Relatório de Gestão
e Informação Financeira
Consolidada Intercalar
do 1º Trimestre de
Relatório de Gestão
Consolidado Intercalar
Relatório de Gestão e Informação Financeira Consolidada Intercalar do 1º Trimestre de 2016
01.
Destaques
>
Volume de negócios aumenta 5,4% para 510 milhões de euros, face a período homólogo do ano anterior,
influenciado nomeadamente pelo crescimento na América Latina
>
Margem EBITDA atinge os 13,4%, não obstante o contexto desafiante
>
Resultado líquido de 64 milhões de euros influenciado positivamente pelo ganho gerado na alienação do
Negócio Portuário e de Logística
> Carteira de encomendas em 31 de março de 2016 de 4 mil milhões de euros, refletindo um rácio carteira de
encomendas / vendas e prestações de serviços da área de Engenharia & Construção de 1,9 anos e
suportando a visão de crescimento a médio e longo prazo
> Dívida líquida de 1.244 milhões de euros, uma redução de 14,5% face ao último trimestre, fruto da
excelente performance do fundo de maneio e do encaixe relativo à alienação do Negócio Portuário e de
Logística
> Atividade plena no novo mercado liberalizado de eletricidade no México, confirmando a Mota-Engil como o
primeiro operador privado nesse mercado
155 174 185 332 310 325 0 150 300 450 600 2014 2015 2016 M ilh õe s de E ur os
Vendas e prestações de serviços
1.º Trimestre | Grupo 488 483 510 17 20 23 58 45 45 0 30 60 90 2014 2015 2016 M ilh õe s de E ur os EBITDA 1.º Trimestre |Grupo Atividade Externa Atividade Europa (*) 76 65 68
(*) Inclui outros e anulações intragrupo
1T16
% VPS
∆
1T15
% VPS
(não auditado) (não auditado)
Vendas e Prestações de Serviços
509.784
5,4%
483.464
EBITDA
68.393
13,4%
4,5%
65.459
13,5%
EBIT
20.929
4,1%
(37,4%)
33.456
6,9%
Resultados financeiros
-14.312
(2,8%)
21,1%
-18.145
(3,8%)
Ganhos/(perdas) em empresas associadas
476
0,1%
(87,8%)
3.890
0,8%
Ganhos/(perdas) na alienação de empresas
subsidiárias e associadas
63.384
-
-
-
-Resultados antes de impostos
70.478
13,8%
267,0%
19.201
4,0%
Resultado líquido consolidado
67.398
13,2%
715,9%
8.261
1,7%
Atribuível:
a interesses que não controlam
3.384
0,7%
(30,4%)
4.862
1,0%
ao ∆rupo
64.014
12,6%
1783,1%
3.399
0,7%
Ebitda = Resultado operacional + amortizações + provisões e perdas de imparidade
As contas que integram este Relatório Intercalar não foram objeto de auditoria.
Relatório de Gestão
Consolidado Intercalar
Relatório de Gestão e Informação Financeira Consolidada Intercalar do 1º Trimestre de 2016
01.
Índice
Destaques
2
Relatório de Gestão Consolidado Intercalar
5
Análise da performance económico-financeira
6
Análise por áreas de negócio
10
Comportamento das ações e dividendos
14
Informação Financeira Consolidada Intercalar
15
Demonstrações Consolidadas dos Resultados
17
Demonstrações Consolidadas dos Resultados e do Outro Rendimento Integral
18
Demonstrações da Posição Financeira Consolidada
19
Demonstrações das Alterações no Capital Próprio
20
Demonstrações dos Fluxos de Caixa Consolidados
22
Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas
23
Relatório de Gestão
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Relatório de Gestão e Informação Financeira Consolidada Intercalar do 1º Trimestre de 2016
01.
Relatório de Gestão
Consolidado Intercalar
Relatório de Gestão e Informação Financeira Consolidada Intercalar do 1º Trimestre de 2016
01.
01.
Relatório de Gestão
Consolidado Intercalar
Relatório de Gestão e Informação Financeira
Consolidada Intercalar do 1º Trimestre de 2016
Relatório de Gestão
Consolidado Intercalar
Relatório de Gestão e Informação Financeira Consolidada Intercalar do 1º Trimestre de 2016
01.
1. Análise da performance económico-financeira
0
150
300
450
600
2014
2015
2016
Vendas e Prestações de Serviços
1.º Trimestre | Grupo
M
ilh
ões
de Eu
ros
488
483
510
Europa
-E&C
17%
Europa
-A&S
19%
África
33%
América
Latina
31%
Vendas e Prestações de Serviços
1.º Trimestre 2016 | por Regiões
Europa 36%
O volume de negócios no primeiro trimestre de 2016 atingiu os 510 milhões de euros, o que representou uma melhoria
de cerca de 5% relativamente ao período homólogo de 2015. De salientar igualmente, entre aqueles períodos, o
crescimento de 28% e 6% no volume de negócios na América Latina e na Europa, respetivamente.
No primeiro trimestre de 2016, a Europa manteve o seu contributo para o total do volume de negócios do G
RUPO
(36%
em 31 de março de 2015 e 2016), sendo de destacar o crescimento do peso da área de Ambiente & Serviços,
influenciado pela aquisição e consolidação da EGF, em detrimento do decréscimo do peso da área de Engenharia &
Construção. Por outro lado, fruto da expansão da atividade na América Latina e da desaceleração da atividade em
África, a primeira passou a contribuir com 31% para o volume de negócios do G
RUPO
(25% em 31 de março de 2015) e a
segunda com 33% (39% em 31 de março de 2015).
17
20
23
58
45
45
0
30
60
90
2014
2015
2016
M ilh õe s de E ur osEBITDA
1.º Trimestre |Grupo
Atividade Externa
Atividade Europa (*)
76
65
68
(*) Inclui outros e anulações intragrupo
Durante o primeiro trimestre de 2016, mesmo atuando numa envolvente económica desafiante, o EBITDA do G
RUPO
aumentou cerca de 4,5% para 68 milhões de euros, influenciado positivamente pelo aumento do EBITDA gerado na
América Latina, fruto de uma maior atividade, e na Europa, fruto da consolidação da EGF.
