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MOTIVAÇÃO E ENVOLVIMENTO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE INGRESSANTES AO ENSINO TÉCNICO DO INSTITUTO FEDERAL DA BAHIA

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REVISTA INSPIRAR

movimento & saúde

Edição 20 | Número 3 JUL/AGO/SET | 2020

MOTIVAÇÃO E ENVOLVIMENTO NAS AULAS DE

EDUCAÇÃO FÍSICA DE INGRESSANTES AO ENSINO

TÉCNICO DO INSTITUTO FEDERAL DA BAHIA

Motivation and Involvement in The Physical Education of Entrants to Technical Education of Federal Institute of Bahia

João Paulo Silva de Oliveira1; Álvaro Rego Milen Neto1;

Gabriel Lucas Morais Freire1, José Fernando Vila Nova de

Moraes1; José Roberto Andrade do Nascimento Junior1

1Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, Pernambuco, Brasil.

Autor para correspondência:

Gabriel Lucas Morais Freire

Univerisdade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Recife, Pernambuco, Brasil.

Rua Coronel João Rufino, N° 77. CEP: 52061-110. E-mail: bi88el@gmail.com

RESUMO

Objetivo: Analisar a qualidade da motivação e o envolvimento nas

aulas de Educação Física. Métodos: Participaram 99 alunos ingressantes

no Ensino Médio Integrado no Instituto Federal da Bahia, campus Juazeiro,

que responderam o Questionário de Causalidade do Lócus Percebido e a Escala de Envolvimento na Educação Física. Resultados: Os resultados

evidenciaram não haver diferença significativa nos níveis de motivação entre os sexos, apontando maiores escores de regulação controlada da motivação, bem como de desmotivação em ambos os sexos. Conclusão:

Verificou-se que a desmotivação e a motivação introjetada estão associadas de forma negativa com o envolvimento comportamental dos

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alunos, enquanto a motivação externa se associou positivamente com o envolvimento comportamental nas aulas de Educação Física.

Palavras-chave: Autodeterminação. Envolvimento. Ensino Médio.

Educação Física.

ABSTRACT

Objective: This study analyzed the quality of motivation and the

involvement in the Physical Education. Methods: 99 students attended

entering High School Integrated in the Federal Institute of Bahia, campus

Juazeiro who answered the Questionnaire of Causality of the Perceived Loci and the Scale of Involvement in Physical Education. Results:

The results showed that there was no significant difference in the levels of motivation between the sexes, pointing higher scores of controlled regulation of motivation, as well as of demotivation in both sexes.

Conclusion: It was verified that the motivation and introjected motivation

are negatively associated with the behavioral involvement of the students, while the external motivation was positively associated with the behavioral involvement in the Physical Education classes.

Keywords: Self-Determination, Involvement, Secondary Education,

Physical Education.

INTRODUÇÃO

O âmbito escolar no atual cenário representa um dos principais ambientes educacionais. Para chegar aos objetivos almejados, os alunos necessitam, além de compreensão, precisam estar motivados para busca do conhecimento(1). Chen e Ennis(2) observaram que a educação física escolar

está relacionado aos benefícios à saúde dos participantes tem demostrando um elevado nível de motivação dos alunos.

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Nesse sentindo, as alunas da educação física necessitam de maneiras interessante para despertar o interesse do aluno em aprender determinado conteúdo. Desta forma, a motivação tem sido avaliada como um determinante crítico do nível e da qualidade da aprendizagem e do desempenho dos alunos(3) , associada com a percepção de competência profissional em

estudantes de graduação em Educação Física, influenciada por realização de estágio acadêmico(4). Na Educação Física escolar, a motivação está

associada a maior persistência e envolvimento com as atividades propostas nas aulas(1, 5-8) ,no desenvolvimento das repostas afetivas e cognitivas(9).

As teorias mais recentes sobre a motivação abordam as condições sociais que contribuem para aumentar ou diminuir a motivação, propondo que os graus em que as necessidades psicológicas básicas de autonomia, competência(3). As necessidade psicológicas básicas se referem ao

pertencimento são apoiadas ou frustradas, afetam tanto o tipo quanto a força da motivação(3). Dentro dessa perspectiva, situa-se a Teoria da

Autodeterminação (TAD), elaborada a partir de estudos empíricos da motivação humana(10-13).

