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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CURSO DE ENFERMAGEM BACHARELADO E LICENCIATURA ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

CURSO DE ENFERMAGEM BACHARELADO E LICENCIATURA ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA COORDENAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

ACUPUNTURA NA DOENÇA DE PARKINSON:

Revisão Integrativa

ANDRÉ LUIZ BARRETO OLIVEIRA DA SILVA

Niterói, RJ

2020

(2)

ANDRÉ LUIZ BARRETO OLIVEIRA DA SILVA

ACUPUNTURA NA DOENÇA DE PARKINSON:

Revisão Integrativa

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do Curso de Graduação em Enfermagem e Licenciatura da Universidade Federal Fluminense, como requisito de parcial de obtenção do Título de Enfermeiro.

Orientadora: Prof.ª. Drª FÁTIMA HELENA DO ESPÍRITO SANTO

Niterói, RJ

2020

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FICHA CATALOGRÁFICA

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ANDRÉ LUIZ BARRETO OLIVEIRA DA SILVA

ACUPUNTURA NA DOENÇA DE PARKINSON: Revisão Integrativa

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do Curso de Graduação em Enfermagem e Licenciatura da Universidade Federal Fluminense como requisito de parcial de obtenção do Título de Enfermeiro.

Aprovado em:

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________

Prof Dra Fátima Helena do Espírito Santo - Orientadora EEAAC/UFF

____________________________________________

Dnda Enfermeira Cristiane da Silva Varejão - 1

a

Examinadora INCA/PACCS/UFF

________________________________________________

Prof Dr Rodrigo Leite Hipolito 2

o

Examinador EEAAC/UFF

Niterói, RJ

2020

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A Deus, o Todo-Poderoso; aquele que é, e

que era, e há de vir. A meus pais, Márcia

e Reginaldo, e minha irmã Mellissa.

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AGRADECIMENTOS

Gratidão; do latim “gratitudo”, reconhecimento por um benefício recebido; agradecimento:

dar provas de gratidão. Ação de reconhecer ou de prestar reconhecimento a alguém por algo bom.

Nestes 5 anos de faculdade muitos sacrifícios foram feitos, lágrimas derramadas, tempestades enfrentadas; mas não posso me esquecer de todos os momentos de alegria, das amizades conquistadas, das gargalhadas tão intensas que chegam a derramar lágrimas; tão pouco poderia deixar de lembrar de todo apoio que me foi dado, das palavras de carinho e de incentivo por todas as pessoas que me amam e passaram pelo meu caminho. A todos vocês minha eterna gratidão.

Em 5 anos mudei, e mudei para a melhor; as experiências da vida nos mudam, as pessoas nos mudam. Como escreveu Lewis Carrot em seu livro Alice no País das Maravilhas

“Quando acordei hoje de manhã, eu sabia quem eu era, mas acho que já mudei muitas vezes desde então”, a jornada da vida é cheia de transformações, eu não sou o mesmo de ontem e não serei o mesmo de amanhã; nesta jornada de 5 anos, cada um citado aqui contribui para as transformações do meu Eu, cada demonstração de carinho e incentivo me mudou e fez me tornar quem eu sou. Serei um grande enfermeiro graças a vocês.

Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus. Meu Pai, o seu amor e teu cuidado tem se mostrado dia após dia na minha vida. O Senhor tem guiado os meus passos, o meu caminho de acordo com a tua vontade, e eu sei que, como está escrito, a tua vontade é boa, perfeita e agradável. O Senhor tem me dado forças para lutar as batalhas de cada dia, “Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4:13), muito obrigado. Me molde de acordo com a tua vontade, e que eu possa me tornar o profissional, o filho e o homem que o Senhor deseja que eu seja.

Aos meus pais, muito obrigado por tudo. Os seus ensinamentos me tornaram o homem

que sou, vocês forjaram e tem forjado o meu caráter todo dia, muito obrigado por toda

integridade e ética que tem me ensinado. Obrigado por todas as broncas (e sei que haverá

mais) e por todo carinho que vocês têm me dado dia-após-dia, desejo honrar vocês sempre,

assim como diz o mandamento “Honra teu pai e tua mãe para que se prolonguem teus dias

na terra...” (Êxodo 20:12).

