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Aula 24 (01/06/2016)- Teoremas e Propriedades das Séries de Fourier.

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(1)

Aula 24

Teoremas e Propriedades

das Séries de Fourier.

MA311 - Cálculo III

Marcos Eduardo Valle

Departamento de Matemática Aplicada

Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica Universidade Estadual de Campinas

(2)

Introdução

Na aula anterior, apresentamos a série de Fourier. Nos pontos em que ela converge, temos uma função

f pxq “ a0 2 ` 8 ÿ m“1 ” amcos ´mπx L ¯ ` bmsen ´mπx L ¯ı , (1)

chamada série de Fourier de f .

A função f dada em (1) é periódica com período T “ 2L e os coeficiente satisfazem am “ 1 L żL ´L f pxq cos ´mπx L ¯ dx , @m “ 0, 1, 2, . . . , (2) bm “ 1 L żL ´L f pxq sen ´mπx L ¯ dx , @m “ 1, 2, . . . . (3)

(3)

Convergência da Série de Fourier

Na aula de hoje, vamos admitir que temos uma função periódica f com período T “ 2L.

Vamos admitir também que podemos calcular os coeficientes ame bmusando (2) e (3).

Nosso objetivo é saber se a série de Fourier de f converge de fato para a função f num ponto x .

Em outras palavras, conhecendo os coeficientes am e bm,

determinamos a função f ?

Existem funções cujas séries de Fourier não convergem para o valor da função em certos pontos.

Podemos garantir a convergência, em particular, considerando funções seccionalmente contínuas.

(4)

Definição 1 (Função Seccionalmente Contínua)

Uma função f é dita seccionalmente contínua em um intervalo ra, bs se existe um número finito de pontos

a “ x0ă x1ă x2ă . . . ă xn“ b, chamada partição do

intervalo ra, bs, tal que

1. f é contínua em cada um dos subintervalos xi´1 ă x ă xi.

2. Os limites laterais nas extremidades de cada subintervalo existem e são finitos.

(5)

Teorema 2 (Teorema da Convergência)

Seja f uma função periódica com período T “ 2L. Se f e f1são

seccionalmente contínuas no intervalo ´L ď x ď L, então a série de Fourier de f spxq “ a0 2 ` 8 ÿ m“1 ” amcos ´mπx L ¯ ` bmsen ´mπx L ¯ı ,

com am e bm dados respectivamente por (2) e (3), está bem

definida e satisfaz spxq “ 1 2 „ lim ξÑx`f pξq ` limξÑx´f pξq  , @x .

Em palavras, spxq é o valor médio dos limites à esquerda e à direita de f em x .

(6)

Considere o exemplo da aula anterior:

Exemplo 3

A série de Fourier da função periódica f , com período T “ 6, definida por f pxq “ $ ’ & ’ % 0, ´3 ď x ă ´1, 1, ´1 ď x ă `1, 0, `1 ď x ă 3, , @x P r´3, 3s, é f pxq ” spxq “ 1 3 ` 8 ÿ m“1 2 mπ sen ´mπ 3 ¯ cos ´mπx 3 ¯ . Nos próximas folhas apresentamos f (preto), sn(vermelho), e o

erro absoluto |f ´ sn| (azul), em que

snpx q “ 1 3 ` n ÿ m“1 2 mπ sen ´mπ 3 ¯ cos ´mπx 3 ¯ .

(7)

-0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 f s1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 |f-s1|

(8)

-0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 f s5 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 |f-s5|

(9)

-0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 f s10 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 |f-s10|

(10)

-0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 f s15 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 |f-s15|

(11)

-0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 f s20 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 |f-s20|

(12)

-0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 f s25 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 |f-s25|

(13)

-0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 f s30 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 |f-s30|

(14)

-0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 f s35 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 |f-s35|

(15)

-0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 f s40 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 |f-s40|

(16)

Observação

Apesar de snpx q convergir para o valor médio dos limites à

esquerda e à direita de f em um ponto x , observamos que a série de Fourier apresenta oscilações próximas aos pontos de descontinuidade de f .

Essas oscilações são referidas comofenômeno de Gibbs.

Estudos sobre o fenômeno de Gibbs podem ser encontrados em livros textos especializados em análise de Fourier.

(17)

Funções Pares e Ímpares

Definição 4

Uma função f : R Ñ R é dita:

§ par, se f p´xq “ f pxq. § ímpar, se f p´xq “ f pxq.

(18)

Teorema 5 (Soma e Produto)

1. A soma (diferença) e o produto (quociente) de funções pares é uma função par.

2. A soma (diferença) de funções ímpares é uma função ímpar, mas o produto (quociente) de funções ímpares é uma função par.

3. A soma (diferença) de uma função par e uma função ímpar não é par nem ímpar. O produto (quociente) de uma função par por uma função ímpar é uma função ímpar.

Teorema 6

§ Se f é uma função par, então

żL ´L f pxqdx “ 2 żL 0 f pxqdx.

§ Se f é uma função ímpar, então

żL

´L

(19)

Definição 7 (Série de Fourier em Cossenos)

A série de Fourier em cossenos de uma função f é a0 2 ` 8 ÿ m“1 amcos ´mπx L ¯ . (4)

A série de Fourier em cossenos define uma função par!