A TAD indica que a motivação seja um processo continuum, que indique por autodeterminação subdividido em três níveis segundo Deci e Ryan(11): 1) Desmotivação ou motivação extrínseca, onde não existe

motivação para ação, uma vez que esta ação não proporcionou sentido/ significado a compreensão do sujeito(14). 2) Regulações por motivação

extrínseca que segundo Deci e Ryan(11) se subdivide em 2.1 Regulação

externa, forma completamente controlada e com menor autonomia de motivação, nesta o comportamento é controlado por controlador externo ao próprio comportamento, isto é, o indivíduo se comporta para conquistar algo ou fugir de punições(11); 2.2 Regulação introjetada,

nesta os resultados são gerenciados pelos indivíduos envolvidos(11); por

seu lado a regulação identificada é o processo pelo qual os indivíduos reconhecem e aceitam o mérito pessoal da atividade por ela mesma(11); 2.3

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nesta ela se torna proporcional com outras observações, necessidades e vivencias englobando a importância comportamental pessoal quanto com o próprio eu (11) 3) Motivação intrínseca. A motivação intrínseca parte da

relevância interna e se relacionar a algo positivo, prazeroso que a atividade irá proporcionar(15).

Ao definir essas diferentes formas de motivação, a TAD responde pela qualidade da motivação e não pela sua quantidade(11, 12). Atividades que

são impulsionadas principalmente por formas controladas de motivação (regulação externa e regulamentação introjetada) são hipotetizadas como geradora de conflito intrapessoal que dificulta a disponibilidade de recursos volitivos, como a capacidade de exercer esforço sustentado(16). Embora a

motivação controlada possa às vezes motivar comportamento de curto prazo, espera-se que não seja capaz de manutenção de manutenção por longos períodos de tempo(12, 17, 18). Indivíduos que são autonomamente motivados a

serem ativos, muitas vezes exibem mais emoções positivas, níveis mais altos de percepção comportamental competência e auto-endosso reflexivo, e são normalmente mais dispostos a se envolver no comportamento por tempo prolongado períodos de tempo(18). Portanto, esses indivíduos são geralmente

mais propensos a se envolver na manutenção de longo prazo do que aqueles que são meramente impulsionado pelo controle de motivos (10, 11, 17, 18).

A partir da perspectiva da TAD, o exame da motivação no contexto escolar deve enfatizar a qualidade da motivação, em termos de como se apresentam os aspectos cognitivos e os aspectos contextuais que in fluenciam o envolvimento dos alunos em determinada atividade de aprendizado específica(19). O envolvimento é compreendido como um construto

multidimensional, que apresenta quatro aspectos distintos, mas altamente inter-relacionados, a saber: envolvimento comportamental (concentração, atenção e esforço); envolvimento emocional (emoções facilitadoras de tarefa, como interesse e ausência de emoções que dificultam tarefas, como angústia); envolvimento cognitivo (uso de estratégias de aprendizagem sofisticadas em vez de superficiais); e envolvimento proativo (enriquecer a experiência de aprendizagem, em vez de recebê-la passivamente)(20).

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A motivação e o envolvimento são inerentemente interligados, ou seja, um interfere e influi no outro. Estudos longitudinais revelam que o envolvimento do aluno media e explica completamente a relação motivação-realização(20, 21), que mudanças no envolvimento produzem

mudanças no ambiente de aprendizagem(22, 23) ,e que as mudanças no

envolvimento produzem mudanças na motivação, já que os envolvimentos comportamentais, emocionais, cognitivos e proativos dos estudantes representam ações tomadas não apenas para aprender, mas também para atender às necessidades psicológicas(20, 24).

