Governança Corporativa Governança Corporativa
Prof. Dr.
Prof. Dr. TharcisioTharcisio BierrenbachBierrenbach de Souza Santosde Souza Santos
Desenvolvimento e Governança Desenvolvimento e Governança
1.
1. ••
Desenvolvimento Tecnológico Desenvolvimento Tecnológico
2.2. ••
Acumulação da Poupança Acumulação da Poupança Î
ÎMercado de Capitais Mercado de Capitais
3.3. ••
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
4.4. ••
Produção em Série Produção em Série Î
ÎGrandes Corporações Grandes Corporações
5.5. ••
Emissões Crescentes Emissões Crescentes Î
ÎDiluição do capital próprio Diluição do capital próprio
6.6. ••
Ondas sucessivas de fusões e incorporações Ondas sucessivas de fusões e incorporações
7.7. ••
Divórcio entre Propriedade e Gestão Divórcio entre Propriedade e Gestão
2
Divórcio entre Propriedade e Gestão Divórcio entre Propriedade e Gestão
Propriedade desligada da gestão Propriedade desligada da gestão
Empreendedores substituídos por executivos Empreendedores substituídos por executivos profissionais
profissionais
Conflitos de agência: maximização do lucro Conflitos de agência: maximização do lucro deixa de ser objetivo principal da empresa deixa de ser objetivo principal da empresa Conflitos de interesse no interior das Conflitos de interesse no interior das empre empre‐‐
sas
sas Î Î crescente perda de competitividade crescente perda de competitividade Governança é a forma de harmonizar os Governança é a forma de harmonizar os conflitos internos e externos
conflitos internos e externos
Gestores Inadequados Gestores Inadequados
• Conflito típico de agência: acionistas acionistas xx gestores gestores;
• Desvios de comportamento:
••
benefícios benefícios elevados elevados;;
••
dilema dilema:: crescimento crescimento da da empresa empresa xx máximo máximo retorno retorno;;
••
participação participação de de executivos executivos em em clientes clientes ou ou fornecedores fornecedores
4 4
Acionistas Oportunistas Acionistas Oportunistas
• Conflito típico de agência: majoritários majoritários xx minoritários
minoritários.
• Desvios de comportamento:
•
Uso de informação privilegiada;
•
Auto‐nomeação e nepotismo;
•
Cooptação de colegiados corporativos;
•
Estrutura piramidal de controle.
5 5
Reações Reações
•• Boas Boas práticas práticas de de governança governança..
•• Marcos Marcos regulatórios regulatórios para para proteger proteger direitos direitos e e interesses
interesses de de acionistas acionistas;;
•• Conselho Conselho focado focado em em::
•
Remoção de conflitos
•
Maximizar retorno da empresa
6 6
As Relações na Empresa As Relações na Empresa
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
PROPRIEDADE
CONSELHO FISCAL
Fornecedores Clientes Empregados Governo Comunidade Ambientalistas Sindicatos
CEO DIRETORIA
AUDITORIA INDEPENDENTE
PARTES INTERESSADAS
Fonte: IBGC Escolhe / presta contas Informações Relação ocasional
7
Os Escândalos Corporativos Os Escândalos Corporativos
• ENRON – custos escondidos em SPC´s. Lucro fictício e pagamento de bonificações a executivos;
• World‐Comm – “maquiagem” de balanços:
despesas transformadas em investimentos.
Resultados inflados;;
• Martha Stewart – informação privilegiada no caso da ImClone Systems;
• Parmalat – subsidiárias em paraísos fiscais
• Empresas brasileiras colhidas pelo “target forward”
8 8
Os “
Os “Ps Ps” da Governança ” da Governança – – 1 1
•• Propriedade Propriedade –– familiar, consorciada, estatal e anônima. Fechada ou aberta. Concentrada ou pulverizada.
•• Princípios Princípios –– Equidade, Transparência, Accountability e Responsabilidade Corporativa.
•• Poder Poder –– separação de funções e de
responsabilidades.
Os “
Os “Ps Ps” de Governança ” de Governança – – 2 2
•• Propósitos Propósitos –– visão de longo prazo, consensada.
•• Processos Processos e e Práticas Práticas –– constituição e empowerment dos orgãos de governança Gestão dos conflitos de dos orgãos de governança. Gestão dos conflitos de agência. Relacionamento com os stakeholders.
•• Perenidade Perenidade –– objetivo final do processo.
