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Terapia de Reposição Enzimática e os Erros Inatos do Metabolismo

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Terapia de Reposição Enzimática e os Erros Inatos do Metabolismo

Profa. Dra. Ana Maria Martins

Universidade Federal de São Paulo

XVI Congresso Brasileiro de Genética Clínica

(3)

QUADRO QUADRO

CLÍNICO CLÍNICO

DOENÇAS METABÓLICAS DOENÇAS METABÓLICAS

HEREDITÁRIAS HEREDITÁRIAS

ACÚMULO ACÚMULO OU FALTA OU FALTA

DEFICIÊNCIA DE DEFICIÊNCIA DE ENZIMAS/TRANSPORTE ENZIMAS/TRANSPORTE

SUBSTRATO SUBSTRATO

AA

D D

BB CC

ERROS INATOS ERROS INATOS METABOLISMO METABOLISMO

(4)

Doen Doen ç ç as Metab as Metab ó ó licas Heredit licas Heredit á á rias rias

Grupo I Grupo I -- Catabolismo ou SCatabolismo ou Sííntese Macromolntese Macromolééculasculas DoenDoençças de Depas de Depóósito Lisossômicosito Lisossômico

DoenDoençças dos as dos PeroxissomosPeroxissomos Outras

Outras

Grupo II -Grupo II - Metabolismo IntermediáMetabolismo Intermediáriorio Aminoacidopatias

Aminoacidopatias AcidAcidúúriasrias OrgânicasOrgânicas

Defeitos do Ciclo da Ur Defeitos do Ciclo da Urééiaia

Intolerância aos a

Intolerância aos açúçúcarescares

Grupo III Grupo III -- DDééficit de Energiaficit de Energia DoenDoençças as MitocondriaisMitocondriais

Hiperlacticemias

Hiperlacticemias CongênitasCongênitas Defeitos da beta

Defeitos da beta--oxidaoxidaçção de ão de ÁÁcidos Graxoscidos Graxos DoenDoençças de depas de depóósito do Glicogêniosito do Glicogênio

(5)

Doen Doen ç ç as Metab as Metab ó ó licas Heredit licas Heredit á á rias rias

Grupo I Grupo I -- Catabolismo ou SCatabolismo ou Sííntese Macromolntese Macromolééculasculas DoenDoençças de Depas de Depóósito Lisossômicosito Lisossômico

Esfingolipidoses Esfingolipidoses

DoenDoenççaa dede GaucherGaucher DoenDoenççaa de Fabryde Fabry

DoenDoenççaa dede NiemannNiemann--PickPick DoenDoenççaa de Farberde Farber

Gangliosidoses

Gangliosidoses: GM: GM1; GM 21; GM 2 Leucodistrofia Metacrom

Leucodistrofia Metacromáática tica DoenDoenççaa dede KrabbeKrabbe

Mucopolissacaridoses Mucopolissacaridoses DoenDoençça de a de PompePompe

Oligossacaridoses Oligossacaridoses

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LISOSSOMO LISOSSOMO

(7)

Características

Características - - DDL DDL

• Deficiência enzimática leva ao depósito de macromoléculas não degradadas e o gradual aumento do lisossomo leva a disfunção celular e do órgão

• Qual tecido será afetado e a idade que os sintomas se desenvolvem, depende de quão importante é a via de degradação em um dado tecido e em que estágio do desenvolvimento se encontra

(8)

Doenças

Doenças de de Depósito Lisossômico Depósito Lisossômico

•• Grupo Grupo com com cerca cerca de 45 de 45 doenças doenças

•• IncidênciaIncidência*:*:

individual de1:50.000

individual de1:50.000 –– 1.000.00001.000.0000 acumulativa

acumulativa de 1:5000de 1:5000 DDL com

DDL com possibilidade possibilidade de de tratamentotratamento 1:10.000

1:10.000

*For Australia1980

*For Australia1980--1996; 1996; Meikle Meikle et al., JAMA, 281(3): 249et al., JAMA, 281(3): 249--254, 1999254, 1999 Meickle

Meickle, PJ , PJ -- ApresentaçãoApresentaçãooral no Prospects in the Treatment of Rare Diseases,oral no Prospects in the Treatment of Rare Diseases, Trieste

Trieste--ItáliaItália, 19, 19--22 de 22 de maio maio de 2004 de 2004

(9)

