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COLEP PORTUGAL, S.A. Relatório e Contas Consolidadas 31 de dezembro de 2013

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COLEP PORTUGAL, S.A.

Relatório e Contas Consolidadas

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ÍNDICE

RELATÓRIO DE GESTÃO

2

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

6

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

12

CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

52

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(4)

COLEP PORTUGAL, S.A. RELATÓRIO DE GESTÃO

EXERCÍCIO 2013

Senhores Acionistas,

Durante o ano de 2013 a empresa reforçou significativamente a sua exposição internacional. Partindo de uma posição muito importante na Europa e no Brasil, nos mercados de produção de embalagens e

contract manufacturing, a empresa consolidou a sua presença na América do Norte, Emirados Árabes

Unidos e na Ásia.

No México, em Santiago de Querétaro, a empresa adquiriu uma fábrica de produtos de higiene pessoal à Aerosoles y Liquidos SA de CV. A partir desta unidade, e com o seu plano de desenvolvimento significativo para os próximos anos, a empresa terá condições para servir as mais importantes empresas da América do Norte e Central deste setor de atividade.

Em Sharjah, Emirados Árabes Unidos, a empresa fez uma joint venture com o Grupo Albatha, para a criação de uma operação de enchimento de produtos em aerossol. Apesar de a Colep não ter participação financeira neste negócio, esta unidade vai integrar a sua rede, proporcionando assim aos seus clientes globais uma solução regional para o abastecimento dos seus produtos.

Na Ásia, a Colep e a “One Asia Network”, uma rede formada pela Daizo Corporation do Japão, Pax Australia e Asian Aerosols da Índia, estabeleceram uma aliança estratégica, através da qual as duas organizações irão compartilhar conhecimento e know-how, tendo como objetivo prestar um melhor serviço aos seus clientes. Esta aliança irá permitir a ambas as entidades apoiar os seus clientes na implementação de projetos à escala mundial, alicerçado numa rede realmente global, algo único na indústria.

É convicção da administração de que estes acordos vão fortalecer a posição da Colep nos mercados de embalagens e de contract manufacturing e que contribuirão decisivamente para a sustentabilidade do negócio a longo prazo.

Em 2013, as receitas consolidadas das operações continuadas diminuiu 8,5%, passando de € 543 milhões em 2012 para € 497 em 2013. Do volume de negócios total, apenas cerca de 7% corresponde a vendas efetuadas em Portugal.

Com as operações do Brasil a contribuírem com cerca de 30% para o volume de negócios consolidado, este foi negativamente afetado, quando comparado com o ano anterior, pela desvalorização do real. Este impacto negativo da desvalorização do real ascendeu a cerca de € 20 milhões.

O volume de negócios da Europa diminuiu de € 377 milhões em 2012 para € 355 em 2013. Apesar do decréscimo de vendas a empresa tem mantido a sua posição importante na maioria dos segmentos em que atua, ou seja, na produção de embalagens em folha-de-flandres e em contract manufacturing no segmento de aerossóis.

Apesar dos grandes desafios decorrentes da difícil conjuntura económica e financeira de Espanha e Portugal, a empresa tem sido capaz de aumentar a sua atividade e a sua quota de mercado no segmento aerossóis e embalagens para produtos industriais. Enquanto nas embalagens de aerossol a empresa atingiu a maior atividade de sempre, principalmente através do desenvolvimento de novos projetos com empresas multinacionais de grande consumo, o crescimento nas embalagens para

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produtos industriais foi impulsionado principalmente pela recuperação do mercado imobiliários em Portugal e Espanha.

Em 2013 foi implementado um projeto com o objetivo de otimizar a produção de embalagens para produtos industriais nas fábricas da Península Ibérica. Este projeto vai permitir à empresa manter sua posição de liderança no mercado ibérico.

Nos segmentos de contract manufacturing e contract packing, a empresa tem vindo a consolidar a sua posição como líder de mercado no enchimento de aerossóis e, ao mesmo tempo, a crescer no enchimento de produtos não aerossol.

A empresa implementou um projeto para dedicar a sua fábrica de Laupheim, na Alemanha, exclusivamente à produção de produtos de Health Care. Por esta razão, os produtos de higiene pessoal que vinham sendo produzidos nesta fábrica até agora, estão em vias de ser transferidos para outras fábricas. Este projeto será concluído durante o ano de 2014.

Após a conclusão deste projeto, a empresa irá cumprir com as mais elevadas exigências da indústria de Health Care. Para atingir o nível exigido serão feitos nos próximos anos investimentos significativos em equipamentos, infraestruturas e sistemas.

O volume de negócios das operações no Brasil, nas quais a Colep tem uma parceria com a ZM Participação, S.A., registou um ligeiro decréscimo de 2%, passando de R$ 415 milhões em 2012 para R$ 406 milhões em 2013. Contudo, conforme referido acima, o efeito cambial da desvalorização do real levou a uma queda significativa no volume de negócios consolidado em 2013.

Com esta joint venture no Brasil, a Colep tem condições para oferecer aos seus clientes uma vasta gama de produtos nos segmentos de cuidados pessoais e higiene doméstica numa nova geografia de grande crescimento, alargando assim os serviços prestados às grandes marcas multinacionais.

Embora a construção de uma fábrica de enchimento de aerossóis, em Itatiba, São Paulo, tenha sido concluída no final de 2011, a Colep Provider Aerossol, S.A. (CPA), empresa recém-constituída, só iniciou a atividade em julho de 2012, devido à longa espera para ter as licenças de funcionamento emitidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Assim, 2013 foi o primeiro ano completo de atividade da empresa. Acreditamos que a CPA terá um impacto muito importante na indústria de aerossol brasileira, uma vez que até agora o mercado tem vindo a ser abastecido a partir da Argentina, devido à ausência de fábricas no Brasil que cumpram as normas internacionais. Este impacto foi já observado com a concretização de encomendas, por alguns dos mais importantes clientes locais e multinacionais, para enchimento de aerossóis na CPA

É convicção da Administração de que o negócio da empresa é sólido, tanto na Europa como no Brasil. Com o alargamento a novas geografias a empresa está em excelente posição para servir os seus clientes e assim beneficiar de sua preferência

Comentários às contas

Como referido acima, o volume de negócios consolidado em 2013 foi de € 497 milhões. Os Meios Libertos de Exploração (EBITDA) e o Resultado Liquido foram € 33 milhões e € 4 milhões, respetivamente.

As ações desenvolvidas durante o ano permitiram reduzir a dívida da empresa de € 93 milhões em 2012 para € 87 milhões em 2013.

