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Caso de uso de ferramentas OCR para automação de inserção de informações em banco de dados

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ANA LÚCIA MENDES DA CUNHA AZEVEDO

ANA LUÍSA PEREIRA RIEDEL DE CARVALHO

CASO DE USO DE FERRAMENTAS DE OCR PARA AUTOMAÇÃO

DA INSERÇÃO DE INFORMAÇÕES EM BANCO DE DADOS

Niterói

2018

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ANA LÚCIA MENDES DA CUNHA AZEVEDO

ANA LUÍSA PEREIRA RIEDEL DE CARVALHO

CASO DE USO DE FERRAMENTAS DE OCR PARA AUTOMAÇÃO

DA INSERÇÃO DE INFORMAÇÕES EM BANCO DE DADOS

Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Curso de Tecnologia em Sistemas de Computação da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do título de Tecnólogo em Sistemas de Computação.

Orientador (a):

Flavio Luiz Seixas

NITERÓI

2018

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Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola de Engenharia e Instituto de Computação da UFF

A994 Azevedo, Ana Lúcia Mendes da Cunha

Caso de uso de ferramentas de OCR para automação da inserção de informações em banco de dados / Ana Lúcia Mendes da Cunha Azevedo, Ana Luísa Pereira Riedel de Carvalho. – Niterói, RJ : [s.n.], 2018.

44 f.

Projeto Final (Tecnólogo em Sistemas de Computação) – Universidade Federal Fluminense, 2018.

Orientador: Flavio Luiz Seixas.

1. Base de dados. 2. Automação. 3. Digitalização. I. Carvalho, Ana Luísa Pereira Riedel de. II. Título.

CDD 004

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ANA LÚCIA MENDES DA CUNHA AZEVEDO

ANA LUÍSA PEREIRA RIEDEL DE CARVALHO

CASO DE USO DE FERRAMENTAS DE OCR PARA AUTOMAÇÃO

DA INSERÇÃO DE INFORMAÇÕES EM BANCO DE DADOS

Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Curso de Tecnologia em Sistemas de Computação da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do título de Tecnólogo em Sistemas de Computação.

Niterói, 5 de Dezembro de 2018. Banca Examinadora:

_________________________________________ Profa. Simone de Lima Martins, DSc – Avaliadora

UFF – Universidade Federal Fluminense _________________________________________

Prof. Flavio Luiz Seixas, DSc – Orientador UFF – Universidade Federal Fluminense

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Ana Lúcia:

Dedico este trabalho à minha família.

Ana Luísa:

Dedico este trabalho ao meu esposo e minha família.

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AGRADECIMENTOS

Ao Orientador Flavio Seixas por nortear esse trabalho.

Aos funcionários do CRASI, por fornecerem o formulário utilizado no trabalho.

Ana Lúcia:

A Deus, por ser essencial em minha vida. Ao meu pai Claudius Vinicius, minha mãe Carmen Lúcia.

Aos amigos que me apoiaram, em especial minha colega de faculdade Ana Riedel

Ao Curso de Computação da UFF е às pessoas com quem convivi ao longo desses anos. А experiência de uma produção compartilhada com amigos foram a melhor parte da minha vida acadêmica.

Ana Luísa:

A Deus, que me presenteou com a realização dos meus sonhos de vida.

Ao meu esposo Daniel, sem você eu não teria iniciado e nem concluído essa jornada.

À minha família, Newson, Tereza e Rosana, pelos ensinamentos.

Aos amigos pela paciência e por compreenderem minha ausência.

Aos Colegas de curso pela troca de experiências.

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“A maneira como você coleta, gerencia e utiliza as informações determina se você vai vencer ou perder”.

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RESUMO

Com o avanço da tecnologia da computação e o aumento da velocidade do uso de informações, surgiu a necessidade de digitalização de dados e da automação de processos repetitivos. A automação de processos é um sistema automático de controle pelo qual os mecanismos verificam seu próprio funcionamento sem a necessidade da interferência do homem. Uma das tecnologias utilizadas na automação é o OCR (Optical Character Recognition - Reconhecimento Óptico de Caracteres), ferramenta usada para reconhecimento de caracteres. No mercado, existem inúmeras ferramentas de OCR. Nesse estudo, abordaremos o funcionamento de duas ferramentas de OCR, uma livre (gImageReader) e uma comercial (ABBYY FlexiCapture v.12), traçando um comparativo para a digitalização dos dados de documentos manuscritos e impressos, e o preparo dos dados para inserção em um banco de dados, com o objetivo de avaliar a eficiência da ferramenta de software livre em relação à comercial no reconhecimento de caracteres de 15 prontuários do CRASI da UFF. Espera-se que a ferramenta OCR consiga identificar um grande número de caracteres, além de permitir exportar os dados dos campos selecionados para um arquivo que possa ser importado em qualquer banco de dados.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Fig. 1 - Tela de importação manual de imagens. ... 19

Fig. 2 - Tela com documentos que foram analisados e estão prontos para passarem pelo processo de OCR. ... 21

Fig. 3 - Tela com documentos no estágio de Reconhecimento e documentos que já foram reconhecidos e foram enviados para Verificação... 22

Fig. 4 - Tela do software gImageReader. ... 24

Fig. 5 - Exemplo de campo do prontuário preenchido com letras capitulares. ... 27

