MEMORIAL DESCRITIVO E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE MATERIAIS E SERVIÇOS
OBRA: QUADRA ESPORTIVA COBERTA;
ÁREA DO EMPREENDIMENTO: 746,21m²;
LOCAL: RODOVIA BR 472;
GENERALIDADES: O presente memorial destina-se a descrever os serviços que serão executados para a construção da QUADRA ESPORTIVA COBERTA, com dimensão de 21,30 x 35,05 m. Este será implantado sob uma Fração de Terras de Cultura localizado na BR 472, matricula 874, no Município de BOA VISTA DO BURICÁ - RS.
ESPECIFICAÇÕES PARA SERVIÇOS 1. SERVIÇOS PRELIMINARES:
1.1. A Placa da obra deverá ser fixada em local visível, preferencialmente no acesso principal do empreendimento. As suas medidas deverão ser de 2,00 x 1,25 m e será fixada a suportes de madeira junto ao solo, na figura abaixo seguem as informações a serem contidas:
Figura 01: Modelo de Placa de Obra
Fonte: CAIXA – Manual Visual de Placas e Adesivos de Obras, Janeiro de 2019.
1.2. Os materiais empregados na obra satisfarão o presente memorial e serão submetidos a
exame e aprovação do engenheiro e/ou arquiteto responsável pela execução, bem como da
fiscalização das obras. Nas diferenças de cotas e medidas em desenho, prevalecerão sempre os
valores escritos.
1.3. Periodicamente a área deverá ser limpa, sendo procedida a remoção de todo o entulho e detritos acumulados no decorrer dos trabalhos de construção.
1.4. Para instalação da Empreiteira selecionada serão disponibilizadas as edificações já implantadas no terreno, área do Parque Recanto Verde, que deverão ser definidas pelo Setor de Planejamento juntamente com a Empresa que irá executar a obra. Dentre as necessidades, devem ser observadas questões relacionadas ao depósito de materiais, escritório para o pessoal da Empreiteira, sanitários, abrigo para guardas, possíveis instalações para funcionários, etc.
Apenas executar-se-á, pela contratante, um barracão com paredes de madeira compensada e cobertura em fibrocimento, dispondo de instalação elétrica.
1.5. Para uso na obra, será disponibilizado pelo município as instalações de água existentes junto ao Centro de Eventos (CTG).
2. INFRA-ESTRUTURA 2.1. TRABALHOS EM TERRA
2.1.1. A Prefeitura providenciará o serviço de terraplanagem mecânica inicial, adequando o terreno as especificações da obra.
2.1.2. A locação deverá ser global, sobre quadros de madeira que envolva todo o perímetro da obra. Os quadros devem ser perfeitamente nivelados e fixados, de tal modo que resistam às tensões dos fios de marcação em oscilação e sem possibilidade de fuga da posição correta.
2.1.3. A locação se fará sempre pelos eixos dos elementos construtivos no perímetro da obra (pilares, etc.) com marcação nas tábuas ou sarrafos dos quadros, por meio de cortes e pregos na madeira.
2.1.4. As cavas para fundações serão executadas em obediência rigorosa ao projeto de fundações e demais projetos da obra e de acordo com a natureza do terreno encontrado e o volume do trabalho a ser realizado. Deverá ser observado o máximo rendimento e economia, obrigando-se a Empreiteira a adotar o processo que mais se adequar à natureza do terreno tomando alguns cuidados, desta forma, o fundo destas valas deverá ser perfeitamente compactado, antes do lançamento do concreto. Ter o cuidado de não deixar detritos e raízes no fundo da vala para evitar problemas de recalque de solo futuro. Antes da locação da sapata, devera ser realizado uma camada de 5 cm de lastro em brita n° 2.
2.1.5. As escavações, quando houver necessidade, serão convenientemente isolados, escorados e esgotados, devendo ser tomado todo o cuidado aconselhável para a segurança dos operários e da própria obra.