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01.
No primeiro trimestre de 2016 o EBIT apresentou uma descida de 37% face ao período homólogo para 21 milhões de
euros, devido essencialmente ao aumento das amortizações na sequência da aquisição da EGF, cujo contributo no
período ascendeu a 14 milhões de euros.
Europa-E&C
13%
Europa
-A&S
26%
África
40%
América
Latina
20%
Outros
1%
Investimento
1.º Trimestre 2016
9
8
0
4
0
2
0
0
4
8
12
16
20
2015
2016
M ilh õe s de E ur osEvolução Investimento
Outros
Europa - E&C
Europa - A&S
África e América Latina
10
14
Na sequência do forte investimento registado nos últimos trimestres, necessário para assegurar a execução de vários
projetos nomeadamente na América Latina e em África, o esforço de investimento reduziu-se para 14 milhões de euros,
em linha com o primeiro trimestre de 2015, tendo as empresas da EGF sido responsáveis por cerca de 20% do total do
investimento no primeiro trimestre de 2016.
400
600
800
1 000
1 200
1 400
1 600
1T
2T
3T
4T
Dívida Líquida Total
Evolução
2014 2015 2016 M ilh õe s de E ur os494
34%
224
18%
603
41%
134
9%
266
21%
247
20%
618
50%
113
9%
0
200
400
600
a 1 ano
a 2 anos
entre 3 e 5
anos
a mais de 5
anos
Dívida Líquida Total
Evolução Maturidade
Dez-15 Mar-16 M ilh õe s d e eu ro sEm 31 de março de 2016, a dívida líquida, deduzida dos títulos de dívida detidos pela região de África, e excluindo
leasing e factoring, ascendia a 1.244 milhões de euros, tendo registado uma diminuição de cerca de 211 milhões de
euros face a 31 de dezembro de 2015, justificada, essencialmente, pelo encaixe bruto de 245 milhões de euros
resultante da alienação do Negócio Portuário e de Logística e pela manutenção de uma política rigorosa e proactiva de
gestão do fundo de maneio que registou uma evolução favorável de 22 milhões de euros durante o primeiro trimestre
de 2016.
Por outro lado, há que referir que da dívida líquida acima mencionada, cerca de 10% (130 milhões de euros)
correspondem a dívida sem recurso.
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01.
Como resultado, o rácio que compara a dívida líquida total com o EBITDA dos últimos 12 meses, incluindo o EBITDA
anualizado da EGF, atingiu os 3,4x (3,6x em 31 de dezembro de 2015). O G
RUPO
mantém o objetivo de médio e longo
prazo de registar naquele rácio um valor inferior a 3x para o qual contribuirá: (i) o encaixe previsto com a alienação de
alguns ativos não estratégicos, nomeadamente da I
NDAQUA
no curto prazo, (ii) o reforço e otimização das medidas de
gestão de fundo de maneio e (iii) uma rigorosa política de controlo do investimento.
A dívida bruta em 31 de março de 2016, excluindo leasing e factoring, era de 1.692 milhões de euros, estando 71%
contratada a taxa variável. O custo médio da dívida baixou de 5,8% em 31 de dezembro de 2015 para 5,5% em 31 de
março de 2016 não obstante o maior peso da dívida contratada fora da Europa, nomeadamente em África e na América
Latina. Em 31 de março de 2016, 75% do total da dívida bruta estava denominada em euros e esta apresentava uma
vida média de 2,6 anos (2,5 anos em 31 de dezembro de 2015).
Por último, em 31 de março de 2016, o G
RUPO
tinha linhas de crédito contratadas e não utilizadas de 227 milhões de
euros, traduzindo-se num montante total de liquidez efetiva de 675 milhões de euros. Consequentemente, o reembolso
da dívida líquida com maturidade inferior a um ano encontra-se praticamente assegurado.
0
20
40
2014
2015
2016
Resultado Financeiro
M
ilh
õe
s de
E
ur
os
-25,2
-18,1
-14,3
0
15
30
45
60
75
2014
2015
2016
Resultado Líquido
7,3
3,4
64,0
M
ilh
õe
s de
E
ur
os
No primeiro trimestre de 2016, os encargos financeiros líquidos atingiram 14,3 milhões de euros (18,1 milhões de euros
no primeiro trimestre de 2015), o que representa uma redução de cerca de 21%. Esta redução deveu-se,
essencialmente, ao efeito favorável das diferenças de câmbio apuradas no trimestre e ao resultado do esforço ao nível
da melhoria das condições de pricing obtidas em novos financiamentos.
EB IT M EP e g an ho s em a lien aç õe s Fi na nc ei ro s M EP IR C IM RL
0
20
40
60
80
100
Composição Resultado Líquido
1.º Trimestre | 2016
M ilh õe s de E ur os EB IT Fina nc ei ro s M EP IRC IM RL0
20
40
60
Composição Resultado Líquido
1.º trimestre | 2015
M ilh õe s de E ur os8
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Consolidado Intercalar
Relatório de Gestão e Informação Financeira Consolidada Intercalar do 1º Trimestre de 2016
01.
A rubrica de MEP e ganhos em alienações contribuiu positivamente para o resultado líquido do trimestre com 64
milhões de euros (3,9 milhões de euros no primeiro trimestre de 2015), tendo sido influenciada pelo ganho de 63
milhões de euros gerado na alienação do Negócio Portuário e de Logística. Por outro lado, a A
SCENDI
, sub-holding para a
área de concessões, que nos primeiros três meses de 2015 contribuiu com 3,9 milhões de euros para esta rubrica,
passou a ser classificada como um “Ativo não corrente detido para venda” a partir de 30 de setembro de 2015, não
contribuindo assim com qualquer resultado para o G
RUPO
no primeiro trimestre de 2016.
Fruto da performance operacional e financeira verificada no trimestre, a margem líquida atingiu 12,6%, tendo o
resultado líquido atribuível ao G
RUPO
ascendido a 64 milhões de euros (3,4 milhões de euros no primeiro trimestre de
2015).
