• Nenhum resultado encontrado

Tendência temporal de mortalidade por doença pulmonar obstrutiva crônica em adultos e idosos em Santa Catarina no período de 1996 a 2016

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Tendência temporal de mortalidade por doença pulmonar obstrutiva crônica em adultos e idosos em Santa Catarina no período de 1996 a 2016"

Copied!
15
0
0

Texto

(1)

TENDÊNCIA TEMPORAL DE MORTALIDADE POR DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA EM ADULTOS E IDOSOS EM SANTA CATARINA NO PERÍODO DE 1996 A 2016

TEMPORAL TREND OF MORTALITY FOR CHRONIC OBSTRUCTIVE PULMONARY DISEASE IN ADULTS AND ELDERLY IN SANTA CATARINA IN THE PERIOD FROM 1996 TO 2016

Vitor Aguiar e Silva1

Bárbara Oenning da Gama2

Julia Teixeira Mozzaquatro3

Márcia Regina Kretzer4

Fabiana Oenning da Gama5

1 Discente do Curso de Medicina. Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil. E-mail: vitoraguiars@gmail.com

2 Discente do Curso de Medicina. Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL – Campus Pedra Branca – Palhoça (SC). Brasil. E-mail: barbara.oennig@hotmail.com

3 Discente do Curso de Medicina. Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil. E-mail: juliatmozzaquatro@gmail.com3 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente do curso de Graduação em Medicina. Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil. E-mail: marcia.kretzer1@gmail.com

4 Enfermeira. Mestre em Psicopedagogia. Especialista em Terapia Intensiva. Docente dos cursos de Graduação em Medicina e Enfermagem. Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil. E-mail: oenning_gama@yahoo.com.br

(2)

RESUMO

O estudo teve como objetivo analisar a tendência temporal de mortalidade por Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) em adultos e idosos nas macrorregiões do Estado de Santa Catarina, no período de 1996 a 2016. Estudo ecológico de séries temporais da tendência de mortalidade por DPOC segundo sexo, faixa etária e macrorregiões. Dados obtidos a partir do banco de dados do Sistema de Informação de Mortalidade, disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Ministério da Saúde. Realizada análise estatística através da regressão linear simples. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Encontrada tendência de redução da mortalidade, de 117,10 (1996) para 89,31 óbitos/100.000 habitantes (2016). Redução em ambos os sexos. O sexo masculino apresentou as maiores taxas de mortalidade (160,37/100.000 habitantes (1996) e 112,05/100.000 habitantes (2016), e a maior redução, -3,674 na taxa ao ano (p<0,001). Em ambos os sexos, verificou-se tendência de redução da mortalidade em todas as faixas etárias analisadas, com destaque para as faixas etárias de 70-79 anos e 80 anos ou mais. As macrorregiões da Grande Florianópolis, Serra Catarinense e Sul, apresentaram as maiores reduções (p<0,001), e o Planalto Norte a menor redução anual (p=0,118). Estudo encontrou tendência importante na redução da mortalidade por DPOC no Estado de Santa Catarina, com redução em ambos os sexos, sendo as maiores no sexo masculino. As macrorregiões da Grande Florianópolis, Serra Catarinense e Sul apresentaram as maiores reduções das taxas anuais, e a macrorregião do Planalto Norte a menor redução do período.

(3)

ABSTRACT

The objective of this study was to analyze the temporal trend of mortality due to Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD) in adults and elderly people in the microregions of the State of Santa Catarina from 1996 to 2016. Ecological study of time series of the mortality trend for COPD according to sex, age group and microregions. Data obtained from the database of the Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), made available by the Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Ministério da Saúde (DATASUS). Statistical analysis was performed through simple linear regression. Approved by the Research Ethics Committee. There was a tendency to reduce mortality, from 117.10 deaths/100.000 inhabitants in 1996 to 89.31 deaths/100.000 inhabitants in 2016. Reduction in both sexes. Males had the highest mortality rates (160.37/100.000 inhabitants in 1996 and 112.05/100.000 inhabitants in 2016), and the highest reduction, -3,674 in the rate per year (p <0.001). In both sexes, there is a tendency to reduce mortality in all age groups analyzed, with emphasis on the age groups of 70-79 years and 80 years. The macro-regions of Grande Florianópolis, Serra Catarinense and Sul, presented the greatest reductions (p <0.001), and the Planalto Norte had the lowest annual reduction (p = 0.118). This study found an important trend in the reduction of mortality due to COPD in the State of Santa Catarina. Reduction in both sexes, having the greatest reductions in males. The microregions of Grande Florianópolis, Serra Catarinense and Sul presented the greatest reductions in annual rates, and the macro-region of the Planalto Norte had the smallest reduction of the period.

