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BENEFÍCIOS DAS ATIVIDADES LÚDICAS NO CUIDADO DE CRIANÇAS HOSPITALIZADAS

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Academic year: 2021

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BENEFÍCIOS DAS ATIVIDADES LÚDICAS NO CUIDADO DE CRIANÇAS HOSPITALIZADAS

Talita Gabriela Oliveira PEREIRA¹, Mariane Silva Bueno Braga ÁVILA ²

¹ Graduanda em Psicologia na Universidade Vale do Rio Verde-Unincor. talitagabriela.atlas@hotmail.com

² Orientadora: Professora Mestre do curso de Psicologia. mariane.avila@unincor.edu.br Resumo

O presente artigo aborda o tema benefícios das atividades lúdicas no cuidado de crianças hospitalizadas. É fundamental destacar a importância das atividades lúdicas na vida dos sujeitos, tendo em vista que elas são essenciais para a promoção da criatividade, da imaginação e da simbolização. No ambiente hospitalar essas práticas auxiliam no processo do cuidar e revela-se como uma atividade humanizadora que busca recompor o estado físico, emocional e social dos pacientes. A internação infantil pode acarretar sofrimento físico e psíquico, devido ao afastamento da criança de seu convívio familiar e escolar, com isso surge a relevância dessas atividades nesse contexto. O objetivo geral do trabalho é analisar os principais benefícios das atividades lúdicas no cuidado com crianças hospitalizadas, entre 04 e 09 anos de idade. Os dados foram colhidos através de um questionário virtual do Google Forms aos profissionais da saúde dos setores de Pediatria e Neonatal do Hospital São Sebastião na cidade de Três Corações – MG. A pesquisa é exploratória e possui um caráter qualitativo- quantitativo, pois pretende-se compreender o contexto do problema e analisar se as atividades lúdicas trazem benefícios aos pacientes. Os resultados obtidos confirmaram a relevância do brincar no contexto hospitalar, pois a maioria dos participantes concordaram totalmente com as afirmativas, demostrando ser importante a utilização dessas técnicas. O artigo proporciona reflexão sobre a instalação de brinquedotecas no contexto hospitalar, uma vez que a criança utiliza desses brinquedos para expor seus sentimentos e afetos.

Palavras-chave: Hospitalização. Infância. Lúdico. Terapia.

Abstract

This article talks about the benefits of recreational activities in the care of hospitalized children. It is essential to highlight the importance of recreational activities in peoples' lives, considering that they are essential for the pro- motion of creativity, imagination and symbolization. In the hospital environment, these practices help in the care process and are revealed as a humanizing activity that seeks to restore the physical, emotional and social status of patients. Child hospitalization can cause physical and psychological suffering, due to the child's distance from the family and school life, with the relevance of these activities in this context. The main objective of the work is to analyze the great benefits of recreational activities in the care of hospitalized children, between 04 and 09 years old. Data were collected through a virtual Google Forms questionnaire offered to health professio- nals in the Pediatric and Neonatal sectors at São Sebastião Hospital in the town of Três Corações – MG. The re- search is exploratory and has a qualitative-quantitative character, as it is intended to understand the context of the problem and to analyze whether recreational activities bring benefits to patients. The results obtained confirmed the relevance of playing in the hospital context, as the majority of the participants totally agreed with the state - ments, demonstrating the importance of using these techniques. The article provides reflection on the installation of playrooms in the hospital context, since the child uses these toys to expose his feelings and affections.

Key-words: Hospitalization. Childhood. Ludic. Therapy.

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INTRODUÇÃO

Na Idade Média as crianças eram tratadas pelos pais, parentes e outros, como adultos, porém em miniaturas, tinham que ajudar nos trabalhos domésticos, na lavoura e se preocupar em ocupar o mercado de trabalho. Nessa época, o brincar não era uma prática estabelecida, no entanto, esse quadro se modifica e o conceito de infância conquista um novo lugar. Com essas mudanças as crianças passam a serem vistas como sujeitos dotados de características individuais e singulares, ganhando espaço e importância no meio social. Assim, observa-se que em épocas passadas elas viviam mais com a comunidade do que com a própria família. (COSTA, 2010).

A partir do exposto se vê que as brincadeiras são muito necessárias para um melhor desenvolvimento infantil. Dado esse fato, verifica-se que as crianças em condições de internação necessitam de práticas para potencializar uma melhora no seu quadro clínico. Pois é comum que ela sinta carência da rotina escolar, familiar e de seus amigos. Surge então a relevância do cuidado integral e humanizado, pois essa técnica tem a capacidade de diminuir os efeitos negativos da hospitalização.

