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A importância do uso da contabilidade gerencial na gestão das micro e pequenas empresas no município de Barra do Piraí

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

MATHEUS DAS CHAGAS PORTO LEONARDO DE CARVALHO MARTINS

A IMPORTÂNCIA DO USO DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA

GESTÃO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO MUNICÍPIO DE

BARRA DO PIRAI

Volta Redonda/RJ 2017

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MATHEUS DAS CHAGAS PORTO

LEONARDO DE CARVALHO MARTINS

A IMPORTÂNCIA DO USO DA CONABILIDADE GERENCIAL NA

GESTÃO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO MUNICÍPIO DE

BARRA DO PIRAI

Volta Redonda/RJ 2017

Trabalho de Conclusão do Curso apresentada ao Curso de Graduação em Ciências Contábeis do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis.

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus que nos sustentou até aqui, nossos familiares pelo apoio, a instituição, funcionários e Professores que nos ajudaram nesta grande conquista. Ao Prof. Dr. Ivan Carlin Passos, nosso orientador, agradecimento especial pelo apoio dado no decorrer desta pesquisa.

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RESUMO.

Devido à grande competitividade do mercado, desponta sobre as organizações de pequeno porte o desafio de manter-se em atividade. Esse trabalho tem como objetivo demonstrar a importância do uso da contabilidade gerencial nas micro e pequenas empresas. Para a concretização da pesquisa foram utilizadas 10 empresas do seguimento do comercio varejista, todas localizadas na cidade de Barra do Pirai – RJ. Para a coleta de dados foi feito uma pesquisa com os gestores dessas empresas e um acompanhamento nos escritórios contábeis, abordando as ferramentas contábeis e administrativas utilizadas por eles, também levando em conta a satisfação dos gestores nos resultados alcançado e como são feitos os planejamentos futuros. Além da pesquisa nas empresas e escritórios contábeis foi feito um levantamento junto ao SEBRAE tomando por base índices de abertura e fechamento das empresas. Contudo verificou-se que essas empresas, na sua grande maioria, não fazem o uso efetivo da contabilidade gerencial para a tomada de decisão, e o maior motivo da não utilização das ferramentas é a falta de conhecimento das mesmas por parte de seus gestores e contadores. No final foi apresentado o resultado aos gestores das organizações, colocando a eles os benefícios que as ferramentas trazem e propondo a sua utilização.

Palavras Chaves: Contabilidade Gerencial. Ferramentas contábeis. Tomada de Decisão.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABTN - Associação Brasileira de Normas Técnicas. MPE’s – Micro e Pequenas Empresas.

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas.

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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO ... 1

2.REVISÃO DE LITERATURA ... 2

2.1 CONTABILIDADE FINANCEIRA X CONTABILIDADE GERENCIAL ... 2

2.2 FERRAMENTAS CONTÁBEIS NA TOMADA DE DECISÃO ... 4

2.2.1 Análise Financeira Básica ... 4

2.2.2 Controle de Estoque ... 5

2.2.3 Controle e Gestão de Custos ... 5

2.2.4 Formação do preço de vendas ... 5

2.2.5 Orçamento empresarial ... 6

2.3 ESTUDOS ANTERIORES ... 6

3. METODOLOGIA DE PESQUISA ... 7

4. ANÁLISE DE RESULTADOS ... 8

4.1 PERFIL DOS GESTORES ... 8

4.2. PERFIL DAS EMPRESAS ... 9

4.3 CENÁRIO ECONÔMICO DA CIDADE DE BARRA DO PIRAI ... 9

4.4 UTILIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS PARA A TOMADA DE DECISÃO ... 10

4.4.1 Relatórios contábeis ... 10

4.4.2 Conhecimento e utilização das ferramentas contábeis gerenciais ... 11

4.5 CONSIDERAÇÕES ... 12

5.CONCLUSÃO ... 13

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1.INTRODUÇÃO.

As micros e pequenas empresas tem um papel fundamental na economia, é inegável a importância e força que elas desempenham no mercado atual. Segundo o SEBRAE (2014), em sua última pesquisa, a participação dessas empresas no PIB brasileiro é de 27% e representam 98,5% das empresas privadas do Brasil.