Metachromatic Leukodystrophy

8%

MPS III A 7%

Krabbe 5%

MPS IV 5%

Cystinosis 4%

Tay-Sachs 4%

MPS III B 4%

Niemann Pick C 4%

Gm1 Gangliosidosis 2%

Sandoff 2%

Niemann Pick A/B 3%

Mucolipidosis II/III 2%

MPS VI 3% MPS I

9%

Fabry Pompe 7%

5% MPS II

(For Australia1980-1996; Meikle et al., 1999) 6%

Gaucher 14%

Doenças

Doenças de de Depósito Lisossômico Depósito Lisossômico

(10)

Histórico

Histórico – – Caminho para Caminho para a TRE a TRE

• 1881 - mancha vermelho cereja em fundo de olho doença de Tay-Sachs

• 1882 – paciente com esplenomegalia doença de Gaucher

• 1887 – anormalidades de pele em dois pacientes doença de Fabry

• doença de Niemann-Pick, Krabbe, GM1 e fucosidose

• 1934 – Aghion - glicocerebrosídeo (Gaucher) Klenk – esfingomielina (Niemann-Pick)

• 1962 – Svennerholm - gangliosídeo (GM2)

• 1963 – Sweeley & Klionsky – GL-3 (Fabry)

(11)

• De Duve et al (1950/1960) – definem o lisossomo como uma organela celular

• Hers et al (1960) – identificam doença de Pompe como a primeira doença de depósito lisossômico, tendo como causa a deficiência da α-glicosidase. Sugerem que

outras doenças como as MPS deveriam ter como causa deficiência de enzimas do lisossomo

Histórico

Histórico – – Caminho para Caminho para a TRE a TRE

(12)

• 1964 – Christian de Duve – Terapia de Reposição Enzimática como possibilidade terapêutica

•1966 – Brady – Postulado de que reposição ou suplementação enzimática deveria ser benéfica aos pacientes com esfingolipidoses

Início dos estudos com urina humana, placenta, enzima recombinante

Histórico

Histórico – – Caminho para Caminho para a TRE a TRE

(13)

TRE TRE – – Doença Doença de de Gaucher Gaucher Passos para

Passos para o o sucesso sucesso

• definição dos receptores da superfície celular como alvos para a enzima

• purificação das enzimas de fontes naturais como placenta

• clonagem e produção de enzimas recombinantes

• engenharia genética e/ou modificação para alcançar o alvo, conseguir estabilização e evitar respostas

imunes

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Síntese

Síntese de de Proteína por Proteína por Engenharia Genética Engenharia Genética

IsolarIsolar plasmídeoplasmídeo

Cortar Cortar com com enzima enzima de de restrição específica

restrição específica

Inserir Inserir gene no gene no plasmídeo

plasmídeo

Inserir Inserir plasmídeo plasmídeo recombinante

recombinante em uma em uma célula

célula (CHO) (CHO)

Secretar proteínaSecretar proteína no no meio

meio de de culturacultura

(15)

Carboidratos terminais

Carboidratos terminais da da Glicocerebrosidase natural Glicocerebrosidase natural

=Galactose, =Mannose, =Fucose, =N-acetyl-glucosamine, =Sialic Acid

(16)

Direcionamento

Direcionamento da TRE da TRE para

para o o lisossomo lisossomo

Receptores Manose

(17)

DOEN DOEN Ç Ç A DE GAUCHER A DE GAUCHER

(18)

•• Doença Autossômica Recessiva Doença Autossômica Recessiva

•• Gene no Gene no cromossomo cromossomo 1q211q21

•• Deficiência da Deficiência da enzima enzima glicocerebrosidase glicocerebrosidase ou ou betabeta--glicosidaseglicosidase

•• Depósito lisossômico Depósito lisossômico de de glicosilceramídeoglicosilceramídeo

Doença

Doença de Gaucher de Gaucher

(19)

Doença

Doença de Gaucher de Gaucher e e suas Variantes suas Variantes

NãoNão--neuropático neuropático ((tipo tipo I)I) Adulto ou CrônicoAdulto ou Crônico Neuropático Agudo

Neuropático Agudo ((tipo tipo II)II) InfantilInfantil Subagudo

Subagudo ((tipo tipo III)III) JuvenilJuvenil Nome

Nome ObsoletoObsoleto

Classificação

Classificação

(20)

