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AUTORIA E COLABORAÇÃO

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Academic year: 2021

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André Ribeiro Morrone

Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Cirurgia Geral pelo HC-FMUSP e pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões e em Cirurgia Pediátrica pelo Instituto da Criança do HC-FMUSP e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Pediátrica. Ex-preceptor do Serviço de Cirurgia Pediátrica do Instituto da Criança do HC-FMUSP. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da USP.

Edson Lopes Mergulhão

Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Medicina Preven- tiva e Social pelo HC-FMUSP. Pós-graduado em Administração Hospitalar e de Sistemas de Saúde pela Fundação Getulio Vargas (EAESP-FGV).

Marcos Rodrigo Souza Fernandes

Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Especialista em Medicina de Família e Comu- nidade pelo Hospital Santa Marcelina. Título de especialista pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC). Preceptor do Programa de Residência Médica e Internato Médico da Casa de Saúde Santa Marcelina - SP.

Nathalia Carvalho de Andrada

Graduada em Medicina pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Especialista em Cardiologia Clínica pela Real e Benemérita Sociedade de Beneficência Portuguesa de São Paulo. Título de especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

Thaís Minett

Graduada em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Especialista em Clínica Médica e em Neurologia e doutora em Neurologia/Neurociências pela UNIFESP, onde é professora adjunta ao Departamento de Medicina Preventiva.

Cintia Leci Rodrigues

Graduada em Biomedicina pela Universidade de Santo Amaro (UNISA). Especialista em Saúde da Mulher pela Uni- versidade de Santo Amaro (UNISA) e mestre em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP).

Jane de Eston Armond

Graduada pela Faculdade de Medicina de Taubaté. Especialista em Pediatria e mestre e doutora em Saúde Pública pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), especialista em Vigilância Sanitária e Epidemiológica e MBA em Gestão de Serviços de Saúde. Professora titular da disciplina de Saúde Coletiva da Universidade de Santo Amaro (Unisa). Coordenadora do Núcleo de Saúde Coletiva e Mental e coordenadora adjunta do curso de Medicina da mesma instituição.

Fábio Roberto Cabar

Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Mestre e doutor em Obstetrícia e Ginecologia pelo HC-FMUSP, onde é médico preceptor do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia. Título de especialista pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).

Anderson Sena Barnabe

Graduado em Ciências Biológicas pela Faculdade de Saúde Pública da USP (FSP/USP). Especialista em Parasitologia, em Saúde Coletiva e em Estatística Aplicada e mestre e doutor em Saúde Pública pela FSP/USP. Professor das disci- plinas de Epidemiologia, Parasitologia Clínica e Bioestatística da Universidade Nove de Julho (UNINOVE).

João Victor Fornari

Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (FCMS) e em Nutrição pela Fundação Municipal de Ensi- no Superior de Bragança Paulista (FESB). MBA em Serviços de Saúde pela Universidade Nove de Julho (UNINOVE).

Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade São Francisco (USF). Doutor em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Professor dos cursos de pós-graduação da UNINOVE, na área da Saúde.

Atualização 2015

Fábio Roberto Cabar

AUTORIA E COLABORAÇÃO

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O

estudante de Medicina, pela área escolhida considerado um apai- xonado por desafi os, depois de anos submeti do a aulas teóricas e plantões em diversos blocos deve enfrentar uma maratona ainda maior: a escolha de uma especialização, seguida da conquista do ingresso em um centro e programa de Residência Médica de renome. Mas isso só é possível com o auxílio de um material didáti co práti co, bem estruturado e preparado por quem é especialista no assunto, e a Coleção SIC Principais Temas para Provas de Residência Médica 2015, da qual fazem parte os 31 volumes da Coleção SIC Extensivo, foi desenvolvida nesse contexto. Os capítulos baseiam-se nos temas exigidos nas provas dos principais concursos do Brasil, ao passo que os casos clínicos e as questões são comentados a fi m de oferecer a interpre- tação mais segura possível de cada resposta.

Bons estudos!

Direção Medcel A medicina evoluiu, sua preparação para residência médica também.

APRESENTAÇÃO

(4)

Capítulo 1 - Políticas de saúde no Brasil ... 19

1. Sistemas de saúde ... 19

2. Breve histórico da saúde no Brasil ... 19

3. Sistema Único de Saúde – Lei nº 8.080/1990 ... 22

4. Princípios que regem a organização do SUS ...23

5. SUS – Arcabouço jurídico (normas básicas) ... 26

6. Financiamento do SUS ... 29

7. Custeio das ações de vigilâncias sanitária e epidemiológica e de controle de doenças ...30

8. Alta complexidade ...31

9. Problemas da NOB 96 ...31

10. NOAS – SUS 2001/2002 ...31

11. Pacto pela Saúde (2006) ...33

12. Programa Saúde da Família ...38

13. Núcleo de Apoio à Saúde da Família ... 40

14. Sistema de Informação da Atenção Básica ... 40

15. Consti tuição Federal de 1988 – Seção II – Da Saúde .... 41

16. Resumo ... 42

Capítulo 2 - Sistema de saúde suplementar – Agência Nacional de Saúde Suplementar ... 43

