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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI CAMPUS TANCREDO DE ALMEIDA NEVES CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI CAMPUS TANCREDO DE ALMEIDA NEVES CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA

PESO E MORFOMETRIA DA RAINHA COMO CRITÉRIOS DE SELEÇÃO INDIRETA EM ABELHAS AFRICANIZADAS

TAIRINE LENITA DE OLIVEIRA ASSIS

SÃO JOÃO DEL-REI –MG DEZEMBRO DE 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI CAMPUS TANCREDO DE ALMEIDA NEVES CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA

PESO E MORFOMETRIA DA RAINHA COMO CRITÉRIOS DE SELEÇÃO INDIRETA EM ABELHAS AFRICANIZADAS

TAIRINE LENITA DE OLIVEIRA ASSIS Zootecnista

SÃO JOÃO DEL REI–MG DEZEMBRO DE 2017

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TAIRINE LENITA DE OLIVEIRA ASSIS

PESO E MORFOMETRIA DA RAINHA COMO CRITÉRIOS DE SELEÇÃO INDIRETA EM ABELHAS AFRICANIZADAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Bacharelado em Zootecnia, da Universidade Federal de São João del-Rei-Campus Tancredo de Almeida Neves, como parte das exigências para a obtenção do diploma de Bacharel em Zootecnia.

Orientador: Leila de Genova Gaya (UFSJ/CTAN)

SÃO JOÃO DEL REI–MG DEZEMBRO DE 2017

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DEDICATÓRIA

“Dedico este trabalho primeiramente а Deus, por ser essencial em minha vida, autor de meu destino, meu guia, socorro presente nas horas de angústia. Aos meus avós paternos Perpétua e Joaquim “In Memorian” e maternos Lenita “In Memorian” e Francisco “In Memorian”, pela existência de meus pais, Martinho e Gislene, pois sem eles este trabalho e muitos dos meus sonhos não se realizariam.”

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente а Deus a realização deste sonho, me dando sempre força, coragem e perseverança para nunca desistir, apesar das dificuldades e obstáculos.

Aos meus pais, Gislene e Martinho, meus exemplos de vida, que me educaram, incentivaram, apoiaram e me fizeram acreditar que tudo é possível, se realizado com amor, esforço e dedicação.

Ao meu irmão “Ninho”, que sempre acreditou em meu potencial, me aconselhou e apoiou nos momentos em que mais precisei.

À Minha cunhada Bianca e minha sobrinha Maria Victória, pelo apoio e incentivo.

À professora Leila, pela dedicada, ética, compreensiva e paciente orientação, por todo o incentivo e conselhos, especialmente por todo cuidado e preocupação comigo, minha eterna gratidão e carinho.

A todas as amizades que conquistei na Zootecnia, por tornarem essa caminhada mais agradável e divertida, especialmente Bia, Talita, Ângela, Carol, Anderson, Jolcimar, Vitor e André.

Aos colegas Bruna, João Pedro, Eduardo e Grazi, pela produção das rainhas, coleta e análise dos dados.

A todos os professores que tive, desde o pré-escolar até a graduação, que além de suas disciplinas, ensinaram lições para vida.

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SUMÁRIO

RESUMO ... i

ABSTRACT ... ii

LISTA DE FIGURAS ... iii

LISTA DE TABELAS ... iv

1. INTRODUÇÃO ... 1

2. REVISÃO DE LITERATURA ... 3

2.1. APICULTURA BRASILEIRA ... 3

2.2. BIOLOGIA DAS ABELHAS AFRICANIZADAS ... 4

2.3. MELHORAMENTO GENÉTICO EM ABELHAS AFRICANIZADAS ... 5

2.4. SELEÇÃO ... 7

2.5. PESO E CARACTERÍSTICAS MORFOMÉTRICAS À EMERGÊNCIA DE RAINHAS COMO CRITÉRIOS DE SELEÇÃO ... 8

3. MATERIAL E MÉTODOS ... 12

3.1. LOCAL DE ESTUDO ... 12

3.2. PRODUÇÃO DAS RAINHAS ... 12

3.3. VARIÁVEIS DE ESTUDO ... 13 3.4. ANÁLISES ESTATÍSTICAS ... 16 3.4.1. ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS ... 16 3.4.2. ANÁLISES DE CORRELAÇÃO ... 16 3.4.3. ANÁLISES DE REGRESSÃO ... 16 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 18 5. CONCLUSÕES ... 27 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 28

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RESUMO

Teve-se como objetivo desse trabalho a proposição do critério mais apropriado de seleção fenotípica dentre as variáveis de peso e morfometria registradas nas rainhas à emergência em uma população de abelhas africanizadas da região do Campo das Vertentes, Minas Gerais, com base no estudo fenotípico da relação entre essas características. As variáveis avaliadas neste estudo foram peso corporal (PC), largura abdominal (LA), comprimento abdominal (CA) e comprimento corporal (CC) das rainhas, todas registradas à emergência. Os valores médios PC, LA, CA e CC foram 0,17g, 4,54mm, 10,72mm e 17,41mm, respectivamente. Todas as correlações entre peso corporal e as demais características foram significativas ao nível de 5% de probabilidade, com valores de 0,20, 0,39 e 0,37 entre PC e LA, PC e CA e PC e CC, respectivamente. As correlações fenotípicas entre LA e CA, e entre LA e CC não foram significativas. A correlação de valor mais alto foi obtida entre as características CA e CC (0,58). Os coeficientes das equações linear e quadrática das análises de regressão para PC em função de LA, CA e CC foram significativos (p<0,05). O comprimento corporal apresentou-se como a característica mais viável a ser utilizada como critério de seleção fenotípica indireta, devido sua favorável relação com peso corporal, a partir e 12,577 mm. Portanto, a utilização do peso corporal e características morfométricas, comprimento abdominal e comprimento corporal à emergência de abelhas africanizadas apresentam-se como favoráveis critérios de seleção fenotípica.

