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Análise do atual método de julgamento de acrobacia aérea

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALINE CONTE VOLPATTO

ANÁLISE DO ATUAL MÉTODO DE JULGAMENTO DE

ACROBACIA AÉREA.

Palhoça 2018

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ALINE CONTE VOLPATTO

ANÁLISE DO ATUAL MÉTODO DE JULGAMENTO DE

ACROBACIA AÉREA.

Monografia apresentada ao Curso de graduação em Ciências Aeronáuticas, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel.

Orientador: Prof. Marcos Fernando Severo de Oliveira, Esp.

Palhoça 2018

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ALINE CONTE VOLPATTO

ANÁLISE DO ATUAL MÉTODO DE JULGAMENTO DE

ACROBACIA AÉREA.

Esta monografia foi julgada adequada à obtenção do título de Bacharel em Ciências Aeronáuticas e aprovada em sua forma final pelo Curso de Ciências Aeronáuticas, da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Palhoça, 04 de junho de 2018

__________________________________________ Professor orientador: Marcos Fernando Severo de Oliveira, Esp.

Universidade do Sul de Santa Catarina

__________________________________________ Professor avaliador: Orlando Flavio Silva, Esp.

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Dedico este trabalho aos colegas da acrobacia aérea e à minha família.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a minha família pela compreensão de minha ausência durante toda essa jornada acadêmica e por terem me dado a oportunidade de estudo, concluindo assim mais uma importante etapa da minha vida.

O presente trabalho é fruto de uma grande pesquisa, com trocas de idéias, onde várias pessoas tiveram seu lugar especial para que fosse concluído.

A todos os professores desta universidade, pois cada um foi essencial para que pudesse adquirir novos conhecimentos. Ao orientador Marcos Fernando Severo de Oliveira, por estar sempre presente e disposto a ajudar.

A todos colegas da acrobacia aérea, por cederem um tempo do seu dia para responder à pesquisa e contribuir para a melhoria dos campeonatos.

Em especial ao Marcos, por suportar tanto tempo longe e mesmo assim me ajudar no que era necessário.

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“I have to get my mind ready to go: When I fly it’s almost in a subconscious state – you practice technically, but you perform emotionally.” (GOULIAN, Mike, 2014)

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RESUMO

Esta pesquisa teve como objetivo geral analisar a visão dos pilotos competidores sobre o atual método de julgamento dos campeonatos de acrobacia aérea, buscando as possíveis causas relacionadas ao descontentamento e o porquê que elas ocorrem. Foi realizada uma pesquisa com diversos competidores e dela obteve-se dados essenciais sobre o desejo de mudança das avaliações. Caracteriza-se como pesquisa exploratória com procedimento bibliográfico e documental por meio de livros, reportagens, regulamentos e artigos. Muitas vezes, devido à falta de bibliografia nacional relacionada a esse assunto, recorreu-se a artigos e livros estrangeiros. A abordagem utilizada foi quantitativa. A análise dos dados deu-se por forma de gráficos, analisados de acordo com a fundamentação teórica. Por fim, concluiu-se que os competidores brasileiros não sentem segurança no julgamento apenas a olho nu. Através de pesquisas, ficou evidente o interesse dos pilotos no uso da tecnologia a para a acuracidade dos julgamentos. Recomendou-se futuras pesquisas sobre inovações no campo tecnológico para fins de uso nos campeonatos acrobáticos.

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ABSTRACT

The objective of this research was to analyze the view of competing riders on the current method of judging aerobatic championships, searching for possible causes related to discontent and why they occur. A survey was conducted with several competitors and it obtained essential data about the desire to change the evaluations. It is characterized as exploratory research with bibliographic and documentary procedure through books, reports, regulations and articles. Often, due to the lack of national bibliography related to this subject, foreign articles and books were used. The approach used was quantitative. The analysis of the data took the form of graphs, analyzed according to the theoretical basis. Finally, it was concluded that Brazilian competitors do not feel safe at the trial just with the naked eye. Through research, the interest of the pilots in the use of the technology was evident for the accuracy of the judgments. It is the suggestion of future research on innovations in the technological field for purposes of use in acrobatic championships.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Foto da aeronave Mehari ... 17 Figura 2 - Sequência antiga usada no primeiro campeonato mundial….20 Figura 3 - Exemplo de sequência(código Aresti)…………...…..… ……..23 Figura 4 - Exemplo de figuras do código Aresti………..……….24 Figura 5 - Ilustração da caixa acrobática…...………27

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Categoria que competiu...33 Gráfico 2 - Recebeu nota injusta no campeonato……….…………..34 Gráfico 3 - Já entrou com recurso………..……35 Gráfico 4 - Acreditam que o atual método de julgamento é justo….…....36 Gráfico 5 - Sentiu desvantagem em relação aos demais competidores..37 Gráfico 6 - O que gostaria de mudar no julgamento………..……..38 Gráfico 7 - Uso de tecnologia………..……….…39

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LISTA DE SIGLAS

CBA Comissão Brasileira de Acrobacia Aérea CIVA Comission Iternationale de Voltige Aérienne FAI Fédération Aéronautique Internationale IAC Internacional Aerobatic Club

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO……….12 1.1 PROBLEMAS DE PESQUISA………..13 1.2 OBJETIVOS………13 1.2.1 Objetivo Geral...13 1.2.2 Objetivos Específicos...15 1.3 JUSTIFICATIVA...15 1.4 METODOLOGIA...17

1.4.1 Natureza da pesquisa e Tipo da Pesquisa...17

1.4.2 Materiais e Métodos...18

1.4.3 Procedimentos de Coleta de Dados...19

1.4.4 Procedimentos da Análise de Dados...19

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO...19

2 REFERENCIAL TEÓRICO………20

2.1 EVOLUÇÃO DOS CAMPEONATOS DE ACROBÁTICOS……...……20

2.2 CÓDIGO ARESTI...21

2.2.1 Funcionamento do código Aresti...22

2.3 JUÍZES...25

2.4 REGRAS GERAIS...26

2.4.1 Dimensões da caixa acrobática...26

2.4.2 Critérios Gerais para Julgamento dos Voos...27

2.5 DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS COMPETIDORES...28

2.6 JULGAMENTO HUMANO...29

2.7 USO DE TECNOLOGIA SUGERIDO...29

2.8 VANTAGENS...30

2.8.1 Box a laser...30

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3.1 PESQUISA SOBRE A VISÃO DOS PILOTOS EM RELAÇÃO AO ATUAL

MÉTODO DE JULGAMENTO...32

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...39

REFERÊNCIAS...40

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1 INTRODUÇÃO

Dentro da grande ramificação da aviação e suas possíveis formas de utilização, está inserida a acrobacia aérea. Essa forma de voo, totalmente diferente de qualquer outra, encanta os olhos de quem assiste e desafia as leis da física. O voo é constituído de linhas verticais em 90º com a linha do horizonte, giros em torno do próprio eixo do avião, trajetórias circulares desenhadas no céu e parafusos. Todas essas manobras em conjunto com o uso de fumaça fazem os espectadores perderem o ar e admirarem a destreza do piloto.