Durante o ano os investimentos nas operações Europeias e Brasileiras totalizaram € 12,3 milhões. Uma parte significativa do investimento total foi destinada a aumento da produtividade e flexibilidade, sem descurar o esforço de investimento, que vem sendo feito ao longo dos últimos anos, destinado à garantia da qualidade, segurança e proteção ambiental.

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Financiamento

As negociações com os bancos iniciadas em 2012 foram concluídas em 2013 e a empresa garantiu financiamento adequado para suportar as suas necessidades correntes, bem como a sua estratégia de crescimento.

As empresas brasileiras celebraram em dezembro um contrato de médio e longo prazo (5 anos), no valor de 65 milhões de reais com um sindicato bancário, apesar dos fundos terem sido desembolsados apenas no início de janeiro. Assim, cerca de € 20 milhões apresentados na Demonstração da Posição Financeira como passivo circulante (empréstimos bancários), de facto deveriam ser considerado como passivo não corrente, uma vez que o contrato foi assinado em dezembro de 2013 e o desembolso só não foi concretizado em 2013 devido a questões administrativas.

Nota final

A Administração expressa os seus agradecimentos a todos os stakeholders da empresa pelo seu apoio ao longo do ano, especialmente aos nossos colaboradores pela dedicação e empenho, e aos nossos clientes por continuarem a preferir os nossos serviços. Também aos nossos Parceiros Financeiros queremos manifestar o nosso reconhecimento pelo suporte continuado.

Vale de Cambra, 17 de março 2014

O Conselho de Administração:

José Henrique Pinto dos Santos

Richard Zakaib

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COLEP PORTUGAL, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DAS POSIÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 (Montantes expressos em Euro)

ATIVO Notas 2013 2012

ATIVOS NÃO CORRENTES:

Ativos fixos tangíveis 9 155.827.729 171.915.010 Diferenças de consolidação 10 44.577.089 44.887.307 Ativos intangíveis 11 1.430.319 1.233.150 Investimentos em empresas participadas 6 192.397 192.397 Ativos por impostos diferidos 12 17.371.365 14.547.768

Outros ativos não correntes 13 - 14.392

Total de ativos não correntes 219.398.899 232.790.024 ATIVOS CORRENTES:

Inventários 14 53.539.828 44.425.612

Clientes 15 16.369.097 25.661.075

Estado e outros entes públicos 15 14.185.158 17.019.202 Outras dívidas de terceiros 15 29.616.340 35.579.373 Outros ativos correntes 16 2.005.273 2.486.119 Caixa e equivalentes de caixa 17 914.457 1.168.803 Total de ativos correntes 116.630.153 120.764.993

ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA 44 2.219.023 2.266.879 2.149.289

TOTAL DO ATIVO 338.248.075 361.397.087 356.948.298

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO:

Capital social 18 27.000.000 27.000.000

Prestações suplementares 18 10.000.000 10.000.000

Reservas legais 18 6.615.660 6.062.657

Reservas de reavaliação 18 10.797.052 11.379.468 Reservas de conversão e de cobertura 18 (6.359.739) (5.747.008)

Outras reservas 8.893.344 8.801.622

Resultados transitados 18 41.348.323 45.091.850 Resultado líquido do exercício 4.217.956 6.086.399 Total capital próprio atribuído Acionistas Empresa-mãe 102.512.596 108.674.988 Interesses que não controlam 10.945.048 14.368.908 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 113.457.644 123.043.896 PASSIVO:

PASSIVO NÃO CORRENTE:

Empréstimos bancários 19 7.792.000 14.415.264 Credores por locações financeiras 20 3.092.461 4.946.168 Outros empréstimos 23 41.593.845 58.323.853 Responsabilidades por pensões 22 1.277.612 1.251.654 Outros credores não correntes 21 13.969.872 12.000.000 Outros passivos não correntes 22 - 335.600 Passivos por impostos diferidos 12 11.267.347 11.605.695

Provisões 28 1.066.999 1.793.696

Total de passivos não correntes 80.060.136 104.671.930 PASSIVO CORRENTE:

Empréstimos bancários 19 31.442.818 23.785.663 Credores por locações financeiras 20 2.626.241 2.992.902

Fornecedores 25 71.949.515 69.445.069

Outras dívidas a terceiros 26 19.747.707 18.484.659 Estado e outros entes públicos 26 3.823.467 6.936.966 Outros passivos correntes 27 14.996.747 12.036.002

Provisões 28 143.800 -

Total de passivos correntes 144.730.295 133.681.261 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 338.248.075 361.397.087

O anexo faz parte integrante destas demonstrações financeiras. O Técnico Oficial de Contas: Vânia Patrícia Pinto Trindade

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COLEP PORTUGAL, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS POR NATUREZAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Montantes expressos em Euro)

Notas 2013 2012

Rendimentos operacionais:

Vendas 33 493.806.678 539.588.060

Prestações de serviços 33 3.018.434 3.385.979 Outros rendimentos operacionais 34 6.716.692 9.948.756 Total de rendimentos operacionais 503.541.804 552.922.795

Gastos operacionais:

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas 35 337.042.581 382.168.994 Variação da produção 36 (2.192.645) (2.323.192) Fornecimentos e serviços externos 37 56.444.837 52.115.732 Gastos com o pessoal 38 73.113.768 76.999.601 Amortizações e depreciações 9 e 11 16.965.518 18.593.054 Provisões e perdas por imparidade 28 (363.143) (571.114) Outros gastos operacionais 39 6.012.404 11.149.091 Total de gastos operacionais 487.023.320 538.132.166 Resultados operacionais 16.518.484 14.790.629

Gastos e perdas financeiras 40 16.416.817 12.254.297 Rendimentos financeiros 40 4.143.524 5.452.132 Resultados relativos a investimentos 41 12.500 - Resultado antes de impostos 4.257.691 7.988.464

Imposto sobre o rendimento 42 1.218.193 1.671.014 Resultado do exercício de operações em continuação 3.039.498 6.317.450

Perdas obtidas em operações em descontinuação 43 - 340.774 Imposto sobre o rendimento de operações em descontinuação 42 - - Resultado líquido consolidado do exercício 44 3.039.498 5.976.676

Atribuível a:

Acionistas da Empresa-Mãe 4.217.956 6.086.399 Interesses que não controlam (1.178.458) (109.723) 3.039.498 5.976.676 Resultados por ação:

Incluindo operações em descontinuação

Básico 44 0,05 0,07

Diluído 44 0,05 0,07

Excluindo operações em descontinuação

Básico 44 0,05 0,07

Diluído 44 0,05 0,07

O anexo faz parte integrante destas demonstrações financeiras. O Técnico Oficial de Contas: Vânia Patrícia Pinto Trindade

