Membranas de Eletrodiálise:
Síntese e Caracterização
Fluxograma do funcionamento de uma planta de
Eletrodiálise na recuperação de Metais
MEMBRANAS
O termo membrana é definido como uma fase permeável
que
permite
a passagem de certas espécies e
restringe
a
passagem;
O fluxo dos íons através da membrana é favorecido por
potencial elétrico;
As membranas são preparadas a partir de materiais com
características químicas e físicas das mais variadas.
Membrana
Carga da
Membrana
Íons permeados Íons retidos
Aniônica
positiva
ânions
cátions
Catiônica
negativa
cátions
ânions
CARGAS IÔNICAS FIXADAS NO POLIMERO
MEMBRANAS SELETIVAS A CÁTIONS
-SO
3-, -COO
-, -PO
3 2-
, -HPO
2 -, AsO
3 2-, - SeO
3-MEMBRANAS SELETIVAS A ÂNIONS
-NH
3+, -RNH
MEMBRANAS PARA ELETRODIÁLISE
PROPRIEDADES DESEJÁVEIS:
Alta permoseletividade
(capacidade de deixar passar alguns íons mais facilmente que outros)
Baixa resistência elétrica
(baixo consumo de energia elétrica)
Alta estabilidade química
(Estáveis a diversos meios)
Alta resistência mecânica e estabilidade dimensional
Produzidas por Funcionalização do Polímero
SO2Cl + SO2 + Cl2 + hv HCl + 2NaCl NaCl H2O SO3- Na+ PolietilenoMEMBRANAS HOMOGÊNEAS
Fusão e prensagem
Dispersão de uma resina de troca iônica em solução em uma
matriz polimérica, com posterior evaporação do solvente.
Síntese de Membranas
Anilina
Persulfato de amônio
Ácido canfor sulfônico (CSA)
dodecil benzeno sulfônico (DBSA)
p
-tolueno sulfônico (TSA).
1.367 1.387 1.374 1.384 1.37 4 1.280 1.278 1.376 127.7 127.7 123.1 123.1 1.380 1.380 127.7 127.7 123.1 123.1 1.27 8 1.376 1.376 1.278
(a)
(b)
(c)
1.367 1.387 1.374 1.384 1.37 4 1.280 1.278 1.376 127.7 127.7 123.1 123.1 1.380 1.380 127.7 127.7 123.1 123.1 1.27 8 1.376 1.376 1.278(a)
(b)
(c)
N N H H N N n 1 y yINFLUENCIA DOS ÁCIDOS DOPANTES DA POLIANILINA NAS PROPRIEDADES DAS MEMBRANAS CH3 SO3 H C12H25 SO3H DBSA pTSA CSA H O H3C SO3H CH3 N N N H H + + H H N R- R
-N H N N SO3- SO3 n
-SPAN com diferentes graus de sulfonação através do ácido cloro sulfônico em dicloroetano
Dissolução em solvente
HIPS (poliestireno de alto impacto) e PAni foram solubilizados em tetracloroetileno, mistura usando um agitador Fisaton a 1000 rpm.
A solução obtida permaneceu em repouso por 2 horas, para evitar a formação de bolhas. Após este período, as membranas foram produzidas sobre placas de vidro com um laminador, deixando o solvente evaporar lentamente durante 24 horas a temperatura ambiente. Foi usado 20 % de polianilina em massa.
Extrusora mono rosca Ciola modelo MPE 18V, com duas zonas de aquecimento, com diâmetro de rosca de 18mm. A temperatura de 180C e velocidade da rosca de 30 rpm.
Para obtenção das membranas, prensaram-se os pelets obtidos a partir da extrusora em uma prensa com aquecimento Carver modelo C, a 160C. Utilizou-se 20% de polianilina em massa.
Membrana Polímero base
Método de obtenção Tipo de dopante
MCE HIPS Mistura mecânica em extrusora CSA
MCS HIPS Mistura química com solvente CSA
MDE HIPS Mistura mecânica em extrusora DBSA
MDS HIPS Mistura química com solvente DBSA
MTE HIPS Mistura mecânica em extrusora p-TSA
4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 703 1885 2926 1036 1127 1299 1483 1571 1727 T ra n smi tâ n ci a % Numero de onda (cm-1) 3438 789 3026 1951 500 1000 1500 0 10000 20000 30000 Intens ida de Comprimento de onda (cm-1) 824 850 1164 1338 1393 1512 1601
CARACTERIZAÇÃO
Espectros FTIR Espectros Raman0 20 40 60 80 100 0 200 400 600 800 1000 Temperatura (°C) M a ssa ( % ) HIPS MCS MDS MTS
Análise Termogravimétrica das membranas processadas por dissolução em solvente
Análise Termogravimétrica das membranas processadas por mistura mecânica
0 20 40 60 80 100 0 200 400 600 800 1000 Temperatura (°C) M a ssa ( % ) HIPS MCP MDP MTP
Condutividade elétrica (σ)
Amostra
σ (S/cm)
PAni/CSA
67
PAni/DBSA
46
PAni/TSA
57
MCS
7,4
MDS
2,9
MTS
3,2
MCP
2,7x10
-6MDP
1,9x10
-6MTP
2,3x10
-6HIPS
10
-10Selemion
10
-10A condutividade elétrica foi medida usando o método padrão das quatro pontas em um equipamento Cascade Microtech CS 4-64, associado a uma fonte Keithley 2400. O método das quatro pontas é baseado na aplicação de corrente elétrica nos terminais externos, e a voltagem medida entre os dois terminais internos.
Relação entre absorção de água e espessura
das membranas
Membrana
Espessura (mm) Absorção de água
(%)
MCP
0,15 - 0,20
4.4
MCS
0,10 - 0,15
6,8
MDP
0,15 - 0,20
4,1
MDS
0,10 - 0,15
6,6
MTP
0,15 - 0,20
4,6
MTS
0,10 - 0,15
5,9
Selemion
0,12 – 0,15
20
Membrana Capacidade de troca iônica MCP 0,12 MCS 0,20 MDP 0,12 MDS 0,15 MTP 0,12 MTS 0,17 Selemion® CMT 0,80
Capacidade de troca iônica
As membranas foram inicialmente equilibradas em 50 mL de solução de HCl 1M por 72 horas; após foram retiradas da solução e lavadas com água destilada, para remover o excesso de ácido. Então as membranas foram imersas em NaCl 1 M, com o objetivo de trocar os íons hidrogênio pelos íons sódio. A quantidade de íons H+ na solução foi
0 2 4 6 8 10 12 14 0 20 40 60 80 100 120 Potencial (V) D e n si d a d e d e C o rr e n te ( m A /cm 2 ) MCS MDS MTS
Curvas de polarização
Membrana Densidade de Corrente Limite mA/cm2 Íon MCS 5,6 Na+1 MCS 3,7 Ni+2 MCS 3,2 Cr+3 MDS 8,4 Na+1 MDS 7,1 Ni+2 MDS 5,4 Cr+3 MTS 11,6 Na+1 MTS 10,1 Ni+2 MTS 9,2 Cr+3 Selemion 12,8 Na+1 Selemion 11,6 Ni+2 Selemion 11,0 Cr+3
Membrana E% Na+1 E % Ni+2 E% Cr+3 MCS 4,3 4,3 3,1 MDS 3,4 2,8 2,0 MTS 3,2 2,9 2,4 MCP 5,4 3,0 * MDP 3,2 * * MTP 2,6 * * Selemion 5,4 3,6 1,9