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A minha irmã Mellissa, eu servi a você de inspiração para escolher e seguir o caminho da enfermagem como profissão, mas você também me serve de inspiração com toda sua garra, esforço e sua sede de conhecimento, obrigado por todo seu apoio nestes anos, vamos sempre contar um com o outro para tudo.

Aos meus amigos de jornada, vocês têm estado comigo nestes 5 anos, e nesse tempo temos chorado o mesmo choro, sorrido o mesmo sorriso. Vocês são o motivo desta caminhada de anos ter sido mais leve e tranquila, quero me lembrar para sempre de nossas reuniões, de nossas gargalhadas, e claro, de todo carinho e amor que temos dado uns aos outros e que ainda daremos. Ainda que a distância ou o tempo nos separe, quero dizer a vocês o mesmo que na canção de Ivan Lins “...A amizade tem um querer bem que esteja onde estiver tudo vai ser como é...”, onde quer que estejamos nada irá nos separar, vocês viverão eternamente em meu coração. “O amigo ama em todos os momentos; é um irmão na adversidade. ” (Provérbios 17:17).

Ao meu amigo Douglas, você tem sido um grande amigo nestes anos, sempre fazendo o dia mais feliz e engraçado com seu jeito livre de ser e seu bom humor. Deixe sua luz brilhar.

A minha amiga Marcela, muito obrigado por sua amizade, seu jeito de ser, sua luz contagia todos ao seu redor, seja sempre essa menina meiga e gentil que você é, não permita que ninguém te abale, seja essa mulher forte que você é.

A Pérola e Luan, os pais do rolê, obrigado pela amizade de vocês e por todo carinho.

Vocês são um casal e amigos inspiradores que possuem um brilho enorme. Muito obrigado por trazer ao mundo nosso sobrinho Ben, tenho certeza que se tornará um grande homem tendo pais como vocês para guiá-lo em seu caminho.

A meu amigo Hugo, obrigado por todo incentivo, você tem acreditado em mim mesmo quando eu duvido de mim mesmo. Obrigado por toda força que tem me dado.

A minha amiga Richely, você foi minha primeira amiga nessa jornada e nossa amizade tem se mantido intacta mesmo durante as adversidades, obrigado por todo apoio e incentivo, pelas broncas que você me dá, você tem um jeito único de amar aqueles ao seu redor. Muito obrigado.

A minha orientadora Fátima, você é uma pessoa de luz e uma profissional

inspiradora, muito obrigado por me ensinar tantas coisas, por me apresentar essa área tão

incrível das terapias complementares e por me inspirar a ser um profissional diferenciado,

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cheio de conhecimento e principalmente humanidade. Obrigado por toda paciência que teve comigo e pelas broncas, é nos erros que aprendemos. Você tornou esta difícil jornada mais fácil e mais leve. Muito obrigado.

A minha Coorientadora Cristiane, obrigado por me ajudar tanto, pela sua paciência e sua humildade, você me incentivou e me auxiliou com muita dedicação, simpatia e gentileza. Obrigado, você tornou este processo mais leve e tranquilo.

Ao Professor Rodrigo, muito obrigado por ser este professor humilde que você é, sempre buscando entender o lado do aluno, sendo sempre paciente e gentil. Muito obrigado por sempre comprar nossas ideias com muita animação e nos incentivando e nos animando com nossos projetos. Obrigado por tudo professor.

A Danielle, meu amor. Você tem sido minha alegria e meu descanso, você faz meus

dias melhores, mais leves e tranquilos. Muito obrigado pelo seu amor, seu carinho e todo

seu cuidado comigo, por se preocupar em adoçar meu dia por estar estressado e ansioso pela

construção deste trabalho. Quero estar com você para sempre. Em homenagem a você deixo

esta frase que tanto me identifico “Dizem por aí, mas não tenho certeza, que meu sorriso fica

mais feliz quando te vejo, dizem também que meus olhos brilham, dizem também que é amor,

mas isso sim é certeza” – Dom Casmurro, Machado de Assis.

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Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês", diz o Senhor, "planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro.