(4)

INTRODUÇÃO

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma doença crônica, prevenível e tratável, caracterizada por sintomas respiratórios persistentes e limitação do fluxo de ar, em razão da existência de anormalidades das vias aéreas e/ou alveolares(1). Trata-se de uma condição multifatorial de declínio da função

pulmonar ligada a causas ambientais(2), econômicas(3-4), comportamentais e genéticas(5), fortemente atreladas

ao envelhecimento, exposição a poluentes e ao tabagismo(4-7), tendo como principais sintomas a dispneia, tosse

e produção de escarro(1,8).

Embora seja uma doença que comprometa principalmente os pulmões, também apresenta

consequências sistêmicas(9), que ganham maior relevância diante do contexto mundial atual, com a elevação

significativa da expectativa de vida da população (10). A cada ano, o estudo da DPOC tem adquirido maior

destaque diante da constatação de que se trata de uma doença com grandes índices de morbimortalidade(8,11).

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), nos próximos 30 anos a proporção de pessoas acima de 60 anos irá praticamente dobrar, atingindo a marca de, aproximadamente, 2 bilhões de idosos, no ano de 2050. As previsões indicam ainda que, no ano de 2020, o número de pessoas acima de 60

anos irá superar o número de crianças menores de 5 anos em todo planeta(12). Esse cenário de envelhecimento

da população global implica em maior exposição às doenças crônicas não transmissíveis, dentre as quais a DPOC se destaca, com importante prevalência e mortalidade. Atualmente, a DPOC corresponde a quarta causa de morte, com previsões de que se torne a terceira causa de óbito no mundo até 2020(1,8,13). Em 2010, cerca de

328 milhões de pessoas eram portadoras da DPOC no mundo, o que corresponde a quinta maior causa de anos

vividos com incapacidade(14,15). Aproximadamente 8-22% dos adultos com idade acima de 40 anos terão DPOC

até o ano de 2020, o que reflete uma das principais causas de hospitalização e elevação dos custos de cuidados de saúde(10-16), normalmente relacionadas a episódios de exacerbação da doença(17,18). Nos Estados Unidos, a

DPOC representa a quinta causa de mortes, quarta causa de perda de anos de vida e a segunda causa que

demanda maior número de anos de convivência com a incapacitação decorrente da doença(11).

Contudo, apesar de previsões globais de constante aumento da taxa de mortalidade(19), recentemente

estudos que apresentaram dados epidemiológicos de 27 países da comunidade europeia(15), Estados Unidos(20),

Canadá(21), Japão(22), China(23) e Austrália(24), indicam uma tendência de declínio desse índices na DPOC(13,15).

Analisando os dados dos 27 países da União Europeia sobre a mortalidade por DPOC entre os anos de 1994 a 2010, verifica-se tendência de queda mais acentuada entre os homens, na ordem de 90,1 para 61,3 mortes por 100.000 habitantes/ano, enquanto para as mulheres seria de apenas 27,0 para 25,2 mortes por 100.000 habitante/ano no mesmo período(25,26).

Se por um lado o aumento da expectativa de vida da população justificaria a maior incidência e prevalência de doenças crônicas ligadas ao envelhecimento como a DPOC, por outro, a redução do consumo de cigarro, o desenvolvimento de novas medicações, estratégias de diagnóstico e tratamento, dentre outros fatores, poderiam explicar a razão dessa inversão de tendência dos índices de mortalidade(26,27).

No Brasil, a DPOC representa a terceira causa de morte entre a doenças crônicas não transmissíveis,

(5)

absolutos, a DPOC foi responsável por 542.611 óbitos, entre os anos de 1998 a 2015, dos quais 141.671 ocorreram na Região Sul do país(29).

Vale ressaltar que tais números tendem a ser ainda mais expressivos, quando se considera a realidade de subdiagnóstico e subtratamento de novos casos de DPOC identificados pelo estudo "Projeto Latino-Americano de Investigação em Obstrução Pulmonar" (PLATINO), qo qual investigou a prevalência de DPOC em cinco grandes cidades da América Latina, e constatou que na cidade de São Paulo apenas 12,5% dos portadores de DPOC diagnosticados por espirometria tinham um diagnóstico clínico já estabelecido da doença, permitindo-se concluir pela baixa utilização da espirometria como ferramenta diagnóstica. Concluindo-se que a taxa de subdiagnóstico da DPOC identificada reforça a necessidade de maior divulgação e ampliação do uso

da espirometria em unidades de atenção primária à saúde(30).

Dentro desse contexto, considerando-se as particularidades geográficas microrregionais, uma análise da tendência das taxas de mortalidade, pode ser um importante indicativo, servindo para avaliar da qualidade

de manejo da doença(21), permitindo a obtenção de informações úteis para o auxílio no desenvolvimento de

estratégias de intervenção baseadas em evidências(31).

A partir desses pressupostos, o estudo analisou a tendência temporal de mortalidade por Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) em adultos e idosos nas macrorregiões do Estado de Santa Catarina no período de 1996 a 2016.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.