Fig. 6 - Exemplo de campo de prontuário preenchido com “letra de máquina” com letras maiúsculas e minúsculas. ... 27

Fig. 7 - Exemplo de campo de prontuário preenchido com letras cursivas. ... 27

Fig. 8 – Prontuário com alguns dos campos selecionados, marcados em verde. ... 28

Fig. 9 - Exemplo de configuração de campo de cadeia de caracteres. ... 29

Fig. 10 - Exemplo de configuração de campo de código. ... 29

Fig. 11 - Exemplo de configuração de campo data. ... 30

Fig. 12 - Exemplo de configuração de campo grupo de caixas de seleção. ... 30

Fig. 13 - Tela da etapa de verificação de campos, mostrando a lista de documentos na parte superior, o documento na parte inferior esquerda e os campos com os dados de reconhecimento na parte inferior direita. ... 31

Fig. 14 - Tela do gImageReader com as áreas de carregamento de imagem, documento, blocos de texto reconhecidos e propriedades de cada campo. ... 32

Fig. 15 - Árvore de blocos de reconhecimento de texto. ... 33

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Tabela mostrando para cada prontuário analisado, o grupo ao qual pertence e o índice de acerto de reconhecimento fornecido pelos softwares. ... 36

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ADRT® - Adaptive Document Recognition Technology CMS – Content Management System

CRASI - Centro de Referência em Atenção à Saúde do Idoso DMS – Document Management System

dpi – Dots per Inch

GIMP – GNU Image Manipulation Program (Programa de Manipulação de Imagem) Gtk – GIMP Toolkit

GUI – Graphic User Interface (Interface Gráfica do Usuário) HTML – Hypertext Markup Language

IA - Inteligência Artificial

ICR – Intelligent Character Recognition (Reconhecimento Inteligente de Caracteres) OCR – Optical Character Recognition (Reconhecimento Ótico de Caracteres)

SDK – Software Development Kit

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SUMÁRIO

RESUMO... 8

LISTA DE ILUSTRAÇÕES ... 9

LISTA DE TABELAS ... 10

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ... 11

SUMÁRIO... 12 1 INTRODUÇÃO ... 13 2 TRABALHOS RELACIONADOS ... 13 3 SOFTWARES: ... 16 3.1 ABBYY FLEXICAPTURE v.12: ... 16 3.1.1 REQUISITOS DE SISTEMA ... 17 3.1.2 FUNCIONAMENTO: ... 18 3.2 GIMAGEREADER V.3.3.0 ... 23 3.2.1 REQUISITOS DE SISTEMA ... 24 3.2.2 TESSERACT ... 24 3.2.3 FUNCIONAMENTO: ... 25 4 MATERIAIS E MÉTODOS: ... 26 4.1 ABBYY FLEXICAPTURE 12.0 ... 28 4.2 GIMAGEREADER V.3.3.0 ... 31 5 RESULTADOS ... 35

6 CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS ... 38

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 39

ANEXO A – Modelo de prontuário cedido pelo CRASI ... 41

ANEXO B – Modelo de prontuário preenchido com caracteres capitulares (Grupo 1) ... 42

ANEXO C – Modelo de prontuário preenchido com “letras de máquina” (Grupo 2) .. 43

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1 INTRODUÇÃO

Com o avanço da tecnologia da computação e o aumento da velocidade do uso de informações, há a necessidade de digitalização de dados e da automação de processos repetitivos.

A automação de processos refere-se ao processo de adoção de mecanismos de controle capazes de operar uma atividade, antes realizada manualmente por pessoas, agora executada com intervenção mínima dessas. Pode ser definida como uma tecnologia que utiliza comandos programados para operar um dado processo que antes era operado por seres humanos.

A automação é um conjunto de técnicas que pode ser aplicado sobre um processo para: reduzir o uso de mão-de-obra; diminuir custos, aumentar a velocidade, eficiência e eficácia dos processos, otimizar o tempo, facilitar processos de negócio, reduzir falhas humanas, aumentando a produtividade (LACOMBE, 2004.).

Além das vantagens citadas no parágrafo anterior, a automação de processos torna os indicadores de andamento do processo mais confiáveis. A automação também possibilita a padronização de processos sem depender exclusivamente de pessoas, e da necessidade de documentação embutida (SILVA, 2015).

A automação pode ser implementada em várias etapas dos processos de uma empresa, tais como: visualização, execução e gestão do processo, sincronização das atividades, coordenação dos esforços, comunicação dos dados, monitoração automática do desempenho, dentre outros. (GONÇALVES, 2000).

O método tradicional de entrar com dados em um computador é através do teclado, mas nem sempre é a melhor solução ou a mais eficiente. (EIKVIL, 1993). Uma das tecnologias utilizadas na automação é o OCR (Optical Character Recognition - Reconhecimento Óptico de Caracteres) que é uma ferramenta usada

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para reconhecimento de caracteres. A tecnologia surgiu a partir da ideia de que o computador reconhecesse imagens e caracteres como o olho humano.

