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DIREITO EMPRESARIAL PROF. DOUGLAS AZEVEDO

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Academic year: 2021

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DIREITO EMPRESARIAL

PROF. DOUGLAS AZEVEDO

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DIREITO EMPRESARIAL PROF. DOUGLAS AZEVEDO

01. Propriedade Industrial: Notas Introdutórias ... 2

02. Propriedade Industrial: Patentes ... 2

03. Propriedade Industrial: Patentes e Desenho Industrial ... 8

04. Propriedade Industrial: Marca ...9

05. Propriedade Industrial: indicações geográficas e concorrência desleal ... 11

01. Propriedade Industrial: Notas Introdutórias

Noções introdutórias importantes: propriedade intelectual é gênero, dentro do qual encontram-se as espécies: a propriedade industrial e o direito de autor. Nossa aula é somente sobre propriedade industrial.

Também é vital lembrar que, conforme o art. 5 da LPI, os bens tutelados pela lei são equiparados a coisas móveis. Assim, mesmo bens incorpóreos como marcas e patentes possuem proteção especial e podem ser comercializados.

02. Propriedade Industrial: Patentes

A patente consiste no privilégio temporário que o seu titular goza para explorar economicamente um dos seguintes bens: invenção e modelo de utilidade. Em outras palavras, quando você desenvolve um dos bens que a seguir iremos trabalhar, você possui um determinado tempo dentro do qual você poderá, exclusivamente, usufruir desta criação derivada do seu intelecto.

O art. 6 da LPI nos revela quem pode ser titular de uma patente (via de regra, o próprio autor), mas nos trás uma importante questão no art. 7: não importa quem foi o primeiro a criar algo; o dono será aquele que primeiro buscar a concessão da patente junto ao INPI – por isso, lembrem: a busca da patente é ato constitutivo do direito.

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3 Os artigos subsequentes nos trazem o conceito de modelo de utilidade e os requisitos da patente de invenção e de modelo de utilidade:

Invenção: Art. 8º É patenteável a invenção que atenda aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial.

Modelo de utilidade: Art. 9º É patenteável como modelo de utilidade o objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação.

PARA LEMBRAR: REQUISITOS PATENTIABILIDADE – art. 8 e ss 1) novidade;

2) atividade inventiva;

3) aplicação industrial

4) ausência de impedimentos legais (art. 18)

Já o art. 10 nos ilustra o que não pode ser considerado uma invenção.

São muitos incisos, mas associem sempre a algo derivado da criatividade humana e com aplicação prática na indústria.

Após concedida, a patente vigorará por: 20 anos, se for invenção, e 15 anos, se for modelo de utilidade.

ATENÇÃO: Art. 40, Parágrafo único. O prazo de vigência não será inferior a 10 (dez) anos para a patente de invenção e a 7 (sete) anos para a patente de modelo de utilidade, a contar da data de concessão, ressalvada a hipótese de o INPI estar impedido de proceder ao exame de mérito do pedido, por pendência judicial comprovada ou por motivo de força maior

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4 Os direitos concedidos ao titular da patente encontram-se no art. 41 e subsequentes. Violação a estes direitos gerarão indenizações, cujo marco temporal vem previsto no art. 44 da LPI.

Art. 42. A patente confere ao seu titular o direito de impedir terceiro, sem o seu consentimento, de produzir, usar, colocar à venda, vender ou importar com estes propósitos:

I - produto objeto de patente;

II - processo ou produto obtido diretamente por processo patenteado.

§ 1º Ao titular da patente é assegurado ainda o direito de impedir que terceiros contribuam para que outros pratiquem os atos referidos neste artigo.

§ 2º Ocorrerá violação de direito da patente de processo, a que se refere o inciso II, quando o possuidor ou proprietário não comprovar, mediante determinação judicial específica, que o seu produto foi obtido por processo de fabricação diverso daquele protegido pela patente.

Atenção ao artigo 43: EXCEÇÕES AOS DIREITOS CONCEDIDOS NO ART. 42:

Lembrem: reproduzir uma patente para fins científicos, sem prejuízo ao criador, ou sem finalidades comerciais não representa uma violação!