2.1.6. Correção de níveis – Os trabalhos de aterro e reaterro de cavas de fundação e outras
partes da obra, como enchimento para pisos, serão executados com material escolhido, sem
detritos vegetais, em camadas sucessivas nunca maiores que 0,15 m de espessura, no máximo,
molhados e energicamente apiloados, tendo o cuidado de compactar bem este solo próximo as
fundações, não deixando espaço para que as águas pluviais possam infiltrar para a fundação,
2.2 FUNDAÇÕES
2.2.1. O nível do respaldo do alicerce a ser implantado deverá ser no mínimo 10cm acima do nível do solo.
2.2.2. As Sapatas Isoladas serão executadas em concreto armado Fck 20 Mpa. As dimensões destas sapatas deverão ser de 1,50 x 1,30 x 0,50 m cada, sendo indicado em planta a localização de cada uma.
2.2.3. As sapatas isoladas deverão ser assentadas sobre uma camada de lastro de brita de 5cm.
Deverá ser concretado junto com a sapata o arranque dos pilares, que terão altura de 1,00 m acima da fundação. As escavações serão convenientemente isoladas, escorados e esgotados, devendo ser tomados todos os cuidados aconselháveis para a segurança dos operários e da própria obra
.2.2.4. A altura mínima da escavação para assentamento das sapatas, mesmo com condições favoráveis de resistência do terreno, será de 1,60 metros abaixo do nível atual do terreno.
2.2.5. A alvenaria de embasamento, será executada em tijolos cerâmicos maciços 5x10x20cm em toda a linearidade da viga baldrame, sendo com altura uniforme de 20cm e largura de 20cm, sobre lastro de concreto magro de 2cm.
2.2.6. As vigas de baldrame serão em concreto armado, com fck = 25 Mpa, altura de 35cm e largura de 20 cm, concretada sobre a alvenaria de embasamento.
2.2.7. Deverá ser seguido projeto estrutural especifico, observando dimensões, localização e especificações de ferragens e concreto.
3. IMPERMEABILIZAÇÃO
3.1. O respaldo dos alicerces deverá ser impermeabilizado com três demãos (cruzadas) de argamassa polimérica impermeabilizante semi flexível, seguindo as recomendações do fabricante quanto a aplicação e preparo, que deverão cobrir toda a superfície e inclusive as laterais.
4. ESTRUTURA
4.1. Para a execução dos serviços de concreto armado para das fundações será usado o processo de moldagem no local.
4.2. A estrutura de sustentação (Pilares, Vigas, Vigas de Amarração sob pilares) serão de concreto armado, moldado in loco, com Fck mínimo de 25 Mpa. O concreto deverá ser adensado utilizando vibrador de imersão com vistas a um perfeito adensamento, evitando falhas que deixem expostas as armaduras o que reduz a resistência e durabilidade das peças.
4.3. Para os Pilares e Vigas Metálicos deverão ser utilizados perfis com espessura de 3,00 mm
com dimensões indicados no projeto.
4.4. A estrutura será executada de acordo com o projeto estrutural e as normas brasileiras sobre o assunto. A ferragem, dimensões e formas a utilizar será indicada no projeto estrutural, anexado.
4.5. As formas deverão ser previamente molhadas antes das concretagens com vistas a evitar o excesso de evaporação e conseqüente perda de resistência das estruturas.
4.6. Os pilares de concreto deverão ter conforme previsto no projeto, cinta de amarração de 35x15 cm à 2,05 m a partir do piso, para dar maior rigidez ao conjunto.
4.7. A estrutura de concreto dos pilares e vigas que estruturam um dos lados da quadra coberta permanecerão à vista, razão porque deverão ser tomados cuidados especiais para a execução das formas, mistura e vibração das massas.
5. COBERTURA
5.1. A estrutura do telhado será metálica composta de treliças em perfil U 100x150x100mm (banzos) e 50x150x50mm (montantes e diagonais), com espessuras de 3,00mm, respectivamente. Terças metálicas enrijecidas de perfil U 127x50x17mm, espessura 3,00mm, e cabos de aço de 1/2”, devidamente afixadas à cobertura com chumbadores. O consumo de aço corresponde a 5,66kg/m. Será pintada com duas demãos de fundo anticorrosivo e duas demãos de tinta esmalte cor Laranja Pó de Tijolo.