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COLEP PORTUGAL, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS E DO OUTRO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Montantes expressos em Euro)

2013 2012

Resultado líquido consolidado do período (antes de interesses que não

controlam) 3.039.498 5.976.676

Itens que serão reclassificados por resultados

Variação do justo valor dos instrumentos financeiros de

cobertura - -

Variação das diferenças de conversão cambial e outras 2.858.133 752.967 2.858.133 752.967 Itens que não serão reclassificados por resultados

Variação das reservas de reavaliação 231.157 43.812 Outras variações no capital próprio 1.226 (14.740) 232.383 29.072

Rendimento reconhecido diretamente no capital próprio 3.090.516 782.039

Total dos rendimentos e gastos reconhecidos no período 6.130.014 6.758.715 Atribuível a:

Acionista da Empresa-Mãe 9.553.874 8.102.704

Interesses que não controlam (3.423.860) (1.343.988)

O Técnico Oficial de Contas: Vânia Patrícia Pinto Trindade

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COLEP PORTUGAL, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Montantes expressos em Euro)

ATIVIDADES OPERACIONAIS: Notas 2013 2012

Recebimentos de clientes 483.286.477 537.182.537 Pagamentos a fornecedores 380.994.646 402.392.205

Pagamentos ao pessoal 71.342.970 75.842.639

Fluxos gerados pelas operações 30.948.861 58.947.693

(Pagamento)/recebimento do imposto sobre o rendimento (1.442.536) (8.398.550) (8.398.550)

Outros recebimentos/(pagamentos) relativos à atividade operacional 3.158.674 (5.568.707) (5.568.707) Fluxos das atividades operacionais (1) 32.664.999 44.980.436

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros - 19.811

Ativos fixos tangíveis 2.878.741 374.230

Ativos fixos intangíveis - 5.511

Juros e ganhos similares 4.073.081 3.976.641

Dividendos 9.375 -

Empréstimos obtidos 147.577.712 98.257.564 154.538.909 102.633.757 Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros - -

Ativos fixos tangíveis 12.097.410 13.974.603

Ativos intangíveis 727.428 599.600

Empréstimos concedidos 139.060.273 108.503.175

Outros - -

151.885.111 123.077.378 Fluxos das atividades de investimento (2) 2.653.798 (20.443.621)

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos 56.020.504 67.391.717

Interesses que não controlam - 3.271.278

56.020.504 70.662.995 Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos 73.730.558 76.446.416

Amortizações de contratos de locação financeira 2.663.907 2.816.635 Juros e gastos similares 13.986.337 10.489.591

Dividendos 10.000.000 -

100.380.802 89.752.642 Fluxos das atividades de financiamento (3) (44.360.298) (19.089.647)

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) (9.041.501) 5.447.168

Variação do perímetro - 23.405

Caixa e seus equivalentes no início do período 17 (12.974.112) (18.444.685) Caixa e seus equivalentes no fim do período 17 (22.015.613) (12.974.112)

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras. O Técnico Oficial de Contas: Vânia Patrícia Pinto Trindade

(12)

COLEP PORTUGAL, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO CONSOLIDADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Montantes expressos em Euro)

Reservas

Notas Capital social suplementares Prestações Legais Reavaliação de cobertura Conversão e Outras Resultados transitados Resultado líquido do exercício

Interesses que

não controlam Total

Saldo em 1 de janeiro de 2012 27.000.000 10.000.000 6.713.779 11.335.656 (7.734.241) 3.906.155 44.778.990 4.571.945 12.441.618 113.013.902 Aplicação do resultado líquido de 2011:

Transferência para reserva legal 18 - - 82.098 - - 4.162.247 327.600 (4.571.945) - -

Aumento do capital social 18 - - - 3.271.278 3.271.278

Fusão - - (733.220) - - 733.220 - - - -

Variação reservas de conversão cambial - - - - 1.987.233 - - - (1.234.266) 752.967 Resultado líquido do exercício de 2012 - - - 6.086.399 (109.722) 5.976.677

Outros - - - 43.812 - - (14.740) - - 29.072

Saldo em 31 de dezembro de 2012 27.000.000 10.000.000 6.062.657 11.379.468 (5.747.008) 8.801.622 45.091.850 6.086.399 14.368.908 123.043.896 Aplicação do resultado líquido de 2012:

Transferência para reserva legal 18 - - 553.003 - - 91.722 5.441.674 (6.086.399) - -

Aumento do capital social 18 - - - -

Distribuição de dividendos - - - (10.000.000) - - (10.000.000) Variação reservas de conversão cambial - - - - (612.731) - - - (2.245.402) (2.858.133) Resultado líquido do exercício de 2013 - - - 4.217.956 (1.178.458) 3.039.498

Outros 18 - - - (582.416) - - 814.799 - - 232.383

Saldo em 31 de dezembro de 2013 27.000.000 10.000.000 6.615.660 10.797.052 (6.359.739) 8.893.344 41.348.323 4.217.956 10.945.048 113.457.644

O anexo faz parte integrante destas demonstrações financeiras. O Técnico Oficial de Contas: Vânia Patrícia Pinto Trindade

(13)

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

(14)

COLEP PORTUGAL, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euro)

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Colep Portugal, S.A. (“Colep” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima constituída em 6 de setembro de 1994, sendo a empresa-mãe de um universo de empresas conforme indicado na Nota 5 (“Grupo Colep”).

O objeto social consiste essencialmente na produção e comércio de embalagens (metálicas e plásticos) e produtos afins, enchimentos e equipamentos industriais incluindo atividades auxiliares ou complementares que direta ou indiretamente se relacionem com a sua atividade principal e tem a sua sede em Vale de Cambra.

As demonstrações financeiras anexas são apresentadas em Euros dado que esta é a divisa utilizada preferencialmente no ambiente económico em que o Grupo opera. As operações estrangeiras são incluídas nas demonstrações financeiras de acordo com a política descrita no ponto 2.2.d).

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas anexas são as seguintes:

2.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações e tomando essencialmente por base o custo histórico, a partir dos registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Nota 5), mantidos de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) e interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations

Committee (“IFRIC”) ou pelo anterior Standing Interpretations Committee (“SIC”) em vigor em 1

janeiro de 2013 tal como adotados pela União Europeia.

Com exceção do referido no parágrafo seguinte, não existem IFRS, ou interpretações do IFRIC que sejam de aplicação efetiva nos exercícios iniciados em 1 de janeiro de 2013 que tenham um impacto significativo nas demonstrações financeiras do Grupo.