Quadro Clínico Quadro Clínico

EsplenomegaliaEsplenomegalia

AnemiaAnemia

HemorragiaHemorragia

TrombocitopeniaTrombocitopenia

HepatomegaliaHepatomegalia

FadigaFadiga

FebreFebre

OsteonecroseOsteonecrose

Doença PulmonarDoença Pulmonar

Outros Outros

AssintomáticosAssintomáticos

HEPATOESPLENOMEGALIA HEPATOESPLENOMEGALIA

ANEMIA/TROMBOCITOPENIA ANEMIA/TROMBOCITOPENIA

Fadiga, palidez;

Fadiga, palidez;

Hemorragias,hematomas Hemorragias,hematomas Déficit imunológico

Déficit imunológico

Desconforto abdominal Desconforto abdominal

(21)

Quadro Clínico

Quadro Clínico : : Doença Óssea Doença Óssea

Altamente variávelAltamente variável

Ocupação medular Ocupação medular

Alteração bioquímica localAlteração bioquímica local

Movimentação celular, Movimentação celular, liberação citocinasliberação citocinas, , alterações alterações vasculares

vasculares

Alta morbidadeAlta morbidade::

Dor, Dor, invalidezinvalidez, , distúrbios distúrbios do do crescimento em criançascrescimento em crianças

Deformidades Deformidades

Necrose Necrose Fraturas Fraturas

(22)

Diagnóstico Diagnóstico

• • Suspeita clínica Suspeita clínica

• • Dosagem da atividade da beta Dosagem da atividade da beta - - glicosidase

glicosidase

Leucócitos ou Leucócitos ou fibroblastos fibroblastos

• • Exames auxiliares: Exames auxiliares:

–– Células de Células de GaucherGaucher na medula ósseana medula óssea –– GenotipagemGenotipagem

–– QuitotriosidaseQuitotriosidase

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Células

Células de Gaucher de Gaucher

Medula Óssea

Medula Óssea

(24)

Tratamento Tratamento

• • Aconselhamento genético Aconselhamento genético

• • Triagem familiar Triagem familiar

• • Tratamento de suporte Tratamento de suporte multidisciplinar multidisciplinar e das complicações ortopédicas

e das complicações ortopédicas

• • Tratamento específico Tratamento específico terapia de terapia de reposição

reposição enzimática enzimática (TRE) (TRE)

• • Enzima recombinante Enzima recombinante - - imiglucerase imiglucerase

(25)

TRE TRE - - Doença Doença de Gaucher de Gaucher

Tratamento da doença de

Tratamento da doença de Gaucher Gaucher : um : um consenso brasileiro.

consenso brasileiro.

Rev Bras hematol hemoter

Rev Bras hematol hemoter 25(2):89 25(2):89 - - 95, 2003 95, 2003

Ana M Martins

Ana M Martins Marcelo S Marcelo S KerstenetzkyKerstenetzky Clarice L Lobo

Clarice L Lobo Maria F P Maria F P MontorilMontoril Elisa A P Sobreira

Elisa A P Sobreira Paulo C Paulo C ArandaAranda Eugenia R Valadares

Eugenia R Valadares Ricardo F PiresRicardo F Pires Gilda

Gilda PortaPorta RonaldRonald M V MotaM V Mota José

José SemionatoSemionato Filho Filho Teresa C BortolheiroTeresa C Bortolheiro MaraMara A D Pianovski A D Pianovski Maria T M PaulaMaria T M Paula

(26)

TRE TRE - - Doença Doença de Gaucher de Gaucher

Tratamento da doença de

Tratamento da doença de Gaucher Gaucher : um : um consenso brasileiro.

consenso brasileiro.

Rev Bras hematol hemoter

Rev Bras hematol hemoter 25(2):89 25(2):89 - - 95, 2003 95, 2003

< 18 anos 30 U/Kg/dose a cada 2 semanas

> 18 anos 30 U/kg/dose a cada 2 semanas Alto risco 60 U/Kg/dose a cada 2 semanas Manutenção > 18 anos 20-60 U/Kg/dose a cada 2 semanas

Tipo III 120 U/Kg/dose a cada 2 semanas

(27)

