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RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Curso Técnico Superior Profissional
em Comunicação, Protocolo e Organização
de Eventos
Maria José Cordeiro Pires julho 12018
Escola Superior de Comunicação, Educação e Desporto
Instituto Politécnico da Guarda
R E L AT Ó R I O D E E S T Á G I O
MARI A JOSÉ CORDEI RO PIRES
RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO DIPLOMA DE TÉCNICO SUPERIOR PROFISSIONAL EM COMUNICAÇÃO, PROTOCOLO E ORGAMIZAÇÃO DE EVENTOS
I
Escola Superior de Comunicação, Educação e Desporto
Instituto Politécnico da Guarda
Ficha de Identificação
Nome do Estagiário: Maria José Cordeiro Pires
Número: 5008917
Estabelecimento de ensino: Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto Instituto
Politécnico da Guarda
Grau: Obtenção do grau de Técnico Superior Profissional Curso: Comunicação, Protocolo e
Organização de Eventos
Docente Orientador: Prof. Doutor Nelson Oliveira
Organização acolhedora: Câmara Municipal da Guarda (Teatro Municipal da Guarda) Morada: Rua Batalha Reis nº 12, 6300-668 Guarda
Tel. [+351] 271 205 240 Fax [+351] 271 205 248 Bilheteira: 271 205 241 Email: geral@tmg.com.pt
Site: www.teatromunicipaldaguarda.pt
Supervisor: Dr. Victor Afonso,
Grau académico: Licenciatura de Educação Musical Data de início do Estágio: 26 de fevereiro de 2018 Data de fim do Estágio: 24 de julho de 2018
II “Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é um dom para
o futuro.”1
Albert Camus
III
Agradecimentos
“Um povo sem conhecimento,
saliência de seu passado
histórico, origem e cultura é
como uma árvore sem raízes.”2
Bob Marley
Antes de mais, quero agradecer ao Instituto Politécnico da Guarda (IPG), particularmente, à Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto (ESECD), pela qualidade da formação e educação que me foi proporcionada.
A todos os professores que me passaram valiosos ensinamentos, enriquecendo o meu saber e ajudando-me a evoluir em pensamento e conhecimento.
Ao Prof. Nelson Oliveira, meu orientador de estágio, por ter aceitado esta aventura, e por toda a sua exigência e rigor, ao Dr. Victor Afonso, o meu supervisor, por permitir fazer parte da história do Teatro. aos meus colegas de estágio especialmente à Francisca Martins que suportou muito o meu feitio, ao Setor Intervenção, Cultural de Animação e Associativismo (ICAA), por fim, agradeço a todos os que estiveram sempre do meu lado, e me apoiaram em todas as minhas decisões, por vezes não as melhores, mas sempre estiveram por perto.
IV
Resumo
Este relatório é alusivo ao estágio curricular realizado no Teatro Municipal da Guarda (TMG), mais propriamente no setor de intervenção, cultural de animação e associativismo (ICAA). Trata-se de uma organização, integrante da Câmara Municipal da Guarda (CMG), que está fisicamente no TMG, mas funcionalmente na CMG, consiste num espaço restrito à promoção e divulgação de atividades no âmbito da cultura e das artes. Com uma estrutura de programação firme e regular nas várias culturas e artes. Sabendo que a circulação de saberes, ideias e experiências é essencial para um são desenvolvimento cultural, reforçando os recursos locais, o TMG assevera-se como um local de encontros de todas as nacionalidades.
Este relatório está divido em dois capítulos: o primeiro é dedicado à história da Guarda e da instituição que me acolheu, caracterizando-a; no segundo capítulo, são descritas as atividades efetuadas durante o meu percurso e apresentado o plano de estágio. Nas atividades que realizei foram elas a participação em espetáculos, em acompanhamentos do cineclube, de projetos e de formações como o do Fórum Vê Portugal, tive por assim a oportunidade da realização de um teaser baseando-me nas bases que adquiri ao longo do ano, a participação no espetáculo Geração Soma e na participação nos Santos do Bairro, na FIT e no projeto Artéria onde estes foram os que estive mais próximos na realização. Por fim, consta uma reflexão final acerca das tarefas que realizei, durante os cinco meses de estágio, que contribuíram para a minha evolução enquanto pessoa e profissional.
