UNIVERSIDADE
INSTITUTO
DEDE
SÃO
PAULO
GEOCIÊNCIAS
ANALISE ESTRUTURAL
DA FALHA
DA
LANCINHA
Estado
do
ParanáElvo
FassbinderOrientador: Prof. Dr, Georg Robert Sadowski
DTSSERTAçAO DE MESTRADO
Programa de Pós-Graduação em Geoqufmica e Geotectônica
ANALISE
ESTRUTURAL
Estado
COMISSÃO
nome
Dn. G.R.SadowskÍ Dn.
A.P.Fioni-DE SAO
PAULO
cEoctÊruclns
DA FALHA
DA
LANCINHA
do
Paraná
DEDALUS-Acervo-lGC
I |ililIilil ilIil ilil iltil ilil ilil ilil lltil iltil ilil til ilil
30900004893
E
lvo
FassbinderOrientador: Prof. Dr. Georg Robert
(J, S. Pj
D]SSERTAçÃO DE MESTRADO
UNIVERSIDADE
INSTITUTO
DEEXAMINADORA
88E.
Presidente:
Examinadores:
Såo Paulo 1990
Ào
Prof.
Dr.
ALBERTO PIO FIORI, minhagratidão
pela
CO-ORIENTAÇÃ0neste
trabalho,
e pelo
apoio
eincentivo
na ¡ninha fornaçãopro-fiss
iona I .qgu4Brs
RESUMO.
ABSTRACT.
Pãg r
xi
xii
l.INTRODUÇÃO
1.1
-
Definição1.2
-
Mõtodos e1.3
-
Áuxílios.
da Ãrea
e
dos Pl anej amento.0bj
etivos,
0103 05 05 09 10 T2 13 18 18 z0
1.4
-
Ag radec irnentos .2
-
FUNDAMENTACÃO TEöRICA2.1
-
TrabalhosAnteriores
2.1.I -
General idacles.2.1,.2
-
Tectônicas
Rúptil
e
Dúctil.
2.L.3
-
Siste¡nasde
Fraturarnentos.7, .
L.4
-
Polaridades.2.1. S
-
Formaç2.1.6
-
HipõtePor
Di2.2
-
Consideraçõesfia
Regionql.ão Camar inha .
ses de Traba tho
vcrsos
Autores.Gerais
sobre aEstabelecidas
Litoestratigra
2.2.1
-
Compl.exosCristalino
e
Pré-Setuva.
...
2tz2
22
2.?.2
-
Grupo Setufa.2.2.3
-
Grupo Açungui.2'2's'i"i:ï,ä::i:':.::.::::.::.:::::::
-
",0-2.3
-
ConsideraçõesTeõricas
Sobreo
Modelo deRiedel
Zs2.3.1.-
Dobras Escalonadas("en
echelonfolds',)
.
272.3.2
-
Falhas Transcorrentes Conjugadas.....
S02.3.3
-
Falha Transcorrenteprincipal
Ss2.3.4
-
outras
Estruturas.
.
3d2.3.5
-
RegimesTranspressionais
e
Transtensionais
.
352.3,6
-
ModeloAlternativo
552.3.7
-
Considerações sobreo
Modelo deRiedet
362.4
-
Considerações sobreo
Modelode
NÍveis
Es-truturais.
373
-
APRESENTAçÃo DoS DADoS E CARÂCTERIZAÇoES D^ FALHADA LANCINI{Â
3.1
-
Feições Macroscõpicas Observadas3.1.1
-
No SudesteBrasileiro.
383.L.7
-
No Prõ-Canbrianodo
Estadodo
Para-nã. ..
423.I.2.1 - Generalidades.
.
423.L.2.2
-
Linea¡nentos...
.
423.I.2.3 -
Conpart inentação Tectônica. ..
443.1.2.4
-
Aspectos Geonorfolögícos...
473.L.2.5
-
AnãIise
de
Inagensde
Sa-të1ite,
Escala 1: 500.000,1:250.000
e
1:100.000.
...
483.2
-
Feições Mesoscöpicas Observadas. .3.2.L
-
Nücleo Be t ara.3.?.1.I -
Ãreade
ponbas.3.2.L.2
-
Ãreade
OuroFino.
.3.2.2
-
Aflora¡nentos Adjacentes ao Nücleo Betara.3.2.3
-
GrupoAçungui.
..
3.2.3.1
-
Lenticularizações.
3.2.3.2
-
Folíação
Cataclãstica.
...
3.2.3.3
-
Brechaçãoe
Milonitizaçáo...
3.2.3.4
-
Redobranentos. .3.2.4
-
Formação Camar inha.3.2.4.1
-
Generalidades.3.2.4.2
-
Efeitos
do
SistemaTrans-corrente.
913.2.4.3
-
Anãlise
<le Deformação....
9Z3.2.5
-
Reativaçõesao
longoda
Falha daLancinha.
1014
-
DISCUSSÃO DOS DADOS4.1
-
Carater
Transcorrentedo
Lineanento Lancinha.I1t
-56 5ó 56 70 80 83 83 83 85 87 89 89 L07 r07 108 108 109 109 109 110
4.1.1
-
Núcleo BetaÌa.4.I.2 -
Grupo Açungui.4.1.3
-
Fornação Carnarinha.4.2
-
Carater
Transpressivodo
L inea¡nento.4.2.I -
Nüc1eosAntiforrnais.
4.2.2
-
Evidäncias de
Estrutura
emF1or.
...
4.2.3
-
Intrusões GranÍticas
Âssociadas
-lV-4.2.4
-
Nível
Estrutural
de
Exposição dasrochas Defor¡nadas
pela
Falha
daLancinha.
lll
4.3
-
Aplicação
do tr{odelo deRiedel.
LI-z4.3.1
-
No GrtrpoAçungui.
ILZ4.3.1.1
-
Dobras Escalonadas4.3.1.2
-
FalhasSintëticas.
4.3.1.3
-
Få1hasAntitéticas
4.3.1.4
-
FalhaPrincipal.
4.3.1.5
-
FarnÍlia
deJuntas
Xe
T. ...
4.3.I.6 -
Falhas de Enpurrão4.3. 1"
7
-
Diques Mesoz6icos4.3.1.8
-
Ãngulosentre
as
Estrutu-ras
de Riedel no
GrupoAçungui
IZz4.3.1.9
-
Eixos
doElipsóide
de145
r50 114
TL7
118 119 119
TzL
L2l
Defornação.
5
-
CoNCLUSoES. .4.3.7
-
No Núcleo Betara.125 125
4.4
-
Duplexde
Riedel
...ú
f304.5
-
Polaridade
dos Deslocamentos Transcorrentes. ..
1314.6
-
Discussãodo
Rejeito
tlorizontal
da
Falha.
....
lS34.7
-
EventosTranscorrentes
Cubatãoe
Lancinha...
1384.8
-
Evoluçâo Geo 1õg ic o-TemporaI
do
LineamentoCubatão- Lanc inha
.