1. Histórico do surgimento da Agência Reguladora e atualidades ...43

2. Lei dos Planos de Saúde ... 46

3. Característi cas do setor antes e depois da regulamentação ... 47

4. Época da contratação ... 47

5. Cobertura assistencial obrigatória ... 49

6. Cobertura assistencial para plano novo e adaptado ... 49

7. Plano ambulatorial ... 49

8. Plano hospitalar ... 49

9. Plano hospitalar com Obstetrícia ... 50

10. Plano odontológico ... 50

11. Plano Referência ... 51

12. Exclusões para todos os ti pos de planos ... 51

13. Carências ... 51

14. Evolução da regulação ... 51

15. Ressarcimento ao SUS ... 54

16. Atuais desafi os ... 54

17. Resumo ... 55

Capítulo 3 - Medicina do Trabalho ... 57

1. Conceito e importância ... 57

2. Organização políti ca da saúde do trabalhador ...58

3. Riscos ocupacionais ... 61

4. Acidentes de trabalho ...63

5. Doenças do trabalho e profi ssionais ... 67

6. Benefí cios ...73

7. Siglas ... 74

8. Resumo ... 75

Capítulo 4 - Medicina Legal ... 77

1. Introdução ... 77

2. Lesões corpóreas ... 77

3. Traumatologia Forense ...78

4. Aborto ...88

5. Morte encefálica ...89

6. Declaração de óbito ... 90

7. Legislação ... 97

8. Resumo ... 97

Capítulo 5 - Ética médica ... 99

1. Introdução ... 99

2. Conselhos de Medicina ... 101

3. Comissões de Éti ca Médica ... 101

4. Código de Éti ca Médica ... 101

5. Tópicos relacionados ... 110

6. Documentos médicos ... 111

7. Atestados médicos ... 112

8. Código de Processo Éti co-Profi ssional (Resolução CFM nº 1.464/96) ... 112

9. Normas de publicidade médica ...113

10. Reprodução humana assisti da ...113

11. Ato médico ... 115

12. Resumo ... 115

Casos clínicos ... 117

Veja os depoimentos

dos aprovados Medcel

“Fiz o curso Medcel após recomendações de colegas e fiquei muito satisfeito. Ótimas aulas e material excelente, dando ênfase para os livros da Coleção SIC Intensivo – Resumão e Provas na Íntegra, que foram fundamentais para minha preparação para as provas. Já indiquei para diversos amigos, tanto pela facilidade de acesso com as aulas via internet, quanto pelo preço justo e qualidade dos professores.”

Bernardo Santos de Souza | R1 de Cir Vascular UFRJ 2014

“As aulas são ótimas, dadas por especialistas na área, com uma didática impres- sionante e ensinando Medicina, não apenas macetes para passar em prova. O material é organizadíssimo, completo, direto, fácil de manusear e de ler. As questões são pertinentes, recentes e bem escolhidas; os cursos extras realmente ensinam o que se propõem e dão uma visão incrível do assunto.”

Carla Celestrino | 3º lugar Obstetrícia e Ginecologia da UNICAMP

“Participei do TPP Medcel que, além dos conhecimentos necessários, forneceu estratégias que me deixaram segura diante de uma prova prática. Foi de fundamental importância para minha aprovação ter me matriculado e praticado os ensinamentos do Medcel.”

Alina de Almeida Bastos | 3º lugar | Radiologia UNESP

“O estudo sistemático realizado ao longo do ano associado às aulas de revisão do Medcel foram essenciais para minha aprovação. As aulas são de ótima qualidade, abrangendo um grande espectro de assuntos, e os e-books fazem a diferença!

Certamente farei meu preparatório de R3 por aqui!”

Barbara Marina Simionato | 1º lugar | Pediatria Hospital São Lucas da PUCRS | 2º lugar | Pediatria Hospital de Clínicas Porto Alegre

Liliane de Oliveira Dutra Neurologia | HC-UFMG | HMOB | AREMG Pediatria | PMGV

“O Medcel é um curso excelente, professores qualificados e com didática muito boa, simples e de fácil entendimento, sempre com atualizações referentes às últimas provas de Residência.”

Confira outros depoimentos em nosso site: www.medcel.com.br

C M Y CM MY CY CMY K

depoimentos.pdf 1 28/11/14 19:04

ÍNDICE

(5)

QUESTÕES

Cap. 1 - Políticas de saúde no Brasil ...139

Cap. 2 - Sistema de saúde suplementar – Agência Nacional de Saúde Suplementar ... 174

Cap. 3 - Medicina do Trabalho...178

Cap. 4 - Medicina Legal ... 192

Cap. 5 - Ética médica ...203

COMENTÁRIOS Cap. 1 - Políticas de saúde no Brasil ... 221

Cap. 2 - Sistema de saúde suplementar – Agência Nacional de Saúde Suplementar ... 260

Cap. 3 - Medicina do Trabalho... 264

Cap. 4 - Medicina Legal ...278

Cap. 5 - Ética médica ...285

Referências bibliográficas ...295

(6)

CAPÍTULO

1

EPIDEMIOLOGIA

19

Políticas de saúde no Brasil

Edson Lopes Mergulhão / Thaís Minett / Marcos Rodrigo Souza Fernandes / Fábio Roberto Cabar

Orientações gerais

Este capítulo é um dos mais importantes para as provas de Re- sidência Médica. Deve ser lido com muita atenção e exercitado posteriormente para a fi xação. A 1ª parte vai abordar uma breve introdução sobre um conceito fundamental, que é o de sistemas de saúde, e, posteriormente, será feito um histórico das princi- pais políti cas de saúde vividas em cada fase da história do Brasil.