No mercado, existem inúmeras ferramentas de OCR. As ferramentas comerciais mais utilizadas são a ABBYY FineReader v.14.0 (ABBYY, c2018b), ABBYY FlexiCapture v.12.0 (ABBYY, c2018a), Chronoscan Capture v.1.0 (CHRONOSCAN, 2017), Google Vision API - OCR (GOOGLE, 2018c). Algumas ferramentas de software livre são a Boxoft Free OCR v.1.0 (BOXOFT, 2018), FreeOCR v.5.4 (PAPERFILE, 2015), gImageReader v.3.3.0 (MANI, 2017), Google Docs (GOOGLE, 2018a), Tesseract v.3.0 (GOOGLE, 2018b).

As ferramentas de OCR são utilizadas para digitalizar diversos tipos de documentos em papel e reconhecer os caracteres dos documentos, permitindo que os conteúdos de documentos digitais – em formato imagem ou PDF – se tornem indexáveis por mecanismos de busca e extração.

Ultimamente, a maioria das ferramentas de armazenamento em nuvem, tem implementado ferramentas de OCR em suas plataformas para facilitar a busca de documentos. A última plataforma a anunciar a implementação de OCR foi o Dropbox (HRVATIN, 2018).

O presente trabalho descreve o funcionamento de duas ferramentas de OCR (Optical Character Recognition), uma livre e uma comercial, traçando um comparativo para a digitalização e inserção dos dados de documentos manuscritos em um banco de dados. O objetivo é avaliar a eficiência da ferramenta de software livre em relação à comercial no reconhecimento de caracteres de prontuários e laudos do CRASI (Centro de Referência em Atenção à Saúde do Idoso) da UFF (Universidade Federal Fluminense).

Os próximos capítulos estão organizados da seguinte forma: o Capítulo 2 contém os trabalhos relacionados a esse estudo. O Capítulo 3 descreve o funcionamento das ferramentas escolhidas para a análise dos documentos do CRASI. O Capítulo 4 inclui os materiais e métodos utilizados para a realização das análises dos documentos. No Capítulo 5 estão descritos os resultados obtidos após o reconhecimento de caracteres. O Capítulo 6 contém as conclusões obtidas durante o estudo e as sugestões de trabalhos futuros.

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2 TRABALHOS RELACIONADOS

Neste capítulo, serão apresentados trabalhos relacionados ao reconhecimento de caracteres em vários tipos de documentos, incluindo os da área da saúde.

Singh et. al. (2012) mencionam o aumento do uso do OCR na área da saúde, devido ao alto volume de documentos em papéis utilizado pelos profissionais da área. Ressalta-se também a importância de inserir essas informações em um banco de dados.

Lyons et. al. (1998), preocupados com erros de prescrição que podem ocorrer devido ao entendimento da letra de profissionais da saúde, coletaram amostras de escrita e as avaliaram através de um software de OCR. Nesse estudo, foi observado que a letra de médicos é mais difícil de ler do que as de outros profissionais, mas há uma preocupação de tornar os números legíveis, para que não haja erros de dosagem de medicamentos.

Zalewski et. al. (2007) abordaram os avanços tecnológicos para armazenamento digital dos arquivos da área de saúde, que agilizam o processo na análise de dados. Os processos facilitadores sugeridos pelos autores são: a geração de formulários de múltipla escolha e a construção de padrões para treinamento do OCR – através do mapeamento dos campos do formulário. A proposta principal do trabalho foi a aplicação de técnicas de processamento e a extração dos dados, a fim de solucionar a dificuldade de reconhecimento dos caracteres manuscritos.

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3 SOFTWARES:

Neste capítulo, será feita uma abordagem acerca dos softwares de OCR que serão utilizados: ABBYY FlexiCapture (comercial e gImageReader (livre). Serão descritos os métodos de funcionamento, as configurações necessárias para realização dos procedimentos e dados sobre a instalação do software.

3.1 ABBYY FLEXICAPTURE V.12:

ABBYY FlexiCapture é um software de OCR particular que representa a mais recente geração da tecnologia SDK (Software Development Kit) de captura de dados da ABBYY.

Converte arquivos físicos ou digitais – em formato PDF ou imagem – em arquivos editáveis. Os formatos suportados pelo software incluem: PDF, PDF/A, TIFF, JPEG, DOC, XLS, PPT, TXT entre outros.

O software é ideal para integradores de sistemas e provedores de serviços que desenvolvam soluções de captura de dados integrados.

Fornece ferramentas que extraem dados de documentos sem um layout fixo, como faturas, contratos e cartas, facilitando e agilizando o trabalho. Todos os campos de dados necessários podem ser rapidamente localizados e extraídos no formato desejado.

O software pode, também, montar diferentes tipos de documentos com layouts variáveis e diferentes complexidades, permitindo a classificação automática de documentos.

As solicitações do cliente são processadas de forma independente por núcleos separados da CPU. Deste modo, não precisam esperar em uma fila, fazendo com que a aplicação de servidor seja mais responsiva. Alternativamente,

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uma única longa tarefa é dividida em partes e processada em paralelo, aumentando o desempenho do reconhecimento.

A ferramenta suporta 197 idiomas de OCR e 120 de ICR (Intelligent Character Recognition), e seu motor simplifica o desenvolvimento de aplicações localizadas, permitindo suporte local ao cliente.

O ABBYY FlexiCapture possui amostras de código que explicam como programar usando o SDK, dividido em seções da biblioteca que possuem trechos de código acompanhados de instruções sobre como executar a tarefa.