140gquÃBrq s4q ]lgIBAçqEq
regr.ao T7 FIGURAS 1.1 ?,.LMapa
de
localização
da ãrea
estudada.Direções
tectõnicas iCentificadas
nade
Rio
llrancodo
SuI.0z
1l
15
16
2.2
-
Mapa do arc2.3
-
Reat ivaçõesdo
Paranã.abouço
estrutural
dade lineanentos
queBac
ia
do
Paranã. .atuaram
na
Bacia2.4
-
DeslocanentoSinistral
denas
inediaçõesde
Bateias.diques
de diabãs io
2.5
-
Colunasestratigrãficas
adotadasneste trabalho
para
o
prê-Canbrianodo
Estadodo
Paranã.2.6
-
Colunaestratigráfica
adotadaneste trabalho
para
as
sequências Fanerozöicas.2.7
-
Mapageolõgico-estrutural
da
região
aonorte
deCuritiba-Pr,
evidenciando núcleosantifornais. ...
2.8
-
Orientação de dobrase
falhas atravês
do padrão"en
echelon"ou
escalonado. .2.9
-
Esforços, estruturas
e
elipsõide
de deformaçãoassociados
a
uma zonâtranscorrente.
..
2.10- Estruturas
secundárias geradasa
partit
de unafalha
transcorrente.
2.11-
Diagramasintãtico
da
geornetria de dobrasesca-lonadas.
...:..
7.L2-
Diagramado
experirnentode
Riedel2.13-
Disposiçãohelicoidal
de
falhas sintéticas,
formando
"tulip
structure'r.
V]'
-.
2.14- Rotação
de
falhas
antit6ticas. ..
32l
3.1
-
0
Lineanento Além paraíba-Cubatão-l,ancinhano contexto geol6gico do sul-srrdeste do
Erasil....
39
ì
3.2-Geonetriadosfa1hanentostranscorrentesno
pré-Cambriano dos Estados
do
paranáe
Slrrde
:São
Paulo.
4tl
3.3
-
Conpar t imentação
tectõnica
estabelecida
pelo
ll
Sistema
Transcorrente
Lancinha
43
:3.4
-
Diagrana Schmidt-Lambertda
foliaçäo
¡nilonÍtica
da ärea de
ponbas.
.
57
l:
3.5
-
Diagrarna Schnidt-Lambertde
zonasdc
cisalha-mento do ponto
ne LZ (ârea de
ponbas)
.
62
i
3.6
-
DiagraÍla Schrnidt - Lambe rt
de ¡nicrodobrasdo
lafloranento nc
143
(Ãreade
pombas)
6T
,3.7
-
Diagrama Schmidt- La¡nbert
compolos
da
folia-ção
rúptil-dúcti1,
foliação
nilonïtica
eintersecção da
foliação
milonitica
nos planosda
foliação
rúptit-dücti1. ..
3.8
-
Diagra¡na Schnidt-La¡nbertde
clivagens
de
fratu-
: Ira
da ãrea
dePo¡nbas.
69
l
3.9
-
Diagra¡naSchnidt-Lanbert da
foliação
¡nilonítica
lda
ãrea de
OuroFino.
.
7L
l
i
3.10-
Díagrama Schmidt-Lambert cornpolos
da
foliação
lrúptil-düctil,
foliação
nilonÍtica
e
intersec-
lção
da
foliação nilonítica
nosplanos
<lafo-
Iliação
rüptil-düctil. ..
74
l3.1.1.- Diagrana Schmidt-Lambert
de
eixos
de dobras enicrodobras
daãrea de 0uro
Fino.
.
773.12-
DiagranaSchnidt-Lanbett
depolos
de
clivagensde
fraturas
da ãrea de
OuroFino.
.
7g_
vii
_3.13-
Diagrama com dobras mesoscopicas en rochasquartzíticas
do
afloranento ne
59.
..
.
8l
l5.14-
Mapade
localização
da
FornaçãoCa¡narinha.
.
90
i3.15-
Diagra¡na Schnidt- La¡nbert depolos
de
atitu-des
de
acarnarnento da FornaçãoCa¡narinha.
95)
3.16-
DiagramaSchnidt-Lanbert
conlineações
de
ì
estiranento
de seixos da
Forrnação Ca¡narinha....
96
:3.17-
Seixos defornados da Forrnação Canarinha, noponto ne
37. ..
98
:3.18- Anãlise
dedefornaçãö.
Grãfico
coneixo
x
Xeixo
z
(nétodogrãfico)
993.l9-Anã1isededefornaçãô.GráficocomRfxØ¿e
seixos
do pontonq 37
(MétodoAnalítico). ..
1003.20-
Diagrana Schrnidt- Lanbert de umafalha
trans-
,
corrente
Lateral
Direita,
napedreira
doMe-negusso (aflorarnento
ne
80)
103
i3.21-
DiagramaSchnidt-Lanbert
condiversas
falhas
e
zonas de cisalhamentosobtidos
regionalnente. . ..
106I
4.1
-
Bloco Diagrana esquemãtico sugerindoa
presen
iça
de
estrutura
en
flor
positiva
na
ãrea
dePornbas.
110
1l
4.2-SistenaTranscorrenteLancinhaecorposgranÍ.
I
ticos associados.
111
ì4.3-Disposiçãoeângu1osmêdiosentreasEstrutu-ras
de Riedet
em netassedimentosdo
Grupo
l
Açungu
i.
113
l i
4.4
-
Desenho esquenático de dobras geradaspelos
:processos
de
cisalhamento Sirnplese
Puro.
116)
4.5
-
Direções m6diasde
cisalhamentosverificados
Inopontonc12(núc1eoBetara)tesllâsrelações
- VI¡.I .
4.6
-
Duplexde
Riedel estruturado
ao
longo doLineanento Lanc
inha.
1304.7
-
Desenho esquernático comas
caracterÍsticas
dos Eventos
transcorrentes
Cubatãoe
Lancinha...
140FOTOGRÂFIAS
3.1
-
Inagende
Satélite
Landsat,
escala
1:100.000, abrangendoa
porção Sndo
pr6-Canbriano
doEstado
do
Paraná.3.2
-
Cisalha¡llentoe
lenticularização
de
rochasin-cornpetentes en
torno
de carnadas mais competentes
(Afloranento no
12).
.3.3
-
Detal-heda
FOTOS.Z.
.
603.4
-
Zonasde
Cisalhamento condireção
NE,destr6-gira. .
..î...
.
613.5
-
Zonade
cisalha¡nentoidêntica a
FOTO3.4. .
.
ó13.6
-
Pequena Zonade
Cisalhanentolev6gira,
comdireção
N20W/58SW (Afloramentonc
t2)
633.7
-
Cisalhanentolateral
esquerdo, corn direçãoNl2-17E.
3.8
-
Cisalhanentolateral direito
comdireção
Nl28,no ponto
nc 12
(NúcleoBetara)
ós3.9
-
Dobras fechadasdo ponto
nc
12.
ó53.10- Afloranento
conlenticularização
e
cisalhamen-to
de
ca¡nadasdo ponto
Ló9 (Ãrea de OuroFino)....