V
Lista de Siglas
BMEL – Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço CMG – Camara Municipal da Guarda
CPOE – Comunicação Protocolo e Organização de Eventos ESECD – Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto FIT – Feira Ibérica do Turismo
ICAA – Intervenção Cultural, Animação e Associativismo IPG - Instituto Politécnico da Guarda
TeSP – Técnico de Ensino Superior e Profissional TMG – Teatro Municipal da Guarda
VI
Índice geral
Ficha de Identificação ... I Agradecimentos ... III Resumo ... IV Lista de Siglas ... V Índice geral ... VI Índice de Figuras ... IX Índice de Tabelas ... IX Introdução ... 1CAPÍTULO 1 – LOCAL DE ESTÁGIO ... 2
1. Guarda ... 3
1.1. História ... 3
1.1.1 Pontos Turísticos ... 4
1.1.2 «A cidade dos 5 F´s» ... 5
1.1.3. Cultura ... 6
2. Teatro Municipal da Guarda ... 7
2.1. Espaço físico ... 8
2.2. Missão, Valores e Visão ... 10
VII
2.4. Comunicação interna ... 11
2.5. Comunicação externa ... 12
2.6. Comunicação mista e os seus suportes ... 12
2.7. Públicos-alvo ... 13
2.8. Responsabilidade Social ... 14
2.8.1. Serviço educativo ... 15
2.8.2. Projetos com idosos ... 16
3. Análise SWOT ... 16
CAPÍTULO 2 - ESTÁGIO ... 18
2.1. Objetivos gerais e plano de estágio ... 19
2.2.1. Relações Públicas ... 20
2.2.3. Acompanhamento de espétaculos ... 21
2.2.2. Acompanhamento das atividades do cineclube ... 22
2.2.3 Acompanhamento de projetos e formações ... 22
2.2.4. Planeamento e preparação de espaços ... 24
2.2.5. Estudo de opinião ao TMG ... 24
2.3. Participação em atividades ... 25
2.3.1 FIT (Feira Ibérica de Turismo) ... 25
VIII 2.3.3. Santos do Bairro ... 26 Reflexão final ... 27 Bibliografia ... 28 Webgrafia ... 28 ANEXOS ... 30
IX
Índice de Figuras
Figura 1 - Café Concerto ... 8
Figura 2 - Grande Auditório ... 9
Figura 3 - Pequeno Auditório ... 9
Figura 4 - Atividade com o Centro de Dia ... 16
Figura 5 - The old Image of Being Loved, final ... 22
Figura 6 - Fórum Vê Portugal ... 23
Figura 7 - Geração Soma - Eu Maior ... 23
Figura 8 - captura de imagem/video ... 24
Figura 9 - aprendizagem das luzes ... 24
Figura 10 - Staff FIT ... 25
Figura 11 - Preparação para os Santos do Bairro ... 26
Índice de Tabelas
Tabela 1 - Dados das atividades ... 141
Introdução
“A grande lei da cultura é esta: deixar que cada um se torne tudo aquilo para
que foi criado capaz de ser.”3
Thomas Carlyle
O atual relatório insere-se no âmbito do estágio curricular do curso Técnico Superior e Profissional (TeSP) em Comunicação, Protocolo e Organização de Eventos (CPOE), da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto (ESECD), do Instituto Politécnico da Guarda (IPG). O estágio curricular tem como “objetivo complementar a formação académica do estudante, através do desenvolvimento de uma temática, em termos teóricos e ou práticos, na área do respetivo curso ou afins, comprovando os conhecimentos técnicos e científicos adquiridos ao longo do curso e aferindo a capacidade do estudante para a realização de tarefas próprias da atividade
técnico-profissional e científica.”4.
Decidi voltar a inscrever-me num curso, em consequência da experiência de dinâmica cultural do curso que anteriormente frequentei, que foi o técnico de Turismo Ambiental e Rural, em Macedo de Cavaleiros. Apesar de esta não ser a minha primeira opção, acabei por escolher esta área por considerar que iria ser relevante o meu futuro pessoal e profissional
O presente documento pretende descrever pormenorizadamente as atividades executadas durante o estágio e está dividido em dois capítulos: o primeiro é de contextualização, abordando o distrito da Guarda e enquadrando o Teatro Municipal da Guarda; o segundo capítulo é completamente dedicado às tarefas desenvolvidas durante os cinco meses de estágio, em consonância com o plano de estágio elaborado em conjunto com o meu supervisor na instituição aprovado pelo meu orientador (Anexo I). Por fim, consta uma reflexão final e crítica sobre o estágio.
3https://www.pensador.com/frases_que_falam_sobre_cultura/, consultado a 3 de março de 2018
Escola Superior de Comunicação, Educação e Desporto
Instituto Politécnico da Guarda
3 1.
Guarda
A cidade da Guarda, simultaneamente sede de freguesia, concelho e distrito, possui um magnifico património construído, herdado ao longo dos seus muitos anos de História. Está situada no centro da região Beirã, entre o planalto Guarda-Sabugal e a Serra da Estrela.
“Implantada na paisagem montanhosa da Serra da Estrela, a Guarda foi um dos mais importantes redutos de um conjunto de fortificações que defendiam a fronteira portuguesa com Castela e Leão na idade Média. Com vestígios de ocupação humana desde a Pré-História, a cidade mais elevada de Portugal foi oficialmente fundada por D. Sancho I, que lhe atribuiu foral em 1190. A porta guardada do território nacional é também a porta de entrada de um distrito a descobrir onde se cruzam a rota das Aldeias Históricas com os Castelos de Fronteira, a rota das Judiarias e a
Pré-História do país.”5
O concelho da Guarda localiza-se no interior de Portugal, no último esporão Norte da Serra da Estrela, sendo a altitude máxima de 1056 m. A sede do concelho é à cidade mais elevada do país, com domínio visual dos vales do Mondego e do Côa, o que cedo foi aproveitado para fator preponderantemente defensivo e partilha os cerca de 712,11 km2 de área com as bacias hidrográficas de cursos de águas importantes, como os Rios Mondego, Zêzere e Côa.
Após 2013, com a reorganização administrativa, passou de 55 para apenas 43 freguesias. Segundo os Censos de 2011, tem um total de 42 541 habitantes6.
1.1. História
Nas primeiras épocas da romanização da Península Ibérica residiam nos territórios da agora região da Guarda povos lusitanos. Entre eles os igeditanos, os lancienses, os opidanos e os transcudanos. Estes povos unificados sob uma genuína aliança chegariam a opor-se, à romanização durante mais de dois séculos. “Durante muito tempo os historiadores julgaram que a civitas Egitânia se
5http://www.centerofportugal.com/pt/guarda/, consultado a 24 de setembro de 2018
4 localizava na Guarda, mas mais recentemente chegou-se à certeza de que tal localização é em Idanha-a-Velha. Confinando com os terrenos dos Igaeditania, a norte estavam os dos Lancienses cuja capital, a civitas Lancia Oppidana, foi referida a curta distância da atual atualização da Guarda. Esta teoria foi defendida acerrimamente pelo General João de Almeida, o que levou alguns critico a menosprezá-la, no entanto, todas as pesquisas seguintes indicam a sua veracidade. Já o nome de Guarda terá sido uma derivação de um castro sobranceiro ao Rio Mondego, o Castro
de Tintinolho, identificada como a Ward visigótica.”7
1.1.1 Pontos Turísticos
Com resultado, ao atribuir a carta de foral à Guarda, o rei povoador concedia-lhe um símbolo máximo da estrutura defensiva, da coragem das pessoas da cidade que defenderam a fronteira ao longo de séculos. A altitude da Guarda animou o poeta José Augusto de Castro a contar no seu poema:
“Perto do céu”: “Guarda! Fiquei-me a vê-la.... No horisonte erguia-se o Castelo - sobre o monte -,
torres e coruchéus da Catedral...
