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FACULDADE DE MEDICINA DO ABC

CURSO DE ENFERMAGEM

BRUNO DE JESUS

IOLANDA HERCULANO

O COTIDIANO DO ENFERMEIRO:

DIFICULDADES E DESAFIOS NA PROFISSÃO

SANTO ANDRÉ

2013

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FACULDADE DE MEDICINA DO ABC

CURSO DE ENFERMAGEM

BRUNO DE JESUS

IOLANDA HERCULANO

O COTIDIANO DO ENFERMEIRO:

DIFICULDADES E DESAFIOS NA PROFISSÃO

SANTO ANDRÉ

2013

Trabalho apresentado à disciplina de Estudos Metodológicos como pré - requisito para conclusão do Curso de Graduação em Enfermagem da

Faculdade de Medicina do ABC

Orientadora: Profª DrªSimone de oliveira Camillo

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 1 - INTRODUÇÃO 4 5 2- OBJETIVOS 2.1-Objetivo Geral 2.2- Objetivos específicos 9 9 9 3- REFERENCIAL TEÓRICO 10 4-METODO 4.1 -Tipo de estudo 4.2 - Local de estudo 4.3-Sujeitos da pesquisa 4.4-Pré-teste

4.5-Procedimentos de coleta de dados

4.6-Técnicas e instrumentos de coleta de dados 4.7-Análise de dados 11 11 11 12 12 12 13 13

5.ANÁLISE DE RISCOS E BENEFÍCIOS PARA A POPULAÇÃO ESTUDADA 15 6. RETORNO E BENEFÍCIO PARA A POPULAÇÃO ESTUDADA 15

7. ÉTICA EM PESQUISA COM SERES HUMANO 15

8-ORÇAMENTO 16

9-CRONOGRAMA 17

10-REFERÊNCIAS 18

11-ANEXOS E APÊNDICES

ANEXO 1- ROTEIRO NORTEADOR PARA AS ENTREVISTAS

ANEXO2- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

ANEXO 3- CARTA-OFÍCIO AO RESPONSÁVEL PELA INSTITUIÇÃO HOSPITALAR, SOLICITANDO A AUTORIZAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DA PESQUISA

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APRESENTAÇÃO

Decorrente nossa experiência como profissionais de enfermagem de nível médio e acadêmicos de enfermagem, notamos que a humanização com o cliente é pregada com grande ênfase pelas faculdades de enfermagem e pelos hospitais. Observamos rotineiramente que são inúmeras atribuições destinadas ao profissional enfermeiro. Sendo este responsável também dentre outras atividades pela assistência direta ao paciente, assistência esta que é comprometida devido à predominância de atividades gerenciais, sobretudo com ênfase no gerenciamento dos serviços.

Com esta pesquisa gostaríamos de saber se estas atividades administrativas muitas vezes burocratizadas pelos hospitais afasta o enfermeiro de suas atividades assistências e se isso prejudica na humanização com o cliente. E para entender tais acontecimentos buscaremos estudar a prática da enfermagem desde o nascimento do hospital até os dias atuais.

Diante da nossa experiência como auxiliares de enfermagem observamos que a grande maioria dos enfermeiros em sua atuação esta voltada para assuntos burocráticos, o que nos levou a indagar qual a importância do cuidado para estes profissionais e se a assistência de enfermagem tem um valor em suas práticas realizadas, ou se ocorre alguma dificuldade em relacionar a assistência à atividades burocráticas. Ao avaliar a rotina das instituições podemos observar que o enfermeiro gasta grande parte do seu tempo resolvendo problemas que na sua grande maioria não são relacionados diretamente a enfermagem,e que já existe uma cultura acerca deste fato se assim pode se dizer,que esses demais profissionais já estão habituados a essa cultura,o que também atrapalha o cotidiano da enfermagem. Sabe-se que o enfermeiro é um gestor da assistência, mas ele não pode deixar o cuidado de lado, pois é essencial que ele esteja perto do paciente avaliando possíveis complicações que este venha apresentar. Porém o que se vê na prática é que a assistencia fica em segundo plano ou nunca é realizada. O que nos preocupa é se esses profissionais estão realmente cientes desta falha ou se não o fazem por não ter comprometimento com suas atribuições legais. O incentivo a realizar este trabalho destina-se a conscientizar os novos profissionais.