723.11- Lenticularização
e
ruptura
de
camadas do ponto50
s9
64
3.12-
Congloneradosmilonitizados
do Núcleo Betâra, expostosno
leito
da estrada
doponto
18.
..
3rl3-
Superinposição de umafoliação
rúptil-dúctil
sobre
a foliação
milonÍtica
noponto
18.
..
3.14-
Dobrasabertas
em rochasquartzÍticas
friáveis
do
afloramentone
34..
.3.15- Lanticularização
<1e camadas metassedinentaresdo
Grupo Açungui, noponto ne
68.- ix
-7S
76
82
84
3.16-
Aspectolenticular
de
corpos dequartzito,
nazona
de
falha
da
Lancinha. Morro daTV,
a
no-toeste
de Rio
Brancodo
Sul
Bs3.17-
Detalhe de umalente
dequartzito
da
F0TO3.16....
863.18-
Brechas em rochascarbonãticas da
FornaçãoVo-tuverava
(?).
Pontone
22.
873.19-
Ðobrasde
arrasto do sistena transcorrente
Lan
lcinha.
Àflora¡nentonc 07,
nasproxinida<les
deRio
Brancodo
Sul
88
.
3.20-
Dobras em chevron doponto
ne 50,
nasproxini-
:dades
de
Bateias.
89
l
:
3.21-
Seixosestirados
da
Fornação Camarinha,pelo
:Sistema
T¡anscorrente Lancinha.
Pontone
37.
...
gZ
'3.22-
Seixos
indefornadosda
Forrnação Camarinha.Ponto
ne
60.
..
3.23-
Clivagemde
fratura
inpressa
en conglonerados defor¡nadosda
Formação Canarinha.3.24-
Ca¡nadas comseixos
deformados <Ìa FormaçãoCarna-rinha
inteTcalados
e¡nfiLitos
da
Formação Votu*verava
e
dobradosde forna
fechada.
Pontonç
39...
9i
ot'x-3.ZS
-
Clivagernde
fratura
condireção
NóOW, preenchida
por rnaterial
indefor¡nado,posterior
-rnente
reativada pelos
pl-anosde
fraqueza dafoliação
gnãissica,
connovinento
lateral
direito
(Afloramentone
80)
LOZ3.26
-
Zonas de cisalhamento rrip t e i s -düc t e i s,
connovi¡nento
lateral direito.
104QUADR0S
1-
Cronogra¡na dos trabalhos2
-
FarnÍlia
de
lineaçôes
queocorren
no lrlapa deIineações do ANEXO
I. ...
3
-
Sinopse dos dadosestruturais
das ãreas dedetalhanento
de
Pombase
OuroFino.
.
794
-
Relações angularesentre diversos
corposgra-níticos
e
o
lineanento
Lancinha,
coTnas
respec-tivas
defornaçõesassociadas
136ANEXOS
I -
Sistemade
Lineaçõesda
Falhada
Lancinhae
deProcessos Regionais.
II -
Mapade
Isocurvas de
Lineações do AnexoI.
III -
Mapade
Pontos.IV -
MapaGeo169ico-Estrutural
daÃrea
de
Po¡nbas.V -
MapaGeol6gico-Estrutr¡ral
da Ãreade
Ouro Fino.06
a¿qI8491
Two
distinct
events
(Cubatão and Lancinha) were recognized
to
have takenplace
for
the
structural instalration of
theA16n Pa ra íba -Cubatão- Lanc i nha I ineament .
The Cubatão
strike-slip fault
affected gnaissic
rocks,producing
nylonites
andblastomylonites,
associated
with
arnphybolite
facies
metanorphisn an<lessentiarry
ductile
defornation
along
its
strike.
The
overlying
Açungui netassediments were deformeddue
to
reactivation
of earlier
weakness pranesoriginated
at
the cubatãoevent. several
secondarystructures,
s'ch
as
en écheronfo1ds, synthetic
andantithetic faults,
y(D),
X andT fractures
were si¡nultaneouslydevelloped,
in
accordancewith Riede
s
Mo-del.
Generalizedfracturing
andrather
fewbrecciation,
alongt{ith
lenticularization
andconstriction
of
some berlsare
associated
phenornena. Thesedefornations
a1l
were produceclat
interme
-diate
crustal level
andare
dueto
the
Lancinhastrike-s1ip
event.Ductile
andbrittle-ductile
transcurrent
shears,
besi-de
brittLe
defo¡mations,
r{ere exposed wheretranspressional
stresses
succededto
cut
across
the core
gneissesof
the
structu
re
knonnas
Núc1eodo
Betara.
Nw-w/sE-Ëoriented stresses
alsoled
to
Riedelrs
duplex
structures.
Defor¡nation
of
the
Camarinha For¡nation wascaused
bya
new
reactivation
of this
megashear
zone.
pebble elongationneasurernents
perforned
in
the
congloneratic
facies
of this
se-quenceindicated values
of
Rs=1.8-2.0.Several-
leactivations also
took place during
phanero_BE9gU
A estruturação do
Lineanento A1ém Paraíba-Crrbatão Lancinha
ocorreu
endois
eventosdistintos:
Cubatãoe
l,ancinha. O Evento Transcor¡ente Cubatão,atuante
em rochas gnáissicasr
mostra
a
presençâ de rochasmiloníticas
e
blastorni-loníticas
I
com metamorfisnodo
fácies
anfibolito
e
deformações essencialmentedúcteis
associadas.A
reativação tle antigos
planos de fraqueza
gerarlos noEvento Cubatão, levaram
ã
defornação dos metassedinentos Açunguisobrepostos, con
a
instalação
de
estruturas
secundáriasprevis-tas
no Modelode
Riedel,
corno dobras escalonadas,falhas
sintéti
cas
e
antit6ticas,
alémde
fraturas ilo
tipo
Y(D),
Xe
T.
Assö-ciam-se
a estas estruturas
umgeneralizado fraturarnento
e
esporádicas
brechas,
a16nde lenticularizações e constricções
de
cama-das
lito169icas.
Estas defornações geradasno
nÍvel
estrutural
¡nãdio,caracterizam
o
EventoTranscorrente
Lancinha.A presença
de
esforços transnressionais alçaran o
Nú-cleo
Betara,
e
expuseramcisalhanentos
transcorrentes dúcteis,
rúpteis-dúcteis,
a1érn de deformaçõesrúpteis.
A1éndisso,
estesesforços
NW-[r/SE-E formaranestruturas
do
tipo
"duplex
de
Rie-de1".Â
Formação Canarinhafoi
defornradapor
nova¡eativa
-ção
deste
negalineamento,
estirando
seixos
do
seufácies
conglomerático,
convalores
de
Rs=1.8-2.0.Diversas
reativações tiveram
lugar
durante
o
Fanerozoico,
atã
movimentos suaves" que parecenestar
presente
nos diasatuais.
salfl
!TIB9
ULO I
!sç49
1.1
-
DEFINTÇÃo DA ÃREÂ E pOS OBJETTVOSA
região
estudadasitua-se
no
leste
do
Estadodo
pa¡anã
e ã
noroeste dacidade de
Curitiba.
