COMUNICAÇÃO TÉCNICA
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Nº 172282
Certificação compulsória de aquecedores solares no Brasil: novo método de ensaio e suas consequências na classificação de eficiência dos coletores
Daniel Strak Sowmy Douglas Messina
Paulo José Schiavon Ara
Trabalho apresentado no Congresso Brasileiro de Energia Solar, 5., 2014, Recife.
A série “Comunicação Técnica” compreende trabalhos elaborados por técnicos do IPT, apresentados em eventos, publicados em revistas especializadas ou quando seu conteúdo apresentar relevância pública.
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CERTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DE AQUECEDORES SOLARES NO BRASIL: NOVO MÉTODO DE ENSAIO E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA CLASSIFICAÇÃO DE EFICIÊNCIA DOS COLETORES
Daniel Setrak Sowmy Douglas Messina Paulo José Schiavon Ara
IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Criar e aplicar soluções tecnológicas para aumentar a competitividade das empresas e promover a qualidade de vida.
Ser instituição líder nacional e atuar internacionalmente no
desenvolvimento de tecnologias avançadas.
Integridade ética, probidade, isenção, competência técnica e qualidade em procedimentos de busca contínua de melhorias.
Missão
Visão
Valores
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Laboratório de Instalações Prediais
Aquecimento solar térmico. Equipamentos hidráulicos.
Aquecedores instantâneos e de acumulação. Equipamentos elétricos.
Equipamentos à gás.
Agenda
Contextualização Objetivo
Mudanças Normativas Mudanças nos Métodos Estudo Experimental Resultados
Agenda
Contextualização Objetivo
Mudanças Normativas Mudanças nos Métodos Estudo Experimental Resultados
Contextualização
Aquecimento solar térmico em expansão
Europa: crescimento de mercado de 10% ao ano (2002 – 2012) Brasil: 7 milhões de m² instalados (previsão de 15 mi para 2015).
Programas do Governo e Leis de incentivo
MCMV: 183 mil sistemas na 1ª fase. SAS obrigatório na 2ª fase. “Leis Solares”. Ex.: Prefeitura de São Paulo.
CDHU.
Contextualização
Ferramentas regulatórias para o setor
Inmetro: Programa Brasileiro de Etiquetagem em 1984.
PBE Solar: implantado em 1996 (aprox. 600 modelos etiquetados).
Estados Unidos: SRCC (ISO 9806 + Software TRNSYS) Europa: “Solar keymark” (EN 12975 + EN 12976) Mercado Europeu: “Conformité Européenne” (CE) Fonte: Inmetro Fonte: Solar Thermal World
Fonte: ESTIF
Etiquetagem Voluntária • Desde o início do PBE Solar Certificação Compulsória • A partir de julho de 2014
Contextualização
www.detetivedaconstrucao.com peda.gov.in www.solarkollektor.huAgenda
Contextualização Objetivo
Mudanças Normativas Mudanças nos Métodos Estudo Experimental Resultados
Objetivo
Estudar o
efeito
da “nova regra” na classificação
Agenda
Contextualização Objetivo
Mudanças Normativas Mudanças nos Métodos Estudo Experimental Resultados
Mudanças normativas
Mudanças normativas
Etiquetagem Voluntária
Certificação compulsória
Eficiência: curva de 1º grau FRUL e FR(τα)
η em relação a Aext
η em função de (Te-Ta)/Gt
Eficiência: curva de 2º grau η0 , a1 e a2
η em relação a Aabert
Agenda
Contextualização Objetivo
Mudanças Normativas Mudanças nos Métodos Estudo Experimental Resultados
Mudanças nos Métodos
Etiquetagem Voluntária
Etiquetagem de modelo Ensaios em laboratório acreditado Relatório de ensaioAutorização pelo Inmetro do uso da ENCE
Certificação compulsória