Estudo ecológico de séries temporais de mortalidade por DPOC no Estado de Santa Catarina, realizado

com dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM)(32), disponibilizados como domínio público pelo

Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS)(33), no site

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/obt10uf.def. Foram analisados os óbitos hospitalares por DPOC, na população catarinense, de acordo com o sexo, faixa etária e as macrorregiões, no período de 1996 a 2016, conforme CID-10 códigos J40 a J44 (bronquite crônica, enfisema pulmonar e outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas).

Os dados foram tabulados no Windows Excel e analisados pelo programa Statistical Package for the

Social Sciences (SPSS) 18.0. Para cada ano do período estudado foram calculados os coeficientes de taxa de mortalidade por DPOC geral e de acordo com sexo, faixa etária e macrorregiões por 100.000 habitantes, sendo utilizado para análise o método de regressão linear simples, e o valor de ρ<0,05. Estudo aprovado pelo Comitê

de Ética em Pesquisa da Universidade do Sul de Santa Catarina, sob CAAE 92864218.5.0000.5369.

Os

autores declaram ausência de conflitos de interesse.

RESULTADOS

No período analisado, foram confirmados 34.170 mil óbitos por DPOC no Estado de Santa Catarina, observou-se forte tendência de redução nas taxas de mortalidade, com 117,10 óbitos/100.000 habitantes (1996) para 89,31 óbitos/100.000 habitantes (2016) (r= 0,824; β-2.385; p< 0,001) (Gráfico 1).

(6)

Em relação às macrorregiões do Estado, verificou-se que todas apresentaram tendência de redução das taxas de mortalidade, com os maiores decréscimos observados nas macrorregiões da Grande Florianópolis (112,72/100.000 habitantes (1996) para 64,50/100.000 habitantes (2016), com β -3,051 na taxa ao ano,

p<0,001), Serra Catarinense (130,06/100.000 habitantes (1996) para 119,92/100.000 habitantes (2016), com

β-2,661 na taxa ao ano, p=0,001 e Sul 93,62/100.000 habitantes (1996) para 65,23/100.000 habitantes (2016), com β-2,640 na taxa ao ano, p<0,001), ao passo que a macrorregião do Planalto Norte apresentou a menor redução na taxa anual (β -0,901 na taxa ao ano, p=0,118) (Tabela 1).

Ao analisar a mortalidade por DPOC no Estado, de acordo com o sexo, observou-se que o masculino apresentou as maiores taxas de redução, de 160,37/100.000 habitantes (1996) para 112,05/100.000 habitantes (2016), com redução de -3,674 na taxa ao ano (p<0,00). O sexo feminino também apresentou tendência de redução nas taxas de mortalidade, de 76,00/100.000 habitantes (1996) para 68,47/100.000 habitantes (2016), sendo a redução de -1,122 na taxa ao ano, (p=0,002) (Gráfico 2).

Quanto às faixas etárias masculinas, verificou-se forte tendência de redução da mortalidade em todas faixas etárias, sendo que os maiores decréscimos ocorreram nas faixas etárias entre 70-79 anos (β -18,757 na taxa ao ano, p<0,001) e 80 anos ou mais (β -31,906 na taxa ao ano, com 1.677,64/100.000 habitantes em 1996 e 1.469,18/100.000 habitantes (2016), p=0,001).

Em relação ao sexo feminino, evidenciou-se a mesma tendência de redução na mortalidade em todas as faixas etárias, com os maiores decréscimos nas faixas etárias entre 70-79 anos (β -4,676 na taxa ao ano, p<0,001) e 80 anos ou mais (β-12,411 na taxa ao ano, com 734,25/100.000 habitantes (1996) e 632,42/100.000 habitantes (2016), p=0,002) (Tabela 2).

DISCUSSÃO

Pesquisa original que buscou analisar a tendência temporal da mortalidade por DPOC em adultos e idosos nas macrorregiões do Estado de Santa Catarina, no período de 1996 a 2016, com base no banco de dados disponíveis no Sistema de Informação de Mortalidade do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde.

No período estudado, ocorreram 34.170 mil óbitos por DPOC, no Estado de Santa Catarina, observou-se forte tendência de redução nas taxas de mortalidade, com 117,10 óbitos/100.000 habitantes no início do período, para 89,31 óbitos/100.000 habitantes (2016), das quais 21,904 (64,1%) no sexo masculino e 12,266 (35,9%) no sexo feminino. Apesar das maiores taxas estarem associadas ao aumento da idade da população analisada, verificou-se-se importante decréscimo nas taxas de mortalidade em ambos os sexos para todas as faixas etárias e em todas as macrorregiões do Estado.

Estudos publicados em diversos países corroboram com os resultados da presente pesquisa, a qual demonstrou importante tendência de redução na taxa de mortalidade por DPOC no Estado, no período analisado. De acordo com estudo publicado no The Lancet Respiratory Medicine, a mortalidade por DPOC por 100.000 habitantes em 27 países da comunidade europeia apresentou tendência global de redução entre os

anos de 1994 a 2010(15). O mesmo estudo também demonstrou que a queda é bem mais acentuada em relação

(7)

feminino, de 26,99 para 25,15 mortes por 100.000 habitantes/ano(15). Ford, e Yin et al em artigos publicados

na Chest e Gershon et al. pela revista Thorax, demonstraram a mesma tendência nos Estados Unidos(20),

China(23) e Canadá(21..

