molecular e pesquisa de DNA com objetivos de demonstrar conclusões mais confiáveis, objetivas e específicas (BARALDI, 2008).

Atualmente, a justiça utiliza o DNA essencialmente, em três circunstancias distintas: identificação dos suspeitos, vítimas de crimes e investigação de paternidade e de maternidade (MACHADO, 2004). Assim dizendo, a Biologia Forense garante conhecimentos científicos, envolvendo novas tecnologias e circunstâncias que ocasionam o cotidiano da sociedade (BERRIEL et al., 2011).

Biologia Molecular tem como funcionalidade em laboratório criminal, grande parte, análises do DNA na identificação de qualquer indivíduo a partir de cabelos, manchas de sangue e fluidos corporais, dentre outros vestígios encontrados em cenas de crimes (BROWN, 2001).

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3.3.2 Perícia Criminal

Ações periciais são regradas pelo Código de Processo Penal (CPP). Os peritos de acordo com o CPP, 2005, art. 275, são classificados como auxiliares da justiça, juntamente aos conhecimentos especializados em dada área, contudo, tendo discernimento á disciplina judiciaria e as mesmas atribulações dos juízes (CÓDIGO, 2005). De acordo com o CPP (2005), art.158-250, “a perícia está inserida no título das provas”, sendo elas: “pericial; interrogatório do acusado; confissão; perguntas a vítima; testemunhal”.

De acordo com NUCCI (2006), a perícia criminal é considerada como a apuração de qualquer coisa ou alguém, realizadas por técnicos ou especialista perante certas questões, sendo capaz de realizar afirmações ou extrair resultados oportunos ao processo penal.

O perito é classificado como o entendedor técnico, auxiliar, do juiz com o oficio de fornecedor de dados didáticos de ordem técnica e atuar na apuração e constituição do corpo de delito (MIRABETE, 2000).

3.3.3 Sangue

Algum tempo antes do surgimento da Medicina moderna, denominado como o elixir da vida, o sangue era considerado mágico, pois, “logo que retirado do corpo, a vida acabava”. Nos dias de hoje, está sendo de grande importância, na medicina, tendo maior análises do que outro tecido do corpo (MONTEIRO, 2010).

“O sangue é o único tecido, em forma liquida, do corpo”. O sangue apresentando uma homogeneidade, com componentes líquido e celular microscopicamente (MONTEIRO, 2010).

3.3.3.1 Componentes do sangue

O sangue é composto por plasma (55%), glóbulos brancos, plaquetas, glóbulos vermelhos (91% de água e 9% de proteínas), sais e ácidos orgânicos (45%) (DEAN. 2005; ECKRT, 1999).

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21 O plasma é principalmente constituído de água, contendo importantes substancias como proteínas (albumina, fatores de coagulação, anticorpos, enzimas e hormônios) açúcares (glicose) e partículas de gordura (DEAN. 2005).

O sangue é transportador de oxigênio e nutrientes para nutrir células vivas e realizando a retirada de resíduos. Age também como células imunes combatentes de infecções e contendo plaquetas formadoras de plugues em vasos sanguíneos danificados para prevenir perda de sangue (DEAN. 2005).

3.3.3.2 Importância do sangue no contexto forense

Filiado à investigação forense, está o sangue, que é um dos de vestígios com a maior frequência e conteúdo (ADLER, et al., 2009).

Para o reconhecimento do sangue e sua especificação, tem em conta o tipo de grupo sanguíneo, como ABO e o RH, as características enzimáticas do grupo vermelho (células), marcadores genéticos, e recentemente, o perfil de DNA (ácido desoxirribonucleico). Sobre crimes argumentados, as análises podem ser uma prova importante e comprovar determinadas suspeitas (ADLER et al., 2009; LEDNEV et al., 2009; MOZAYANI et al., 2006).

A apropriada interpretação de vestígios de sangue tem sido crucial em diversos casos, onde o método e o tipo (acidente, suicídio ou assassinato) vem sendo indagado (ADLER et al., 2009).

O avanço do conhecimento sobre o sangue forense, é através do DNA. Para a extensão das ciências forenses, antes da vinda da análise do DNA, foram elaboradas outras técnicas que concederam a acareação de fluidos corporais, encontrados em certos indivíduos (CHISUM et al., 2007).