Por fi m, apresentaremos os principais aspectos do SUS e as prin- cipais estratégias para a sua consolidação.

1. Sistemas de saúde

As políticas de saúde podem ser entendidas como o conjunto de decisões e compromissos definidos pelo Estado para orientar o desenvolvimento de ações volta- das à melhoria da saúde (COHN e ELIAS, 1998). Segundo Paim (1988), é a ação do Estado, enquanto resposta so- cial, diante dos problemas de saúde e seus determinan- tes, bem como com relação à produção, distribuição e regulação de bens, serviços e ambientes que afetam a saúde dos indivíduos e da coletividade. É por meio das políticas de saúde que o país pode conhecer a sua popu- lação sob o aspecto de saúde e doença e, a partir desse diagnóstico, planejar e executar ações e estratégias que proporcionem o cuidado com a saúde, sua promoção e a prevenção das doenças.

De acordo com Elias (2009), os sistemas de saúde em geral são compostos por elementos desti nados à assistên- cia (hospitais, ambulatórios, laboratórios etc.) e à realização das funções do sistema (unidades de planejamento, infor- mação, controle e avaliação). Podem-se identi fi car, basica- mente, 3 ti pos de sistema de saúde:

Tabela 1 - Tipos de sistema de saúde

Sistemas de saúde Característi cas Integral ou parcial-

mente públicos

Financiados pela totalidade da popula- ção por meio de pagamentos de tribu- tos com provisão pública dos serviços Sistemas de seguro

social

Organizados pelo Estado e fi nanciados por contribuição obrigatória de empre- gadores e empregados, com provisão privada de serviços

Sistema de caráter privado

Financiado por indivíduos ou coleti vida- des/empresas, sem contribuição obriga- tória, com provisão privada dos serviços

2. Breve histórico da saúde no Brasil

As políti cas públicas de saúde no Brasil sempre foram moti vos de questi onamentos e debates, principalmente no que se refere ao início das ações de saúde. Desde a épo- ca colonial, a saúde foi desti nada a poucos submeti dos aos doutores trazidos de Portugal, enquanto aos nati vos resta- vam a medicina natural e os curandeiros.

A situação de saúde no Brasil é resultado de uma his- tória que se foi construindo em torno da questão da saúde do trabalhador brasileiro. A assistência médica no país traz, ainda hoje, forte presença de uma herança previdenciária que se caracteriza por clientelismo, inefi ciência, burocracia e não universalidade.

A - Década de 1920 – A preocupação com a saú- de do trabalhador

Datada de 1923, a Lei Eloy Chaves, pela qual as primei- ras modalidades de seguro para trabalhadores do setor pri-

(7)

20

vado foram criadas por meio das Caixas de Aposentadoria e Pensões (CAPs), era uma forma de prestar assistência médi- ca e benefí cios à população; na verdade, a uma parte dela:

trabalhadores que fossem registrados em carteira. Todas as empresas com mais de 50 empregados deveriam prestar be- nefí cios (aposentadorias e pensões) e assistência médica a seus fi liados e dependentes por meio das CAPs. Seu fi nancia- mento era triparti te, ou seja, os recursos eram advindos do empregado (um percentual sobre o faturamento da empre- sa), do empregador e do Estado, porém esse fi nanciamento não era sufi ciente para construir serviços de saúde (como hospitais e ambulatórios) e municiá-los com equipamentos e recursos humanos. Desta forma, as CAPs passaram a contra- tar serviços de saúde privados, sendo o pontapé para a pri- vati zação da saúde no Brasil. A administração das CAPs cabia a um colegiado formado por empregados e empregadores.

B - Década de 1930 – O controle escapa das mãos dos trabalhadores

Na década de 1930, as CAPs foram unifi cadas pelos Ins- ti tutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs). O Estado pas- sou a ter o controle administrati vo desses insti tutos, redu- zindo sua contribuição e aumentando a do empregado (a qual passa a ser um percentual sobre a folha de salários).