Pesquisas realizadas no Brasil apontam resultados semelhantes, encontrando quedas nas taxas de

mortalidade por DPOC de 31% entre 1990 e 2015, sendo tal redução mais evidente nas regiões Sul e Sudeste(34).

De acordo com dados da OMS(10) e do Ministério da Saúde(35,36), políticas nacionais de combate ao tabagismo,

de dispensação gratuita de medicamentos, de maior acesso aos serviços primários de saúde, além da ampliação dos serviços de diagnóstico e tratamento de doenças crônicas, vacinação da população com DPOC contra Influenza(37), juntamente com a tendência de melhoria geral dos indicadores socioeconômicos estariam

associadas a esses resultados.

O presente estudo mostrou redução das taxas de mortalidade em todas as macrorregiões, com forte tendência nas macrorregiões de Saúde da Grande Florianópolis (β-3,051 na taxa ao ano, p<0,001), Serra Catarinense (β-2,661 na taxa ao ano, p=0,001) e Sul (β-2,640 na taxa ao ano, p<0,001), justificada em parte por fatores geopolíticos, como a localização da capital do Estado, os maiores investimentos e acesso a serviços de diagnóstico e tratamento mais eficientes. Além disso, o desenvolvimento regional da infraestrutura em saúde junto ao incremento de políticas públicas e do acesso local aos serviços de controle e tratamento de doenças respiratórias crônicas podem justificar o resultado. Por outro lado, a macrorregião de Saúde do Planalto Norte (β-0,901 na taxa ao ano, p=0,118) apresentou a menor redução na taxa anual, o que poderia estar associada aos menores índices de desenvolvimento humano, menor acesso aos serviços de saúde e políticas públicas, bem como aos índices socioeconômicos da região.

Em relação à análise da mortalidade de DPOC considerando-se o sexo, verificou-se que as maiores taxas de mortalidade ainda estão associadas ao sexo masculino, os quais possuíam histórico de maior consumo de cigarro. Todavia, há inversão recente desse panorama, com atual diminuição do tabagismo e com o presente aumento do consumo do tabaco entre as mulheres, principalmente na faixa etária de adultos jovens, que futuramente serão potenciais portadores de DPOC. Com base nos resultados do presente estudo, verificou-se que, apesar do sexo masculino ter apresentado as maiores taxas de mortalidade por DPOC, há maior tendência de redução dessas taxas quando comparadas com o sexo feminino no mesmo período (redução de 3,674 e -1,122 na taxa ao ano, respectivamente).

Essa tendência de aproximação e convergência entre os índices de mortalidade por DPOC entre os sexos é similar as encontradas em diversos países. Rosenberg et al. verificou que, nos Estados Unidos, as taxas de mortalidade por DPOC entre os homens apresentou considerável redução, de 57,0/100.000 habitantes (1999) para 47,6/100.000 habitantes (2010), enquanto entre as mulheres estas taxas indicaram um leve aumento na ordem de 35,3/100.000 habitantes (1999) para 36,4/100.000 habitantes (2010)(38). Ford (20) demonstrou que

nos EUA a taxa de mortalidade por DPOC diminuiu entre 1999 e 2010 entre os homens (p=0,001), porém permaneceu estável em relação as mulheres (p=0,127). No Brasil, Piassi et al. encontrou redução da mortalidade em ambos os sexos, porém maior queda no sexo masculino com 94,9 para 63,9/100.000 habitantes,

quando comparada a taxa feminina de 44,5 para 31,5/100.000 habitantes(34). Lopez-Campos et al. verificaram

que em diversos países europeus as taxas de mortalidade ajustadas por idade por DPOC declinaram

(8)

Considerando que a incidência de DPOC e o agravamento de suas exacerbações está intimamente associado ao tabagismo, denota-se que uma mudança comportamental associada ao sexo poderia explicar essa tendência de maior redução da mortalidade masculina. Segundo Hernandez-Garduno et al., a população que apresenta o maior índice de aumento no consumo de cigarro é a feminina jovem, de países em desenvolvimento(39). No mesmo sentido, Ford(20) e Rycroft et al(8), após revisão ampla da literatura de dados

internacionais, identificaram tendência de forte declínio do consumo de cigarro pelos homens, ao passo que o tabagismo em mulheres estaria estabilizado ou com pequena tendência de declínio. Ainda, de acordo com os autores, as mulheres estariam suscetíveis a condições mais graves de apresentação da DPOC, tendo em vista o menor tamanho das vias aéreas e do volume pulmonar(8, 20). Para Gershon et al.(21), além de apresentarem um

aumento no consumo de tabaco, as mulheres são mais sintomáticas, estando mais expostas a eventos graves de hiperresponsividade, além de estarem mais sujeitas a sub-diagnósticos por parte da atenção primária. No Brasil e em Santa Catarina, o número de mulheres fumantes aumentou de forma significativa e, em algumas capitais, já se aproxima da observada entre os homens(37).