0
1 500
3 000
4 500
6 000
2013
2014
2015
1T16
Evolução da Carteira de Encomendas
M ilh õe s de E ur os
3.870
4.413
4.087
3.994
Europa E&C 18% Europa A&S 5% África 29% América Latina 48%Carteira de Encomendas
31 março 2016
A carteira de encomendas em 31 de março de 2016 ascendia a cerca de 4 mil milhões de euros, dos quais cerca de 3,1
mil milhões de euros em mercados fora da Europa, representando cerca de 77% do total da carteira. De salientar no
entanto, pese embora a envolvente económica desafiante, nomeadamente em África, que a carteira de encomendas
manteve-se resiliente face a 31 de dezembro de 2015, o que demonstra a capacidade do
G
RUPO
em angariar novos
projetos.
Assim, em 31 de março de 2016, o rácio carteira de encomendas/volume de negócios da área de Engenharia &
Construção ascendia a 1,9 anos (2,0 anos em 31 de dezembro de 2015).
Tal como reportado no passado, o G
RUPO
não considera na carteira de encomendas as receitas previsíveis decorrentes
dos contratos de recolha e tratamento de resíduos das empresas da S
UMA
e da EGF.
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01.
2. Análise por áreas de negócio
Europa
72
74
96
106
123
113
0
50
100
150
200
250
2014
2015
2016
Vendas e Prestações de Serviços
E&CA&S
M
ilh
õe
s de
E
ur
os
177
197
208
10
10
25
8
5
-3
-5
5
15
25
35
2014
2015
2016
EBITDA
E&C A&SM
ilh
õe
s de
E
ur
os
18
15
22
A área de negócios Europa inclui os negócios e empresas de Engenharia & Construção e de Ambiente & Serviços que o
G
RUPO
tem em Portugal e na Europa Central, ou que são geridos pela estrutura de gestão desta região. A partir de 1 de
março de 2016, após a alienação do Negócio Portuário e de Logística, no domínio do segmento de Ambiente & Serviços
são desenvolvidas, essencialmente, atividades de recolha de resíduos (cujo veículo é a S
UMA
) e de tratamento e
valorização de resíduos (cujo veículo é a EGF).
O volume de negócios do G
RUPO
na Europa no primeiro trimestre de 2016 ascendeu a 208 milhões de euros, 6% acima
do verificado em igual período de 2015, influenciado positivamente pelo negócio de Ambiente & Serviços. De destacar,
que a partir de 1 de março de 2016, o G
RUPO
deixou de consolidar as empresas do Negócio Portuário e de Logística
entretanto alienadas.
Também ao nível da rentabilidade operacional foi possível superar o desempenho do trimestre homólogo, mais uma vez
influenciado positivamente pelo negócio de Ambiente & Serviços e mais especificamente pelo contributo das empresas
da EGF.
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01.
0
25
50
75
100
125
150
E&C A&S-Resíduos LogísticaA&S - A&S - Energia& Man.
Vendas e Prestações de Serviços
1T15
1T16
M
ilh
õe
s de
E
ur
os
123
113
18
62
52
28
4
4
-5
1
7
13
19
25
E&C A&S-Resíduos LogísticaA&S - A&S - Energia& Man.
EBITDA
1T15
1T16
M
ilh
õe
s de
E
ur
os
5,0
-3,1
4,1
22,4
6,1
2,5
0,3
0,1
No primeiro trimestre de 2016, destaca-se o aumento no volume de negócios de 245% no segmento de Ambiente &
Serviços – Resíduos, que mais do que compensou a retração verificada nos segmentos de Engenharia & Construção e de
Ambiente & Serviços – Logística, o qual só contribuiu dois meses em 2016 para o volume de negócios do G
RUPO
.
Por outro lado, há que destacar o aumento do EBITDA no segmento de Ambiente & Serviços – Resíduos, o qual foi
influenciado pela aquisição e consolidação a partir de 1 de julho de 2015 da EGF, em 18 milhões de euros, face a igual
período de 2015, bem como a redução dos valores de EBITDA no segmento de Ambiente & Serviços – Logística em cerca
de 4 milhões de euros, o qual só contribuiu dois meses para a atividade do G
RUPO
em 2016.
Já o segmento de Engenharia & Construção apresentou uma redução de volume de negócios de 8% para 113 milhões de
euros, resultado do contexto negativo que caracteriza o sector de construção em Portugal e do adiamento do início de
algumas obras na Polónia. Assim, fruto da sazonalidade, uma vez que o primeiro trimestre do ano é historicamente de
menor produção e de alguns constrangimentos na execução de algumas obras em Portugal e na Europa Central, que
impactaram negativamente a evolução do volume de negócios no segmento de Engenharia & Construção, a
performance operacional deste segmento veio afetada negativamente no trimestre.
As empresas de Energia & Manutenção têm agora a contribuição quase exclusiva da M
ANVIA
, tendo-se assistido ainda a
um ligeiro aumento do seu volume de negócios, o qual contudo não foi acompanhado ao nível da sua rentabilidade
operacional.
A partir de 30 de setembro de 2015, o subsegmento de Água passou a ser classificado como “Ativo não corrente
disponível para venda” (tendo sido suspensa a aplicação do método de equivalência patrimonial), e como tal não teve
qualquer contribuição para os resultados do G
RUPO
no primeiro trimestre de 2016. Tal como era previsto, estima-se que
a conclusão do negócio de alienação deste subsegmento ocorra até ao fim do segundo trimestre do ano.
Por último, há que salientar a concretização em fevereiro de 2016 da alienação do Negócio Portuário e de Logística por
245 milhões de euros, o qual gerou uma mais-valia (apurada à data, mas sujeita a possíveis alterações) de cerca de 63
milhões de euros.
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01.
África
0
50
100
150
200
250
2014
2015
2016
Vendas e Prestações de Serviços
M
ilh
õe
s de
E
ur
os
231
187
168
0
20
40
60
2014
2015
2016
EBITDA
M
ilh
õe
s de
E
ur
os
50
34
33
No primeiro trimestre de 2016, assistiu-se a uma degradação da envolvente macroeconómica em África, principalmente
em Angola. Assim, o volume de negócios apresentou uma redução de cerca de 19 milhões de euros face ao período
homólogo de 2015 para 168 milhões de euros. No entanto, há que destacar pela positiva o crescimento do volume de
negócios em Moçambique em 4%. De destacar ainda o aumento do volume de negócios nos mercados menos
tradicionais do G
RUPO
em África (mercados que não Angola, Moçambique e Malawi) que comparativamente com igual
período de 2015 apresentaram um crescimento de 20%.