Abrangeparte
dosmunicÍ-pios
de
Tunas, Bocaiúva doSul,
Rio
Brancodo
Sul
e
Canpo Largo, nunaãrea
relativanente
linear,
¡nedindo 10 k¡nde
largura e
64kn
de conprl¡nento (FIG1.1).
As
principais
localidades
são Tunas, Bocaiüvado
Sul,Rio
Brancodo
Sul.
Bateias
e
CampoLargo.
O acesso,a
partir
dacidade de
curitiba,
podeser
feito
peras rodovias
BR476
(curiti
ba-Tunas)i
BR 277(Curitiba-Canpo
Largo);
pR 092(Curitiba-
RioBranco
do
Sul);
e
pR 090(Curitiba-Bateias).
Este
trabalho ten por
OBJETIVOestudar
o
Linea¡nentoCubatão
no
seu prolongamentono
Estadodo pa¡anã,
ondepassou
aser
denoninadode
FALHÂ DA IANCINHA.Foi objeto
de
anãlise
a
DE-FORMAçÃOinpressa
por este lineanento
nosdiques bãsicos
JuroCretãceos,
sedinentosda
Forrnaçäo Camarinha, mctassedimentos doGrupo Açungui
e
lltologias
do
seu embasanento;identificação
depossÍveis
reativações
ao
longodo
siste¡nade
falhas;
quantifica-ção
da
deforrnaçãoinpressa
nos congloneradosda
Forrnaçãoa 0.oo'
2a.!?'
LÊOEIIOA:
lÌlTIì[|Áner o€ EsruDos
@
".nr^o ,^"^o O P G OUE¡As CIDÂOEgO LOcALl0^oEt ./'¿.- ROOOV l^t
FIG
1.1
-
Mapade localização
da ãrea
estudada.FONTE: Mapa Geográfico
do
Estadodo
paranã-1983/84,
escala 1:S00.000.
Instituto
-03-r.2 -
MÉTODOS E PTANEJÂMENTOOs rn6todos
de
análise
do Sistena Transcorrente
Lanci_ nha constaramde
estudosbibriogrãficos,
de
campoe
raborat6rio.
0s
ESTUDOS BIBLIOcRÃFICOStiveram
conoobjetivo
prin_
cipal
a anãlise
departe
da
riteratura
existente
sobrefarhanen-tos
quanto aos conteúdoste6rico,
geologia
regional
e
trabalhos
anteriores.
0s
ESTUDOS DE CAMPO compreenderam:(A)
Estudo regio_nal
sobreo
traço
principal
da
falha,
nunaãrea de
l0 x
ó4
kn co¡nidentificação
das nerhores exposiçõesde
rochas deformadaspela
falha.
Esta
atividade
foi
desenvolvida comauxÍlio
de
foto-grafias
a6reas nasescalas
l:20.000
e
1:60.000;
napastopogrãfi-cos,
nasescalas
1:10.000,
l:20.000
e
1:S0.000,
além de mapasgeol69icos,
nas escatast:S0.000
e
l:100.000.
Foranidentifica
-dos
84 aflora¡nentosnesta
fase
dostrabalhos
(Ver ANEXoI -
Ma-pa
de
Pontgs). (B)
A
seguir,
efetuou-se
a
seleção dos melhoresaflorarnentos
para
detalharnento. obtiveram-se da<iosestluturais
cono
lineações
minerais,
planos de
foliação
cataclãstica/rnilonÍ-tica,
estrias
de
atrito.
flancos e traços
axiais
de dobras,
ati-tudes de
'rgashest',etc.
(C)
Forandeli¡nitadas
duas ãreaspara
detalha¡nento das
estruturas
da
Falhada
Lancinha (escaLa ¡nesoscõ-pica),
superirnpostasäs
defornaçõesregionais
previanente
inpres sas nas rochas do Grupo Açunguie
NúcleoBetara.
Aprineira
estãsituada
na
Regiãode ltaperussü
(t"tunicÍpio de
Rio
Brancodo
Sul),
e ten
a
Localidadede
P0MBAS comoreferência.
Nestaãrea,
deaproxinadamente 25
kn2,
fotan
realizados trabalhos
de cunhoes-.
trutural,
alén
de pontos concontrole
litotõgico,
numtotal
de1l.l
afLoranentos (Ver
ANEXOIII -
Mapade
Pontose
ANEXOIV
-
Mgpa
Geol6gico-Estrutural
da Ãreade
Pombas). Na segundaãrea,
lo-calizada
na
região
de
OuroFino,
inediaçõesda localidade
de
Ba-tcias, foi
realizado
idêntico
trabalho
(Ver .ANEXOIII -
Mapa dePontos
e
ANEXOV
-
MapaGeolõgico-Estrutural
da Ãreade
Ouroos trabalhos
constaranda
interpreta-ção
de
imagensde
Satélite
TANDSÁ,T, naescala t:100.000.
Destetrabalho resultou
o
I'ÍAP¡\ DE LINEAÇÕES DA FALHA DA LANCINH,A,no
Estado
do Paranã (ANEXoI),
e o
MAPA DE ISOCURVAS DE LINEAçÕES DOSSISTEMAS NE
e
NE,/E-W DÂ FAL}IA DÂ, I¡.NCINH.A (ANEX0II),
este
últiè
no
foi
e¡nbasado nos dados do AnexoI.
Constituiran-se
emelemen-tos auxiliares
neste
trabalho
os mapas de BATOLA JRet
al (Ig7T) ,SILVA
er
al(r982),
BToNDJ,SoARESe
CAVA(r983),SOARES(r984)
eFI0RI
et
a1(1984,1987,1989)e
FI0RI(198S E). caracterização
dos produtos deformacionaisdo
Siste¡na
Transcorrente
(Rochascataclãsticas/¡niLonÍticas)
seguiran
osprincÍpios
ditados por
SPRY(r969), HTGcINS(1971), SIBSON(1977) eRAMSAY
e
HUBER(1987).As
ostruturas
planares
e
lineares
presentes
na
zonade
falha
foran
¡nedidos en núnero adequado.0s
dados foramLança-dos ern
diagrana
Schrtridt - Lanbe rt
por
projeção
estereogrãfica
dospölos
deplanos
e
retas.
Adistribuição
dospolos
e
lineaçõesanalisados pelos
neios
estatÍsticos
adequadosã tectönica,
conduziran
ä
determinação dasorientaçöes
preferenciais
dasestruturas
e
de
suasrelações
geonétricas.O estudo das
diversas
estruturas inseridas
en
seusrespectivos
niveis
estruturais,
seguiuos
conceitos
elaboradospor
MATTAUER(1972),RAMSAYe
GRAFIAM(1970), SIBSON(L977), RÂMSÂY(1967,1980)
.
