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Influência do exercício físico no condicionamento de indivíduos com transtorno mental

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Academic year: 2021

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INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO FISICO NO CONDICIONAMENTO DE INDIVIDUOS COM TRANSTORNO MENTALI

INFLUENCE OF PHYSICAL EXERCISE ON THE CONDITIONING OF INDIVIDUALS WITH MENTAL DISORDER

Cinthia Garcia MachadoII Carolina Barbosa da SilvaIII

Resumo: No século XVIII a humanidade acreditava que o conceito de transtorno mental é

estabelecido como a perda da autonomia psicológica. As pessoas com transtornos mentais têm baixos níveis de motivação. O exercício físico pode contribuir na promoção e na manutenção da saúde e pode ser utilizado como ferramenta para estimular a melhora das capacidades físicas. Partindo desse conceito, o objetivo geral desse estudo foi avaliar a influência da prática do exercício físico no condicionamento de indivíduos com transtorno mental. Quanto aos objetivos específicos, conhecer o perfil dos adeptos de um projeto universitário dedicado em promover ações do tratamento em saúde mental; analisara motivação dos participantes desse projeto em praticar o exercício físico e identificar o nível de satisfação. A amostra foi composta por 10 indivíduos com transtorno mental, sendo 07 mulheres e 03 homens, com média de idade de 43,1 anos. Os instrumentos utilizados foram a realização de 06 intervenções de exercícios físicos, durante 06 semanas e a aplicação de um questionário para avaliar a motivação após as intervenções. O método utilizado para avaliar o condicionamento físico antes e após as intervenções foram o teste de flexibilidade sentar e alcançar e o teste de força abdominal. Os resultados encontrados possibilitam a conclusão que a prática de exercício físico influência positivamente na melhora do condicionamento físico de indivíduos com transtorno mental.

Palavras-chave: Condicionamento Físico. Exercício Físico. Transtorno Mental.

Abstract: In the eighteenth century mankind believed that the concept of mental disorder is

established as the loss of psychological autonomy. People with mental disorders have low levels of motivation. Exercise can contribute to health promotion and maintenance and can be used as a tool to stimulate the improvement of physical abilities. Based on this concept, the general objective of this study was to evaluate the influence of physical exercise on the conditioning of individuals with mental disorders. As for the specific objectives, know the profile of supporters of a university project dedicated to promoting actions of treatment in mental health; analyzed the motivation of the participants of this project to practice physical exercise and identify the level of satisfaction. The sample consisted of 10 individuals with mental disorder, 07 women and 03 men, with a mean age of 43.1 years. The instruments used were the accomplishment of 06 physical exercise interventions, during 06 weeks and the application of a questionnaire to evaluate the motivation after the interventions. The method I Artigo apresentado como requisito parcial para a conclusão do curso de Graduação em Educação Física da

Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. 2019.

II Acadêmico do curso de Educação Física da Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul. E-mail:

cinthiagmachado2008@hotmail.com.

IIIMestre em Educação – Universidade do Sul de Santa Catarina. Professora Carolina Barbosa da Silva. Titular

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used to assess physical fitness before and after the interventions was the sit and reach flexibility test and the abdominal strength test. The results allow the conclusion that the practice of physical exercise positively influences the physical fitness improvement of individuals with mental disorder.

Keywords: Physical Conditioning. Physical Exercise. Mental Disorder.

1 INTRODUÇÃO

Transtornos mentais são definidos em relação a normas e valores culturais, sociais e familiares, como uma síndrome caracterizada por perturbação clinicamente significativa na cognição, na regulação emocional ou no comportamento de um indivíduo que reflete uma disfunção nos processos psicológicos, biológicos ou de desenvolvimento subjacentes ao funcionamento mental. A cultura proporciona estruturas de interpretação que moldam a experiência e a expressão de sintomas, sinais e comportamentos que são os critérios para o diagnóstico. Estão frequentemente associados a sofrimento ou incapacidade significativos que afetam atividades sociais, profissionais ou outras atividades importantes. (ASSOCISTION AMERICAN PSYCHISTRIC, 2014)

Os transtornos psicóticos incluem esquizofrenia, outros transtornos psicóticos e transtorno da personalidade esquizotípica. Esses transtornos são definidos por anormalidades em um ou mais dos cinco domínios a seguir: delírios, alucinações, pensamento e discurso desorganizado, comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal (incluindo

catatonia) e sintomas negativos. (ASSOCISTION AMERICAN PSYCHISTRIC, 2014)