O EBITDA do primeiro trimestre de 2016 foi de 33 milhões de euros, relativamente em linha com o mesmo período de
2015 (34 milhões de euros), tendo a margem EBITDA melhorado de 18% para 20%.
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01.
América Latina
0
50
100
150
2014
2015
2016
Vendas e Prestações de Serviços
M
ilh
õe
s de
E
ur
os
101
123
157
0
5
10
2014
2015
2016
EBITDA
M
ilh
õe
s de
E
ur
os
8
11
12
Na América Latina, o volume de negócios no primeiro trimestre de 2016 ascendeu a 157 milhões de euros,
representando um aumento de 28% face a igual período de 2015. Este aumento foi suportado pelos principais mercados
da região (Peru, México e Brasil), sendo de destacar o México como o principal mercado da região, com um peso de 35%
no volume total de negócios.
No primeiro trimestre de 2016, o EBITDA aumentou 15% face a igual período de 2015 para 12 milhões de euros, tendo
tido um forte contributo do México e do Peru. De destacar, ainda assim, que a rentabilidade foi negativamente afetada
pelo facto de vários projetos estarem ainda numa fase inicial de execução.
Adicionalmente, destaque para a manutenção da carteira de encomendas da região, a qual atingiu cerca de 2 mil
milhões de euros, o que permitirá em próximos períodos a continuação do aumento do volume de negócios do G
RUPO
,
nomeadamente no México.
De destacar por último que no seguimento da política definida de diversificação de atividades e de negócios do G
RUPO
, a
atividade de geração de energia elétrica no mercado liberalizado mexicano, onde a M
OTA
-E
NGIL
se posiciona como
primeiro operador privado, já contribuiu com cerca de 9 milhões de euros de volume de negócios e 3 milhões de euros
de EBITDA no trimestre, ainda que afetado pela sazonalidade.
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Consolidado Intercalar
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01.
3. Comportamento das ações e dividendos
0
20
40
60
80
1T
2T
3T
4T
M
ilh
õe
s d
e a
çõ
es
Quantidade de ações transacionadas
por trimestre
2014
2015
2016
40%
60%
80%
100%
120%
140%
de
z/
15
ja
n/
16
fe
v/
16
m
ar/
16
Evolução da performance do título
1.º Trimestre 2016
ME PSI20 SXOP
No primeiro trimestre de 2016, o índice acionista português, PSI-20, apresentou uma descida de 6%, tendo sido
negativamente influenciado pela performance registada até ao início de fevereiro e que não foi totalmente compensada
pela recuperação acionista que caraterizou a segunda metade do trimestre. A descida apresentada pelo PSI-20, mais
forte no início do trimestre, esteve também em consonância com a performance negativa apresentada pela maioria das
restantes bolsas europeias. Já o índice europeu do setor de Construção, SXOP, apresentou uma desvalorização de 1%
durante o primeiro trimestre de 2016, também negativamente influenciado pela maior aversão ao risco e volatilidade
que caraterizaram o mercado acionista durante o início do primeiro trimestre de 2016.
A ação da M
OTA
-E
NGIL
apresentou uma descida de 3% no primeiro trimestre do ano, tendo fechado o período com uma
cotação de 1,861 euros. Durante o primeiro trimestre de 2016 a ação da M
OTA
-E
NGIL
atingiu um máximo e um mínimo
de 1,937 euros e 1,174 euros, respetivamente. Nesse período foram transacionadas na Euronext Lisbon cerca de 40
milhões de ações da M
OTA
-E
NGIL
, o que correspondeu a um volume médio diário de 639 mil ações.
O Conselho de Administração proporá à Assembleia Geral de Acionistas, que terá lugar no dia 25 de maio de 2016, a
distribuição de um dividendo de cinco cêntimos (0,05 euros) por ação relativo ao exercício de 2015. Este valor está em
linha com a política de distribuição de dividendos em vigor da M
OTA
-E
NGIL
que define um rácio de “payout” entre 50% e
75% do resultado líquido recorrente.
Porto, 24 de maio de 2016
Gonçalo Moura Martins
Chief Executive Officer
José Pedro Freitas
Chief Financial Officer
02.