Sendo assim, o ABBYY FlexiCapture é uma ferramenta completa de OCR e é indicada globalmente. (ABBYY, c2018a)

3.1.1 REQUISITOS DE SISTEMA

O software requer as seguintes configurações mínimas de máquina: • Sistemas Operacionais: Windows XP SP3; Windows Vista SP2;

Windows 7 SP1; Windows Server 2003 SP2; Windows Server 2008 SP2+ Desktop Experience; Windows Server 2008 R2 SP1+ Desktop Experience (para interfaces localizadas, requer suporte ao idioma correspondente).

• Processador: PC com Intel® Pentium®/Celeron®/Core™2

Duo/Quad/Xeon®/Core™ i5/Core™ i7, AMD

K6/Turion™/Athlon™/Duron™/Sempron™ com velocidade de clock de no mínimo 2 GHz.

• Memória: mínimo de 1 GB para documentos de uma página e 1,5 GB para documentos de duas ou mais páginas..

• Espaço em Disco Rígido: 1,5 GB (incluindo 1 GB para instalação). • Suporte a Scanner TWAIN, WIA or ISIS.

• Cartão de Vídeo e display com resolução de 1024×768. • Microsoft .NET Framework 3.5 SP1.

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3.1.2 FUNCIONAMENTO:

O software é composto por três programas: ABBYY Form Designer, que permite a criação de formulários com campos fixos para serem preenchidos no computador ou serem impressos para preenchimento manual; ABBYY FlexiLayout Studio, que permite a configuração dos campos de formulários semi-estruturados (como boletos, por exemplo, cujos campos aparecem em regiões específicas do documento) e flexíveis (como contratos, por exemplo, cujos campos podem aparecer em qualquer região do documento); e ABBYY FlexiCapture, que, além de fazer o reconhecimento dos campos configurados nos programas anteriores, permite a configuração de campos de qualquer documento, realiza a classificação dos documentos e exporta os dados extraídos para arquivos em vários formatos, incluindo XML e banco de dados compatível com ODBC.

Os documentos a serem analisados podem ser inseridos no software manualmente, ou através de uma pasta automática que consome quaisquer documentos que são adicionados a ela.

Após a importação dos documentos, o programa analisa a estrutura da imagem. A página é dividida em elementos (blocos de texto, tabelas e imagens, por exemplo). As linhas dos blocos de texto são divididas em palavras e caracteres. O programa compara esses caracteres com um conjunto de imagens padrão e processa hipóteses para o reconhecimento desses caracteres.

O programa, baseado nessas hipóteses, analisa variantes diferentes de quebra de linhas em palavras e palavras em caracteres. Após processar essas prováveis hipóteses, o programa toma uma decisão, apresentando o texto reconhecido.

As etapas do processo incluem: Importação da Imagem (3.1.2.1), Pré-Processamento da Imagem (3.1.2.2), Análise do Documento (3.1.2.3), Reconhecimento (3.1.2.4) e, Exportação do Texto e Reconstrução do Documento (3.1.2.5). Essas etapas serão descritas a seguir (ABBYY, c2018g).

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3.1.2.1 Importação da Imagem

As imagens podem ser provenientes de digitalização via interface TWAIN ou WIA, fotos tiradas com smartphones ou tablets, imagens salvas com formatos TIFF, JPG, PDF e muitos outros. Por questões de segurança, os arquivos podem ser carregados diretamente da memória, sem necessidade de serem salvos em disco (ABBYY, c2018d).

O processo de digitalização permite a configuração de parâmetros de digitalização como: brilho, configuração de cores, ajuste de contraste, resolução, tamanho da imagem, e rotação, dentre outros (ABBYY, c2018d).

Fig. 1 - Tela de importação manual de imagens.

3.1.2.2 Pré-Processamento da Imagem

Fase na qual o SDK otimiza a qualidade da imagem, aplicando rotação de imagem, binarização – transformação das cores das imagens em tons de preto e

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branco – e redução de ruídos, por exemplo, a fim de aumentar a precisão do reconhecimento (ABBYY, c2018g).

3.1.2.3 Análise do documento

O software utiliza algoritmos baseados em Inteligência Artificial (IA) e ADRT® (Adaptive Document Recognition Technology) para analisar o layout de cada página e a estrutura do documento completo, permitindo a reconstrução do documento no final do processo de reconhecimento (ABBYY, c2018g).

O software analisa e identifica a estrutura do documento, através de elementos que definem as primeiras e as últimas páginas, como: cabeçalhos, rodapés, notas de rodapé, tabelas de conteúdo e layout. Cada página é dividida em objetos como: blocos de texto, imagens, tabelas, códigos de barras e separadores. Com isso, são definidas as regiões relevantes para o reconhecimento de caracteres e permite-se a reconstrução do documento no final do processo.

O software possui métodos de análise de documentos, sendo 3 automáticos (Análise Geral de Documentos, Análise de Documentos para Fatura e Análise de Documentos para Indexação de Texto Completo), e 1 manual (Especificação Manual de Blocos para Reconhecimento em Nível de Campo).

• Análise Geral de Documentos: tipo de análise padrão que pesquisa os objetos citados anteriormente e utiliza os resultados para recuperar o layout. As imagens são preservadas, sem terem seus textos reconhecidos.