Atenção de novo com o art. 45: USUÁRIO ANTERIOR DE BOA FÉ

Art. 45: À pessoa de boa fé que, antes da data de depósito ou de prioridade de pedido de patente, explorava seu objeto no País, será assegurado o direito de continuar a exploração, sem ônus, na forma e condição anteriores.

2.1 Contratos de licença

Temos três tipos de contratos de licença:

I – Voluntária (art. 61) – ato de vontade do autor da patente, que deseja, voluntariamente, licenciar outrem para realizar a exploração. Tal ato deverá ser

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5 averbado junto ao INPI para que produza efeitos – a contar a partir de sua publicação.

Caso a parte que esteja utilizando, mediante licença, patente, venha a melhorá-la, tal melhoria lhe pertence (art. 63).

II – Por oferta (64) – cuida-se de espécie de “leilão” – o titular da patente solicita ao INPI que este a coloque em oferta para fins de exploração.

Ou seja, o INPI anuncia a oferta e em suas revistas no intuito de atrair interessados.

III – Compulsória (68) – caso o titular exerça a patente de forma abusiva, ou pratique abuso de poder econômico (decisão adm. do CADE), poderá ter sua patente licenciada de forma compulsória após decisão administrativa ou judicial

O que é Forma Abusiva? – quem determina isso? O CADE (conselho administrativo de defesa econômica) ou por sentença em processo judicial

O Poder Executivo Federal só poderá conceder, de ofício, licença compulsória temporária, e não exclusiva, nos casos de emergência nacional ou interesse público, e apenas quando o titular da patente não estiver atendendo à necessidade do mercado.

Somente pessoa interessada poderá requisitar a licença compulsória, além de comprovar possuir capacidade técnica e econômica para realiza-la (novamente aqui a ideia de progresso coletivo em detrimento ao interesse do particular).

Licença. Compulsória só: após 03 anos da concessão (§5):

Ainda receberá royalties e é dono, só perde a prerrogativa de consentimento na exploração da patente

Decreto 6.107/2007 (exemplo)

Não haverá a concessão da licença compulsória caso o titular (art 69) I - justificar o desuso por razões legítimas;

II - comprovar a realização de sérios e efetivos preparativos para a exploração; ou

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6 III - justificar a falta de fabricação ou comercialização por obstáculo de ordem legal.

Fala-se, ainda, em licença compulsória nos casos do art. 70, se preenchidos alguns requisitos cumulativamente.

I - ficar caracterizada situação de dependência de uma patente em relação a outra (aquela cuja exploração depende obrigatoriamente da utilização de patente anterior. Imaginem uma invenção que é aplicada à uma linha de montagem recém inventada – temos duas patentes distintas, mas a primeira depende da segunda para funcionar)

II - o objeto da patente dependente constituir substancial progresso técnico em relação à patente anterior; e

III - o titular não realizar acordo com o titular da patente dependente para exploração da patente anterior.

Por fim, há a patente compulsória nos casos de emergência nacional ou interesse público (art. 71).

Nesses casos, se o titular não for capaz de suprir demanda emergencial (como uma epidemia, por exemplo), poderá haver a licença da patente de ofício – sem prejuízo dos direitos do titular. Trata-se de medida temporária para suprir alguma questão emergencial.

Decreto 3.201/99 -> fixa critérios, fala de valores, etc

2.2 Extinção da patente:

Art. 78. A patente extingue-se:

I - pela expiração do prazo de vigência;

II - pela renúncia de seu titular, ressalvado o direito de terceiros;

III - pela caducidade; (ofício ou requerimento; 02 anos da l. compul. sem uso ou cessar abuso)

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7 IV - pela falta de pagamento da retribuição anual, nos prazos previstos no § 2º do art. 84 e no art. 87; e

V - pela inobservância do disposto no art. 217.

Parágrafo único. Extinta a patente, o seu objeto cai em domínio público.

2.3 Patente por empregado ou prestador de serviço

Art. 88. A invenção e o modelo de utilidade pertencem exclusivamente ao empregador quando decorrerem de contrato de trabalho cuja execução ocorra no Brasil e que tenha por objeto a pesquisa ou a atividade inventiva, ou resulte esta da natureza dos serviços para os quais foi o empregado contratado.