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1.INTRODUÇÃO

Desde a concepção da enfermagem como profissão, o parcelamento do trabalho entre os diferentes membros da equipe teve na gerência o elo de articulação das atividades e de sua integração ao processo de trabalho em saúde como um todo. O processo de trabalho foi, desde então, organizado e controlado pelo enfermeiro com uso de instrumentos administrativos para alcançar as necessidades da clientela e as metas da organização na qual atua. Dessa forma, a gerência configura-se como ferramenta do processo cuidativo, pois busca organizar o trabalho e desenvolver condição para a realização da assistência de enfermagem(1).

Para organizar e controlar o processo de trabalho, o enfermeiro se instrumentaliza por meio do conhecimento técnico-administrativo desde o período de formação acadêmica. Entretanto, não se pode supervalorizar a gestão sem que ela seja voltada para a sustentação da qualidade assistencial, pois a função administrativa é essencial para a execução eficaz do cuidado de enfermagem, são duas práticas articuladas. Desta forma, não é possível que o enfermeiro administre sem assistir (1). Portanto, faz-se necessário repensar o modelo de organização do trabalho em saúde, a fundamentação teórica para a prática e a produção de conhecimento com o intuito de fundamentar a prática da enfermagem com o cuidado como ponto central.

Existe uma dificuldade de muitas instituições de ensino superior adequarem a formação do enfermeiro às Diretrizes Curriculares Nacionais e formarem profissionais aptos a transformar a realidade na qual se inserem de maneira crítico-reflexiva (2). As Diretrizes Curriculares Nacionais-DCNs trazem no seu artigo quarto que a formação do enfermeiro objetiva desenvolver no profissional os conhecimentos para o exercício das seguintes competências e habilidades gerais: Atenção à saúde, Tomada de decisões, Comunicação, Liderança, Administração/gerenciamento e educação permanente (2).

Os enfermeiros, durante todo o seu processo de formação, são introduzidos a um papel profissional idealizado, onde aprendem a valorizar o cuidado individualizado aos pacientes, com base em conhecimentos científicos, como a sua principal atividade profissional. No entanto, ao se inserirem no âmago de uma organização, deparam-se com a necessidade de assumir diversas tarefas e funções, além das assistenciais, principalmente aquelas de caráter administrativo(2).

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Entretanto, o fato de os enfermeiros realizarem demasiadamente atividades administrativas no seu trabalho tem causado polêmica na profissão, sobretudo devido ao seu afastamento do cuidado direto aos pacientes(3-4). O processo de trabalho da

enfermagem, no modelo clínico individual, abarca o processo de trabalho do cuidar e o processo de trabalho administrar. O primeiro tem sido desenvolvido, em grande parte, pelas categorias subordinadas ao enfermeiro e o segundo se refere às atividades mais desenvolvidas pelos enfermeiros com a finalidade de organizar o processo de trabalho do cuidar e a infraestrutura necessária para a realização desse processo(3-4).

Os estudos realizados entre as décadas de 60 e 90 demonstraram que os enfermeiros têm se dedicado principalmente às tarefas de organização do serviço de enfermagem e de sua sintonia com os demais serviços hospitalares. Observou-se também que esses profissionais têm assumido postura de obediência e passividade aos critérios estabelecidos pelas instituições, consequentemente, seguindo, sem muitos questionamentos, as normas, rotinas e regulamentos impostos (3-5). É necessário destacar que esses estudos mostram, sobretudo, que o trabalho dos enfermeiros pouco se alterou nesse período, pois continuam realizando predominantemente atividades administrativas de caráter burocrático, sendo mais desenvolvidas aquelas que atendem às expectativas médicas, seguidas das expectativas da organização hospitalar e, por fim, as que emanam do próprio serviço de enfermagem(3-5). Nesse contexto, os profissionais realizam uma

administração do serviço essencialmente voltada para a tecnoburocracia hospitalar (6).

Na realidade, tem-se verificado que o enfermeiro toma a posição de gerente do serviço de enfermagem e, até certo ponto, da organização institucional, segundo a lógica do controle técnico e social (6). É isso que a instituição espera dele, porque precisa de

alguém que conheça a essência do trabalho de enfermagem e não para executá-lo, pois, dessa forma, haveria a necessidade de muitos enfermeiros, o que não convém, visto que se torna oneroso, ameaçando o lucro(7). Como consequência dessa situação, o processo de trabalho do cuidar tem sido delegado aos auxiliares e aos técnicos de enfermagem, sob a supervisão e o controle do enfermeiro (8). Cabe lembrar que, no Brasil, essa divisão de trabalho na enfermagem se fortalece a partir da expansão técnica e burocrática das instituições hospitalares e com a legitimação do pessoal auxiliar com a Lei nº 795/1949, que cria, oficialmente, os cursos de auxiliares de enfermagem encarregados do cuidado direto ao paciente (7).