Nota-se, porém, uma grande rotatividade das mesmas. Levando em conta os dados do SEBRAE (2014) mais de 50% destas empresas encerram suas atividades antes de completar o seu segundo ano de vida e outros 30% não sobrevivem até o quinto ano de abertura.

Com o passar do tempo e a evolução do mercado as empresas em geral precisam de uma administração mais eficiente de seus negócios para se manter em atividade.

Administração nada mais é do que a condução racional das atividades de uma organização seja ela lucrativa ou não lucrativa. A administração trata do planejamento, da organização (estruturação), da direção e do controle de todas as atividades diferenciadas pela divisão de trabalho que ocorram dentro de uma organização (CHIAVENATO, 2004, p.2).

Na realidade da era da informação em que estamos, com os mercados cada vez mais integrados e a grave crise econômica que se abateu sobre a sociedade brasileira nos últimos tempos, as empresas de pequeno porte vêm sofrendo para se manter em atividade. Muitas vezes essas empresas por sua estrutura organizacional não possuem se quer um setor administrativo. Destaca-se a discutível capacidade gerencial das pequenas empresas (Pinheiro,1996).

Muitas das decisões nas organizações de pequeno porte são tomadas com base no sentimento (Kassai,1997), ou, na maioria dos casos por improvisação (Pinheiro ,1996)

De acordo com as Ideias de Chiavenato (2004, p.2) (...)” administrar é imprescindível para a existência, sobrevivência e sucesso das organizações. Sem a administração as organizações jamais teriam condições de existir e crescer”.

Com o mercado cada vez mais desenvolvido e competitivo e com a implementação de novas técnicas de administração, tornou-se indispensável para o administrador o conhecimento e uso da contabilidade como ferramenta de gestão, onde entramos no tema principal da pesquisa: A contabilidade Gerencial.

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Cabe ao setor contábil dessas empresas, gerar informações importantes para a tomada de decisão.

O presente artigo pretende contribuir para que os gestores das micro e pequenas empresas façam uso da contabilidade gerencial em suas gestões.

Qual a importância da contabilidade gerencial na gestão das micro e pequenas empresas?

O objetivo é demonstrar aos gestores das Micro e Pequenas empresas a importância da utilização da contabilidade gerencial como ferramenta de gestão, mostrando-lhes os benefícios de sua utilização.

Nota-se porem que a falta de qualificação e o despreparo dos gestores é a maior dificuldade na adesão destas ferramentas por parte das empresas, comprometendo sua eficiência e afetando seus resultados.

2.REVISÃO DE LITERATURA

2.1 CONTABILIDADE FINANCEIRA X CONTABILIDADE GERENCIAL

A contabilidade é a ciência social que tem por objetivo certificar e assegurar o conjunto de bens e direitos e obrigações de uma entidade, também chamado de patrimônio, que é também o seu objeto de estudo.

(...) as movimentações possíveis de mensuração monetária são registradas pela contabilidade, que em seguida, resume os dados registrados em forma de relatórios e os entrega aos interessados em conhecer a situação da empresa (MARION, 2009, p.28).

Seguindo os conceitos de Nelson Gouveia (2001) a contabilidade é uma arte de registrar todas transações de uma companhia que pode ser expressa em termos monetários. É também a arte de informar os reflexos dessas transações na situação Econômico-financeiro dessa companhia.

A contabilidade é uma ciência que vem mudando ao longo do tempo, seja para se adequar as normas exigidas em lei, para maior entendimento de seus usuários e para maior controle financeiro das empresas. A contabilidade é feita tanto para os usuários internos, quanto para usuários externos. Essa ciência evoluiu muito nos últimos anos, deixou de ser o setor da empresa que registrava entrada e saída de

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recursos, para ser parte gerencial da empresa, dando total apoio a tomada de decisão das organizações.

A contabilidade gerencial é a parte da ciência contábil que fornece informações aos gestores das organizações. Segundo Padovezzi (2012), a contabilidade gerencial é o ramo da ciência contábil que agrega informações a administração complementos as informações já existentes na contabilidade financeira.