5.2. A cobertura será com telhas onduladas galvanizadas nº 17 (e= 0,5mm), afixadas na estrutura com hastes de alumínio buchas arruelas e parafusos, tudo conforme projeto estrutural. A execução deverá obedecer ao dimensionamento e o detalhamento do projeto. As terças deverão ter afastamento máximo de 1,30m entre elas.
5.3. Os fechamentos laterais da cobertura deverão ser revestidos com chapas onduladas galvanizadas do mesmo padrão das chapas utilizadas na cobertura.
5.4. Para coleta das águas pluviais da cobertura, deverão ser instaladas calhas de 25x25 cm, desenvolvimento de 75 cm, fabricada em chapa de aço galvanizado número 24, nas extremidades das duas águas do telhado do ginásio.
6. PAVIMENTAÇÃO
6.1. Previamente será executado o aterramento e apiloamento de toda a área limitada pelos parâmetros internos dos alicerces, em camadas conforme especificado. Posteriormente, será lançado um lastro de brita de espessura igual a 7cm.
6.2. LONA PRETA: utilização da lona preta 200 micras em toda área pavimentada;
6.3. PEDRA BRITA: será lançado um lastro de brita de espessura igual a 7 cm;
6.4. TELA SOLDADA: para reforço da pavimentação também em toda área pavimentada;
6.5. PISO: O piso será em concreto usinado de resistência característica 20MPa, com 10cm de espessura e juntas serradas de 2,50x2,50m. Para este, será realizado o polimento com desempenadeira elétrica.
7. PINTURA
7.1. Além de seguir as Normas pertinentes da ABNT e as prescrições do fabricante, o processo de pintura deverá se realizar através das seguintes etapas:
◼
preparação das superfícies;
◼
aplicação da pintura.
7.1.1. Preparação das Superfícies:
a)
A preparação das superfícies terá por objetivo melhorar as condições para a aplicação da tinta.
b)
A superfície bem preparada deverá ser limpa, seca, lisa e plana, isenta de graxas, óleos, ceras, resinas, sais solúveis e ferrugem. A porosidade, quando exagerada, deverá ser corrigida.
c)
A eliminação de poeiras deverá ser completa, tomando-se precauções específicas contra o levantamento de pó durante os trabalhos de pintura, até que as tintas sequem completamente.
d)
Nas superfícies metálicas, a preparação das superfícies se fará principalmente atendendo ao desengraxe e à eliminação de ferrugem.
e)
Os padrões de preparo das superfícies deverão ser adequados aos graus de intemperismo apresentados pelas superfícies metálicas.
7.1.2. Aplicação da Pintura:
a)
O número de demãos deverá ser o suficiente para cobrir totalmente a superfície a pintar, de acordo com as especificações do fabricante e nunca inferior a duas.
b)
Cada demão de tinta só poderá ser aplicada quando a precedente estiver perfeitamente seca, convindo observar um intervalo mínimo de 24 horas entre as demãos sucessivas, salvo especificação em contrário.
c)
Os trabalhos de pintura em locais não convenientemente abrigados deverão ser suspensos em tempos de chuva.
d)
Deverão ser adotados precauções especiais no sentido de evitar salpicadas de tinta em superfícies não destinadas a pintura, convindo prevenir futuras remoções.
7.2. Tipos de Pintura a Empregar:
a)
Pista - A quadra deverá ser pintada com tinta acrílica para piso, com duas demãos, após o polimento. As linhas de demarcação das modalidades poliesportivas serão pintadas com tinta acrílica na cor branca, com 5 cm de largura. Deverão ser seguidos as indicações das cores especificadas em projeto.
b)
Estruturas metálicas - Todas as estruturas metálicas incluídos os equipamentos
metálicos das modalidades esportivas, deverão ser pintadas com fundo antiferruginoso e tinta
esmalte brilhante, cor definida em projeto anexo.
