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Pão celeste, pão para a vida do mundo

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Academic year: 2021

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SOLENIDADE DO SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO

15 de junho de 2017

“Pão celeste, pão para

a vida do mundo”

Leituras: Deuteronômio 8, 2-3.14b-16a; Salmo Responsorial 147 (147B), 12-3.14-15.19-20 (R/12); Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 10, 16-17; João 6, 51-58.

COR LITÚRGICA: BRANCA OU DOURADA.

Animador: Hoje nos reunimos, tendo presente a nossa vocação de peregrinos para a casa do Pai. Caminhamos como povo, como Igreja. Vivemos tantos conflitos. Presenciamos tanta violência. Sonhamos com a paz. Estamos mergulhados no rio de injustiças e divisões. Sentimos pouca solidariedade. O povo precisa de pão, casa, emprego, saúde. O povo necessita de Deus e de amor. Nesta celebração, sentimos que o Senhor está presente no meio do seu povo e nos alimenta com sua Palavra e com seu Pão, que é Ele mesmo, para que tenhamos vida, e vida em plenitude. Que neste Ano Mariano em que lembramos os 300 anos do encontro da Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, no rio Paraíba do Sul, Maria continue guiando os nossos caminhos rumo ao seu Filho, Jesus Cristo, o Pão vivo descido do céu!

1. Situando-nos brevemente

Os antecedentes históricos desta festa cristológica que só ganhou vigor celebrativo no século XV, marcada pela crise doutrinal a partir do século XI até o século XIII, consiste no esfriamento espiritual, impulsionado por fases obscuras e teorias doutrinais errôneas, principalmente por autores eclesiásticos na França. Foi renovada pelo impulso místico da religiosa agostiniana, a bem-aventurada Juliana de Monte Corlione (1258), nos arredores de Liegi (Bélgica). Ajudada por seu acompanhador espiritual e com aprovação do bispo de Liegi, a festa de Corpus Christi começa a se impor com tímida ressonância local. Juliana, por não ser simples religiosa claustral, pois havia sido formada sob a doutrina teológica de Santo Agostinho e São Bernardo de Claraval, compõe uma liturgia própria para esta festa. Mas Juliana foi forçada a deixar seu convento em vista das oposições eclesiásticas ao seu redor, assim como da disciplina interna do seu convento. Passou o resto de sua vida frequentando mosteiros cistercienses difundido o culto ao Santíssimo Sacramento.

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O Papa Urbano IV, que já havia conhecido o testemunho de Juliana institui a festa com a Bula “Transiturus de hoc Mundo” em 11 de agosto de 1264, estendendo a festa para quinta-feira, depois de Pentecostes para toda Igreja universal. O mesmo Papa solicita que Santo Tomás de Aquino componha a nova liturgia da festa.

2. Recordando a Palavra

A solenidade de hoje, com a leitura de Dt 8, 2-3.14b-16a, nos põe diante da recordação dos eventos salvíficos de Deus a favor do seu povo rebelde. Tudo Ele realizou por gratuidade desejando formar um povo/comunidade que fosse para a posteridade modelo para outros povos e dai estimulo de conversão e perfeita comunhão com Ele. A Eucarística é este contínuo recordar do beneplácito divino a favor do povo escolhido, mas que ainda não é perfeito, pois a Eucaristia é sacramento de esperança atuante na história da humanidade.

Como não lembrar o convite de Moisés para o “recordar” salvífico de Deus com o canto do Magnificat de Maria, no qual ela é a representante em alto grau do memorial dos eventos salvíficos. Lucas por duas vezes (1,19.51) faz de Maria aquela representante eleita que está a ruminar os acontecimentos do Senhor na história de Israel e em particular na sua própria trajetória.

3. Atualizando a Palavra

Eucaristia, Pão da unidade! Eis a essência da Eucaristia descrita no texto de 1Cor 10,16-17.

A multiplicação do pão eucarístico estabelecido por Cristo na sua Ceia derradeira e deixada como herança para seu povo fiel é o que orienta a vida da Igreja. Ser em comunhão com os outros é a característica primordial da Eucaristia e, se acontece o contrário, há algo de errado nas atitudes eclesiais e se induz ao pecado.

A unidade eclesial desfeita ao longo da história humana é reflexo do ego que sufoca o divino. As intenções e práticas humanas podem gerar uma cisão que sufoca as intenções e propostas de comunhão que Cristo deixou em sua Igreja, tais como, perdão, compreensão, amor, partilha, diálogo e vida no Espírito.