Palavras chave: Apicultura, Apis mellifera, Correlação fenotípica, Melhoramento genético, Seleção de rainhas

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ABSTRACT

The objective of this work was to propose the most appropriate criterion for phenotypic selection among the variables of weight and morphometry recorded in queens to the emergence in a population of Africanized bees in the region of Campo das Vertentes, Minas Gerais, based on the phenotypic study of relationship between these characteristics. The variables evaluated in this study were body weight (PC), abdominal width (LA), abdominal length (CA) and body length (CC) of queens, all recorded at emergency. The mean values PC, LA, CA and CC were 0.17g, 4.54mm, 10.72mm and 17.41mm, respectively. All correlations between body weight and other characteristics were significant at a 5% probability level, with values of 0.20, 0.39 and 0.37 between PC and LA, PC and CA and PC and CC, respectively. The phenotypic correlations between LA and CA, and between LA and CC were not significant. The highest value correlation was obtained between the CA and CC characteristics (0.58). The coefficients of the linear and quadratic equations of the PC regression analyzes as a function of LA, CA and CC were significant (p <0.05). Body length was the most viable feature to be used as an indirect phenotypic selection criterion, due to its favorable relation with body weight, from 12,577 mm.Therefore, the use of body weight and morphometric characteristics, abdominal length and body length to the emergence of africanized bees are presented as good criteria for phenotypic selection.

Key words: Beekeeping, Apis mellifera, Phenotypic correlation, Genetic breeding, Selection of queens

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: gaiolas tipo “bob” ... 13 Figura 2: Pesagem de abelha rainha africanizada da população avaliada ... 14 Figura 3: Registro do comprimento corporal de abelha rainha africanizada da população avaliada ... 15 Figura 4: Medidas morfológicas de rainhas africanizadas. (A) Comprimento Abdominal, (B) Largura Abdominal, (C) Comprimento Corporal ... 15 Figura 5: Regressão quadrática entre as variáveis peso corporal e largura abdominal à emergência nas rainhas de abelhas africanizadas da população avaliada ... 23 Figura 6: Regressão quadrática entre as variáveis peso corporal e comprimento abdominal à emergência nas rainhas de abelhas africanizadas da população avaliada ... 24 Figura 7: Regressão quadrática entre as variáveis peso corporal e comprimento corporal à emergência nas rainhas de abelhas africanizadas da população avaliada ... 24

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1-Número de observações (N), média (M), desvio-padrão (DP), coeficiente de variação (CV) e valores mínimo (MIN) e máximo (MAX) para as características da rainha na população de abelhas africanizadas avaliada ... 18 Tabela 2-Correlações fenotípicas (e respectivos p-valor entre parênteses) para as características PC (peso corporal da rainha à emergência), LA (largura abdominal da rainha à emergência), CA (comprimento abdominal da rainha à emergência) e CC (comprimento corporal da rainha à emergência) para a população de abelhas africanizadas avaliada ... 20 Tabela 3-Coeficientes de regressão linear e quadrática para PC (peso corporal à emergência, em g) em função das características à emergência largura abdominal (LA), comprimento abdominal (CA) e comprimento corporal (CC) na população avaliada ... 22

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1. INTRODUÇÃO

A apicultura é uma das principais atividades do agronegócio mundial capaz de gerar grandes impactos positivos, tanto sociais, econômicos, como ecológicos. Além de contribuir para a manutenção e preservação dos ecossistemas existentes, a partir da polinização cruzada, que garante a perpetuação das espécies de nossa flora, essa atividade consegue gerar uma renda extra ao apicultor de forma sustentável. A apicultura é, portanto, uma fonte para aumentar seus rendimentos com a venda de produtos apícolas, sem causar danos à natureza.

No cenário mundial, o Brasil possui posição de destaque na apicultura, sendo um dos maiores exportadores de produtos apícolas. Isso se deve, principalmente, à grande diversidade climática e à adaptação das abelhas africanizadas às condições do ecossistema brasileiro. As abelhas africanizadas são responsáveis pelo desenvolvimento apícola do país, pois possuem tolerância a várias pragas e doenças que prejudicam a atividade em todo o mundo, garantindo ao Brasil grandes oportunidades no mercado externo.

Os produtos apícolas têm alcançado um espaço no mercado mundial, elevando seu consumo anualmente, gerando ao setor altos índices de expansão. O desenvolvimento e índices produtivos das colônias estão relacionados com a qualidade de suas rainhas, pois a rainha é a genitora de todos os integrantes da colônia e através desta são transmitidas as características hereditárias que compõe o genótipo de todas as operárias, relacionadas à produção, tolerância à doença, defensividade, entre outras.

Como a produção é o principal objetivo do apicultor e, visto que a rainha é responsável por todas as características expressas pela colônia, para aumentar seus índices produtivos, o apicultor, além das técnicas adequadas de manejo, deve estar atento à

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adoção de ferramentas que visem avaliar o desenvolvimento e desempenho de suas rainhas. O melhoramento genético de abelhas se torna, assim, uma ferramenta para o sucesso e desenvolvimento da indústria apícola, possibilitando o aumento de sua eficiência produtiva.

Até o momento, poucos trabalhos que avaliassem aspectos do melhoramento genético para as características peso, comprimento e largura de abdome como parâmetros para seleção de rainhas foram descritos na literatura, embora, para essas variáveis, herdabilidades e correlações genéticas favoráveis aos ganhos em produtividade da colônia sejam reportadas. Desta forma, estudos são necessários com intuito de aumentar a gama de informações sobre o melhoramento genético desses animais, com o objetivo maior de rentabilidade no que se refere à produção de mel.

Diante do contexto apresentado e da escassez de estudos na área de melhoramento genético de abelhas na literatura pertinente, torna-se importante a avaliação das variáveis de peso, comprimento corporal, comprimento e largura abdominais à emergência em abelhas africanizadas e a avaliação de seus potenciais usos na seleção fenotípica e indireta nas populações comerciais. Assim, teve-se como objetivo desse trabalho a proposição do critério mais apropriado de seleção fenotípica dentre as variáveis de peso e morfometria registradas nas rainhas à emergência em uma população de abelhas africanizadas da região do Campo das Vertentes, Minas Gerais, com base no estudo fenotípico da relação entre essas características.