RAMSAYe
HUBER(1983,I987) .A presença
de
pronunciadasestruturas
rüpteis
(disrug
tivas)
ao
longo do Siste¡naTranscorrente Lancinha,
justificou
una anã1.íse mais detalhada dos padrõesde
fratu¡anentos
previs
-tos
no MoDELo DE RIEDEL (EMMONS,1968: TCHALENKO,1970; lvILCoXet
AL,I973:
HÂRDING C LOWELL,1979; H.ARDING,1973,I974,1985;
READING,1980; SÂDOWSKI,1983; HASUI
e
C0ST4,1988; SYLVESTER,I988, entreoutros
(Ver
ïten
2.5
-
ConsideraçõesTeõricas
sobreo Modelo
deRiodel).
Paratanto,
forarnutilizados
lineações/lineanentos
condireções
especÍficas,
conâlguns
rejeitos
identificados,
a par
-tir
da interpretação
de
inagensde
Satõlite
Landsat (AnexoI)
no
GRUPO ÂçUNGUI. No NoCLEo BETAR,
dadosde
conpo permitiramidêntico
estualo. agoraa
partir
de
estruturas dücteis e
05
-fatõrias
com rel-ação aquelasprevistas
no nodelode
RIEDEL.Na
quantificação
da
defornação dos sedimentosclãsti_
cos
da
Fornação Camarinha,foi utilizada
a
TêcnicaRf/Ø.
Foranaplicados
os métodosGrãfico
e
Ânalítico
para
compaÍação dos re_sultados.
A baseteõrica
foi
obtida a
partir
de
RÂÀlSAy(l967),RAMSAY
e
HUBBER(1983)e
LrSr.E(t9Bs).A
elaboraçãoe
apresentaçãodo
texto
desta dissertação
foi
embasadono
trabalho
de
metodologiacientifica
deCERVO
e BERVIAN(1983).O CRONOGRAMA
estabelecido para
o trabalho teve
una du_ração
total
de
48 meses, conformeindicado
no QUÂDRO 1.1"3
-
AUXITIOSËste
trabalho teve o
apoì"ofinanceiro
das seguintcs cnt idades :CNPq
-
PerÍodode 0L/03/I986
a
3L/07/86, na
forna
debolsa;
FAPESP
-
Periodode
01/08/1986a
3I/ú/89,
na
for¡nade
bolsa(processo
nç 86/1125-2), e
auxÍIio
de despesasde
Canpo (processonc
GË0 86/3177-0).CAPES
-
PerÍodode 0t/02/59
a
3l/07/89,
na
formade
conplenenta-ção <te bo1sa,
para
conclusãodo trabalho.
1.4
-
AGRADECIMENTOSA
realizaçäo deste trabalho
foi
possível
graças aoapoio
financeiro
da
F^PESP-
Fundação de Âmparoa
pesquisa cloEstado
de
SãoPaulo,
atravês
dos processos nesB6lltZS-2
e
GEO86/3L77-01
e
ao CNPqe
CAPES,os
quais
forneceramauxÍlios
com-plenentares.
Auxí1ios
adicionais foran prestados, ainda,
peloC0NVENIO UFPR-MINEROP^R,
o qual
cedeu espaçofísico
para
os
tra-balhos
de
escritõrio,
ben cornopernitiu
canpanhas de campo conjuQUÁDRO 1 . CRONOGRAMA D0s 1R-A.B^LliCs
ATIVIDA¡ES
LEVÀ\14,}IENTO B I BLIOFR.4FI CO
FOTCINTERPREÎAçÃO
(Iiageûs c . Fotos eéreas) .
ÃNO
1936
TR,{BALIIOS DE CÁ}IPO
JA)I
t969
PERf
I9S6
ItÀiì
TRÂÎÀYENTO DE D¡OS
1-037
tsP.
D O 1936-87-89-89
s83
M Ì0
1989
I
19S6
R¡L,4.ÎCRIO FINAL
JU}ì 1988 JUL r989 AGT 1966 r987 SET
198 3
-07
-agradecimentos.
Somos
gratos â valiosa orientação,
que sernpre ocorreuen
crina
de
arnizade,fornecicla
pe10prof.Dr.
GEORG ROBERTSADOIIS
KI,
e
aoprof.Dr.
MARcos EGyDIo DA SILVA quede
for¡nacorcìiar
eprestativa
participou
dar'iltina
etapadeste
trabalho.
Boa
parte
do
êxito
deste
trabalho
deve_sea
equipe doconvênio da tJFpR-M I NEROPAR, coordenada pe10
prof.Dr.
ALIÌERT. pIoFIORI,
e
cornpostapelo
prof.
Et"fItìSON CARNEIRO CAÌ,ÍARGO, ge6Iogo LUIz ALBERI'O GASpAR;estagiãrios
AIRES Ì{ENDHANSEN, ,AI\íIN KATBEK,
ANDERS0N PIMENTEL, LUrz cARLOs I{EINcrìurz, MARCELA M.de r,t.
coRTEz,
e
MARIÂ ¡'NGEL^ pALUDo;e
aos p6s-qraduandos da rtNEsp-Riocraro
,
ANGEI,O SPOLADORN, CELSO EDIJARDO FIITI,,\GAI,I,I, EDIIARDO SAI,A¡,IIjNI E
PAU
L0
K'Ps, pelas valiosas
discrrssões,incentivos e
auxÍrios
presta dos nostrabalhos
de
canpoe
etapasposteriores
da clissertação.Participaram, ainda,
nostrabalhos
de campoos coleqas
FIìR),IANDOALTI{OFF
e
MARCOs ilENRrouE r{oLFF, aosquais
exrernamos nossagra-t idão .
Agradecimentos
especiais
aosprofs.
Dr.
pAlJLo CESARSO^RES
e
Dr,
PEDRO VITOR ZALÃNpela valiosa contribuição
nasdiscussões
teõricas; Dr.
BEN.IAMII\{ BLEy DE BRIT0 NEVESpela
reitu
ra
do
texto,
contribuÍn<ro comcríticas
construtivas
e
sugestõesoportunas;
Ao
DT. VICENTE CIRARDIe
Dr.
R0I'IULO MACIIADOpelas in
portantes contribuições
durante
o
andamentoe
conclusão dos tra_balhos; e
aoDr.
ELIMÂR TIìEIN,pelo
esmerona
traduçãodo
resunopara
a
lingua inglesa.
Agradecemos,
ainda,
ao DALTONT.
R.
SANTOS,pelo
esnero
nos desenhos; aosprofs.
JosÉ Ì',IANoEL Dos REIS NETOe
ELEONORADE vAscONCELOs,
pelo
acessoao
laboratõrio
de microscopiapetro-grãfica
da tlIìPR;prof.
RIìNATO EUGENIO DA SILVA,pelo
acesso aolaboratõrio
<le ni c roc onrputação
da uFpR;prof.
MAURO SALGAD0 MoNAsTIER,
pelo
acesso aostrabalhos
de formatura
dosalunos de
geolggia
da UFPR:Sr.
