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MUDANÇAS CLIMÁTICAS GLOBAIS E O BRASIL

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MUDANÇAS CLIMÁTICAS GLOBAIS E O BRASIL

ergia 2010

Carlos A Nobre, INPE

de En e n ho de

o váveis ção 8 de Ju n

es Ren o a Av ia ç p os, 0 8

- Font e n a o s Cam p

inário - J osé d o

UM PESO INSUPORTÁVEL?

Sem i São J

(3)

Como o ambiente da Terra está mudando, e quais Como o ambiente da Terra está mudando, e quais

as consequências para a nossa civilização e t t bilid d d id

mesmo para a sustentabilidade da vida no Planeta Terra?

O que distingue as mudanças climáticas de

outros grandes desafios que a humanidade

enfrenta?

fonte:

(4)

C t úd

Conteúdo …

O Antropoceno e a Grande “Aceleração”

O Ri Si tê i Si t T t

Os Riscos Sistêmicos ao Sistema Terrestre

Ainda é Tempo de Reduzir os Riscos Futuros p

Impactos das Mudanças Climáticas no Brasil

Conclusão: o Brasil no Rumo do Desenvolvimento S t l

Sustentável

(5)

Parte I

O Antropoceno e a Grande O Antropoceno e a Grande

“Aceleração” ç

O Sistema Terrestre encontra-se num estado sem análogos: estamos realizando um grande g g

experimento geofísico sem precedentes

(6)

A t

Antropoceno

“A influência da humanidade no Planeta Terra nos últimos séculos tornou-se tão significativa a g f

ponto de constituir-se numa nova época geológica”

geológica

Prof. Paul Crutzen

ê i b l d Q í i 199 Prêmio Nobel de Química 1995

A “aceleração” do tempo no Antropoceno!

S43

(7)

A cada hora,

9 000 à l ã

9,000 pessoas se somam à população

mundial

(8)

A cada hora, A cada hora,

4 Milhões de toneladas de CO 2 são emitidos

(9)

A cada hora,,

1,500 hectares de florestas são derrubadas

(10)

A cada hora,

Atividades humanas adicionam 1 7 milhões de Kg nitrogênio Atividades humanas adicionam 1.7 milhões de Kg nitrogênio

reativo às florestas, campos agrícolas e corpos d’água

(11)

A cada hora,

3 é i ã i

3 espécies são extintas

(1000 vezes mais rápido do que os processos naturais)

(12)

“Nosso pé pisa Nosso pé pisa

fundo no acelerador e nós estamos indo e nós estamos indo na direção de um abismo.”

Ban Ki-Moon, 2009

2009

(13)

Os últimos 50 anos testemunharam uma dramática

d d ã d it l t l d T

degradação do capital natural da Terra

Aumento de CO2, N2O, CH4 Aquecimento Global

Degradação da terra Perda de Biodiversidade Eutrofização

Poluição

Extração de Água

…..

1900 1950 2000

1900 1950 2000

Rockstrom

(14)

“Fotografias” do Antropoceno e a “Grande Aceleração”

(15)

Charles David Keeling

20 Abril 1928 – 20 Junho 2005

Curva de Keeling de CO

2

Atmosférico em Mauna Loa, Havaí

Curso de Introdução às Mudanças Climáticas, C Nobre e Mariane Coutinho, 2008

(16)

Parte II

Os Riscos Sistêmicos ao Os Riscos Sistêmicos ao

Sistema Terrestre

O Sistema Terrestre encontra-se à beira da

irreversibilidade?

(17)

Se colocarmos muitos trilhões de Se colocarmos muitos trilhões de dólares (ou euros, ou reais ou pesos),

poderemos resolver o problema do aquecimento global?

aquecimento global?

Já atingimos algum ponto de

i ibilid d d Si Cli á i ?

irreversibilidade do Sistema Climático?

(18)

“Pontos Críticos” do Sistema Terrestre

Desaparecimento do Gelo Ártico no Verão

Derretimento das Geleiras da

Groelândia

Colapso da Floresta

Extinção de

Floresta

Amazônica

Extinção de Espécies

Acidificação dos Oceanos

(19)

Parte III

Ai d é T d R d i

Ainda é Tempo de Reduzir os Riscos Futuros scos u u os

A necessária e urgente “descarbonização”

quase completa dos sistema de produção e

q p p ç

consumo

(20)

Emissões estão além do cenário de mais altas emissões!

PROBLEMA… DE DIFÍCIL SOLUÇÃO. .