Outras terras mais lindas ha, de-certo... Porem nenhuma fica assim tão perto do puro azul do céu de Portugal!
"Terra sagrada - Guarda" 1932”8.
Por ter sido elevada ao longo de inúmeros reinados, suportou influências arquitetónicas dos derradeiros tempos do gótico, com certezas do estilo manuelino.
Além da Sé, a Guarda usufrui de outros monumentos marcantes, particularmente, a Igreja da Misericórdia, a Capela do Mileu, o Museu da Guarda, a Judiaria, a Torre dos Ferreiros, a Praça
7http://www.memoriaportuguesa.pt/guarda, consultado em 24 de setembro de 2018 8 http://ardaguarda.blogs.sapo.pt/150172.html , consultado em 26 de março de 2018
5 Luís de Camões, o Solar das Povoas, as Portas da Erva, as Portas Del Rei , o Chafariz de Santo André, o antigo Sanatório da Guarda, o antigo Convento de São Francisco, o antigo Paço Episcopal e Seminário.
Os Judeus foram um povo que deixaram marcas bem visíveis da sua passagem pela Guarda, onde se nota
“Num pálido desmaio a luz do dia afrouxa E põe, na face triste, um véu de seda roxa... Nuvens, a escorrer sangue, esvoaçam, no poente. E num ermo, que o outono adora eternamente, Vê-se velhinha casa, em ruínas de tristeza, Onde o espectro do vento, às horas mortas, reza E o luar se condensa em vultos de segredo... Almas da solidão, sombras que fazem medo, Vidas que o sol antigo, um outro sol, doirou, Fumo ainda a subir dum lar que se apagou.
Teixeira de Pascoaes”9
1.1.2 «A cidade dos 5 F´s»
A explicação mais conhecida e consensual do significado da alcunha de «cidade dos 5 F's» é que estas são as inicias de: Forte, Farta, Fria, Fiel e Formosa, onde:
“Forte: a torre do castelo, as muralhas e a posição geográfica demonstram a sua força; Farta: devido à riqueza do vale do Rio Mondego;
6 Fria: a proximidade à Serra da Estrela e o facto de estar situada a uma grande altitude explicam este F;
Fiel: porque Álvaro Gil Cabral – Alcaide-Mor do Castelo da Guarda e trisavô de Pedro Álvares Cabral – recusou entregar as chaves da cidade ao Rei de Castela durante a crise de 1383-85. Teve ainda fôlego para combater na Batalha de Aljubarrota e tomar assento nas Cortes de 1385 onde elegeu o Mestre de Avis (D. João I) como Rei;
Formosa: pela sua beleza natural.”10
1.1.3. Cultura
A cultura pode ser definida como o conjunto que abrange o conhecimento, a arte, a lei, a moral, as crenças, os costumes, e todos os hábitos e aptidões adquiridas pelo Homem, por fazer parte de uma sociedade. Onde temos uma cultura organizacional que estas estão sujeitas a normas, padrões, a serem cumpridas numa empresa ou organização.
E na cultura popular, onde o povo determina as suas danças, festas, tradições, artes, “para impressionar clientes e parceiros, especialmente se estes gostarem de arte, é possível convidá-los a participar num evento cultural que esteja em cartaz ou que seja patrocinado pela empresa” (Rasquilha, et.al 2005, p.17) a Guarda onde se podem encontrar de imediato referencias de cultura é no Teatro Municipal e na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço (BMEL).
10https://www.visitarportugal.pt/distritos/d-guarda/c-guarda/guarda/cidade-cinco-efes, consultado a 20 de Agosto de
7
2. Teatro Municipal da Guarda
Neste tema irei basear-me nas informações retiradas no site11 do TMG, assim como nas
informações e documentações internas que nos orientaram logo de início. O TMG, que abriu as portas ao público a 25 de Abril de 2005.
É um importante espaço cultural da região, que recebe grandes espetáculos de artistas e companhias nacionais e internacionais. “A referência mais antiga da manifestação teatral portuguesa data da Idade Média, no ano de 1193. Nesta época eram os momos, nos quais tomavam parte os fidalgos, pajens e às vezes o próprio rei. Da apresentação fazia parte a mimica, a dança e peças recitadas.” (Caetano, et.al 2014,: p.35).
O Teatro Municipal da Guarda, para além de proporcionar uma grande transformação na área da cultura na Guarda, é já uma referência para toda a região, como a música, teatro, ópera, dança, cinema, exposições, serviço educativo, ciclos e festivais dão o forte à programação, um conjunto de iniciativas que assegura uma oferta cultural estruturante para os diversos espaços do Teatro: Grande Auditório, Pequeno Auditório, Café Concerto, Sala de Ensaios e Galeria de Arte, bem como o contacto próximo com a comunidade escolar e também com outros públicos.
O Teatro Municipal da Guarda tem-se pautado por uma linha de atuação que privilegia uma programação cultural regular, de qualidade e diversificada, onde esse tem sido uma das propriedades de intervenção a nível do desenvolvimento da comunidade artística local. O TMG é um equipamento cultural ancora, versátil e multidisciplinar, no sentido da vocação de serviço público, onde acaba por defender uma prática proativa na construção da cidade e da cidadania. O Teatro integra a importante Rede 5 Sentidos, que este inclui 10 teatros municipais e nacionais, como o Teatro Maria Matos (Lisboa), Teatro Rivoli (Porto), Centro Cultual Vilaflor (Guimarães), Teatro Viriato (Viseu), ou Teatro Académico Gil Vicente (Coimbra). A inclusão nesta rede é uma mais-valia, pois permite uma partilha de atividades e espetáculos de grande valor artístico.