(FELICE, 2003).

É fundamental destacar a importância das atividades lúdicas na vida dos sujeitos, tendo em vista que elas são essenciais para a promoção da criatividade, imaginação e simbolização. No ambiente hospitalar essas técnicas auxiliam no processo do cuidar apresentando-se como um método humanizador, melhorando o estado físico, emocional e social dos pacientes. Os benefícios das atividades lúdicas são primordiais e algumas pesquisas as apontam como um modelo terapêutico que proporciona um seguimento do desenvolvimento infantil. (BRITO, et al., 2009).

Diante disso, o artigo apresenta a seguinte problemática: Quais são os benefícios das atividades lúdicas no cuidado com crianças hospitalizadas?

Seguido pelo objetivo principal, analisar os principais benefícios das atividades lúdicas no cuidado com crianças, entre 04 e 09 anos, hospitalizadas. E como objetivos específicos, descrever a relação entre o brincar e a recuperação das crianças hospitalizadas e compreender a importância de um cuidado humanizado.

Sendo assim, o trabalho justifica-se como forma de promover uma reflexão acerca dessa questão, buscando possíveis intervenções e implementação dessas atividades nesse ambiente. Apresentando como essas técnicas podem influenciar no tratamento, diminuindo os estresses, medos, angustias e depressões.

A metodologia utilizada para o levantamento de dados é do tipo primária e secundária com base em leituras de artigos científicos e obras da psicanálise. Já a segunda parte consiste na coleta de dados através de um questionário virtual que será aplicado aos profissionais da área de saúde dos setores de pediatria e neonatal no, Hospital São Sebastião, na cidade de Três Corações-MG, para investigar o uso das atividades lúdicas dentro do contexto hospitalar no cuidado com crianças entre 04 e 09 anos de idade.

REFERENCIAL TEÓRICO

O brincar na perspectiva psicanalítica Freud (1905) em seus estudos revelou por meio da teoria da sedução que experiências sexuais traumáticas da infância eram levadas para a vida adulta. A partir desse momento ele concluiu que as manifestações histéricas se davam através dos desejos e fantasias criadas no inconsciente. Pois:

[...] Temos de supor, ou podemos nos convencer pela investigação psicológica em outras pessoas, que as mesmas impressões que esquecemos deixaram, todavia, os mais profundos traços em nossa vida psíquica, e se tornaram determinantes para todo o nosso desenvolvimento posterior. Não pode se tratar, então, de um verdadeiro desaparecimento das impressões da infância, mas sim de uma amnésia semelhante à que

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observamos nos neuróticos em relação a vivências posteriores, cuja essência consiste num mero afastamento da consciência (repressão). Mas que forças produzem essa repressão das impressões infantis? Quem resolver esse enigma terá, provavelmente, esclarecido também a amnésia histérica.

(FREUD, 2016, p.76).

Com base nesses estudos a teoria psicanalítica teve uma importante evolução referente a infância, a criança deixa de ser olhada como um momento cronológico e direciona-se para os seus desejos e fantasias do inconsciente. (COSTA, 2010). Freud em (1909) inicia seu primeiro estudo infantil com pequeno Hans. Após essa data ele comprovou e desenvolveu as “teorias sexuais infantis ao complexo de Édipo, ele demostrou que a realidade psíquica da criança se assemelha à do adulto em suas angústias, fantasias e desejos” (COSTA, 2010, p.17). Dado o exposto, é verificado que as crianças sofrem como os adultos a diferença é que elas elaboram suas angústias por meio do brincar. Desta maneira, através das atividades lúdicas a criança exprime suas fantasias, seus anseios e medos, tudo aquilo que está no inconsciente. (COSTA, 2010). Ou seja:

[...] Não podemos esperar que uma criança se deite no divã e fale sobre suas dificuldades durante 30 ou 40 minutos. Por outro lado, percebemos que, se deixarmos a criança livre, ela brinca com o que encontrar à sua frente, sendo esse o modo natural de se expressar.

(COSTA, 2010, p. 20).

Enquanto, a teoria do brincar pelo autor Winnicott (1975) diz que parte da brincadeira é de origem primária, não da geração de sentidos e instintos, faz parte da conduta do convívio grupal, para favorecer o desenvolvimento saudável do infante, no qual o prazer da brincadeira está associado a um indicador de saúde.