Teorema 8

A série de Fourier de f coincide com a série de Fourier em cossenos se e somente se f for uma função par. Nesse caso, os coeficientes satisfazem am “ 2 L żL 0 f pxq cos ´mπx L ¯ dx , @m “ 0, 1, . . . .

(20)

Definição 9 (Série de Fourier em Senos)

A série de Fourier em senos de uma função f é

8 ÿ m“1 bmcos ´mπx L ¯ , (5)

A série de Fourier em senos define uma função ímpar!

Teorema 10

A série de Fourier de f coincide com a série de Fourier em senos se e somente se f for uma função ímpar. Nesse caso, os coeficientes satisfazem bm“ 2 L żL 0 f pxq sen ´mπx L ¯ dx , @m “ 1, . . . .

(21)

Exemplo 11

Seja f pxq “ x, para 0 ă x ď 1. Defina f no restante da reta de modo a ser periódica com período T “ 2L. Encontre a série de Fourier desta função admitindo:

(a) f é par. (b) f é ímpar.

(22)

Exemplo 11

Seja f pxq “ x, para 0 ă x ď 1. Defina f no restante da reta de modo a ser periódica com período T “ 2L. Encontre a série de Fourier desta função admitindo:

(a) f é par. (b) f é ímpar.

Resposta:

(a) Se f é uma função par, então a série de Fourier de f coincide com a série de Fourier em cossenos:

f pxq “ L 2 ` 2L π2 8 ÿ m“1 1 p2m ´ 1q2cos ˆ p2m ´ 1qπx L ˙ . (b) Se f é uma função ímpar, então a série de Fourier de f

coincide com a série de Fourier em senos: f pxq “ 2L π 8 ÿ m“1 p´1qm`1 m sen ´mπx L ¯ .

(23)

-0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 -2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 f s 1

Extensão periódica par de f com L “ 1: sn“ L 2 ` 2L π2 n ÿ m“1 1 p2m ´ 1q2cos ˆ p2m ´ 1qπx L ˙ .

(24)

-0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 -2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 f s 5

Extensão periódica par de f com L “ 1: sn“ L 2 ` 2L π2 n ÿ m“1 1 p2m ´ 1q2cos ˆ p2m ´ 1qπx L ˙ .

(25)

-0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 -2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 f s 10

Extensão periódica par de f com L “ 1: sn“ L 2 ` 2L π2 n ÿ m“1 1 p2m ´ 1q2cos ˆ p2m ´ 1qπx L ˙ .

(26)

-1 -0.5 0 0.5 1 -2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 f s 1

Extensão periódica ímpar de f com L “ 1: sn“ L 2 ` 2L π2 n ÿ m“1 1 p2m ´ 1q2cos ˆ p2m ´ 1qπx L ˙ .

(27)

-1 -0.5 0 0.5 1 -2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 f s 5

Extensão periódica ímpar de f com L “ 1: sn“ L 2 ` 2L π2 n ÿ m“1 1 p2m ´ 1q2cos ˆ p2m ´ 1qπx L ˙ .

(28)

-1 -0.5 0 0.5 1 -2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 f s 10

Extensão periódica ímpar de f com L “ 1: sn“ L 2 ` 2L π2 n ÿ m“1 1 p2m ´ 1q2cos ˆ p2m ´ 1qπx L ˙ .

(29)

-1 -0.5 0 0.5 1 -2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 f s 15

Extensão periódica ímpar de f com L “ 1: sn“ L 2 ` 2L π2 n ÿ m“1 1 p2m ´ 1q2cos ˆ p2m ´ 1qπx L ˙ .

(30)

-1 -0.5 0 0.5 1 -2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 f s 20

Extensão periódica ímpar de f com L “ 1: sn“ L 2 ` 2L π2 n ÿ m“1 1 p2m ´ 1q2cos ˆ p2m ´ 1qπx L ˙ .

(31)

-1 -0.5 0 0.5 1 -2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 f s 25

Extensão periódica ímpar de f com L “ 1: sn“ L 2 ` 2L π2 n ÿ m“1 1 p2m ´ 1q2cos ˆ p2m ´ 1qπx L ˙ .

(32)

-1 -0.5 0 0.5 1 -2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 f s 30

Extensão periódica ímpar de f com L “ 1: sn“ L 2 ` 2L π2 n ÿ m“1 1 p2m ´ 1q2cos ˆ p2m ´ 1qπx L ˙ .

(33)

-1 -0.5 0 0.5 1 -2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 f s 35

Extensão periódica ímpar de f com L “ 1: sn“ L 2 ` 2L π2 n ÿ m“1 1 p2m ´ 1q2cos ˆ p2m ´ 1qπx L ˙ .

(34)

-1 -0.5 0 0.5 1 -2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 f s 40

Extensão periódica ímpar de f com L “ 1: sn“ L 2 ` 2L π2 n ÿ m“1 1 p2m ´ 1q2cos ˆ p2m ´ 1qπx L ˙ .

Referências

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