Seguindo as ideias de Garçom, Noreen e Brewer (2013) a contabilidade gerencial envolve o fornecimento de informações a gerentes para uso na própria organização. Diferente da contabilidade financeira que atende a necessidade de quem está fora da organização (usuários externos), a contabilidade gerencial atende as necessidades dos gerentes dentro da organização (usuários Internos). A contabilidade gerencial enfatiza as decisões que afetam o futuro, a relevância, o fazer as coisas em tempo hábil e o desempenho no nível do seguimento.

Com os conceitos de Padovezzi (2012) a contabilidade gerencial congrega todos os demais instrumentos da contabilidade que complementam a contabilidade financeira para tornar efetiva a informação contábil dentro das empresas em todo o processo de gestão. A base conceitual que fundamenta a contabilidade gerencial são as teorias de decisão, mensuração e informação. Enquanto a contabilidade financeira é fundamentada em práticas contábeis geralmente aceitas, decorrente dos princípios fundamentais da contabilidade, a contabilidade gerencial é completamente aberta para absorver outros conceitos econômicos e financeiros. Portanto a contabilidade gerencial não se atém a regras especificas; não obedece a um único fundamento; toda informação contábil útil a administração deve ser gerada pelos subsistemas de informações gerencias.

Basicamente a grande diferença entre a contabilidade financeira e a contabilidade gerencial, é que a contabilidade gerencial é a extensão da contabilidade financeira. Enquanto a financeira se preocupa na demonstração dos resultados da organização, a gerencial é a análise desses dados para a tomada de decisão, como ilustra a figura 1 apresentada abaixo.

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Figura 1- Contabilidade financeira x Contabilidade gerencial

2.2 FERRAMENTAS CONTÁBEIS NA TOMADA DE DECISÃO

Com base em Gitman (2004), os Principais Demonstrativos financeiros fornecidos pela contabilidade são: Notas explicativas, Relatório da Administração, Parecer dos Auditores Independentes, Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Fluxo de Caixa, Demonstração da Mutações do Patrimônio Líquido.

Sobre as Demonstrações Contábeis, o CPC 26 dispõe sobre a definição da base para a demonstrações contábeis estabelecendo requisitos gerais para a apresentação das demonstrações contábeis, diretrizes para a sua estrutura e os requisitos mínimos para seu conteúdo. Ainda sobre o CPC 26 as principais Demonstrações Contábeis são: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração do Resultado Abrangente do Período, Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido, Demonstração do Fluxo de Caixa, Notas Explicativas e Demonstração do Valor Adicionado.

Destacam-se na contabilidade gerencial as Analises Financeiras Básicas (o papel dos indicadores financeiros), o Controles de estoque, o Controle e a Gestão de Custos e Formação do Preço de Venda. A escolha de nossas ferramentas foi feita com base em trabalhos anteriores, com a mesma proposta feito em outros locais.

2.2.1 Análise Financeira Básica.

A partir das Análises das demonstrações financeiras conseguimos chegar aos índices financeiros.

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De acordo com Gitman (2004) os principais indicadores financeiros são: Análises Vertical e Horizontal, Índices de Liquidez, Indicadores de Endividamento, Medidas de Giro, Ciclo Operacional e Ciclo de Caixa.

Segundo Gitman (2004) A análise vertical mostra a participação percentual de cada item das demonstrações financeiras em relação aso somatório do seu grupo, já a analise horizontal toma por base dois ou mais exercícios sociais para a verificar a evolução ou involução de seus componentes, observando o comportamento dos diversos itens do patrimônio e principalmente de índices.

Segundo Gitmam (1997) o Índice é a relação entre contas ou grupo de contas das demonstrações financeiras que visa evidencias a situação econômica ou financeira de uma empresa. A situação Financeira divide-se em: estrutura e liquidez. Já a situação econômica tem somente um grupo: Rentabilidade. Os índices dividem-se nas dividem-seguintes categorias: Liquidez, endividamento, rentabilidade e valor de mercado

2.2.2 Controle de Estoque.

O controle de estoque é de extrema importância na gestão de uma entidade. Segundo os conceitos de Gitman (2004) os estoques são ativos circulantes que possibilitam o funcionamento produtivo e de vendas de uma empresa, e representam a maior parte dos investimentos significativos de uma entidade.