No decorrer da história da humanidade, o conceito de loucura era caracterizado como a perda da autonomia psicológica. (PESSOTTI, 1999). No entanto, no século XVIII, é estabelecida a concepção de doença mental para o fenômeno. (FOUCAULT; PELBART; FRAYZE-PEREIRA, 2005) A loucura tornou-se, então, objeto da Medicina, e as práticas manicomiais, caracterizadas pelas internações de longa permanência em instituições psiquiátricas, foram perpetuadas como principal forma de tratamento. Essa conjuntura representou uma opressão à experiência humana fundamental, corroborando para práticas violentas. (FOUCAULT, 2005)

No contexto da Revolução Francesa, cujo lema era “Liberdade, Igualdade e

Fraternidade”, o alienismo sugeria uma solução possível para a civilidade e direitos políticos dos alienados, que por sua própria condição, não poderiam gozar igualmente de sua cidadania, mas, para não ser contraditório ao pressuposto dos conceitos de liberdade, igualdade e fraternidade, não poderiam ser simplesmente excluídos. Assim, o asilo passou a ser o local da

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cura da Razão e da Liberdade, da condição precípua de o alienado tornar-se sujeito de direito (NUNES; JUCÁ; VALENTIM, 2007).

O lema da revolução Francesa impactou de forma significativa para a nova conduta mundial no tratamento de pessoas com doença mental e, isto fez com que estas concepções alienistas fossem seguidas na maior parte da cultura ocidental. O asilo psiquiátrico tornou-se obrigatório para todos os considerados loucos, portanto, desprovidos da Razão, desvairados, dementes. O asilo, lugar da liberação dos alienados, transformou-se no maior e mais violento espaço da exclusão, de sonegação e mortificação das subjetividades dessas pessoas (AMARANTE, 2005).

No Brasil, as internações psiquiátricas foram adotadas como principal forma de tratamento em saúde mental até a publicação da Lei 10.216/01, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais, propondo a substituição do modelo manicomial pelo psicossocial. Dados do Ministério da Saúde apontam que até 2001 existiam 52.962 leitos distribuídos em 246 hospitais psiquiátricos no país. Contudo, inspirada na experiência italiana de desinstitucionalização, a nova Política Nacional de Saúde Mental legitimou o processo de substituição dos leitos pelos Centros de Atenção Psicossocial - CAPS. (BRASIL, 2005)

Como característica principal, os CAPS buscam integrar os usuários a um ambiente social e cultural concreto. Designa-se território o espaço da cidade onde se desenvolve a vida cotidiana de usuários e familiares que recebem a atenção psicossocial. A condução do cuidado ocorre por meio do Projeto Terapêutico Singular (PTS), composto nas discussões da equipe e acompanhado por um profissional, o Técnico de Referência (TR). (BRASIL, 2005). O CAPS é um serviço de saúde aberto e comunitário do SUS, local de referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e persistentes e demais quadros que precisam ter uma atenção diária e promotora da vida.

Saúde mental é definida como um estado de bem-estar em que cada indivíduo percebe o seu potencial consegue lidar com as tensões normais da vida, pode trabalhar de forma produtiva, e é capaz de dar um contributo a si mesmo ou à sua comunidade (SAÚDE, 2011). As pessoas com transtornos mentais têm baixos níveis de motivação e de energia e estes sintomas promovem a redução da capacidade para manter uma alimentação saudável e atividade física regular. (Manson, 2002; Hu, 2001).

A idéia de avaliar a atividade física em uma população é baseada no desejo de determinar o estado de atividade atual da mesma e verificar se ela está de acordo com os critérios apropriados para uma boa saúde e desenvolvimento. (Welk, Corbin& Dale, 2000 e

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Docherty, 1996)

A atividade física pode contribuir na promoção e na manutenção da saúde. Deve ser utilizada como ferramenta para estimular a socialização e possa contemplar a eficiência que se proporciona na assistência às pessoas com transtornos mentais. O exercício físico poderá possibilitar a redução da ansiedade e depressão, melhorarem a auto-estima, aumentar o vigor, melhor a sensação de bem-estar, melhorar o humor, aumentar a capacidade de lidar com os fatores psicossociais de stress e diminuir os estados de tensão. (GODOY, 2002)

Sendo assim, o objetivo geral desse estudo foi avaliar a influência da prática do exercício físico no condicionamento de indivíduos com transtorno mental. Quanto aos objetivos específicos, conhecer o perfil dos adeptos de um projeto universitário dedicado em promover ações do tratamento em saúde mental; analisar a motivação e o nível de satisfação

dos participantes desse projeto em praticar o exercício físico.