8
2.1. Espaço físico
Tal como refere Vieira (2015) “a construção de uma tipologia, isto é, de um sistema de classificação dos eventos, é da maior importância para o seu estudo e gestão.” (Vieira, 2015, p. 15). O Teatro tem três salas, sendo uma delas vocacionada para o café-concerto. As duas salas de teatro propriamente dito comportam respetivamente 626 e 164 espetadores.
Existe ainda uma galeria de exposições. E entre os dois corpos do edifício implanta-se uma espécie de praça que muito valoriza o conjunto urbano.
O primeiro edifício é composto por cinco pisos. Nos pisos -1, -2 e -3, está localizado o parque de estacionamento, com um total de 175 lugares.
No piso 0, fica o Café Concerto, aberto de terça-feira a domingo, que tem acesso a wireless e, nos meses de Verão, serviço de esplanada. Teatro, variedades, música e conferências são alguns exemplos dos eventos a que se pode assistir neste espaço. Possui uma lotação de 125 lugares, dispondo também de livros e jornais para consulta.
No piso 1, encontra-se a galeria de arte que recebe exposições de artistas conceituados.
O segundo edifício é composto por seis pisos.
No piso -1, encontra-se a entrada dos artistas e funcionários, os camarins individuais, palco do grande auditório, sala de adereços e oficinas;
No -2 está o subpalco.
9 No piso 0, encontra-se o grande auditório, local privilegiado das grandes produções; equipado com fosso de orquestra, tem capacidade para receber grandes companhias de Teatro, Dança, Música e Ópera; este espaço, com 626 lugares, está equipado com material para tradução simultânea, pelo que pode também ser utilizado como centro de congressos. Logo na entrada, encontra-se a bilheteira onde é possível adquirir os ingressos de terça-feira a sábado, das 17 horas às 20h, e, em dias de espetáculo, das 17h às 21.30h. É ainda possível efetuar reservas por telefone, fax ou email, garantidas até 72h antes do espetáculo.
No piso 1, está o camarim coletivo, casas de banho e outros espaços reservados.
No piso 2, encontra-se o pequeno auditório que recebe teatro, música e é também o local do cinema no TMG. Com capacidade de 161 lugares, sala de ensaios, direção e um bar, junto ao Pequeno Auditório (Figura 3), está aberto sempre que há espetáculos no Grande e no Pequeno Auditório.
No piso 3, encontra-se um terraço. O Teatro Municipal da Guarda é um espaço que evidencia a preocupação com o acesso de pessoas com deficiências - existem rampas de acesso e elevadores e os dois auditórios contam com espaços para cadeiras-de-rodas.
Figura 2 - Grande Auditório
10
2.2. Missão, Valores e Visão
A missão, o valor e a visão, são os alicerces de uma organização. Eles apontam a forma como a empresa se quer posicionar no mundo e ser reconhecida pelos seus colaboradores, parceiros e clientes.
No geral, podemos colocar a missão como a empresa é, a visão onde ela pretende chegar e os valores como código de procedimento que a empresa seguirá nesse percurso. Assim sendo a visão do TMG é ser reconhecido como lugar de sublimidade, como líder cultural e artístico.
A sua missão é atrair o público-alvo e ser considerado uma ferramenta de desenvolvimento cultural e social, proactivo, na estrutura da cidadania na cidade, e assumir-se num teatro internacional. Por fim os seus valores são a disposição de serviço público, a evolução cultural e social e a dádiva cultural onde esta permite o acesso a toda a gente.
2.3. Objetivos
De acordo com informação interna o TMG tem como objetivos principais: promover a relação do emissor e recetor; conquistar novos públicos; disponibilizar informação cultural atualizada; programar espetáculos de reconhecimento geral e a gosto das suas gentes; investir na relação do público-alvo; garantir um serviço educativo dinâmico e ativo; trabalhar com qualquer publico, seja ele escolar, criança, jovens, idosos, pessoas com deficiências; participar nas redes nacionais e internacionais de circulação de espetáculos; contribuir para o aumento da oferta nacional de produção de espetáculos; revitalizar a cultura popular.
Resumidamente pretende entusiasmar, pela dinamização do espaço, pela dança, por conferências, por workshops, por ateliers (férias ativas), debates e palestras sobre diversos temos, de interesse interno e externo. Os objetivos são o resultado final que a empresa pretende abranger um fim.
11
2.4. Comunicação interna
A comunicação interna é indispensável para a obtenção dos objetivos das empresas, precisamente por conta de sua eficaz atuação em diversas partes da empresa. No entanto, é “essencial estar atento aos meios ou suportes escolhidos para cada peça, acompanhando um plano de comunicação antecipadamente concebido para que se consigam obter os melhores resultados onde se destaca” (Lampreia, 2008, p. 26). Os suportes de comunicação interna são: os meios que a organização utiliza para comunicar com o seu público interno (funcionários, operadores…), dos quais, os mais utilizados são:
– Intranet — rede interna e privada da empresa na qual que permite o compartilhamento e interação de todos da empresa. Neste caso, o TMG está ligado em rede com a Câmara Municipal.
– E-mail corporativo; – Videoconferências; – Telefone;
– Quadro de avisos; – Relatórios;
– Reuniões e seminários internos ou briefings - O TMG tem reuniões com regularidade, além de pequenos briefings nos diferentes setores. Estas reuniões e briefings não têm uma regularidade fixa e rígida, dependendo da atividade que se está a desenvolver ou da necessidade de utilizar outros tipos de comunicação, mais associados à divulgação da marca, dos valores da empresa e das notícias de interesse dos colaboradores
- Eventos Internos - Outro instrumento de comunicação interna, muito importante, reside na organização de eventos internos.