Controlar e administrar esse ativo significa girá-lo rapidamente, de tal sorte a minimizar seu custo e mantê-lo em nível suficiente para atender às necessidades da empresa, além, é claro, de estar possibilitando, com isso, a geração de valores a receber originados pelas vendas decorrentes do aumento do seu giro (OLIVEIRA, MULLER, NAKAMURA 2000, p.5).

2.2.3 Controle e Gestão de Custos.

O controle de custos é uma das ferramentas mais importantes da contabilidade gerencial.

Para se ter ideia da importância e necessidade da contabilidade, em toda a sua extensão gerencial, existe a contabilidade de custos, que possibilita a classificação e o controle dos custos, a formação do preço de venda e a verificação de quanto cada um dos produtos contribui para o lucro da empresa (OLIVEIRA, MULLER, NAKAMURA 2000, p.7).

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A parte mais importante da contabilidade de custos são as suas análises e a distinção entre custos e despesas.

De acordo com as ideias de MARION (1990) custos é o consumo de bens e serviços utilizados diretamente ligados a produção e despesas são o consumo de bens e serviços que não estão ligados diretamente a produção.

"Os gastos identificáveis ao processo de produção são custos, enquanto os identificáveis à administração, os financeiros e os relativos às vendas, são despesas "(MARION,1990, p.89).

2.2.4 Formação do preço de vendas.

Saber exatamente qual é o custo real dos produtos é de suma importância para que o preço a ser cobrado proporcione uma margem mínima de lucro necessária e não seja considerado abusivo, ao ponto de colocar a empresa fora do mercado. (SEBRAE, 1997, p.48)

Seguindo as ideias de Hoffman (2004) o preço de venda é resultante de uma combinação de fatores como: mercado, custos diretos e indiretos, estoque, impostos, despesas e lucro.

"A projeção do preço de venda de um produto compreenderá a análise e o estudo de uma estrutura de informações básicas, desenvolvidas de forma organizada" (HOFFMANN, 2004, p. 51).

2.2.5 Orçamento empresarial

Segundo Hansen e Mowen (1996) o orçamento é um plano financeiro abrangente para a organização e traz vários benefícios: Firmeza dos gestores ao planejar, informações no processo decisório, padrão nos recursos a serem utilizados, em seguida, pode ser utilizado na avaliação de desempenho e facilita comunicação.

Partindo dos conceitos de Leite, Cherobim, Silva e Buffren (2008 p.58) (...)” orçamento é um elo entre Planejamento e controle”

A ideia do orçamento empresarial deve ser posta em pratica, nenhuma empresa lucrou em somente fazer planos.

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2.3 ESTUDOS ANTERIORES

Oliveira, Muller, Nakamura (2000) abordam que o fornecimento de dados, a geração das informações e o domínio das técnicas contábeis favorecem o gerenciamento organizacional, permitindo um melhor acompanhamento das operações da empresa e de seus resultados, em todos os níveis e mercados.

Stroeher e Freitas (2005) apontaram em sua pesquisa alguns estudos realizados com MPE’s, no Brasil e em outros países, e concluiu-se que, os gestores de pequenas empresas não possuem compreensão das informações contábeis gerenciais. Ainda, os gestores reconhecem o valor da informação gerencial, mas ainda assim é usada com baixa frequência.

O estudo de Souza e Rios (2011) verificaram nas microempresas do município de São Roque – SP que conforme as 94 entrevistas realizadas, 51,22% dos que participaram informaram não fazer uso da Contabilidade Gerencial como ferramenta de Gestão, enquanto 26,83% responderam utilizarem.

O estudo de STACKE, Jéssica Aline (2016) Destaca a importância das MPE’s, onde foi analisado que a falta de planejamento empresarial é um dos principais fatores de mortalidade de pequenas empresas. Mostra ainda, a importância das ferramentas contábeis gerenciais na gestão para tomada de decisão e que a falta dos conhecimentos destas ferramentas e a principal causa da sua não utilização e consequentemente da sua importância.

A presente pesquisa tem o diferencial em ser aplicado na cidade de Barra do Pirai-RJ e depois dos resultados concluídos apresentar aos gestores como as ferramentas podem mudar a saúde de suas organizações.