2 METODOLOGIA

Este estudo é do tipo exploratório e tem como método de investigação e levantamento de dados com uma abordagem quanti-qualitativa. Compôs a amostra, 10 participantes do projeto universitário “Amigos da Saúde Mental”, desenvolvido para promover ações de prevenção e tratamento em saúde mental viabilizado pela Universidade do Sul de Santa Catarina desde 1999. Tem como população alvo portadores de transtornos mentais e seus familiares, em sua maioria egressa de hospital psiquiátrico. Atualmente está vinculado aos cursos de psicologia e enfermagem, em que as atividades são desenvolvidas em uma casa ao lado da Universidade.

Primeiramente, foi feito o contato com os responsáveis da coordenação do projeto, solicitando autorização para desenvolvimento do estudo. Após a autorização e assinatura de todos os documentos, foi feito o contato com os participantes do projeto, sendo todos maiores de 18 anos, com grau de transtorno mental em fase residual que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido – TCLE garantindo o seu consentimento no estudo. Não foram utilizados dados de identificação para a produção e armazenamento dos dados coletados, sendo as informações preservadas desde o primeiro registro do pesquisador. Os dados foram apresentados de forma consolidada, não apresentando qualquer prejuízo aos indivíduos do estudo.

O critério de inclusão era que todos tivessem mais de 18 anos, em fase residual do transtorno, ou seja, que não apresenta sintomas psicóticos, não comprometendo a socialização

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e a individualização de cada participante. Foram excluídos do estudo aqueles que não assinaram o Termo Livre Esclarecido – TCLE, não frequentaram assiduamente os encontros no projeto, não realizaram os exercícios físicos ou não responderam o roteiro de entrevista corretamente.

Foram utilizados três métodos de avaliação, no qual um consistiu em um questionário, respondido no local do projeto durante os encontros, com dados sociodemográficos, com três perguntas discursivas em que as questões eram relacionadas com a prática de atividade física. Foram feitas também as intervenções de exercícios Físicos e o outro método utilizado foi o Teste de Flexibilidade - Sentar e Alcançar e o Teste de Força Abdominal, que consistem nos seguintes:

O Teste "sentar e alcançar" "SIT AND REACH TEST" de flexibilidade proposto originalmente por Wells e Dillon de 1952. Permitiu avaliar a flexibilidade da articulação coxofemoral. O flexômetro (caixa de madeira) foi o instrumento utilizado. A posição do avaliado consistiu em, sentar no colchão com os pés totalmente apoiados na caixa. Os braços estendidos à frente com uma mão colocada sobre a outra. Posição do avaliador: Próximo ao avaliado e observando se o avaliado estava com as pernas estendidas. Procedimento: O avaliado teve que flexionar o tronco sobre o quadril com uma fita métrica milimetrada medindo sua distância alcançada. Foram realizadas três vezes este procedimento, considerando-se a maior distância atingida.

O Teste de Força Abdominal de Matsudo de 1987. Foram feitas através do desempenho em flexionar e estender o tronco sobre o quadril. Deitado em decúbito dorsal, com as solas dos pés em contato com o solo, joelhos flexionados, cruzando os braços sobre o peito e com as mãos apoiadas nos ombros contrários. O avaliador ajudou o indivíduo segurando pelos pés mantendo o firme. Foram contados o número de abdominais feito com o teste de um minuto utilizando um cronometro. Os sujeitos foram submetidos a duas sessões de avaliação no começo do estudo e no final.

Após os testes, foram realizadas 06 intervenções, durante 06 semanas, no período vespertino, uma vez por semana com duração de 60 minutos cada, no próprio local e horário do Projeto Amigos Da Saúde Mental. As sessões foram assim estruturadas: 20 minutos de Ginástica Aeróbica, 30 minutos de Circuito com exercícios de força. Distribuídos em estações: agachamento no banco, rosca direta, elevação frontal, skipping alto, abdominal supra e salto vertical. E 10 minutos de volta à calma com alongamentos promovendo relaxamento muscular. Após o período de intervenção foi refeito os testes e comparados os resultados.