§ 1º Salvo expressa disposição contratual em contrário, a retribuição pelo trabalho a que se refere este artigo limita-se ao salário ajustado.

§ 2º Salvo prova em contrário, consideram-se desenvolvidos na vigência do contrato a invenção ou o modelo de utilidade, cuja patente seja requerida pelo empregado até 1 (um) ano após a extinção do vínculo empregatício.

Art. 89. O empregador, titular da patente, poderá conceder ao empregado, autor de invento ou aperfeiçoamento, participação nos ganhos econômicos resultantes da exploração da patente, mediante negociação com o interessado ou conforme disposto em norma da empresa.

Parágrafo único. A participação referida neste artigo não se incorpora, a qualquer título, ao salário do empregado.

Art. 90. Pertencerá exclusivamente ao empregado a invenção ou o modelo de utilidade por ele desenvolvido, desde que desvinculado do contrato de trabalho e não decorrente da utilização de recursos, meios, dados, materiais, instalações ou equipamentos do empregador.

Art. 91. A propriedade de invenção ou de modelo de utilidade será comum, em partes iguais, quando resultar da contribuição pessoal do empregado e de recursos, dados, meios, materiais, instalações ou equipamentos do empregador, ressalvada expressa disposição contratual em contrário.

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§ 1º Sendo mais de um empregado, a parte que lhes couber será dividida igualmente entre todos, salvo ajuste em contrário.

§ 2º É garantido ao empregador o direito exclusivo de licença de exploração e assegurada ao empregado a justa remuneração.

03. Propriedade Industrial: Patentes e Desenho Industrial

A característica de fundo do DI é a sua futilidade: a alteração não amplia a utilidade do objeto, apenas o reveste de um aspecto diferente. Esse traço também aproxima o DI da obra de arte, com a diferença de que o objeto revestido de desenho industrial tem necessariamente função utilitária, ao contrário da arte, desprovida dessa função.

Art. 95. Considera-se desenho industrial a forma plástica de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que passa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial.

Para lembrar! Requisitos Novidade absoluta (art. 96) Originalidade(art. 97)

Aplicação industrial (art. 95) Legalidade (art. 100)

Prazo de proteção

Art. 108 - 10 anos de proteção a partir da concessão mais 3 períodos de prorrogação de 5 anos, sendo que o máximo de proteção será de 25 anos

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04. Propriedade Industrial: Marca

Conceito: sinais distintivos visualmente perceptíveis

Art. 122. São suscetíveis de registro como marca os sinais distintivos visualmente perceptíveis, não compreendidos nas proibições legais.

No Brasil, os sinais sonoros não são suscetíveis de registro como marca. O mesmo ocorre com características de cheiro, gosto ou tato de que se revestem os produtos os serviços. (plim plim, “picância” do acarajé, o sabor do churrasco do fetter...)

Apenas podem ser registrados como marca no INPI os sinais visualmente perceptíveis. Os signos não-visuais são tutelados pela disciplina jurídica da concorrência, se sua usurpação servir de meio fraudulento para desviar clientela.

Classificação das marcas:

1) nominativas (compostas exclusivamente por palavras, sem apresentar particular forma de letras);

2) figurativas (consistentes de desenhos ou logotipos);

3) mistas (palavras escritas com letras revestidas de uma particular forma, ou inseridas em logotipos).

Para fins jurídicos, qualquer que seja o tipo de marca, a proteção é idêntica.

Requisito das marcas:

1) NOVIDADE RELATIVA = dentro da classificação! INPI tem as categorias. Ex:

desinfetante VEJA e revista VEJA (é relativa ao campo!); também se conta o grau de distintividade

2 NÃO TER COLIDÊNCIA COM MARCA DE ALTO RENOME OU NOTÓRIA

3) AUSÊNCIA IMPEDIMENTO LEGAL (art 124) – a) moral e costumes: O REGISTRO NÃO É PERMITIDO, isso não significa que não exista tal marca.... b) símbolo oficial

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10 (bandera, moeda, monumento...nacional e internacional). Ex: cristo redentor, dólar, etc. c) falsa indicação geográfica:

Ex: PARMEGIANO RIGGIANO – não pode induzir em erro se não é fabricado na região

O que é uma marca de Alto Renome?