Sabe-se que a DPOC é uma doença crônica de longa evolução, aumentando proporcionalmente a sua incidência de acordo com o envelhecimento da população. Sendo assim, o estudo do comportamento das taxas de mortalidade de acordo com as faixas etárias, em ambos os sexos, acaba tornando-se um importante instrumento de aferição do controle da doença(40).

De acordo com os resultados obtidos no presente estudo em relação às faixas etárias, ambos os sexos apresentaram as maiores taxas de redução na medida em que a idade aumentava, com destaque para a população maior de 70 anos. A constatação de que a tendência de mortalidade apresentou maiores quedas nas populações mais idosas, permite concluir que a evolução do diagnóstico e tratamento, o acesso aos serviços de saúde, a política de dispensação de medicamentos, a educação e a conscientização sobre a necessidade de controle dos fatores de risco como o tabagismo e a exposição a poluição, as campanhas de vacinação contra a influenza e outras infecções respiratórias, mostra certa efetividade em relação ao aumento da longevidade e qualidade de vida em portadores da doença.

No entanto, vale ressaltar que estudos epidemiológicos usando dados de atestados de óbito podem apresentar lacunas nas notificações pelo sistema de registro e coleta de dados. Assim como as diferentes interpretações de classificações da doença pelo CID podem levar a diferentes resultados na epidemiologia da DPOC no Estado de Santa Catarina e suas macrorregiões de saúde.

Sugere-se com o presente estudo, que outras pesquisas avaliem a evolução dos pacientes com DPOC na atenção primária e terciária no Estado, a fim de acompanharem o comportamento e impacto da doença, decorrente da importante morbimortalidade e do impacto na qualidade de vida do paciente.

O estudo apresentou tendência de redução de mortalidade geral por DPOC, em todas as macrorregiões do Estado de Santa Catarina, com destaque para as macrorregiões da Grande Florianópolis, Serra Catarinense e Sul, as quais apresentaram as maiores quedas no período estudado. Ambos os sexos, apresentaram redução das taxas de mortalidade, com destaque ao sexo masculino que apresentou as maiores taxas de mortalidade, mas também a maior tendência de redução. Todas as faixas etárias analisadas apresentaram redução da mortalidade, com destaque as faixas etárias acima dos 70 anos de idade as quais demonstraram as maiores reduções.

(9)

AGRADECIMENTOS

Agradeço à professora orientadora Sra. Fabiana Oenning da Gama, bem como a professora co-orientadora Sra. Márcia Regina Kretzer, pelo apoio durante o desenvolvimento deste estudo. Agradeço também às colegas Gabriela Longhi Reiner, Julia Teixeira Mozzaquatro e Bárbara Oenning da Gama, por todo suporte durante o desenvolvimento dessa pesquisa.

REFERÊNCIAS

1. Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease – GOLD. Bethesda: GOLD Global Strategy for the Diagnosis, Management, and Prevention of COPD. 2017;12.

2. Gan W, FitzGerald J, Carlsten C, Sadatsafavi M, Brauer M. Associations of Ambient Air Pollution with Chronic Obstructive Pulmonary Disease Hospitalization and Mortality. American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine. 2013;187(7):721-7.

3. Burney P, Jithoo A, Kato B, Janson C, Mannino D, Niżankowska-Mogilnicka E et al. Chronic obstructive pulmonary disease mortality and prevalence: the associations with smoking and poverty—a BOLD analysis. Thorax. 2013;69(5):465-73.

4. Hooper R, Burney P, Vollmer W, McBurnie M, Gislason T, Tan W et al. Risk factors for COPD spirometrically defined from the lower limit of normal in the BOLD project. European Respiratory Journal. 2011;39(6):1343-53.

5. Kalhan R, Mannino D, Rosenberg S. Epidemiology of Chronic Obstructive Pulmonary Disease: Prevalence, Morbidity, Mortality, and Risk Factors. Seminars in Respiratory and Critical Care Medicine. 2015;36(04):457-69.

6. Eisner M, Anthonisen N, Coultas D, Kuenzli N, Perez-Padilla R, Postma D et al. An Official American Thoracic Society Public Policy Statement: Novel Risk Factors and the Global Burden of Chronic Obstructive Pulmonary Disease. American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine. 2010;182(5):693-718.

7. Berry C, Wise R. Mortality in COPD: Causes, Risk Factors, and Prevention. COPD: Journal of Chronic Obstructive Pulmonary Disease. 2010;7(5):375-82.

8. Rycroft C, Heyes A, Lanza L, Becker K. Epidemiology of chronic obstructive pulmonary disease: a literature review. International Journal of Chronic Obstructive Pulmonary Disease.2012;7:457-94. 9. II Consenso Brasileiro sobre Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Jornal Brasileiro de Pneumologia.