No ventre de Maria, a Igreja começa em perfeita unidade, cabeça e membro em Cristo. Na história dos dogmas cristológicos além de se refletir a humanidade de Jesus e reflete sua divindade que é inseparável. Daí que Maria é proclamada Mãe de Deus vivo e verdadeiro Jesus Cristo. Daí que a Igreja reconhece em Maria o título de “Mãe da Unidade” e oferece um formulário litúrgico sob este título (SANTA SÉ. Missas de Nossa Senhora. Brasília: Edições CNBB, 2016, n.38)

4. Ligando a Palavra com a ação litúrgica

O versículo 51 de Jo 6 vai iluminar todo o conteúdo celebrativo da solenidade de hoje. Relembra que não é algo devocional que tanto se difunde na Igreja nos dias de hoje, mas algo de real, de concreto. Nada se supõe dos textos de Jo 6, 51-58 um culto devocional a Eucaristia, mas sim uma atualização na vida, pois é “a carne para a vida do mundo”. O texto bíblico é como querer dizer que a Eucaristia é imprescindível na salvação da Igreja e sem ela, sem recebê-la, a vida eclesial fica sem o essencial para continuar a

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viver, daí o corpo se atrofia. Pois a descia de Cristo dos céus como “pão vivo” evoca uma experiência concreta para se manter atuante na história.

A descida do céu do “pão da vida” nos recorda a sua Encarnação no seio virginal de Maria. Uma descida nos lembra a outra e nos diz que o Pão vivo descido dos céus é o filho da Virgem de Nazaré, e portanto, Ela é a Mãe do Novo Maná. Tal relação de mistério, não induz a uma mera devoção estéril a Maria e à Eucaristia, pelo contrário, aprofundar esta relação da Mãe com o Cristo Eucarístico revela que, da mesma forma como Maria o recebeu em seio virginal, a comunidade celebrativa deve se esforçar nesta experiência de comunhão, participação e serviço.

A devoção eucarística e mariana sempre caminharam juntas, mesmo porque não se entende uma piedade mariana que não se direcione à mesa da Eucaristia, assim como os outros Sacramentos.

Por vezes, os exageros em identificar Maria com a Eucaristia fica só no plano do sentimento, por exemplo, o que quer dizer “Maria, o primeiro ostensório”? Ora, Nossa Senhora nunca foi ostensório para que Jesus fosse exposto à adoração. Não existe nenhum respaldo bíblico a este título.

Se pensarmos que um ostensório, um sacrário, é um objeto sacro para se guardar Jesus eucarístico ou expor a Eucaristia, tais objetos só foram confeccionados para uma finalidade “guardar e expor”, depois recolher o Santíssimo Sacramento no seu devido lugar. Maria, no entanto, como pessoa e mãe, nunca foi objeto de guardar e expor Jesus. Gerou-o e depois deu à luz para que, como homem e Deus exercesse seu papel de irmão e salvador dos homens. Mesmo porque os que estavam externos à gravidez de Maria não tinham nenhum conhecimento prévio de quem carregava em seu seio, exceto José. Portanto, é inapropriado o título “Maria como ostensório”.

Profissão de Fé

Oração da Assembléia

Presidente: Depois de sermos alimentados pela Palavra de Deus, dirijamos nossas preces ao Pai agradecendo a graça de participar da Eucaristia.

1. Senhor, que a Igreja possa sempre celebrar a eucaristia com zelo e amor. Peçamos: Todos: (Cantado): LEMBRAI-VOS SENHOR!

2. Senhor, que os governantes façam crescer o respeito à Eucaristia, para que nosso louvor e nossas súplicas sejam sinceros e cheguem diante de vós. Peçamos:

3. Senhor, agradecemos a Palavra divina que nos alimenta, e que possamos viver a religião de modo sereno e equilibrado. Peçamos:

4. Senhor, torne-nos autênticos em viver o compromisso da Eucaristia para tornar nossas comunidades mais cristãs. Peçamos:

(Outras intenções)

Presidente: Obrigado Senhor, pelo alimento que recebemos na eucaristia e que ela possa modelar a nossa vida de acordo com o projeto divino. Por Cristo, nosso Senhor. Todos: Amém.

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III. LITURGIA EUCARÍSTICA Preparação dos dons

Oração sobre as oferendas:

Concedei, ó Deus, à vossa Igreja os dons da unidade e da paz, simbolizados pelo pão e vinho que oferecemos na sagrada Eucaristia. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

Oração depois da comunhão:

Dai-nos, Senhor Jesus, possuir o gozo eterno da vossa divindade, que já começamos a saborear na terra, pela comunhão do vosso Corpo e do vosso Sangue. Vós que viveis e reinais para sempre Todos: Amém.