Art. 125. À marca registrada no Brasil considerada de alto renome será assegurada proteção especial, em todos os ramos de atividade.

Sua eficiência e alcance extrapolam a marca originária (exorbitando o princípio da especialidade – proteção dentro de um ramo de atividade)

Para conseguir, requerer no inpi provando:

1) reconhecimento da marca por ampla parcela do público;

2) qualidade, reputação e prestígio dos prod. Ou serviços 3) grau de distintividade e exclusividade do sinal marcário

O que é uma Marca Notoriamente Conhecida

Art. 126. A marca notoriamente conhecida em seu ramo de atividade nos termos do art. 6º bis (I), da Convenção da União de Paris para Proteção da Propriedade Industrial, goza de proteção especial, independentemente de estar previamente depositada ou registrada no Brasil.

Vigência da marca

Art. 133. O registro da marca vigorará pelo prazo de 10 (dez) anos, contados da data da concessão do registro, prorrogável por períodos iguais e sucessivos.

Ou seja, diferente dos outros bens da propriedade industrial, a marca pode, em tese, vigorar para sempre, contanto que seja renovada a cada dez anos.

Extinção do registro da marca:

Art. 142. O registro da marca extingue-se:

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11 I - pela expiração do prazo de vigência;

II - pela renúncia, que poderá ser total ou parcial em relação aos produtos ou serviços assinalados pela marca;

III - pela caducidade; ou

IV - pela inobservância do disposto no art. 217 (estrangeiro sem procurador)

Caducidade – se em 05 anos:

I - o uso da marca não tiver sido iniciado no Brasil; ou

II - o uso da marca tiver sido interrompido por mais de 5 (cinco) anos consecutivos, ou se, no mesmo prazo, a marca tiver sido usada com modificação que implique alteração de seu caráter distintivo original, tal como constante do certificado de registro.

Não ocorre caducidade se o titular justificar o desuso por razões legitimas

05. Propriedade Industrial: indicações geográficas e concorrência desleal

01. Indicações Geográficas

Além de proteger os bens da propriedade industrial – invenção, modelo de utilidade, desenho industrial e marca –, também reprime a concorrência desleal – matéria relacionada ao direito econômico – e as chamadas indicações geográficas.

De acordo com o art. 176 da LPI, “constitui indicação geográfica a indicação de procedência ou a denominação de origem”.

A repressão às falsas indicações geográficas é de extrema importância, uma vez que a indicação inverídica do local de origem ou de procedência do produto ou serviço pode induzir o consumidor a efetuar ou não sua compra.

A indicação de procedência está disciplinada no art. 177 da LPI, que assim dispõe: “considera-se indicação de procedência o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que se tenha tornado conhecido

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12 como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço”.

A denominação de origem, por sua vez, está disciplinada no art. 178 da LPI, que assim prescreve: “considera-se denominação de origem o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que designe produto ou serviço cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos”.

O art. 179 da LPI prevê ainda que “a proteção estender-se-á à representação gráfica ou figurativa da indicação geográfica, bem como à representação geográfica de país, cidade, região ou localidade de seu território cujo nome seja indicação geográfica”.

Exemplo: mapas ou demais símbolos que remetam a certo país.

Nome de uso comum:

Art. 180. Quando o nome geográfico se houver tornado de uso comum, designando produto ou serviço, não será considerado indicação geográfica.

Quando o nome geográfico se torna muito genérico para designar gênero ou tipo de serviço, e não mais sua procedência

Se o produto ou serviço passa a ser conhecido por um nome geográfico sem qualquer referência à sua procedência, este perde o status. Exemplos:

Água de Colônia – virou produto, e não mais se fala da precedência;

Queijo Minas – produzido em todo território nacional

Como ocorre a generalização? Quando muita gente utiliza sem que os empresários locais (verdadeiros titulares) se mobilizem

Outro exemplo: denominação de origem COGNAC (CONHQUE) - A mais de 100 anos as empresas nacionais utilizam o nome sem contestação

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13 Nome geográfico que não representa indicação geográfica:

Art. 181. O nome geográfico que não constitua indicação de procedência ou denominação de origem poderá servir de elemento característico de marca para produto ou serviço, desde que não induza falsa procedência.