Os aspectos constitutivos da relação entre motivação e envolvimento dos alunos no contexto escolar, sugerem que o desenvolvimento da atividade docente pode proporcionar o desenvolvimento de estilos motivacionais mais autônomos para os alunos. O apoio à autonomia é o que o professor diz e faz durante a instrução facilitando as percepções dos alunos sobre a autonomia e as experiências de satisfação das necessidades psicológicas. Desta forma, os professores necessitam demonstrar atenção significativa durante as aulas para o esforço de monitorar e aprimorar o envolvimento dos alunos, buscando identificar a variável que melhor altera o envolvimento de alta qualidade do aluno(20).

Em consonância com essa perspectiva teórica, acredita-se ser de suma importância compreender a complexidade da motivação dos alunos, sobretudo a motivação para a Educação Física escolar, em sua maioria, procedente de um contexto escolar diferente do contexto proposto pelos Institutos Federais, que propõem, um ensino médio profissionalizante, com carga horaria extensiva, e que buscam fundamentar o ensino mediado pela pesquisa e extensão. Assim, esse estudo se torna relevante ao passo que poderá avançar em um conhecimento pouco estudado no contexto educacional brasileiro, especificamente na região nordeste, podendo assim contribuir com o trabalho de professores que trabalham nestas instituições. Destarte, o presente estudo pretendeu analisar a qualidade da motivação e o envolvimento nas aulas de Educação Física dos alunos ingressantes no Ensino

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Médio Integrado no Instituto Federal da Bahia – Campus Juazeiro. Para isso, buscou-se comparar os níveis de motivação e envolvimento em função do sexo, faixa etária e origem escolar, além de verificar a relação entre as regulações de motivação e o envolvimento com as aulas de Educação Física.

MÉTODO

Participantes

Foram convidados a participar deste estudo transversal todos os alunos da primeira série do ensino médio do Instituto Federal da Bahia,

campus Juazeiro – que oferece, na modalidade integrada, os cursos de

Administração e Segurança do Trabalho –, o ensino técnico é oferecido na forma integrada ao ensino médio. Em 2018, foram ofertadas duas turmas de cada curso, assim, a amostra são alunos matriculados nos referidos cursos. Os escolares foram selecionados de forma não probabilística e por conveniência, totalizando uma amostra final de 99 adolescentes de ambos os sexos (45 meninos e 54 meninas), com idades entre 14 e 19 anos (média de 15,45 ± 1,07 anos), sendo 74,0% provenientes de escolas da rede pública e 26,0% da rede privada. Foram incluídos na pesquisa todos os alunos matriculados na primeira série do ensino médio. Foram excluídos os alunos que não responderam corretamente algum dos questionários. Todos os adolescentes tiveram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado pelos pais e/ou responsáveis antes da coleta de dados.

Instrumentos

Para verificar o nível de motivação dos alunos para a participação nas aulas de educação física, foi utilizado o Questionário de Causalidade do Lócus Percebido (PLOCQ), traduzido e validado para a população brasileira(25). O instrumento é composto por 20 questões baseadas na Teoria

da Autodeterminação e é subdividido em cinco dimensões: motivação intrínseca (questões 1, 6, 12 e 14), motivação extrínseca identificada

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(questões 2, 4, 11 e 19), motivação extrínseca introjetada (questões 7, 10, 15 e 20), motivação extrínseca externa (questões 3, 9, 17 e 18) e Amotivação (questões 5, 8, 13 e 16). As opções de resposta são apresentadas em uma escala do tipo likert de sete pontos num continuum de 1 (discordo plenamente) a 7 (concordo plenamente).

Para avaliar o envolvimento comportamental dos alunos nas aulas foi utilizada a Escala de Envolvimento na Educação Física (EEF), adaptada

da Engagement in Physical Education, instrumento que recebeu contribuições

de outros questionários aplicados em estudos anteriores(26-28). A Escala de

Envolvimento na Educação Física procura avaliar o envolvimento dos alunos nas aulas de educação física ao nível comportamental, emocional, cognitivo e proativo. Tal escala é composta por 18 itens distribuídos em quatro subescalas: envolvimento comportamental; envolvimento emocional; envolvimento cognitivo; envolvimento proativo. Os itens são respondidos em uma escala do tipo Likert de sete pontos, que varia de “nada” (1) a “extremamente” (7). Valores elevados em cada uma das subescalas significam um elevado envolvimento dos alunos nas aulas de Educação Física(29).