Algumas fontes de informação sobre o sangue são importantes como, os sistemas ABO e RH, enzimas do grupo vermelho e proteínas, hematomas e contusões (MONTEIRO, 2010).

Na perícia criminal vestígios sanguíneos tem extrema importância para uma investigação criminal, sendo possível a identificação tanto de vítimas quanto de suspeitos e também certificar se a quantidade encontrada pertence ao mesmo ferimento da vítima e apurar a presença ou doseamento de drogas.

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3.3.4 Testes periciais

Quando o sangue se seca, antes das suas coagulações em pequenas quantidades, ele se torna mais brilhante, com coloração vermelha e com pouca transparência. Seja qual for o tratamento, realizado no sangue em manchas, tal como o acréscimo de água, pode haver mudança em sua coloração. A alteração de fato da cor, ocorre quanto há tratamento com agentes de limpeza (ADLER et al., 2009; BEVEL et al., 2002).

A textura e a absorção do material, de onde está depositada as manchas podem ser afetadas, em determinadas superfícies, podendo escurecer seu aspecto físico e sua cor, afetando a percepção da sua cor de origem (ADLER et al., 2009).

Hoje em dia há uma grande disponibilidade de testes de detecção de sangue oculto, dentre eles, destacam-se os testes quimioluminescente (luminol) e imunocromatográfico (hexagon obti e feca-cult).

3.3.4.1 Teste quimioluminescênte (luminol)

Desde 1960, vem sendo explorada a reação da quimiluminescência do luminol que apresenta características de importância, para o desenvolvimento de utilidades analíticas. (FERREIRA et al., 2002).

Com a eficácia do luminol (C8H7N3O2), como o primeiro reagente na detecção de manchas de sangue, por volta de 1937, ainda hoje continua sendo um método eficaz. Quando oxidado com peroxido de hidrogênio, ocorre a emissão de luz, formando conjuntos quimioluminescentes. Este teste permite a detecção de pequenas porções de sangue, mesmo com o passar do tempo, tendo também, a extrema sensibilidade para sua eficácia (MONTEIRO, 2010).

MENEZES (2010) destaca características do luminol dando ênfase na emissão de luz azul ao entrar em contato com o material sanguíneo. Sendo dito sua origem aos meados dos anos 30 do século passado e sendo o primeiro reagente a ser utilizado para detecção de sangue pelo químico alemão Albrecht.

Diversos autores afirmam que há uma variedade de mecanismos que explicam a reação quimioluminescente do luminol, sendo a maioria das partes mecanisticas já foram expostas e

(23)

23 sendo bem compreendida, assim sendo ainda resta algumas particularidades, bem como a composição dos estados intermediários eletronicamente robusto (FERREIRA et al., 2002).

O luminol é extremamente eficaz para detecção de sangue, mesmo após ocorrer limpeza do local por várias vezes (PONCE et al., 2002), devido a presença de hemoglobinas, presentes nas hemácias, envolvendo íons de ferro em seu grupo heme, atuam como catalizador indispensável para estimular a reação quimioluminescente do luminol (FERREIRA et al., 2002).

Ainda sendo encontrada dentro do organismo, a hemoglobina está sendo protegida por eritrócitos com mecanismos (enzimáticos e não enzimáticos) para poupar a desnaturação e se mantendo com íons de ferro na forma Fe²+. Uma série de processos degradativos ocorre quando o sangue deixa o corpo, havendo a hemólise e reações de oxirredução catalisadas por enzimas no início da sua estrutura celular e, também, por intermédio de microrganismos presentes no ambiente (BARNI et al., 2007).

3.3.4.1.1 Sensibilidade e limitações do teste

. Estudos apresentam a eficácia com a sensibilidade do teste em superfícies com sangue lavada em até dez vezes (PONCE et al., 2002), como descrito em literaturas, demonstrando sensibilidade com diluições como 1:5.000.000 em tecidos de algodão e 1:100.00 em superfícies que não sejam absorventes (ALMEIDA, 2009).

Perante as limitações do teste, pode se destacar a labilidade, tendo que ser preparado no momento do uso e conservação sob refrigeração, para que não ocorra a perda das propriedades e a credibilidade do teste. Com isso, se tem a dificuldade de transporte do material até onde será utilizado, pela necessidade da manipulação in loco, aumentando seu custo e utilização (ALMEIDA, 2009).