Winnicott (1975) faz um paralelo proposto por Freud (1908), uma divisão em dois segmentos sendo um a respeito da experiência psíquica, individual de cada sujeito, que são os sentimentos, referências e modo como interage com seu próprio eu e depois aquele que trata do externo, ou seja, como o sujeito vive em relação ao seu

interior compartilhado com o seu exterior.

Segundo Costa (2010) a brincadeira para a criança surge como uma maneira simples e natural de expressão, como ainda não é capaz de expor seus sentimentos e problemas através das palavras, a forma que ela encontra de se autoexpressar é com o brincar. Então, cabe a psicanálise fazer a interpretação através da maneira como a criança evolui nas brincadeiras, na forma como desenha e como age com os brinquedos, o conteúdo o qual ela fornece e não a utilização da brincadeira em si.

Na psicanálise o ato de brincar serve como técnica para intervenção e avaliação da criança, permitindo assim acompanhar seu desenvolvimento e condução. (COSTA, 2010).

Conforme Winnicott (1975) o brincar aparece quando a criança ainda bebê na fase dos seis meses aos dois anos descobre a mãe como objeto e esse objeto concreto é aquilo que ele está pronto para alcançar.

Então, o bebê assume uma relação de dependência, ele precisa que a mãe faça tudo para que ele possa existir e ter as coisas as quais precisam.

A partir do exposto é destacado os fenômenos transicionais que são técnicas ou aplicações de objetos primitivos capazes de extrair do ser humano a sua capacidade de integrar e interagir com os elementos da sociedade e cultura. É por meio dele que o sujeito ocupa seu lugar no meio familiar.

(COSTA, 2010).

A brincadeira é algo que está inserido no mundo das crianças, com isso através do brincar ela expõe seus sentimentos que as ajudam na sua evolução. Winnicott afirma em seu livro “A criança e seu mundo”:

A brincadeira é algo que está inserido no mundo das crianças, com isso através do brincar ela expõe seus sentimentos que as ajudam na sua evolução. Winnicott afirma em seu livro “A criança e seu mundo”:

Conquanto seja fácil perceber que as crianças brincam por prazer, é muito mais difícil para as pessoas verem que as crianças brincam para dominar angústias, controlar ideias ou impulsos que conduzem à angústia se não forem dominadas. (WINNICOTT, 1982, p.162).

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Além disso, Winnicott ressalta que o adulto progride com as experiências de vida, enquanto a criança é através das brincadeiras. De acordo com o autor:

A criança adquire experiência brincando. A brincadeira é uma parcela importante da sua vida. As experiências tanto externas como internas podem ser férteis para o adulto, mas para a criança essa riqueza encontra-se principalmente na brincadeira e na fantasia.

Tal como as personalidades dos adultos se desenvolvem através de suas experiências da vida, assim as das crianças evoluem por intermédio de suas próprias brincadeiras e das invenções de brincadeiras feitas por outras crianças e por adultos. (WINNICOTT, 1982, p. 163).

Aberastury (1992) aborda em sua obra A criança e seus jogos, a relação entre a maturação e o desenvolvimento infantil.

É necessário que a criança seja despertada a brincar em um momento adequado para possibilitar a descarga emocional, assim evita-se uma eventual perturbação psicológica. Caso não aja interesse por ela em brincar, o profissional é convocado a verificar essa conduta, tendo em vista que isso gera dúvida em relação a construção do seu desenvolvimento. Sendo assim:

Por meio da atividade lúdica, a criança expressa seus conflitos e, deste modo, podemos reconstruir seu passado, assim como no adulto fazemo-lo através das palavras. Esta é uma prova convincente de que o brinquedo é uma forma de expressar os conflitos passados e presentes.

(ABERASTURY,1992, p.17).

Logo, o brincar significa várias intenções da criança, ela transforma episódios impactantes vividos passivamente em uma situação ativa, a qual expressa seus desejos e fantasias simbolicamente. Nesse sentido, através do brincar a criança expõe medos, anseios, apreensões e problemas internos. Com isso ela executa de maneira repetitiva no brinquedo acontecimentos excessivos para seu ego fraco e isso faz tornar experiências internalizadas passivamente em algo ativo. Desse modo, ela consegue tolerar frustações e situações proibidas do seu cotidiano e repetir à necessidade de situações prazerosas. Com a

atividade lúdica a criança expressa seus conflitos e isso permite a reconstrução do seu passado. (ABERASTURY, 1992).