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2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. APICULTURA BRASILEIRA

A apicultura é uma atividade de grande importância social, econômica e ecológica, apresentando-se como uma importante alternativa para a agricultura familiar. O setor apícola brasileiro encontra-se em processo constante de expansão (Lima, 2013; Schafaschek, 2014; Martins, 2014). Até o momento, o crescimento da apicultura nacional garantiu posição de destaque ao país, sendo reconhecido como um dos maiores exportadores e produtores de produto apícola (Faquinello, 2007). Dentre os diversos produtos apícolas, o mel se destaca no consumo mundial. Segundo dados do IBGE, em 2016, o Brasil produziu aproximadamente 39,6 mil toneladas de mel. No ranking mundial dos países exportadores de mel do ano de 2016, o Brasil ocupou a 9ª posição, com um rendimento total de US$ 92.030.000,00, tendo um crescimento de 12,6% em relação ao total de mel exportado no ano de 2015 (ABEMEL, 2017). Desta maneira, a apicultura se evidencia como um alicerce para o fortalecimento da produtividade apícola relacionada ao desenvolvimento sustentável do país (Martins, 2014).

Esses valores, contudo, são baixos frente ao alto potencial que o país apresenta para o desenvolvimento desta atividade, sendo necessário incentivar apicultores para a adotarem técnicas de produção e manejo adequadas, visando aumento dos índices produtivos. De acordo com Souza (2009), boa parte da apicultura brasileira baseia-se na exploração produtiva de colônias oriundas de capturas na natureza, provenientes de enxameações reprodutivas. Evidencia-se, consequentemente, a grande importância da profissionalização da apicultura no Brasil para responder aos níveis e padrões produtivos e de qualidade para exportação (Martinez & Soares, 2012). Uma recomendação é a utilização do melhoramento genético e a produção e substituição de rainhas, embora existindo a dificuldade do acesso dos apicultores a programas de melhoramento

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padronizados e o receio dos mesmos em renovar a constituição de seus apiários por meio da substituição das rainhas (Martínez, 2012; Schafaschek, 2014; Martins, 2014; Rodrigues, 2015).

2.2. BIOLOGIA DAS ABELHAS AFRICANIZADAS

As abelhas africanizadas, existentes em boa parte do sul do Continente Americano, são poli-híbridas resultantes dos intercruzamentos das abelhas africanas A. mellifera scutellata, introduzidas pelo pesquisador Dr. Kerr, no Brasil, em 1956 (Halak,

2012). Esse fenômeno de intercruzamentos foi denominado de africanização de abelhas Apis mellifera.

As abelhas africanizadas são as responsáveis pelo desenvolvimento apícola do país, em consequência de seus altos índices produtivos e tolerância a várias pragas e doenças que prejudicam a atividade em todo o mundo, garantindo ao Brasil grandes oportunidades no mercado externo (Martínez, 2012). Além do fato de serem altamente produtivas e tolerantes a diversas enfermidades, elas são caracterizadas pelo rápido desenvolvimento, adaptabilidade, prolificidade, rusticidade e eficiência no processo de polinização (Faquinello, 2007).

As abelhas melíferas A. mellifera são insetos sociais com hábitos coloniais; suas colônias são formadas por três castas distintas com funções individuais bem definidas: rainha, operárias e zangões. A determinação sexual se realiza por intermédio da haplodiploidia, onde ovos fecundados geram fêmeas diploides, podendo estas serem rainhas ou operárias, dependendo do tipo e quantidade de alimento recebido durante a fase larval. A rainha é a única responsável pela oviposição, harmonia, estabilidade social e coordenação dos trabalhos da colônia, já as operárias são responsáveis pela execução de todas as tarefas necessárias à manutenção e funcionamento da colônia, e em condições

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de extrema necessidade podem realizar oviposição de ovos que originarão machos. Os machos são oriundos de ovos não fecundados, portanto, são indivíduos haploides e possuem a função exclusiva de acasalamento com a rainha para a perpetuação da espécie. (Souza, 2009; Martínez, 2012; Martins, 2014; Camargo et al., 2015; Rodrigues, 2015).

A abelha rainha é a genitora de todos os integrantes da colônia, através da qual são passadas as características hereditárias para a progênie, visto que é a única fêmea cujo sistema reprodutor apresenta-se perfeitamente desenvolvido. Seu sistema reprodutor é constituído por uma câmara vaginal que se conecta à espermateca, onde se armazena o conteúdo seminal originário da cópula da rainha com os variados zangões. Este sêmen estocado permanece na espermateca por toda a vida fértil da rainha, sendo utilizado gradativamente na fecundação dos ovócitos e após seu esgotamento, a colônia entra em processo de substituição natural e produção de uma nova rainha, para reiniciar o ciclo produtivo (Souza, 2009).

Nas abelhas melíferas, a rainha é quase duas vezes maior que as operárias e pode viver por períodos de até dois anos. Sua única função biológica é estritamente reprodutiva e de organização da estrutura hierárquica da colônia, a partir da oviposição e da exalação de feromônios. A capacidade da rainha de produzir ovos em quantidades suficientes e produzir feromônios é determinado pelo genótipo da rainha e sua interação com os efeitos ambientais pode ser refletida tanto na estrutura de seus órgãos reprodutivos, quanto no peso e características morfométricas desta (Bienefeld et al., 2007; Souza, 2009; Martinez & Soares, 2012; Manrique & Colmenares, 2014).