Há um conjunto de estudos sobre o processo de trabalho do enfermeiro que mostra a predominância de atividades gerenciais, sobretudo com ênfase no

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gerenciamento dos serviços. A posição de gerente da assistência de enfermagem e da organização institucional atribuída ao profissional enfermeiro vem sendo investigada, no Brasil, desde os anos 1980 e pesquisas recentes confirmam a ênfase no trabalho gerencial do enfermeiro, em especial, com base na concepção de gerenciamento do cuidado (9-10) .

Esta pesquisa permite fundamentar o pressuposto de que o processo de trabalho do enfermeiro compõe-se de duas dimensões complementares: assistencial e gerencial. Na primeira, o enfermeiro toma como objeto de intervenção as necessidades de cuidado de enfermagem e tem por finalidade o cuidado integral, no segundo, o enfermeiro toma como objeto à organização do trabalho e os recursos humanos em enfermagem, com a finalidade de criar e implementar condições adequadas de cuidado dos pacientes e de desempenho para os trabalhadores(11).

A constituição histórica da enfermagem no interior do sistema hospitalar, de um lado para assegurar o bom funcionamento da instituição e da ordem médica e, de outro, para prestar cuidados contínuos aos pacientes nas 24 horas, permitiu a esses profissionais configurar um saber fazer assistencial e de coordenação da assistência (12).

Ao considerar que o cuidado é a marca e o núcleo do processo de trabalho de enfermagem, entende-se que as atividades gerenciais do enfermeiro deveriam ter como finalidade a qualidade do cuidado de enfermagem, de modo que a cisão entre a dimensão assistencial e gerencial compromete essa qualidade e gera conflitos no trabalho do enfermeiro, seja do profissional com a sua própria prática, seja na sua relação com a equipe de enfermagem e a equipe de saúde (12).

Portanto interessa-nos saber: Será que o enfermeiro consegue perceber que seu cotidiano profissional está mais centrado em atividades burocratizadas exigidas pelas instituições, afastando-o da assistência direta ao paciente? Quais seriam as dificuldades encontradas por este profissional para focar significativamente a assistência direta ao paciente?

Partimos do pressuposto que as instituições de saúde exigem do enfermeiro, demasiadas atividades gerenciais burocratizadas impedindo esse profissional de exercer suas atividades assistenciais que são de imensa importância para uma melhor assistência de enfermagem. Com isso podemos perceber que este profissional já inicia sua atuação inserida nesta cultura, ou seja, de que o enfermeiro tem papel de gestor deixando de lado a vivencia com o paciente. Grande parte deste contexto posto pelas instituições

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força o enfermeiro a omitir o seu papel, esquecendo-se de que a enfermagem tem como principal função a assistência e o cuidado direto ao paciente.

Dessa forma este trabalho tem grande importância para os futuros enfermeiros e para os que já atuam, contribuindo para uma reflexão acerca dos fatores que estão relacionados a esta temática, analisando o contexto profissional, o comprometimento com o cliente e suas atribuições legais. Essa reflexão se faz fundamental para uma atuação adequada do enfermeiro não só como gestor em saúde, mas também como cuidador efetivo, responsável por suas atribuições, no sentido de garantir a melhoria do cuidado de Enfermagem .

O enfermeiro precisa rever sua postura e ocupar seu espaço com a certeza de que faz parte de uma classe que tem total autonomia para garantir uma assistência de qualidade.

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2.OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Compreender o cotidiano profissional do enfermeiro no seu ambiente atuação

2.2 Objetivos específicos

Identificar as dificuldades encontradas pelo enfermeiro que comprometem o cuidado ao paciente

Analisar as dificuldades encontradas pelo enfermeiro que comprometem o cuidado ao paciente

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3. REFERENCIAL TEÓRICO

A pesquisa pautar-se-á na Teoria de Representações sociais, que conforme proposto por Spink (13), são representações socialmente elaboradas e compartilhadas, que contribuem para a construção de uma realidade comum entre as pessoas, permeando a comunicação destas. Deste modo, afirma-se que essas representações são, em sua essência, fenômenos sociais que, precisam ser entendidos a partir do contexto em que são produzidos (9).