Jeremias 29:11

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RESUMO

Esse estudo aborda o uso da acupuntura na Doença de Parkinson, e como objetivo geral:

Caracterizar a produção cientifica sobre o uso da acupuntura na Doença de Parkinson. Trata- se de uma revisão integrativa da literatura realizada no período de novembro de 2020, nas bases de dados LILACS, MEDLINE e PUBMED com os descritores: Acupuntura e Doença de Parkinson. Para seleção das produções foram definidos como critérios de inclusão: artigos publicados entre 2015 a 2020, disponíveis na integra e gratuitos, nos idiomas português e inglês e de exclusão: editoriais, revisões de literatura, modelos animais e estudos duplicados.

Na busca nas bases de dados foram identificados 29 artigos que, após leitura dos resumos e títulos e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão culminou na seleção de quatro artigos que compõem a amostra deste estudo. Para a análise dos dados foi realizada leitura na integra dos artigos, identificação dos objetivos, metodologia, intervenção e resultados. Dentre os quatro artigos todos foram escritos em inglês, três eram estudos randomizados e um do tipo antes e depois; dois realizaram a intervenção durante oito semanas, um durante cinco e o outro durante três semanas. Os estudos abordaram o uso da acupuntura para as sintomatologias fadiga, distúrbios do sono e alterações motoras e os autores concluíram que a acupuntura é efetiva para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com Doença de Parkinson. Conclui-se que a acupuntura é viável de ser utilizada para amenizar sintomas da Doença de Parkinson, contribuindo para melhoria da qualidade de vida dessas pessoas.

Contudo, constatou-se que o tema ainda é pouco explorado nas pesquisas e aponta necessidade de novos estudos para ampliar as evidências científicas sobre a efetividade do uso da acupuntura como prática não farmacológica aliada ao tratamento da Doença de Parkinson.

Palavras chave: Acupuntura, Doença de Parkinson, Enfermagem

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ABSTRACT

This study addresses the use of acupuncture in Parkinson's Disease, and as a general objective: To characterize the scientific production on the use of acupuncture in Parkinson's Disease. This is an integrative literature review carried out in the period of November 2020, in the LILACS, MEDLINE and PUBMED databases with the descriptors: Acupuncture and Parkinson's Disease. For the selection of productions, inclusion criteria were defined: articles published between 2015 and 2020, available full and free of charge, in Portuguese and English, and exclusion: editors, literature reviews, animal models and duplicate studies.

Searching the databases identified 29 articles that, after reading the abstracts and titles and applying the inclusion and exclusion criteria, culminated in the selection of four articles that make up the sample of this study. For data analysis, a complete reading of the articles was performed, identification of the objectives, methodology, intervention and results.

Among the four articles, all were written in English, three were randomized studies and one before and after type; two performed the intervention for eight weeks, one for five and the other for three weeks. The studies addressed the use of acupuncture for symptoms of fatigue, sleep disorders and motor changes and the authors concluded that acupuncture is effective in improving the quality of life of patients with Parkinson's disease. Concludes that acupuncture is feasible to be used to alleviate the symptoms of Parkinson's disease, contributing to the improvement of the quality of life of these people. However, it was found that the topic is still little explored in research and points to the need for further studies to expand the scientific evidence on the effectiveness of using acupuncture as a non-pharmacological practice combined with the treatment of Parkinson's disease.

Keywords: Acupuncture, Parkinson’s disease, Nursing

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LISTA DE ABREVIATURAS

BDENF – Base de Dados de Enfermagem BDI – Inventário de depressão de Beck BVS - Biblioteca Virtual de Saúde

COFEN - Conselho Federal de Enfermagem DCNT - Doenças Crônicas Não Transmissíveis DP - Doença de Parkinson

ESAI II - Enfermagem na Saúde do Adulto e Idoso II GDS – Escala de depressão geriátrica

HUAP - Hospital Universitário Antônio Pedro HY – Escala Hoehn e Yahr

LILACS - Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde MEDLINE - Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem on-line MEEM – Mini Exame do Estado Mental

MFI – Inventário Multidimensional de Fadiga MTC - Medicina Tradicional Chinesa

OMS - Organização Mundial de Saúde PBE - Prática Baseada em Evidencias

PDSS – Escala de Sono da Doença de Parkinson PDQ – 39 – Questionário 39 da doença de Parkinson

PNPIC – Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares PUBMED –Public Medline