Informação Financeira
Consolidada Intercalar
Relatório de Gestão e Informação Financeira
Consolidada Intercalar do 1º Trimestre de 2016
Informação Financeira
Consolidada Intercalar
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02
Informação Financeira
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02
Informação Financeira
Consolidada Intercalar
Relatório de Gestão e Informação Financeira Consolidada Intercalar do 1º Trimestre de 2016
02
17
Demonstrações consolidadas dos resultados
para os trimestres findos em 31 de março de 2016 e
2015
Notas
2016
€ '000
2015
€ '000
(não auditado)
(não auditado)
Vendas e prestações de serviços
2
509.784
483.464
Outros rendimentos
-
8.791
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas, variação da produção e subcontratos
(212.600)
(200.060)
Fornecimentos e serviços externos
(114.547)
(114.084)
Gastos com pessoal
(132.981)
(113.064)
Outros rendimentos / (gastos) operacionais
18.738
413
Amortizações
(47.231)
(31.718)
Provisões e perdas de imparidade
(233)
(285)
Rendimentos e ganhos financeiros
3
17.488
14.243
Gastos e perdas financeiras
3
(31.800)
(32.388)
Ganhos / (perdas) em empresas associadas e conjuntamente controladas
476
3.890
Ganhos / (perdas) na alienação de empresas subsidiárias e associadas
10
63.384
-Resultado antes de imposto
70.478
19.201
Imposto sobre o rendimento
(3.079)
(10.940)
Resultado líquido consolidado do período
67.398
8.261
Atribuível:
a interesses que não controlam
3.384
4.862
ao Grupo
64.014
3.399
Resultado por ação:
básico
4
0,273 €
0,017 €
diluído
4
0,273 €
0,017 €
Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras consolidadas
Informação Financeira
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18
Demonstrações consolidadas dos resultados e do outro rendimento integral
para os trimestres findos em 31 de março de 2016
e 2015
2016
€ '000
€ '000
2015
(não auditado) (não auditado)
Resultado líquido consolidado do período
67.398
8.261
Itens de outro rendimento integral que poderão vir a ser reclassificados para a demonstração dos resultados
Empresas controladas
(23.434)
49.653
(4)
34
(6.058)
-Outro rendimento integral
(1.747)
3
(284)
7.430
(2.031)
(2.212)
Outro rendimento integral de investimentos financeiros em equivalência patrimonial
93
(369)
Total do rendimento integral consolidado do período
33.933
62.801
a interesses que não controlam
(1.503)
20.202
ao Grupo
35.435
42.599
Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras consolidadas
1º Trimestre
Variação, líquida de impostos, no justo valor de instrumentos financeiros derivados
Atribuível:
Diferenças cambiais decorrentes da transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira
Empresas consolidadas pelo método da equivalência patrimonial
Diferenças cambiais decorrentes da transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira
Variação, líquida de impostos, no justo valor de instrumentos financeiros derivados
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19
Demonstrações da posição financeira consolidada
em 31 de março de 2016 e em 31 de dezembro de 2015
Notas € '0002016 € '0002015 (não auditado) (auditado)
Ativo Não corrente Goodwill 5 80.871 80.512 615.037 627.398 749.907 782.116 Investimentos financeiros em empresas associadas e conjuntamente controladas 6 40.733 34.338 Ativos financeiros disponíveis para venda e detidos até à maturidade 7 114.965 93.260
82.039
82.037 85.481
85.466 Outros ativos não correntes 670 1.812 Instrumentos financeiros derivados - 166
137.645 137.672 1.907.347 1.924.776 Corrente Inventários 277.220 284.439 Clientes 846.110 939.389 Outros devedores 254.583 284.975
Imposto sobre o rendimento 18.509 16.033 Outros ativos correntes 649.864 525.898 Instrumentos financeiros derivados 7.769 9.183 Caixa e seus equivalentes com recurso a prazo 8 - 62.391 Caixa e seus equivalentes sem recurso à vista 8 89.349 102.946 Caixa e seus equivalentes com recurso à vista 8 313.370 278.559
2.456.774
2.503.814
Ativos não correntes detidos para venda 354.246 687.237
Total do Ativo 2 4.718.367 5.115.827
Passivo
Não corrente
Empréstimos sem recurso 9 171.878 203.128 Empréstimos com recurso 9 805.342 698.582 Fornecedores e credores diversos 149.956 135.734 Instrumentos financeiros derivados 194 188
Provisões 125.256 123.201
Outros passivos não correntes 392.254 406.963 Passivos por impostos diferidos 99.747 99.238
1.744.627
1.667.034
Corrente
Empréstimos sem recurso 9 47.587 40.534 Empréstimos com recurso 9 666.627 984.914
Fornecedores 388.149 436.839
Credores diversos 662.963 627.168
Imposto sobre o rendimento 15.200 12.514 Outros passivos correntes 572.025 546.360
2.352.551
2.648.329
Passivos não correntes detidos para venda - 107.396
Total do Passivo 2 4.097.178 4.422.760
Capital Próprio
Capital 237.505 237.505
Ações próprias 4 (5.788) (3.084) Reservas, Resultados Transitados e Prémios de Emissão 107.202 116.735
64.014 19.046 402.934 370.202 218.255 233.970 Interesses que não controlam afetos a ativos/passivos detidos para venda - 88.895
Total do Capital próprio 621.189 693.067
Total do Capital próprio e Passivo 4.718.367 5.115.827
Ativos intangíveis
Resultado líquido consolidado do período
Capital próprio atribuível ao Grupo
Interesses que não controlam
Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras consolidadas Ativos tangíveis
Propriedades de investimento Clientes e outros devedores Ativos por impostos diferidos
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Informação Financeira
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20
Demonstrações das
para os trimestres findos em 31 de
Capital Ações próprias Prémios de
emissão Invest. disponíveis para venda Terrenos de ativos minerais e outros Derivados
Saldo em 1 de janeiro de 2015 (auditado) 204.636 - 44.435 27.702 2.968 (238)
Total do rendimento integral consolidado do período - - - - - 34 Distribuição de dividendos - - - -Transferências para outras reservas - - -
-Saldo em 31 de março de 2015 (não auditado) 204.636 - 44.435 27.702 2.968 (204)
Saldo em 1 de janeiro de 2016 (auditado) 237.505 (3.084) 92.584 27.702 4.409 (139)
Total do rendimento integral consolidado do período - - - - - (4) Distribuição de dividendos - - - -Aquisição de ações próprias - (2.703) - - - -Transferências para outras reservas - - - -Alterações no perímetro de consolidação em entidades
controladas:
Alienação do negócio Portuário e de Logística - - -
-Saldo em 31 de março de 2016 (não auditado) 237.505 (5.788) 92.584 27.702 4.409 (143)
Reservas de justo valor
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alterações no capital próprio
março de 2016 e 2015
Reserva de
conversão cambial Reservas legais Outras reservas Resultado líquido do período atribuível ao GrupoCapital próprio
Capital próprio atribuível a int. que não controlam