Foram aplicadas nestas demonstrações financeiras, as emendas à IAS 1 endossadas pela Comissão Europeia em junho de 2012, aplicáveis aos exercícios com início em 1 de janeiro de 2013. As referidas emendas vêm requerer a apresentação separada, relativamente às rubricas respeitantes a outro rendimento integral do período, entre aquelas que serão reclassificadas nos resultados (ajustamentos de reclassificação) e as que não serão.

(15)

De acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, nestas demonstrações financeiras é apresentada e divulgada informação sobre os efeitos das unidades operacionais descontinuadas e das alienações de ativos não correntes detidos para venda (Nota 43).

2.2. Princípios de consolidação

São os seguintes os métodos de consolidação adotados pelo Grupo: a) Investimentos financeiros em empresas do Grupo

Asparticipaçõesfinanceiras em empresas nas quais o Grupo detenha direta ou indiretamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Acionistas/Sócios e/ou detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas anexas pelo método integral. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondente à participação de terceiros nas mesmas, é apresentado separadamente na demonstração da posição financeira consolidado e na demonstração de resultados consolidada, respetivamente, na rubrica “Interesses que não controlam”.

Os ativos e passivos de cada filial são identificados ao seu justo valor na data de aquisição. Qualquer excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos ativos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido como diferença de consolidação positiva (Notas 2.2 c) e 10)). Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos ativos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como um rendimento do exercício após reconhecimento do justo valor atribuído aos ativos e passivos adquiridos. Os interesses de acionistas minoritários são apresentados pela respetiva proporção do justo valor dos ativos e passivos identificados.

Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações de resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda. Sempre que necessário, são efetuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. As transações, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação.

Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim específico, ainda que não possua participações de capital diretamente nessas entidades as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral.

b) Investimentos financeiros em empresas associadas

Os investimentos financeiros em empresas associadas (empresas onde o Grupo exerce uma influência significativa mas não detém quer o controlo quer o controlo conjunto das mesmas através da participação nas decisões financeira e operacional da Empresa - geralmente investimentos representando entre 20% a 50% do capital de uma empresa) são registados pelo método da equivalência patrimonial.

Nos exercícios de 2013 e 2012 não existiam investimentos financeiros em empresas associadas.

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c) Diferenças de consolidação

As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e o justo valor dos ativos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, foram registadas na rubrica “Diferenças de consolidação”.

Quando são apuradas diferenças negativas entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e o montante atribuído ao justo valor dos ativos e passivos identificáveisdessas empresas à data da sua aquisição, as mesmas são registadas diretamente na demonstração dos resultados.

As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em filiais sedeadas no estrangeiro e o justo valor dos ativos e passivos identificáveis dessas filiais à data da sua aquisição, encontram-se registadas na moeda de reporte dessas filiais, sendo convertidas para a moeda de reporte do Grupo (Euro) à taxa de câmbio em vigor na data da demonstração da posição financeira. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica do capital próprio “Reservas de conversão”.

O valor das diferenças de consolidação não é amortizado, sendo testado, pelo menos anualmente, para verificar se existem perdas de imparidade. Qualquer perda de imparidade é registada imediatamente na demonstração de resultados do exercício na rubrica “Outros gastos operacionais” e não sendo posteriormente revertida.

As diferenças de consolidação originadas nas aquisições anteriores à data de transição para IFRS (1 de janeiro de 2004) foram mantidas pelos valores apresentados de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal expressas na moeda da subsidiária retrospetivamente conforme política adotada. As diferenças cambiais geradas neste processo de conversão foram registadas diretamente em resultados transitados de acordo com o exposto no IFRS 1.

d) Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras

Os ativos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio à data da demonstração da posição financeira e os gastos e rendimentos bem como os fluxos de caixa são convertidos para Euro utilizando a taxa de câmbio média verificada no exercício. A diferença cambial resultante gerada após 1 de janeiro de 2004, é registada no capital próprio na rubrica de ”Reservas de conversão”. As diferenças cambiais geradas até 1 de janeiro de 2004 (data de transição para IFRS) encontram-se registadas em resultados transitados.

O valor das diferenças de consolidação e ajustamentos de justo valor resultantes da aquisição de entidades estrangeiras são tratados como ativos e passivos dessa entidade e transpostos para Euro de acordo com a taxa de câmbioda demonstração da posição financeira.

2.3. Ativos fixos tangíveis a) Imóveis para uso próprio

Os imóveis (terrenos e edifícios) para uso próprio são registados por uma quantia revalorizada, que é o seu justo valor à data da revalorização menos qualquer subsequente depreciação acumulada e/ou perdas de imparidade acumuladas. As revalorizações são feitas periodicamente, por avaliadores imobiliários independentes, de forma a que o montante revalorizado não difira materialmente do justo valor do respetivo imóvel.

Os ajustamentos resultantes das revalorizações efetuadas aos bens capitalizados são registados por contrapartida de capital próprio. Quando um ativo fixo tangível, que foi alvo de

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uma revalorização positiva em exercícios subsequentes, se encontra sujeito a uma revalorização negativa, o ajustamento é registado por contrapartida de capital próprio até ao montante correspondente ao acréscimo no capital próprio resultante das revalorizações anteriores deduzido da quantia realizada através das amortizações, sendo o seu excedente registado como gasto do exercício por contrapartida de resultado líquido do período.

Foram registados os respetivos passivos por imposto diferido em resultado do incremento da reserva de reavaliação, os quais têm vindo a ser atualizados em cada ano essencialmente em resultado da alteração do coeficiente de desvalorização da moeda.

Nestas avaliações, considerou-se essencialmente o Método do Custo de Reposição Amortizado para imóveis de uso específico associados a instalações fabris.

As depreciações são imputadas numa base sistemática durante a vida útil estimada dos edifícios (entre 10 e 40 anos), enquanto os terrenos não são depreciáveis.

b) Outros ativos fixos tangíveis

Os outros ativos fixos tangíveis adquiridos até 1 de janeiro de 2004 (data de transição para IFRS) encontram-se registadas de acordo com a nova base de custo (deemed cost), o qual corresponde ao custo de aquisição ou ao custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até aquela data, deduzido das depreciações acumuladas e de perdas de imparidade.

Os ativos adquiridos após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das depreciações acumuladas e de perdas de imparidade.

As depreciações são calculadas após os bens estarem em condições de serem utilizados e são imputadas numa base sistemática durante a sua vida útil que é determinada tendo em conta a utilização esperada do ativo pelo Grupo, do desgaste natural esperado e da sujeição a uma previsível obsolescência técnica.