2.3. MELHORAMENTO GENÉTICO EM ABELHAS AFRICANIZADAS

Segundo Costa-Maia (2009), o profissionalismo entre os apicultores vem aumentando e, com ele, a necessidade constante da implementação de técnicas que

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intensifique a melhoria das produções apícolas. Boa parte desta intensificação produtiva pode ser obtida por meio do melhoramento genético de abelhas africanizadas, sendo este uma ferramenta essencial e de caráter obrigatório para o sucesso e desenvolvimento da indústria apícola (Martinez & Soares, 2012).

O melhoramento genético é um dos grandes aliados na agropecuária, proporcionando melhores índices de qualidade e produtividade, em virtude do aumento da frequência de genes desejáveis ou combinações genéticas que resultem em uma alta população com as características desejadas (Manrique & Colmenares, 2014; Souza et al., 2012). O progresso genético que se obtém no melhoramento, de forma generalizada, é dependente do uso correto das informações relativas aos indivíduos candidatos à seleção, com o auxílio constante dos conhecimentos metodológicos de avaliações genéticas e avanços no setor de informática (Silva et al., 2008).

Em abelhas africanizadas, o melhoramento ocorre em decorrência da seleção de rainhas, devido ao fato de todas as características expressas por determinada colônia, tanto reprodutivas quanto produtivas, advirem dos genes repassados pela mesma, e pela associação de práticas adequadas de manejo e implantação de técnicas reprodutivas que visem o controle genealógico preciso (Martinez & Soares, 2012; Manrique & Colmenares, 2014).

Até o momento, parte do progresso genético obtido na criação abelhas Apis mellifera é graças aos estudos de suas particularidades genéticas, definição dos objetivos

do processo de seleção, estruturação técnica necessária ao desenvolvimento do programa, definições das correlações entre características economicamente importantes, estimação de parâmetros genéticos e correta utilização das informações coletadas (Costa-Maia & Lino, 2009; Lima, 2013).

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Conforme Souza (2009) e Camargo et al. (2015), o melhoramento das características das rainhas é a base para o desenvolvimento da apicultura brasileira, tendo como objetivo principal o aumento da produtividade e melhoria dos produtos apícolas. Porém, de acordo com Martins (2014), estimativas de parâmetros para características morfométricas e reprodutivas em abelhas Apis mellifera são escassos na literatura mundial, sendo, portanto, necessária a investigação acerca destas características e suas possíveis associações com variáveis de interesse econômico por parte dos apicultores.

2.4. SELEÇÃO

O conceito do fenótipo expresso por cada indivíduo e a identificação dos fatores que o influenciam, genéticos e ambientais, além da interação entre estes dois fatores são os princípios básicos para a compressão do processo de seleção (Martínez, 2012; Camargo et al., 2015). Esses fatores permitem a adoção de diferentes características da rainha como critérios de seleção, destacando-se o uso de medidas morfométricas como características principais no programa de seleção em abelhas.

Segundo Rodrigues (2015), o método de seleção massal em populações de abelhas proporciona ganhos iniciais favoráveis, pois, geralmente, na apicultura brasileira, as colônias são originárias de enxames capturados na natureza que não sofreram nenhuma ação humana de melhoramento, possuindo grande variabilidade genética. Assim, determinar quais caraterísticas devam ser utilizada como parâmetro de seleção garantem o sucesso no melhoramento genético em abelhas africanizadas (Costa- Maia & Lino, 2009).

Rangel et al. (2013) observaram que uma colônia de abelhas pode ser avaliada como a extensão do fenótipo de sua rainha e, assim, a seleção para características da colônia pode ser equivalente ao nível individual. Encontram-se na literatura trabalhos

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associando características da rainha com características de qualidade reprodutiva da mesma e índices produtivos da colônia. Essas correlações são favoráveis, indicando que a seleção para características da rainha geram ganhos relacionados à reprodução e produtividade da mesma (Faquinello, 2007; Souza, 2009; Martínez, 2012; Halak, 2012; Lima, 2013; Martins, 2014).

De acordo com Lima (2013), a avaliação de parâmetros relacionados às medidas morfológicas do inseto adulto: largura da cabeça, comprimento e largura do tórax, comprimento das asas, comprimento do abdome e peso vivo visam conhecer a qualidade reprodutiva de rainhas, pois estas medidas podem ser significativamente correlacionadas com o sucesso reprodutivo ou fecundidade da rainha. Segundo Martins (2014), o uso dessas características facilita o processo de seleção para os apicultores, devido à fácil mensuração das mesmas.

Além da determinação das características escolhidas como critérios de seleção, deve-se verificar o grau de associação entre estas características e os objetivos de seleção pretendidos. Esse grau de associação pode indicar a potencialidade do melhoramento por meio de seleção indireta, uma vez que a seleção para uma característica acarreta em seleção para outra característica que a ela esteja correlacionada.

2.5. PESO E CARACTERÍSTICAS MORFOMÉTRICAS À EMERGÊNCIA DE RAINHAS COMO CRITÉRIOS DE SELEÇÃO

Martins (2014) atesta que o estudo das correlações entre características morfométricas corporais e reprodutivas da rainha são relevantes para a determinação de critérios de seleção, possibilitando a predição dos efeitos da seleção indireta para as demais características de interesse.

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fácil mensuração, como as características morfológicas, relacionadas com a eficiência produtiva da rainha, podem proporcionar aos apicultores uma forma de atingirem seus objetivos em relação à produção de forma ágil. Kahya et al. (2008) verificaram uma associação entre qualidade reprodutiva da rainha com peso à emergência (r = 0,61). Zárate et al. (2008) encontraram alta correlação entre peso da rainha e a produção de mel em

abelhas africanizadas (r = 0,84). Em abelhas europeias, Akyol et al. (2008) relataram que o peso da rainha é uma das variáveis mais importantes entre as características morfológicas avaliadas, havendo uma correlação positiva entre o peso da rainha, a área de larvas da colônia e o número de espermatozoides (r =  0,97). Faquinello et al. (2011) encontraram potencial de seleção para produção de geleia real devido à correlação positiva com a largura do abdome de rainhas (r = 0,16). Metorima et al. (2015) alegaram que o peso à emergência deve ser almejado como critério de seleção das rainhas. Costa-Maia et al. (2011) constataram que rainhas selecionadas para peso à emergência apresentaram-se superiores quanto à produção de mel. Martins (2014) sugere que a seleção para peso da rainha à emergência pode propiciar ganhos genéticos significativos na largura e comprimento do abdome e comprimento corporal total e, consequentemente maior potencial reprodutivo de rainhas de Apis mellifera.