Total do capital próprio (32.131) 40.927 (24.998) 50.550 313.851 264.137 577.988 34.386 - 4.780 3.399 42.599 20.202 62.801 - - - - (2.566) (2.566) - 50.550 (50.550) - - -2.254 40.927 30.332 3.399 356.450 281.774 638.224 (17.364) 40.927 (31.384) 19.046 370.202 322.865 693.067 (18.439) - (10.135) 64.014 35.435 (1.503) 33.933 - - - - (5.786) (5.786) - - - (2.703) - (2.703) - 19.046 (19.046) - - - - - - (97.322) (97.322) (35.803) 40.927 (22.474) 64.014 402.934 218.255 621.189
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Informação Financeira
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Demonstrações consolidadas dos fluxos de caixa
para os trimestres findos em 31 de março de 2016 e 2015
Notas
2016
€ '000
2015
€ '000
Atividades operacionais
(não auditado)
(não auditado)
Recebimentos de clientes
481.149
436.876
Pagamentos a fornecedores
(362.953)
(428.068)
Pagamentos ao pessoal
(89.091)
(75.254)
Fluxos gerados pelas operações
29.105
(66.447)
(Pagamento)/Recebimento de imposto sobre o rendimento
(4.989)
(2.256)
Outros recebimentos/(pagamentos) de atividades operacionais
(2.404)
(10.927)
Fluxos das atividades operacionais (1)
21.711
(79.631)
Atividades de investimento
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros
245.759
-Ativos intangíveis
-
259
Ativos tangíveis
1.552
9.164
Subsídios ao investimento
-
92
Juros e proveitos similares
1.348
2.570
Dividendos
-
244
248.659
12.329
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros
(5.765)
(6.469)
Ativos intangíveis
(2.893)
(236)
Ativos tangíveis
(12.402)
(18.735)
(21.060)
(25.440)
Fluxos das atividades de investimento (2)
227.599
(13.110)
Atividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos
76.078
63.207
76.078
63.207
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos
(311.802)
(14.528)
Amortizações de contratos de locação financeira
(11.048)
(8.619)
Juros e custos similares
(27.141)
(25.388)
Dividendos
(951)
(4.388)
Aquisição de ações próprias
(2.703)
-(353.645)
(52.923)
Fluxos das atividades de financiamento (3)
(277.568)
10.284
Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3)
(28.257)
(82.457)
Efeito das diferenças de câmbio
(12.921)
15.186
Caixa e seus equivalentes no início do período
8
443.896
390.606
Caixa e seus equivalentes no fim do período
8
402.719
323.335
Informação Financeira
Consolidada Intercalar
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02
23
0. Nota Introdutória
A M
OTA
-E
NGIL
,
SGPS,
SA, com sede no Edifício Mota, Rua do Rego Lameiro, nº38 4300-454 Porto (M
OTA
-E
NGIL
SGPS ou
E
MPRESA
), e empresas participadas (G
RUPO
M
OTA
-E
NGIL
), têm como atividades principais as empreitadas de obras públicas e
privadas e atividades com elas conexas, bem como a recolha e tratamento de resíduos. A atividade do G
RUPO
é desenvolvida
essencialmente em três regiões: Europa, África e América Latina.
A descrição mais detalhada das atividades do G
RUPO
é fornecida na Nota 2. Segmentos de Negócio deste anexo.
Todos os montantes explicitados neste anexo são apresentados em milhares de euros, salvo se expressamente referido em
contrário.
1. Políticas Contabilísticas
1.1. Bases de apresentação
As demonstrações financeiras consolidadas do G
RUPO
M
OTA
-E
NGIL
foram preparadas no pressuposto da continuidade das
operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas que constituem o G
RUPO
ajustados no processo de
consolidação. Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de
Relato Financeiro (IAS/IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as interpretações emitidas pelo
International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) ou pelo anterior Standards Interpretation Committee
(SIC), tal como adotadas pela União Europeia à data de 31 de março de 2016. No que se refere às empresas do G
RUPO
que
utilizam normativos contabilísticos diferentes, foram efetuados ajustamentos de conversão para as IAS/IFRS.
As demonstrações financeiras consolidadas do G
RUPO
M
OTA
-E
NGIL
relativas ao período de três meses findo em 31 de março de
2016 foram elaboradas de acordo com as políticas contabilísticas e métodos de cálculo adotados pelo G
RUPO
apresentados
no Relatório e Contas Consolidadas de 2015, tendo em consideração as disposições da IAS 34 - Relato Financeiro Intercalar.
Informação Financeira
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Informação Financeira
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02
24
Durante o período de três meses findo em 31 de março de 2016 tornaram-se aplicáveis as seguintes normas, interpretações,
alterações e revisões aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia.
Norma / Interpretação Aplicável na União Europeia nos exercícios iniciados em
ou após
Conteúdo
Emenda à IAS 19 – Benefícios dos empregados – Contribuições de
empregados fev-15 Esta emenda vem clarificar em que circunstâncias as contribuições dos empregados para planos de benefícios pós-emprego constituem uma redução do custo com benefícios de curto prazo.
Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro
(ciclo 2010-2012) fev-15 Estas melhorias envolvem a clarificação de alguns aspetos relacionados com a: IFRS 2 – Pagamentos com base em ações: definição de vesting condition; IFRS 3 – Concentração de atividades empresariais:
contabilização de pagamentos contingentes; IFRS 8 – Segmentos operacionais: divulgações relacionadas com o julgamento aplicado em relação à agregação de segmentos e clarificação sobre a necessidade de reconciliação do total de ativos por segmento com o valor total de ativos nas demonstrações financeiras; IAS 16 – Ativos fixos tangíveis e IAS 38 – Ativos intangíveis: necessidade de reavaliação proporcional de amortizações acumuladas no caso de reavaliação de ativos fixos; IAS 24 – Divulgações de partes relacionadas: define que uma entidade que preste serviços de gestão à Empresa ou à sua empresa-mãe é considerada uma parte relacionada; e IFRS 13 – Justo valor: clarificações relativas à mensuração de contas a receber ou a pagar de curto prazo.
Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclo 2012-2014)
jan-16 Estas melhorias envolvem a clarificação de alguns aspetos relacionados com a: IFRS 5 – Ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas: introduz orientações de como proceder no caso de alterações quanto ao método expectável de realização (venda ou distribuição aos acionistas); IFRS 7 – Instrumentos financeiros: divulgações: clarifica os impactos de contratos de acompanhamento de ativos no âmbito das divulgações associadas a envolvimento continuado de ativos desreconhecidos, e isenta as demonstrações financeiras intercalares das divulgações exigidas relativamente a compensação de ativos e passivos financeiros; IAS 19 – Benefícios dos empregados: define que a taxa a utilizar para efeitos de desconto de benefícios definidos deverá ser determinada com referência às obrigações de alta qualidade de empresas que tenham sido emitidas na moeda em que os benefícios serão liquidados; e IAS 34 – Relato financeiro intercalar: clarificação sobre os procedimentos a adotar quando existe informação disponível em outros documentos emitidos em conjunto com as demonstrações financeiras intercalares.