Para Spink(13), as representações sociais constituem uma vertente teórica da Psicologia Social. Ainda segundo a visão de Spink(13), dentro da teoria das representações sociais, há um posicionamento sobre a relação do indivíduo com a sociedade, “(…) que foge tanto ao determinismo social—onde o homem é produto da sociedade — quanto ao voluntarismo puro, que vê o sujeito como livre agente” (13: 304)

De acordo com essa autora, busca-se um posicionamento mais integrador que, mesmo situando o homem no processo histórico no qual está inserido, abre lugar também para as forças criativas da subjetividade. Ao abrir espaço para essa subjetividade, acaba por trazer a tona, também a questão do afeto: Sob essa ótica, é possível afirmar que as representações sociais não são, meras expressões cognitivas, mas são permeadas, também, pelo afeto.

Pretendemos conhecer as representações sociais sobre a visão das profissionais do sexo quanto ao atendimento da equipe de enfermagem, bem como identificar os fatores que levam as profissionais do sexo a procurar ou não atendimento na área de saúde.

As Representações Sociais impõem e edificam conhecimentos sociais que dão espaço ao indivíduo no mundo e, e dando este espaço, definem sua identidade social e sua forma de se relacionar neste mundo.

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4.MÉTODO

4.1Tipo de estudo

Trata-se de uma pesquisa qualitativa. A pesquisa qualitativa baseia-se em concepções amplas, que não aceitam que o indivíduo seja estudado de maneira fragmentada, trazendo a ideia de que a compreensão da totalidade deve ser considerada não só individualmente, mas também, nas inter-relações com o outro e o meio, sobretudo, a comunicação entre os sujeitos e o pesquisador. Por meio desta modalidade de pesquisa, tem-se a possibilidade de uma compreensão, o aclaramento dos sentidos, a valorização das palavras e o esclarecimento de aspectos diversos de uma mesma realidade.(14)

No contexto da metodologia qualitativa aplicada à saúde, emprega-se a concepção traduzida da Ciências Humanas, segundo as quais não se busca estudar o fenômeno em si, mas entender seu significado individual ou coletivo para a vida das pessoas. (15)

Escolheu-se utilizar uma abordagem qualitativa, por acreditar que por meio desta possamos compreender o cotidiano profissional do enfermeiro no seu ambiente atuação, identificar e analisar as dificuldades encontradas pelo enfermeiro que comprometem o cuidado ao paciente.

4.2. Local de Estudo

A pesquisa será realizada no Hospital Estadual Mário Covas, uma instituição hospitalar de grande porte, vinculada ao Sistema Único de Saúde, localizada em Santo André, no Grande ABC. Este hospital possui características voltadas para procedimentos diagnósticos e terapêuticos de alta complexidade, oferecendo retaguarda aos serviços de saúde dos sete municípios que compõem o Grande ABC - Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, em atendimento exclusivo aos pacientes do Sistema Único de Saúde, com prévio agendamento. O estudo será realizado em quatro setores de Clínica Médica e Cirúrgica.

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4.3 População

A população deste estudo será constituída de 20 enfermeiros que trabalham nos setores de clínica médica e cirúrgica nos períodos matutino, vespertino e noturno.

4.4 Pré teste

Será realizado um pré-teste para análise da clareza das questões norteadoras e do teor das respostas com vista aos objetivos do estudo, antes da efetivação da coleta de dados. Após a avaliação do pré-teste com possível reformulação, será realizada a coleta de dados.

4.5 Procedimentos de coletas de dados

Para a coleta de dados será utilizada a técnica de entrevista semi-estruturada que será gravada com o conhecimento e a autorização dos sujeitos da pesquisa. Para a realização da entrevista semi-estruturada será utilizado um roteiro norteador com 14 questões baseadas nos objetivos propostos para este estudo (ANEXO 1). Esse roteiro foi baseado na vivência dos pesquisadores em hospitais e também, como dito anteriormente, está relacionado com os objetivos propostos para este estudo. Será garantido a cada um o sigilo e o anonimato dos relatos após a anuência e a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido de cada uma delas (ANEXO 2).

A entrevista semi-estruturada ao mesmo tempo em que valoriza a presença do investigador, oferece todas as perspectivas possíveis para que o informante alcance a liberdade e a espontaneidade necessárias, enriquecendo a investigação (16).