Martins (2014) e Camargo et al. (2015) descreveram que o monitoramento de medidas externas do abdome, como comprimento e largura podem ser um indicativo útil do tamanho dos ovários, capacidade de produção de ovos, idade à maturidade e fertilidade das rainhas, devido à localização nesta região de seus órgãos reprodutores. São localizadas no abdome várias glândulas envolvidas na produção de feromônio, substância importante para o controle e organização da colônia, como descrito por Koeniger et al. (2014). O comprimento corporal da rainha pode ser usado como medida de seleção, pois

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quanto mais comprida a rainha, maior o seu sistema reprodutor, sua longevidade e sua qualidade (Souza, 2009).

As estimativas de parâmetros genéticos encontradas na literatura relacionadas às características de peso e morfometria de rainhas africanizadas, até o momento, sugerem a possibilidade de obtenção de bons ganhos genéticos via seleção massal, em virtude dos altos valores de herdabilidade das mesmas e correlações favoráveis entre estas características e a produção da colônia. As estimativas de herdabilidade para o peso à emergência de rainhas africanizadas encontrados variam de 0,29 a 0,76, apresentando valores de moderados a altos (Faquinello, 2007; Halak, 2012; Martins, 2014; Rodrigues, 2015). Para características morfométricas do abdome, esses valores também são de médios a altos, oscilando de 0,35 a 0,57 para largura abdominal e de 0,58 a 0,92 para comprimento abdominal (Faquinello, 2007; Costa-Maia, 2009; Halak, 2012; Martins et al., 2013; Lima, 2013; Martins, 2014). Para comprimento corporal, os estudos são

escassos, entretanto, Martins (2014) estimou alto valor de herdabilidade (0,80) para essa característica. Os valores de correlações genéticas e fenotípicas entre peso à emergência e características reprodutivas da rainha, produção e comportamento da colônia encontrados na literatura são de moderados a altos e positivos, oscilando entre 0,44 a 0,99 (Costa-Maia, 2009 e Martins et al., 2013). Para largura e comprimento abdominais as estimativas variam de 0,19 a 0,86 e 0,24 a 0,71, respectivamente (Faquinello, 2007; Costa-Maia, 2009; Halak, 2012; Martins et al., 2013; Lima, 2013; Martins, 2014). Para comprimento corporal, Martins (2014) encontrou correlações genéticas de 0,47 a 0,70, entre comprimento corporal, peso e medidas morfológicas da própria rainha. As correlações positivas indicam que a seleção para estas características garante ganhos correlacionados para as demais variáveis de interesse econômico, por meio de seleção indireta.

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Tendo-se em vista esse cenário de herdabilidades e correlações genéticas favoráveis, na ausência de controle de pedigree em circunstâncias a campo, o uso de seleção fenotípica individual (massal) para a seleção das rainhas pode ser recomendado. Nesse sentido, teve-se como objetivo desse trabalho compreender as relações fenotípicas entre as variáveis de peso e morfometria em uma população de abelhas africanizadas da região do Campo das Vertentes, MG, para a identificação dos melhores critérios para a obtenção de ganhos genéticos via seleção fenotípica individual e seleção indireta.

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3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1. LOCAL DE ESTUDO

A parte a campo do estudo foi realizada no Setor de Apicultura do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de São João del Rei-(UFSJ), entre abril de 2016 a maio de 2017. Esse Setor localiza-se no campus Tancredo de Almeida Neves (CTan), no município de São João del-Rei, no Estado de Minas Gerais, situado à latitude 21º 08' 00" Sul e longitude 44º 15' 40" Oeste. O clima predominante na região é o clima tropical de altitude, caracterizado por verões quentes e úmidos, apresentando média térmica compensada anual de 19,2 °C (Cwa, de acordo com a classificação de Köppen), com vegetação predominante de cerrado, com a presença de campos limpos e araucárias nas partes mais altas.

3.2. PRODUÇÃO DAS RAINHAS

Durante o período deste estudo, 136 rainhas de abelhas africanizadas foram produzidas no Laboratório de Apicultura do Departamento de Zootecnia da UFSJ, pelo método descrito por Doolittle (1889), que consiste na transferência de larvas jovens para cúpulas artificiais de cera contendo geleia real. As larvas para a produção das rainhas tinham idade aproximada de 3 dias e foram coletadas de quadros de larvas de colônias alojadas em colmeias mini-recrias compostas por cinco quadros.

No momento da transferência, foi colocada em cada cúpula uma gota de geleia real diluída em água destilada (1:1) e a larva foi transferida com auxílio de um estilete metálico. Após cada transferência, foi fornecida uma suplementação energética de 60% açúcar e 40% água. Aproximadamente 10 dias após a enxertia, os quadros porta-cúpulas com as realeiras foram retirados das mini-recrias e levados ao laboratório. As realeiras foram colocadas em estufa com temperatura e umidade controladas com médias de 29ºC

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e 60% respectivamente, dispostas verticalmente em gaiolas tipo “bob” até a emergência (Figura 1).

Figura 1: gaiolas tipo “bob”

3.3. VARIÁVEIS DE ESTUDO

As variáveis avaliadas neste estudo foram peso corporal (PC), largura abdominal (LA), comprimento abdominal (CA) e comprimento corporal (CC) das rainhas, todas registradas à emergência.

Foram registrados 129 dados de peso corporal e 133 de variáveis morfológicas largura abdominal, comprimento abdominal e comprimento corporal das rainhas produzidas.