12
2.5. Comunicação externa
A importância da comunicação externa decorre da informação distribuída ao publico, quer seja sobre a organização em si ou sobre os seus produtos e/ou serviço. Numa organização é importante o seu plano de marketing, para assim aumentar o seu rendimento e promover a empresa, assim, “a adaptação da mensagem ao público a que nos dirigimos é fundamental para a sua receção de acordo com o objetivo” (Lampreia, 2008, p. 39). Os meios de Comunicação externa, são os que a organização utiliza para comunicar com todos os seus públicos externos, dos quais os mais importantes são:
-Comunicados de imprensa – são um dos canais mais utilizados para enviar informações aos meios de comunicação social.
-Publicidade – é um dos meios mais tradicionais, baseado em anúncios na imprensa, radio, televisão, outdoors e flyers, mas também na internet.
-Internet – fornece informações sobre produtos e/ou serviços aos utilizadores, mas também para mostrar os propósitos e a missão de uma empresa.
-Newsletters – servem para passar informações a pessoas interessadas na empresa como: noticias, descontos, promoções, etc.
-Chamadas telefónicas – servem para entrar em contato com o publico externo.
2.6. Comunicação mista e os seus suportes
A comunicação mista é o somatório de técnicas comunicativas que uma empresa utiliza. A comunicação não é um produto, mas “um processo de troca simbólica generalizada, processo que
13 alimenta a sociabilidade, que gera laços sociais que estabelecemos com os outros, sobrepondo-se às relações naturais que estabelecemos com o meio ambiente” (Rodrigues, 1993, p. 55). Os suportes que se podem utilizar são:
- Página Web - que tem o objetivo de informar o público interno e nomeadamente o externo. A página oficial do Teatro Municipal da Guarda encontra-se cuidadoso a movimentos e atento à evolução da sociedade, tornando-se mais simples, clara, de fácil acesso e interativa.
- Blogue e redes sociais - visto que hoje em dia, as organizações e o publico já não existem sem este meio, que sem dúvida, estas ferramentas são uma forma de divulgação de informação rápida. O TMG possui um blogue12 e contas no Facebook13 e Instagram14.
- Email - uma ferramenta de comunicação escrito que veio trocar as cartas e ofícios.
- Telefone e telemóvel - quer para contatos com o público interno, quer com o externo. No TMG, são usados para ambos os públicos de forma bastante intensa. “A explosão as comunidades virtuais é, em primeiro lugar, uma expressão de hipertrofia bem real da individualização” (Jacob, 2016, p. 48).
2.7. Públicos-alvo
Todas as organizações pretendem atingir um certo público alvo, para assim poder alcançar os seus objetivos. No entanto, o seu principal objetivo é de proporcionar um ótimo serviço de qualidade, as gentes e aos seus munícipes.
12https://www.tmg.com.pt/, consultado a 22 de setembro de 2018
13https://www.facebook.com/teatromunicipalguarda/?fb_dtsg_ag=Adz2uAf52KHNI9HpJ5biFRR4fT0ICp3QgSOAH3
GN0ufwpw%3AAdxjPkGOE0xEmO5eyZTcOlWnN4oX-JI37HWNhMwb1oQvFg
14 O público do TMG é um público geral, que se divide e é agrupado em diversas categorias, segundo o critério etário. Tendo em conta esta classificação, o Teatro possui uma programação para o público infantil, os adultos e os seniores.
De acordo com informações internas analisaram-se os dados da programação dos últimos 4 anos (na tabela 1) encontramos o seguinte resultado. Ao longo de doze agendas de programação, entre janeiro de 2014 e julho de 2017, passaram pelo TMG, aproximadamente, 102 mil espectadores. A programação de música, teatro, grandes espetáculos, cresceu a partir do primeiro ano (2014), as atividades do serviço educativo diminuíram e a programação de cinema manteve-se.
Tabela 1 - Dados das atividades
2.8. Responsabilidade Social
De acordo com informações internas, a responsabilidade social é uma forma de as empresas mostrarem o seu respeito pelas comunidades em que se inserem e melhorar assim a sua imagem e desempenho nos mercados. É um dos pilares essenciais para uma boa sustentabilidade futura, ações que levam muito a sério a proteção do meio ambiente e ao mútuo respeito e desenvolvimento das comunidades envolventes.
A sobrevivência de uma empresa e a sua persistência no mercado vão depender do interesse que esta revele ter no meio ambiente e nas comunidades envolventes, estendendo-se nas diversas áreas como a educacional, a social e a culturas, desenvolvendo assim uma ética de trabalho integrada
711 atividades programadas
13 conferências 14 tertúlias 64 visitas guiadas 89 sessões de cinema 140 ações no âmbito do serviço
educativo
108 atividades
extraprogramação 197 espetáculos de música 73 de teatro 13 de dança
15 com os seus públicos, de maneira a separar o social e o económico, levando as organizações a reavaliarem o seu papel e a forma de direcionarem os seus negócios.
As organizações avançaram durante as últimas décadas no que diz respeito à responsabilidade social, adequando-se à nova realidade e contribuindo para o avanço das comunidades envolventes.
2.8.1. Serviço educativo
O Serviço Educativo adota um papel importante na execução dos objetivos da identidade e numa perspetiva de programação e de invenções dinâmicas do Teatro, tornando-o um espaço ágil e aberto ao público. Esta dinâmica de relações deseja contribuir para o planeamento de sugestões educativas complementares. Assim, o TMG, no âmbito do seu serviço educativo, busca educar através da arte e sugere na sua programação atividades com vários tipos de públicos. Nestas mesmas atividades, encontra-se espetáculos para crianças e jovens.