• Análise de Documentos para Faturas: converte documentos semiestruturados, como faturas, contas, guias de conhecimento, dentre outros, identificando caracteres e números mesmo que estejam localizados em carimbos, imagens ou logotipos.

• Análise de Documentos para Indexação de Texto Completo: reconhece automaticamente todo o texto em documentos, incluindo os localizados em imagens, gráficos e diagramas, para serem

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utilizados na criação de índice em sistemas DMS, CMS, ERP e arquivamento.

• Especificação Manual de Blocos para Reconhecimento em Nível de Campo, as áreas de reconhecimento podem ser configuradas manualmente, para que o OCR reconheça apenas os campos relevantes (ABBYY, c2018c).

Fig. 2 - Tela com documentos que foram analisados e estão prontos para passarem pelo processo de OCR.

3.1.2.4 Reconhecimento

O SDK extrai: o texto impresso em máquina (OCR) e à mão (ICR) em vários idiomas; informação das marcas de verificação (OMR) e códigos de barras (OBR). Permite a customização de dicionários para aumentar a precisão de reconhecimento de idiomas específicos, caracteres ou fontes incomuns (ABBYY, c2018g).

A definição do modo de reconhecimento permite a seleção da velocidade, acurácia e precisão do reconhecimento.

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Os modos de reconhecimento são: Modo normal, mais preciso para atingir a qualidade de reconhecimento para o caso de reuso de conteúdo reconhecido; Modo rápido que aumenta a velocidade de processamento em 200-250%, tornando a tecnologia ideal para sistemas de administração de conteúdo (CMS), de documento (DMS), e de arquivamento; Modo balanceado, provê maior velocidade do que o modo normal, obtendo a mesma precisão.

Existem dois tipos de reconhecimento: o reconhecimento de página inteira e o reconhecimento a nível de campo. O primeiro é mais utilizado para arquivamento de documentos e livros, por exemplo. O segundo é mais utilizado para suportar processos de negócios. Ambos utilizam a tecnologia OCR para o reconhecimento, e o reconhecimento de campos, conta ainda, com a tecnologia ICR.

Para aumentar a qualidade do reconhecimento, o software conta com uma API para criação e edição de linguagens de reconhecimento, permitindo a adição de palavras a seu dicionário. Os tipos de dados de cada campo também podem ser configurados e textos com fontes diferentes podem ser treinados para aumentar a qualidade de reconhecimento (ABBYY, c2018e).

Fig. 3 - Tela com documentos no estágio de Reconhecimento e documentos que já foram reconhecidos e foram enviados para Verificação.

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3.1.2.5 Exportação do Texto e Reconstrução do Documento

Os documentos e campos reconhecidos podem ser exportados de inúmeras formas, permitindo a reconstrução do layout do documento quando exportadas para documentos editáveis do Microsoft® Office, e permitindo o armazenamento em texto simples, bancos de dados, XML, PDF e PDF/A (ABBYY, c2018g).

3.2 GIMAGEREADER V.3.3.0

O gImageReader é um Gtk/Qt, conjuntos de bibliotecas projetadas para o desenvolvimento de interfaces gráficas, para o Tesseract.

O programa permite a extração de texto a partir de imagens provenientes de scanners, TIFF, BMP, JPG, entre outros e documentos em PDF.

As imagens podem ser ajustadas automaticamente (ao pressionar o botão de detecção automática de layout) ou manualmente pelo usuário antes de passarem pelo processo de OCR. Os ajustes que podem ser realizados são: rotação da imagem, brilho, contraste, dentre outros.

Antes do reconhecimento, o usuário também pode instalar e selecionar o idioma desejado de forma fácil e rápida.

Documentos com mais de uma página podem ser reconhecidos na sua totalidade, apenas páginas ou regiões do documento.

Após o reconhecimento, o texto é mostrado em um painel de output que pode ser verificado pelo usuário, que também pode reordenar ou deletar partes do texto conforme necessidade. O software mostra ainda os índices de acerto dos caracteres reconhecidos.

A saída pode ser diretamente para a área de transferência, para ser colado em outro programa, exportação para hOCR HTML (representação de texto em formato de linguagem de marcação de hipertexto), PDF pesquisável, ou exportação de texto simples.

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Fig. 4 - Tela do software gImageReader.

3.2.1 REQUISITOS DE SISTEMA

O software requer as seguintes configurações mínimas de máquina: • Sistemas Operacionais: Linux, Windows 10, Windows 7 (32 bit),

Windows 7 (64 bit), Windows 8, Windows Vista (32 bit), Windows Vista (64 bit), Windows XP.

3.2.2 TESSERACT

A engine foi inicialmente desenvolvida pela Hewlett Packard em 1985, publicada como código aberto em 2005 e patrocinada pela Google desde 2006.

A ferramenta não possui uma GUI, mas existem inúmeros projetos que provêm uma interface para o programa.

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A partir da versão 3, o Tesseract passou a aceitar inúmeros formatos de imagens para reconhecimento, além de suportar o reconhecimento de layout de documentos. A ferramenta suporta a codificação UTF-8, o que permite o reconhecimento de mais de 100 idiomas. Os arquivos de saída podem ser texto, hocr (html), pdf, tsv, e pdf invisible-text-only.