As taxas de depreciação utilizadas correspondem a períodos de vida útil estimada (em anos) que variam entre:

Equipamento básico 1 a 20 Equipamento administrativo 1 a 10 Equipamento de transporte 1 a 14 Ferramentas e utensílios 2 a 16 Taras e vasilhames 3 a 10 Outros ativos fixos tangíveis 1 a 24

As despesas subsequentes de substituição de componentes de ativos fixos tangíveis incorridas pelo Grupo são adicionadas aos respetivos ativos fixos tangíveis, sendo o valor líquido das componentes substituídas desses ativos abatido e registado como um gasto na rubrica de “Outros gastos operacionais”.

As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil, nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos ativos fixos tangíveis, são registadas como gasto do exercício em que ocorrem.

Os ativos fixos tangíveis em curso representam ativo ainda em fase de construção/instalação, encontrando-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade. Estes ativos fixos tangíveis são depreciados a partir do momento em que os ativos fixos tangíveis subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso.

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As mais ou menos valias resultantes da venda do ativo fixo tangível são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação, sendo registadas pelo valor líquido na demonstração de resultados, como “Outros rendimentos operacionais” ou “Outros gastos operacionais”.As perdas resultantes do abate do ativo fixo tangível são igualmente registadas pelo seu valor líquido na demonstração de resultados, como “Outros gastos operacionais”.

2.4. Ativos intangíveis

Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e perdas de imparidade. Os ativos intangíveis só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, se o Grupo os puder controlar e se puder medir razoavelmente o seu valor.

As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração de resultados quando incorridas.

As despesas de desenvolvimento para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso, e para as quais seja provável que o ativo criado irá gerar benefícios económicos futuros são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram com estes critérios são registadas como gasto do exercício quando incorridas.

Os gastos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de software são registados como gastos na demonstração de resultados quando incorridos, exceto na situação em que estes gastos estejam diretamente associados a projetos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para o Grupo. Nestas situações estes gastos são capitalizados como ativos intangíveis.

As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado o qual corresponde genericamente ao período de três a quatro anos.

2.5. Ativos e passivos financeiros

Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na demonstração da posição financeira quando o Grupo se torna parte contratual do respetivo instrumento financeiro.

a) Instrumentos financeiros

i) Classificação de ativos financeiros

O Grupo classifica os seus ativos financeiros nas seguintes categorias:

- Ativos financeiros mensurados ao justo valor através dos resultados: geralmente enquadram-se nesta categoria apenas os derivados que não cumprem os requisitos definidos no IAS 39 para classificação como instrumentos de cobertura, como tal são classificados como ativos correntes.

- Empréstimos e contas a receber: trata-se de ativos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis e não negociados num mercado ativo. São classificados como ativos correntes, exceto se as suas maturidades excederem os doze meses após data da demonstração da posição financeira, situação na qual são classificados como ativos não correntes. O Grupo classifica nesta categoria as dívidas

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de clientes e as outras dívidas de terceiros (Nota 15), caixa e equivalentes de caixa (Nota 17) e os empréstimos concedidos a partes relacionadas incluídos na Nota 15. - Ativos financeiros disponíveis para venda: geralmente enquadram-se nesta categoria os investimentos financeiros em entidades nas quais o Grupo não detém controlo, nem influência significativa, e que não se enquadram como entidade conjuntamente controladas, sendo classificadas como ativos não correntes, exceto se o Grupo tiver intenção de proceder à sua venda até doze meses após a data da demonstração da posição financeira (Nota 6).

ii) Reconhecimento e mensuração de ativos financeiros

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respetivos contratos de compra e venda, independentemente da data da liquidação financeira.

Os investimentos são inicialmente reconhecidos pelo seu valor de aquisição, que é o valor pago na data de aquisição e que corresponde ao seu justo valor naquela data, acrescido das despesas com aquisição, exceto se se tratarem de ativos financeiros ao justo valor através de resultados, em que neste caso as despesas com aquisição são reconhecidas nos resultados.

Após o reconhecimento inicial:

- Os ativos financeiros mensurados ao justo valor através dos resultados são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data da demonstração da posição financeira, sendo os ganhos ou as perdas resultantes da alteração do justo valor reconhecidas em resultados.

- Os empréstimos e contas a receber são reconhecidos ao custo amortizado utilizando para o efeito o método da taxa de juro efetiva.

- Os ativos financeiros disponíveis para venda são mensurados pelo seu custo, porque se tratam de investimentos não negociados num mercado ativo e em relação aos quais o justo valor não pode ser determinado com fiabilidade.

iii) Compensação de ativos com passivos financeiros

Ativos e passivos financeiros são apenas compensados quando existe um direito de cumprimento obrigatório para compensar as quantias reconhecidas e existe a intenção de realizar o ativo e satisfazer o passivo numa base líquida.

iv) Imparidade de ativos financeiros

Os ativos financeiros mensurados ao custo amortizado e os ativos financeiros disponíveis para venda são avaliados quanto à sua imparidade no final de cada exercício, e apenas é registada uma perda de imparidade quando há evidência objetiva da ocorrência de um ou mais eventos passados ocorridos após a data do reconhecimento inicial que impactam diretamente o recebimento dos cash-flows futuros.

O montante da perda de imparidade é dado pela diferença entre o valor contabilístico e o valor presente dos cash-flows futuros estimados, sendo que o valor do investimento e os resultados são reduzidos por esse montante.

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b) Classificação de capital próprio ou passivo

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual independente da forma legal que assumam. Os instrumentos de capital próprio são contratos que evidenciam um interesse residual nos ativos do Grupo após dedução dos passivos.

c) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo de acordo com o seu “custo amortizado”. Eventuais despesas com a emissão desses empréstimos são registadas como uma dedução à dívida e reconhecidas, ao longo do período de vida desses empréstimos, de acordo com a taxa de juro efetiva. Os encargos financeiros calculados de acordo com a taxa de juro efetiva, incluindo prémios a pagar são contabilizados na demonstração de resultados de acordo com o princípio de especialização dos exercícios. Os empréstimos encontram-se divulgados nas Notas 19, 20, 21 e 23.

d) Fornecedores e outras dívidas de terceiros

Os fornecedores (Nota 25) referem-se a obrigações de pagamento resultantes da compra de bens ou serviços que são adquiridos durante o decurso normal das operações de negócio. As outras dívidas de terceiros referem-se aos empréstimos obtidos de partes relacionadas divulgados na Nota 32. Estes passivos são classificados como passivos correntes se o pagamento é devido até um ano, caso contrário são apresentados como passivos não correntes. As contas a pagar são reconhecidas inicialmente ao seu justo valor e subsequentemente mensuradas pelo custo amortizado utilizando o método da taxa de juro efetiva.

e) Instrumentos financeiros derivados e contabilização de cobertura

Os derivados são reconhecidos inicialmente ao seu justo valor e mensurados a justo valor nos períodos seguintes. O reconhecimento dos ganhos e perdas do justo valor depende de como o instrumento de cobertura é designado e da natureza do instrumento coberto.