JoSÉ cARLoS DE G0T'VEA, <Ia CPRM cÌe São Pau1o,pelo
acessoao
l)rojeto
de
Integração
e
Detalhe Geolõgico <lo Valedo
Ribeira;
ao
setor
Grãfico
do
IG-usp,
chef iacropelo
sr,
JA U,,rEALVËS DA SILVA;
as
BIBLIOTECÃRI^Sdo
IG-USp, Centrodc
TecnoLo _gia
da
UFPRe
MINEROPAR. Agradecemos,ainda,
a
Srta.
NICIA MARIAIIRANDÃo ZALAF
da
secretaria
do
Departamentode
ceologia
Geral
_
08 _Aplicada
e a Sra.
I|ARIA MADALENA BENZI ¡,ÍATAZ0 VENTIJRA,chefe
daSeção
de
Põs Graduaçäo, ambas <la {JSP,pela
atençãoe
contribui
-ção
durante
as atividades
aca<lê¡nicas..Aos anigos HENRIQIJIì c0D0y CIGUEL, JOSE ROBERTo
c0ÌS,
ARNO SCHMIDT TERRES, AGENOR PEREIRA DE SOI'ZA, IVANIR LI'CHESI,
MARIO MOTIDOME, JOÃO PÀULO DE VASCONCEI,OS, ANTONIO CARLOS B.C.
VASCONCETOS, I{ONICA
M.
PERROTTA,AMELIA JOÃO FERNADES, C CIEMAiSAMIGOS
e
COLEGASdo
Instituto
de
Geociências-IJSP, Departamenroç4!lIs!q
z
IqI!åYEIIôç¡q
IEqB].94
2.1
-
TRABALHOS ANTERIORES2.L.I -
GENERALIDADES0
sistemadc
falhanentos
quese
estendc desdeo
Estadodo Rio dc
Janeiro.
passandopor
sãopaulo,
at6
desaparecer sob os sedímentosda
Baciado
paraná na porçãosul
do
Estadodo
paranã ,com aproxinadamente 970
kn
dc
extensão.
foi
denoninadodc
sIsrEMADE FATHAMENTO ALEM PARAfBA-CUBATÃO-LANCINHA OU SiMPICSNCNTC SISTE
MA DE FALHAMENTO DE cUBATÃo
por
s.ADol{sKIe
MoTIDoME(rgg7). Na porção
nortc,
ondeo
linea¡ncnto recebea
designaçãodc
Ar6nparaíba;
foramrealizados
cstudospor
CAMPANHÂ(1980)na
For.ha deTrôs
Rios.Idêntica anãlise
foi
efctuada
por sILVÁ(rgsr)
na
região
de Juquiá,Estado
de
sãoPaulo,
ondeo
lineamento receba¡a
designaçãode
Fa-lha
de cubatão.
No Estadodo paraná,
diversos
autores
dedicara¡nestudos
para
suaelucidação,
cuja
sÍntese
foi
descrita a
seguir.
A dcsignaçãode
Falhada
Lancinhapara
¡
porção para_ naênsedestc
linearnentofoi
infornalmenteutllizada
pela
cornlssãods
Carta Geol6gicado
paraná
(SAIAMUNI,R. conunicaçãopcssoal),
e aparccoupela
primeira
vez
na
litcrature
através dc
FUCK,I,ÍARINI ,TREIN
e
MURATORT(1971). Masa
identlficação
dcsta
falha
foi
efc
-tuada
por
MAACI((1947) quandocita
"u¡naantiga
falha
co¡n brechas ¡ssocladas'
quecorta
dobras post-algonquianasdiante
da
serra
ouro
Flno,
runo
N40E". E¡ntrabalhos paralelos,
BIc.AREttA(1g47) descreveu
a
brechacalcãria
dc
Toquinhos,localizada
no
distrito
de-'1
i
10
-vel
origon
vulcânice.
MARINI(f970) reconheccu
a
Falhada
Lancinha corno unafalha direcional
regional
que passapera cidade de Rio
B¡anco doSul,
e
seconstitui
nu¡nalinha
tectônica
rígida,
provavelnentep6s-orogônica.
Descreveua
zonade
falha
cono sendoconstituÍda
dc
vãrias
falhas
dispostas
de
formapararela,
con"característi-cas
dirocionais
invcrsas
de
alto
ângulo",
conforrneob-servaçõcs cfetuadas
na
região
dos Borgese
Curiola,
no
nunicÍpio
dc
Rio
Brancodo
sul-
Na expressão"falhas direcionais
inversasde
alto
ângulo",
oautor
se
refcriu
a
co¡nponentesinversas
etranscorrentes
associadasa
una nesnafalha.
posteriormente
estasfcições
forarn assocradasa
zonasde
TRANspRESsÃ0por
HARLAND(1971), entre
outros.
Aoconjunto
dos elcmentoscstruturais
MA-RINI(op
cit)
denominoude
"estrutura
en escama",a
qual
foi
rcra
cionada
a
unatcctônica quebrável,
polifásica
e muito
intensa.
Este
autor
observou,ainda,
quea dircção
principal
destas
falhasN20-608' corresponde tanbém
ã direção geral
das camadasnctasse-dirncntarês
na
região
de
Rio
Brancodo
sur
(FIG2.1).
E urna segunda
direção,
Ns0-60w,reracionada
a
intrusão
dosdiques de
diabá-sio
Juro-Cretãceos.BATOLLA JR
ct
al (1977) considerarana
Falhada
Lanci-nha cono
direcional
e
inversa,
cstandoesta úrti¡na
característi-ca llgada
ao
fato
de
justapor
scdincntos
denatureza
perítica
ecalco -psanít ica
,
consideradospelos autores,
cono provenientes denÍvcis
mais
inferiorcs
e
nÍveis nais
elevados respec t ivanentc.Atribucn, ainda,
idade
Canbro-Ordovic i anaâ estc
lineanento.
2.L.2
.
TECTONICAS RÍ'PTIL E DÚCTILDiversos
autores
reconheccram uma TECToNICA RftpTIL associada
a ostc lincancnto.
Nostrabalhos
da
Conissãoda
CartaGcológica
do
Paraná,entre
eles,
MARINI,TREINe
FUCK(1967).des-creveratn
de
fornà
sistenática
produtos
de u¡na"tectônica
rígida',,
con
falhanentos
e
fratura¡nentos associados. ALGARTEe
KAEFER1974
(in:
PAIVAet
aL,1977) constatararn un processode
brechação-
11TEGENDA
ffi
LinhasTectônicas
prá-Jurássicas (120direções
dc
falhas)
--l
F-l
Orientação dosdiques
básicos
(21.Sdiques).
FIG
2.1
-
Direçõcs
tectônicas
identificadas
por
MA-RINI(f970)
na
Folha deRio
Brancodo
Sut.F0NTE: MARINI(1970)
, p.
77a.ticularizaçõcs
e constricções
decorpos
1ito16gicos,
além da pre sençadê
esporádicas brechase
râras
rochas¡nilonÍticas
associa-dasa
litologias
do
Grupo Açunguiao
longodo
LinearncntoLanci
-nha.l l
1
12-dúctil
nfnl¡noao
longodo
trecho
paranâensedeste linearnento,
en ¡notassedi¡nentos do GrupoAçungui,
convalor
médiode
114 km.Estecarater
dúctil foi
tarnbém sugeridopor
HASUI (198ó)acrav6sda
pres ença
de
estrututas
associadasa
unasutura.