10

Actual emissions: CDIAC

Taxa constantes

d i Emissões estão além do cenário de mais altas emissões!

tC y-1 ) 9

Actual emissions: EIA 450ppm stabilisation 650ppm stabilisation

2006 2007

(Avgs )

2008

de crescimento por 50 anos até 2050

sions (Gt

8

A1FI A1B A1T A2

2006

(Avgs.)

2005

2050

B1 1,1%,

O 2 Emiss

7

A2 B1 B2

A1B 1,7%, A2 1,8%

Emissões em 2007 - 41%

CO

6

,8%

A1FI 2,4%

Emissões em 2007 - 41%

superiores às esmissões de 1990

1990 1995 2000 2005 2010

5

Trajetória das Emissões Globais de Combustíveis Fósseis

Raupach et al. 2007, PNAS; Canadell et al. 2007, PNAS CN3

(21)

Emissões de gases estufa antropogênicas

Figure 2.1. (a) Global annual emissions of anthropogenic GHGs from 1970 to 2004.5 (b) Share of different anthropogenic GHGs in total emissions in 2004 in terms of CO2-eq. (c) Share of different sectors in total anthropogenic GHG emissions in 2004 in terms of CO2-eq. (Forestry includes deforestation ) {WGIII Figures TS 1a TS 1b TS 2b}

includes deforestation.) {WGIII Figures TS.1a, TS.1b, TS.2b}

Fonte: IPCC, Synthesis Report, 2007

(22)

Emissões de Gases Estufa por Setores no Mundo

Creditos: Emmanuelle Bournay, UNEP/GRID- Arendal

(23)

O setor da aviação é responsável por:

2% d i õ l b i d dió id d b (CO )

2% das emissões globais de dióxido de carbono (CO

2

)

12% d i õ d CO d d f d

12% das emissões de CO

2

de todas as fontes de transporte, comparado com 74% do transporte viário

3% do total de contribuição antrópica às mudanças li á i

climáticas

IATA, 2010

(24)

Uso de energia no setor de transportes

• Uso de energia no transporte em 2004 totalizou em 26% do total de

i d

uso energia no mundo.

• Total do uso de energia no setor

• Total do uso de energia no setor de transporte foi responsável em 23% da energia relacionada à g emissões de gases estufa (IEA, 2006).

• Entre 1990-2002 a taxa de crescimento de consumo de crescimento de consumo de

energia no setor de trasporte foi o mais alto dentre os demais setores.

IPCC, Working group III, 2007

(25)

Previsão de energia no setor de transportes

• Taxa de crescimento de uso de energia em transporte de 2% ao

i d d

ano nas próximas décadas.

• Isto significa que o uso de energia no transporte em 2030 será 80% mais alta em comparação à 2002.

IPCC, Working group III, 2007

(26)

Comparação de emissão global de CO

2

no setor de transportes em diferentes organizações p g ç

IPCC Working IPCC, Working group III, 2007

O setor da aviação se comprometeu a reduzir as emissões de gases poluentes em 50% até 2050 através da utilização de aviões com consumo de combustíveis menor e com uma maior 2050, através da utilização de aviões com consumo de combustíveis menor e com uma maior aposta nos biocombustíveis

C hi é ã i i d i d US$ 1 5 bilhã d i

IATA, 2010

Companhias aéreas estão investindo mais de US$ 1,5 bilhão em novas aeronaves para reduzir, até 2020, as emissões de dióxido de carbono (CO2) geradas pelo segmento.

IATA, 2010

(27)

As dimensões éticas das Mudanças Climáticas Globais

Há uma questão de ética e justiça: as pessoas que vão sofrer as

conseqüências mais graves das Mudanças Climáticas Globais são aquelas

ib i bl

que menos contribuiram ao problema

Países desenvolvidos já Reduções absolutas de Países desenvolvidos já

emitiram 350 Gt C

Reduções absolutas de emissões

Países em desenvolvimento só emitiram 150 Gt C

Reduzir ritmo de crescimento

de emissões

(28)

COP15 Copenhague

Brasil anuncia compromisso de reduções de gases de efeito estufa entre 36% e 39% em relação a cenário tendencial para 2020

relação a cenário tendencial para 2020

(equivalente a corte de 25%em relação a emissões em 2005)

Brasil asssume protagonismo nas questões climáticas

Fonte: http://opetroleiro.files.wordpress.com/2009/12/estadao_18-12_copenhagen.jpg

(29)

Cenário Internacional das Negociações de Clima

Para limitar o aquecimento global a 2 oC, o mundo só poderá emitir mais 500 bilhões de toneladas de C até o final do século.