RI - Revisão Integrativa

SUS - Sistema Único de Saúde

UPDRS – Escala Unificada de Avaliação para Doença de Parkinson

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LISTA DE QUADROS E FIGURAS

Figura 1 - Fluxograma de seleção dos estudos, p. 26

Quadro 1 - Caracterização dos estudos, p. 27

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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO, p.15

1.1. O Tema e sua Contextualização, p.15 1.2. Questão Norteadora, p. 17

1.3. Objetivos, p. 17 1.4. Justificativa, p. 17 1.5. Relevância, p. 18

2 . FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA, p. 19 2.1. A Doença de Parkinson, p. 19

2.2. Holismo e Saúde, p. 20

2.3. Medicina Tradicional Chinesa, p. 21

2.4. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS, p. 22 2.5. A acupuntura, p. 23

2.6. Acupuntura e a Enfermagem, p. 24 3. METODOLOGIA, p. 25

3.1. Tipo de estudo, p. 25 3.2. Produção de Dados, p. 25

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO, p. 26 4.1. Fluxograma de seleção dos estudos, p. 26 4.2. Caracterização dos estudos, p. 27

5. CONCLUSÃO, p.32

6. REFERÊNCIAS, p. 33

7. APÊNDICE, p. 39

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1. INTRODUÇÃO

1.1. O Tema e sua contextualização

A Doença de Parkinson é uma patologia que tem me intrigando desde meu 5º período de faculdade. Sempre fui fascinado pela Neurofisiologia e doenças neurodegenerativas, mas vê-las pessoalmente é um tanto diferente. Certa vez, durante o ensino teórico-prático da disciplina Enfermagem na Saúde do Adulto e Idoso II (ESAI II) no Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), tive a oportunidade de prestar cuidados a uma idosa com Doença de Parkinson e, na ocasião, me questionei quais seriam os cuidados de enfermagem para pacientes com este tipo de patologia e se haveria alguma intervenção de enfermagem que atuasse de forma a aliviar os sintomas da doença e pudesse ser utilizada de forma coadjuvante à terapia medicamentosa.

Pela experiência prática como acadêmico, pude perceber que os idosos são a parcela da população que mais utiliza terapias medicamentosas concomitantes, levando assim a muitas interações medicamentosas e efeitos adversos. Os medicamentos para o Parkinson em si possuem muitos efeitos adversos e um dos mais utilizados, o Levodopa, possui interações com anti-hipertensivos, classe de medicamento muito utilizado pela população brasileira, e diversos efeitos adversos (CHABNER; KNOLLMANN, 2012).

Sendo assim, na procura de terapêuticas que pudessem ser utilizadas pelo enfermeiro no alívio dos sintomas da Doença de Parkinson e, na possibilidade de redução de medicamentos para o tratamento da doença, escolhi estudar a acupuntura por ser uma prática integrativa e complementar que pode ser utilizada pelo enfermeiro e aplicada em sua vida clínica, além de já existirem estudos sobre a efetividade desta terapia como coadjuvante no tratamento e alivio dos sintomas da doença (MARCUCCI, 2007).

A Doença de Parkinson é uma doença que acomete ambos os sexos, e suas causas não

são bem especificadas, sendo classificada, na maioria das vezes, como idiopática. A

Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que esteja presente em pelo menos 1% da

população acima de 60 anos no mundo. Estudo realizado em 2005 identificou cerca de 4

milhões de pessoas com Doença de Parkinson no Mundo e estima-se que em 2030 o número

dobre (CARMO, 2015)

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A Doença de Parkinson é uma patologia caracterizada pela degeneração de neurônios, especialmente os dopaminérgicos, levando a disfunções na resposta motora, principalmente no tato fino, ocasionando na tétrade clássica: tremor em repouso, rigidez, bradicinesia e instabilidade postural. O tratamento medicamento comumente utilizado é o Levodopa que possui efeitos adversos variados como alucinações, sonolência, hipotensão, náuseas; tratando a doença, mas não caminhando para o bem-estar do paciente (FERNANDES; FILHO, 2018).

De acordo com Capra (1982), no decorrer da história da medicina ocidental, a biologia andou de mãos dadas com a medicina e, com a visão mecanicista da vida pela ótica da biologia, acabou sendo influenciadora da atitude dos médicos em relação as doenças. Quanto mais a ciência se concentrava em partes menores do corpo mais a medicina perdia a vista do paciente como um ser humano, e o via apenas como uma máquina defeituosa a ser consertada.