2004;30(5).

10. World Health Organization – WHO, 2015 [Internet]. World Report on Ageing and Health [acesso em 2018 mar 21]. Disponível em: http://www.who.int/ageing/events/world-report-2015-launch/en/

11. Murray C, Lopez A. Measuring the Global Burden of Disease. New England Journal of Medicine. 2013;369(5):448-57.

12. Organização das Nações Unidas – ONU, 2014. [Internet]. Mundo terá 2 bilhões de idosos em 2050; OMS diz que envelhecer bem deve ser prioridade global. [acesso em 2018 abr 02]. Disponível em: https://nacoesunidas.org/mundo-tera-2-bilhoes-de-idosos-em-2050-oms-diz-que-envelhecer-bem-deve-ser-prioridade-global/

(10)

13. Lozano R, Naghavi M, Foreman K, Lim S, Shibuya K, Aboyans V et al. Global and regional mortality from 235 causes of death for 20 age groups in 1990 and 2010: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010. The Lancet. 2012;380(9859):2095-128.

14. Vos T, Flaxman A, Naghavi M, Lozano R, Michaud C, Ezzati M et al. Years lived with disability (YLDs) for 1160 sequelae of 289 diseases and injuries 1990–2010: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010. The Lancet. 2012;380(9859):2163-196.

15. López-Campos J, Ruiz-Ramos M, Soriano J. Mortality trends in chronic obstructive pulmonary disease in Europe, 1994–2010: a joinpoint regression analysis. The Lancet Respiratory Medicine. 2014;2(1):54-62.

16. Gershon A, Warner L, Cascagnette P, Victor J, To T. Lifetime risk of developing chronic obstructive pulmonary disease: a longitudinal population study. The Lancet. 2011;378(9795):991-6.

17. Suissa S, Dell'Aniello S, Ernst P. Long-term natural history of chronic obstructive pulmonary disease: severe exacerbations and mortality. Thorax. 2012;67(11):957-63.

18. Perera P, Armstrong E, Sherrill D, Skrepnek G. Acute Exacerbations of COPD in the United States: Inpatient Burden and Predictors of Costs and Mortality. COPD: Journal of Chronic Obstructive Pulmonary Disease. 2012;9(2):131-41.

19. Mathers C, Loncar D. Projections of Global Mortality and Burden of Disease from 2002 to 2030. PLoS Medicine. 2006;3(11):e442.

20. Ford E. Trends in Mortality From COPD Among Adults in the United States. Chest. 2015;148(4):962-70.

21. Gershon A, Hwee J, Victor J, Wilton A, Wu R, Day A et al. Mortality trends in women and men with COPD in Ontario, Canada, 1996–2012. Thorax. 2014;70(2):121-6.

22. Pham T, Ozasa K, Kubo T, Fujino Y, Sakata R, Grant E et al. Age-Period-Cohort Analysis of Chronic Obstructive Pulmonary Disease Mortality in Japan, 1950-2004. Journal of Epidemiology. 2012;22(4):302-7.

23. Yin P, Wang H, Vos T, Li Y, Liu S, Liu Y et al. A Subnational Analysis of Mortality and Prevalence of COPD in China From 1990 to 2013. Chest. 2016;150(6):1269-80.

24. Erbas B, Ullah S, Hyndman R, Scollo M, Abramson M. Forecasts of COPD mortality in Australia: 2006-2025. BMC Medical Research Methodology. 2012;12(1).

25. Ekström M. The rise and fall of COPD mortality. The Lancet Respiratory Medicine. 2014;2(1):4-6. 26. Represas Represas C, Ruano Raviña A, Fernández Villar A. Changes in Chronic Obstructive Pulmonary

Disease Mortality Trends: Fact or Fiction? Archivos de Bronconeumología (English Edition). 2014;50(8):311-12.

27. Burney P, Patel J, Newson R, Minelli C, Naghavi M. Global and regional trends in COPD mortality, 1990–2010. European Respiratory Journal. 2015;45(5):1239-47

28. Rabahi, MF. Epidemiologia da DPOC: enfrentando desafios. Pulmão RJ 2013;22(2):4-8.

29. Ministério da Saúde (Brasil). Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde - DATASUS. 2018 [internet]. Morbidade Hospitalar do SUS, TABNET – epidemiológicas e morbidade. Internações por Ano processamento e segundo capítulo CID-10 [Acesso em 2018 Abr 09]. Disponível em: <http://www.datasus.gov.br>

(11)

30.Moreira Graciane Laender, Manzano Beatriz Martins, Gazzotti Mariana Rodrigues, Nascimento Oliver Augusto, Perez-Padilla Rogelio, Menezes Ana Maria Baptista et al . PLATINO, estudo de seguimento de nove anos sobre DPOC na cidade de São Paulo: o problema do subdiagnóstico. J. bras. pneumol. [Internet]. 2014 Feb [cited 2019 June 25] ; 40( 1 ): 30-37. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132014000100030&lng=en.

http://dx.doi.org/10.1590/S1806-37132014000100005.