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Para a análise dos resultados, os dados obtidos foram transcritos pelo programa Excel 2016 e SPSS versão 22 para Windows 10. Os percentuais estatísticos foram realizados através de gráficos com comparações entre os dados coletados para verificar se existiram diferenças estatisticamente significativas entre pré e pós-testes dos participaram do estudo.O teste de anormalidade de amostra foi o Shapiro Wilk. Para análise inferencial comparativa foi utilizado o teste t para amostras pareadas, com os valores significativos foram aqueles em que p≤0,05.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Das 10 pessoas/indivíduos que compuseram a amostra, eram 07 mulheres e 03 homens, com média de idade de 43,1. Quanto ao transtorno mental, 08 apresentaram esquizofrenia e 02 depressão. Os indivíduos do estudo participam ativamente de 2ª à 5ª feira das atividades propostas pelo projeto há mais de 10 anos. Todos tomam medicação de acordo com a sua orientação médica e não praticam nenhum outro tipo de exercício físico, entretanto, alguns participantes já atuaram na oficina de ginástica aeróbica no primeiro semestre de 2019.

Tabela 1 – Perfil da amostra.

Pacientes Sexo Idade Transtorno Mental

A Feminino 30 anos Esquizofrenia

B Feminino 57 anos Esquizofrenia

C Feminino 51 anos Esquizofrenia

D Feminino 54 anos Depressão

E Feminino 25 anos Esquizofrenia

F Masculino 56 anos Esquizofrenia

G Feminino 39 anos Esquizofrenia

H Feminino 38 anos Esquizofrenia

I Masculino 50 anos Depressão

J Masculino 42 anos Esquizofrenia

Fonte: Autoras do estudo, 2019.

Conforme a tabela 1 acima é possível perceber que os participantes são em sua maioria do sexo feminino. O transtorno mental que prevalece é a esquizofrenia um tipo de transtorno mental que prevalece na maioria dos participantes do projeto.

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Segundo Vieira (2010), a palavra Esquizofrenia significa fragmentação da mente (esquizo - fragmentada e frenia - mente), causando impacto no desenvolvimento do indivíduo, pela perda de contato com a realidade e ausência de juízo crítico. De acordo com a Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento (CID-10) a esquizofrenia é caracterizada por distorções fundamentais e características do pensamento e da percepção e por afeto inadequado ou embotado; pode haver ainda, a impressão de que os pensamentos e atos mais íntimos sejam partilhados, e muitas vezes, ocorre o delírio explicativo.

Uma caracterização e classificação interessante é a abordada por Louzã Neto (1999), que entre os principais sintomas da esquizofrenia estão: Delírios, Alucinações, Alterações do Pensamento, Alterações da afetividade, Diminuição da motivação, Sintomas Motores, Autismo, Ambivalência, Auto-referência, Alterações da cognição.

De acordo com Seeman(1981) desenvolveu uma teoria de que as diferenças entre os sexos na esquizofrenia estariam associadas a dois fatores principais. Primeiro, existiriam diferenças no desenvolvimento cerebral intra-uterino e, segundo efeitos protetores do estrógeno, agiriam no sexo feminino na vida adulta.

Seeman (1981) também afirma que a velocidade do desenvolvimento cerebral intra-uterino é mais lenta no sexo masculino e esse processo parece estar associado à ação da testosterona no período da gestação. Também afirma que a maturação cerebral mais precoce levaria a uma menor suscetibilidade aos traumas de nascimento nas mulheres. Durante a vida adulta, os estrógenos teriam um efeito protetor nas mulheres pelos seus efeitos antidopaminérgicos e pela propriedade de aumentar as respostas dos neuroléptico.

Na investigação de Danielsson (2001) sobre as diferenças de sexo na esquizofrenia, com o estudo de trinta e seis pacientes com esquizofrenia (18 homens e 18 mulheres), apresentaram que as mulheres com esquizofrenia mostraram maiores prejuízos de conceitualização, associações mais dispersas, marcadas por fabulações e delírios (FAB e DR), do que os homens. Por outro lado, o que parece contraditório, as mulheres pareciam ter mais acesso aos recursos internos psicologicamente complexos (DQ+ e Blends), demonstrando níveis de desenvolvimento cognitivo e capacidade de manejo de situações afetivas maiores do que os homens.