A oficina “Cinanima”, uma oficina de cinema de animação, orientada por Ana Couto e em corporação com o cineclube da Guarda. Onde concretiza o plano nacional de cinema que apareceu há quatro anos. Este pretende progredir o alfabetismo na leitura e interpretação de imagem em deslocação, em oposição à interminável produção de conteúdos, produzidos pelos media e pela publicidade. Tem por objetivo fazer advir a linguagem cinematográfica ao maior número de jovens, de forma a gerar a ligação entre a atualidade e o passado que o cinema foi criando ao longo da sua existência.
16 2.8.2. Projetos com idosos
O TMG desenvolve um projeto denominado “Danças pelo mundo”, destinado a idosos dos centros de dia do Concelho. Esta atividade é realizada pela animadora e do serviço educativo Salete Pinto e tem como objetivo geral oferecer aos idosos satisfação, alegria, e a oportunidade de desenvolver uma atividade lúdica num espaço de cultura, bem como, promover o convívio social com uma abordagem recreativa e minimizar os efeitos da idade.
O objetivo específico prende-se com a promoção a autoestima e aumentar as capacidades funcionais, físicas e cognitivas, embora haja atividades do género anteriores, sob marcação e disponibilidade de horário dos centros de dia e da sala de ensaios onde decorre. Constitui um impressionante trabalho social.
3. Análise SWOT
A análise SWOT é uma ferramenta de gestão que consiste num diagnostico para conhecer de forma fidelizada o produto e o respetivo público. Consiste em elaborar as sínteses das análises internas e externas. Sabendo que “nos dias que correm estão cada vez mais dubitativos para os negócios no mundo, pelo que a importância do planeamento passou a uma grandeza acrescida” (Caetano, et.al 2014, p.60).
Na análise interna, são identificados os pontos fortes (Streghts) e pontos fracos (Weaknesses), mas deve-se ter em consideração que um ponto forte poderá transformar-se futuramente num ponto fraco. Na análise externa abrange a identificação das oportunidades (Opportunities) e ameaças (Threats) na envolvente externa para a empresa podendo afetar de modo positivo ou negativo a instituição.
17 Aproveitando os conhecimentos, as reuniões, as conferencias, e o relacionamento interno e externo com o colegas, exponho na tabela 2 uma análise SWOT em relação ao TMG.
Pontos fortes Pontos fracos
-Centralidade em termos de localização na Cidade.
-Modernidade e diferenciação do edifício. -Qualidade e diversidade cultural;
- Entidade pública;
-Política de preços acessíveis.
-Localização no interior do país; -Custos elevados e operacionais; -Elitista
Oportunidades Ameaças
-Fraca concorrência nas regiões próximas; -Notabilidade regional e nacional do TMG, uma marca já consistente neste âmbito. -Emergência de novas linguagens, novas expressões artísticas;
-Valorização da criatividade e das indústrias criativas a nível nacional e internacional. -Desenvolvimento da cultura popular e associativa no âmbito local/regional.
-Fraca procura cultural, por fatores inerentes ao contexto local/regional e à localização no Interior;
-Desvalorização da cultura enquanto área que não produz (diretamente) riqueza.
-Existência de equipamentos de dimensão similar em cidades vizinhas;
-Fraca procura pelo público jovem.
Escola Superior de Comunicação, Educação e Desporto
Instituto Politécnico da Guarda
19 Para concluir o curso de Técnico Superior Profissional em Comunicação, Protocolo e Organização de Eventos, é preciso efetuar um estágio curricular com a duração de 750 horas. No meu caso, decidi realizá-lo no Teatro Municipal da Guarda, o que me permitiu ter contato com novos conhecimentos e saberes ao mesmo tempo que me permitiu aplicar o que aprendi durante as aulas. O meu estágio curricular começou a 26 de fevereiro de 2018 e terminou a 23 de julho do mesmo ano.
2.1. Objetivos gerais e plano de estágio
O objetivo principal do estágio é que o aluno aplique os conhecimentos e saberes adquiridos ao longo da sua formação académica, para assim adquirir experiência e domínio profissional. Como já foi referido anteriormente, o Teatro Municipal da Guarda é propriedade da Câmara Municipal, pertencendo à Divisão de Cultura, Turismo e Desporto.
O estágio foi desenvolvido mais propriamente no ICAA, que trata, fundamentalmente, da animação cultural do Município, sendo o elo de ligação entre o município e as comunidades associativas, promovendo assim uma animação de cultura popular, no âmbito da dinâmica cultural.
No meu plano de estágio, redigido em conjunto com o coordenador do TMG e supervisionado pelo orientador, constam as tarefas que se passam a descrever:
- Promover competências técnicas na organização de eventos e atividades culturais;
- Desenvolver hábitos de trabalho, iniciativa empreendedora e sentido de responsabilidade profissional;
- Desenvolver espírito critico e de autoavaliação apos as práticas de trabalho;
- Proporcionar oportunidades para o estagiário desenvolver as suas competências analisando situações reais e propondo medidas de melhoria;
20 - Desenvolver as capacidades organizativas na planificação de projetos e trabalhos na área da comunicação, protocolo e organização de eventos;
- Possibilitar a execução de atividades relacionadas com a sua área de formação profissional; - Possibilitar a interação com profissionais experientes e o trabalho em equipa;
- Aplicar no terreno as competências adquiridas na formação teórica; - Desenvolver competências interpessoais;
- Conhecer a dinâmica da organização do TMG e dos departamentos de Comunicação e Relações Publicas e a Intervenção Cultural e Associativa;
- Desenvolver as capacidades organizativas na planificação de projetos e trabalhos na área de comunicação, protocolo e organização de eventos.