Contudo, não é apenas com shows aéreos que a acrobacia aérea ganha sua fama. Existem as competições acrobáticas, que são consideradas como esporte e praticadas pelo mundo inteiro. Nessa categoria os pilotos são avaliados por juízes, a olho nu. Cada piloto voa uma sequência de manobras, minuciosamente treinada, onde a mínima falha já ocorre a perda de pontos.

Por ser um esporte de alta precisão, os pilotos de acrobacia aérea de competição praticam incessantemente diversas combinações de figuras (manobras), sendo observados e orientados do solo por um treinador – o qual comunica-se com o piloto através de rádio para informa-lo sobre as correções necessárias até atingir o nível de perfeição. O treinamento para uma competição pode levar muito tempo até alcançar um bom resultado, pois todas as falhas devem ser observadas pelo treinador e corrigidas pelo competidor.

O trabalho de um treinador não é nada fácil. Existem diversos tipos de alunos, cada um com sua personalidade e tempos diferentes de aprendizado. Entretanto, as dificuldades encontradas pelos competidores são as mesmas. Por conta da complexidade de ensino, o valor da hora com um bom treinador é muito alto, o que faz com que muitos aprendizes tentem desenvolver suas habilidades de forma autodidata.

Um treinamento monitorado por um profissional competente é garantia de segurança, tanto na execução da manobra – para garantir pontos na competição – como em relação a acidentes. Um bom treinador ficará atento, na medida do possível, a qualquer sinal de perigo durante as manobras, tais como: velocidade muito baixa, atitude da aeronave não correspondente a figura voada, razão de rolagem baixa (giro

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da aeronave em seu próprio eixo longitudinal em uma razão lenta, sem usar o batente do comando de aileron), etc. Ou seja, erros de atitude e razão de rolagem baixa, podem levar a um comportamento inesperado da aeronave colocando o aluno em uma situação desconhecida e por vezes perigosa. Dessa forma, poderá corrigir seu aluno exatamente na hora do acontecido.

Como o único meio de treinamento é a contratação de um treinador e paga-se um valor muito alto para isso, existe a opção do piloto depaga-senvolver-paga-se sozinho. Porém, o competidor encontrará dificuldades mais graves. Além de não saber como está o voo visto do solo, ainda terá de se auto corrigir e contar com a sorte no sentido de saber sair de possíveis atitudes anormais sozinho.

Temos cinco categorias de competição aérea, e segundo a FAI (Federation

Aeronautique Internacionale), as categorias que envolvem aeronaves motorizadas

são: Básica, Esporte, Intermediária, Avançada e Ilimitada (FAI, 2017, item 1.2.2). Sendo assim, há diversos níveis de conhecimento por parte dos pilotos (levando em consideração sua experiência na aviação). Com isso, o competidor pode tanto contratar um profissional para treiná-lo ou também se permite o treinamento autodidata para qualquer uma das categorias – porém, aumenta-se o risco de acidente para as categorias básica e esporte devido à pouca experiência de voo, e no restante das categorias pode-se imaginar que a probabilidade de acidente cresce proporcionalmente a auto confiança do piloto e manobras mais complexas.

Já na hora de demonstrar para os juízes a performance treinada, quem leva maior vantagem nas provas do campeonato é o aluno que pagou por um profissional na hora de treinar, ao invés daquele que treinou sozinho. Isso se deve ao fato de que houve uma opinião profissional vinda do solo e também a tendência de “halo” - tendência de nivelar o desempenho de uma pessoa por cima ou por baixo, devido a generalização de algum aspecto ( RIBAS; SALIM, 2013). O efeito de “halo” é comum nos campeonatos em relação a vários fatores, entre eles é levado em consideração o nome do treinador. Por exemplo, se o treinador em questão for um antigo competidor ou um instrutor com alunos bem reconhecidos pelos seus títulos ganhos, o aluno será avaliado com tendência de desempenho para cima.

Fora os diversos aspectos psicológicos que sofrem os juízes, ainda há questões fisiológicas que provocam uma desconfiança nos resultados. A paralaxe, mais conhecida popularmente em relação aos astros celestes, também está presente na distância entre a aeronave e o juiz durante um voo de competição. Segundo

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(SARAIVA; OLIVEIRA FILHO, 2018) “paralaxe é o deslocamento aparente na direção de um objeto observado devido a mudança de posição do observador”. Ou seja, dependendo da posição de um e outro juiz, pode haver discrepância na avaliação da figura.

Como solução, os órgãos reguladores desse esporte – CIVA (Comission

Iternationale de Voltige Aérienne) e a FAI (Fédération Aéronautique Internationale) –

criaram regras para padronizar a atividade (FAI Sporting Code, 2017). Dentro dessas regras, existe a possibilidade do piloto reivindicar sua nota final (FAI Sporting Code, 2017, item 3.13). Com base nessa informação, fica subentendido que um método de julgamento realmente efetivo não deixaria lacunas para dúvidas.

O instrutor e competidor Fred DeLacerda comenta em relação ao julgamento, “que não é o que o piloto faz, mas sim o que os juízes pensam que o piloto faz” (DELACERDA, 2001). O que gera uma sombra de dúvida sobre o sentimento dos competidores a respeito da confiança no julgamento.

Considerando a subjetividade dos atuais métodos de avaliação da acrobacia de competição, este projeto visa pesquisar sobre a satisfação dos pilotos de acrobacia aérea em relação ao presente modo de avaliação. Em conjunto com a pesquisa proposta, também irá buscar melhorias para sanar as dificuldades e possível descontentamento dos competidores em relação ao julgamento das acrobacias.

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

Quais circunstâncias retiram a objetividade dos resultados de competições aéreas acrobáticas?

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Adquirir conhecimento com o objetivo de simplificar, melhorar e trazer maior acuracidade tanto para treinamentos como para o julgamento da acrobacia aérea.

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1.2.2 Objetivos Específicos

Descrever sinteticamente a história da acrobacia aérea, como fundamento e entendimento da evolução do esporte.

Explicar as regras gerais dos campeonatos e suas aplicações, com ênfase no método de julgamento.

Apresentar as dificuldades enfrentadas por competidores. Criticar o atual método de julgamento.

Refletir sobre o emprego de tecnologia na acrobacia.

Elencar as vantagens do emprego da tecnologia no julgamento dos campeonatos de acrobacia aérea.