Segundo os estudos de Aleman, Kahn, & Selten (2003), teve como objetivo integrar os resultados da literatura publicada e fornecer um índice quantitativo da razão homem-mulher para a incidência de esquizofrenia. Com resultado relevante para este estudo, nas mulheres o início da esquizofrenia é mais tardio, muitas vezes após os 25 anos de idade, sendo que, em mais ou menos 7% dessas pacientes, a doença se manifesta após os 40 anos.

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De acordo com Paixão (2009), os resultados obtidos no seu estudo de Análise da prevalência dos transtornos psíquicos em Recife, com 319 internos das três instituições, apresentaram maior prevalência em mulheres (44,17%); com idade entre 41-60 anos (43,35%). Portanto estudos mostram que as mulheres têm um prognóstico biológico melhor que os homens, entretanto tem a maior incidência do primeiro surto psicótico esquizofrênico depois dos 45 anos, época em que ocorre a menopausa e cai a produção de estrógenos. Mas, nada impede que a doença se manifeste na infância, na adolescência ou em qualquer outra fase da vida.

Outros resultados alcançados nesse estudo foram às respostas do questionário, respondido após as intervenções, no qual foi possível identificar a motivação ao praticar os exercícios físicos. As 03 perguntas discursivas do questionário foram respondidas de forma sucinta pela maioria/totalidade dos indivíduos da amostra. Foram as perguntas: 1)Você gostou das intervenções de Atividade Física? 2)Quais mudanças ocorreram depois da prática de atividade física? 3)Você gostou do ambiente em que as atividades físicas foram feitas?

As principais respostas nessas perguntas foram, respectivamente, “Sim” na 01,”Me senti melhor” na 02 e “Gostei” na 03, todas sem maiores detalhes. Com algumas exceções, ouve pacientes mais comunicativos no qual relataram que: “Me sinto muito bem, nem sinto mais dor no joelho” (Paciente C) e “Não tenho mais dores, me sinto mais solto” (Paciente F).

Segundo Goldstein (1941), o sujeito esquizofrênico não consegue adaptar um pensamento ou uma atitude abstracta, que envolve uma deliberação consciente. Apenas é possível tomar uma atitude concreta, que é caracterizada por respostas imediatas, involuntárias e irrefletidas. Contudo comparados com este estudo obteve tais respostas pelo fato também de não terem tanto conhecimento sobre o assunto e responderem o mais breve pelas suas percepções.

Outro dado relevante em relação à adesão dos participantes foi à participação assídua dos indivíduos da amostra, onde não houve abstenção durante todo o período desse estudo. Esse fato pode ser explicado através do forte vínculo que o grupo apresenta, no qual pode estar ligada ao desejo das pessoas em não deixar de comparecer ao projeto. Essa perspectiva, dos pacientes e seus relatos de melhora, vem de encontro com outros estudos sobre melhora no condicionamento físico e bem-estar.

Matsudo (2000) ressalta que a atividade física apresenta efeitos benéficos nos aspectos psicológicos, sociais e cognitivos, sendo assim um aspecto fundamental para o estilo de vida saudável e que consequentemente melhora a qualidade de vida das pessoas.Já para Brandão (1990), a prática de exercícios regulares proporciona um efeito relaxante, o qual ocorre tanto

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no aspecto central do córtex quanto no periférico. Efeitos que são comparáveis àqueles obtidos por tranquilizantes, meditação e psicoterapias. Além disso, períodos pós-exercício são períodos de baixa ansiedade, pensamentos mais claros e comportamentos mais adaptados.

Entretanto, o estudo de Teixeira (2008) mostra que no plano da operacionalização, estes conceitos revelaram-se limitativos, pois as melhorias podem não ser notadas, principalmente ocorrendo em diferentes domínios e ritmos de recuperação diversa, como geralmente acontece na esquizofrenia.

Com isso, percebe-se que utilizar o exercício físico como uma das formas de tratamento pode ser importante, tanto para pacientes com grandes complicações, quanto com poucas complicações, pois a prática do mesmo mostra que o indivíduo é capaz de superar dificuldades, ajudar outras pessoas, além do aspecto social que é principalmente afetado nos pacientes que apresentam transtorno mental.