Procedimentos

Os procedimentos adotados nesta pesquisa obedeceram aos critérios da Ética em Pesquisa com Seres Humanos conforme Resolução no. 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Deontologia em Estudos e Pesquisas (CEDEP) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) sob o parecer número 0011/110614 CEDEP/UNIVASF. Inicialmente, foi solicitada a autorização da direção do Instituto Federal da Bahia, campus Juazeiro para realização das coletas

de dados com os alunos. Após a assinatura do TCLE, foi realizado um momento de orientações para auxiliar na compreensão do questionário e de como deveriam ser preenchidos. A aplicação dos questionários foi realizada de forma coletiva, na sala de aula de cada turma, na primeira

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aula de Educação Física do ano letivo de 2018 e o preenchimento dos questionários teve duração de aproximadamente 30 minutos. A ordem dos questionários foi aleatorizada entre os participantes.

Análise de dados

A análise preliminar dos dados foi realizada por meio do teste de normalidade de Kolmogorov Smirnov. Como os dados não apresentaram

distribuição normal, foi utilizada a Mediana (Md) e o Intervalo Interquartílico (Q1-Q3) como medidas descritivas. Foi utilizado o teste “U” de Mann-Whitney para a comparação da motivação e do envolvimento

comportamental nas aulas de EF em função do sexo, faixa etária e rede de ensino. Foi utilizada a correlação de Spearman (não paramétrica) para

verificar a relação entre as variáveis. Tais análises foram conduzidas no software SPSS v.22.0.

RESULTADOS

Verificou-se (Tabela 1) que não houve diferença significativa (p > 0,05) nos níveis de motivação entre os sexos. Os dados evidenciam maiores escores de desmotivação quando comparados com os escores dos reguladores mais autônomos da motivação em ambos os sexos, indicando que meninos e meninas apresentam os mesmos níveis de desmotivação para as aulas de Educação Física. Não houve (Tabela 1) diferença significativa (p > 0,05) quando comparado o envolvimento dos alunos com as aulas de Educação Física entre os sexos.

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Tabela 1. Comparação dos níveis de motivação e do envolvimento

com as aulas de EF dos alunos da primeira série do Ensino Médio do IFBA – Juazeiro em função do sexo.

VARIÁVEIS Md (Q1-Q3)Meninos Md (Q1-Q3)Meninas P Motivação para as aulas de EF

Motivação intrínseca 3,00 (2,50-4,00) 3,50 (2,75-4,00) 0,289 Motivação identificada 4,00 (3,25-4,58) 4,00 (3,50-4,50) 0,897 Motivação Introjetada 1,25 (1,00-3,00) 1,87 (1,00-3,06) 0,317 Motivação Externa 5,83 (4,42-6,58) 5,25 (4,12-6,17) 0,139

Amotivação 4,00 (3,50-4,50) 4,00 (3,50-4,37) 0,541

Envolvimento nas aulas de EF

Envolvimento Comportamental 6,00 (5,25-6,87) 5,87 (4,25-7,00) 0,546 Envolvimento Emocional 6,40 (5,30-7,00) 6,00 (4,70-6,80) 0,169 Envolvimento Cognitivo 4,75 (3,87-5,75) 4,62 (4,00-5,81) 0,542 Envolvimento Proativo 4,60 (3,40-5,40) 4,10 (3,20-5,60) 0,304

*Diferença significativa - p<0,05 (Teste “U” de Mann-Whitney).

Não foi encontrada diferença significativa (p > 0,05) nos níveis de motivação e no envolvimento dos alunos com as aulas de Educação Física em função da faixa etária (Tabela 2). Percebe-se que ambos os grupos apresentaram maiores níveis de motivação externa e no envolvimento emocional.

Tabela 2. Comparação dos níveis de motivação e do envolvimento

com as aulas de EF dos alunos da primeira série do Ensino Médio do IFBA – Juazeiro em função da faixa etária.