Emenda à IFRS 11 – Acordos conjuntos – Contabilização de aquisições de interesses em acordos conjuntos
jan-16 Esta emenda está relacionada com a aquisição de interesses em operações conjuntas. Estabelece a obrigatoriedade de aplicação da IFRS 3 quando a operação conjunta adquirida constituir uma atividade empresarial de acordo com a IFRS 3. Quando a operação conjunta em questão não constituir uma atividade empresarial, deverá a transação ser registada como uma aquisição de ativos. Esta alteração tem aplicação prospetiva para novas aquisições de interesses.
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Norma / Interpretação Aplicável na União Europeia nos exercícios iniciados em
ou após
Conteúdo
Emenda à norma IAS 1 – Apresentação de demonstrações financeiras – “Disclosure Iniciative”
jan-16 Esta emenda vem clarificar alguns aspetos relacionados com a "Disclosure Iniciative ", designadamente: (i) a entidade não deverá dificultar a inteligibilidade das demonstrações financeiras através da agregação de itens materiais com itens imateriais ou através da agregação de itens materiais com naturezas distintas; (ii) as divulgações especificamente requeridas pelas IFRS apenas têm de ser dadas se a informação em causa for material; (iii) as linhas das demonstrações financeiras especificadas pela IAS 1 podem ser agregadas ou desagregadas, conforme tal for mais relevante para os objetivos do relato financeiro; (iv) a parte do outro rendimento integral resultante da aplicação do método da equivalência patrimonial em associadas e acordos conjuntos deve ser apresentada separadamente dos restantes elementos do outro rendimento integral segregando igualmente os itens que poderão vir a ser reclassificados para resultados dos que não serão reclassificados; (v) a estrutura das notas deve ser flexível, devendo estas respeitar a seguinte ordem:
· uma declaração de cumprimento com as IFRS na primeira secção das notas;
· uma descrição das políticas contabilísticas relevantes na segunda secção;
· informação de suporte aos itens da face das demonstrações financeiras na terceira secção; e outra informação na quarta secção. Emenda à IAS 16 – Ativos fixos tangíveis e à IAS 38 – Ativos
intangíveis – Métodos de depreciação aceitáveis
jan-16 Esta emenda estabelece a presunção (que pode ser refutada) de que o rédito não é uma base apropriada para amortizar um ativo intangível e proíbe o uso do rédito como base de amortização de ativos fixos tangíveis. A presunção estabelecida para a amortização de ativos intangíveis só poderá ser refutada quando o ativo intangível é expresso em função do rendimento gerado ou quando a utilização dos benefícios económicos está altamente correlacionada com a receita gerada. Emenda à IAS 16 – Ativos fixos tangíveis e à IAS 41 – Agricultura –
Plantas de produção
jan-16 Esta emenda vem excluir as plantas que produzem frutos ou outros componentes destinados a colheita e/ou remoção do âmbito de aplicação da IAS 41, passando as mesmas a estar abrangidas pela IAS 16.
Emenda à IAS 27 – Aplicação do método de equivalência patrimonial
nas demonstrações financeiras separadas jan-16 Esta emenda vem introduzir a possibilidade de mensuração dos interesses em subsidiárias, acordos conjuntos e associadas em demonstrações financeiras separadas pelo método da equivalência patrimonial, para além dos métodos de mensuração atualmente existentes. Esta alteração aplica-se retrospetivamente.
A adoção das normas acima referidas não produziu efeitos significativos nas presentes demonstrações financeiras
consolidadas.
As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em Euro por esta ser a moeda principal das operações do
G
RUPO
. As demonstrações financeiras das empresas participadas em moeda estrangeira foram convertidas em Euro de
acordo com as políticas contabilísticas descritas na alínea xiv) dos Principais critérios valorimétricos apresentados no
Relatório e Contas Consolidadas de 2015.
Todas as estimativas e assunções efetuadas pelo Conselho de Administração foram efetuadas com base no seu
conhecimento à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso.
Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, em conformidade com as IAS/IFRS, o Conselho de Administração
do G
RUPO
adotou certos pressupostos e estimativas que afetaram os ativos e passivos reportados, bem como os rendimentos
e gastos incorridos relativos aos períodos apresentados, os quais se encontram descritos na alínea xxii) dos Principais
critérios valorimétricos apresentados no Relatório e Contas Consolidadas de 2015.
Informação Financeira
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2. Segmentos de negócio
O G
RUPO
serve-se da sua organização interna para efeitos de gestão como base para o seu reporte de informação por
segmentos operacionais. O G
RUPO
M
OTA
-E
NGIL
encontra-se organizado pelas seguintes áreas geográficas: Europa, África e
América Latina.
Os valores relativos à M
OTA
-E
NGIL
SGPS e às sociedades do G
RUPO
da área do Turismo estão incluídos na linha “Outros,
eliminações e intragrupo”, a qual inclui também os valores relativos aos fluxos e saldos entre os segmentos operacionais.
Nos primeiros três meses de 2016, com exceção da alienação das empresas que integravam o Negócio Portuário e de
Logística, não ocorreram outras alterações materialmente relevantes no perímetro de consolidação, pelo que, exceto para a
transação acima referida, não são apresentados os efeitos nas principais rubricas da demonstração da posição financeira e da
demonstração dos resultados. As alterações ocorridas no perímetro de consolidação durante o período de três meses findo
em 31 de março de 2016 encontram-se elencadas na Nota 10. Alterações de perímetro.