Outro dado interessante desse estudo foi o resultado dos testes realizados após as intervenções, conforme podem ser observados no gráfico 1 e na tabela 2.

Gráfico 1 – Comparação da Classificação Flexibilidade e Da Classificação Abdominal entre o Pré teste e Pós teste.

Fonte: Elaboração das autoras, 2019. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Flexibilidade Pré teste Flexibilidade Pós Teste Abdominal Pré Teste Abdominal Pós Teste

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Tabela 2 – Comparação da Média de Flexibilidade e da Média de Abdominal entre o Pré teste e Pós teste. Variável Pré Teste ±DP Pós Teste ±DP P Flexibilidade 10,95±7,26 10,50±7,19 0,615 Abdominal 27,70±8,20 36,20±12,48 0,001*

Fonte: Elaboração da autora, 2019. Legenda: = Média; DP = Desvio Padrão; p= Valor de significância para o teste t para amostras pareadas; * Valor significativo (p≤0,05).

É possível observar que a flexibilidade não demonstrou diferença entre pré e pós-teste, no qual dos 10 participantes, 09 tiveram a classificação de flexibilidade fraca e 01 classificação regular no pré-teste. Já nos resultados do pós teste de flexibilidade, mantiveram as mesmas classificações sem alteração média e desvio padrão sem diferença significativa.

Por outro lado, a força abdominal teve melhora significativa, em que 02 participantes tiveram a classificação fraca, 01 média, 01 bom e 06 excelente. Em relação a esses resultados, obtidos no pré-teste,é possível perceber que o de força abdominal obteve melhores resultados, com sua maioria em classificação excelente e o de flexibilidade com classificação fraco. Nos resultados pós-teste de força abdominal houve uma melhora significativa, dos 10 participantes 09 se mantiveram na classificação excelente, porém, com resultados muito melhores e 01 se manteve fraco, sendo um resultado satisfatório. Destes resultados apresentados os 04 participantes que se encontravam em fraco, médio e regular foram para a classificação excelente, demonstrando melhora no condicionamento físico após a prática do exercício físico.

Em contraponto a esses resultados, o estudo de Jorn Heggelund (2011), feito com 25 indivíduos esquizofrênicos, onde utilizou treinamento aeróbico de alta intensidade com intervalos em uma esteira, o resultado foi de apenas melhora na composição corporal. Não mostrou diferença significativa na capacidade física dos participantes. Esse estudo corrobora com ode Scheeweet (2013), realizado com 63 indivíduos esquizofrênicos e 55 não esquizofrênicos. Foi realizado exercícios físicos e terapia ocupacional com os indivíduos esquizofrênicos e apenas exercícios físicos com os não esquizofrênicos, durante seis meses por 2 horas semanais, com resultados de melhora apenas na capacidade cardiorrespiratória, sem diferença significativa na força e flexibilidade.

Entretanto no estudo de Mósca (2014), com 08 indivíduos com esquizofrenia e 05 transtornos psíquicos, com exercícios aeróbicos continuo e intervalado com intensidade entre os 40 % a 85% FC Máx e exercícios de força do tipo isométricos e isotônicos demonstrou melhora no condicionamento físico dos indivíduos estudados. As sessões foram realizadas em grupo, 01 vez por semana, com cerca de 60 minutos, no ginásio da Universidade de Évora,

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com duração de 20 semanas. O grupo com esquizofrenia demonstrou melhora significativa na capacidade física de força, resistência aeróbica e flexibilidade.

Os resultados desse estudo em parte, corroboram também com uma meta analise realizada por Pearsal (2014), que refere que os resultados das análises realizadas aos diversos programas de exercício para esquizofrênicos, referem que existiu uma melhoria ao nível da atividade física e ainda os nossos resultados, corroboram com um estudo, cuja amostra era constituída por 06 pacientes com esquizofrenia, e refere que os mesmos melhoraram após as sessões de exercício, principalmente na aptidão física de força.

Ainda não existe um consenso sobre a quantidade (frequência, intensidade, duração) e os tipos de atividade física (estilo de vida e atividade física versus exercícios estruturados), necessárias para os benefícios de saúde observados em pacientes com doença mental grave, permitindo assim um debate contínuo (VANCAMPFORT et al., 2011).

