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Homo Economicus e Finanças Racionais. Introdução. Aula de Fernando Nogueira da Costa.

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Academic year: 2021

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(1)

Homo  Economicus  e  

Finanças  Racionais  

Introdução  

 

Aula  de  Fernando  Nogueira  da  Costa  

 

 

(2)

Homem  econômico:  abstração  

•  Século  XIX:  fragmentação  do  objeto  de  pesquisa,  ou  seja,    

a  repar8ção  da  realidade  para  fins  de  inves<gação  analí<ca.    

•  O  estudo  das  ações  econômicas  do  homem  poderia  ser  feito  

abstraindo-­‐se  as  outras  dimensões  culturais  do  comportamento   humano:  dimensões  morais,  é<cas,  religiosas,  polí<cas,  etc.,    

além  das  influências  psicológicas.    

•  Teóricos  concentraram  seu  interesse  naquilo  que  eles  

iden<ficaram  como  as  funções  elementares  exercidas  por  todo  e  

qualquer  agente  econômico:  a  produção,  a  distribuição,    

(3)

Dis<nção  entre  a  “ciência”  e    

a  “arte”  da  economia  polí<ca  

• 

A  dis<nção  entre    

a  ciência  da  economia  pura  e  estritamente  posi?va    

(“o  que  é”)  e    

a  arte  da  economia  impura  e  inerentemente  norma?va    

(“o  que  deveria  ser”)  surgiu  a  princípio  nos  escritos  de  

Nassau  William  Senior  (1790-­‐1864),  defensor  da  

aplicação  do  método  dedu8vo-­‐lógico  à  ciência  econômica,  

e  John  Stuart  Mill  (1806-­‐1873),  proponente  de  que    

a  indução  a  par8r  de  dados  fornecidos  pela  experiência  

sensível  seria  o  único  método  adequado    

para  a  descoberta  da  verdade.  

(4)

Vício  ricardiano”:  propensão  de  aplicar    

modelos  econômicos  altamente  abstratos  diretamente  

à  solução  de  problemas  prá<cos  

•  Ao  passar  da  “ciência”  para  a  “arte”  da  economia  polí<ca,     os  metodologistas  compreenderam  que,  necessariamente,   entravam,  no  percurso,  premissas  é8cas  extra  cienGficas.    

•  Também  entenderam  que  elementos  não-­‐econômicos    

tomados  de  outras  ciências  (sociologia,  polí<ca,  psicologia,  

etc.)  eram  requeridos,  além  dos  julgamentos  de  valor,     para  resolver  problemas  prá?cos.    

•  A  economia  pura  nunca  deveria  aconselhar,  diretamente,    

os  tomadores  de  decisões,  seja  de  polí<ca  econômica,    

(5)

John  Neville  Keynes  (1852-­‐1949):    

Scope  and  Method  of  Poli8cal  Economy  (1891)    

•  Efetuou  a  classificação  tríplice  de  níveis  de  abstração  

diferenciados.    

•  Em  termos  contemporâneos,  estabeleceu-­‐se  a  divisão  entre   “economia  pura”  e  “economia  aplicada”,  aquela  seria  apenas     a  “economia  posi<va”  e  esta  úl<ma  envolveria  a  ponte  entre    

a  “ciência  posi?va”  e  a  “arte”  da  tomada  de  decisões  econômicas,     ou  seja,  a  camada  intermediária  de  abstração  em  que  se  

reincorporaria  todas  as  outras  ciências  antes  abstraídas.    

•  Esta  mediação  seria  condição  sine  qua  non  para  não  se  incorrer  no  vício  ricardiano”:  a  economia  aplicada  à  análise  histórica  

necessita  datar  e  localizar  os  problemas  prá8cos  a  ser  enfrentados   pela  tomadores  de  decisões.     5  

(6)

homo  economicus  

•  O  termo  “homem  econômico”  [homo  economicus]  foi  usado     pela  primeira  vez  no  século  XIX  por  crí8cos  do  método  proposto  

por  Mill  (1836)  para  a  economia  polí8ca.    

•  O  que  incomodava  aos  seus  crí?cos  era  a  passagem  em  que   sugeria  que  “a  economia  polí<ca  não  deveria  tratar  o  conjunto    

da  natureza  humana  como  modificada  pelo  ambiente  social,    

nem  do  comportamento  completo  do  homem  em  sociedade”.    

•  “Sua  preocupação  com  ele  deveria  se  restringir  a  tratá-­‐lo  como   aquele  que  deseja  possuir  riqueza  e  possui  a  capacidade  de  julgar  

(7)

Homem  econômico  racional:  

não  é  pura  ficção    

•  Na  medida  em  que  é  possível  avaliar  o  grau  de  irracionalidade   em  situação  real,  é  possível  prever  o  desvio  real  em  relação  ao  

comportamento  ideal.  

•  O  segundo  papel  é  fornecer  escape  para  teoria    

cujas  previsões  falham,  embora  “tudo  mais,    

inclusive  as  condições  não  econômicas,  sejam  constantes”.    

•  Seu  comportamento  resultaria  no  valor  verdadeiro  de  variáveis  

econômicas  comportamentais,  isto  é,  aquele  que  seria  deduzido  

pelo  agente  perfeitamente  racional  nas  condições  especificadas.    