O luminol também tem uma limitação de baixa qualidade, sendo considerada gravíssima, já que, podendo ocorrer resultados falso-positivo com íons metálicos como ferro, cromo ou cobalto, a qual catalisam a reação e estimulam a emissão de luz pelo reagente, incluindo peroxidases de vegetais e outras variedades de agentes oxidantes fortes que do mesmo modo reagem com composto e fazem emissão de luz (CREAMER et al., 2003).

Influencias sucintas de vestígios hemáticos a condições ambientais afeta consideravelmente no resultado dos testes. Circunstancias inadequadas para vestígios, como enterrado ou submersos em água ou, passar do tempo, faz com que os testes não apresentem

(24)

24 eficácia esperada. Para amostras envelhecidas ou em condições de conservação inapropriada com vestígios de sangue, o luminol é indicado pela sua extrema eficácia (PITARCH et al., 2010). Pesquisas demonstram sua competência para detecção de vestígios de sangue após seis anos exposto ao ar livre, disposto ao solo (GABEL et al, 2011).

Comparado com outros testes o luminol apresenta maior sensibilidade, efetividade e seletividade para detecção de sangue (WEBB et al., 2006). De fácil manipulação e aplicação através de spray, especialmente no caso de grandes áreas (CASTELLO et al., 2009; TOBE et al., 2007). Pode ocorrer reaplicação sem degradação do sangue e não sendo necessário equipamento especial para visualização, exceto por equipamentos de proteção individual (SEASHOLS et al., 2013). Porém, necessita de um ambiente escuro para detecção.

Perante VIDOTTO et al. (2018), a eficiência do luminol para manchas de sangue frescas e ocultas é excepcional, dando destaque para vestígios ocultos, uma vez que, a eficácia da detecção de manchas envelhecidas e ocultos é surpreendente diante às demais técnicas não quimioluminescentes. Dispõe de alta sensibilidade e com pequena limitação para detecção, porém sua peculiaridade é um ponto fraco: podendo ocorrer reação com outros compostos, como alguns metais e alvejantes domésticos, concebendo resultados falso-positivos. Para a perícia em locais de crime o luminol torna-se competente para detecção de sangue, mesmo enfrentando algumas limitações e interferências (VIDOTTO et al., 2018).

Antes de tudo é necessário, considerar a estrutura e a essência da substancia que se encontra a mancha de sangue. Podendo ser dividido em dois grupos: absorventes e não absorventes. O que possui rachaduras ou fendas em sua superfície como madeira, tecido, carpete e paredes, são os absorventes. Sua análise se torna fácil por reter maiores quantidades de sangue, não sendo degradado relativamente por anos (BARNI et al., 2007). Considerando uma superfície não absorvente, realçando a parede, desta maneira, ainda que autores de crimes tentam esconder manchas de sangue ao ocultar com tinta, se torna visível com o uso do luminol (MIRANDA et al., 2016).

BARNI et al. (2007) afirmam que o luminol reage com várias substancias. Com isso CREMER et al. (2003) descrevem alguns substancias que o luminol reage, tais como, nabo, hipoclorito, cobre, lustra-móveis e tintas esmaltadas que geram quimiluminescência semelhante ao do luminol. Quando ocorre a presença de hemoglobina, tinta esmaltada e tinta spry pode ocorrer falso-positivo, entretanto CASTELO et al. (2009) afirmam que essa produção de luz é de rápido aparecimento, brilho e duração.

(25)

25 No tempo que a preparação e manuseio do luminol é de extrema facilidade, a análise de resultados é considerada complicada. A diferenciação da real quimiluminescência do sangue de diferentes substâncias considerando parâmetros considerados a olho nu deve ser feita por um perito experiente.

Ocorrendo reação com o sangue a cor branco-azulado mantem-se evidente com maior duração, intensidade e luminosidade incessante, sendo observado o formato da mancha de sangue que geralmente apresentada em respingos, gotas, arrastamento ou impressões de sapatos (BARNI et al., 2007; BANCIROVA, 2012). Para reconstituição de acontecimentos em cenas de crime, torna-se indispensável a verificação da distribuição, forma, contorno e tamanho das manchas de sangue (RAMSTHALER et al., 2012).

O luminol não tem a capacidade de realizar a detecção de manchas de sangue sob paredes pintadas, entretanto, sendo capaz de detecção manchas de sangue quando a camada de tinta é retirada sobre a mancha, dessa maneira, auxilia no posicionamento da vítima quando alvejada pelo seu agressor, também interligando a vítima a cena do crime (MIRANDA et al., 2016).