Visivelmente era possível observar o pensamento cartesiano, de separação de mente e corpo, no raciocínio médico, porém Spinoza observava o homem de outra maneira, e atribuiu o homem como a união completa entre mente e corpo, mostrando que o homem afeta e é afetado pelas pessoas e o mundo ao seu redor e demonstra que as afecções que incidem sobre a mente do homem também geram repercussões no corpo e vice e versa, demonstrando dessa forma a necessidade de enxergar o homem como um todo (AZEVEDO, 2017).

A Medicina tradicional chinesa foi formulada há milhares de anos, baseada no entendimento chinês de mundo e universo, corpo e alma sendo sua construção baseada no empirismo e na observação do homem de forma holística (TURATI, 2016).

A medicina chinesa tem como como bases de sua teoria o Yin-Yang, forças que fazem parte da construção do homem e do mundo, essas forças são completamente opostas, mas também completamente dependentes uma da outra e vivem em estado de harmonia e equilíbrio em toda a natureza. O desequilíbrio dessas forças no corpo humano pode acarretar em doenças e é necessário conhecer as características de Yin e de Yang para diagnosticar o paciente e tratar seus distúrbios de excesso e de diminuição (WEN, 1985).

A teoria dos 5 elementos e dos meridianos são as bases da Medicina chinesa na qual os

5 elementos são os elementos que formam o corpo e que é a partir dela em que era possível

entender os sintomas e patologias do paciente e escolher a terapêutica adequada. Os

meridianos acredita-se ser uma rede de canais que conecta todas as partes do corpo e nelas

fluem o Qì, a energia vital na qual precisa estar percorrendo todo o corpo, sendo sua

estagnação um fator de adoecimento (WEN, 1985).

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Nesse contexto, a Acupuntura, uma das técnicas da medicina tradicional chinesa, visa estimular pontos no corpo na qual é possível restaurar o equilíbrio das energias no corpo para curar o paciente de suas doenças, promovendo o bem-estar e alívio de sintomas (YAEDU, 2011).

No Brasil, o enfermeiro pode se especializar e praticar legalmente a acupuntura, e a prática segue as diretrizes da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do SUS inaugurada em 2006 seguindo os incentivos e recomendações da OMS (COFEN, 2018;

BRASIL, 2015).

1.2.Questão Norteadora

Quais as evidências científicas sobre o uso da acupuntura na Doença de Parkinson?

1.3. Objetivos

 Caracterizar a produção científica sobre o uso da acupuntura na Doença de Parkinson

 Descrever como a acupuntura é utilizada na Doença de Parkinson

1.4.Justificativa

No mundo e, especialmente no Brasil, vem ocorrendo mudança no perfil demográfico, houve um aumento no ciclo de vida e redução na taxa de nascimento ocasionando o aumento do número de idosos, especialmente em países desenvolvidos ou em desenvolvimento.

Estima-se que até 2050 a população atinja 2 bilhões de pessoas com mais de 60 anos (LEAL, 2016)

O aumento da expectativa de vida é um indicador de melhora na qualidade de assistência à saúde, porém como consequência do processo de envelhecimento, aumentam-se os números de doenças inerentes ao processo de envelhecimento as chamadas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). (LEAL, 2016).

A OMS demonstrou que 80% dos casos de mortes por DCNT ocorrem em países de

baixa ou média renda. No Brasil, são as principais causas de mortalidade sendo registrados

em 2009 72% das causas do total de óbitos. As principais DCNT são as doenças

cardiovasculares, neoplasias, doenças respiratórias crônicas e diabetes e responderam por

80% dos casos de óbito por doenças crônicas (DUNCAN et al, 2012).

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De acordo com Tosin et al (2016), dados indicam que a doença de Parkinson tem sua média de início aos 60 anos e sua incidência aumenta de acordo com a idade acometendo até 5% dos idosos com mais de 79 anos. A duração média de vida após o diagnóstico é de 15 anos e a relação de mortalidade de homens e mulheres é de 2 para 1.