Além disso, os benefí cios e serviços prestados passam a ser diferenciados por categoria profi ssional, sendo criados, em 1933, o IAPM (dos maríti mos); em 1934, o IAPC (dos comerciários) e o IAPB (dos bancários), entre outros; e a contribuição do empregado passa a ser diferenciada pela categoria profi ssional, o que acaba levando a diferenciação, também, na qualidade dos serviços de saúde prestados, tempo para estabilização no emprego e tempo mínimo para aposentadoria. Assim como as CAPs, os IAPs prestam servi- ços e benefí cios apenas ao trabalhador registrado em car- teira. Portanto, era reconhecido como cidadão, pelo Estado, o indivíduo com ocupações reconhecidas e defi nidas por lei o que o cienti sta políti co Wanderley Guilherme dos Santos (COHN e ELIAS, 1998) denominou cidadania regulada, como entendimento da políti ca socioeconômica do pós-1930.

A presença direta do Estado na administração dos IAPs contribuiu para cristalizar o perfi l centralizador, burocráti co e inefi ciente da políti ca previdenciária brasileira, na medida em que os trabalhadores não ti nham mais controle sobre essas insti tuições, as quais deveriam garanti r seus direitos como tais.

Tabela 2 - CAP x IAP

CAP IAP

A quem se desti na

Trabalhadores regis- trados em carteira e seus dependentes

Trabalhadores registrados em carteira e seus depen- dentes

Serviços e benefí cios prestados

Assistência médica, aposentadorias e pen- sões aos trabalhado- res, sem diferencia- ção profi ssional

Assistência médica, apo- sentadorias e pensões aos trabalhadores, com diferenciação por categoria profi ssional

CAP IAP

Financia- mento

Triparti te; contribui- ção do empregado sobre o faturamento da empresa

Triparti te; contribuição do empregado sobre folha de salários e diferenciados por categoria profi ssional e importante redução da contribuição estatal Adminis-

tração

Colegiado formado por empregados e empregadores

Presença direta do Estado, sem qualquer parti cipação deliberati va dos trabalha- dores

C - Década de 1940 – O populismo e a luta pelo controle dos insti tutos

Em 1946, período da democracia populista, a estrutura previdenciária acaba transformando-se em um poderoso instrumento de agregação das classes assalariadas. Parale- lamente, ocorre a luta dos trabalhadores pela organização não verti calizada de controle dos insti tutos, politi zando- -se, assim, a questão previdenciária, em uma disputa entre Estado e trabalhadores. O Estado defendia a permanência do clientelismo e do controle administrati vo pelo Estado, enquanto os trabalhadores urbanos assalariados, principais fi nanciadores e benefi ciados dos IAPs, reivindicavam seu controle administrati vo.

D - Década de 1960 – O milagre econômico

A industrialização acelerada marcou a década de 1950 com importante crescimento previdenciário em termos de recursos, aparato insti tucional e clientela a ser atendida. O que fez surgir, em 1960, sob forte pressão dos trabalhado- res, a Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS), que propôs a uniformização dos benefí cios prestados pelos IAPs e a res- ponsabilidade da Previdência Social pela assistência médica individual de seus benefi ciários. Porém, a LOPS, na realida- de, representou a maturação de um ciclo que reafi rmou a reduzida parti cipação dos trabalhadores na gerência e no controle dos IAPs.

Em 1966, após o golpe militar, tornou-se possível ao go- verno implementar um projeto criado na década de 1940:

a unifi cação dos IAPs no Insti tuto Nacional de Previdência Social (INPS), como forma de centralizar o sistema, mais e categoricamente, e eliminar, em defi niti vo, qualquer pos- sibilidade de controle dos insti tutos por parte das classes assalariadas.

Importante

Como resultado da criação do INPS, têm-se o aprofundamento do perfi l assistencialista da Previdência Social e a completa au- sência das classes trabalhadoras no seu controle, tornando-se cada vez mais presente a assistência médica em contraposição aos benefí cios.

Com relação à assistência à saúde, aprofunda-se cada vez mais a divisão de campanhas de prevenção como “saú-

(8)

CAPÍTULO

5

EPIDEMIOLOGIA

99

Ética médica

André Ribeiro Morrone / Edson Lopes Mergulhão / Thaís Minett / Marcos Ro- drigo Souza Fernandes / Fábio Roberto Cabar

1. Introdução

A Éti ca estuda o comportamento moral dos homens dentro de uma sociedade, isto é, estuda uma forma especí- fi ca de comportamento humano. Baseia-se nos atos huma- nos voluntários e conscientes e que podem envolver outros indivíduos, grupos sociais e até mesmo toda a sociedade.

Embora estejam hermeti camente relacionados, os termos

“éti ca” e “moral” não devem ser confundidos, mas entendi- dos como complementares.

Éti ca, do grego ethos, signifi ca “modo de ser”, “caráter”;

e moral, do lati m mos, signifi ca “costume”, “conjunto de normas adquiridas pelo homem”. Portanto, esses termos se referem a 2 qualidades especifi camente humanas: o “modo de ser” ou o “caráter” de cada um, sobre o qual se asses- tam os “costumes” ou as “normas adquiridas”, plasmando o comportamento moral do homem.

A Éti ca Médica será responsável pelo estudo do com- portamento moral dos médicos durante o exercício profi s- sional, ou seja, enquanto estão em ati vidade médica. A De- ontologia Médica, por sua vez, é responsável pelos estudos dos deveres dos médicos, enquanto a Diceologia estuda os direitos para os médicos. Essas 2 vertentes estão ordenadas no Código de Éti ca Médica: os Princípios Fundamentais, os Direitos dos Médicos e os capítulos relati vos às vedações ao médico.