3. METODOLOGIA DE PESQUISA.

A presente pesquisa é de natureza básica, qualitativa, utilizando um estudo de casos múltiplos, tendo como base 10 micros e pequenas empresas localizadas na cidade de Barra do Pirai, localizada no sul do estado do Rio de Janeiro.

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Na primeira parte do trabalho foi desenvolvida uma pesquisa Bibliográfica. Partes dos estudos exploratórios podem ser definidas como pesquisas bibliográficas. Seguindo as ideias de Gerhardt e Silveira (2009), a pesquisa se baseia em fontes bibliográficas e é considerada a mãe de todas as pesquisas. Seus dados são coletados utilizando fontes escritas, obras escritas publicadas por editoras, disponível em bibliotecas ou comercializadas por livrarias

A presente pesquisa, quanto ao seu objetivo teve caráter descritivo. Segundo Gil (2002), a pesquisa descritiva tem como objetivo a descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis.

Para a coleta de dados foi utilizado 3 métodos: 1) observação sistemática nas empresas, procurando abordar as suas estruturas administrativas e observação nos escritórios contábeis quanto as técnicas utilizadas; 2) Questionário estruturado com 10 perguntas aos gestores das empresas; 3) análise de suas Demonstrações contábeis.

O preenchimento dos questionários foi feito pelos próprios pesquisadores em um sistema de entrevista, podendo tirar dúvidas dos gestores quanto ao conteúdo das perguntas, o que aumentou a qualidade das respostas.

Inicialmente foi estruturado um questionário com 50 questões de múltipla escolha, que tinha por base responder os objetivos do trabalho. Para verificar a aplicabilidade das questões foram feitos testes em 6 MPE’s de diversos seguimentos nas cidades de Barra Mansa, Resende e Vassouras, todas localizadas no Sul do estado do Rio de Janeiro. Com isso pode se classificar a dificuldade e a relevância de cada questão apresentada.

Com a classificação das questões foi possível resumir o questionário, chegando a 10 questões discursivas onde seria possível alcançar o objetivo da pesquisa.

A entrevista foi estruturada de acordo com a dificuldade de cada questão, passando entre os níveis fácil, intermediário e difícil. As entrevistas tiveram a duração média de 40 minutos e foram aplicadas entre os dias 27 de agosto de 2017 e 30 de outubro do mesmo ano.

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Junto ao SEBRAE foi abordado o índice de Abertura e Fechamento dessas empresas.

4. ANÁLISE DE RESULTADOS.

4.1 PERFIL DOS GESTORES.

A pesquisa revelou o perfil dos gestores das organizações. Quanto a faixa etária, 40 % tem entre 18 e 30 anos, 30% entre 30 e 40 anos, 20% entre 41 e 50 anos e 10% com a idade acima dos 51 anos. Quanto ao gênero, notou-se uma grande superioridade dos gestores sendo do sexo masculino, ficando distribuídos em 80% para Homens e 20 para o sexo feminino. Os dados fornecidos sobre o grau de escolaridade, demonstram que 12% dos gestores possuem o ensino médio incompleto, 68% o ensino médio completo e 20% deles a graduação, e dos que concluíram a graduação, apenas metade tem Pós-Graduação. Quanto ao conhecimento da contabilidade gerencial apenas um gestor sabia definir o que era realmente a Contabilidade Gerencial, todos os outro alegaram já ter ouvido sobre, mas sem nenhum conhecimento a respeito. O perfil dos gestores é apresentado com mais clareza no gráfico abaixo.

Gráfico 1 – Perfil dos Gestores

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Todas as empresas pesquisadas são do seguimento do comércio varejista, distribuídas em: 30% do comércio de calçados e vestuário, 20% comércio de material de construção, 40% do comércio de alimentos e 10% comércio de peças de automóvel e moto. Todas enquadradas no regime de tributação simplificado - Simples nacional, com faturamento entre R$ 1.000.000,00 e R$ 3.200.000,00 anual, e estabelecidas no mercado há mais de 5 anos, localizadas no centro comercial da cidade.

Quanto aos dados empregatícios, levantou-se que 50% das empresas empregam de 1 a 9 funcionários, 20% de 10 a 19 funcionários, outros 20% de 20 a 29 e 10% de 30 a 39 funcionários. Levando em consideração o SEBRAE (2004) que considera microempresa, a organização que possui de 1 a 9 empregados e pequena empresa aquela que possui de 10 a 49 funcionários, temos no nosso estudo 50% de Microempresas e 50 % Pequenas Empresas.