Países desenvolvidos terão que

Reduções absolutas de

Países desenvolvidos terão que cortar emissões radicalmente

Reduções absolutas de emissões

Países em desenvolvimento utilizarão a maior parte desta cota

Reduzir ritmo de crescimento de emissões

Compromisso do Brasil (Lei Nº 12.187 - 29/12/2009):

Co p o sso do as ( e N . 87 9/ / 009):

Até 2020, país irá reduzir suas emissões entre 36% e 39% em relação ao cenário de crescimento tendencial (BAU)

(30)

Parte IV

Impactos das Mudanças Impactos das Mudanças

Climáticas no Brasil

O Brasil é muito ou pouco vulnerável às

mudanças climáticas? ç

(31)

Alguns eventos extremos inusuais durante 2004-2006: Cortesia: G. Magrin, INTA, Argentina

2005:

Temporada recorde de

f õ

Venezuela 1999-2005 furacões

Seca na Amazônia em 2005

Inundações

Furacão Catarina Atlântico Sul Granizo

La Paz

Pampas Argentijnos 2000-2002

Granizo Buenos Aires

(32)

Impactos das Mudanças Climáticas no Brasil: um resumo

Brasil: um resumo

• Desastres naturais (inundações secas anomalias de temperatura)

• Desastres naturais (inundações, secas, anomalias de temperatura)

• Biomas Brasileiros (Mata Atlântica Cerrado Amazônia Savanização)

• Biomas Brasileiros (Mata Atlântica, Cerrado, Amazônia - Savanização)

• Zonas Urbanas (expansão urbana deslizamentos inundações)

• Zonas Urbanas (expansão urbana, deslizamentos, inundações)

• Zonas costeiras (aumento nível do mar ressacas)

• Zonas costeiras (aumento nível do mar, ressacas)

A i lt (“t i li ã ” t li áti )

• Agricultura (“tropicalização”, novo zoneamento agroclimático)

E i á i (hid á li óli l bi )

• Energias renováveis (hidráulica, eólica, solar, biomassa)

(33)

Parte V Parte V

O Brasil no Rumo ao

Desenvolvimento Sustentável Desenvolvimento Sustentável

Uma oportunidade única para o Brasil liderar trajetória de sustentabilidade

trajetória de sustentabilidade

(34)

P d á B il Sé l XXI Poderá o Brasil, no Século XXI, tornar-se uma “potência ambiental tornar-se uma potência ambiental tropical” ou o primeiro país tropical p p p p

desenvolvido?

(35)

ENERGIAS RENOVÁVEIS

Energia no Brasil: 46% de Fontes Renováveis

Mundo Brasil

4% Outras 15% Hidro

17% Cana

Renovável

13% Lenha

13% 46%

Brito Cruz, 2009

(36)

Bionergia e biocombustíveis

3

(37)

Cana-de-açúcar - bioetanol Cana de açúcar bioetanol

• Não há produção de etanol na Amazônia

• Melhores regiões para cana::

– Nordeste Nordeste

• Mais antiga (séc. XVI)

– Sudeste

55 t /h

• Maior produtividade

– Centro-Oeste

55 ton/ha

• Área de maor expansão da cultura;

>82 ton/ha

03042009; Programa 36

FAPESP BIOEN

(38)

C d ú d ã d t l

Cana-de-açúcar para podução de etanol usa 0,5% da área total do país p

Área total do país (851 MHa 100%) Área total do país (851 MHa, 100%)

Propriedades rurais (355 MHa, 42%) Área utilizada para agricultura (76,7 MH 9%)

Area com cana-de-açúcar (3,4 MHa, 0,4%)

MHa, 9%) , )

FonteHorta Nogueira e Seabra (2008)

Programa FAPESP BIOEN

(39)

Balanço de Energia Balanço de Energia

12

gy Input

8 10

ssil Energ

4 6

put per Fos

0 2

ergy Outpu

0

Sugar cane

Sugar Beet

Wheat Straw

Corn Wood

Ene

Programa FAPESP BIOEN

(40)

Brasil: Uma “Potência Ambiental Tropical”

Brasil pode ser líder Brasil pode ser líder

mundial em

Reduzimos o desenvolvimento Melhor tecnologia em Reduzimos o

desmatamento em 60%

desde 2004

biocombustíveis sustentável

46% da nossa matriz Monitoramento ambiental

por satélites

46% da nossa matriz energética vem de fontes

renováveis Competência em

agricultura tropical

(41)

O Desafio de uma Geração

O Desafio de uma Geração …

Inventar um novo paradigma de desenvolvimento, baseado em em

conhecimento, reconhecendo que os usos racionais dos abundantes

recursos naturais renováveis e da biodiversidade podem ser a grande

alavanca para o desenvolvimento.

(42)

Nobrea de Antonio

OBRIGADO!

oto: cortesiaF

Referências

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