2.2.1. Relações Públicas
Uma das principais caraterísticas das relações públicas, quer elas sejam dirigidas a públicos externos ou internos é a necessidade de feed-back. Com efeito a comunicação é realizada em dois sentidos, ascendente e descendente, fomentando assim o diálogo.
Devido à existência de um diálogo entre as organizações e os seus públicos, as relações publicas podem-se definir como um conjunto de atividades destinadas a mantar um clima favorável entre ambas, mas “certos críticos apontam às relações públicas a utilização de práticas menos éticas no desígnio dos interesses corporativos e comerciais, manipulando a opinião publica de forma deselegante” (Caetano, et.al 2014, p.37).
Durante o meu estágio desempenhei o papel de relações publicas, principalmente para os públicos externos, onde neste eu guiava o publico ou até mesmo estava a recortar os bilhetes para de certa forma sabermos quantas pessoas estiveram presentes.
21 2.2.2. Clipping
Ao longo destes cinco meses de estágio foi-nos pedida a realização do clipping. Para realizar esta tarefa procedemos à seleção e recorte e identificação (nome do jornal, secção da notícia, página onde se esta encontra) de várias noticias que diziam respeito ao TMG em jornais como “o Interior”, “Terras da Beira” e “a Guarda”, para posteriormente serem arquivadas numa capa de registro do TMG.
2.2.3. Acompanhamento de espétaculos
No acompanhamento que se dá antes e durante os espetáculos do TMG constam várias tarefas. O apoio à realização dos testes de som, das luzes; a verificação dos camarins, para averiguar se estava tudo bem ou se necessitavam de alguma coisa, ou até mesmo de informações.
Durante o meu estágio acompanhei vários espetáculos, nomeadamente, os que constam na agenda cultural15 como o Dear Telephone, no café concerto, no grande auditório assisti ao teatro Sentada no Escuro (Anexo II – Folha de Sala), ao concerto de Mazgani (Anexo III – Folha de Sala), o festival de tunas masculinas, realização do workshop onde “são utilizadas várias técnicas, uma das quias é a experimentação, em que o problema apresentado terá de ser resolvido através de tentativas” (Rasquilha, et.al 2005, p.64); O teatro do espetador com a apresentação do espetáculo The Old Image of Being Loved como se pode ver o resultado na figura 5 e em Anexo IV – certificado de presença, acompanhando também o concerto Didático do Conservatório de Música de São José; a preparação de palco do espetáculo do Rui Veloso para o aniversário do TMG e as audições de classes de Ballet e Dança moderna do Centro Cultural da Guarda, “para transformar estes acontecimentos em oportunidades” (Rasquilha, et.al 2005, p.64).
22 2.2.2. Acompanhamento das atividades do cineclube
Neste ponto irei referir os acompanhamentos às atividades de cinema que realizei com a Ana Couto, que podem ser consultados na agenda cultural16. O TMG tem projetos de cinema que
pretendem criar uma cultura cinéfila na Guarda, como exemplificam o filmes projetados no âmbito do programa da Cine Eco 2017 – O fim da Neve; Rio Azul: pode a moda salvar o planeta?; Sob o Véu da Vida Oceânica; Como deixar o mundo seguir em frente e amar todas as coisas que o clima não pode mudar?; Criados na serra; Plantae; Film Cego; Coração limpo; Coros de anoitecer; Curtas metragens de Cinema Ambiental; Está também o programa do Calafrio – O cultivo de flores de plástico; no programa da CMG está – Rita e a floresta dos legumes.
Coube-me, neste âmbito, encaminhar os grupos para o auditório. Como o publico alvo eram crianças tive que ter alguns cuidados, como zelar pelo silêncio nas idas para o local de entrada e de saída, procurando que não se dispersassem e que circulassem de forma ordeira, para no perturbarem os restantes técnicos e funcionários do TMG.
2.2.3 Acompanhamento de projetos e formações
Esta atividade foi interessante porque durante a sua realização pude colocar em prática os conhecimentos adquiridos nas aulas. Tive o privilégio de realizar um teaser, “O Homem que está
16https://issuu.com/teatromunicipaldaguarda/docs/agenda_tmg_jan_mar_2018_site, consultado a 23 de setembro de 2018
23 sentado á porta e a mulher que sonhava”17, disponível no link com vídeo (https://www.facebook.com/teatromunicipalguarda/videos/10156201815501142/ ) e em Anexo V – certificado de presença, acompanhamos a formação do Fórum “Vê Portugal” em anexo VI, acompanhamos de inicio o projeto de Geração Soma – Eu Maior” em anexo VII; assim como a FIT e os Santos do Bairro em anexo VIII;
No projeto Geração Soma – Eu Maior, tive os cuidados de guiar sempre os grupos para o café concerto onde se praticava os ensaios, e prestar auxílio aos organizadores deste projeto. Na reta final consistiu na ajuda de montagem de palco, como no recorte de caixas para assim se fazerem a peça final.
17https://issuu.com/teatromunicipaldaguarda/docs/agenda_tmg_abr_jul_2018_site, consultado a 23 de setembro de 2018
Figura 6 - Fórum Vê Portugal
24 2.2.4. Planeamento e preparação de espaços
Esta foi também uma atividade que realizei várias vezes durante o meu estágio, para esta preparação tivemos que executar a montagem do espaço e apoiar os técnicos, para tal necessitámos do material fotográfico, onde tudo era nosso (máquinas, tripés, telemóveis), transporte de mesas, e do acompanhamento e aprendizagem com os técnicos da luz e do som.
2.2.5. Estudo de opinião ao TMG
No início do estágio, numa das conversas com o Professor Vítor Afonso, propusemos a realização de um inquérito por questionário para averiguarmos o que o público jovem gostaria mais de ver ou de presenciar no TMG. Foi decidido que se iriam aplicar os questionários no concerto de festival de tunas masculinas, uma vez que este evento é direcionado ao publico jovem, uma das lacunas do TMG. Acabámos por aplicar cerca de 60 questionários.