A Bioéti ca, termo criado pelo oncologista e biólogo ame- ricano Van Rensselaer Pott er em seu livro Bioethics: bridge to the future, é o estudo sistemáti co da conduta humana na área das ciências da vida e dos cuidados da saúde, na medida em que essa conduta é examinada à luz dos valo- res e dos princípios morais. Esse conceito é o atualmente empregado e foi lançado pela Encyclopedia of Bioethics em 1978. Como campo emerso da éti ca médica, a Bioéti ca é

fruto da evolução do saber e de concepções novas geradas pelas atuais realidades da Medicina, da Biologia, da Socio- logia e da Filosofi a.

Tabela 1 - Princípios da Bioéti ca Autonomia

Respeito à vontade, às crenças e aos valores morais do paciente ou do seu responsável, reconhecendo o domínio deste sobre a pró- pria vida e o respeito à sua inti midade

Benefi cência

Atendidos os interesses do paciente e evi- tados danos, como professam os princípios hipocráti cos e o princípio da justi ça, que exi- ge equidade na distribuição de bens e bene- fí cios tanto no exercício da Medicina como nas demais profi ssões da área da Saúde Não malefi cência

A obrigação de não infl igir dano intencional (o princípio deriva da máxima da éti ca mé- dica primum non nocere)

A Bioéti ca analisa os problemas éti cos (dos pacientes, dos médicos e de todos os envolvidos na assistência) rela- cionados com o início e o fi m da vida, com a Engenharia Genéti ca, com os transplantes de órgãos, com a reprodução humana assisti da com embriões congelados, com a ferti li- zação in vitro, com o prolongamento arti fi cial da vida, com os direitos dos pacientes terminais, com a morte encefálica, com as diversas formas de eutanásia etc.

A ati vidade médica, assim como todas as outras ati vi- dades humanas, é regulamentada por normas jurídicas. As normas jurídicas gerais são comuns a todos os cidadãos, dentro do espaço territorial brasileiro, e as normas jurídicas especiais regulamentam matérias específi cas.

Assim, o médico, em sua ati vidade, está sujeito a diversas normas jurídicas gerais e especiais. As normas gerais são a Consti tuição Federal de 1988, o Código Civil de 2002, o Códi-

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100

go Penal, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e outras leis estaduais e municipais. As normas especiais que regula- mentam a ati vidade médica são elaboradas pelo Ministério da Saúde, pelo Conselho Nacional de Saúde, pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pelos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) por meio de resoluções e portarias.

Devemos lembrar que há uma hierarquia entre as nor- mas e que nenhuma pode ser contrária à Consti tuição Fe- deral (Lei Magna).

-Valor: o conceito está ligado às noções de preferên- cia ou de seleção. Rokeach (1973) defi ne valor como uma crença duradoura em um modelo específi co ou estado de existência, pessoal ou socialmente adotado e embasado em uma conduta preexistente. Exemplos de valores individuais: escolha profi ssional, autonomia ou paternalismo; valores universais: religião, crime, proibição de incesto etc.;

-Moral: para Barton & Barton (1984), o estudo da Filo- sofi a Moral consiste em questi onar-se sobre o que é correto ou incorreto, o que é virtude ou maldade nas condutas humanas. A moralidade é um sistema de va- lores do qual resultam normas consideradas corretas por determinada sociedade. Exemplos: 10 mandamen- tos, Código Penal etc. A lei moral ou os seus códigos usualmente objeti vam ordenar um conjunto de di- reitos e deveres do indivíduo e da sociedade; porém, para ser exequível, é necessário que uma autoridade a imponha e casti gue o infrator. A moral pressupõe, além da punição ao infrator, que seus valores sejam impostos e que não possam ser questi onados.

Como em todos os códigos de moral, as proibições vêm sempre precedidas de um “não”, fi cando implícito que to- dos têm ou podem ter esses desejos e que devem ser repri- midos, senão ocorrerá casti go.

Tabela 2 - Conceitos de eti cidade em pesquisas

Autonomia (res- peito à individua- lidade)

Consenti mento livre e esclarecido dos indi- víduos-alvo e proteção a grupos vulneráveis e aos legalmente incapazes (nesse senti do, a pesquisa envolvendo seres humanos deve sempre tratá-los em sua dignidade, respei- tá-los em sua autonomia e defendê-los em sua vulnerabilidade)

Benefi cência (fazer o bem)

Ponderação entre riscos e benefí cios, tanto atuais como potenciais, individuais ou co- leti vos, comprometendo-se com o máximo de benefí cios e o mínimo de danos e riscos Não malefi cência

(não fazer o mal)

Garanti a de que danos previsíveis serão evi- tados

Justi ça e equidade

Relevância social com vantagens signifi ca- ti vas para os sujeitos da pesquisa e minimi- zação do ônus para os sujeitos vulneráveis, o que garante a igual consideração dos in- teresses envolvidos, não perdendo o sen- ti do de sua desti nação sócio-humanitária