O justo valor dos derivados é determinado tendo por base técnicas de avaliação, que maximizam o uso de dados observáveis (nível 2).

Na maioria dos casos o Grupo designa os seus derivados como cobertura de cash-flow, uma vez que visa cobrir fundamentalmente flutuações na taxa de juro ou determinado risco associado a uma transação futura altamente provável (normalmente risco de flutuações de taxas de câmbio ou de cotações de matérias-primas inerente a contratos de compra já firmados).

O Grupo documenta na data da contratação a relação existente entre o instrumento de cobertura e o instrumento coberto, bem como documenta nessa data e nas datas seguintes a sua análise relativamente à eficácia da relação de cobertura.

O justo valor dos derivados são divulgados nas Notas 15 e 22. Cobertura de cash-flow

A parcela efetiva das alterações no justo valor dos derivados designados como cobertura de

cash-flow é reconhecida no capital próprio divulgado na demonstração do rendimento

integral. O ganho ou perda da parcela ineficaz é reconhecida imediatamente na demonstração dos resultados.

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Os montantes acumulados no capital próprio são reclassificados para resultados nos períodos em que o instrumento coberto afeta os resultados, ou seja, no caso concreto das estratégias de cobertura do Grupo, quando os juros de empréstimos são reconhecidos em resultados ou quando a matéria-prima é consumida, consoante o propósito da cobertura.

Cobertura do investimento líquido em reais e pesos mexicanos

O Grupo realiza cobertura do investimento líquido que tem no Brasil e do investimento que realizou no México durante 2013, através de um swap de taxa de câmbio.

Os swaps são reconhecidos inicialmente ao seu justo valor e mensurados a justo valor nos períodos seguintes. Os ganhos e perdas do justo valor atribuíveis à parcela eficaz são reconhecidos no capital próprio, e os ganhos e as perdas atribuíveis à parcela ineficaz são reconhecidos na demonstração do rendimento integral na rubrica de variação das diferenças de conversão cambial e outras. Os ganhos e as perdas acumuladas no capital próprio só serão desreconhecidos para resultados quando os investimentos no Brasil ou no México forem parcialmente liquidados ou vendidos.

O Grupo documenta na data da contratação a relação existente entre o instrumento de cobertura e o instrumento coberto, bem como documenta nessa data e nas datas seguintes à sua análise relativamente à eficácia da relação de cobertura.

f) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e equivalentes de caixa” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco de alteração de valor insignificante.

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de “Caixa e equivalentes de caixa” compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de “Empréstimos bancários”, na demonstração da posição financeira.

2.6. Locações

Os contratos de locação são classificados como: (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse; e como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse. A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.

Os ativos fixos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o gasto do ativo é registado no ativo fixo tangível, a correspondente responsabilidade é registada no passivo, os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do ativo, são registados como gastos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como gasto na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.

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2.7. Inventários

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio de aquisição, que inclui o preço de fatura e todas as despesas até à sua entrada em armazém, o qual é inferior ao respetivo valor de mercado. Os produtos e trabalhos em curso, subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos e produtos acabados e intermédios encontram-se valorizados ao custo de produção (inclui o gasto de matérias-primas incorporadas, mão-de-obra direta e os gastos gerais de fabrico), o qual é inferior ao respetivo valor realizável líquido.

As perdas acumuladas de imparidade para depreciação de inventários refletem a diferença entre o custo de aquisição/produção e o valor realizável líquido de mercado dos inventários, bem como a estimativa de perdas de imparidade por baixa rotação, obsolescência e deterioração.

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos gastos para completar a produção e dos gastos de comercialização.

2.8. Provisões

As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante dum evento passado e é provável que, para a resolução dessa obrigação, ocorra uma saída de recursos e que o montante atual dessa obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada demonstração da posição financeira e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data.

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.

2.9. Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas

Os subsídios governamentais são reconhecidos de acordo com o seu justo valor quando existe uma garantia razoável que irão ser recebidos e que o Grupo irá cumprir com as condições exigidas para a sua concessão.

Os subsídios e comparticipações recebidos a fundo perdido, para financiamento de ativos fixos tangíveis, são registados nas rubricas “Outros passivos não correntes” e “Outros passivos correntes” sendo reconhecidos na demonstração dos resultados proporcionalmente às depreciações dos ativos fixos tangíveis subsidiados.

Os subsídios à exploração são registados como rendimentos do exercício, quando obtidos, independentemente da data do seu recebimento.

2.10. Imparidade dos ativos não correntes, exceto diferenças de consolidação

É efetuada uma avaliação de imparidade à data de cada demonstração da posição financeira e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o ativo se encontra registado possa não ser recuperado.

Sempre que o montante pelo qual o ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração de resultados. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do ativo numa transação entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos gastos diretamente atribuíveis à

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alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada ativo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o ativo pertence.

A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem indícios de que as perdas de imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração de resultados. Contudo, a reversão da perda de imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda de imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores.

2.11. Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como gasto de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, exceto no caso de estarem afetos a ativos qualificáveis cuja construção se iniciou após 1 de janeiro de 2010.

2.12. Ativos não correntes detidos para alienação

Os ativos não correntes (e conjunto de ativos e passivos relacionados a alienar) são classificados como detidos para alienação e mensurados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido de gastos com a venda.

Os ativos não correntes (e conjunto de ativos e passivos relacionados a alienar) são classificados como detidos para venda se o seu valor contabilístico for recuperado através da venda e não através do seu uso continuado. Esta condição só se considera cumprida no momento em que a venda seja altamente provável e o ativo (e conjunto de ativos e passivos relacionados a alienar) esteja disponível para alienação imediata nas condições presentes. Adicionalmente, a gestão deverá estar envolvida na venda aos níveis adequados sendo que deverá ser expectável que a mesma se venha a realizar no prazo de 12 meses após a data de classificação nesta rubrica. Adicionalmente, os ativos não correntes detidos para alienação deixam de ser amortizados a partir da data em que são classificados como tal.