HASUI (opcit)
p¡o
-põcn,
ainda,
a
superinposição de ¡naisdois
eventosinportantes.
0
primeiro,
com "cisalhatnentodúctil
de
alto
ângu1o",concentra-do
emfaixas
lineares,
en conexão cornrotaçõcs
de massasconti
-nentais;
e un
segundo,dc
Tectônica
Rúptil,
esta
última
reconhe-cida
arnplanentena
literatura.
A presença de cisalha¡nentodúctil
de
alto
ângulo
foi
verificada
ncste
trabalho
en litologias
doNúcleo
Betara,
be¡n como umatectônica
rúptil
regional.
A
presen-ça
de una SUTURAao
longoda
Falhada
Lancinha nãofoi
confirna-da,
possivelrncntepor
falta
de
dados adequados.2.I.3 -
SISTEMAS DE FRATURAMENTOSDiversas direções de fraturamentos
foran
reconhecidasna
região
de ocorrôncia da
Falhada Lancinha.
BATOLLA JRcr
al
(L977)
identificaran
atrav6s
do
Projeto
Leste
do
paranã, as
dirc
ções NE, NW
e
E-W. G6IS,SALAMUNIe
FIORI(f98S)situaran estas
di
reçõesnos
intervalos
N4D-608(Sistena de
Falhanentoprincipal)
i N60-808, N30-S0We
Nl0-208
(dircçõcs
secundárias).Ten-se
notabilizado a
polêmica emtorno
dosfratura
-nentos con
direção
N40-601{. MARINI(1970) sugere queas
fraturas
ocupadaspor
enxanesde diques de
diabásio
com idadeJuro-Cretá-cea,
dispõen-sede forna paralela e/ou
ocuparnplanos
AC dasdo
-bras
reglonais
do
Grupo Açungui(D2), reativadas pelos
novinen
-tos
orogen6ticos
positivos
ligados
ao Arqucanentode
pontaGros-sa.
FIORI(1985A,D)
interpretou estas
direções
conofalhas/fratu
ras
antitéticas
desenvolvidasen
rochasde coberturas
netassedi-rnentares,induzidas
por antigas
linhas
de
fraquezado
e¡nbasamen-to.
Já
RIBEIRO(1980)sugeriu
tratar-se
de
estruturas
profundas enuito
antigas,
reativadas
sub s equente͡ent e.0utros
postularn,ainda, o riftea¡nento Sul
Atlântico
eo
Arqueanentode
Ponta Grossa ern tempos ¡nesoz6icos, conoos
-t3
-MUS
e
PoNTES,1972; SZATMARIet
al,1984; entre
ourros).
por6m
ahip6tese
¡naisdifundida
atualrnente assune queos esforços
queatuaram
na
abertura
do
oceanoAtlântico
reativaram
antigas
linhas
de
fraquezado
ernbasanentora
partir
de
zonas decisalhanento
dealto
ânguloe
estrutllras
secundárias associadasrentre elas
a
di
reção N45-65W (FIORI ,1985D;
ALMEIDA,tgB6: ZALÃNet
a1,1986,1987; SADOWSKI,1987). A16ndisso
utilizaram
falhas
esrabelecidas na
Bacia
do
Paranãdurante as reativações
paLeoz6icas, atérnde
cria¡
tlovo siste¡nade
falhamentosparalela a
subparalela
a
este"trend,,
com
o
estabeleci¡nentodas
Zonasde
FalhaCuritiba/Maringã e
Gua_piarà,
entre
outras
(Ver
FIc
2.2).
Atguns modelos (SZATI,IARI eral,
opcit;
Z.A,lÃt'tet
al,op
cit),
propõen queno
início
do
está
-gio
"rift"
os esforços
pronoveranrotações
daspartes
¡neridionaisda Am6rica
do
Sul
e
Ãfrica,
a
prineira
comsentido
ocidental
emrelação ao
"Tift',,
e
o
segundooriental,
gerandofalhas
transcor
rentes
DESTRõGIRASnas
Zonasde
FalhaCuritiba/Maringá e
Guapia-ra.
ZALÃN
et
al(op
cit)
citan
a
Falhade
Guapiara com 20kn de
rejeito direcional,
con baseen indicações
aerornagnetorné-tricas'
por6n sernespecificar o
sentido
relativo
do deslocanento. Porérn,nos
trabalhos
de
CAMpANHA(f980), SILVA(1981)e
SADOWSKI(1983),
nãoficou
caracterizado
un
rejeito
da nagnitudede
deze-nas
de
km
transversal
ou
oblÍquo
ã
estruturação do
linea¡nento Cubatão. Estas¡eativações
geralnente
senanifestan
através
depequenes deslocanentos
ho¡izontais,
comreJeitos
da
ordem de de-zenasa
centenas denetros,
conforne
observações efetuadas nestetrabalho,
a1ém de MARINI(1970), FIORI(198SB)r
entre
ourros.2.I.4 .
POLARIDADESA
POLARIDADE DE DESLOCAMENTO dessafalha
foi
potênico,sendo considerada
de
for¡na concensual. ¡nas semprovas
objetivas,
como DESTR-AL (BAToILA JR
et
al ,1977e
pAIVAet
aL,I977,
anbos doProjeto
Leste do
Paraná; SILVAet
aI,1982
nos rnapasdo projeto
14
-FIORI ,1989 no Mapa Geo169ico-Estrutural
da
Região de Bateias
-B ocaiúva
do
Sul).
Segundo SCH0LL(1981)o
novimentoprincipal
dafalha
seria
SINISTRÂL, sendo suâ argumentaçãoi ao nosso ver,nãoconvincente,
podendotratar-se
de u¡nareativação.
ZALÃN
et
a1(1986,1987) estenderno
lineanento
Lancinhapela
Baciado
Paraná,at6
o
oeste do
Estadodo
Rio
Grande
doSul
(FIG2.2).
Segundoos
autores, o
estabclecimentodeste linea
rnento
atrav6s de
sucessivasreativações
que afetaramas
¡ochasda
Bacia,
se deveã
dissipação de esforços
através de zonas
defraquezas formadas
na
fase
principal
de deformaçãodo
SistenaLancinha,
na
forma de pequenas rnovirncntaçõesde blocos
crustais.
ZALÃNet
al(op.cit)
acredita¡n queestes
esforços
tenhamadvin
-dos
da interação
da pl.acatectônica
queabrigava
o
continente
de Gondwana conas placas
circunvizinhas,
principalrnente
das novas
orogenias que foramse
sucedendo na rnargemoeste
e
sul
du
-rante
o
Paleoz6ico,
e
da nargernleste,
no Mcsoz6ico.ZAL.(N
et
al(1987)
mostÌaran,
ainda,
queas
reativa
-ções
do
zonasde
fraquezano
embasanentoda
Baciado
paraná
,atuaran de
for¡na independente sobredireções especÍficas
ao
lon goda
sedinentaçãoda
referida
bacia
(FIG2.3).