Portanto, podemos observar que nos estudos de Jorn Heggelund (2011) e de Scheeweet (2013) não demonstraram diferença significativa nas capacidades físicas. Já nos estudos de Mósca (2014), obteve melhora significativa das capacidades físicas tanto de força como de flexibilidade. Já o estudo Pearsal (2014), obteve melhora apenas na capacidade de força.

4 CONCLUSÃO

Após análise dos dados deste estudo, foi possível concluir que a prática de exercício físico influência positivamente na melhora do condicionamento físico de pessoas com transtorno mental. Outro dado concluído foi que prevalece o sexo feminino entre as pessoas com esquizofrenia. E em relação à motivação, os participantes desse estudo relataram que se sentiram bem e perceberam melhora no seu condicionamento físico.

Espera-se que este estudo contribua e incentive novas pesquisas sobre a atividade física no condicionamento de indivíduos com transtorno mental. O que é de importância para estes indivíduos, pois a atividade física apresenta efeitos benéficos nos aspectos psicológicos e sociais, sendo assim um aspecto fundamental para o estilo de vida saudável e que consequentemente melhora a qualidade de vida das pessoas.

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VANCAMPFORT, Davyet al. Cardio metabolic effects of physical activity interventions for people with schizophrenia. PhysicalTherapy Reviews, [s.l.], v. 14, n. 6, p.388-398, dez. 2009. VIEIRA, Armanda [et al]. Esquizofrenia e outras perturbações psicóticas. O portal dos

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APÊNDICE A - Questionário

UNIVERIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

AVALIAÇÃO DO CONDICIONAMENTO FÍSICO EM USUÁRIOS DE UM SERVIÇO DE SAÚDE MENTAL NO SUL DE SANTA CATARINA

CURSO EDUCAÇÃO FÍSICA

DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS

Dado

Participante

Idade Sexo Escolaridade Estado civil Diagnóstico Tempo de tratamento Formas de tratamento (Já fez e que está fazendo)

1) Você gostou das intervenções de Atividade Física?

_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

2) Quais mudanças ocorreram depois da prática de atividade física?

_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

3) Você gostou do ambiente em que as atividades físicas foram feitas?

_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

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APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

APÊNDIC E B – Termo de As sentimen

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA-UNISUL CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

CAMPUS TUBARÃO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário, em uma pesquisa. Após ser esclarecido(a) sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine ao final deste documento e rubrique todas as suas páginas deste documento que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é do pesquisador responsável, que também assinará e rubricará todas as vias.

INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA:

Título do Projeto: AVALIAÇÃO DO CONDICIONAMENTO FÍSICO EM USUÁRIOS DE UM SERVIÇO DE SAÚDE MENTAL NO SUL DE SANTA CATARINA

Pesquisador Responsável: Professora Mestra, Carolina Barbosa da Silva Telefone para contato: (48) 99996-9944

E-mail para contato: carolinabarbosa176@gmail.com Pesquisador: Cinthia Garcia Machado

Telefone para contato: (48) 99816-1346

E-mail para contato: cinthiagmachado2008@hotmail.com

Este é um estudo que tem por objetivo Avaliaro Condicionamento Físico em usuários de um serviço de Saúde Mental No Sul De Santa Catarina, entre eles, conhecer o perfil dos adeptos do projeto; analisar o processo de integração dos clientes do Projeto ASM na pratica do exercício físico; aplicar Testes para avaliar o condicionamento físico; identificar as contribuições dessa pratica na influencia dos tratamentos de saúde mental; reaplicar os Testes de condicionamento físico; comparar os Resultados encontrados; e avaliar o grau de satisfação dos adeptos;

Trata-se de uma pesquisa que utilizará como instrumento um questionário e para as avaliações, será utilizada a bateria de Testes de Flexibilidade - Sentar e Alcançar proposto originalmente por Wells e Dillon de 1952 e o Teste de Força Abdominal de Matsudo de 1987. Para serem incluídos na pesquisa, os todos os usuários maiores de 18 anos e que aceitam participar da pesquisa e os atendidos até o ano de 2018, e concordarem em participar da pesquisa, com assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A entrevista ocorrerá em um tempo de aproximadamente 20 minutos.

As variáveis estudadas serão idade, gênero, estado civil, diagnóstico, tempo de tratamento e forma de tratamento.