TRE TRE - - Doença Doença de Gaucher de Gaucher

< 12 anos 30 U/Kg/dose a cada 2 semanas

>12 anos 15-30 U/kg/dose a cada 2 semanas Alto risco 60 U/Kg/dose a cada 2 semanas Manutenção > 12 anos 15 U/Kg/dose a cada 2 semanas

Tipo III 60 U/Kg/dose a cada 2 semanas

Protocolo do Ministério da Saúde

Portaria Nº 449, de 8 de Julho de 2002 Publicado no D.O.U. de 09/07/2002

(28)

Resposta Clínica

Resposta Clínica à TRE à TRE

Pré -Pré - TRETRE

8 anos 8 anos e 8 e 8 mesesmeses

Pós -Pós - TRETRE

10 anos 10 anos e 10 e 10 mesesmeses

(29)

Resposta óssea

Resposta óssea à TRE à TRE

Pré Pós

(30)

TRE – Eficácia na Doença de Gaucher

Comprovadamente eficaz em:

• Regressão de manifestações crônicas:

– Hiperesplenismo, esplenomegalia, hepatomegalia – Anemia, trombocitopenia

– Lesões ósseas e osteoporose

• Estabilização de manifestações graves:

– Mielofibrose

– Cirrose e hipertensão porta

• Regressão/Estabilização de manifestações graves:

– Doença pulmonar infiltrativa

– Insuficiência medular secundária – Crises ósseas crônicas

– Doença óssea destrutiva

(31)

Terapia de Reposição Enzimática - Limitações

Ineficaz em:

‹ Crise óssea aguda

‹ Infarto agudo hepatico ou esplênico

‹ Fraturas patológicas

Pontos a esclarecer:

‹ Diagnóstico na Triagem Neonatal

‹ Associar com tratamento de suporte?

‹ Tratamento das formas neuronopáticas?

‹ Marcadores para o acompanhamento

(32)
(33)

Doença

Doença de Fabry de Fabry

(34)
(35)

MUCOPOLISSACARIDOSE TIPO I MUCOPOLISSACARIDOSE TIPO I

(MPS I)

(MPS I)

(36)

Paciente em

Paciente em TRE TRE

(37)

Paciente em

Paciente em TRE TRE

(38)
(39)

DOENÇA DE POMPE

(40)
(41)
(42)
(43)

Tratamento das DDL- Desafios Pesquisa Básica

Prospects in the Treatment of Rare Diseases,Trieste

Prospects in the Treatment of Rare Diseases,Trieste-Itália-Itália, 19, 19--22 de22 de maiomaio de 2004 de 2004

• as conseqüências patológicas parecem ocorrer fora do lisossomo (homeostase do cálcio,

fosfolípides e outros)

• mecanismos bioquímicos da disfunção neuronal nas DDL

• diminuição da produção de neuroesteróides no Niemann-PicK tipo C

• TRE Niemann-Pick B – mastócito pulmonar não tem receptor de manose, 2 vias de administração da enzima

• TRE intratecal – MPS I

(44)

Impacto da TRE

• tratamento específico, efetivo de EIM com sucesso comprovado no mundo todo

• mudança drástica na qualidade de vida dos pacientes

• criação de associações de pacientes: cidadania

• presença de um tratamento de primeiro mundo

disponível para toda a população brasileira – Ministério da Saúde

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Impacto da TRE

• Genética Brasileira

Investimentos: no diagnóstico das DDL formação de pessoal

participação em ensaios clínicos criação de protocolos de

tratamento em pesquisa

Experiência nova para o geneticista clínico

(46)

“ “ A A esperança esperança é um é um

sonho sonho

que caminha que caminha .” .”

Aristóteles

Aristóteles

(47)

ProfProfaa DrDra a Ana Maria MartinsAna Maria Martins

DrDraa Cecília MichelettiCecília Micheletti Beatriz J FrangipaniBeatriz J Frangipani DrDraa Sandra KyosenSandra Kyosen Renata B OliveiraRenata B Oliveira DrDraa Carmen MendesCarmen Mendes Edna SakataEdna Sakata

DrDraa Maret RandMaret Rand Elaine FraccaroElaine Fraccaro Prof Dr Ramiro

Prof Dr Ramiro AzevedoAzevedo Erika MenegattiErika Menegatti

ProfProfaa DrDra a Zelita GuedesZelita Guedes ProfProfaa DrDraa Márcia Márcia PedromônicoPedromônico

http://www.unifesp.br/centros/creim

Referências

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