Assirn, endiver
sas épocas, apenas unadireção
foi
reativada de
formanais
in
-tensa, a
pontode
influenciar
ou
até
nesrnocondicionar
as
rnudanças
e
distribuições
de
fácies
sedinentares,
a16n de provocarfraturanentos e
pequenos ¡novi¡nentosdirecionais
e
verticais
deblocos.
0s
deslocanentos sãoda
orden de poucas centenas derno-tros
para as
cornponentesverticais
e
de poucosquilônetros
paraas
conponenteshorizontais.
Estas
reativações igualnente atua
-ran
sobreas
rochasdo
embasa¡nentodo
Baciado paraná.
porén
rainda
não forarnidentificadas
e
isoladas
doconjunto de
feiçõesque
caÌacterizan as reativações
fanerozóicas
do lineanento
Cu-batão-Lanc inha .
Segundo ZALÁN
et
al(op
cit),
o
sistena
NE/SW (NSo70E)
sofreu
apenas umareativação, registrada
e¡n is6pocas da Bacia
do
Paraná, efetuandoo controle da
sedinentaçãoda
FornaçãoRio Bonito, de
ldade Carbonífera
superior
(VerVer
FIG 2.3).BACoCCoLI
e
ARANHA,1984(in:
ZALÁNer
a1,1986).
sugeriram,
ain-da,
una segundareativação, a qual
teria
soerguidoa
Serra
dot5
-FTG 2.2
Må0a do årcabouço estrutUrâj da Bacjà do Þarân¿
À oac¡3 ê doitinada por e)emen!os tectónicos lineå
res-que 5e orlentam em t¡ês dl¡eçôes prjhcipajsi
Nl-SE, såo rnost¡âdos Nt-Slr e E-r. aqui. AÞenas os ma.is i.Þ.rr;;a;. Cor¡t dlrecão Nr: l_ ",.. alto ¡ãrsnåfÞã, ?- r T;;! r â--d?õiTã"t
", j_--o"iiã oe ¡p.laçu/cahojna vefde, {_ âìto de cårdos¿, 5_ ¡ona de-¡a.lha oe Lraorârå. 6_ fâlha õe sa"ió qnãs
råcro, /--lalha de Såo Jerónimo/Curiúvå. 6_
årc-uc runrd-i,rossa! y- 7Onâ de falña Curi!ioa/14â!rr ga,,lr¡_ lajhâ oo Rjo alonzo, lt_ zons cte fâlhå
Låñdrdo oe Aþreu/LamDo ¡!ourão, t2- ):neampnto oi
H¡o Piquirj, l)- TOna de I a)hå caçåoor, t¿- sj¡ clinal de lor¡es, ì5- arco do Rio'crån¿e. Con df
Jgcão Nç: 16- rona dc râlhê ì ransb;;; j i;;"ãfrÉ Þen' conhccldo por ljneameñto l.un.o."riri"nó,1 ]l- ilne:mglto de a¡açarUDa, rB^ ta.tha o. cr"i, ,Jc, ry- råtha de Jacutingâ. 2O_ zona oe fålhâ dã
;;:':;iå";"';;,ffiå
Leào,24- få)ha de Açoreâ. Coo aÜ recão ¡_t: ?s_
r j neanenro de ca!sttåndta, ãl_-T¡,,e",,e a-m-ããiã-' ¡oJ i _
Luaçu/Dourados, ?7_ I ¡neamento de 5ðo SebâsttÀo
rö-^rrneamento de laquârð verde, 29_ lineanentó
uÈ Þenro Lonça¡ves. Â únicâ estrùturå lmportanLts
con di¡eçào N-S é o arco de Assunção (10). 0 ¿; mo de a¡âgualnhå (lt ) é o malo¡ ast¡o¡le¡na conÀã cldo do nunoo,
FONTE: ZALÃN
et
al(1982) ¡ï.3
Nw/sE o z o@ntrxt
PENNSYLVANIANO tô .9 Ef-l
e¡w+ PERMTANo
I
l^
I
|
=
ÆËlË
ËlË
ji
o z æ l _-J-
16
-FI6 2.3-attvidade lectônica, cn ¡etaçåo Þr¡nclpâ)s gru¡ros de lineamentos oo que leopo. afetsrân dos tr¿s
â
evotuçào då aåctâ do pa¡¿ná. a esiâtâ de tntensid; de aprescnrada é subJetivê (B_Þåixa. M_méd.ta- A.ãT
ta, MA-mutro åtts) e dedu/idã a parii¡ oe u¿iias ií
hhâs de evtdênctÊs (maoãs de jsópâcâs e Iltofácj;!
aeromagnciornétricos p gravihétrlcos. tr¡oalr¡o. oi
camÞo ) .
FoNTE: ZALÃN
et
al(1986
e
1987).I
A
direção
NE-/¡,-W (N8S-9SWsofreu
igualrnente umareati
ì
vação
en
tenpostriássicos
(Ver
FIG2.3),
talvez
representan
I
do
os
prineiros
indícios
da
ruptura
docontinente
de
Gondrcana,
:
que efetiva¡nente
viria
acontecerno
Jurássico
super ior/cretác
eo.
iInferior.
Por6n,
é notável a
predorninânciada
atuaçãodo
Sistemade
Falhas Nl{/sE (N4s-6sw(ver
FIG2.3},
possivermentereati-vando
antigas
linhas
de
fraqueza pré-canbrianasdurante
o
pareo-
:zóico'
e
o
estabelecinento
de novasfarhas
e
fraturas derivadas
Ida
ruptura
do
continente
de
Gondwana no Mesozóico, conformedis-cussões
no ítem
2.3
-
consideraçõesTe6ricas
sobreo
Modelo
deRiedel -p25).
cretáceas
con deslocamentos não napeáveisde diques
Juro-cretáceos,
na
regtão
de Rio
Brancodo
sul,
segundorinhas
NE-sl{.
FIORI(1985B) igualnenre
identificou
esta reativação,
atrav6sda
inflexão
dedois
diques
dedlabãsio
nas proximidades do Mo¡rodos
Três
Ir¡nãos(noroeste da
localidade
de
Bateias, Município
de CanpoLargo). 0 autor
obteve um deslocanentode
950netros
paraos mesmos
através
daanálise
de
fotografias
aéreas, na
escala
I:
2S.000
(Foto
aéreanc
16969 daCruzeiro do
Sul
(FIG2.4).
Estareativação
nãofoi
identificada por
ZAL.(Net
ar(1987)
na
Baciado
Parani
(Ver
FIG2.3-p.16).
FIG
2.4
-
Cálculo
do deslocanentosinistral
ao
lon gode
un trecho
da
Falhada
Lancinha
aNW
da localidade
de
Bateias
(prõxirno
aoMorro
Três lrmãos). Foi obtido
un
deslo-carnentode
950 rnettos.Â, B,
Ce
D representamdiques de diabásio.
t
I