VARIÁVEIS Md (Q1-Q3)14 e 15 anos Mais de 15 anosMd (Q1-Q3) P Motivação para as aulas de EF

Motivação intrínseca 3,00 (2,50-4,00) 3,37 (2,50-4,00) 0,711 Motivação identificada 4,00 (3,25-4,37) 4,00 (3,75-4,19) 0,356 Motivaç]ão Introjetada 1,25 (1,00-3,12) 1,12 (1,00-2,50) 0,217 Motivação Externa 5,50 (4,42-6,17) 5,92 (4,21-6,60) 0,763

Amotivação 4,00 (3,75-4,50) 4,00 (3,50-4,00) 0,307

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Edição 20 | Número 3 JUL/AGO/SET | 2020 Envolvimento Comportamental 6,25 (5,12-7,00) 6,25 (5,25-7,00) 0,963 Envolvimento Emocional 6,20 (5,20-6,80) 6,80 (5,00-7,00) 0,270 Envolvimento Cognitivo 5,00 (4,25-5,75) 5,00 (3,81-6,44) 0,605 Envolvimento Proativo 4,60 (3,40-5,30) 5,10 (3,70-5,80) 0,164

*Diferença significativa - p<0,05 (Teste “U” de Mann-Whitney).

Não foi encontrada diferença significativa (p > 0,05) nos níveis de motivação e no envolvimento dos alunos com as aulas de Educação Física em função da rede de ensino que o aluno é proveniente (Tabela 3). Escores superiores foram observados na motivação externa e no envolvimento comportamental e emocional em ambos os grupos.

Tabela 3. Comparação dos níveis de motivação e do envolvimento

com as aulas de EF dos alunos da primeira série do Ensino Médio do IFBA – Juazeiro em função da rede de ensino que o aluno é proveniente.

VARIÁVEIS Md (Q1-Q3)Pública Md (Q1-Q3)Privada P

Motivação para as aulas de EF

Motivação intrínseca 3,29 (2,50-4,00) 3,00 (2,50-3,75) 0,640 Motivação identificada 4,00 (3,69-4,31) 3,75 (3,00-4,25) 0,245 Motivação Introjetada 1,25 (1,00-3,00) 1,25 (1,00-3,00) 0,953 Motivação Externa 5,83 (4,33-6,54) 5,50 (4,33-6,17) 0,402

Amotivação 4,00 (3,50-4,27) 4,00 (3,50-4,25) 0,400

Envolvimento nas aulas de EF

Envolvimento Comportamental 6,25 (5,18-7,00) 5,75 (5,25-6,75) 0,292 Envolvimento Emocional 6,20 (5,20-7,00) 6,50 (4,20-6,80) 0,442 Envolvimento Cognitivo 5,00 (4,00-6,0) 4,75 (3,50-6,25) 0,508 Envolvimento Proativo 4,60 (3,80-5,60) 4,60 (3,00-5,60) 0,296

*Diferença significativa - p<0,05 (Teste “U” de Mann-Whitney).

A Tabela 4 apresenta a correlação entre as regulações de motivação e o envolvimento dos alunos com as aulas de EF. Verificou-se as seguintes correlações positivas e significativas (p < 0,05): Motivação Identificada e Envolvimento Emocional (r=0,30); Motivação Externa com Envolvimento

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Comportamental (r=58), Envolvimento Emocional (r=63), Envolvimento Cognitivo (r=0,52) e Envolvimento Proativo (r=0,40). Verificou-se as seguintes correlações negativas e significativas (p < 0,05): Motivação Introjetada com Envolvimento Comportamental 0,42), Envolvimento Emocional (r=-0,48), Envolvimento Cognitivo (r=-0,48) e Envolvimento Proativo (r=-0,23); Amotivação com Envolvimento Comportamental (r=-0,26), Envolvimento Emocional (r=-0,27) e Envolvimento Proativo (r=-0,25).