O brincar no contexto hospitalar

Ferreira et. al (2014) em seu artigo titulado Representação social do lúdico no hospital: o olhar da criança, expõe que o brincar é algo primordial para o desenvolvimento infantil, e na contemporaneidade vem ganhando destaque em várias camadas da sociedade. Mas para chegar nesse ponto foi necessário o reconhecimento da infância. Por que na idade média as crianças eram consideradas pequenos adultos, por isso destaca-se a necessidade dessa análise infantil.

Assim, a criança através do brincar exterioriza várias emoções, sentimentos e atitudes internas e externas, do consciente e inconsciente. Por isso as atividades lúdicas no ambiente hospitalar são consideradas tão significativas para que a criança manifeste todos os sentimentos citados anteriormente, pois:

O brincar é uma necessidade da criança, ou seja, é inerente ao seu desenvolvimento físico, social, emocional e cognitivo, facilita comunicação, expressão e criatividade, ajuda na socialização e adaptação à ambientes e pessoas. (FERREIRA, et al., 2014, p.2).

Além disso, possibilita a avalição do perfil desse paciente ajudando-o a melhorar e mudar seu comportamento perante a internação. Destaca-se ainda a preocupação dos profissionais dessa área que buscaram um embasamento jurídico formal através da Lei n° 11.104, de 21 de março de 20051, que menciona a obrigatoriedade de instalação de Brinquedotecas nas unidades de saúde. A brinquedoteca hospitalar é um espaço apropriado para trocas de afetos, além disso podem partilhar brinquedos, alegrias, tristezas e experiências.

(FERREIRA, et.al, 2014).

Godoi (2008) citado por Brito e Perinotto (2014) destaca a importância da brinquedoteca no contexto hospitalar.

A importância de brinquedotecas em hospitais é indiscutível, e sua utilização

1 <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em.6 abr.2020.

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intensiva deveria ser uma obrigação, pois muitos hospitais possuem, porém não utilizam adequadamente. A presença de contadores de histórias, visita de clowns ou artistas como os Doutores da alegria, e até mesmo a utilização de animais como coadjuvantes no tratamento tem se mostrado de grande utilidade e humanizado um ambiente que lhes são extremamente agressivos. (GODOI, 2008, p.50 apud BRITO; PERINOTTO, 2014, p. 299).

Conforme Soares et. al (2014), em hospitais é relevante a utilização das atividades lúdicas para amenizar a dor das crianças que serão submetidas a procedimentos médicos deixando-as mais tranquilas. Essas ferramentas devem ser utilizadas por profissionais da área de saúde e o brinquedo terapêutico funcionaria como um recurso de aproximação ao universo infantil. Algumas unidades de saúde tem o apoio dos “Doutores da Alegria, que fazem parte de uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos” (SOARES, et.al 2014, p.113), que proporciona alegria e entretenimento as crianças hospitalizadas. A Organização dos Doutores da Alegria foi implantada no Brasil por Wellington Nogueira no ano de 1991, seu objetivo é utilizar a arte o brincar e o palhaço como forma de comunicação reflexiva entre pacientes, acompanhantes e profissionais da saúde. (DOUTORES DA ALEGRIA, 1991). Com as mudanças ocorridas ao longo dos anos essa associação reconduz uma nova tarefa institucional no ano de 2016, apresentando “a arte como mínimo social, ou seja, como uma das necessidades básicas para o desenvolvimento digno do ser humano, assim como alimentação, saúde, moradia e educação”.

Os autores relatam que a aproximação da equipe médica através do brincar com o paciente tem ganhos significativos pois gera uma confiança mútua entre eles. Conforme Ferreira et. al (2014):

A criança através do brincar, do desenhar e do criar, tem a possibilidade de constituir uma relação entre ela e o outro, entre o dentro e o fora, entre o real e o inexistente, entre o corpo e o mundo. [...] Em seus cenários lúdicos, a criança apresentará de forma transparente toda sua história, nos

favorecendo o acesso a esse material inconsciente que, de outra forma, talvez não se apresentasse de maneira tão clara.

(FERREIRA et. al, 2014, p.5).