Após a emergência foi registrado o peso corporal de cada rainha em gramas (g), com o auxílio de uma balança digital com escala 0,01 g (Figura 2).

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Figura 2: Pesagem de abelha rainha africanizada da população avaliada

Para a mensuração das variáveis morfológicas largura abdominal, comprimento abdominal e comprimento corporal das rainhas, utilizou-se um paquímetro digital (Figura 3), sendo as medidas registradas em milímetros (mm). Na Figura 4, estão apontados os locais das medidas realizadas.

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Figura 3: Registro do comprimento corporal de abelha rainha africanizada da população avaliada

Figura 4: Medidas morfológicas de rainhas africanizadas. (A) Comprimento Abdominal, (B) Largura Abdominal, (C) Comprimento Corporal

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3.4. ANÁLISES ESTATÍSTICAS

Os dados foram processados no Laboratório de Melhoramento Genético Animal do Departamento de Zootecnia da UFSJ. O banco de dados passou por uma conferência para verificação de consistência utilizando-se o programa Excel do pacote Office®,

visando o aumento da confiabilidade dos dados e consequentemente dos resultados das análises. Após a verificação dos dados, foram removidos registros acima ou abaixo do limite de 3 desvios-padrão em torno da média de cada característica.

3.4.1. ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS

Após a análise de consistência dos dados, as variáveis analisadas foram submetidas às estatísticas descritivas por intermédio do procedimento PROC MEANS do pacote estatístico SAS® (SAS Institute, 2008) - o qual foi utilizado para todas as análises estatísticas realizadas neste trabalho -, estimando-se os valores de tamanho amostral, média, desvio-padrão, coeficiente de variação, mínimo e máximo para os valores fenotípicos de cada variável.

3.4.2. ANÁLISES DE CORRELAÇÃO

As variáveis analisadas foram submetidas às análises de correlação de Pearson, usando-se o procedimento PROC CORR. Foram realizadas análises bicaracter entre as quatro variáveis, assumindo-se o nível de significância estatística de 5%.

3.4.3. ANÁLISES DE REGRESSÃO

Os modelos de regressão linear e quadrática para o peso corporal em função das variáveis morfológicas das rainhas foram testados com o uso do procedimento PROC REG, assumindo-se o nível de significância estatística de 5%. A partir dos modelos obtidos, para as equações significativas, os gráficos de regressão foram plotados no programa Excel do pacote Office®. Dos coeficientes de regressão estimados para os

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calculados para cada equação, dada por: Y * = -b1/2b2, onde b1 corresponde ao coeficiente

da equação polinomial de primeiro grau e b2 corresponde ao coeficiente da equação

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

As estatísticas descritivas para PC, LA, CA e CC, das rainhas de abelhas africanizadas da população avaliada são apresentadas na Tabela 1.

Tabela 1-Número de observações (N), média (M), desvio-padrão (DP), coeficiente de variação (CV) e valores mínimo (MIN) e máximo (MAX) para as características da rainha na população de abelhas africanizadas avaliada

Característica N M DP CV (%) MIN MAX

PC (g) 128 0,17 0,03 19,02 0,09 0,27

LA (mm) 133 4,54 0,43 9,37 3,50 5,69

CA (mm) 133 10,72 1,38 12,83 7,07 13,88

CC (mm) 132 17,41 1,93 11,08 10,60 21,60

PC = peso corporal da rainha à emergência; LA = largura abdominal da rainha à emergência; CA = comprimento abdominal da rainha à emergência; CC = comprimento corporal da rainha à emergência.

A média do peso das rainhas à emergência obtida (0,17g) foi próxima à encontrada por Almeida (2012), avaliando rainhas africanizadas Apis mellifera selecionadas a favor da produção de mel. Metorima et al. (2015) comparando o peso à emergência de rainhas de abelhas africanizadas nas colmeias e em estufa, obtiveram, em ambos os ambientes, valores menores que os encontrados neste estudo (0,16g e 0,15g, respectivamente). O valor médio para peso à emergência obtido foi menor ao encontrado por outros autores, que variaram de 0,18g a 0,21g. (Faquinello, 2007; Costa-Maia, 2009; Halak, 2012; Uchôa et al., 2012; Lima, 2013; Martins, 2014). O valor médio para largura abdominal das

rainhas à emergência neste estudo (4,54mm) encontrou-se inferior aos valores encontrados por Halak (2012) e Martins et al. (2013), (5,09 mm e 5,16 mm, respectivamente) porém, esse valor se aproximou dos valores encontrado por Faquinello (2007), Costa-Maia (2009) e Lima (2013), que variaram de 4,56 mm a 4,90 mm. Para a característica comprimento abdominal, o valor médio encontrado (10,72mm) foi próximo aos valores encontrados por Costa-Maia (2009), Lima (2013) e Martins (2014) variando

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Halak (2012) para essa característica (11,00 mm e 11,65 mm, respectivamente). Martins (2014), em estudo para avaliar aspectos genéticos de características morfométricas e reprodutivas de rainhas africanizadas, reportou um valor médio inferior para a característica comprimento corporal (16,88 mm) em comparação ao valor obtido neste estudo para a mesma característica (17,41mm).

Os coeficientes de variação encontrados para as características estudadas estiveram dentro dos limites biológicos esperados e foram indicativos da presença de variabilidade fenotípica na população, indicando que essa variabilidade permite o processo de seleção fenotípica para as características em estudo.