No fim do estudo chegámos à conclusão que a não adesão a este publico ao espetáculo do TMG não se fica a dever à falta de divulgação do programa ou à localização, mas ao desinteresse deste público pelas culturas.
Figura 8 - aprendizagem das luzes Figura 9 - captura de imagem/video
25 2.3. Participação em atividades
Durante o estágio tive ainda a oportunidade de participar num conjunto de atividades enriquecedoras que passo a descrever.
2.3.1 FIT (Feira Ibérica de Turismo)
A FIT tem sido um evento chamativo que já vai na quinta edição. Este ano decorreu entre os dias 28 de abril a 1 de maio, novamente no Parque Urbano do Rio Diz, conhecido como Pólis.
Esta feira é uma enorme oportunidade de divulgação, captação, promoção e desenvolvimento do fluxo turístico para esta região. Os seus principais objetivos são o intercambio estratégico e económico transfronteiriço, no desenvolvimento das regiões.
Este evento contou com a presença de várias entidades portuguesas e espanholas, com vários stands de gastronomia das diversas regiões do centro, assim como de variada animação.
A nossa função como estagiários foi acompanhar ao longo do dia vários grupos de animação, assim como assistir a palestras e observar os processos. Onde por si este é destinado ao público em geral sem diferenciar ninguém, que por sua vez conseguiu superar as suas expectativas em trazer mais visitantes à feira e dar a conhecer um bocado a nossa região.
2.3.2. Projeto Artéria
O projeto Artéria foi um dos projetos que agarrei desde início. Consiste num workshop de teatro que englobava amadores e profissionais nas ruas da Guarda.
26 No dia 28/03/2018 foi realizada uma reunião com o criador e encenador Greame Pullyen, e com o Teatrão (Rosa Figueiredo e Filipa Teixeira), e os teatros da zona da Guarda, para dar a conhecer os objetivos que se pretendiam realizar nos dias 24, 25 e 26 de agosto na cidade da Guarda, na Antiga Judiaria ou Rua Nova (centro histórico da cidade) que acabaram com uma apresentação ao ar livre. No âmbito do mesmo projeto também se realizaram visitas guiadas a locais patrimoniais, descobrindo assim como a cidade cresceu e se modificou. A estreia ficou agendada para o dia 22 de setembro de 2018.
Os públicos alvos seriam todos nós e nomeadamente os amantes de teatro de rua, acabou por ser um sucesso apesar de não haver o número de pessoas que se esperava ter.
2.3.3. Santos do Bairro
Tendo em conta o sucesso que as edições anteriores tiveram, este ano o convite foi direcionado a 10 bairros de forma a promover a partilha de experiências e a “unir” a Guarda, entre eles Alfarazes, Bairro da Luz, Bairro do Pinheiro, Bomfim, Galegos, Guarda-Gare, Lameirinhas, Povoa do Mileu, Sequeira e S. Domingos.
Figura 11 - Preparação para os Santos do Bairro
Nos 23 e 24 de junho, demos auxílio às atividades que se iriam realizar pela manhã desde bombos, pauliteiros, cavaquinhos, concertinas e à noite apoiámos as marchas, fornecendo todo o tipo de ajuda e encaminhando-as para o local onde iriam atuar.
Aqui os públicos alvos era o publico em geral, nomeadamente os bairros que se atreveram a partilhar a união entre eles. No final do dia 24 houve a queima da boneca, mas antes houve a anunciação do bairro vencedor, onde este mesmo acabaria por ir representar a Guarda a um sitio diferente. Obtiveram-se ótimos resultados, bastantes pessoas e mesmo feirantes.
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Reflexão final
Apesar de no início eu pensar que se tornaria difícil adaptar-me a este local, tornou-se tudo mais fácil quando comecei a conhecer as pessoas com quem trabalhava, pois considero que é muito importante criar laços com as pessoas com quem se trabalha. Vi-me forçada a encarar a realidade como ela realmente é, e a aplicar todos os meus conhecimentos, para poder ajudar no que fosse necessário.
Posso ter ido abaixo algumas vezes, por estar desmotivada, mas acabei por me erguer quando as pessoas que estavam do meu lado me faziam rir e me “espevitavam”. Muitas vezes deixaram-me ser eu a escolher o meu percurso, aparentemente sem se importarem com o tempo que demoraria, mas agora sei que isso foi para me enriquecer de ferramentas para todas as etapas que terei que percorrer.
Durante o estágio apliquei os conhecimentos que adquiri no período letivo, mas todos os dias aprendemos coisas novas, e eu todos os dias aprendia, nomeadamente quando acompanhava os técnicos, via os procedimentos e perguntava como eles faziam.
Foi uma experiência fantástica estagiar neste local, não só pelas pessoas, mas também pelo ambiente que nos transmitem. Aqui eu tornei-me numa nova mulher com mais experiência e confiança de mim mesma, para levar um dia mais tarde para outro lado. Permitiu-me melhorar em todos os aspetos, profissional, pessoal e social.
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Bibliografia
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Jacob, O. (2016). A Cultura-Mundo. Lisboa: Edições 70, Lda.
Lampreia, J. (2008). Manual de Comunicação Empresarial. Porto: Plátano Editora, S.A.
Pedro, F., Caetano, J., Christiani, k., & Rasquilha, L. (2005). Gestão de Eventos (1º ed.). Quimera Editores, Lda.
Rodrigues, A. D. (1993). Comunicação e Cultura - a experiência cultural na era da informação. Lisboa: Editorial Presença.
Vieira, J. M. (2015). Eventos e turismo - planeamento e organização - da teórica á prática. Lisboa: Edições Sílabo, Lda.
Webgrafia
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Instituto Politécnico da Guarda
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