2.13. Rédito e especialização de exercícios

Os ganhos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados consolidada quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos ativos são transferidos para o comprador e o montante dos ganhos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros gastos inerentes à sua concretização pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os ganhos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados consolidada com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data da demonstração da posição financeira.

Os dividendos são reconhecidos como ganhos no exercício em que são atribuídos aos sócios ou acionistas.

Os rendimentos financeiros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios e de acordo com a taxa de juro efetiva aplicável.

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Os gastos e ganhos são contabilizados no exercício a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os gastos e ganhos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

Nas rubricas de “Outros ativos correntes” e “Outros passivos correntes”, são registados os gastos e os rendimentos imputáveis ao exercício corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em exercícios futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a exercícios futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses exercícios, pelo valor que lhes corresponde.

2.14. Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.

O imposto corrente sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis (os quais diferem dos resultados contabilísticos) das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.

A Colep Portugal e a Colep Energia estão integradas no perímetro fiscal da SIEL, SGPS, S.A., empresa-mãe da RAR – Sociedade de Controle (Holding), S.A.. Deste modo, estas empresas estão incluídas no grupo de sociedades dominado pela SIEL, SGPS, S.A. e são tributadas de acordo com o Regime Especial de Tributação de Grupo de Sociedades (RETGS). Por este facto, em 31 de dezembro de 2013 e 2012, na demonstração da posição financeira consolidado estão registados saldos a receber e a pagar à SIEL, SGPS, S.A., relativamente ao contributo das empresas para o apuramento do lucro do grupo fiscal.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais das empresas incluídas na consolidação e com sede em Portugal estão sujeitas a revisão e correção por parte da Administração Tributária durante um período de quatro anos e deste modo, a situação fiscal dos anos de 2010 a 2012 poderá ainda a vir a ser sujeita a revisão e eventuais correções. O Conselho de Administração da Empresa-mãe e das suas filiais entendem que eventuais correções resultantes de revisão por parte da Administração Tributária à situação fiscal e parafiscal das empresas, em relação aos exercícios em aberto, não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas anexas.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade da demonstração da posição financeira e refletem as diferenças temporárias entre o montante dos ativos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação. Os ativos e passivos por impostos diferidos não são reconhecidos quando as diferenças temporárias resultem de diferenças de consolidação ou do reconhecimento inicial de ativos e passivos que não através de operações de concentração empresarial. Os impostos diferidos ativos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias. Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. Na data de cada demonstração da posição financeira é efetuada uma reapreciação das diferenças subjacentes aos ativos por impostos diferidos no sentido de reconhecer ativos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as condições para o seu registo e, ou, para reduzir o montante dos impostos diferidos ativos registados em função da expectativa atual da sua recuperação futura.

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Os impostos diferidos são registados como gasto ou ganho do exercício, exceto se resultarem de itens registados diretamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

2.15. Classificação da demonstração da posição financeira

Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data da demonstração da posição financeira são classificados, respetivamente, como ativos e passivos não correntes. Adicionalmente, pela sua natureza, os impostos diferidos ativos e as provisões para riscos e encargos são classificados como ativos e passivos não correntes.

2.16. Saldos e transações expressos em moeda estrangeira

As transações em outras divisas que não Euro são registadas às taxas em vigor na data da transação. Em cada data da demonstração da posição financeira, os ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio vigentes naquela data. Ativos e passivos não monetários registados de acordo com o seu justo valor denominado em moeda estrangeira são transpostos para Euro utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data da demonstração da posição financeira, dessas mesmas transações, são registadas como rendimentos e gastos na demonstração consolidada de resultados do exercício, exceto aquelas relativas a itens não monetários cuja variação de justo valor seja registada diretamente em capital próprio.

2.17. Ativos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objeto de divulgação. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

2.18. Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data da demonstração da posição financeira

(eventos ajustáveis) são refletidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data da demonstração da posição financeira (eventos não ajustáveis), se materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas.

2.19. Indemnizações pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho

Os encargos associados a indemnizações pagas a trabalhadores pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho são registados no exercício em que o respetivo acordo é concluído. Caso o acordo não seja assinado no mesmo período em que produz efeitos, é constituída uma provisão para fazer face às responsabilidades assumidas pelo Grupo.

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2.20. Julgamentos e estimativas

As estimativas contabilísticas mais significativas refletidas nas demonstrações financeiras consolidadas nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 incluem:

a) Vidas úteis do ativo tangível e intangível;

b) Análises de imparidade das diferenças de consolidação; c) Registo de ajustamentos aos valores do ativo e provisões.

d) Estimativas para descontos/rappel a conceder a clientes e para devoluções de vendas; e e) Estimativa sobre a recuperabilidade dos ativos por impostos diferidos;

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospetiva, conforme disposto pelo IAS 8.

3. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO

A atividade do Grupo encontra-se exposta a uma variedade de riscos financeiros, tais como o risco de mercado, o risco de crédito e o risco de liquidez. Estes riscos resultam da incerteza subjacente aos mercados financeiros, a qual se reflete na capacidade de projeção de fluxos de caixa e rendibilidades. A política de gestão dos riscos financeiros do Grupo, procura minimizar eventuais efeitos adversos decorrentes destas incertezas características dos mercados financeiros, recorrendo em determinadas situações a instrumentos derivados de cobertura. 3.1. Risco de mercado

a) Risco de taxa de juro

O risco de taxa de juro é essencialmente resultante de endividamento indexado a taxas variáveis. O endividamento do Grupo encontra-se sobretudo indexado a taxas de juro variáveis, expondo o custo da dívida a um risco de volatilidade. O impacto dessa volatilidade nos resultados e no capital próprio do Grupo não é significativo em virtude do relativo baixo nível de endividamento e da possível correlação entre o nível de taxas de juro de mercado e o crescimento económico, com este a ter efeitos positivos nos resultados operacionais do Grupo, por essa via parcialmente compensando os gastos financeiros acrescidos (natural hedge).

Por considerar que o risco de taxa de juro não é significativo, apenas pontualmente o Grupo utiliza instrumentos derivados para efeitos de cobertura deste risco.

A 31 de dezembro de 2013 e 2012, o Grupo apresenta um endividamento líquido de aproximadamente 88 milhões e 93 milhões de Euros, respetivamente, divididos entre empréstimos correntes e não correntes (Notas 19, 20, 23 e 32) e caixa e equivalentes de caixa (Nota 17) contratados junto de diversas instituições.