Durante o trimestre findo em 31 de março de 2016, o contributo para a demonstração de resultados das empresas afetas ao
Negócio Portuário e de Logística (correspondente aos meses de janeiro e fevereiro), foi como se segue:
Negócio Portuário
e de Logística
Vendas e prestações de serviços
26.194
Custo das mercadorias vendidas, matérias consumidas, variação da
produção e subcontratos
(14.233)
Resultado bruto
11.960
Fornecimentos e serviços externos
(7.216)
Gastos com pessoal
(3.278)
Outros rendimentos / (gastos) operacionais
988
EBITDA
2.454
Provisões e perdas de imparidade
14
EBIT
2.468
Resultado financeiro
(479)
Ganhos / (perdas) em empresas associadas e conjuntamente controladas
101
Resultado antes de imposto
2.090
As empresas incluídas na consolidação e respetivos métodos de consolidação, sedes, percentagem efetiva de participação,
atividade, data de constituição e data de aquisição das participações financeiras são tal como se apresenta no Apêndice A.
Nos trimestres findos em 31 de março de 2016 e 2015, a informação financeira por segmentos operacionais pode ser
analisada como se segue:
2016 2015 2016 2015
Europa 207.895 196.581 21.940 15.490 África 167.503 187.173 33.020 34.259 América Latina 157.208 122.756 12.438 10.815 Outros, eliminações e intragrupo (22.822) (23.047) 996 4.895
Grupo Mota-Engil 509.784 483.464 68.393 65.459
Informação Financeira
Consolidada Intercalar
Relatório de Gestão e Informação Financeira Consolidada Intercalar do 1º Trimestre de 2016
02
27
Nos trimestres findos em 31 de março de 2016 e 2015, as vendas e prestações de serviços efetuadas entre segmentos de
negócio foram incluídas na linha “Outros, eliminações e intragrupo”.
Durante os trimestres findos em 31 de março de 2016 e 2015, as vendas e prestações de serviços intragrupo foram efetuadas
a preços semelhantes aos praticados para as vendas e prestações de serviços a clientes externos.
Em 31 de março de 2016 e em 31 de dezembro de 2015, o ativo líquido total e o passivo do G
RUPO
por segmentos de negócio
podem ser analisados como se segue:
2016 2015 2016 2015
Europa 2.257.806 2.577.828 1.849.263 1.998.988
África 1.679.995 1.780.559 1.252.225 1.333.906
América Latina 808.705 805.592 706.077 663.562
Outros, eliminações e intragrupo (28.139) (48.152) 289.614 426.304
Grupo Mota-Engil 4.718.367 5.115.827 4.097.178 4.422.760
Passivo Ativo
No trimestre findo em 31 de março de 2016 não ocorreram alterações nos segmentos operacionais do G
RUPO
nem na forma
de apuramento e contabilização dos montantes inscritos nos mesmos.
3. Resultados financeiros
Os resultados financeiros nos trimestres findos em 31 de março de 2016 e 2015 podem ser analisados como se segue:
2016 2015
Rendimentos e ganhos financeiros
Empréstimos e contas a receber:
Juros obtidos 3.986 7.752
Descontos de pronto pagamento obtidos 112 141 Diferenças de câmbio favoráveis 12.777
-Outros ativos financeiros:
Rendimentos de imóveis 259 258
Rendimentos de participações de capital - 0 Ganhos de justo valor - Instrumentos financeiros derivados - 5.897 Outros rendimentos e ganhos financeiros 354 195
17.488
14.243
Gastos e perdas financeiras
Empréstimos e contas a pagar:
Juros suportados 26.991 27.234
Descontos de pronto pagamento concedidos 141 114 Diferenças de câmbio desfavoráveis - 969
Outros passivos financeiros:
Perdas de justo valor - Instrumentos financeiros derivados 1.607 -Outras perdas - Investimentos financeiros - 109
Outros ativos e passivos financeiros:
Outros gastos e perdas financeiras 3.061 3.964
31.800
32.388
(14.312)
(18.145)
Nos trimestres findos em 31 de março de 2016 e 2015, a rubrica “Rendimentos de imóveis” incluiu, essencialmente, rendas
de imóveis localizados em Portugal.
Informação Financeira
Consolidada Intercalar
Relatório de Gestão e Informação Financeira Consolidada Intercalar do 1º Trimestre de 2016
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Informação Financeira
Consolidada Intercalar
Relatório de Gestão e Informação Financeira Consolidada Intercalar do 1º Trimestre de 2016
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Nos trimestres findos em 31 de março de 2016 e 2015, a rubrica “Outros gastos e perdas financeiras” incluiu,
essencialmente, os gastos com a montagem de empréstimos e diversas comissões e outros custos debitados por instituições
financeiras.
4. Resultados por ação
A E
MPRESA
emitiu apenas ações ordinárias, pelo que não existem direitos especiais de dividendo ou voto.
Não se verifica no G
RUPO
qualquer situação que possa representar uma redução dos resultados por ação com origem em
opções, “warrants”, obrigações convertíveis ou outros direitos associados a ações ordinárias.
Assim, não existe dissemelhança entre o cálculo do resultado por ação básico e o cálculo do resultado por ação diluído.
Durante os trimestres findos em 31 de março de 2016 e 2015, não foram emitidas quaisquer ações ordinárias.
Nos trimestres findos em 31 de março de 2016 e 2015, o apuramento dos resultados por ação pode ser demonstrado como
se segue:
2016 2015
Resultado líquido consolidado do período atribuível ao Grupo (I) 64.014 3.399
Número total de ações ordinárias (II) 237.505.141 204.635.695
Número de ações próprias no final do trimestre (III) 3.639.812 -Número médio ponderado de ações próprias (IV) 2.968.097
-Número de ações em circulação (II - IV) 234.537.044 204.635.695
Resultado por ação:
básico (I) / (II - IV) 0,273 € 0,017 €
diluído (I) / (II - IV) 0,273 € 0,017 €
Durante o trimestre findo em 31 de março de 2016, tal como aprovado na Assembleia Geral de Acionistas realizada em 28 de
maio de 2015, o G
RUPO
procedeu à aquisição de diversas tranches de ações próprias (2.080.070 ações) a um preço médio de
1,3 euros por ação, tal como se discrimina abaixo:
2016 Quantidade Custo médio Montante
Saldo inicial 1.559.742 1,98 € 3.084 Aquisições Janeiro 792.502 1,22 € 968 Fevereiro 1.283.376 1,35 € 1.729 Março 4.192 1,67 € 7 2.080.070 1,30 € 2.703 Saldo final 3.639.812 1,59 € 5.788