Existem vantagens e desvantagens em se gravar uma entrevista. Entre as vantagens estão: registro imediato de todas as verbalizações e mais tempo para o entrevistador prestar atenção no entrevistado; entre as desvantagens estão: o constrangimento do entrevistado frente à gravação e o trabalho para a transcrição das respostas ( 16).

A pesquisa obedecerá aos critérios estabelecidos pela Resolução 196/96, que preconiza e regulamenta os aspectos éticos legais da pesquisa com seres humanos. Será

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garantido o anonimato desses alunos, bem como sua desistência, sem prejuízo, em qualquer momento da realização do trabalho. Para isso, foi elaborado um roteiro norteador que está diretamente relacionada com os objetivos propostos neste estudo (Anexo 2)

4.6 Descrição da Coleta de Dados

Inicialmente será entregue uma carta-ofício (ANEXO 3) ao responsável pela instituição hospitalar, solicitando a autorização para a realização da pesquisa.

Mediante a autorização deste e a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, os sujeitos foram previamente esclarecidos sobre o objetivo da pesquisa, sua participação voluntária, a garantia de sigilo de suas respostas e o preenchimento do “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido”.

Os indivíduos serão contatados individualmente, e aqueles que aceitarem, serão entrevistados de acordo com a disponibilidade de cada um.

4.7 Análise de dados

As entrevistas serão analisadas pelo método de Análise de Conteúdo que segundo Bardin trata-se de:

“... um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter procedimentos sistemáticos e objetivos da descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens". (17)

Inicialmente, será trabalhada a categorização dos dados, que consiste em uma operação de classificação de elementos constitutivos de um conjunto, por diferenciação e, seguidamente por reagrupamento segundo analogia, com critérios previamente definidos. A categorização é utilizada na maioria dos procedimentos de análise de conteúdo, apesar de não ser obrigatória.(17)

As categorias reúnem um grupo de elementos: as unidades de registro, no caso da Análise de Conteúdo, sob um título genérico. Esse agrupamento efetuado em razão dos caracteres comuns destes elementos e tem como primeiro objetivo fornecer, por

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condensação, uma representação simplificada dos dados brutos.Trabalhamos com a classificação analógica e progressiva dos elementos, tendo o título conceitual de cada categoria, definido somente ao final da operação.

Um conjunto de categorias deve possuir as seguintes qualidades: a Exclusão Mútua, cada elemento não pode existir em mais de uma divisão, evitando assim ambigüidades. A homogeneidade quando em um mesmo conjunto categorial, só se pode funcionar com um registro e com uma dimensão da análise, ou seja, organizada segundo um único princípio. A pertinência, por estar adaptada ao material de análise escolhido, e pertencente ao quadro teórico definido. Objetividade e fidedignidade – as variáveis da análise devem estar bem definidas assim como os índices que determinam a inclusão de um elemento numa categoria; e por fim A produtividade que deve fornecer resultados férteis, ou que permitam inferências, em hipóteses novas e exatidão nos dados.(17)

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5.ANÁLISE DE RISCOS E BENEFÍCIOS PARA A POPULAÇÃO ESTUDADA

Os sujeitos que farão parte da população de estudo poderão sofrer riscos de constrangimento quanto ao questionamento. Os benefícios serão traduzidos em conhecimentos para a população estudada, proporcionando a reflexão sobre a realidade em que trabalham, podendo assim, encontrar alternativas para transformá-la, encontrando novas e mais produtivas formas de trabalho.

6. RETORNO E BENEFÍCIO PARA A POPULAÇÃO ESTUDADA

Após o a entrega do relatório final, os resultados serão divulgados para a Instituição, campo de pesquisa, que poderá comunicar aos sujeitos, proporcionando a reflexão sobre a realidade em que trabalham, podendo assim, encontrar alternativas para transformá-la, encontrando novas e mais produtivas formas de trabalho.

7. ÉTICA EM PESQUISA COM SERES HUMANOS

Este estudo utilizou seres humanos, que são os enfermeiros de uma Instituição de Saúde. Obedecendo à RESOLUÇÃO Nº 466, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012, o estudo será submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Fundação do ABC, filiado ao Conselho Nacional de Pesquisa com Seres Humanos (CONEP).