De acordo com Soares e Zamberlan (2001), mesmo a criança estando hospitalizada a essência da infância deve ser mantida através do brincar, para que seu desenvolvimento psíquico e cognitivo não seja prejudicado. As atividades lúdicas ajudam no tratamento e diminui o estresse, a ansiedade, o medo e a angústia, uma vez que a linguagem verbal ainda não está tão elaborada e a brincadeira segundo Winnicott “é a prova evidente e constante da capacidade criadora, que quer dizer vivência”. (1982, p.163). Um outro ponto que merece destaque é a participação de profissionais da psicologia em paralelo a equipe médica para levar aos pacientes essas técnicas ajudando-os a superar situações negativas. Sendo assim, o brincar impulsiona o ser humano desde sua remota existência, estimula a criatividade, a imaginação e a liberação dos conteúdos reprimidos. É uma ferramenta importante para o desenvolvimento infantil, pois ajuda o sujeito na construção dos seus conceitos, emoções e sentimentos. (SOARES E ZAMBERLAN, 2001). Dessa forma, associada aos nossos sentidos, o brincar possui linguagens visuais, corporais e sociais e de acordo com Pessoa, Souza e Fontes (2012, p.4), o direito de brincar denomina-se como:

Direito da cidadania que foi construído ao longo da história da infância a partir do momento em que esta passou a ser considerada em suas características peculiares com suas especificidades. Ela ainda acrescenta que há uma conquista de direitos da criança, o que faz a criança um sujeito com direito a educação, a cultura, a arte, ao esporte, ao lazer. (PESSOA; SOUZA;

FONTES, 2012, p.4).

Segundo Soares et al. (2014) o brincar não quer dizer unicamente recrear, vai muito além, distinguindo-se como uma das maneiras mais complexas que a criança tem para expressar-se consigo e com o mundo, isto é, utilizando-se de trocas mútuas que organizam sua criatividade,

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imaginação e simbolização para o desenvolvimento psíquico. E para Morais e Assis (2010) ela atua como maneira de relação, pois:

É pelo brincar, linguagem de domínio infantil, que a criança relaciona-se com os outros e, portanto, é natural ela se expressar usando símbolos e sua preferência é que o mundo atue da mesma forma. (MORAIS E ASSIS ,2010, p.105).

Ademais, de acordo com Paiva e Costa (2015) ressalta-se que as crianças da contemporaneidade passaram por grandes mudanças em relação a forma de brincar e com os brinquedos a serem utilizados.

Devido a evolução tecnológica elas ficam mais expostas as essas ferramentas e deixam de lado as relações humanas.

Assim, os brinquedos eletrônicos preterem2 em relação as brincadeiras tradicionais.

Por fim, como consequência a criança não consegue transpor as frustações que surgirão ao longo de sua vida, ao passo que será escrava desse mundo consumista.

Sendo assim, a pintura, o desenho, a história devem prevalecer em relação a tecnologia para que ela se desenvolva de forma saudável.

Internação infantil e humanização De acordo com Quirino, Collet e Neves (2010), a hospitalização na fase infantil pode acarretar sofrimento físico e psíquico, devido ao afastamento da criança de seu convívio familiar e escolar. Além disso, os procedimentos hospitalares causam angústia e estresse, por se tratar de algo desconhecido. Isso se intensifica de acordo com o tempo de internação e a complexidade da doença. Essa situação se agrava quando a criança é informada sobre o diagnóstico de alguma doença severa.

Nota-se que esse processo nos remete a fragilidade do sujeito e o medo da morte. A partir desse momento surgem dúvidas em relação ao tratamento e a cura.

A criança está em constante desenvolvimento, nesse sentido ela não tem condições psíquicas formada para superar a experiência da hospitalização e isso interfere diretamente na consolidação de

2 Desprezar, deixando de lado.

sua personalidade. Em contra partida o brincar surge como uma possibilidade de o sujeito expressar seus sentimentos relacionados a internação infantil. O brincar encontra-se inserido no campo da humanização, uma vez que essa prática possui vários aspectos psicossociais. ele tem papel fundamental no processo do cuidar, surge como uma forma humanizadora, recompondo o estado emocional e físico do paciente infantil.