Estudos comprovam que o luminol não interfere na extração de DNA, permitindo a identificação segura da vítima ou criminoso (GROSS et al., 1999; PROESCHER et al., 1939; PONCE et al., 2002).

Contradições referente a interferência do luminol no teste imunocromatográfico perante confirmação de sangue humano é apresentado pela literatura (LAUX, 1991). HOCHMEISTER et al., (1999) demonstrou que testes de certeza apresentam vigor de baixos resultados pelo luminol. O teste imunocromatográfico Hexagon OBIT também apresentou ser prejudicial para o luminol, segundo estudo feito, citado pelo autor supracitado. BARBARO et al., (2011) realizou uma pesque que comprovou que o pH de uma amostra é alterado pelo luminol e interferente nos resultados do teste imunocromatográfico. Porém, recentes estudos não constataram interferência do teste imunocromatográfico quando houve pulverização do luminol sobre a amostra (ALMEIDA et al., 2011).

Estudo realizado por VAZ et al. (2017) demonstra que o luminol está profundamente ligado com a interferência no método imunocromatografico para pesquisa de hemoglobina humana.

(26)

26 Para a detecção de sangue humano na Alemanha e Suécia, os policiais utilizam o teste imunocromatográfico. O exame usa-se anticorpo anti-hemoglobina humana, sendo utilizada em vestígios de material biológico adquiridos através de investigações criminais podendo ser capaz de apontar existência de sangue humano, até mesmo em amostras antigas, em estado de putrefação ou contaminadas (HOCHMEISTER et al, 1999).

A efetividade e vigorosidade do teste vem sendo demonstrada estupenda na perícia criminal (LONGO et al., 2011).

Uma porção do sangue, por meio do tubo coletor é transferido, sendo inserida gota a gota em destino ao teste. A hemoglobina da amostra reage com reativos composto pela coloração vermelha e anticorpos monoclonal anti-Hb humanos. Para indicações de positivos, o imunocomplexo se migra para o local específico do teste, onde ocorrerá a captura pelo segundo anticorpo imobilizado dirigido contra hHb (hemoglobina acida, grupamentos heme da hemoglobina ocupadas pelo H+), gerando uma linha vermelha.

Para leitura dos resultados (Figura 3), quando sendo negativo, apenas uma linha vermelha aparecerá na marca controle (C), mostrando que o teste foi realizado corretamente e os reagentes estão funcionando. Quando positivos, aparecerá uma linha vermelha na marca teste (T), caso apareça uma coloração avermelhada forte, indica resultado positivo para hemoglobina humana (ou Hb (hemoglobina) de primata, texugo, doninha ou coelho) na amostra, caso também apareça uma linha na coloração de intensidade diferenciada, considera positivo, mas não afeta na interpretação dos resultados. Se não aparecer linhas com colorações é considerado teste inválido (BLUESTAR, 2014).

C T Negativo C T Positivo C T Positivo C T Inválido

Figura 3. Interpretação do teste. Presença da linha controle (C) indicando a validade do teste: reação de coloração avermelhada intensa da linha teste (T) indicando resultado positivo para hemoglobina humana (ou Hb (hemoglobina) de primata, texugo, doninha ou coelho), também quando ocorre variação na coloração da linha teste.

(27)

27 No estudo realizado por HOCHMEISTER et al. (1999) foi demontrado que o teste de Hexaon OBTI positivou para sangue humano e de chimpanzé (Pan troglodytes), gorila (Gorilla

gorilla), orangotango (Pongo pygmaeus), macaco preto (Cynopithecus niger) e macaco-aranha

(Ateles sp), do mesmo modo, positivou para materiais biológicos diversos, tais como, saliva, urina, fezes, secreções vaginais e sêmen. Visto que há presença de hemoglobina em baixa concentração (HOCHMEISTER et al., 1999).

O teste Hexagon OBTI tem sua execução simples, querendo uma mínima quantidade de equipamentos, produzindo resultados fáceis de interpretação e relativamente rápidos de executar. Assim sendo, podendo ser facilmente implementado em laboratórios forense (HOCHMEISTER et al. 1999).