Tais diferenças encontradas nos valores médios para as características em relação aos diferentes estudos podem ser explicadas, entre outros fatores, pelos manejos realizados na produção desses indivíduos e/ou a escolha da idade da larva utilizada para a produção da rainha, pois neste estudo a idade padrão para enxertia foi de aproximadamente 3 dias e nos estudos citados esse período variava de 0 a 24 horas. Lima (2013) supõe que alguns fatores como a genética, idade da rainha, idade da larva que deu origem à rainha e o clima, podem explicar diferenças como essas. Martins (2014) descreve que diferenças obtidas nos valores médios se deve possivelmente à composição genética diferenciada entre as populações e aos fatores ambientais em que as populações em estudo estavam submetidas, podendo as rainhas assumirem formas ou tamanhos diferenciados conforme o ambiente em que se desenvolvem. Segundo Lima (2013), rainhas originadas de larvas em estágio avançado são menores e mais leves, pois, possivelmente, não receberam a alimentação adequada para seu pleno desenvolvimento. Metorima et al. (2015) verificaram que rainhas africanizadas mantidas no banco de rainhas emergiram com maior peso do que aquelas armazenadas em estufa, indicando que a permanência das rainhas, da enxertia à emergência, nas colmeias garante maiores

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valores de peso corporal. Uchôa et al. (2012), comparando o peso à emergência de rainhas produzidas em diferentes estações, observaram que rainhas produzidas durante a estação chuvosa foram mais pesadas e mais produtivas que as rainhas produzidas na estação seca, devendo o apicultor atentar-se aos efeitos proporcionados por essas estações, que interferem no peso das rainhas e tentar controlá-los para se obter maiores valores para essa característica.

As correlações fenotípicas estimadas para as características PC, LA, CA e CC são apresentadas na Tabela 2.

Tabela 2-Correlações fenotípicas (e respectivos p-valor entre parênteses) para as características PC (peso corporal da rainha à emergência), LA (largura abdominal da rainha à emergência), CA (comprimento abdominal da rainha à emergência) e CC (comprimento corporal da rainha à emergência) para a população de abelhas africanizadas avaliada

Variável PC LA CA

LA 0,20 (p=0,0273) * - -

CA 0,39 (p<0,0001) * 0,10 (p=0,2572)NS -

CC 0,37 (p<0,0001) * 0,07 (p=0,4083) NS 0,58 (p<0,0001) * * = significativo a 5%; NS = não significativo.

Todas as correlações entre peso corporal e as demais características foram significativas ao nível de 5% de probabilidade, com valores de 0,20, 0,39 e 0,37 entre PC e LA, PC e CA e PC e CC, respectivamente. As correlações fenotípicas entre LA e CA, e entre LA e CC não foram significativas. A correlação de valor mais alto foi obtida entre as características CA e CC (0,58). Os coeficientes de correlação significativos indicam que PC encontrou-se associado fenotipicamente a LA, CA e CC, indicando que a seleção para PC proporcionará indiretamente maiores valores fenotípicos de LA, CA e CC. A correlação entre as características CA e CC apresentou-se moderada e positiva, indicando que a seleção para maiores valores para uma dessas características separadamente

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Portanto, observa-se que a seleção para PC pode gerar ganhos fenotípicos, tanto diretos quanto indiretos em se tratando da eficiência reprodutiva das rainhas, levando-se em consideração que essa variável, bem como as quais esta está correlacionada são recomendadas como critérios de seleção, como pode ser observado em vários estudos que relacionam medidas corporais da rainha com sua capacidade reprodutiva. (Akyol et al., 2008; Kahya et al., 2008; Souza, 2009; Martins, 2014; Camargo et al., 2015). Acrescenta-se a isso o fato de que as herdabilidades reportadas na literatura para o peso da rainha possibilitam ganhos genéticos via seleção massal. Via seleção indireta, consequentemente, não se torna necessário a utilização de todas as variáveis correlacionadas como critério de seleção, elegendo-se a de maior viabilidade de coleta, com herdabilidades e correlações favoráveis com as demais variáveis de interesse, o que proporciona um maior nível de eficiência de seleção como descrito por Collins (2008). Evidentemente, os ganhos genéticos só serão proporcionados neste caso desde que exista variabilidade fenotípica para a característica na população, pois quanto maior o diferencial de seleção, maior será o progresso genético.

Em decorrência da comprovação da existência de correlação entre PC e as demais características morfométricas, o apicultor pode optar, por outro lado, por usar LA, CA e CC como critérios de seleção, conforme a facilidade e a viabilidade de se realizarem essas mensurações em comparação à pesagem das rainhas, que é um processo mais dispendioso, uma vez sendo necessário maior investimento em equipamento, tempo e atenção. Com base no estudo das correlações, dentre as características morfométricas, CA se apresentou como a melhor alternativa para o apicultor realizar a seleção fenotípica de rainhas a campo, pois encontram-se na literatura valores superiores de herdabilidade para esta característica em relação aos valores encontrados para as demais. Além das estimativas superiores de herdabilidade encontradas na literatura, os maiores valores de

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correlação fenotípica obtidos neste estudo foram entre CA e PC (0,39) e entre CA e CC (0,58), indicando maior viabilidade do uso de CA como critério de seleção.

Halak (2012), em estudo semelhante a este, obteve índices moderados e positivos de correlação fenotípica, de maior magnitude do que os encontrados neste estudo, sendo de 0,34 entre peso corporal e largura abdominal, de 0,57 entre peso corporal e comprimento abdominal e de 0,24 entre comprimento abdominal e largura abdominal. O autor conclui que essas características são passíveis de serem utilizadas como critério de seleção indireta em um programa de melhoramento, corroborando com os resultados deste trabalho.

Os coeficientes de regressão linear e quadrática para PC em função das características LA, CA, e CC para a população avaliada são apresentados na Tabela 3.

Tabela 3-Coeficientes de regressão linear e quadrática para PC (peso corporal à emergência, em g) em função das características à emergência largura abdominal (LA), comprimento abdominal (CA) e comprimento corporal (CC) na população avaliada

Característica b0 b1 b2 p-valor R2 MAX/MIN

LA (mm) -0,399 0,234 -0,024 0,0119* 0,070 4,939

CA (mm) 0,002 0,023 -0,001 <0,0001* 0,154 18,267

CC (mm) 0,283 -0,022 0,001 <0,0001* 0,169 12,557

b0 = intercepto; b1 = coeficiente de regressão linear; b2 = coeficiente de regressão

quadrática; p-valor = probabilidade estatística; R2 = coeficiente de determinação; MAX/MIN= ponto máxima ou mínima resposta. *=significativo a 5%.