A qualidade das informações no documento de saída da ferramenta (output) depende da qualidade do documento a ser enviado para análise. Rotações e distorções do documento de entrada afetam o reconhecimento do documento (SMITH, 2018).

3.2.3 FUNCIONAMENTO:

O Tesseract lê os arquivos de entrada como uma imagem binária com regiões definidas de texto poligonal opcional. O processamento segue um pipeline tradicional.

Inicialmente, os componentes são analisados e seus contornos armazenados.

O Tesseract foi provavelmente a primeira engine de OCR capaz de lidar com textos em preto e branco. Quando foi lançado, esse modelo, apesar de caro, era vantajoso, pois através da inspeção dos contornos, era fácil identificar o texto.

Os contornos armazenados são agrupados em regiões que são quebradas em linhas e depois em palavras de acordo com o espaçamento entre os caracteres. O texto é então reconhecido em dois passos. No primeiro, o OCR tenta reconhecer palavra por palavra. Aquelas reconhecidas com sucesso são utilizadas para o treinamento de um classificador, que reconhecerá as palavras restantes do documento. O segundo passo consiste na leitura da página novamente, para reconhecer as palavras que não foram reconhecidas com sucesso no primeiro passo.

Na última fase do reconhecimento, são resolvidos os espaços e as hipóteses alternativas para letras com alturas menores (SMITH, 2007).

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4 MATERIAIS E MÉTODOS:

Nesse capítulo, serão apresentadas as ferramentas escolhidas, os passos executados desde a importação do documento até a exportação dos dados para o banco de dados.

A mesma máquina foi utilizada para a realização do reconhecimento de caracteres pelos dois softwares e possuía as seguintes configurações:

• Sistema Operacional: Windows Server 2012 R2 64 bits Desktop Experience

• Processador: Intel® Core™ i5-6200 CPU @ 2.30GHz 2.40GHz • Memória: 8 GB.

• Espaço em Disco Rígido: 75,05 GB de tamanho real e 100 GB de tamanho virtual.

• Suporte a Scanner TWAIN, WIA or ISIS.

• Cartão de Vídeo e display com resolução de 1024×768. • Microsoft .NET Framework 4.7.

Nesse estudo utilizamos a ferramenta comercial ABBYY FlexiCapture v.12 (ABBYY, c2018a) e a ferramenta livre gImageReader v3.3.0 (MANI, 2017) para analisar 15 prontuários do CRASI, preenchidos com informações fictícias, devido ao sigilo médico solicitado pelos profissionais da instituição.

Os 15 prontuários foram impressos para preenchimento manual.

Os prontuários foram divididos em três grupos de cinco para preenchimento com formatos de letras diferentes. O primeiro grupo foi preenchido com letras capitulares separadas (Fig. 5). O segundo grupo foi preenchido com “letra de máquina”, utilizando letras maiúsculas e minúsculas (Fig. 6). O terceiro grupo foi preenchido com letras cursivas (Fig. 7).

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Fig. 5 - Exemplo de campo do prontuário preenchido com letras capitulares.

Fig. 6 - Exemplo de campo de prontuário preenchido com “letra de máquina” com letras maiúsculas e minúsculas.

Fig. 7 - Exemplo de campo de prontuário preenchido com letras cursivas.

Como o objetivo do trabalho foi verificar a eficácia dos softwares para o reconhecimento dos caracteres manuscritos, apenas os campos de dados dos pacientes (Nome, Nascimento, Idade, Profissão atual, etc.), Revisão de Sistemas, Queixa Principal e Histórico da Doença Atual, da primeira página do prontuário foram preenchidos.

Para um reconhecimento de caracteres eficaz, é recomendado que as imagens de entrada sejam digitalizadas em uma resolução de 300 dpi e não devem estar com os caracteres desalinhados ou tortos – efeitos que podem ocorrer, caso as folhas fiquem tortas ou amassem. Outro cuidado que se deve ter é para que, em casos de documentos impressos na frente e no verso de uma mesma folha, deve-se tentar digitalizar o documento de forma que a sombra do verso não interfira na imagem da frente da folha.

Os prontuários foram escaneados em scanner comum de mesa, com uma resolução de 300 dpi conforme recomendado e então compilados em 1 arquivo PDF para facilitar a inclusão nos softwares de OCR selecionados.

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4.1 ABBYY FLEXICAPTURE 12.0

Para a realização dos testes foi feita a instalação de uma versão de demonstração da versão Standalone, em Inglês, do software, pois a versão não possui ainda uma GUI com suporte ao idioma Português (Brasileiro)

Como o documento utilizado nas análises já existia e foi cedido pelo CRASI, a primeira etapa para realizar o reconhecimento dos caracteres é fazer a configuração do template, ou seja, marcar os campos que devem ser reconhecidos pelo software.

A partir da GUI do software, foi criado um projeto para inserção dos documentos que serão analisados após a criação de um template. O template é criado, ao criar uma Definição de Documentos, onde uma imagem de exemplo do documento é inserida no software para configuração dos campos que devem ser analisados pelo OCR.