10 10
Mudanças Desejáveis na Empresa Mudanças Desejáveis na Empresa
DE
DE PARA PARA
Informalidade, falhas e descontinui‐
dade nos processos internos
Ajustes, formalização e regularidade no relacionamento com os stake‐
holders
Inconformidade com os dispositivos Restabelecimento da obediência aos contidos nos atos societários atos societários
Opacidade ou acesso privilegiado a informações
Transparência e abertura no proces‐
so de comunicação Participação escassa ou inexistente
de acionistas minoritários
Minoritários ativos e bem represen‐
tados Abusos de poder de acionistas majo‐
ritários
Justa retribuição aos minoritários
11
Mudanças Desejáveis no Conselho Mudanças Desejáveis no Conselho
DE
DE PARA PARA
Baixa eficácia: funcionamento ape‐
nas “pró‐forma”
Comprometimento, responsabilida‐
de e resultados
Grande número de conflitos de interesse
Harmonização dos conflitos
Mérito e competência não reconhe‐
cidos
Exigência de máxima competência para integrar o colegiado
Conselheiros complacentes, com mandatos intermináveis
Alternância entre membros do con‐
selho e busca de conselheiros inde‐
pendentes pelos acionistas
12
Mudanças Desejáveis na Diretoria Mudanças Desejáveis na Diretoria
DE
DE PARA PARA
Conflito de interesses, benefícios ex‐
cessivos auto‐concedidos
Alinhamento de interesses
Prioridade para a obtenção de resul‐
tados a curto‐prazo sobre os de lon‐
í d
Resultados de curto prazo não podem comprometer a perenidade d
go período da empresa
Diretrizes importantes adotadas sem a busca do consenso
Avaliação dessas decisões pelo Conselho de Acionistas ou por AGE´s Estratégias defensivas que são pro‐
tetoras dos gestores mas não geram valor
Estratégias agressivas e bem formula‐
das, que geram continuamente valor
Manipulação persistente das de‐
monstrações contábeis: resultados
“maquiados”
Rigor na apuração de resultados e prestação responsável de contas
13
Os Avanços da Governança Os Avanços da Governança
Robert
Robert Monks Monks –– 1989 1989 Relatório
Relatório Cadbury Cadbury –– 1992 1992 Princípios da OCDE Princípios da OCDE –– 1998 1998
Lei
Lei Sarbanes Sarbanes‐‐Oxley Oxley –– 2002 2002
14
Robert Robert Monks Monks
• Divorcio proprietários x executivos;
• Aproximação efetiva entre acionistas, conselhos e direção.
• Equilíbrio de interesses através de:
• Equilíbrio de interesses através de:
•
exposição de práticas danosas;
•
mobilização de acionistas e orgãos reguladores;
•
monitoramento e intervenção nas empresas.
• Envolvimento dos proprietários.
• Mobilização dos investidores institucionais.
Estágios do Relatório
Estágios do Relatório Cadbury Cadbury
• Interesse inicial da sociedade;
• Formação do Comitê;
• Redação dos termos de referência;
• Deliberações do Comitê;
• Apresentação das conclusões em audiência pública;
• Discussão e ajustes Î IMPLEMENTAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO
16 16
Princípios da OCDE Princípios da OCDE
Melhores Práticas de GC Melhores Práticas de GC
Mobilização do Mobilização do Mercado de Mercado de
Capitais Capitais
Crescimento das Crescimento das Organizações Organizações
Desenvolvimento Desenvolvimento
das Nações das Nações
17 17
Lei
Lei Sarbanes Sarbanes – – Oxley Oxley
• Ágios e deságios de governança claramente sinalizados nos mercados de capitais;
• Controle efetivo das corporações – de CEO´s para os Conselhos de Administração;
• Códigos de Ética deixam de ser peças “pro‐forma”;
• Redução de conflitos e de custos de agência;
• Processos formais de governança mais bem fundamentados.
18 18
Principais Modelos de Governança Principais Modelos de Governança
Ni
Ni A A l l
19
Nipo Nipo‐‐
Germânico Germânico
Anglo Anglo‐‐
Americano Americano
Modelo
Modelo Nipo Nipo--Germânico Germânico
• Propriedade concentrada
• Predominância do mercado financeiro e de bancos universais
S k h ld i d
• Stakeholder oriented
• Importante em conglomerados industriais
• Menor porte dos investidores
• Baixo ativismo
20 20
Modelo Anglo
Modelo Anglo--Americano Americano
• Comum nos Estados Unidos e Reino Unido
• Predominância do mercado de capitais
• Propriedade dispersa nas grandes empresas
• Shareholder oriented
• Grande porte dos investidores
• Ativismo
Os Pilares da Governança Os Pilares da Governança
Equidade
Equidade Transparência Transparência
Accountability
Accountability Responsabilidade Responsabilidade Corporativa Corporativa Governança
Governança Corporativa Corporativa
22
Transparência Transparência
• Prática constante de informar visando a eficiência da comunicação interna e externa franca e rápida, trazendo confiança para a empresa e para todos os stakeholders.