1.3 JUSTIFICATIVA

A acrobacia aérea teve início antes da I Grande Guerra, e nela se desenvolveu bastante em função da necessidade de criar manobras evasivas durantes os combates. Após seu fim, o grande contingente de pilotos e aviões possibilitou o surgimento de apresentações e shows aéreos, cujas manobras serviam para delírio e entretenimento do público. Até que a competição natural entre os pilotos levou à necessidade de estabelecimento de regras: logo, vieram os campeonatos.

O primeiro campeonato oficial de acrobacia aérea ocorreu em 1960, em Bratislava, na Tchecoslováquia: a partir do qual, mundialmente, o esporte tem sido regido pela “FAI – Internacional Air Sports Federation”. Já no Brasil, ela teve início nos anos 70.” (AEROMAGIA 2013).

Segundo a FAI, a acrobacia aérea pode ser classificada em dois grandes grupos: a de apresentação e a de competição. A primeira é aquela em que há maior proximidade com o público, onde o piloto apresenta uma série de manobras apenas para entretenimento, podendo recorrer ao improviso. Não é totalmente segura, pois há poucas regras – basicamente o bom senso do piloto.

Já a acrobacia de competição contém muitas regras e restrições; e, a elas são atribuídas notas pelos juízes. É considerada um esporte perfeitamente organizado - codificado com figuras catalogadas -, o que torna sua prática bastante segura. Entretanto, embora seguro, é de precisão e muito complexo: no sentido em que há influência de fatores externos como temperatura, pressão, umidade e vento; e onde

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perdem-se pontos a cada grau ou ângulo fora da atitude previamente estabelecida. Conforme pontua ANTAS (1979), “atitude” é a denominação genérica que se refere à situação ou orientação de uma aeronave, seja com respeito ao vento relativo ou em relação a um sistema de eixos fixos à Terra.

Para se ter uma pequena ideia dessa complexidade, um piloto pode sofrer descontos em suas notas devido a um looping deformado pelo vento, mesmo tendo ele realizando todos os comandos corretamente. Isso acontece pois, ao julgar, os juízes consideram somente a trajetória externa da aeronave - muitas vezes mal interpretada devido a paralaxe (diferenças na forma, profundidade e posição aparente de um objeto, quando visto de ângulos distintos).

O sistema de julgamento continua sem melhorias, ou seja, a interpretação visual do juiz. Ainda não há emprego de nenhum recurso técnico para auxiliar. Tudo é realizado a olho nu: um corpo de juízes avalia as figuras voadas pelos competidores, e após esta etapa é realizada uma média dessas notas para a classificação geral. Vencendo aquele que tiver maior percentual dos pontos totais cabíveis para a sequência.

Muitos anos de treinamento não são suficientes para que os juízes possam ser completamente justos, vez que há limitações fisiológicas até para perceber acuradamente a atitude da aeronave. Para se ter idéia da dificuldade de julgar uma figura, consideremos que a velocidade média de uma aeronave, durante uma sequência de competição, é de 300 km/h. Juntamente com a alta velocidade, existem aeronaves que têm uma razão de rolagem¹ maior que 400º/s (no âmbito nacional, o avião da categoria ilimitada desenvolvido pela UFMG, CEA 309 – Mehari) – como afirma Faria (2009). Nessas condições, facilmente se entende a precariedade da visão humana para avaliar as manobras .

________________

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Figura 1 – Foto da aeronave Mehari CEA-309, projetada na UFMG.

Fonte: Revista Sport Aviation, abril, 2010.

Dentro das regras estipuladas pela FAI – Sports code (FAI, 2010, item 3.2.1.0) em uma sequência de campeonato da categoria avançada, por exemplo, são realizadas 10 figuras pré determinadas. Cada figura tem suas variações e incrementos: o resultado final é uma sequência rica em detalhes, linhas, arcos e ângulos difíceis de julgar corretamente apenas pelo olhar.

Segundo o piloto competidor Dave Meade, em entrevista concedida a revista Gold Medal (1981), muitos competidores acrobáticos não se sentem seguros quanto ao método de julgamento. Durante os treinamentos são praticados todos os tipos de manobras, em diferentes condições climáticas. Os competidores aprendem a lidar com o meio externo, mas todo esse aprendizado se torna inócuo porque, não havendo auxilio tecnológico, não haverá precisão no julgamento nem maior rapidez quanto ao aprendizado. Noutros termos, tudo na acrobacia aérea de competição é bastante técnico, mas de nada vale se as avaliações são dependentes apenas do olhar humano.

1.4. METODOLOGIA

1.4.1. Natureza da Pesquisa e Tipo da Pesquisa

A presente pesquisa classifica-se como exploratória, recorrendo ao método bibliográfico e documental com abordagem quantitativa e procedimento de campo.

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A pesquisa documental, segundo Fonseca:

A pesquisa documental trilha os mesmos caminhos da pesquisa bibliográfica, não sendo fácil por vezes distingui-las. A pesquisa bibliográfica utiliza fontes constituídas por material já elaborado, constituído basicamente por livros e artigos científicos localizados em bibliotecas. A pesquisa documental recorre a fontes mais diversificadas e dispersas, sem tratamento analítico, tais como: tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais, cartas, filmes, fotografias, pinturas, tapeçarias, relatórios de empresas, vídeos de programas de televisão, etc. (FONSECA, 2002, p. 32).

Realizou-se uma pesquisa com integrantes da acrobacia aérea, mediante entrevista por questionário. A abordagem da pesquisa foi quantitativa. Consoante o ensinamento de Maria Cecília Minayo, “o modelo quantitativo busca analisar hipóteses prévias e métodos específicos de verificação, submetendo o fenômeno à experimentação” (Minayo, 2002).

1.4.2. Materiais e Métodos

Os dados coletados na pesquisa quantitativa foram analisados e foi realizada a sua representação gráfica através de gráficos.

O método utilizado foi dedutivo de abordagem. Os materiais analisados foram:

Bibliográficos: Livros que descrevem a história da acrobacia aérea, história da acrobacia de competição,

Documentais: Documentos diversos sobre regras gerais das competições de acrobacia aérea oferecem requisitos e padrões de procedimentos em relação ao tema proposto.

São eles:

Documentos da Fédération Aéronautique Internationale (FAI) / Comission

Internationale de Voltige Aérienne (CIVA);

Documentos da International Aerobatic Club (IAC);

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1.4.3. Procedimentos de Coleta de Dados

O procedimento da coleta de dados se deu por pesquisa bibliográfica e documental, recorrendo a coleta de dados, anotações e fichamento.