•  Portanto,  se  os  agentes  econômicos  reais  não  o  alcançam,    

(8)

Tautologia  dos  economistas  

• 

Caso  a  economia  não  fosse  como  é,  ela  seria    

como  os  economistas  imaginam  que  ela  seja.  

• 

Caso  não  8vesse  falhas,  o  mercado  seria  perfeito...  

• 

Vício  de  economista  confundir  o  mercado  abstrato    

com  o  mercado  realmente  existente:    

(9)

Postulado  da  racionalidade    

•  O  postulado  da  racionalidade  implica  em    

habilidade  para  processamento  de  informações  e  cálculo    

que  beira  “a  paixão  irracional  pelos  cálculos  racionais”.    

•  O  postulado  da  racionalidade  se  refere  à  mo8vação  individual,   porém  o  comportamento  no  qual  os  macro  economistas  estão  

interessados  é  o  comportamento  dos  agregados  de  consumidores,   produtores  e  inves<dores  em  diferentes  mercados.    

•  Normalmente,  esse  problema  da  agregação  é  deixado  de  lado,   presumindo-­‐se,  tacitamente,  que  todos  os  indivíduos  são  

igualmente  racionais  ou  arbitra-­‐se  sobre  as  falhas  dos  irracionais.    

(10)

Correntes  do    

Pensamento  Econômico  

Premissas  do  Neoclassicismo,

 

Monetarismo,  Novo-­‐classicismo,    

Novo-­‐keynesianismo,  Finanças  Racionais  

e  Finanças  Comportamentais

 

(11)

Neoclassicismo  

11   RA CIO N AL ID AD E   Os  agentes   econômicos   maximizam   suas  funções     de  u<lidade     e  lucro,     isto  é,  agem   racionalmente.   AT O MIS MO   Os  mercados   livres,  inclusive  

o  mercado  de   trabalho,  

tendem  para     o  equilíbrio    

via  flexibilidade   de  preços  e  

salários.   SIME TRIA  D E   IN FO RMA ÇÕ ES   Todos  os   agentes  têm   informação   perfeita    

e  jamais  se   enganam.  

(12)

Monetarismo  

RA CIO N AL ID AD E   Os  agentes   econômicos   maximizam   suas  funções     de  u<lidade     e  lucro,     isto  é,  agem   racionalmente.   IL U SÃ O  MO N ET ÁRIA  

Com  taxas  de  

inflação   crescentes,     os  salários   reais  estariam   sempre  atrás   do  crescimento  

dos  preços.   EXP

EC TA TIV AS  A D AP TA TIV AS   São  formadas     a  par<r  da  

experiência   passada,     com  ênfase   maior  para     os  períodos   mais  recentes.  

(13)

Novo-­‐classicismo  

13   RA CIO N AL ID AD

E   Os  agentes  

econômicos   maximizam  suas   funções     de  u<lidade     e  lucro,     isto  é,  agem   racionalmente.   D ES ES TA BIL IZ AÇ ÃO   Variações   previstas  na  

oferta  da  moeda     não  afetariam     a  produção,   apenas    

as  mudanças  

imprevistas    

o  fariam.   EXP

EC TA TIV AS  RA CIO N AIS   Todos  os   agentes  têm  o  

mesmo  modo  de   entender  a   economia     correspondente     à  lógica   verdadeira  de   funcionamento.  

(14)

Novo-­‐keynesianismo  

RA CIO N AL ID AD

E   Os  agentes  

econômicos   agem   racionalmente,   não  atuando   contra  os   próprios   interesses.   RIGID EZ  D E   PRE ÇO S   Estuda     os  fundamentos   microeconômicos   (ins<tuições,   contratos,   clientela,  etc.)   para  explicar     a  rigidez  de  

salários  e  preços.   D

ES CO O RD EN AÇ ÃO  

Rigidez  de  preços   decorre  de     externalidades   das  decisões   individuais  e     problemas  de   coordenação  

(15)

Finanças  Racionais  

15   FL U XO  D E   CA IXA   DESCON TA

DO   Tempo  é  dinheiro:    

certa  quan<a     de  dinheiro,    

se  recebida  hoje,   vale  mais  do  que     a  mesma  quan<a   recebida  no   futuro.   DIVERS IF IC AÇ ÃO  D E   RIS CO

S   O  porVolio  com  

a<vos  cujos   preços  serão   afetados     em  direções   opostas  por   eventos  futuros     é  menos  arriscado    

do  que  cada  a8vo   que  o  compõe.    

EF IC IÊ N CIA  D O  ME RC AD O   Como  no     mercado  eficiente   a  informação     está  disponível   para  todos,     exige-­‐se  acertar     o  caminho   aleatório  do   conteúdo  da   próxima  noycia.  

(16)

Finanças  Comportamentais  

IRRA CIO N AL ID AD E   Os investidores baseiam suas decisões em regras de bolso, cuja maioria é inconsistente, o que faz com que tenham crenças enviesadas.   DEPEN D ÊN CIA  D A   FO RMA   Os investidores têm sua percepção sobre o risco e o retorno de investimento bastante influenciada

pela forma como

o problema é apresentado.   IN EF IC IÊ N CIA  D O  ME RC AD O   Vieses heurísticos e dependência da forma desviam os preços de seus fundamentos,

não sendo apenas

pequenas anomalias randômicas

corrigidas por arbitragem.  

(17)

fercos@eco.unicamp.br  

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