8. INSTALAÇÕES PLUVIAIS
8.1. Será instalado apenas sistema de coleta pluvial através de calhas e condução por tubos de queda.
8.2. As calhas serão metálicas, L=25cm e H=25cm, com ralo semiesférico 100mm tipo
“abacaxi”.
8.3. Os tubos de queda das águas pluviais serão em PVC 100mm linha sanitária com junta elástica.
9. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
9.1. Considerações Gerais
9.1.1. As instalações elétricas serão executadas de acordo com o projeto elétrico de baixa tensão, fundamentado na NBR 5410/2004.
9.1.2. Todos os serviços deverão utilizar mão-de-obra de alto padrão técnico, não sendo
permitido o emprego de profissionais desconhecedores da boa técnica e da segurança.
9.1.3. Todos os materiais básicos componentes como aparelhos e equipamentos a serem instalados, deverão atender aos padrões de fabricação e aos métodos de ensaio exigidos pela ABNT, assim como às especificações complementares da concessionária local.
9.1.4. As especificações dos materiais deverão ser seguidas rigorosamente. Cabe única e exclusivamente à Fiscalização aceitar ou não a similaridade dos materiais citados nestas especificações.
9.1.5. Também as especificações referentes a todos os serviços deverão ser seguidas rigidamente e complementadas pelo que está prescrito nas Normas Brasileiras pertinentes, no caso de eventual omissão. Qualquer alteração que se fizer necessária deverá ser submetida à apreciação da Fiscalização, para a sua devida aprovação ou não.
9.1.6. As instalações elétricas deverão obedecer aos pontos previstos no projeto, sendo a fiação protegidas por eletroduto PVC rígido de 1”. Estão previstas caixas de embutir 4”x2”
ferro galvanizado junto as tomadas e interruptores, sendo que sempre for necessário será instalada uma caixa de passagem 4”x4”. Na iluminação do pavilhão serão empregadas luminárias com lâmpada de luz mista 500W, fixadas por sistema de suspensão anti-vibratório.
9.1.7. A tubulação para as luminárias será com eletroduto PVC antichama 16mm, terminando nas caixas conduletes, não sendo permitida a furação nas treliças quando da fixação da tubulação. A fiação e os disjuntores obedecerão às especificações de planta, sendo os condutores do tipo antichama, na secção de acordo com a carga.
9.1.8. O centro de distribuição-CD será de sobrepor, com barramento previsto para a carga
10. EQUIPAMENTOS
10.1. A quadra deverá ser concluída com a colocação das demarcações e acessórios:
10.2. Marcação da quadra: Deverão ser demarcadas com tinta específica para o fim, as modalidades de futebol de salão e vôlei.
10.3. Acessórios: Deverão ser instaladas traves removíveis com tampões de tapa buraco para as modalidades de vôlei e futebol de salão com respectivas redes.
11. PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO
11.1. Será executado de acordo com o respectivo projeto aprovado pelo Corpo de Bombeiros local.
12. DA MÃO DE OBRA E ENTREGA DA OBRA
12.1. A mão de obra que a critério da fiscalização da prefeitura se mostrar inapta para o serviço, deverá ser substituída imediatamente, sem ônus para o contratante. A empreiteira contratada deverá apresentar por ocasião da autorização de início da obra, a matrícula junto ao INSS e comprovante de carteira assinada dos empregados da obra.
12.2. A obra deverá ser entregue limpa, livre de entulhos, restos de construção.
12.3. Todas as instalações devem estar funcionando, devidamente ligadas às redes correspondentes das concessionárias e terem sido testadas pela fiscalização, de acordo com as normas da ABNT.
12.4. Todos os serviços deverão ser examinados pela fiscalização que constatará se os mesmos foram executados de acordo com as especificações e, uma vez não estando de acordo, deverão ser refeitas, às expensas do construtor.
12.5. Deverá ser fornecida a CND da obra.
Boa Vista do Buricá/RS, Março de 2019.
__________________________
DIEGO HENRIQUE WESSELING Engenheiro Civil
CREA/RS 123.315-D