O brincar ocorre em certos momentos do cotidiano, neste contexto, Soares e Zamberlan, (2001) revela o ato de brincar, como um processo de humanização, no qual a criança aprende a interagir de maneira efetiva, formando vínculos mais duradouros. De tal modo, as crianças desenvolvem sua habilidade de raciocinar, de argumentar, de julgar, de como chegar a um consenso crítico, reconhecendo a importância disso para a formação da personalidade. Estes são dados que promoverão experiências positivas tanto para as crianças, como para os acompanhantes. Nesse seguimento, observa-se que as atividades lúdicas são formas inesgotáveis de intercâmbio entre o lúdico o afetivo e o social. (MITRE E GOMES, 2004).

Em âmbito mundial as atividades de humanização da assistência hospitalar vêm ganhando destaque. Esse método tem como objetivo melhorar a convivência entre os pacientes e os profissionais da saúde, com a finalidade de alcançar a afetividade, o respeito ao próximo e a empatia.

(QUIRINO, COLLET E NEVES, 2010).

Para Ferreira humanizar, (1999, p.

1.064), é “tornar humano; dar condição humana a; humanar. Tornar benévolo, afável, tratável. Fazer adquirir hábitos sociais polidos; civilizar”. Assim, entende- se que o ser humano precisa estar em construção e em constante aprimoramento para conviver um com os outros.

Deslandes afirma que humanização é:

Forma de assistência que valorize a qualidade do cuidado do ponto de vista técnico, associado ao reconhecimento dos direitos do paciente, de sua subjetividade e referências culturais. Implica ainda a valorização do

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profissional e do diálogo intra e interequipes.

(DESLANDES,2004, p. 8).

Em virtude do sistema de humanização, no primeiro semestre de 2000 o Ministério da Saúde instaurou o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH) (BRASIL, 2001) e no ano de 2004, houve uma mudança de PNHAH para Política Nacional de Humanização (PNH). A PNH engloba todo o Sistema Único de Saúde (SUS), tais como: usuários, profissionais da área de saúde e administradores. (BRASIL, 2004).

Na assistência hospitalar os objetivos da PNH são:

 Existência de Grupos de Trabalho de Humanização (GTH) com plano de trabalho definido.

 Garantia de visita aberta por meio da presença do acompanhante e de sua rede social, respeitando a dinâ- mica de cada unidade hospitalar e as peculiaridades das necessidades do acompanhante.

 Mecanismos de recepção com aco- lhimento aos usuários.

 Mecanismos de escuta para a popu- lação e os trabalhadores.

 Equipe multiprofissional (minima- mente com médico e enfermeiro) de atenção à saúde para seguimento dos pacientes internados e com ho- rário pactuado para atendimento à família e/ou à sua rede social.

 Existência de mecanismos de desos- pitalização, visando a alternativas às práticas hospitalares, como as de cuidados domiciliares.

 Garantia de continuidade de assis- tência com sistema de referência e contra-referência. (BRASIL, 2004, p.15).

Diante desses objetivos conclui-se que a humanização está em constante transformação, uma vez que é influenciada pelo ambiente em que ocorre.

MATERIAIS E MÉTODOS

Este trabalho se constituiu em uma pesquisa exploratória, tendo visto que se propôs a conhecer melhor o tema

apresentado e sendo aplicada para melhores resultados em campo. De acordo com Gil, essa pesquisa (2008, p. 27) “têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores”.

As fontes de dados desta pesquisa são do tipo primário e secundária tendo em conta que consiste um levantamento de periódicos sobre o tema, os benefícios das atividades lúdicas em crianças que estejam passando por tratamentos hospitalares e um questionário virtual aos profissionais da área da saúde.

Esta pesquisa tem um caráter qualitativo-quantitativo, pois pretende-se compreender o contexto do problema e analisar se as atividades lúdicas trazem benefícios aos pacientes.

Inicialmente, utilizou-se da técnica de pesquisa bibliográfica em “sites” de artigos científicos, tais como Scielo, Pepsic, Google acadêmico. Além de obras da Psicanálise relacionadas ao tema. Ao buscar no banco de dados utilizou – se de palavras-chaves como “atividades lúdicas”,

“internação infantil” e “Doutores da Alegria”. Estas palavras foram pesquisadas separadamente e posteriormente juntas com a palavra “psicanálise”.

A coleta de dados se deu através de um questionário virtual do Google Forms contendo sete perguntas sobre o tema proposto. Esse questionário foi aplicado no Hospital São Sebastião na cidade de Três Corações-MG, nos setores de Pediatria e Neonatal durante 2 meses no ano de 2020.

Os indivíduos envolvidos são os profissionais da área da saúde que estejam envolvidos no processo de hospitalização.