Dentre os fundamentos formais e obrigatórios relacio- nados à bioéti ca, à eti cidade e à pesquisa, destacamos:

A - Consenti mento livre e esclarecido

O médico tem o dever de informar ao paciente os ris- cos do ato médico, dos procedimentos e das consequências dos medicamentos prescritos. Além disso, tem responsabi- lidades civil, penal e disciplinar sobre seus atos, devendo essa responsabilidade ser avaliada em cada caso. O termo de consenti mento livre e esclarecido tem, como fi nalida- de, formalizar ou documentar ao médico e ao paciente as possíveis consequências do ato médico, inclusive hipóteses de caso fortuito e de força maior, desconhecidas da ciên- cia e que fogem ao controle da Medicina. Desta forma, o termo não tem a virtude de excluir a responsabilidade do médico. Não pode ser entendido, pois, como excludente de responsabilidade ou cláusula de não indenização. O docu- mento cumpre fi nalidade éti co-jurídica e pode ser aprecia- do como prova da lisura do procedimento médico. Assim, jamais deve ser de cunho impositi vo, devendo ser grafado em linguagem acessível e simples para o entendimento do paciente que subscreverá o documento, ou de seu repre- sentante legal.

B - Comitês de éti ca em pesquisa

Hospitais e insti tuições de saúde que realizam pesquisas clínicas devem consti tuir os Comitês de Éti ca em Pesquisa (CEPs), conforme a Resolução nº 196/96 do Conselho Nacio- nal de Saúde (CNS), que traz as normas regulamentadoras de experimentos com seres humanos no país. O CEP deve ser consti tuído por colegiado com número não inferior a 7 mem- bros. Deve haver, também, a parti cipação de profi ssionais das áreas de Saúde e de Ciências Exatas, Sociais e Humanas, incluindo, por exemplo, juristas, teólogos, sociólogos, fi lóso- fos, bioeti cistas e, pelo menos, 1 membro da sociedade re- presentando os usuários da insti tuição. Terá sempre caráter multi e transdisciplinar, não devendo haver mais que metade dos membros pertencentes à mesma categoria profi ssional.

Poderá, ainda, contar com consultores ad hoc, pessoas per- tencentes ou não à insti tuição, com a fi nalidade de fornecer subsídios técnicos. São atribuições dos CEPs:

-Revisar todos os protocolos de pesquisa envolvendo seres humanos, inclusive os multi cêntricos, cabendo- -lhes a responsabilidade primária pelas decisões sobre a éti ca da pesquisa a ser desenvolvida na insti tuição, de modo a garanti r e a resguardar a integridade e os direitos dos voluntários parti cipantes nas referidas pesquisas;

-Emiti r parecer consubstanciado por escrito, no prazo máximo de 30 dias, identi fi cando com clareza o ensaio, os documentos estudados e a data de revisão.

Em princípio, o paciente tem plena capacidade de en- tender e determinar se, de acordo com o seu entendimen- to, tem a autonomia de decidir sobre seu tratamento. Sua

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CASOS CLÍNICOS

(11)

EPIDEMIOLOGIA

119

CASOS CLÍNICOS

2014 - FMUSP

1. Momento 1: Dona Neusa, de 34 anos, casada, cos- tureira, natural e procedente de uma cidade que fi ca a 400km de São Paulo, vem para a capital e procura um pronto-socorro de um hospital terciário, pois quer reali- zar uma endoscopia que não conseguiu realizar em sua cidade. A paciente queixa-se de dor epigástrica em quei- mação, há 2 anos. Nega emagrecimento, sangramento di- gesti vo e/ou outras alterações. O atendimento no pron- to-socorro foi realizado, e as condutas adequadas foram tomadas.

a) Cite 2 diretrizes e/ou princípios do SUS que não foram atendidos no caso.

Momento 2: Dona Neusa retorna à sua cidade e recebe pela 1ª vez a visita de Lucas, um Agente Comunitário de Saúde. Ela desconhecia a Estratégia Saúde da Família (ESF), e ele explica que faz parte de uma equipe respon- sável pelo acompanhamento de saúde dos moradores da região, realizando consultas na Unidade Básica de Saúde e em casa ao longo do tempo, e que ele próprio, em especial, fará visitas mensais à família de Neusa.

Esta, então, comenta que o médico do pronto-socorro em São Paulo insistiu na mudança de hábitos alimen- tares. Lucas propõe o agendamento de consulta com a médica da equipe e oferece atividades em grupo na Unidade Básica de Saúde. Dona Neusa pergunta se, na equipe, há nutricionista.

b) Cite 2 atributos (característi cas do cuidado) da Atenção Primária à Saúde (APS) presentes no texto descrito e transcreva o trecho do caso clínico que justi fi ca a sua resposta.

c) Lucas responde que não há nutricionista na sua equi- pe. Cite a(s) alternati va(s) estruturada(s) na ESF para a parti cipação, na APS, de profi ssionais de saúde que não compõem a equipe básica.

d) Qual é o nível de governo prioritariamente responsável pela organização da rede de APS?