31. Lykkegaard J, Christensen R, Davidsen J, Stovring H, Andersen M, Sondergaard J. Trends in the lifetime risk of COPD exacerbation requiring hospitalisation. European Respiratory Journal. 2013;42(4):964-71. 32. Ministério da Saúde (Brasil). Sistema de Informação de Mortalidade - SIM. DATASUS 2018. [acesso

2018 Abr 09]. Disponível em: <http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/

index.php?area=0205&id=6937>.

33. Ministério da Saúde (Brasil). DATASUS 2018. [acesso 2018 Abr 10]. Disponível em: <tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/obt10uf.def>.

34. José, Bruno Piassi de São et al. Mortalidade e incapacidade por doenças relacionadas à exposição ao tabaco no Brasil, 1990 a 2015. Rev. bras. epidemiol., São Paulo. 2017;20(supl. 1):75-89.

35. Ministério da Saúde (Brasil). Secretaria de Vigilância em Saúde. Perfil da morbimortalidade por doenças respiratórias crônicas no Brasil, 2003 a 2013. Brasília, 2016; 47(19):1-9.

36. Ministério da Saúde (Brasil). Diretrizes e recomendações para o cuidado integral de doenças crônicas não transmissíveis: promoção da saúde, vigilância, prevenção e assistência. Brasília, Ministério da Saúde; 2008.

37. Graudenz Gustavo Silveira, Gazotto Gabriel Pereira. Tendências de mortalidade por doença pulmonar obstrutiva crônica no Brasil. Rev. Assoc. Med. Bras. [Internet]. 2014 junho [acesso em 2018 nov 02]; 60

(3): 255-61. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302014000300255&l ng=en.

38. Rosenberg SR, Kalhan R, Mannino DM. Epidemiology of chronic obstructive pulmonary disease: prevalence, morbidity, mortality, and risk factors. Semin Respir Crit Care Med.2015; 36:457–69. 39. Hernández-Garduno, E. et al. Temporal trends in COPD mortality in Mexico, 1999-2014. Int J Tuberc

Lung Dis 21, 2017, (3): 357-362.

40. Fragoso, Carlos A. Vaz, Epidemiology of COPD in Aging Populations. Journal of Chronic Obstructive Pulmonary Disease, 2016 13, 125-129.

(12)

GRÁFICOS E TABELAS

Gráfico 1: Tendência temporal de mortalidade em adultos e idosos por Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica,

(13)

Tabela 1 - Taxa de mortalidade em adultos e idosos por DPOC, por macrorregião no Estado de Santa Catarina, entre os anos de 1996 a 2016. ANO 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 r Coeficiente Regressão (β) Valor p Macrorregião Grande Oeste 158,86 125,36 148,50 151,97 126,92 125,85 147,41 150,38 142,45 146,26 133,70 141,56 93,72 102,45 116,60 107,50 104,01 113,20 104,38 115,77 116,88 0,715 -2,245 <0,001 Meio Oeste 129,95 143,41 178,83 150,38 120,74 107,03 127,75 116,07 113,18 118,16 105,62 88,96 78,61 85,27 90,97 91,99 95,77 101,76 97,16 115,11 121,56 0,635 -2,461 0,002 Vale do Itajaí 116,56 126,74 127,84 95,57 96,56 86,81 91,19 105,04 97,04 98,63 88,11 72,32 70,44 69,97 69,51 73,64 74,51 72,77 82,05 94,52 104,08 0,630 -1,832 0,002 Foz do Rio Itajaí 98,89 89,85 143,41 142,75 79,25 97,72 84,71 96,63 89,10 58,52 71,79 60,16 73,51 61,82 58,58 72,93 76,01 55,09 69,89 72,44 82,64 0,638 -2,469 0,002

Grande Florianópolis 112,72 106,27 104,15 119,27 90,87 75,06 78,07 75,25 72,94 66,72 67,86 50,40 51,16 52,11 54,41 51,71 49,11 52,35 52,35 62,61 64,50 0,846 -3,051 <0,001 Sul 93,62 104,88 104,61 118,13 105,27 89,46 84,74 96,48 82,79 84,25 80,44 63,16 53,05 55,47 55,37 62,81 61,17 63,78 64,07 68,71 65,23 0,839 -2,640 <0,001 Noroeste 86,54 88,49 107,13 84,27 93,57 79,99 70,71 67,26 74,78 70,60 66,78 57,17 51,13 57,38 58,00 66,56 61,98 62,64 62,97 64,96 64,63 0,768 -1,732 <0,001 Planalto Norte 138,76 107,02 135,62 127,83 145,33 124,52 138,93 103,47 143,91 101,37 121,40 111,62 94,68 87,84 106,36 113,29 120,19 124,30 123,48 119,37 117,72 0,352 -0,901 0,118 Serra Catarinense 130,06 169,19 169,62 132,55 160,07 127,95 114,73 116,51 117,08 112,13 120,84 127,21 93,48 82,65 86,28 104,52 95,93 121,84 108,41 98,81 119,92 0,685 -2,661 0,001