Conforme afirmado por Lopes, Nishiyama e Tanaka (2012), as drogas que são utilizadas no tratamento do Parkinson trazem alívios dos sintomas, porém levam a diversas reações adversas tais como: psicose, sedação, reações cardiovasculares, hipotensão ortostática, hipertensão arterial e sintomas gastrointestinais. Estes fatores são importantes a se considerar no tratamento dos pacientes pois são causas de abandono do tratamento levando o paciente a decidir se convive com efeitos adversos incômodos ou se deixará a doença progredir.

Neste contexto torna-se necessário o estudo aprofundado de práticas integrativas e complementares para o tratamento da Doença de Parkinson, prática esta que pode ser utilizada pelo enfermeiro (COFEN,2018).

1.5. Relevância

Na área de pesquisa, o estudo espera despertar o interesse na área das Práticas Integrativas e Complementares visando a melhoria na qualidade de vida da população, em especial aquelas com Doença de Parkinson.

Para o enfermeiro, busca empoderá-lo e incentivá-lo para mais uma possibilidade da

prática da acupuntura trazendo-lhe mais conhecimento dentro da área, guiando-lhes para

maior atenção sobre o assunto e estimulando a aplicabilidade da acupuntura no tratamento da

Doença de Parkinson tanto nos seus consultórios como nas unidades públicas e privadas de

saúde. Assim, o estudo espera contribuir para divulgar outras práticas no cuidado as pessoas

com Doença de Parkinson, abrindo possibilidades de ampliar o conhecimento sobre o uso da

Acupuntura entre enfermeiros na prática profissional.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1.A Doença de Parkinson

A Doença de Parkinson (DP) é a segunda maior doença neurodegenerativa no mundo.

A OMS estima que 1% da população mundial acima de 60 anos seja portadora da DP. Em 2005 um estudo realizado nos 10 países mais populosos da Europa e nos 10 mais populosos do mundo estimou que havia cerca de 4 milhões de indivíduos com mais de 50 anos acometidos pela doença e que o número duplicaria até 2030 para cerca de 8,3 e 9,7 milhões de pessoas. No Brasil estima-se cerca de 200 mil idosos com a DP apesar dos escassos estudos epidemiológicos. A DP atinge ambos os sexos e aparenta maior frequência no sexo masculino, os fatores predisponentes vão desde o estilo de vida, fatores ambientais e fator neuroprotetor do estrogênio (CARMO, 2015; FERNANDES; FILHO, 2018).

A DP é ocasionada pela degeneração de neurônios dopaminérgicos da substância negra bem como outros neurônios desta região responsáveis pela liberação de neurotransmissores como catecolaminas e serotoninas. A diminuição de dopamina afeta a resposta motora, especialmente dos movimentos finos, acarretando na tétrade clássica (tremor em repouso, rigidez, bradicinesia e instabilidade postural) e os distúrbios dos outros neurotransmissores levam, de acordo com Fernandes e Filho (2018, p.46), a sintomas não motores como disfunções autonômicas (hipotensão, constipação), anosmia, parestesia, ansiedade, depressão, distúrbios do sono (acometimento de substância reticular) e, com a evolução da doença, o consequente acometimento do neocórtex leva a distúrbios cognitivos e demência (FERNANDES; FILHO, 2018).

No tratamento farmacológico da DP comumente é utilizado o fármaco conhecido

como Levodopa que tem como princípio ativo L-3,4-diidroxifenilalanina (L-dopa), de acordo

com Giacomelli (2018, p. 19-20), “A L-dopa é um precursor de catecolaminas que, diferente

da dopamina, é capaz de atravessar a barreira hematoencefálica. No encéfalo a L-dopa sofre

ação da enzima dopa-descarboxilase gerando dopamina, aumentando a biodisponibilidade

dessa monoamina e culminando na remissão dos sintomas. ” Porém esse composto leva a

diversos efeitos adversos como alucinações, sonolência, hipotensão, náuseas tornando

necessário estudos de terapias integrativas e complementares para estes pacientes

(GIACOMELLI, 2018).