Por meio dessa técnica, foi possível verificar se existe relação entre a execução das atividades lúdicas e a melhora das crianças, e se elas auxiliam na relação de pacientes, familiares e os profissionais de saúde.

O presente estudo respeitou os preceitos estabelecidos pela Resolução 466/12 de dezembro de 2012. Foram

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respeitados os princípios de anonimato, privacidade e sigilo profissional.

O participante do estudo teve autonomia para deixar de participar da pesquisa em qualquer momento. Ele aceitou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), consentindo assim, na participação da pesquisa via virtual.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Esse estudo se utilizou de uma variável discreta de profissionais da Neo Natal e Pediatria. Com a aplicação do questionário online via google forms pretendia-se atingir uma amostra de 30 pessoas, contudo ao final obteve-se a participação de 32 voluntários.

Figura 1

Analisando os dados obtidos na figura 1 observa-se que na questão da importância do brincar no contexto hospitalar a maior parte dos participantes (28 pessoas) 87,5%

concordam totalmente, (3 pessoas) 9,4%

concordam parcialmente e (1 pessoa) 3,1%

discordam totalmente, esses dados reforçam que essas atividades são importantes nesse cenário como mencionadas no decorrer da pesquisa.

Segundo Soares et. al (2014), no ambiente hospitalar a utilização das atividades lúdicas atua para amenizar o sofrimento enfrentando pelas crianças.

Essas brincadeiras atuam como uma forma de acesso ao universo infantil. Soares e Zamberlan, (2001) enfatizam:

A criança, mesmo hospitalizada, deve ter preservado seu direito ao brincar, porque o brinquedo é considerado um veículo para o desenvolvimento social, emocional e intelectual. [...] uma alternativa educacional

(quando empregado como incentivo ao desenvolvimento) e terapêutica (quando auxilia no trabalho para diminuir o estresse, p medo e ansiedade. (SOARES E ZAMBERLAN, 2001, p.66).

Sendo assim, comprova-se que essas atividades são essenciais nesse campo.

Figura 2

Nessa figura 2 constata-se que as atividades lúdicas funcionam como técnicas de intervenções pois (25 pessoas) 78,1%

concordam totalmente, (5 pessoas) 15,7%

concordam parcialmente, (1 pessoa) 3,1%

não concorda nem discorda e (1 pessoa) 3,1% discorda totalmente. Dessa forma, verifica-se que essas atividades são ferramentas de ligação entre crianças, profissionais de saúde e familiares, auxiliando na comunicação entre eles. De acordo com Ferreira et. al:

Visando favorecer o brincar como instrumento facilitador do tratamento de crianças hospitalizadas, poderia contribuir para resolução de problemas em relação aos aspectos de funcionamento. Percebe-se então que o lúdico no contexto hospitalar possibilita à criança expressar seus sentimentos, promove a socialização, modifica a visão que a criança tinha do hospital. (FERREIRA et. al, 2014, p.6).

Essas atividades contribuem na aceitação dos procedimentos, pois a criança sente aversão a esses procedimentos, ou seja, ela tem medo da realidade existente a qual está inserida.

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Figura 3

Na figura 3 fica explicito a importância do trabalho terapêutico com crianças, visto que (32 pessoas) 100%

concordam totalmente com essa afirmação.

Conforme Soares e Zamberlan, (2001) o trabalho terapêutico com crianças é importante no contexto hospitalar sendo assim:

A intervenção psicológica deve também incluir a redução da ansiedade, buscando enfocar aspectos emocionais envolvidos na situação. [...] o incentivo à expressão de sentimentos e fantasias também possibilita que a criança desenvolva um repertório para enfrentar a ansiedade, o medo de determinadas situações e a sensação de falta de controle. [...] deve ir além dos objetivos prescritivos de facilitador do processo de adaptação da criança e da família à situação de hospitalização. (SOARES E ZAMBERLAN, 2001, p. 66)

A função desse profissional no campo hospitalar é auxiliar as crianças em relação as questões negativas da hospitalização. A intervenção psicológica se dá também na redução da ansiedade, na promoção da autoconfiança e autoestima.