2014 - UNIFESP

2. Sobre a distribuição gratuita de medicamentos feita pelo Ministério da Saúde do Brasil, cite (sem erro de so- letração) o nome de uma droga (não o nome do produto comercial), apenas 1 em cada linha, para o tratamento de:

a) Hipertensão arterial sistêmica com inibidor da enzima de conversão da angiotensina.

b) Diabetes mellitus ti po 2 com biguanida.

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QUESTÕES

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EPIDEMIOLOGIA

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QUESTÕES

Políticas de saúde no Brasil

2015 - UNAERP

1. O princípio do SUS que rompeu com o modelo de saúde excludente, em que somente os contribuintes da Previ- dência Social ti nham direito à assistência à saúde, foi o da:

a) universalidade b) equidade c) integralidade d) resolubilidade e) hierarquização

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2015 - UNAERP

2. De acordo com a Políti ca Nacional de Atenção Básica (Portaria nº 648, de 28 de março de 2006, e Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011), a Estratégia Saúde da Família é a estratégia prioritária do Ministério da Saúde para organizar a Atenção Básica do SUS. São característi - cas da ESF:

I - Práti ca do cuidado familiar ampliado, efeti vada por meio do conhecimento da estrutura e da funcionalidade das famílias visando propor intervenções que infl uenciem os processos de saúde–doença dos indivíduos, das famí- lias e da comunidade

II - Promoção e desenvolvimento de ações intersetoriais, voltadas exclusivamente à promoção da saúde e preven- ção de doenças de acordo com prioridades e sob a coorde- nação da gestão municipal

III - Valorização dos diversos saberes e práti cas na pers- pecti va de uma abordagem integral e resoluti va, possibili- tando a criação de vínculos de confi ança com éti ca, com- promisso e respeito

IV - Trabalho interdisciplinar e em equipe, integrando áreas técnicas e profi ssionais de diferentes formações Estão corretas:

a) I, II, III b) I, III, IV c) II, III, IV d) I, II, III e) I, III

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2015 - HCV

3. O Movimento Sanitário foi um movimento social ocor- rido no Brasil que levou à criação do Sistema Único de Saúde, contando com a parti cipação de vários segmentos organizados da sociedade civil. Com relação a esse movi- mento, é correto afi rmar que:

a) a principal forma de parti cipação do movimento popu- lar foram os sindicatos de trabalhadores

b) o movimento encerrou-se com a consolidação da prin- cipal conquista, o Sistema Único de Saúde, na Consti tui- ção Federal de 1988

c) as propostas do movimento infl uenciaram a 3ª Confe- rência Nacional de Saúde, a qual propôs a municipaliza- ção dos serviços de saúde

d) foram importantes protagonistas do movimento insti - tuições como o CEBES e a ABRASCO

e) os setores conservadores atuaram no seio do movimen- to, propondo a parti cipação do setor privado na presta- ção de serviços de saúde

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2015 - HCV

4. Cooperati vas médicas, medicina de grupo, autogestão, perante o Sistema Único de Saúde, correspondem ao se- tor:

a) suplementar b) complementar c) fi lantrópico d) sindical e) secundário

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2015 - HCV

5. A Revolução de 1930 colocou Getúlio Vargas no poder, o qual criou o Insti tuto de Aposentadorias e Pensões dos Maríti mos, em 1933. Nos anos seguintes, foram criados diversos outros insti tutos. Todos prestavam assistência à saúde de seus fi liados. Que aspecto econômico está ligado a essas medidas?

a) a necessidade de incenti var o crescimento das cidades b) o fortalecimento das exportações de produtos brasi-

leiros

c) a políti ca getulista de incenti var a vinda de mão de obra imigrante

d) a políti ca agrícola voltada para o consumo interno e) a força do setor industrial emergente no Brasil

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2015 - HCV

6. Com relação aos gastos em saúde no Brasil, assinale a alternati va correta:

a) o gasto total em saúde no Brasil, em comparação aos países que adotam sistemas de saúde universais, é ade- quado

b) o gasto privado em saúde no Brasil é excessivo, quando comparado a outros países com sistemas universais c) o gasto público federal em saúde no Brasil, pela Emenda

Consti tucional nº 29, deveria corresponder a 10% da re- ceita bruta da União

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COMENTÁRIOS

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EPIDEMIOLOGIA

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COMENTÁRIOS

Políticas de saúde no Brasil

Questão 1. Dentre os princípios doutrinários que norteiam o SUS, temos a universalidade, que pode ser compreendida como a garanti a de atenção por parte do sistema, a todo e qualquer cidadão; nesse contexto, todo cidadão passa a ter direito de acesso a todos os serviços públicos de saúde, e, nos casos em que o sistema público não consegue assegu- rar esse direito, o indivíduo deverá ter a seu dispor o serviço privado no caso contratado pelo poder público para prestar a assistência necessária. Contudo, podemos entender que a saúde é um direito de cidadania assegurado pela lei e é de- ver das 3 esferas do governo. Não apenas os contribuintes da Previdência Social teriam acesso ao sistema de saúde.