1.4.4. Procedimentos de Análise de Dados

O procedimento de análise de dados foi por meio de análise de conteúdo. Teve como base: livros físicos e virtuais, jornais e revistas. Também foi utilizada a análise por meio de leitura de documentos como relatórios, declarações e normas. Após análise, as informações foram agregadas à presente monografia. Para Bardin (2009), a análise de conteúdo, enquanto método, torna-se um conjunto de técnicas de análise das comunicações que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens.

1.5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

O capítulo 1 refere-se ao problema de pesquisa, objetivos, justificativa e os materiais e métodos utilizados na confecção desta pesquisa.

O capítulo 2 trata-se do referencial teórico, onde encontra-se a evolução dos campeonatos acrobáticos, juízes, regras gerais e explicativas referentes à acrobacia aérea, critérios gerais para julgamento dos voos, dificuldades encontradas por competidores, julgamento humano, uso de tecnologia sugerido e vantagens.

O capítulo 3 traz o desenvolvimento da exploração, onde são apresentados os resultados da pesquisa e clarificados através de gráficos.

O capítulo 4 apresenta a conclusão do trabalho, onde é proposto uma nova linha de pesquisa com base nas respostas verificadas no capítulo 3. Além de sintetizar a visão e o desejo dos pilotos referente ao modelo de julgamento atual.

Dado como encerrado, após, prosseguem as devidas referências utilizadas como base na construção desta monografia.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. EVOLUÇÃO DOS CAMPEONATOS ACROBÁTICOS

O primeiro campeonato que se tem registro ocorreu em 1960, em Bratislava, na Tchecoslováquia. Não existiam regras, nem catálogo de figuras. Existia apenas uma categoria chamada de “Freestyle”, onde executavam cerca de 30 figuras, previamente apresentadas (AEROMAGIA, 2013).

Figura 2 – Sequência antiga usada no primeiro campeonato Mundial

Fonte: Aeromagia, 2013

Era necessária uma explicação previa por parte dos pilotos aos juízes: nelas eles informariam quais movimentos pretendiam fazer, detalhando a posição dos comandos e velocidades. Tudo porque não se tinham os nomes das manobras e novos displays poderiam ser inventados. A solicitação era a de que os voos se dessem a uma altura não superior a 500 m, para que pudessem ser visualizadas as manobras. O critério de avaliação dos voos era somente impressionar os juízes. Não havia

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contagem de pontos, catálogo de figuras, padrão de ângulo de linhas e nem limites estruturais para as aeronaves (AEROMAGIA, 2013).

Como as evoluções aéreas estavam cada vez mais arriscadas e imprecisas (pois cada piloto queria tornar seu voo mais impressionante que o do seu concorrente – eram os stunts pilots), a FAI - Fédération Aéronautique International, criada em

1905, com o objetivo de governar e regularizar os esportes aéreos do mundo, viu por bem regulamentar esse novo esporte. Desde então iniciou-se uma busca constante por melhorias e padronização das competições. O que levou aos atuais limites de segurança, catálogo de figuras (Aresti), padronização de ângulo de linhas e critérios de julgamento (PENNER; PENNER, 2013).

2.2. CÓDIGO ARESTI

Conforme Tom Pobernezy, em seu artigo para o site da IAC (Internacional

Aerobatic Club), durante o ano de 1960, no primeiro Campeonato mundial de

acrobacia aérea estava presente o Coronel José Luiz de Aresti Aguirre. Neste mesmo ano, teve início a padronização dos desenhos que os pilotos utilizavam para ilustrar suas manobras, contando com a ajuda de José Aresti (o qual pertencia a CIVA). A uniformização dos esboços era necessária, pois havia grande dificuldade de compreender os rabiscos que exemplificavam as manobras. No entanto, antes de José Aresti, em 1956, um francês chamado Francois d’Huc Dressler começou a trabalhar em um formulário de manobras, porém em 1957, Francois infelizmente faleceu, dando fim a tentativa de uniformização (POBEREZNY, 2012).

A confecção do código de manobras foi então continuada por José, que utilizou também alguns dos desenhos criados pelo seu colega francês. O catálogo foi publicado em 1963, contendo 3.000 figuras juntamente com seus coeficientes de dificuldade e esteve em constante atualização até o dia de sua morte, em 18 de novembro de 2002. Em 1964 teve sua primeira utilização no Campeonato mundial.

Atualmente, o Sistema Aresti é mundialmente utilizado e aceito em campeonatos de acrobacia, show aéreos e até mesmo na aviação military (POBEREZNY, 2012).

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2.2.1 Funcionamento do código Aresti

O código Aresti apresenta as figuras através de pontos e linhas, de forma simples e altamente legível. Dessa forma, as figuras são desenhadas em um papel, na mesma ordem que o competidor voará a sequência. Para maior entendimento, as figuras são interpretadas desta seguinte forma:

-o voo positivo (voo normal) é um traço contínuo, e o voo invertido é pontilhado; -uma rotação (tunô) é uma flecha, ou uma fração de flecha;

-cada figura começa por um ponto e termina por um traço; -toda figura começa e termina na horizontal;

-parafusos são triângulos retângulos, e snap roll (manobra que consiste numa rolagem em torno do eixo longitudinal logo após uma perda de sustentação) é um triângulo isosceles;

-a direção do vento deve ser indicada no desenho, por setas contíguas na parte superior da sequência.

Os competidores utilizam o código Aresti para montar seus voos acrobáticos, repassar o que será feito no box ainda no solo antes de embarcar na aeronave (o piloto lê as manobras enquanto imagina que está de fato realizando o voo. Com auxílio das mãos e corpo, simula o movimento da aeronave) e também em shows aéreos. A sequência utilizando o código é como uma partitura musical, que guia o piloto através das manobras. Assim, diminui a chance de errar a ordem das figuras ou a figura por sí só.

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Figura 3 – Exemplo de sequência (código Aresti)

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Figura 4- Exemplo de figuras do código Aresti

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2.3 JUÍZES

Com a evolução das técnicas e dos campeonatos, houve também uma natural necessidade de se ter pessoas com discernimento para julgar as

apresentações – daí surgiram os juízes. Inicialmente não havia curso de preparação. Sabe-se que eram pessoas escolhidas sem critérios técnicos: apenas por serem ex- pilotos, organizadores de eventos, figuras públicas etc.

Conta-se, no folclore da aviação, que tanto os pilotos quanto os juízes começaram a se organizar e preparar melhor para os campeonatos. Assim, os mais experientes começaram a ensinar os mais novos na tentativa de padronizar os julgamentos. Fato que levou a criação de cursos de juízes. Mas, em que pese os critérios técnicos para o julgamento das manobras ensinados nos cursos, ao final das contas era a interpretação subjetiva do juiz que era levada em conta. Também o número de juízes por competição foi aumentando significamente com o objetivo de tornar as avaliações menos dependente de uma pessoa só. Tanto que para campeonatos mundiais e continentais, o corpo de juízes é formado por um juiz chefe com dois ou mais assistentes, e por juízes internacionais com seus respectivos assistentes. Considerando os dados contidos na FAI, para as categorias Ilimitada e Avançada, por exemplo, no mínimo 7 e no máximo 10 juízes internacionais são necessários. Para a Intermediária, no mínimo 5 e no máximo 7 juízes internacionais (FAI, 2010, item 1.3.2.1).