Figura 4

Na figura 4 percebe-se que os profissionais da saúde identificam a relação

entre brincar e a recuperação das crianças sendo que (29 pessoas) 90,6% concordam totalmente e (3 pessoas) 9,4% concordam parcialmente. Conforme Costa (2010) é através do brincar que as crianças transformam aquilo que está no campo da fantasia, ou seja, objetos internos em externos, então verifica-se que elementos referentes a internação infantil podem ser traduzidos pro campo externo. Em outras palavras quando a criança se utiliza de brinquedos para expor sentimentos negativos, elas podem vir a recuperar-se.

Figura 5

Nota-se que na questão da humanização 100% dos participantes (32 pessoas) concordam totalmente que as atividades lúdicas entram nesse contexto. A humanização se funda no campo das subjetividades de cada sujeito tendo como base a compreensão dos conflitos e frustrações e atua para buscar possíveis soluções. Levando para o cenário infantil as atividades lúdicas são formas inesgotáveis desse processo de humanização. A política Nacional de humanização (PNH) enfatiza que a participação, autonomia, responsabilidade e atitude solidária são valores que caracterizam esse modo de fazer saúde e que resulta, ao final, em mais qualidade nos atendimentos, atenção aos pacientes e melhores condições de trabalho.

(BRASIL, 2001).

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Figura 6

No gráfico 6 96,9% concordam totalmente (31 pessoas) e 3,1% concordam parcialmente (1 pessoa) que a internação infantil é um momento bastante delicado para a criança. Diante desses dados fica explícito que as atividades lúdicas são essenciais no contexto hospitalar, pois através dessas técnicas as crianças encaram a internação de uma maneira menos dolorosa e conflituosa visto que as crianças elaboram essas situações diferente de um adulto.

Figura 7

Na afirmativa creio ser relevante a brinquedoteca nos hospitais como uso obrigatório, 84,4% concorda totalmente (27 pessoas), 12,5% concordam parcialmente (4 pessoas) e 3,1% discordo parcialmente (1 pessoa).

Citado anteriormente foi criado uma lei para a obrigatoriedade de brinquedotecas em hospitais e tem como objetivos promover brincadeiras e jogos individuais ou grupais para melhorar a socialização das crianças, distinguir os impactos das atividades lúdicas para o desenvolvimento infantil dentro desse contexto, reconhecer a importância do ato de brincar em todos os cenários, proporcionar a continuidade do desenvolvimento global e preservar a saúde emocional dos pacientes.

Ferreira et. al (2014) evidencia que a brinquedoteca:

Tem sua representatividade ancorada na família, amigos e escola, bem como no restabelecimento da saúde. [...] ela funciona como um local de acolhimento, de trocas de experiências, e principalmente como um espaço terapêutico, pois permite a criança elaborar ideias e compreender melhor a situação que vivencia. (FERREIRA et. al, 2014, p.5-6).

Portanto, evidenciou-se que a brinquedoteca apresenta-se como um lugar de amparo onde se pode socializar com seus pares.

CONCLUSÃO

O presente artigo se propôs a discutir sobre benefícios das atividades lúdicas no contexto hospitalar. Os resultados encontrados demonstraram os benefícios nas utilizações das atividades lúdicas no ambiente hospitalar.

Diante disso, é possível comprovar que a instalação de brinquedotecas são essências dentro do contexto hospitalar uma vez que a criança se utiliza dos brinquedos para expor seus sentimentos e afetos. A brinquedoteca possibilita alegria para a criança, desperta sua fantasia através do brincar e por meio dela são criados mecanismos de adaptação ao ambiente hospitalar.

Nesse sentido, o objetivo desse trabalho visa o brincar como maneira auxiliar da expressão das emoções de cada criança, pois através dessa atividade ela pode vir a ampliar seus sentimentos e ressignificar os eventos traumatizantes do seu cotidiano. Dessa maneira, o psicólogo no âmbito hospitalar desempenha o papel de facilitador, sendo capaz de identificar os conflitos e auxiliar na busca por melhores alternativas para lidar com eles. Através do trabalho terapêutico a criança expõe receios, ansiedades, frustrações e estresses.

Desse modo, ela consegue suportar situações proibidas e intolerantes.

Em geral, as atividades lúdicas tem aceitabilidade por maior parte dos profissionais, porém ainda existem resistências de alguns profissionais de saúde.

(11)

Logo, para garantir o cuidado integral e humanizado observamos a necessidade de estabelecer com as crianças vínculos e segurança através do brincar que é parte do processo infantil. Diante disso, percebe-se que a partir dessa pesquisa temos argumentos científicos para reforçar a importância das atividades lúdicas no contexto hospitalar.

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