Estudo de plasticidade e fratura
em materias via simulacões
computacionais
• Colaboradores: – Juha Merimaa – Ville Mustonen – Maria Huhtala – Peter Szelestey – Miguel Robles – Antti Kuronen – Kimmo Kaski
Tópicos
• Plasticidade e fratura - breve introducão
• Potenciais atômicos (para o modelamento de metais)
• Simulacões tipo dinâmica molecular
• Exemplos de aplicacões - discordâncias, fratura e grain boundaries
Plasticidade e fratura em materiais - breve introducão
• Cristais sem quaisquer defeitos em sua estrutura cristalina apresentam propriedades diversas daquelas observadas nos materiais que encontramos no dia-a-dia (materiais de
engenharia). Particularmente, materiais de engenharia
apresentam resitência ao escoamento muito inferior à que se esperaria em um material ideal.
• Materiais de engenharia apresentam defeitos naturais, tais como:
– defeitos pontuais (intersticiais e vacância, intrínsicos e extrínsicos)
– defeitos com a topologia de linhas (discordâncias helicoidais (screw) e planas (edge))
– defeitos com a topologia de superfícies (interfaces, contornos de grão, falhas de estaqueamento, etc...)
t = G b 2 Pi a sin 2 Pi x b t t b a x t tmax = G b 2 Pi a (teórico) G: shear modulus tteo 10-1 G texp 10-4 - 10-5 G
•A presenca de defeitos facilita a deformacão do material. Dentre os diversos tipos de defeitos, os de maior importância para a explicacão das propriedades de deformacão de sólidos são as discodâncias.
•O conceito de discordância foi originalmente introduzido por
Orowan, Polanyi e Taylor (1934), para explicar a baixa resistência oferecida por materiais (dúteis) à deformacão plástica. Em um
material, podemos associar o fenômeno de escoamento com o deslizamento de planos cristalinos, uns sobre os outros.
Materiais ideais x materiais reais
I d e a l ( G P a ) E x p e r i m e n t a l ( G P a ) C o b r e ( C u ) 1 9 . 1 0 . 0 0 0 4 9 A l u m í n i o ( A l ) 1 1 . 3 0 . 0 0 0 7 8 P r a t a ( A g ) 1 2 . 6 0 . 0 0 0 3 7 T i t â n i o ( T i ) 1 6 . 9 0 . 0 1 3 7 N i ó b i o ( N b ) 1 6 . 6 0 . 0 3 3 3 Tensão de escoamentoMecanismos de deformacão envolvendo
discordâncias
• Discordâncias são singularidades no campo de deslocamentos.
• Podem ser caracterizadas pelos seguintes elementos:
– linha da discordância – vetor de Burgers
– plano de deslizamento (gliding plane)
• Após a formacão de discordâncias,
deformacão procede através do movimento de discordâncias em planos de deslizamento.
• Existe uma barreira para o movimento de discordâncias (Peierls stress).
E
E
Eb
x
p G exp ( - 2 W / b)
W é uma distância que caracteriza a
região afetada pela discordância e b é a magnitude do vetor de Burgers
• Magnitude da barreira determina mobilidade.
• Discordâncias se movem no plano que contém o vetor de Burgers da dislocacão e um vetor paralelo à linha da dislocacão. (restr. geom.)
• Para cada estrutura cristalina, discordâncias planas (edge) se movem em planos definidos. (ex. FCC <110> (111)).
• Durante o movimento, pode haver a
formacão de kinks e jogs. Formacão destes últimos depende da existência de vacâncias e/ou intersticiais.
• Contornos de grão e intersticiais extrínsicos nos planos de deslizamento podem bloquear o movimento de discordâncias.
• Ilustracão de mecanismo de deformacão:
f f f f
• Velocidade com que dislocacões se movem depende da tensão local no plano de
deslizamento e da barreira E (Peierls stress) para o seu movimento.
• Materiais dúteis: E relativamente baixo, altas velocidades.
• Materiais frágeis: E relativamente alto,
pequenas velocidades (praticamente não há deformacão plástica).
Principais tópicos de invetigacão:
• Descricão da região próxima à linha de dislocacões. Teoria linear elástica não é aplicável a esta região.
• Mecanismos de interacão de dislocacões com solutos e com contornos de grão.
26.08.2008
Fratura
• De um ponto de vista macroscópico pode ser dito que fratura em um sólido depende, fundamentalmente, de duas “variáveis”:
– geometria – forma de carregamento = a(1 + 2 a b ) a a = a (1 + 2 a / ) a 2 a/ = b2 / a a b
• Critério: fator de concentracão de tensão
• Existe região plástica próximo à extremidade da falha. Emissão de dislocacões.
ys
Fratura - principais tópicos de
investigacão:
• Fenômenos associados à região plástica. Emissão de dislocacões.
• Correcão às tensões próximo à ponta
extrema da fratura devido à deformacão plástica.
• Crack blunting
Potenciais atômicos
• Pair-potentials
– V(r) = –
– metais FCC apresentam da ordem de 2. Alguns metais como Au e Pt chegam a
apresentar da ordem de 3 a 4.
– Correcões de muitos-corpos são importantes.
i V(r - ri)
c12 = c44
c12 / c44
• Potenciais derivados à partir de
Density-Functional Theory (DFT):
– Embedded-atom Model Potential (EAM) Ec = i F(ji (Rij)) + ½ ji U(Rij)
• Funcões F e U são parametrizadas.
Parâmetros são determinados à partir de
ajuste a propriedades do material em estudo:
– coeficientes elásticos de segunda e terceira ordem
– energias de formacão de vancâncias – curvas P-V e espectro de phonons
Simulacões tipo dinâmica
molecular
• Dado o potencial de interacão entre átomos integra-se o conjunto de equacões (clássico) que descreve o sistema em estudo:
..
r
= j V(Rij) + fi , i = 1, Nm i
• Temperatura: micro-canonical ou canonical emsemble (reescalonamento de velocidades, Nosé-Hoover Thermostat)
Mechanical properties of solids
• Studies concerning
– Development of visualization tools and interactive simulation programs
– Grain boundaries (GB)
– Fracture propagation
– Development of optimized MC and MD
Grain Boundaries
• Important Topics
– solute segregation
– diffusion (self-diffusion and diffusion of interstitials)
– mobility of grain boundaries
– sliding
Development of visualization tools and interactive simulation programs
• many simulations have similar general characteristics:
– generation of large amounts of data;
– long computing times;
– requirement of intensive post-processing.
• In the most basic situation, we have the following phases:
Definition of
parameters Simulation
Analysis of results (partial)
• Computer resources are enabling the development of real time interactive simulations: Graphics Simulation Storage of selected results Graphical interface
• Application to the study of complex phenomena in solids
• development of a general 3D interactive simulation code for the study of
GB’s and fracture in solids
‘Visualization Box’, endowed with the following characteristics:
• variable dimensions; • arbitrary positioning and orientation;
• graphical representation of the phenomena inside the box • feature extraction algorithm; • graphical tools;
• on/off. ‘Simulation box’
By-products of the preliminary design phase:
n 2D interactive simulation code illustrating the main
concepts;