Tabela 4. Correlação entre as regulações de motivação e o envolvimento

comportamental com as aulas de EF em alunos da primeira série do Ensino Médio do IFBA – Juazeiro

VARIÁVEIS Motivação para as aulas de EF1 2 3 4 5 Envolvimento com as aulas6 7 8 9

1. Mot. intrínseca 0,44* 0,26* 0,16 -0,47* 0,06 0,11 -0,06 0,04 2. Mot. identificada -0,03 0,25* 0,27* 0,12 0,30* 0,12 0,13 3. Mot. Introjetada -0,40* 0,06 -0,42* -0,48* -0,48* -0,23* 4. Mot. Externa 0,32* 0,58* 0,63* 0,52* 0,40* 5. Amotivação -0,26* -0,27* -0,20 -0,25* 6. Env. Comportamental 0,76* 0,65* 0,54* 7. Env. Emocional 0,67* 0,53* 8. Env. Cognitivo 0,54* 9. Env. Proativo

* Correlação significativa (P < 0,05) – Correlação de Spearman.

DISCUSSÃO

Estudos anteriores evidenciam relação direta entre qualidade da motivação e envolvimento nas aulas de Educação Física, e que a percepção de competência para realizar as atividades influi positivamente no envolvimento dos alunos(29). Os

achados do presente estudo evidenciaram (Tabela 1) motivação e envolvimento semelhante para estudantes do sexo masculino e estudantes do sexo feminino, contrariando em certa medida estudos anteriores(29), que evidenciaram formas mais

autônomas de motivação nos meninos em comparação com as meninas, sugerindo maior qualidade no envolvimento dos meninos para as aulas de Educação Física.

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Em uma sociedade em que as mulheres ainda são subjugadas e que os equívocos(29,30), historicamente cometidos, negam condições de acesso

e participação das mulheres no campo das práticas corporais e esportivas, seja no esporte de rendimento, no lazer, na educação física escolar(30),

limitando suas experiências corporais, é compreensível encontrar meninas menos motivadas do que os meninos durante as aulas de Educação Física. Dada a especificidade da Educação Física escolar, que tem no corpo em movimento o cerne do seu processo de aprendizagem, a exposição do erro e das dificuldades dos alunos é marcadamente mais visível. Nesse sentido, os achados evidenciados no presente estudo – mesmo não podendo ser generalizados – oferecem oportunidades para discussões pertinentes às relações de gênero em diversos contextos sociais (escolar, esportivo, familiar, econômico, político).

Esse envolvimento semelhante nas aulas de Educação Física entre estudantes do sexo masculino e estudantes do sexo feminino pode ser uma especificidade da amostra, como também pode ser reflexo de uma ressignificação da intervenção da Educação Física na escola, que, como já foi ricamente denunciada em outros espaços(31), muitas vezes, seu caráter utilitarista

e funcionalista, colaborou com um projeto de sociedade, notoriamente tomada pela manutenção da dominação masculina – no sentido conferido por Lopes(32). Essa ressignificação da Educação Física pode influenciar na seleção

dos conteúdos, na valorização das turmas mistas e, sobretudo, no envolvimento do professor no processo de planejamento educacional (32).

Na comparação da qualidade da motivação e o envolvimento entre alunos provenientes de escola particular e escola pública (Tabela 2) os dados semelhantes, em certa medida, colaboram com os achados de Pizani et. al.(1), que evidenciaram resultados mais satisfatórios dentro do continuum

de autodeterminação em alunos de escolas públicas quando comparados com as da escola privada. Para os autores, os dados contrapõem à ideia de que aulas com melhores recursos e melhores condições influenciariam níveis mais elevados de motivação. No entanto, é importante ressaltar que

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a referida pesquisa foi realizada em cidade da Região Sul do país. Acredita-se que os aspectos locais precisam Acredita-ser considerados antes de fazer qualquer inferência na comparação de dados que podem justificar a manutenção da precariedade de recursos para a educação pública, sobretudo para a Educação Física escolar.

É importante destacar que a amostra desta pesquisa é constituída, na sua maioria, por alunos provenientes do Ensino Fundamental. Estudos(11-13)

sobre a motivação têm apontado para uma maior desmotivação dos alunos do Ensino Médio com o passar dos anos, associando tal achado com a adolescência, ou seja, o adolescente está cada vez mais desmotivado para as aulas de Educação Física(11-13). Dessa forma, é importante acompanhar

os estudantes envolvidos nesse estudo para uma maior compreensão dos achados, já que, apesar de meninos e meninas terem apresentados os mesmos níveis de motivação e envolvimento, os valores de desmotivação são igualmente semelhantes e maiores que os escores de regulações mais autônomas de motivação.