3.3.4.2.1 Sensibilidade do teste

O teste do hexagon é extremamente sensível na detecção de sangue humano, sendo também simples de ser aplicado, requerendo pouco equipamento (MONTEIRO, 2010).

Tecidos em estado de putrefação produziu resultados positivos, demonstrando que a hemoglobina aparece persistente em amostras expostas a condições extremas (HOCHMEISTER et al., 1999).

Em amostras de sangue contaminada com sabão a uma concentração de 2% demonstrou resultados positivos. Contudo, alvejantes domésticos com a mesma concentração resultou em sinal positivo extremamente fraco ou um negativo, perante o teste Hexagon OBTI, presumível da desnaturação das proteínas (HOCHMEISTER et al. 1999).

Hexagon OBTI comprovou ser um potente e vigoroso teste confirmatório para sangue humano, isso porque incumbe o humano específico (ou ao menos primata específico) e sendo apropriado para material envelhecido e em estado de putrefação. Sendo insensível para exposições prolongadas a algumas preparações de luminol, o Hexagon OBTI é especifico para hemoglobina de primata, mas não é específico somente para sangue, sendo que outros fluidos corporais que contenha traços de quantidades de hemoglobina produzem resultados positivos.

Assim sendo, para detecção de sangue em cenas de crime, deve ser desconsiderada a hipótese de outros fluidos corporais serem um problema para resultados falso-positivo (HOCHMEISTER et al. 1999).

(28)

28

3.3.4.3 Teste imunocromatografico (Feca-cult)

Em material biológico com amostras antigas de sangue em condições de putrefação ou contaminadas, conseguidas em investigação criminal, utilizam teste imunocromatográfico para identificação de sangue humano constituído por anticorpo anti-hemoglobina humana (HOCHMEISTER et al., 1999).

O teste imunocromatográfico é baseado em anticorpo anti-hemoglobina humana, em formato de tira ou dispositivo, como demonstrado na Figura 04, inicialmente produzido para detecção qualitativa de hemoglobina humana em fezes. De rápida interpretação dos resultados, através de coloração em regiões distintas da tira ou dispositivo Hochmeister et al (1999) fizeram adaptação para aplicação forense (HOCHMEISTER et al., 1999).

Quando a hemoglobina humana permanecer presente na amostra dissolvida na suspensão de proteínas e conservantes, a mistura do agrupamento ouro coloidal e a amostra extraída movem-se ao longo da película cromatograficamente em virtude de capilaridade. Esta mistura, logo, desloca para a área de linha teste e forma uma linha visível com o complexo de anticorpos com a hemoglobina humana. Na carência de hemoglobina humana na amostra extraída, irá ocorrer ausência de faixa de cor visível na área na linha teste. Assim sendo, o Figura 04. Á esquerda, formas de apresentação do kit Feca-Cult, tira (superior) ou dispositivo (inferior). Á direita, tudo coletor contendo suspensão de proteína e conservantes. Fonte: LONGO et al., (2011).

(29)

29 aparecimento de uma faixa de cor na área da linha teste aponta um resultado positivo, como demonstrado na Figura 05. Uma faixa colorida terá que sempre aparecer na área da linha controle para validação do teste (HOCHMEISTER et al, 1999; BULA, 2008).

3.3.4.3.1 Limitações do teste

Resultados falso-positivo de testes imunocromatográficos íntegros e seccionados em diferentes regiões do país, pode ter a interferência do cobre de alguma forma, pela interação com anticorpos monoclonais anti-hemoglobina humana ligada com ouro coloidal, anticorpos policlonais anti-hemoglobina humana e anticorpos anti-imunoglobulina (YOSHITAKE et al., 2015).

Assim sendo, há possibilidade de ocorrer resultados falso-positivos em laudos periciais, que usam testes imunocromatográficos, perante afirmação de YOSHITAKE et al., (2015).

3.4 CONCLUSÕES

• Testes de utilidade e adaptações pericias, tais como imunocromatográfico (Hexagon OBTI e Feca-cult) e quimioluminescêntes (luminol) são práticos de manusear e transportar até cenas de crimes;

• Com suas propriedades distintas, foi observado que, o teste de quimiluminescência (luminol) pode alterar os resultados dos testes imunocromatográficos (Hexagon OBTI e Feca-cult),

Duas Faixas Positivo C T Uma Faixa Negativo C T Sem Faixas Inválido C T

Figura 5: Interpretação do teste. Presença da linha controle (C) indicando a validade do teste; reação de coloração na linha teste (T) indicando resultado positivo para sangue humano.