Os campos selecionados foram: Nome, Prontuário, Data, Revisão de Sistemas e Queixa Principal (Fig. 8). Esses campos foram selecionados, pois representam diferentes tipos de dados (cadeia de caracteres, data, booleano).

Fig. 8 – Prontuário com alguns dos campos selecionados, marcados em verde.

Os campos Nome e Queixa Principal são campos que devem ser preenchidos apenas com textos, sendo, portanto, configurados como campos de cadeias de caracteres (Fig. 9). O campo Prontuário, foi configurado como campo de código, cadeia de caracteres, mas permitindo letras e números (Fig. 10). O campo data, foi configurado para permitir apenas o formato de data DDMMYYYY, podendo

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ser separados com ponto (“.”), espaço (“ ”), barra (“/”) ou traço (“-“) (Fig. 11). Finalmente, o campo de Revisão de Sistemas foi configurado como grupo de caixas de seleção, que contém uma caixa de seleção para cada sintoma descrito (Fig. 12).

Fig. 9 - Exemplo de configuração de campo de cadeia de caracteres.

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Fig. 11 - Exemplo de configuração de campo data.

Fig. 12 - Exemplo de configuração de campo grupo de caixas de seleção.

Após a configuração do template, o PDF único, criado com todos os prontuários, foi inserido em uma fila para o reconhecimento de caracteres.

Após o reconhecimento, verificamos os dados extraídos para cada campo e verificamos a taxa de reconhecimento dos caracteres pelo software (Fig. 13).

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Fig. 13 - Tela da etapa de verificação de campos, mostrando a lista de documentos na parte superior, o documento na parte inferior esquerda e os campos com os dados de reconhecimento na parte

inferior direita.

Durante a verificação dos dados, conforme os caracteres são confirmados ou corrigidos pelo usuário, o software recalcula a taxa de reconhecimento, até atingir 100%, indicando que os dados estão prontos para exportação. As informações extraídas foram salvas em um arquivo XLS por ser compatível com a maioria dos bancos de dados.

4.2 GIMAGEREADER V.3.3.0

O software possui uma interface simples e faz reconhecimento de caracteres de página inteira e regiões de texto selecionadas. Como a exportação do texto reconhecido pode ser em hOCR HTML ou texto simples e os dados selecionados devem ser salvos em XLS, faremos a exportação em txt simples, com os dados separados por vírgula, para que sejam transformados em um arquivo csv.

Ao abrir a tela do programa, carregamos as imagens na parte esquerda, os documentos são visualizados no meio e, os blocos de texto gerados após o

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reconhecimento e as propriedades de cada campo, são mostrados no lado direito da tela (Fig. 14).

Fig. 14 - Tela do gImageReader com as áreas de carregamento de imagem, documento, blocos de texto reconhecidos e propriedades de cada campo.

O software permite o carregamento de vários arquivos por vez e cria

batches de reconhecimento. O OCR pode ser realizado em apenas uma página, um

documento, ou todas as imagens e documentos.

Optamos por realizar o reconhecimento de todos os prontuários, já que o desempenho do software não é alterado.

Após o reconhecimento, o texto é exibido em forma de árvore, cuja raiz é o nome do documento e o número da página, o primeiro nó são os blocos de texto, o próximo nó é composto de parágrafos, seguido do nó de linhas de texto, que possuem como filhos, os nós compostos das palavras reconhecidas (Fig. 15).

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Fig. 15 - Árvore de blocos de reconhecimento de texto.

O índice de acerto de reconhecimento pode ser exibido, porém aparece ao lado de cada nó de palavras.

Nesse trabalho, os blocos de texto desnecessários foram excluídos e os dados dos campos selecionados foram unidos em um único campo de palavra, separados por ponto e vírgula (“;”) (Fig. 16). Esse procedimento se fez necessário para que fosse necessário calcular o índice de acerto de reconhecimento por documento, como é feito pelo software comercial e, também, para facilitar a exportação dos dados para o formato XLS.

Para obter o arquivo no formato XLS, o resultado do reconhecimento foi salvo em um arquivo texto simples (txt) e depois aberto no Microsoft Excel, para ser salvo em XLS.

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Os softwares foram avaliados quanto à eficácia de reconhecimento de caracteres dos documentos e o tempo de processamento dos documentos.

Com relação à eficácia de reconhecimento, foi analisado o índice de acerto principalmente dos caracteres manuscritos em prontuários, que normalmente não são identificados pelas ferramentas de OCR (GOOGLE, 2018b).

Foram extraídas as informações de 5 campos de cada documento para exportação em arquivo compatível com banco de dados.

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5 RESULTADOS

Nesse estudo, a primeira página de 15 prontuários do CRASI foi preenchida manualmente com informações fictícias para análise de reconhecimento de caracteres manuscritos. Esses 15 prontuários foram divididos em três grupos: no primeiro grupo foram colocados todos os prontuários preenchidos com letras capitulares separadas (Fig. 5). O segundo grupo, preenchido com “letra de máquina”, utilizando letras maiúsculas e minúsculas (Fig. 6). O terceiro grupo, preenchido com letras cursivas (Fig. 7).

Desses prontuários, foram selecionados 5 campos (Nome, Prontuário, Data, Revisão de Sistemas e Queixa principal). Esses campos foram submetidos ao processo de reconhecimento de caracteres e as informações obtidas foram posteriormente analisadas quanto ao índice de acerto fornecido pelos softwares utilizados e exportadas para um formato compatível com banco de dados.