Se o lugar não é famoso por algum produto, pode ser usado como marca! Só não pode induzir o consumidor em erro dizendo “foi feito lá”.

Restrições de uso e requisitos de qualidade:

Art. 182. O uso da indicação geográfica é restrito aos produtores e prestadores de serviço estabelecidos no local, exigindo-se, ainda, em relação às denominações de origem, o atendimento de requisitos de qualidade.

Jurisprudência sobre indicação geográfica:

PROPRIEDADE INDUSTRIAL. IMPOSSIBILIDADE ABSOLUTA DE REGISTRO DE INDICAÇÃO GEOGRÁFICA COMO MARCA. VEDAÇÃO LEGAL EXPRESSA E INCONDICIONAL. BORDEAUX. CENTRO PRODUTOR DE VINHOS. As indicações geográficas, assim como o brasão, as armas e a bandeira, não podem ser registráveis como marca, a teor do contido no item 9, do art. 65, da Lei nº 5.772/71, proibição que foi renovada na atual Lei de Propriedade Industrial, nos termos do art. 124, inciso IX, da Lei n. 9.279/1996. A indicação geográfica tem proteção absoluta no direito da propriedade industrial, não sendo passível de registro.

Ainda que se entendesse relativa a proteção de indicação geográfica, padeceriam de nulidade registros de marcas utilizando a expressão

“BORDEAUX”para distinguir serviços de bufê, gelo e substâncias para gelar, na medida em que se verifica afinidade de tais produtos/serviços com a atividade vinícola através da qual a região de BORDEAUX, na França, se tornou mundialmente conhecida. Embargos infringentes conhecidos e improvidos.

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14 Indicação de procedência: região polo na produção de algum bem ou na

prestação de algum serviço.

Denominação de origem: região reconhecida pela produção de um bem ou prestação de algum serviço, havendo uma ligação a fatores naturais,

geográficos, culturais.

2. Concorrência desleal

Em tese, a concorrência desleal configura-se como ações que buscam desviar clientela do concorrente, não pelo apelo, preço ou qualidade do produto, mas através de meios imorais e antiéticos.

Encontramos, na LPI, em especial no art 195, um extenso rol descrevendo as diversas condutas. Assim, ao ler a questão, tentem encontrar o âmago da relação jurídica: se uma parte estiver lesando a outra para, com isso, conquistar clientes de outrem (falsificações, informações falsas, etc), estaremos diante de um ato de concorrência desleal.

CUIDADO! Se a parte for uma grande empresa e esteja atuando na construção de um monopólio (infrações contra a ordem econômica em nível macro), aplicamos a lei do CADE, e não a LPI!

Resumo do restante dos artigos:

Arts. 196 e ss – aumento de pena / como calcular as multas (197) / apreensão de bens nas alfândegas (art. 198) / só há ação penal mediante queixa (199) / Ação e diligências penais vão ser regradas pelo CPP (200) / pediu diligência de má-fé? Perdas e danos para a vítima (204) / nulidade da patente pode ser matéria de defesa em ação penal (205) / se há informação sigilosa, juiz deve determinar prosseguimento em segredo de justiça (206).

Artigos fundamentais!

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15 Art. 207. Independente de ação criminal, o prejudicado poderá intentar ação cível do CPC

Art 208 – A indenização será determinada pelos benefícios que o prejudicado teria auferido se a violação não ocorresse

Art. 209 – Direito de perdas e danos em ressarcimento de prejuízos Art. 210 – lucros cessantes

Art. 225. Prescreve em 5 (cinco) anos a ação para reparação de dano causado ao direito de propriedade industrial.

Cuidado: ação de reparação de danos é diferente da ação de nulidade de marca ou patente! Nesta última, você busca só a nulidade, não indenizações. O art 225 se refere, de forma explicita, às ações de indenização!

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Referências

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