(14)

Gráfico 2: Tendência da mortalidade em adultos e idosos por Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, segundo

sexo em Santa Catarina, entre os anos de 1996 a 2016. 160,37 112,05 76,00 68,47 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00 140,00 160,00 180,00 200,00 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Mo rta lida d e 100.000 h ab ita n tes Anos

(15)

Tabela 2 - Taxa de mortalidade em adultos e idosos por DPOC segundo sexo e faixa etária, no Estado de Santa Catarina, entre os anos de 1996 a 2016. ANO 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 r Coeficiente Regressão (β) Valor p Faixa etária sexo masculino 40-49 6,13 7,09 4,19 7,59 4,51 5,03 6,41 8,05 3,68 3,85 1,89 5,67 5,62 2,99 2,91 1,99 2,63 3,94 2,85 4,60 4,16 0,579 -0,167 0,006 50-59 54,31 47,47 58,13 51,54 51,63 37,12 39,99 38,51 38,47 30,98 26,94 30,67 24,93 23,62 24,12 25,71 30,30 18,78 26,96 23,33 25,15 0,893 -1,699 <0,001 60-69 259,01 252,24 247,31 242,43 216,69 202,63 189,25 206,40 186,94 168,51 172,34 131,57 125,31 125,78 107,04 122,99 117,44 113,09 124,51 123,43 131,04 0,934 -7,859 <0,001 70-79 742,30 710,80 855,21 753,43 719,16 608,78 605,98 667,63 655,96 674,60 617,00 534,50 416,54 437,53 456,99 461,88 434,43 473,61 414,84 472,46 495,51 0,879 -18,757 <0,001 80 anos + 1677,64 1760,25 1929,69 1913,20 1621,17 1514,98 1690,04 1680,04 1599,62 1701,45 1449,93 1036,47 932,50 917,34 1177,69 1196,42 1211,66 1244,67 1274,39 1518,70 1469,18 0,657 -31,906 0,001 Faixa etária sexo feminino 40-49 6,54 4,28 8,10 7,29 4,17 5,56 4,90 5,68 5,04 2,17 3,74 2,99 2,96 3,13 3,70 4,09 3,83 2,34 3,62 2,13 2,13 0,761 -0,207 <0,001 50-59 28,54 26,35 21,96 34,23 21,15 20,32 19,58 17,48 19,97 22,02 19,96 15,08 14,26 16,47 20,55 16,85 12,94 14,09 17,25 18,98 23,58 0,600 -0,492 0,004 60-69 96,86 104,07 123,26 91,26 75,27 79,26 73,83 78,62 84,73 60,86 68,85 66,62 60,14 44,22 55,35 60,20 61,08 57,66 70,37 66,46 67,93 0,741 -2,191 <0,001 70-79 249,54 293,96 313,15 296,17 269,30 214,87 223,74 207,96 220,49 212,94 235,37 187,26 156,74 184,53 167,83 196,68 192,15 208,17 198,38 203,72 224,18 0,694 -4,676 <0,001 80 anos + 734,25 629,07 847,19 748,71 650,23 615,56 712,58 592,60 608,16 500,44 568,93 487,76 391,03 387,76 431,22 461,92 470,95 540,15 503,63 595,90 632,42 0,632 -12,411 0,002

Referências

Documentos relacionados

pacotes adicionais quiser desde que no momento da adesão: a) não possua saldo disponível de franquia de internet para utilização, referente a seu plano atual; b) não

No ano 2000, como vimos no capítulo dois, a prefeitura de Aracaju decide construir condomínios de apartamentos para beneficiários do programa PAR (Programa de

Escrito por Richard Hall, responsável pelas escavações do mais importante sítio arqueológico nórdico da Inglaterra, York, e autor de vários livros sobre o tema, além de

A ESEC-Pirapitinga apresenta uma avifauna rica, que inclui não apenas espécies de aves comuns na área urbana, mas também espécies endêmicas e ameaçadas do

Relacionado às recomendações especiais, a maioria dos entrevistados 62.8% disseram não ter nenhuma recomendação especial para a coleta e o preparo das plantas, 2,3% ressaltou

No texto Freud afirma que tanto na brincadeira infantil quanto no devaneio do adulto há a criação de um mundo novo, com regras próprias, do agrado de quem brinca ou

o valor do benefício fiscal concedido à empresa patrocinadora será correspondente a 60% (sessenta por cento) da cota de patrocínio que pretende realizar, devendo contribuir com

Os resultados obtidos revelaram uma diminuição expressiva na quantidade de corpos de neurônios nos cães desnutridos (10,8), quando comparados aos cães normonutridos