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2.2.Holismo e Saúde

O pensamento cartesiano que historicamente tem influenciado o pensamento biomédico da medicina ocidental traz ideias que podem ser exemplificadas na visão do homem como uma máquina, onde é possível ver a doença como um defeito em alguma peça que precisa de conserto ou troca, tendo o médico o papel de “mecânico” no qual seu dever é detectar o problema e "consertá-lo". O fenômeno da cura se dá por diversos fatores, fatores estes que já eram abordados nas práticas antigas e empíricas da medicina tradicional utilizada pelos curandeiros de diversas culturas, onde os ritos e cerimônias visavam abordar o homem de uma forma holística entendendo que o processo de adoecimento estava relacionado a fatores não somente físicos, mas psicológicos e até mesmo relacionados a autoestima (CAPRA, 1982).

O pensamento biomédico moldado ao modelo cartesiano de pensar na qual divide mente e corpo, impede o médico moderno a entender o processo do fenômeno da cura. As especializações e aprofundamentos cada vez mais celulares e moleculares, contribuem para a perspectiva médica do funcionamento do corpo como uma máquina a ser consertada, fazendo o profissional se debruçar em seus estudos para conceitos cada vez mais micro sem olhar para o macro, os outros fatores que incidem sobre o doente fazendo-o permanecer neste estado.

Esta ausência do holismo na prática clínica impede a área médica de, como define Capra (1982, p.116-117), entender a cura como “Um fenômeno que não pode ser entendido em termos reducionistas”, visto que a cura de doenças “...geralmente envolve uma complexa interação entre os aspectos físicos, psicológicos sociais e ambientais da condição humana”.

Esta concepção de cura deveria ser incorporada com mais vigor à formação biomédica para compreensão global do indivíduo (CAPRA, 1982).

A OMS define saúde como um bem-estar que vai além da presença ou ausência de

doenças, mas que abrange aspectos físicos, mentais sociais e emocionais, mostrando o ser

humano de forma holística, indivisível e complexa. Spinoza em seu livro intitulado Ética

aborda o homem formado por corpo e alma (ou mente) onde estão intimamente ligados o que

leva a ruptura com o paradigma cartesiano na qual divide mente e corpo, demonstrando que

há correspondências entre acontecimentos físicos e psíquicos e que o homem afeta e é afetado

pelas pessoas, o meio ao seu redor e suas experiências (AZEVEDO, 2017).

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2.3. Medicina Tradicional Chinesa

A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) tem suas bases criada a milhares de anos, na qual é formada por diversas modalidades de tratamento fundamentada no empirismo a partir do holismo do ser humano e suas relações com o mundo e o ambiente a seu redor amoldada a suas filosofias e como enxergam o mundo e o universo (TURATI, 2016).

A imagem do ser humano na MTC é criada a partir de teorias como: o Yin-Yang, 5 elementos, do Qì, sangue e fluidos orgânicos, os meridianos e seus órgãos e vísceras (TURATI, 2016).

A teoria do Yin-Yang foi criada pelos chineses antigos a partir da observação, onde eles chegaram à conclusão de que a composição básica do ser humano era a mesma do universo então os fenômenos da natureza foram divididos em duas partes o Yin (negativo) que possui características como: frio, escuro, interior, umidade, lua, noite; e o Yang que possuías as características: quente, luz, exterior, secura, sol, dia. No corpo humano essas forças estão presentes nos órgãos. Os órgãos protegidos pelas costelas e vértebras como:

pulmão, coração, rins, baço e pâncreas são classificados Yin. Já órgãos sem proteção e de constituição mais forte como estômago, intestino delgado, intestino grosso, bexiga, vesícula biliar e útero, são de natureza Yang (WEN, 1985).

Apesar de opostos, o Yin e o Yang são complementares e coexistem em equilíbrio onde um não pode existir sem o outro. No corpo, pode haver desequilíbrios de Yin ou de Yang onde um pode estar em excesso e o outro deprimido. Este desequilíbrio pode levar o corpo a estar sujeito a doenças e então adoecer (WEN, 1985; TURATI, 2016).

A teoria dos 5 elementos é baseada nos elementos: madeira, fogo, terra, metal e água;

na qual os chineses acreditavam que estes eram os elementos básicos que compunha toda a natureza do mundo. Existe entre eles uma interdependência e uma interrestrição que explica seus estados de constante movimento e mutação. Esta teoria tem sua grande importância na MTC pois é a partir dela que a medicina chinesa interpreta e classifica todos os fenômenos relacionado as patologias e da fisiologia do corpo humano, interrelacionando estes elementos entendendo que, como o ser humano é composto pelos mesmos elementos da natureza, a natureza influencia na fisiologia do corpo humano (WEN, 1985).