• Engloba tanto o desempenho financeiro e econômico quanto a ação empresarial.
23 23
Accountability Accountability
• Todos devem prestar contas de sua atuação a quem os elegeu e respondem também por seus atos.
• A empresa manterá uma atitude permanente de prestação de contas à sociedade, sob a forma de relatórios e informes ao mercado.
24 24
Equidade Equidade
• Tratamento justo e igualitário, para acionistas minoritários e demais partes interessadas (stakeholders).
• Fundamental para o desempenho da boa governança
• Atitudes e/ou políticas discriminatórias são inadmissíveis.
25 25
Responsabilidade Corporativa Responsabilidade Corporativa
• Visão de longo prazo e sustentabilidade, contemplando aspectos sociais e ambientais.
• Criação de riquezas e de oportunidades de emprego, qualificação e diversidade da força de trabalho, bem como estímulo ao desenvolvimento.
• Empresa = microcosmo, com deveres sociais, ambientais, educacionais e culturais
26 26
Tendências Prováveis em GC Tendências Prováveis em GC
•Códigos tendem a enfatizar mesmos pontos
•Além da maximização dos resultados Î outros interesses considerados
4.
4.
Abrangência Abrangência
1.
1.
Convergência Convergência
•Visível adesão das empresas às práticas consagradas
•Elemento diferenciador das empresas
2.
2.
Adesão Adesão 3.
3.
Diferenciação Diferenciação
GC no Brasil GC no Brasil – – 1 1
• A estrutura da empresa familiar no Brasil – empreendedorismo x perenização
• O crescimento dos níveis de governança corporativa: Nivel 1, Nivel 2 e Novo Mercado.
• Comparação entre os segmentos de listagem
28 28
Aspectos Aspectos Abordados Abordados
Sistema Sistema Tradicional Tradicional
GC
GC –– nível 1nível 1 GC GC –– nível 2nível 2 Novo MercadoNovo Mercado Free
Free‐‐floatfloat‐‐% % mímí‐‐
nima nima de ações de ações no mercado) no mercado)
Não há regra Mínimo de 25% Mínimo de 25% Mínimo de 25%
Características Características das Ações das Ações Emitidas Emitidas
Ações ON e PN ‐ 66/33 e 50%
Ações ON e PN
Ações ON e PN direitos adicionais
Somente ações ON
Conselho de Conselho de Administração Administração
Mínimo de 3 membros – cf
Mínimo de 3 membros – cf
Mínimo de 5 membros 1
Mínimo de 5 membros 1
29 Administração
Administração membros cf legislação
membros cf legislação
membros, 1 independente
membros, 1 independente Padrão das
Padrão das Demonstrações Demonstrações Financeiras Financeiras
Facultativo Internacional
Facultativo Internacional
US GAAP ou IFRS
US GAAP ou IFRS
Concessão de Concessão de Tag Tag AlongAlong
80% para ações ON, cf legislação
80% para ações ON, cf legislação
100% para ações ON; 80% para
ações PN
100% para ações ON
Câmara Câmara de de Arbitragem do Arbitragem do Mercado Mercado
Facultativo Facultativo Obrigatório Obrigatório
GC no Brasil GC no Brasil – – 2 2
• A grande expansão do mercado em 2007 e a interrupção em 2008.
• A retomada que vem sendo processada.
• As etapas preliminares para ingresso no mercado de capitais:
•
Private Equity
•
Venture Capital
• BOVESPA mais – o ingresso de P&M empresas.
30 30
Desafios Adicionais da GC no Brasil Desafios Adicionais da GC no Brasil
•
O Novo Mercado não contém disposições sobre:
• Funcionamento do Conselho de Administração;
• Relacionamento do Executivo Principal (CEO) com o Conselho.
•
Regras para os sistemas de remuneração e avaliação do desempenho de administradores;
desempenho de administradores;
•
As
““poisonpoison pillspills””– artigos que complicam a troca de controle acionário;
•
A implantação de sistemas de gestão de riscos;
•
A questão do relacionamento das auditorias interna e independente.
31 31
Etapas para implementação de GC Etapas para implementação de GC
• Impressões Iniciais
• Auto‐avaliação
• Revisão do estágio em que se encontra a GC g q
• Programa de melhorias na GC
• Documentação
• Acompanhamento e Supervisão
32 32