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8.ORÇAMENTO FINANCEIRO DETALHADO

Esta pesquisa consiste em um requisito acadêmico da disciplina de Estudos Metodológicos da Faculdade de Medicina do ABC e todos os custos de impressos, fotocópias e transporte da pesquisadora para acesso aos sujeitos, serão subsidiados pela mesma, não incorrendo em qualquer comprometimento financeiro por parte da instituição – campo de pesquisa.

No. MATERIAL QUANTIDADE VALOR UNITÁRIO (R$) VALOR SUB-TOTAL (R$) 1. XEROX 300 cópias 0,10 40,00 2. PAPEL 150 folhas 0,05 7,50

3. TINTA PARA IMPRESSORA 01 cartucho preto (ref HP Mod. 692c)

130,00 130,00

4. TRANSPORTE 20litros 2,70 45,00

5. ENCADERNAÇÃO 01 36,00 36,00

TOTAL 258,00*

 Este valor deverá ser de inteira responsabilidade dos acadêmicos

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17 9.CRONOGRAMA FASES E ETAPAS Meses/ano 12/13 01-02/14 03/14 04/14 05/14 06/14 07/14 08/14 Estudos Metodológicos e Definição do Tema X Problema e Justificativa X Elaboração do Método de Trabalho x Finalização do Projeto e encaminhamento ao Comitê de Ética x Pré-teste do Instrumento de Coleta de Dados X Coleta de Dados x

Análise dos Dados e

Resultados x Conclusão x Revisão Final e Resultados x Encadernação e entrega do TCC x

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10.REFERENCIAS

1. Rossi FR, Silva MADS. Fundamentos para processos gerenciais na prática de cuidado. Rev Esc Enferm USP.2005;39(4):460-8.

2.Brasil. Resolução n. 3, de 7 de novembro de 2001. Dispõe sobre as diretrizes curriculares nacionais do

curso de graduação em enfermagem. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 9 nov. 2001.Seção 1, p. 37.

3. Trevizan MA. Estudo das atividades dos enfermeiros-chefes de unidades de internação de um hospital-escola.[dissertação]. Ribeirão Preto (SP): Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP; 1978.

4. Fernandes MS. A função do enfermeiro nos anos 90: réplica de um estudo. [dissertação]. Ribeirão Preto (SP): Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP; 2000.

5. Ferraz CA. Gerenciamento de enfermagem: do modelo burocrático à administração flexível. In: SOBRAGEN -Sociedade Brasileira de Gerenciamento em Enfermagem. Caderno de atualização científica.. O domínio da transição no gerenciamento de enfermagem para o século XXI. Série Medicina & Saúde. São Paulo (SP): Frontis Editorial; 1997. p. 3-15.

6. Ferraz CA. A transfiguração da administração em enfermagem – da gerência científica à gerência sensível. [tese]. Ribeirão Preto (SP): Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP; 1995.

7. Barreto TVS, Paulo JFV, Oliveira I, Araújo VAC. A prática de enfermagem em hospitais de Mossoró: da teoria à realidade. Rev Bras Enfermagem 1992 janeiro-março; 45(1):60-73.

8. Brutscher SM. Análise da atuação da enfermagem no ambulatório: a distância entre ser e deve ser. Brasília (DF):

Universidade de Brasília; 2000.

9.Lima MADS, Almeida 1. MCP. O trabalho de enfermagem na produção de cuidados de saúde no modelo clínico. Rev Gaúcha Enferm. 1999; 20(Esp):86-101.

10. Gustavo AS, Lima MADS. Idealização e realidade no trabalho da enfermeira em unidades especializadas.

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11. Felli VEAF, Peduzzi M. O trabalho gerencial em enfermagem. In: Kurcgant P, coordenadora. Gerenciamento em enfermagem. São Paulo (SP): Guanabara Koogan; 2005; p.1-13.

12. Lopes NM. Recomposição profissional da enfermagem. Coimbra (PT): Quarteto ed.; 2001.

13. SPINK, Mary Jane P.. O conceito de representação social na abordagem psicossocial. Cad.

Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, set. 1993

14Fustinoni,S. M, Matheus, M. C. C. Pesquisa Qualitativa: Características E Abordagem. In: Barros Smo. Iniciação Em Metodologia da Pesquisa Para Enfermeiros. São Paulo: Frontis Editorial; 1998. P.33-45.