RESP/006-SOL, 04-dez-97 Portaria nº 395, 10-nov-2008 Portaria nº 352, 06-jul-2012 Portaria nº 301, 14-jun-2012Certificação de 3ª parte (OCP) Processo de certificação de produto:
Levantamento da linha de produção Auditoria de qualidade
Ensaios e relatórios de ensaio
Mudanças nos Métodos
Etiquetagem Voluntária
Certificação compulsória
Dia padrão (baseado no FSEC) Soma de η
Leva em conta θ horário Usa curva para Kθ
Integração da curva η(x) Usa Kθ fixo para 25º
H=17,6 MJ/m2 (BH-MG)
Mudanças nos Métodos
“Deslocamento” das classes
Aumento médio de + 6,1 kWh/m2.mês
Aumento não uniforme:
• classe A: + 3,3 kWh/m2.mês
Agenda
Contextualização Objetivo
Mudanças Normativas Mudanças nos Métodos Estudo Experimental
Discussão dos resultados Conclusões
Estudo Experimental
Ensaios de desempenho térmico 3 coletores planos fechados
1,01 m2 - 1,75 m2 - 2,01 m2
Agenda
Contextualização Objetivo
Mudanças Normativas Mudanças nos Métodos Estudo Experimental Resultados
Resultados
Para as três amostras (C1, C2 e C3)
Aumento na eficiência média.
Aumento na PMEe.
Resultados
C1, C2 e C3 mantiveram a classificação
Resultados
C1 se manteve B e se afastou de C. C2 se manteve A e se afastou de B.
Resultados
Houve aumento absoluto semelhante da PMEe das amostras. Menor que a elevação das classes D e E.
Resultados
Considerando o modelo de K=1-b(1/cosθ-1) por Duffie & Beckmann:
K terá menor influência no método compulsório. Mas permanece significativo.
Agenda
Contextualização Objetivo
Mudanças Normativas Mudanças nos Métodos Estudo Experimental Resultados
Conclusões
A transição voluntário - compulsório exigirá um esforço de adaptação do setor. Atenção com os novos parâmetros e com a forma de apresentação da eficiência.
Para as amostras ensaiadas, a eficiência média se elevou em média 4,4% com a nova regra.
A PMEe se elevou em média 5,7 kWh/m2.mês, semelhante para as amostras.
Os três coletores mantiveram a classificação B, A e D.
A posição dentro das classes se alterou: O coletor D se aproximou 3,2 kWh/m2.mês da classe E enquanto que os coletores A e B se afastaram 4,2 e 1,8 kWh/m2.mês respectivamente das classes B e C.
As classes de eficiência definidas pelo Inmetro se elevaram em média 6,1 kWh/m2.mês, porém de forma desigual, de 3,3 kWh/m2.mês para A até 11,3
Conclusões
Se a tendência for elevar a PMEe na mesma proporção independente da classe atual, a nova regra trará consequências para coletores atualmente menos eficientes (D e E), pois essas faixas tiveram maior elevação que a elevação da PMEe obtida nos ensaios. Além disso, se for mantida a tendência dos ensaios, a nova regra poderá ser importante para coletores atualmente mais eficientes (A e B), pois essas faixas tiveram
menor elevação que a elevação da PMEe obtida nos ensaios.
Coletores B próximos de A estarão sujeitos à melhora na classificação, coletores D e E próximos dos limites inferiores de sua classe estarão sujeitos à queda na classificação. Por fim, atenção especial ao K. Embora tenha menos influência (3 vezes menos) no resultado, continua sendo significativo para o PMEe: uma elevação média de 0,2 em b reduziu em média 1,6 kWh/m2.mês a PMEe dos coletores.
Conclusões
É difícil prever a “nova” classificação, sem que efetivamente um novo ensaio seja realizado. É possível que um coletor mantenha, reduza ou até eleve sua classe de eficiência conforme sua
OBRIGADO!
Daniel Setrak Sowmy dss@ipt.br
Douglas Messina dmessina@ipt.br
Paulo José Schiavon Ara pauloara@ipt.br