Gabarito = A

Questão 2. A Estratégia Saúde da Família (ESF) compõe-se de equipe multi profi ssional que tem, no mínimo, médico generalista ou especialista em Saúde da Família ou médico de família e comunidade, enfermeiro generalista ou espe- cialista em Saúde da Família, auxiliar ou técnico de enfer- magem e Agentes Comunitários de Saúde (ACSs). Podem-se acrescentar a essa composição, como parte da equipe mul- ti profi ssional, os profi ssionais de saúde bucal (ou equipe de Saúde Bucal – eSB): cirurgião-denti sta generalista ou espe- cialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saú- de Bucal. O número de ACSs deve ser sufi ciente para cobrir 100% da população cadastrada, no máximo de 750 pessoas por agente e 12 ACSs por equipe de Saúde da Família, sem ultrapassar o limite máximo recomendado de pessoas por equipe. Cada equipe de Saúde da Família deve ser respon- sável por, no máximo, 4.000 pessoas de determinada área, que passam a ter corresponsabilidade no cuidado com a saúde. A carga horária é de 40 horas semanais para todos os profi ssionais de saúde cadastrados na ESF, exceto o profi s- sional médico que poderá atuar em, no máximo, 2 equipes, pois poderá ser contratado por 20 ou, até, 30 horas sema- nais. Na jornada de 40 horas, deve-se observar a necessida- de de dedicação mínima de 32 horas da carga horária para ati vidades na equipe de Saúde da Família, podendo, confor- me decisão e prévia autorização do gestor, ser dedicadas, até, 8 horas do total da carga horária para prestação de ser- viços na Rede de Urgência e Emergência do município, ou para ati vidades de apoio matricial (link para NASF), qualifi - cação e/ou educação permanente, como a especialização em Saúde da Família, residência multi profi ssional e/ou de medicina de família e comunidade. São, ainda, caracterís- ti cas dessa estratégia de atendimento: práti ca do cuidado familiar ampliado, efeti vada por meio do conhecimento da estrutura e da funcionalidade das famílias, visando propor intervenções que infl uenciem os processos de saúde–doen- ça dos indivíduos, das famílias e da comunidade e valoriza- ção dos diversos saberes e práti cas na perspecti va de uma abordagem integral e resoluti va, possibilitando a criação de vínculos de confi ança com éti ca, compromisso e respeito.

Gabarito = B

Questão 3. A Reforma Sanitária Brasileira foi proposta num momento de intensas mudanças e sempre pretendeu ser mais do que uma reforma setorial. Almejava-se, desde seus primórdios, que pudesse servir à democracia e à consolida- ção da cidadania no país. A realidade social, na década de 1980, era de exclusão da maior parte dos cidadãos do direi- to à saúde, que se consti tuía na assistência prestada pelo Insti tuto Nacional de Previdência Social, restrita aos traba- lhadores que para ele contribuíam, prevalecendo a lógica contraprestacional e da cidadania regulada. A VIII Confe- rência Nacional de Saúde (CNS), realizada em 1986, contou com a parti cipação de técnicos do setor saúde, de gestores e da sociedade organizada, propondo um modelo de prote- ção social com a garanti a do direito à saúde integral.

O movimento sanitário ti nha proposições concretas. A pri- meira delas, a saúde como direito de todo cidadão, inde- pendente de ter contribuído e de ser trabalhador rural ou não trabalhador. Não se poderia excluir ou discriminar qual- quer cidadão brasileiro do acesso à assistência pública de saúde. A segunda delas é que as ações de saúde deveriam garanti r o acesso da população às ações de cunho preven- ti vo e/ou curati vo e, para tal, deveriam estar integradas em um único sistema. A terceira, a descentralização da gestão, tanto administrati va como fi nanceira, de forma que se es- ti vesse mais próximo da 4ª proposição, que era a do con- trole social das ações de saúde. Os estudos sobre o tema, no mais das vezes, datam o início do movimento em mea- dos dos anos 1970, na criação de uma série de insti tuições empenhadas na universalidade e equidade da assistência à saúde. É o caso do CEBES – Centro Brasileiro de Estudos de Saúde –, de 1976, e da ABRASCO – Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coleti va –, de 1979.

Gabarito = D

Questão 4. A saúde suplementar pode ser defi nida como todo atendimento privado de saúde, realizado ou não por meio de um convênio com um plano de saúde. Estão pre- sentes, no cenário da Saúde Suplementar no Brasil, o go- verno, representado pelo Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além das operadoras de pla- nos privados, as seguradoras e os prestadores de serviço de assistência à saúde.

Gabarito = A

Questão 5. O conhecimento histórico permite concluir que a força do setor industrial emergente no Brasil infl uenciou a criação de diversos insti tutos de aposentadorias e pensões de diferentes classes de trabalhadores.

Gabarito = E

Questão 6. Os governos federal, estaduais e municipais são responsáveis apenas por 42% dos gastos com saúde no país, enquanto as famílias e insti tuições sem fi ns lucra- ti vos respondem pelos 58% restantes. Segundo dados de

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