Análise de sensibilidade de taxa de juro

A análise de sensibilidade abaixo foi determinada com base na exposição do Grupo a variações na taxa de juro em instrumentos financeiros tendo por referência a estimativa de endividamento médio durante o ano. Para os instrumentos financeiros indexados a taxas de juros variáveis, a análise foi preparada considerando-se que as alterações nas taxas de juros de mercado apenas

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afetam o rendimento ou gasto financeiro dos instrumentos financeiros indexados a taxas de juros variáveis.

Se as taxas de juro tivessem sido 50 pontos base superiores e as restantes variáveis mantidas constantes, o resultado financeiro do exercício findo em 31 de dezembro de 2013 viria diminuído em cerca de 478 mil Euros.

b) Risco de taxa de câmbio b1) Risco de transação

Na sua atividade operacional, o Grupo realiza transações diversas expressas em outras moedas que não Euro. Por política, é eleita uma moeda funcional por cada participada, correspondente à moeda do seu ambiente económico principal e aquela que melhor representa a composição dos seus cash-flows. Assim, este risco de taxa de câmbio resulta essencialmente de transações comerciais, decorrentes da compra e venda de produtos e serviços em moeda diferente da moeda funcional de cada negócio.

A política de gestão de risco de taxa de câmbio de transação do Grupo procura minimizar ou eliminar esse risco, contribuindo para uma menor sensibilidade dos resultados do Grupo a flutuações cambiais. Sempre que possível, o Grupo procura realizar coberturas naturais dessas exposições cambiais, compensando os créditos concedidos e os créditos recebidos expressos na mesma divisa. Quando tal não é possível, recorre-se a outros instrumentos derivados de cobertura, fundamentalmente forwards de taxas de câmbio.

Nos casos em que os instrumentos derivados de cobertura, embora contratados com o objetivo específico de cobertura dos riscos cambiais, não se enquadram nos requisitos definidos no IAS 39 para classificação como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor afetam diretamente a demonstração dos resultados.

O Grupo está essencialmente exposto ao risco de variação do câmbio da Libra inglesa e do Zloty

polaco. Os valores da demonstração da posição financeira de ativos e passivos financeiros diretamente associados à atividade operacional expressos em outras divisas que não o Euro evidenciam a reduzida exposição do Grupo a este risco de câmbio.

b2) Risco de tradução ou conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras Este risco, também chamado de risco contabilístico, traduz o potencial de alteração da situação líquida da casa-mãe por força da necessidade de “traduzir” as demonstrações financeiras das participadas no exterior. O Grupo está essencialmente exposto ao risco de variação do câmbio do Real brasileiro e do Zloty da Polónia. A política de gestão do risco de câmbio de tradução do Grupo vai no sentido da apreciação casuística da oportunidade de cobertura deste risco, tendo nomeadamente em consideração as circunstâncias específicas das moedas e países em equação e as estruturas de capital dessas participadas. Tal como especificado na Nota 2.5., e), o Grupo realiza cobertura do investimento líquido denominado em Reais.

Conforme mencionado na Nota 2.2 d), os ativos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio existentes à data da demonstração da posição financeira e os gastos e rendimentos dessas demonstrações financeiras são convertidos para Euros utilizando a taxa de câmbio média do exercício. A diferença cambial resultante é registada no capital próprio na rubrica “Reservas de conversão”. c) Risco de preço

O preço das principais matérias-primas utilizadas pela Colep está correlacionado com a cotação

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A evolução do preço das matérias-primas, duma forma mais ou menos imediata, é repercutida no preço de venda aos clientes, pelo que não são usados regularmente instrumento de hedging de preço. Apenas em situações específicas, na sequência de acordos com clientes para manutenção de preço de venda por períodos definidos, estes instrumentos são utilizados.

3.2. Risco de crédito

A exposição do Grupo ao risco de crédito está maioritariamente associada às contas a receber decorrentes da sua atividade operacional. O risco de crédito refere-se ao risco da contraparte incumprir com as suas obrigações contratuais, resultando uma perda para o Grupo.

O risco de crédito relacionado com a atividade operacional está essencialmente relacionado com dívidas de vendas realizadas e serviços prestados a clientes (Nota 15). A gestão deste risco tem por objetivo garantir a efetiva cobrança dos créditos nos prazos estabelecidos sem afetar o equilíbrio financeiro do Grupo. Este risco é monitorizado numa base regular de negócio, sendo que o objetivo da gestão é (a) limitar o crédito concedido a clientes, considerando o prazo médio de recebimento de cada cliente, (b) monitorar a evolução do nível de crédito concedido, e (c) realizar análise de imparidade aos valores a receber numa base regular.

O Grupo não apresenta risco de crédito significativo com algum cliente em particular, ou com algum grupo de clientes com característica semelhantes, na medida em que as contas a receber estão repartidas por diversos clientes, diferentes negócios e diferentes áreas geográficas. O Grupo obtém garantias de crédito, sempre que a situação financeira do cliente assim o recomende. Para os clientes em que o risco de crédito o justifique, essas garantias consubstanciam-se em seguros de crédito e garantias bancárias.

Os ajustamentos para contas a receber são calculados considerando-se (a) o perfil de risco do cliente, (b) o prazo de médio de recebimento, o qual difere de negócio para negócio, e (c) a condição financeira do cliente. Os movimentos destes ajustamentos para os exercícios findos a 31 de dezembro de 2013 e 2012 encontram-se divulgados na Nota 28.

A 31 de dezembro de 2013 e 2012, o Grupo considera que não existe a necessidade de perdas de imparidade adicionais para além dos montantes registados naquelas datas e evidenciados, de forma resumida, na Nota 28.

Os montantes relativos aos ativos financeiros apresentados nas demonstrações financeiras, os quais se encontram líquidos de imparidades, representam a máxima exposição do Grupo ao risco de crédito.

3.3. Risco de liquidez

O risco de liquidez é definido como sendo o risco de falta de capacidade para liquidar ou cumprir as obrigações no prazo estipulado e a um preço razoável. A existência de liquidez implica que sejam definidos parâmetros de gestão dessa liquidez que permitam maximizar o retorno obtido e minimizar os custos de oportunidade associados à detenção dessa liquidez de forma segura e eficiente.

A gestão do risco de liquidez do Grupo tem por objetivo:

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Liquidez – garantir o acesso permanente e de forma eficiente a fundos suficientes para fazer face aos pagamentos corretos nas respetivas datas de vencimento;

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Segurança – minimizar a probabilidade de incumprimento no reembolso de qualquer aplicação de fundos; e

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Eficiência financeira – garantir a minimização do custo de oportunidade da detenção de liquidez excedentária no curto prazo.

Referências

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