Avisos e agradecimentos:

Procissão do Santíssimo Sacramento

Animador: Vamos dar início à Procissão do Santíssimo Sacramento. A comunidade organiza a procissão e sai pelas ruas e estradas, levando o Santíssimo Sacramento, para dizer para si mesma e para o mundo que, por Cristo, com Cristo e em Cristo, é solidária com todo o sofrimento humano e para proclamar que, na vitória de Jesus sobre a morte, repousa sua esperança.

Canto:

Senhor, quando Te vejo no sacramento da comunhão, sinto o céu se abrir e uma luz a me atingir,

Esfriando minha cabeça e esquentando meu coração.

Senhor, graças e louvores sejam dadas a todo momento. Quero te louvar na dor, na alegria e no sofrimento, E se em meio à tribulação, eu me esquecer de Ti, ilumina minhas trevas com Tua luz.

Jesus, fonte de misericórdia que jorra no templo. Jesus, o Filho da Rainha. Jesus, rosto divino do homem. Jesus, rosto humano de Deus.

Chego muitas vezes em Tua casa, meu Senhor, Triste, abatido, precisando de amor, Mas depois da comunhão Tua casa é meu coração, Então sinto o céu dentro de mim.

Não comungo porque mereço, isso eu sei, oh meu Senhor. Comungo, pois, preciso de Ti. Quando faltei à missa, eu fugia de mim e de Ti, mas agora eu voltei, por favor aceita-me. Jesus, fonte de misericórdia que jorra no templo. Jesus, o Filho da rainha. Jesus, rosto divino do homem. Jesus, rosto humano de Deus.

Chegada da Procissão: Canto

1. Tão sublime sacramento, adoremos neste altar. Pois o Antigo Testamento, deu ao Novo seu lugar. Venha a fé, por suplemento, os sentidos completar.

2. Ao Eterno Pai cantemos, e a Jesus, o Salvador. Ao Espírito exaltemos, na Trindade eterno Amor.

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Ao Deus uno e trino demos, a alegria do louvor. Amém. Amém. V.: Do céu lhes destes o Pão.

R.: Que contém todo sabor.

Oremos: Deus, que neste admirável Sacramento, nos deixastes o memorial da vossa paixão, concedei-nos tal veneração pelos sagrados mistérios do vosso Corpo e do vosso Sangue, que experimentemos sempre em nós a sua eficácia redentora. Vós, que viveis e reinais pelos séculos dos séculos.

R.: Amém.

Presidente: (Faz genuflexão, toma o ostensório e com ele traça, em silêncio, o sinal da cruz sobre o povo).

FÓRMULA DE LOUVORES EM REPARAÇÃO DAS OFENSAS: Bendito seja Deus.

Bendito seja o seu Santo Nome.

Bendito seja Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Bendito seja o nome de Jesus.

Bendito seja o seu Sacratíssimo Coração. Bendito seja o seu preciosíssimo sangue.

Bendito seja Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento do altar. Bendito seja o Espírito Santo Paráclito.

Bendita seja a grande Mãe de Deus Maria Santíssima. Bendita seja a sua Santa Imaculada Conceição.

Bendita seja a sua gloriosa Assunção.

Bendita seja o nome de Maria Virgem e Mãe. Bendito seja São José, seu castíssimo esposo.

Bendito seja Deus nos seus Anjos e nos seus Santos.

ORAÇÃO PELA IGREJA E PELA PÁTRIA: Deus e Senhor nosso protegei a vossa Igreja, dai-lhe santos pastores e dignos ministros. Derramai as vossas bênçãos, sobre o nosso santo padre, o Papa Francisco, sobre o nosso bispo diocesano, e sobre o nosso Pároco, sobre todo clero sobre o chefe da Nação e do Estado, e sobre todas as pessoas constituídas em dignidade para que governem com justiça. Dai ao povo brasileiro paz constante e prosperidade completa. Favorecei, com os efeitos contínuos de vossa bondade, o Brasil, este bispado, a paróquia em que habitamos, a cada um de nós em particular, e a todas as pessoas por quem somos obrigados a orar ou que se reco-mendaram às nossas orações. Tende misericórdia das almas dos fiéis que padecem no purgatório. Dai-lhes, Senhor, o descanso e a luz Eterna.

Pai nosso... Ave Maria... Glória ao Pai.

Reposição (Enquanto o Sacramento é reposto, pode-se cantar um canto apropriado)

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