O índice de acerto fornecido pelos softwares é dado pela quantidade de caracteres que o programa reconhece como corretos (quando comparados às imagens reconhecidas como caracteres) sobre o número total de imagens que são reconhecidas como caracteres (caracteres corretos mais caracteres errados). Isso significa dizer, que nem toda imagem reconhecida como caractere seja o caractere real na imagem.

Isso pode ser deduzido ao analisar as informações geradas pelo próprio software comercial (ABBYY FlexiCapture), que além do índice de acerto, informa a quantidade de imagens reconhecidas como caracteres e quantos desses caracteres foram compatíveis com as imagens reconhecidas.

A partir da análise dessas informações, percebemos uma diferença entre os caracteres totais reais dos documentos e as imagens reconhecidas como caracteres pelos softwares. Como não foi possível avaliar essas informações em ambos softwares, somente no ABBYY Flexicapture, não levamos esse resultado em consideração neste trabalho.

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Outra percepção que tivemos foi que durante o processo de verificação e preparo dos dados, o software livre não reconheceu a maioria dos caracteres manuscritos, necessitando da digitação da maioria dos dados selecionados.

O índice de acerto de reconhecimento foi obtido por documento processado conforme mostrado na Tabela 1: Tabela mostrando para cada prontuário analisado, o grupo ao qual pertence e o índice de acerto de reconhecimento fornecido pelos softwares..

Tabela 1: Tabela mostrando para cada prontuário analisado, o grupo ao qual pertence e o índice de acerto de reconhecimento fornecido pelos softwares.

PRONTUÁRIO GRUPO ÍNDICE DE ACERTO DE RECONHECIMENTO FLEXICAPTURE GIMAGEREADER 1 1 85% 59% 2 1 89% 62% 3 1 95% 62% 4 1 81% 63% 5 1 88% 64% 6 2 87% 62% 7 2 84% 61% 8 2 85% 61% 9 2 84% 66% 10 2 93% 63% 11 3 62% 53% 12 3 68% 62% 13 3 62% 56% 14 3 77% 61% 15 3 62% 58%

Com base nas informações da Tabela 1: Tabela mostrando para cada prontuário analisado, o grupo ao qual pertence e o índice de acerto de reconhecimento fornecido pelos softwares., foi possível perceber que o software

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comercial conseguiu reconhecer mais caracteres corretamente do que o software livre. O ABBYY Flexicapture reconheceu uma grande parte dos caracteres cursivos do grupo 3, apesar da tecnologia ainda não prever esse tipo de reconhecimento. Isso se deve ao fato do programa possuir a opção de realizar o ICR, diferentemente do gImageReader, que possui apenas a tecnologia OCR do engine do Tesseract.

Quanto ao tempo de processamento, é fornecido através dos logs pelo software comercial enquanto que teve que ser indiretamente inferido através da utilização de um cronômetro para o software livre. Os tempos obtidos foram 36 milissegundos para o primeiro e em torno de 3 a 4 minutos para o último software.

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6 CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS

Apesar das letras manuscritas utilizadas para preecher os prontuários no nosso estudo serem mais legíveis do que as letras de médicos, a taxa de reconhecimento dos caracteres foi alta, mas não atingiu um nível aceitável a ponto de evitar uma manipulação dos dados. Após a avaliação do índice de acertos, muitos caracteres necessitaram de verificação e correção manual para que pudessem ser importados sem erros, evitando problemas futuros quando necessitassem ser acessados.

O software comercial possui funcionalidades que o software livre não possui. A principal delas é o ICR que, apesar de ainda não ser muito maduro, já possibilita o reconhecimento de muitos caracteres manuscritos, inclusive os cursivos. O software livre reconheceu todos os caracteres produzidos por computador, como os contidos nos nomes dos campos e na seção de Revisão de sistemas, porém conseguiu reconhecer muitos poucos caracteres manuscritos, sendo a maioria dígitos. Para fins de reconhecimento de caracteres produzidos eletronicamente, como, por exemplo, laudos de exames que são digitados, ele é extremamente eficaz.

Em trabalhos futuros, recomendamos uma análise mais profunda da taxa de reconhecimento utilizando os caracteres reais dos documentos processados, imagens reconhecidas como caracteres pelo software e caracteres reconhecidos corretamente.

Sugerimos também, a utilização de uma ferramenta de ICR para digitalizar dados do Centro de Referência em Atenção à Saúde do Idoso (CRASI) da UFF, utilizando um método de validação de dados automático, que aumente a confiabilidade da informação.

Após essa digitalização, uma posterior análise estatística dos atendimentos será facilitada.

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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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12. GOOGLE. Google Docs. Google Drive, 2018a. Disponivel em: <https://drive.google.com/>. Acesso em: 13 mar. 2018.

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importancia-da-automacao-de-processos-e-do-uso-de-sistemas-bpms-business-process-management-system/>. Acesso em: 19 Ago 2018.

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ANEXO B

– Modelo de prontuário preenchido com

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ANEXO C

– Modelo de prontuário preenchido com “letras

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ANEXO D

– Modelo de prontuário preenchido com

caracteres cursivos (Grupo 3)

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