Atualmente, a escolha do juiz chefe é realizada pela CIVA (Comission

Internationale de Voltige Aerienne – Comissão Internacional de Acrobacia Aérea). Ele

deve estar na lista de juízes internacionais da FAI e ainda ter experiência prévia como juiz chefe em eventos de acrobacia aérea internacionais regidos pelas regras da FAI. É exigido também, que respondam a um questionário sobre critérios de julgamentos, regras e regulamentos sobre competição de aeronaves motorizadas e planadores – tudo elaborado e administrado pela CIVA. O mesmo valendo para os assistentes dos juízes (FAI, 2010, item 1.3.2).

A atribuição dos assistentes dos juízes é a de informar sobre detalhes específicos das figuras a serem voadas; a sequência e ordem de voo e outras características importantes. Registrar a nota dada pelo juiz para cada figura anotando na ficha de avaliação do competidor. Os assistentes serão aprovados pela CIVA e pelo comitê de julgamento (FAI, 2010, item 1.3.2.8).

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2.4 REGRAS GERAIS

O voo de competição de acrobacia está subdividido em duas classes: planadores e aviões. Dentro dessa classe, existe a divisão por categorias: básica, esporte, intermediária, avançada e ilimitada (FAI, 2010, item 1.2.2.2). Para cada categoria há uma diferenciação de altura mínima para a apresentação: a qual o competidor deverá respeitar sob pena de ser penalizado, segundo a CIVA.

2.4.1 Dimensões da Caixa Acrobática (box)

A FAI define a caixa acrobática como um espaço aéreo sobre a vertical da pista de pouso, na forma de um cubo - com arestas de 1.000 metros (FAI , 2010, item 3.3.1.1). Seus limites são marcados no solo, como uma projeção planificada em forma quadrada, utilizando-se de painéis de madeira ou apenas pintados, de tal sorte que possam ser visivelmente identificados pelos pilotos. As alturas do box variam conforme a categoria: na Básica e na Esporte, deve ter 1000 x 1000 de dimensão lateral, 500 metros de limite inferior e 1.100 metros de limite superior (FAI, 2010, item 3.3.1.1).

Na Intermediária, 1000 x 1000 de dimensão lateral, 400 metros de limite inferior e 1.100 metros de limite superior. Avançada, 1000 x 1000 lateralmente, 300 metros de limite inferior e 1.100 metros de limite superior. Por fim, na categoria Ilimitada deve ter 1000 x 1000, 100 metros de limite inferior e 1000 metros de limite superior (FAI, 2010, item 3.8.1.1).

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Figura 5 – Ilustração da caixa acrobática

Fonte: FAI Sporting Code, item 4.7 (2017)

2.4.2 Critérios Gerais para Julgamento dos Voos

Nas competições aéreas, a FAI afirma que os pilotos são obrigados a voar uma sequência de figuras pré estabelecidas por eles criadas e/ou pela organização (FAI, 2010, item 2.3.1.4). Os juízes terão em suas mesas uma cópia dessas sequências para acompanhar os voos como uma partitura em que o músico segue as notas musicais descritas (FAI, 2010, item 4.1.2). As notas serão dadas pelos juízes segundo critérios formais objetivos: linhas horizontais e verticais, arcos de loops, posicionamento e comprimento das figuras, entre outros. As variações na forma e execução de tais figuras é que serão julgadas por eles (FAI, 2010, item 4.1.4).

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A FAI estabelece que o critério básico é o de que para cada 5º que o piloto esteja fora do correto há uma penalidade de 1 ponto. Para os arcos de loop, cada setor de 45º da circunferência que esteja irregular a penalidade será de meio ponto. Há figuras em que o julgamento será feito conforme a variação do centro de gravidade (CG) da aeronave, em outras o que contará será a atitude. Linhas desproporcionais em tamanho também estão sujeitas a penalidades. Portanto, durante a competição, o piloto deve manter o posicionamento e a atitude (nos três eixos) da aeronave sempre em conformidade com o que está descrito na manobra e na sequência das figuras para o voo a ser julgado (FAI, 2010, item 4.4.1).

Quanto aos limites do box acrobático, haverá também penalizações quando o piloto excedê-los em seus voos. Há previsão inclusive de zerar toda a sequência por ter infringido a altura mínima de voo (FAI, 2010, item 4.3.5).

2.5 DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS COMPETIDORES

A acrobacia aérea, diferentemente de outros esportes, requer muita atenção e cuidado com a segurança. Os pilotos de acrobacia aérea devem estar atentos a diversos fatores durante um voo, tais como altura, velocidade, atitude, parâmetros do motor, contagem de tempo, etc. Cada segundo é uma compilação de novas informações, nunca diminuindo sua carga de trabalho. Desta forma, uma das principais dificuldades que um acrobata encontra é a falta de dados sólidos para servir de base de correção de seus voos.

O treinamento atualmente usado de acrobacia consiste na técnica de

coaching – quando o treinador visualiza do solo o desempenho do piloto e intervém

nas manobras por meio de rádio, usando a visão e a fala para corrigir ou melhorar as técnicas do seu aluno. Este método apesar de bom, ainda pode demandar muito tempo e dinheiro até que o piloto possa entender o que deve ser feito.

O piloto de linha aérea e também campeão de acrobacia, Dave Meade, certa vez comentou em uma revista sobre a dificuldade de competir apenas confiando na visão humana, disse ainda que os juízes visualizavam os aviões como pequenas manchas no céu. (Gold Medal,1981).

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29

2.6 JULGAMENTO HUMANO

De forma complexa, toda informação captada pelos olhos é enviada ao cérebro que a torna clara e racional. Dessa forma o ser humano consegue visualizar os objetos e entendê-los em sua forma. Entretanto, se houver pouca luminosidade, clareza, ou outras condições que prejudiquem o processo de captação dessa imagem, o efeito será uma desconformidade entre o real e o racional: a figura não é o que parece ser.

Como durante uma sequência de voo acrobático a aeronave movimenta-se por vários setores do box (por várias vezes podendo estar longe), não há como negar a dificuldade de os juízes avaliarem a qualidade da manobra. Entre os diversos problemas para a visão, o efeito paralaxe pode ser um dos que mais contribuem para um erro de julgamento. Segundo Oliveira Filho e Saraiva (2018) “paralaxe é o deslocamento aparente na direção de um objeto observado devido a mudança de posição do observador”. Logo, a visão humana não é totalmente confiável para esses fins.