15. Turato, E.R. Métodos Qualitativos E Quantitativos Na Área da Saúde: Definições,

Diferenças E Seus Objetos de Pesquisa. Ver. Saúde Pública, Jun.2005, Vol39,No 3, P. 507-514. Isnn 0034-8910.

16. Triviños ANS. Introdução à pesquisa em ciências sociais – a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas; 1987. Acessado em 28 de Maio de 2008

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11-ANEXOS E APÊNDICES

ANEXO 1- ROTEIRO NORTEADOR PARA AS ENTREVISTAS

1- Quais atividades você desenvolve aqui no hospital?

2- Como você organiza as atividades assistenciais? E as administrativas?

3- Você tem que preencher muitos formulários? isso te atrapalha de alguma forma? Por que?

4- Você acredita que o enfermeiro é um gestor do cuidado ou da burocracia?

5- Qual a importância de se realizar o exame físico? E você o faz pelo menos uma vez no dia em algum paciente?

6-Você costuma ouvir o paciente e sua família?

7- Se você deixar de preencher algum papel referente ao seu trabalho burocrático, o que pode acontecer?

8-Você consegue desenvolver suas atividades como gostaria?

9- Você considera a burocratização do serviço de enfermagem necessária? Por que? 10- Se você fosse o enfermeiro gestor do hospital, qual alternativa adotaria para resolver esses problemas?

11-Você passa muito tempo do seu dia resolvendo problemas que não é da sua competência? Quais por exemplo?

12- O quanto você acha que isso prejudica na sua assistência?

13- Em relação a sua gerencia, existe cobrança em torno da burocracia? ou você se sente a vontade para realizar atividades assistências?

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ANEXO2- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidada a participar da pesquisa intitulada: “O COTIDIANO DO ENFERMEIRO: DIFICULDADES E DESAFIOS NA PROFISSÃO”. O objetivo deste estudo é compreender o cotidiano profissional do enfermeiro no seu ambiente atuação, identificar e analisar as dificuldades encontradas pelo enfermeiro que comprometem o cuidado ao paciente. A sua participação neste estudo consiste em dar uma entrevista que será gravada. Nessa entrevista você responderá 14 questões que dizem respeito a sua rotina de trabalho, são elas: Quais atividades você desenvolve aqui no hospital?; Como você organiza as atividades assistenciais? E as administrativas?; Você tem que preencher muitos formulários? Isso te atrapalha de alguma forma? Por que?; Você acredita que o enfermeiro é um gestor do cuidado ou da burocracia?; Qual a importância de se realizar o exame físico? E você o faz pelo menos uma vez ao dia em algum paciente?; Você costuma ouvir o paciente e sua família?; Se você deixar de preencher algum papel referente ao seu trabalho burocrático, o que pode acontecer?; Você consegue desenvolver suas atividades como gostaria? ; Você considera a burocratização do serviço de enfermagem necessária? Por que?; Você passa muito tempo do seu dia resolvendo problemas que não é da sua competência? Quais por exemplo?; O quanto você acha que isso prejudica na sua assistência?; Em relação a sua gerencia, existe cobrança em torno da burocracia? você se sente a vontade para realizar atividades assistências?; Você delega alguma atividade sua para outras pessoas?

O tempo estimado para responder as questões é de aproximadamente 45 minutos.

Esta pesquisa trará maior conhecimento sobre este tema e seus resultados poderão ser utilizados para ajudar na melhora do seu trabalho profissional. Sua participação é voluntária e pode envolver risco de constrangimento para você.

A sua participação no estudo não acarretará custos, como também não será disponível nenhuma compensação financeira adicional à você. Garanto que suas informações servirão única e exclusivamente com fins de pesquisa. Não serão divulgadas à outras pessoas, pois será mantido sigilo absoluto quanto a sua identidade. Entretanto, você está livre para recusar-se a participar d a pesquisa, assim como retirar este consentimento a qualquer momento, sem penalização ou prejuízo a você.

_________________________ ____________________________ Rúbrica do participante Rúbrica do pesquisador principal

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Não haverá nenhum tipo de identificação ou qualquer dado que comprometa sua pessoa. Você poderá ter acesso ao estudo a qualquer momento e também, poderá ter a retirada de seu consentimento em qualquer fase da pesquisa. Esta pesquisa será concluída no segundo semestre de 2014 e você poderá esclarecer suas dúvidas a qualquer tempo. Desta forma, solicitamos sua colaboração para responder as questões durante a entrevista, e, para isto, necessitamos de seu livre consentimento.