De forma geral, tanto estudantes do sexo masculino e estudantes do sexo feminino, apresentaram valores mais altos de regulações menos autônomas com destaque para a motivação externa, com os maiores escores para ambos os sexos. O regulador de motivação que apresenta menor escore é o da motivação introjetada, ou seja, o aluno administra as consequências externas mediante o resultado de pressões internas como culpa e ansiedade(11, 13). Esses

dados contrastam com os valores de outro regulador menos autônomo da motivação que é a motivação externa.

A motivação externa é a forma menos autônoma de motivação, pois, nesse caso, o aluno age para obter recompensas ou evitar punições(11, 13). Na Educação

Física escolar, muitas vezes a participação e frequência tem sido utilizada como medidor e forma de avaliação, sendo o critério fundamental para o registro de conceitos e notas no final de unidades e anos letivos. Assim, a nota final na disciplina seria um regulador externo para a motivação dos alunos.

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Os dados das correlações entre reguladores de motivação e as diferentes categorias de envolvimento, em certa medida, colaboram com a literatura da área que correlacionam positivamente a motivação com um maior envolvimento dos alunos nas aulas de Educação Física. No entanto, a análise das correlações entre as regulações de motivação e as categorias de envolvimento revelam dados que justificam a necessidade de compreender melhor a qualidade da motivação dos alunos para as aulas de Educação Física. A partir dos pressupostos da Teoria da Autodeterminação sobre regulações autônomas e controladas da motivação, esperava-se que um maior envolvimento com as aulas de Educação Física estaria associado com maior regulação autônoma da motivação. No entanto, os achados do presente estudo evidenciam que quanto mais Motivação Externa, mais Envolvimento com as aulas de Educação Física.

Por fim, a correlação negativa significativa entre desmotivação e envolvimento nas aulas de Educação Física, refere-se a uma percepção de que não há razões válidas para participação nas atividades propostas. Esses achados estão de acordo com estudos mais extensos apoiados na Teoria da autodeterminação, que mostram um declínio nos padrões motivacionais adaptativos e respostas afetivas nas aulas de Educação Física durante os anos do ensino médio(33).

Embora o presente estudo forneça evidências empíricas sobre a relação da qualidade da motivação e o envolvimento nas aulas de Educação Física, algumas limitações precisam ser ressaltadas. Acredita-se que uma amostra maior poderá oferecer dados mais representativos da realidade local. Outro ponto que acreditamos ser importante, é conhecer melhor as concepções a Educação Física vivenciada em escolas particulares e escolas públicas, já que evidências empíricas mostram diferentes concepções de Educação Física praticada nas escolas. Por fim, o desenho transversal não permite a inferência de causalidade, evidenciando a necessidade de ampliação do estudo para uma perspectiva longitudinal, acompanhando os fatores intervenientes que favoreçam formas mais autônomas de motivação,

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verificando num período maior possíveis mudanças na qualidade da motivação e no envolvimento comportamental dos alunos. No nosso caso específico, avaliar a interferência do modelo de Ensino Médio integral e integrado ao ensino técnico – influência da carga horária, horário das aulas, proposta curricular, entre outros.

CONCLUSÃO

Pode-se concluir que a que a desmotivação e a motivação introjetada estão associadas de forma negativa com o envolvimento comportamental dos alunos, enquanto a motivação externa se associou positivamente com o envolvimento comportamental nas aulas de Educação Física. Do ponto de vista prático, destaca-se a importância de discutir que promovam motivações mais autônomas e, consequentemente, estimulem os alunos a um maior envolvimento com as atividades propostas nas aulas. Desta forma, é de suma importância que os professores de educação física acompanhem a evolução dos alunos nas aulas de Educação Física, buscando intervir efetivamente.

REFERÊNCIAS

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