Questões psicológicas e emocionais (efeito halo) também podem levar a erros. O simples fato de saber quem é o competidor, ou a aeronave, poderá induzir o juiz a conceder uma nota mais alta ou baixa para aquele piloto. Sendo assim, não é possível que o ser humano seja neutro em seus julgamentos. Ainda que existam programas atuais (como o fair play system - FPS) que procuram minimizar essas distorções (FAI, 2018).

2.7 USO DE TECNOLOGIA SUGERIDO

Em 2016, iniciou-se um projeto na Poznan University of Technology, o qual investiga o atual programa empregado nas competições de acrobacia aérea enquanto desenvolve um software de avaliação autônoma. A principal ideia é confirmar ou rejeitar a tese de que os erros que ocorrem atualmente modificam de fato o resultado final dos competidores, levando a uma série de protestos. O objetivo do sistema independente é de melhorar o atual método de avaliação dos voos acrobáticos (LINKA; WRÓBLEWSKA, 2017).

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Outra ferramenta criada para melhorar a qualidade e a credibilidade dos julgamentos é o AeroSafetyShow Demonstrator + PL (ASSD+PL). Desenvolvido e financiado pela União europeia. Que consiste basicamente em uma supervisão inteligente em tempo real das operações e segurança de voo, tanto para a acrobacia quanto para a aviação geral. Durante os três anos de duração do projeto, pilotos de acrobacia do Zelazny Group, desenvolveram em parceria com a Poznan University of

Technology, um software o qual envia informações dos parâmetros de voo em tempo

real, onde pode ser acessado em computadores e monitorado por um controlador. Nesse programa, há a possibilidade de intervenção no voo por parte do controlador

(LINKA; WRÓBLEWSKA, 2017).

2.8 VANTAGENS

O emprego do sistema ASSD+PL poderá tornar a competição mais justa, livre de erros humanos e totalmente confiável. Do ponto de vista do competidor, a avaliação será mais segura e transparente. Não haverá interferência humana durante o processo de julgamento, eliminando os efeitos emocionais e fisiológicos sobre as notas. Os ângulos e linhas serão medidos por meio computadorizado; dessa forma, a nota será atribuída de forma mecânica e indiferente.

A eficiência dos treinamentos acrobáticos será aumentada, diminuindo o tempo de aprendizado, tendo em vista que o instrutor poderá focar exatamente nos erros do aluno e trabalhá-los com maior precisão.

O principal benefício que este método trará é a transparência. Por conseguinte, as competições acrobáticas atrairão mais competidores para testar suas habilidades. Empresas poderão investir mais, pois os resultados serão completamente isentos de tendências. Também os próprios pilotos poderão investir mais em seus treinamentos, tornando a acrobacia de competição um esporte mais atrativo e com maior validade e eficácia.

2.8.1- Box a Laser

Ainda não se tem registro de uma tecnologia que empregue o uso seguro e controlado de laser para marcação da caixa acrobática. A ideia de melhoria de

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31

julgamento é constituída de uma delimitação do box verticalmente e horizontalmente com medidas exatamente iguais as exigidas pela CIVA atualmente. Dessa forma, as infrações parciais ou totais dos limites do box seriam facilmente registradas – não havendo dúvidas sobre elas.

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3 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS

3.1 PESQUISA SOBRE A VISÃO DOS PILOTOS EM RELAÇÃO AO ATUAL MÉTODO DE JULGAMENTO

A partir da escassez de material referente a este assunto, foi desejável realizar uma pesquisa com pilotos competidores. Foram entrevistados doze acrobatas brasileiros, com diferentes níveis de experiência dentro dessa ramificação da aviação. As entrevistas foram realizadas via internet e os dados pessoais capazes de identificar os entrevistados foram protegidos.

Com a pesquisa, percebeu-se que os pilotos brasileiros encontram certas dúvidas quanto a veracidade de suas notas e gostariam de alterar o método de julgamento atualmente utilizado. Em sua maioria, apreciariam o uso de câmeras que pudessem filmar tanto de dentro da aeronave como de fora. Outros têm a preferência por computadores para a supervisão do voo. Alguns competidores não responderam, assim como houveram os que não gostariam de mudar nada. Com o estudo do questionário, constatou-se que alguns dos que obtiveram vitórias nos campeonatos foram opostos a mudanças no julgamento.

Notavelmente, em resumo, os competidores acreditam que o sistema de avaliação não é realizado de forma justa, inclusive afirmando que suas notas alguma vez foram injustas. Porém, a grande parte dos pilotos nunca recorreu a favor da sua nota. Inclusive, oito entrevistados acreditam que ficaram em desvantagem aos demais competidores devido ao equipamento voado e por erro de tendência dos juízes.

Outro fator importante percebido nas entrevistas, é que a maioria dos pilotos entrevistados compete nas categorias básica e esporte, diminuindo o número de competidores à medida em que se eleva a categoria. Abaixo seguem os gráficos que ilustram as constatações realizadas acima.

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33

Gráfico 1- Categoria que competiu

Fonte: Pesquisa realizada pela autora

Grande parte dos entrevistados competiram nas primeiras categorias: básica e esporte. O restante dos competidores disputavam por títulos mais complexos, como avançada e ilimitada. Visto que no Brasil a acrobacia aérea encontra dificuldades para tornar-se um esporte mais acessível (devido aos altos valores que cercam a aviação, por exemplo: combustível, valor de manutenção de aeronaves, preço da aeronave e treinamento especializado), muitos competidores contentam-se em disputar apenas nas categorias iniciais. Por outro lado, pilotos que conseguem manter os gastos com o esporte, por vezes desistem de competir devido aos fatores relacionados com questões humanas, os erros de julgamento, por exemplo.

Vê-se, pois, que para alguns competidores a acrobacia aérea brasileira, nos moldes atuais torna-se um esporte cuja finalidade é o divertimento dos pilotos, sem ter em vista o crescimento pessoal de suas habilidades para competir em categorias mais complexas. Como fator decisivo para o incentivo dos pilotos entra, então, a confiabilidade no processo de avaliação.

Categoria que competiu

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Gráfico 2- Recebeu nota injusta em Campeonato

Fonte: Pesquisa realizada pela autora

Quase a metade dos competidores receberam alguma nota considerada injusta.

Durante o voo, o piloto consegue distinguir alguns de seus erros durante a figura. Porém, quando as notas são recebidas, pode haver alguma discrepância tanto entre as notas dadas entre os juízes como também em relação a visão do piloto de dentro da aeronave. Ou seja, entre os juízes podem haver diversas notas entre 8,0 e 9,0 e apenas um juíz atribuir nota 6,0.