4.3 CENÁRIO ECONÔMICO DA CIDADE DE BARRA DO PIRAI.

Barra do Pirai é uma cidade localizada na Região sul do estado do Rio de Janeiro, sua economia se dá basicamente do setor do comercio varejista.

Nos últimos anos a cidade vem sofrendo com a grave crise econômica que o Brasil vem enfrentando, o que resultou no fechamento de suas principais indústrias e consequentemente no fechamento dos seus principais postos de trabalho, diretamente ou indiretamente ligados a esse seguimento.

Com o fechamento dos principais empregadores da cidade, as pessoas residentes na cidade foram procurar emprego em outras cidades, deixando bastante enfraquecido o comércio local.

4.4 UTILIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS PARA A TOMADA DE DECISÃO.

O presente tópico tem como função apresentar as principais ferramentas contábeis utilizadas pelas empresas em suas tomadas de decisão.

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4.4.1 Relatórios contábeis

Todas as empresas do estudo terceirizam o seu departamento de contabilidade contratando um escritório contábil especializado para fornecer suas informações contábeis.

Com a análise dos questionários foi possível identificar as demonstrações contábeis fornecidos por esses escritórios as empresas.

Tabela 1: Relatórios fornecidos pela contabilidade:

Tipo de Relatório Gerados

Balanço Patrimonial 10

Demonstração do resultado do Exercício 10

Balancete 10

Notas Explicativas 5

Demonstração da mutação do Patrimônio líquido 0

Demonstrações de Fluxo de Caixa 1

Os relatórios mais gerados pelos escritórios contábeis são de cunho obrigatório, para cumprir as exigências impostas as empresas. As demonstrações contábeis evidenciam fatos relevantes por um certo período, mas com o despreparo dos gestores em entender as informações ali contidas, essas informações têm pouco uso. Balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício, e o balancete são os relatórios que os softwares contábeis dos escritórios geram automaticamente, após os lançamentos contábeis serem feitos, o que nos levou a concluir que esses relatórios são gerados de forma automática e com isso sua maior incidência em nosso estudo.

Os demais relatórios, como notas explicativas, demonstração da mutação do patrimônio líquido e Demonstração de fluxo de Caixa, aparecem em menor número. O motivo mais relevante em nossa análise foi que, esses relatórios precisam de um maior conhecimento do contador para serem gerados, é preciso colocar informações adicionais ao sistema para serem produzidos, onde foi observado que esses contadores não possuíam o conhecimento necessário.

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4.4.2 Conhecimento e utilização das ferramentas contábeis gerenciais.

Um dos maiores objetivos da pesquisa era evidenciar a presença e qual frequência da utilização das ferramentas contábeis gerenciais na administração dessas empresas, obteve os seguintes resultados:

Tabela 2 – Ferramentas gerenciais nas micro e pequenas empresas:

Ferramenta Gerados

Indicadores financeiros 40%

Controle de custos 20%

Controle de Estoque 100%

Formação do Preço de venda 80%

Orçamento empresarial 80%

Fluxo de caixa 10%

As ferramentas gerencias são pouco utilizadas por essas empresas. O destaque fica para o controle de estoque onde todas as empresas pesquisadas fazem esse controle, mas não pelos relatórios fornecidos pela contabilidade. Como essas empresas são do ramo do comercio varejista, estão obrigadas a fornecer a nota fiscal aos seus clientes, o que faz com que ela tenha que contratar um software de gestão, que automaticamente faz esse controle.

Quanto ao controle de custo apenas 20% controlavam efetivamente os custos com as suas devidas separações e analises. Nota -se que as empresas comercias não costumam usar muito esse tipo de ferramenta, geralmente essa ferramenta está ligada a produção industrial, mas, é de extrema importância para todos os seguimentos empresarias.

Em relação ao orçamento empresarial 80% dos empresários entrevistados afirmaram fazer um planejamento operacional e financeiro. Observando esse planejamento, notou-se uma maneira muito amadora quando feito, somente tendo as projeções de Vendas e despesas, sem nenhum embasamento ou estudo que se possa dar confiabilidade ao orçamento empresarial.