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Observa-se que será realizada a pesquisa através do questionário e através dos testes, portanto a pesquisa prevê riscos mínimos, visto que não será realizada nenhuma intervenção física altamente invasiva. Embora possa gerar desconforto emocional ao usuário ao respoder o questionário e ao fazer os testes, dessa forma se necessário será encaminhado aos profissionais professores do Projeto Amigos da Saúde Mental. O usuário receberá o ressarcimento caso o mesmo sofrer algum prejuízo

Quanto aos benefícios da pesquisa os participantes não receberão benefícios diretos advindos da pesquisa. Entretanto, os resultados decorrentes deste estudo trarão benefícios indiretos para todos os usuários que frequentam o Projeto Amigos da Saúde Mental, uma vez que ao trabalhar o condicionamento físico desses usuários, possibilitará odesenvolvimento de estratégias de intervenções na área de Educação Física.

Os resultados do estudo serão disponibilizados aos participantes, por e-mail da coordenação do projeto, após a conclusão do mesmo.

Todos os dados obtidos serão guardados em sigilo. O participante poderá recusar-se a tomar parte da pesquisa ou retirar o seu consentimento a qualquer tempo, sem penalidade alguma. É garantida a manutenção do sigilo, anonimato e da privacidade dos participantes da pesquisa durante todas as fases da pesquisa, bem como é garantido que o participante da pesquisa receberá uma via do TCLE. No que se refere o anonimato dos participantes, não há como serem identificados, pois todas as informações serão unidas em um banco de dados e divulgadas de forma agregadas. Sua participação é voluntária e sem custos para participar, bem como não haverá ressarcimento para participação; contudo, explicitamos a garantia de indenização diante de eventuais danos decorrentes da pesquisa.

Os participantes poderão solicitar o esclarecimento sobre a pesquisa a qualquer momento e poderão tomar conhecimento dos resultados desta pesquisa a partir doperíodo correspondente a conclusão da pesquisa, via pedido de e-mail (citado acima).

Carolina Barbosa: ____________________________________(assinatura) Cinthia Garcia Machado: ________________________________(assinatura)

Eu, _______________________________, abaixo assinado, concordo em participar desse estudo como sujeito. Fui informado (a) e esclarecido (a) pela pesquisadora Cinthia Garcia Machado sobre o tema e o objetivo da pesquisa, assim como a maneira como ela será feita e os benefícios e os possíveis riscos decorrentes de minha participação. Recebi a garantia de que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto me traga qualquer prejuízo.

Nome por extenso: _______________________________________________

RG: _______________________________________________

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Local e Data:

Assinatura: _______________________________________________

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA – Universidade do Sul de Santa Catarina

Avenida Pedra Branca, 25, Cidade Universitária Pedra Branca, Palhoça, SC Fone: (48) 3279-103.

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ANEXO A – TABELAS DOS PROTOCOLOS DE TESTES

Tabela 1- Classificação do banco de Wells e Dillon 1952 Classificação

Idade Fraco Regular Médio Bom Excelente

<20 <24,5 25,0-30,0 31,0-35,0 36,0-39,5 >40,0 20-29 <25,0 26,0-30,0 31,0-34,0 35,0-38,0 >39,0 30-39 <24,0 25,0-28,0 29,0-33,5 34,0-38,5 >39,0 40-49 <22,5 22,5-28,0 29,0-32,5 33,0-37,5 >38,0 50-59 <21,5 22,0-27,0 28,0-32,5 33,0-37,5 >38,0 >59 <21,5 22,0-26,5 26,5-31,0 31,0-32,5 >33,0

Diferenças Estatisticamente significativa (p≤0,050).

Tabela 2- Classificação de Acordo com o Número de Repetições em um Minuto Matsudo 1987. Idade 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 Sexo M F M F M F M F M F EXC >43 >36 >36 >29 >31 >25 >26 >19 >23 >16 BOM 37-42 31-35 31-35 24-28 26-31 20-24 22-25 12-18 17-22 12-15 MED 33-36 25-30 27-30 20-23 22-25 15-19 18-21 05-11 12-16 04-11 REG 29-32 21-24 22-26 15-19 17-21 07-14 13-17 03-04 07-11 02-03 FRA <28 <20 <21 <14 <16 <06 <12 <02 <06 <01

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