A nota injusta muitas vezes é dada quando há prejulgamento do juiz quanto ao tipo de aeronave voada ou quando se tem alguma grau de parentesco, amizade ou inimizade com o competidor.

Assim, os erros humanos ficam evidentes quando de fato os competidores recebem notas que não estão condizentes com voo efetuado durante a competição.

6

7 2

Recebeu nota injusta em

campeonato

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35

Gráfico 3- Já entrou com recurso

Fonte: Pesquisa realizada pela autora

Embora, no gráfico anterior grande parte tenha recebido alguma nota injusta, constatamos que 73,3% dos competidores nunca entraram com recurso para averiguar a avaliação recebida pelo júri.

Pelas regras do campeonato, caso o competidor sinta-se injustiçado com sua nota, poderá pedir recurso para reavaliação de suas notas. Porém, munindo-se de um sistema onde não há como provar por meio da tecnologia os erros e acertos cometidos durante o voo, não existe razão para pedir recurso. No Brasil não há método algum de monitoramento dos voos, depende-se apenas do olhar humano.

Levando em consideração o erro de julgamento humano como causador das notas desfavoráveis e injustas, é inevitável o desinteresse do competidor em recorrer utilizando-se dos próprios juizes que concederam a nota baixa como reavaliadores. Caso o piloto venha a pedir recurso, não haverão provas concretas de seu voo, e então, sua ficha de avaliação será encaminhada para o juiz chefe o qual poderá ou não concordar com a nota, apenas relembrando do voo do competidor. Afetando assim, a credibilidade da reavaliação.

1

11 3

Já entrou com recurso

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Gráfico 4- Acreditam que o atual método de julgamento é justo

Fonte: Pesquisa realizada pela autora

A maior parte dos competidores, concluiu que o método utilizado para julgar as figuras dos campeonatos não é justo. Essa afirmação vem da falta de confiança que os competidores sentem em relação às suas notas e a falta de credibilidade caso necessitem abrir um recurso para a nota recebida.

Devido aos erros de julgamento humano e a falta de captação de imagens dos voos como prova de seu desempenho, os competidores são levados a acreditar que a manipulação de notas pelos juízes é real e não há como obter a avaliação verdadeira de sua performance, levando alguns dos pilotos a encararem a competição como uma atividade social e também, a não se manterem no esporte de forma profissional.

4

11

Acreditam que o atual método de

julgamento é justo

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37

Gráfico 5- Sentiu desvantagem em relação aos demais competidores

Fonte: Pesquisa realizada pela autora

Sobre desvantagens em relação a outros competidores, os entrevistados tiveram suas idéias divididas. Alguns acreditam que sofreram desigualdade pelo tipo da aeronave voada (por ser um equipamento de menor performance). Outros afirmam ter sofrido com as tendências pessoais dos juízes (tendência de halo sobre outro competidor).

Assim, levando em consideração a desvantagem por equipamento, alguns pilotos sequer se interessam em competir devido ao tipo de aeronave que voam ou pilotos que já voaram e receberam notas injustas, nunca mais procuram competir. Cada aeronave tem uma performance diferente, o que leva um juiz despreparado atribuir uma nota inferior ou superior ao que realmente deveria ser.

Sentiu desvantagem em relação aos

demais competidores

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Gráfico 6- O que gostaria de mudar no julgamento

Fonte: Pesquisa realizada pela autora

Entre as mudanças mais desejadas estão: o uso de computadores, filmagens e por último juízes internacionais. Essas mudanças levariam mais confiança ao processo de avaliação dos campeonatos e também aos possíveis recursos, pois utilizando a tecnologia para avaliar os voos, aumentaria a credibilidade das notas e diminuiria a quantidade de recursos.

Os pilotos brasileiros acreditam ainda que os juízes internacionais seriam mais uma ajuda a fim de melhorar o rendimento das avaliações, pois supostamente são mais treinados para distinguir erros do que os juízes brasileiros. Além do melhor treinamento recebido na formação de juízes, não haveria a possibilidade de erro devido ao fator emocional (erro de halo, por exemplo), uma vez que não haveria nenhum laço familiar ou de amizade com os pilotos brasileiros.

Assim sendo, os competidores que não se sentem a vontade em medir sua performance por intermédio humano, procurariam mais os campeonatos devido ao aumento de confiança causado pelo uso da tecnologia.

O que gostaria de mudar no

julgamento

Uso de filmagens

Uso de computadores no julgamento Juízes internacionais

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39

Gráfico 7: Uso de tecnologia

Fonte: Pesquisa realizada pela autora

O uso da tecnologia nas competições de acrobacia aérea é desejado por 80% dos entrevistados.

Conforme os resultados obtidos com a pesquisa, a sugestão para interessados no assunto é de continuar a pesquisa, em busca de novas tecnologias no setor da acrobacia. Existem inúmeras formas de se obter dados da aeronave e localização da mesma durante a sequência acrobática. A proposta seria estudar os diferentes tipos de radares, GPS, tecnologia LIDAR (Light Detecting and Ranging) ou até mesmo sistemas de navegação inercial que possam ser úteis quanto a aferição da posição da aeronave quanto aos limites do box acrobático.

1

12 1

1

Uso de tecnologia

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que há dúvidas sobre a acuracidade do olhar humano para fins de julgamento. Além disso, ainda há fatores psicológicos e emocionais que insistem em permanecer na mente humana, mesmo quando há treinamento para que a avaliação seja neutra. Com os estudos realizados, ficou claro que a dúvida em relação a avaliação recebida em campeonatos e em treinamentos sempre foi um problema de fato, visto que já houveram competidores e técnicos que tentaram criar um sistema que neutralizasse as tendências humanas. Também, o interesse dos pilotos em competições acrobáticas vem diminuindo, ficando clara a sua ligação com o método de julgamento e o fator humano dos juízes.

O estudo limita-se a analisar a situação que os competidores de acrobacia aérea enfrentam no que se diz respeito ao julgamento de suas manobras. A pesquisa apresenta ausência de dados quanto a totalidade de pilotos de acrobacia aérea, pois a habilitação de piloto acrobata não é necessária no Brasil, afetando a representatividade da amostra.

Estando nítido o descontentamento dos competidores e o desejo de mudanças nas avaliações, sugere-se uma nova linha de pesquisa com base em tecnologias que possam ser empregadas para mitigar o problema encontrado e atrair mais pilotos para esse esporte.