Em caso de dúvidas você pode entrar em contato com a pesquisadora principal Profª Drª Simone de Oliveira Camillo no telefone: (11) 996864336 e e-mail:

si.camillo@uol.com.br; ou pelos alunos assistentes : Bruno de Jesus no telefone (11) 980166765 e Iolanda Herculano no telefone (11) 980166765.

É importante mencionar que este estudo foi analisado e autorizado pelo CEP (COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA), órgão que tem por objetivo proteger o bem-estar dos indivíduos pesquisados. O cep é responsável pela avaliação e acompanhamento dos aspectos éticos de todas as pesquisas envolvendo seres humanos, visando assegurar a dignidade, os direitos, a segurança e o bem-estar dos sujeitos da pesquisa.

Se você tiver dúvidas e/ou perguntas sobre seus direitos como participante deste estudo e/ou insatisfeito com a maneira como o estudo está sendo realizado, você pode entrar em contato com o COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA (CEP) DA FACULDADE DE MEDICINA DO ABC pelo endereço: avenida Príncipe de Gales, 821 – 1º andar - prédio: CEPES – SANTO ANDRÉ – sp – ou pelo telefone: (11)-4993-5453. o horário de atendimento é de segunda à sexta das 07h00 às 17h00.

____________________________________

Simone de Oliveira Camillo (pesquisador responsável)

Faculdade de Medicina do ABC – Avenida Príncipe de Gales, 821 – Santo Anddré – SP – Tel.:4993-5439/ e-mail: si.camillo@uol.com.br

_________________________ ____________________________ Rúbrica do participante da pesquisa Rúbrica do pesquisador principal

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DECLARAÇÃO DO(A) PARTICIPANTE

Eu,_____________________________________________________ declaro que, após convenientemente esclarecido pela pesquisadora e ter entendido o que me foi explicado, consinto em participar do presente estudo. Preenchi duas vias de igual teor onde recebi uma cópia deste termo de consentimento livre e esclarecido e me foi dada a oportunidade de ler e esclarecer as minhas dúvidas.

________________________________ _______________________ Assinatura do participante Assinatura do pesquisador principal

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PARTICIPANTE DA PESQUISA

1. Nome do participante:_________________________________________________ Data de nascimento:____/____/____ Sexo: M ( ) F ( ) RG:______________________ Endereço:______________________________________Nº:_______Apto:_________ Bairro: _______________________________Cidade:__________________________ CEP:________________________Telefones:________________________________

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ANEXO 3- CARTA-OFÍCIO AO RESPONSÁVEL PELA INSTITUIÇÃO HOSPITALAR, SOLICITANDO A AUTORIZAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DA PESQUISA

Santo André, 02 de setembro de 2013. IImo Sr.

Prof. Dr. __________________________________________ D. D. Diretor Clínico do Hospital Estadual Mário Covas Santo André

Eu, Simone de Oliveira Camillo, docente do Curso de Enfermagem da Faculdade de Medicina do ABC (CE-FMABC), encaminho os alunos Bruno de Jesus e Iolanda Herculano que cursam o 3º ano do CE-FMABC e pretende desenvolver o trabalho de pesquisa intitulado: “O COTIDIANO DO ENFERMEIRO: DIFICULDADES E DESAFIOS NA PROFISSÃO” e solicito a V. Sª. a autorização para a aplicação do Instrumento de Coleta de Dados, nesta instituição, junto aos sujeitos que farão parte da população desta pesquisa.

A coleta de dados será realizada com os enfermeiros dos períodos matutino, vespertino e noturno dos setores de Clínica Médica e Cirúrgica, do Hospital Estadual Mário Covas, conforme explica o projeto de pesquisa que encaminho para apreciação.

O projeto desta pesquisa será submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Faculdade de Medicina do ABC, previamente à coleta de dados, para avaliação das questões éticas em pesquisa e só será efetiva após sua aprovação.

Agradeço antecipadamente sua atenção e reitero votos de estima e apreço. Respeitosamente,

____________________________________ Profª Drª SIMONE DE OLIVEIRA CAMILLO

Profª. Disc. Enfermagem em Saúde Mental, Psiquiatria e Relacionamento Interpessoal do CEFMABC.

_________________ _________________________________

Bruno de Jesus

Aluno do 3º ano de Graduação do CEFMABC

Iolanda Herculano

Aluna do 3º ano de Graduação do CEFMABC

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