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Quanto aos índices financeiros, apenas 40% tinha a presença de seus indicadores financeiros, contudo há uma grande dificuldade por parte dos gestores na interpretação quanto aos índices gerados. Desses 40% de empresa que tinham esses dados fornecidos, 30% era para cumprir exigências impostas por licitações públicas, onde davam por obrigatórios a apresentação desses índices, e apenas 10%, 1 empresa fazia o uso efetivo da ferramenta. O gestor dessa organização foi diretor de uma das maiores empresas instaladas no Brasil, tendo uma facilidade no entendimento da ferramenta e quando se aposentou resolveu abrir o seu próprio empreendimento. Essa empresa era a única que se valia da utilização de todas as ferramentas gerenciais aqui apresentadas.

O fluxo de Caixa foi abordado como relatório contábil anteriormente, mas ele é umas das ferramentas gerenciais mais importantes. Apenas 1 empresa fazia o uso efetivo do Fluxo de caixa como ferramenta de Gestão.

A contabilidade para apoio a tomada de decisão é pouco utilizada, verificou-se esverificou-se fato ao buscar a capacidade administrativa de cada gestor.

Apesar da pouca utilização efetiva das ferramentas gerenciais, todos os gestores responderam que tem capacidade e conhecimento para tomar decisões para o futuro dessas organizações.

4.5 CONSIDERAÇÕES

Analisando as empresas pesquisadas, nos chamou a atenção a disparidade de uma empresa em relação a todas as outras. Empresa de moto peças, onde era a única que fazia o uso efetivo de ferramentas apresentadas. Como dito no tópico anterior, o gestor dessa empresa foi diretor de uma grande multinacional e tem uma facilidade em lidar com as fermentas gerencias. Além das ferramentas apresentadas por nós, esse gestor fazia uso de várias outras fermentas gerencias.

Em menos de 6 anos de mercado, a empresa já conta com 32 funcionários,1 sede e 3 filiais, todas abertas no auge da crise econômica que atingiu o Brasil nestes últimos anos.

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Para o nosso estudo essa empresa se tornou o modelo para podermos apresentar aos outros gestores como o uso da contabilidade gerencial é importante para a sobrevivência de suas empresas no mercado.

5.CONCLUSÃO

A pesquisa buscou evidenciar a importância do uso da contabilidade gerencial nas micro e pequenas empresas, localizadas na cidade de Barra do Pirai - RJ, mostrando-lhe as ferramentas de gestão, suas aplicabilidades e a importância do uso dessas ferramentas gerencias nas tomadas de decisões. Eficaz para as projeções futuras a contabilidade gerencial, da as diretrizes quanto ao endividamento, capacidade de liquidação de dividas e projeções de investimento, o que faz com que essas empresas ao fazerem seu uso saibam quando, onde e como investir no crescimento de seus negócios.

Com o uso efetivo da contabilidade gerencial, a empresa de moto peças vem ganhando mercado e sua tendência é somente crescer. Por não utilizarem as ferramentas gerencias na gestão de seus negócios, nota-se que as outras empresas podem estar perdendo vantagem competitiva no mercado. Quanto informações fornecidas por esses escritórios, há uma grande preocupação em apenas cumprir as exigências fiscais e trabalhista, gerando apenas as informações necessárias ao fisco. Os gestores não são informados pelos escritórios quanto as técnicas contábeis utilizadas por eles para a geração daquela informação.

A principal causa da não utilização das ferramentas da contabilidade gerencial nas micro e pequenas empresas na cidade de Barra do Pirai-RJ está na capacidade dos gestores e contadores na compreensão das fermentas, visto que a maioria das técnicas utilizadas não precisam de um investimento financeiro significativo para serem utilizadas.

Entretanto, com o trabalho, pretende-se contribuir para que as micro e pequenas empresas, não somente do seguimento do comércio varejista, utilizem das ferramentas da contabilidade gerencial na gestão de seus empreendimentos. A presente pesquisa coletou seus dados através de uma amostra, deixando bastante

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campo a ser pesquisado no próprio ramo do comercio ou em outras atividades econômicas, para que novos pesquisadores possam explorar.

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