(43)

41

REFERÊNCIAS

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APÊNDICE A - Questionário de Pesquisa

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1. Há quanto tempo é piloto acrobático(a)? -20 anos -Desde 1993 -5 anos -15 anos -6 anos -3 anos -5 anos -18 meses -1 ano -A 28 anos -3 ano -4 anos -39 anos -30 anos

2. Quantas competições acrobáticas você já participou? -Como competidor, três. -1 infelizmente. -5 -10 -5 -2 -3 -1 -0 -Três 3 -Nenhum -1

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-Com certeza mais de 50 ( desde o início da Acro) , quando não voava ficava de juiz -14

3. Qual/quais categorias em que competiu? -Avançada e Ilimitada

-Básica

-Básica Esporte e Intermediária -Básica s Sportsman -Sportsman, intermediária -Basica/ tradicional -Sportman -Básica -Iniciarei na basica -Básica e Sporte -Nada -Basica

-Esporte, intermediária E avançada -Basica, Esporte e Intermediária

4. Ganhou algum campeonato? Qual categoria? -Avançada em primeiro e Ilimitada, vice

-Não ainda .

-Campeão intermediária 2018

-2006 - etapa de Paranavai - 1o Lugar nã Sportsman

-Segundo intermediária com medalha d ouro na free known, medalha de ouro sportsman e 4 e 2 lugar geral

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47

-Não

-5 lugar Básica -0

-Terceiro na básica , 5 na sporte -Nada

-Nao

-Esporte , intermediária E avançada -1 - Esporte e 1 - Basica

5. Alguma vez já entrou com recurso por não concordar com o resultado/nota? Justifique.

-Nao.

-Não.

-Sim, todo os juízes com exceção de um viram a manobra e o único que não a viu me deu Hard Zero.

-Não -Nao -Nao -Nao -Nao -0 -Não -Nada -Nao -Não -Não

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6. Já se sentiu em desvantagem em relação aos demais competidores? Justifique.

-Sim. Tendências dos juízes. -Talvez ...pelo equipamento . -Não

-Sim! Quando não houve isonomia dos julgadores e clara tendência a distorção de julgamento.

-Nao -Nao

-Sim, na minha opinião os juízes são completamente despreparados, com exceções de pilotos experientes de acrobacia, exemplo em um dos campeonatos a namorada de um competidor era juíza e nem se quer era piloto, e tem tb as " panelinhas " -Nao

-Acredito q a performace do aviao influencia na beleza do voo tbm, talvez essa seria uma desvantagem quanto alo modelo do aviao tbm...

-Nunca

-Sim, não tem prepare -Nao

-já vi muito " bairrismo” -Não

7. Alguma vez achou que recebeu uma nota de forma injusta? Justifique. -Sim. Notas diametralmente opostas

-As notas foram bem diferentes . -Não

-Sim! Mesmas manobras com erros semelhantes tiveram nota muito diferentes entre os competidores.

-Nao -Nao

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49

-Sim, varias vezes, a diferença de notas de juízes são muito difere os valores -Não

-0 -Não -Nao -Nao

-Várias, juízes mal preparados

-Sim. Mas o programa Fairplay corrigiu a distorção. Eliminando a nota injusta não mudaria o resultado final.

8. Você acredita que o modelo atual de julgamento nos campeonatos de acrobacia aérea são justos? Justifique.

-Não é justo. Há muita subjetividades

-Não concordo, pois prevalece com vantagem, quem tem mais amigos julgando, acho que não pode julgar os próprios amigos, é óbvio que daria uma nota melhor para seu amigo

-Não. -Sim

-Acho que são muito suscetíveis a erros de halo, erros de padrão e outras distorções que prejudicam a qualidade da competição.

-Sim, os programas e o treinamento dos juízes tem melhorado

-No modelo, sim, mas nao nos juizes, ha uma luta pra que a qualidade deles aumente, mas ainda estamos longe do ideal

-Não, GoPro especially low line

-Nao! Acredito que teria que ser filmado.

-Quando é feita por Juizes entra a Tal “viés do julgador” qual pode ter alguma influencia direta no resultado... acredito que pode sofrer alteracoes no resultado... -Acho que no Brasil existe uma falta muito grande de juízes, é necessário realizar mais cursos de formação de juízes principalmente nos estados do Sul, além de que os juízes atualmente só tem praticamente uma vez por ano para atuarem e terem

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experiência real de julgamento, é necessário realizar mais treinamentos coletivos de voou com acompanhamento de juízes para que estes consigam adquirir experiência real além de que é necessário também realizar competições regionais para

aumentar a atuação dos juízes e pilotos. -Sim

-Acredito que podem melhorar.

-Depende da formação e idoneidade dos juízes. Sempre foi muito subjetivo -Sim

9. O que você gostaria de mudar no método de julgamento? -Que não estivesse nas mãos dos juízes. E sim de “computadores”

-Que os voos fossem filmados, é julgado por proficionais, de fora, que. focem contratados. Talvez no exterior

-Tecnologia através de filmagens além é claro , do juiz. -Não

-Gostaria que o processo de julgamento tivesse menor influência humana e fosse mais “automatizado”, diminuindo os erros de julgamento.

Nada

-Aumentar a imparcialidade

-Juizes capacitAdos e internacional -Colocaria câmeras a bordo.

-Filmagem e avaliacao coletiva caso seja muito parecido as notas apresentadas -Algumas distorções nos fatores K das manobras

-Nao

-Não tenho uma opinião formada sobre isso.

-Seja qual for o método sempre vai depender de interpretações pessoais -No momento atual, incentivar os cursos de formação e de reciclagem

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51

10. Acredita que o uso da tecnologia irá favorecer o voo dos competidores? Justifique

-Muito. As notas serão mais técnicas e não sujeitas a interesses próprios ou erros humano

-Acredito, está forma antiga acho furada, tem que ter uma forma mais séria em todo mundo

-Com certeza ! Ex: sol prejudica a visão dos juízes.

-Sim porém muita cautela pois a tecnologia gera muitas limitações. -Sim, pois reduzirá a influência dos erros humanos nos resultados.

-Nao, só vai gerar mais motivos pra contestar resultados. Já foi testado e não teve boa aceitação

-Sao duas vertentes, uma veze que voamos para os juixes, nem sempre colocamos os angulos corretos, fazemos sim eles parecerem corretos, se tivessemos telemetria, teriamos que modificar a forma de voar, acredito que seria mais justo e menos

subjetivo, mas acho qur a uniao das formas, nao sao uma boa. -Sim, vide acima.

-Sim

-Sem duvida... evitaria favoritismo (pre julgamento por conhecimento anterior) e seria mais preciso nos detalhes das manobras

-Sim deixaria muito mais preciso e imparcial o julgamento, tipo telemetria Optica e digital

-Acredito que sim, porém não sei exatamente como. -Com certeza

-Acredito que sim. Com uso de rastreadores eliminarianos os juizes de linha e teriamos maior precisão nas lows.

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