(30)

30 pela oxidação que é causada nas hemácias, deixando em uma concentração baixa para os testes;

• Os três testes demonstram alta sensibilidade para detecção de sangue oculto em cenas de crime. No entanto, cada teste aponta limites para detecção, tais como, resultados falso-positivo perante interferência de alguma substancia;

• O Hexagon OBTI resulta positivo o teste em amostras sanguíneas de primatas, podendo haver resultados falso-positivos;

• O Feca-Cult resulta falso-positivo quando na amostra há presença de cobre, sendo que de algum jeito o cobre reage com a hemoglobina ligada ao ouro cloidal;

• A interferência dos resultados do luminol é através da reação quimioluminescênte de hipoclorito em alvejantes domésticos, nabos, cobre, lustra-móveis doméstico e tintas de parede esmaltada, com isso, a emissão luz é parecida quanto da hemoglobina, mas de rápida duração, sendo assim, dando resultados falso-positivo.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Perícia Criminal é peça fundamental para a investigação de um crime, sendo eles, homicídio, suicídio ou assassinato. É também de suma importância para um inquérito judicial. Diversos profissionais podem exercer suas profissões nesta área da ciência, dentre eles, os Biólogos, através da Biologia Forense, que conta com distintas funções, desde uma identificação de sangue, posicionamento, respingo de sangue, até extração de DNA para identificação do autor do crime e da vítima.

Assim sendo, para exames periciais, são utilizados alguns testes para a confirmação de sangue oculto em cenas de um crime, como os testes imunocromatográficos (Feca-Cult e Hexagon OBTI) e quimioluminscênte (luminol).

Os três testes demonstram alta sensibilidade para detecção de sangue oculto em cenas de crime. No entanto, cada teste aponta limites para detecção, tais como, resultados falso-positivo perante interferência de alguma substância. No entanto são de suma importância para análises periciais, mas cada um com seus objetivos de detecção e finalidades.

(35)

35 Observa-se que, este trabalho obteve alguns limitantes no decorrer de sua execução, tais como, falta de trabalhos realizados para alguns exames periciais, como o imunocromatografico Hexagon OBTI.

Como sugestão para trabalhos futuros, acredita-se ser necessário pesquisar sobre componentes de reação entre o teste Hexagon OBTI e sua positividade para sangue humano e de primatas, pois, esta análise ainda necessita de estudos mais aprofundados e, seu desenvolvimento auxiliará, os peritos criminais e leitura de resultados.

Desta forma, conclui-se que, que os testes pesquisados, são de extrema importância para auxílio em desvendar um crime. Demonstraram extrema sensibilidade e facilidade para sua execução e transporte. Mesmo com suas interferências para resultados positivos, negativos e falso-positivo, ainda assim, se faz de suma importância a utilização dos testes em cenas de crimes.

(36)

36

5. CONCLUSÕES

• Testes de utilidade e adaptações pericias, tais como imunocromatográfico (Hexagon OBTI e Feca-cult) e quimioluminescêntes (luminol) são práticos de manusear e transportar até cenas de crimes;

• Com suas propriedades distintas, foi observado que, o teste de quimiluminescência (luminol) pode alterar os resultados dos testes imunocromatográficos (Hexagon OBTI e Feca-cult), pela oxidação que é causada nas hemácias, deixando em uma concentração baixa para os testes;

• Os três testes demonstram alta sensibilidade para detecção de sangue oculto em cenas de crime. No entanto, cada teste aponta limites para detecção, tais como, resultados falso-positivo perante interferência de alguma substancia;

• O Hexagon OBTI resulta positivo o teste em amostras sanguíneas de primatas, podendo haver resultados falso-positivos;

• O Feca-Cult resulta falso-positivo quando na amostra há presença de cobre, sendo que de algum jeito o cobre reage com a hemoglobina ligada ao ouro cloidal;

• A interferência dos resultados do luminol é através da reação quimioluminescênte de hipoclorito em alvejantes domésticos, nabos, cobre, lustra-móveis doméstico e tintas de parede esmaltada, com isso, a emissão luz é parecida quanto da hemoglobina, mas de rápida duração, sendo assim, dando resultados falso-positivo.

(37)

37

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