Os coeficientes das equações linear e quadrática das análises de regressão PC em função de LA, CA e CC foram significativos (p<0,05). O coeficiente quadrático para CC foi positivo, indicando que maiores valores dessa característica, a partir do intercepto, estão associados a maiores valores do respectivo coeficiente positivo de regressão. Já os coeficientes quadráticos para LA e CA foram negativos, indicando que maiores valores

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dessas características, a partir do intercepto, estão associados a menores valores dos respectivos coeficientes negativos de regressão.

A representação gráfica das equações de regressão quadráticas obtidas, expostas na Tabela 3, é apresentada nas Figuras 4, 5 e 6.

Figura 5: Regressão quadrática entre as variáveis peso corporal e largura abdominal à emergência nas rainhas de abelhas africanizadas da população avaliada

y = -0,02373x2+ 0,23440x - 0,39911 R² = 0,07 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 P eso C o rp o ral (g ) Largura Abdominal (mm)

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Figura 6: Regressão quadrática entre as variáveis peso corporal e comprimento abdominal à emergência nas rainhas de abelhas africanizadas da população avaliada

Figura 7: Regressão quadrática entre as variáveis peso corporal e comprimento corporal à emergência nas rainhas de abelhas africanizadas da população avaliada

y = -0,00062026x2+ 0,02266x + 0,00187 R² = 0,15 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 6,5 7,5 8,5 9,5 10,5 11,5 12,5 13,5 14,5 P eso C o rp o ral (g ) Comprimento Abdominal (mm)

Peso corporal em função do comprimento abdominal à emergência y = 0,00085649x2- 0,02151x + 0,28329 R² = 0,16 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 P eso C o rp o ral (g ) Comprimento Corporal (mm)

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Os resultados indicaram que LA, CA e CC na população avaliada se deram em função de PC, confirmando a relação evidenciada por meio das análises de correlação.

Dadas as estimativas dos pontos máxima ou mínima de resposta mostradas na Tabela 3, o coeficiente de regressão sugeriu a redução do PC em função de LA após esta variável atingir o valor de 4,939 mm, indicando que a partir deste ponto a seleção para maiores valores de LA ocasionará um decréscimo nos valores de PC. Pressupõe-se haver uma redução de PC em função de CA quando esta variável ultrapassar 18,267mm, indicando que a partir deste ponto a seleção para maiores valores de CA proporcionará rainha com menores PC. Portanto, para LA e CA a seleção para maiores valores a partir do ponto de máxima reposta se torna inviável. No entanto, houve um aumento de PC em função de CC após esta variável atingir o valor de 12,557mm, indicando que a partir deste ponto a seleção para maiores valores de CC permitirá a seleção de rainhas com maiores valores de PC, viabilizando a obtenção de ganhos fenotípicos para essa característica via seleção indireta para CC.

Em análise conjunta das correlações e dos coeficientes de regressão obtidos pode-se avaliar pode-se o grau de relacionamento quadrático entre as variáveis é forte ou fraco, de acordo com a distribuição dos pontos em torno das parábolas traçadas nos gráficos, bem como essa distribuição se comporta em função da ocorrência de alterações nos valores das variáveis estudadas. É possível, portanto, observar neste estudo que, quando a correlação e o coeficiente de regressão são positivos, as variáveis avaliadas seguem o mesmo sentido e direção, como é o caso dos resultados obtidos para PC em função do CC, que se relacionam positivamente ao longo da curva a partir do ponto de mínima resposta. Já quando a correlação é positiva, mas o coeficiente de regressão é negativo, as variáveis avaliadas seguem o mesmo sentido e direção até atingirem o ponto de máxima reposta, após o qual essa relação se opõe. Essa relação pode ser observada com PC em

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função de LA e CA, de modo que, até o ponto de máxima resposta, PC segue o mesmo sentido e direção de LA e CA, porém após este ponto essas variáveis têm sentidos opostos. A partir da análise conjunta de correlação e regressão, pode-se observar que, dentre as características avaliadas, CC se apresenta como o critério mais viável de seleção indireta para maior PC, em decorrência de uma relação de sentido favorável e intensa com essa característica após o ponto e mínima resposta (12,577mm).

Portanto, com base nos resultados deste trabalho, é recomendável que o apicultor opte por utilizar o comprimento corporal como critério seleção, devido a sua facilidade de mensuração, boa correlação e melhor relação em função das alterações das variáveis, visando o aumento do peso corporal e, consequentemente ganhos relacionados à eficiência reprodutiva e produtiva da rainha.

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5. CONCLUSÕES

O peso corporal à emergência pode ser utilizado como critério de seleção fenotípica em programas de melhoramento genético animal de abelhas africanizadas na população avaliada, sendo capaz de promover ganhos fenotípicos por seleção indireta nas características morfométricas largura abdominal, comprimento abdominal e comprimento corporal. Da mesma forma, as características morfométricas podem ser utilizadas como critério de seleção, pois a seleção para maiores valores para uma dessas características individualmente proporciona ganhos correlacionados na outra característica em questão e também no peso corporal das rainhas, à exceção da relação entre largura abdominal e comprimento abdominal e entre largura abdominal e comprimento corporal, para as quais não se obtiveram correlações significativas.

O comprimento corporal se apresenta como a característica mais viável a ser utilizada como critério de seleção fenotípica indireta, devido sua favorável relação com peso corporal, a partir e 12,577 mm.

Deve-se avaliar a viabilidade de realização da fenotipagem a campo da variável a ser definida como critério para o estabelecimento da melhor estratégia de melhoramento.

Outros estudos que aprofundem as investigações sobre a relação fenotípica entre essas características e as variáveis de fertilidade e produção em abelhas africanizadas, bem como sobre o comportamento genético dessas variáveis, são recomendados visando complementar as informações para o estabelecimento das estratégias de melhoramento a serem aplicadas nas populações.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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