Os meridianos, outro conceito chave na MTC, acredita-se ser uma rede que conecta

todo o corpo na qual é dividida em 12 meridianos principais e mais os outros diversos

meridianos menores espalhados no corpo que conecta todos os órgãos. O meridiano é

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22

responsável pela circulação de 4 fatores essenciais: Qì (energia), Hsue (sangue), Ying (nutrição), Wei (defesa). O Qì é a energia, o sopro que flui nos meridianos e que se espalha por todo o corpo; de acordo com Coutinho e Dulcetti (2015, p.805) “Para que a pessoa goze de boa saúde, o Qì deve circular pelos meridianos harmonicamente e sem estagnação, pois a desarmonia em sua distribuição resultará em desequilíbrios que se manifestarão no corpo. ” Os meridianos se interligam de forma tão completa que quando há uma disfunção em uma região do corpo pode gerar efeitos reflexos em outras áreas do corpo (WEN, 1985;

COUTINHO; DULCETTI, 2015).

2.4. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS

No fim da década de 70 a OMS criou o Programa de Medicina Tradicional como o objetivo de formular políticas sobre a área. A partir de então emitiu diversos comunicados e resoluções incentivando os membros a formularem políticas públicas voltadas sobre a área e incentivando o desenvolvimento de pesquisas para se estudar a eficácia e qualidade da Medicina Tradicional (BRASIL, 2015).

A partir do atendimento as diretrizes e recomendações da OMS e de diversas conferenciais nacionais, o Brasil, após 3 anos de estudos e formulações do documento e aprovação pelo conselho Nacional de Saúde, instaurou em 17 de julho de 2006 a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS (BRASIL, 2015).

A PNPIC Trabalha sistemas médicos tradicionais complexos baseado na Medicina Tradicional Complementar/Alternativa que objetiva ver o homem de forma holística estimulando o autocuidado, enxergando a saúde do indivíduo a partir de interação com o meio ambiente e a sociedade a seu redor e a promoção da saúde a partir de técnicas seguras e eficazes de forma natural (BRASIL, 2015)

A evolução da institucionalização das Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde (SUS) é apresentada abaixo (BRASIL, 2006; BRASIL, 2017;

BRASIL, 2018; ESPIRITO SANTO, 2020):

2006 - Portaria n

0

971/2006 - aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e

Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS) com: Medicina

Tradicional Chinesa (MTC), Acupuntura, Homeopatia, Plantas Medicinais e

Fitoterapia, Termalismo Social/Crenoterapia e Medicina Antroposófica.

(23)

23

2017 - Portaria n

0

. 849/2017 - Amplia as PNPIC incluindo a Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa e Yoga

2018 - Portaria n

0

. 702/2018 - Inclui novas práticas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) que foram: Apiterapia, Aromaterapia, Bioenergética, Constelação Familiar, Cromoterapia, Geoterapia, Hipnoterapia, Imposição de mãos, Medicina Antroposófica/ Antroposofia Aplicada à Saúde, Ozonioterapia, Terapias de Florais, Termalismo Social / Crenoterapia

2.5. A Acupuntura

A acupuntura é uma terapia complementar indicada e incentivada pela OMS que tem indicações da Nacional Institutos of Health dos Estados Unidos para ser utilizada de forma isolada ou coadjuvante no tratamento de pós-quimioterapias, náuseas e vômitos, reabilitação após acidentes vasculares cerebrais, odontalgia pós-operatória, fibromialgia, osteoartrite, lombalgias, asma e etc (ESPÍRITO SANTO et al, 2019).

A definição de acupuntura é elucidada por BRASIL (2018, p.19):

Tecnologia de intervenção em saúde que faz parte dos recursos terapêuticos da medicina tradicional chinesa (MTC) e estimula pontos espalhados por todo o corpo, ao longo dos meridianos, por meio da inserção de finas agulhas filiformes metálicas, visando à promoção, à manutenção e à recuperação da saúde, bem como à prevenção de agravos e doenças.

Há indícios de que sua criação se deu a aproximadamente 4.500 A.C no oriente, ainda em plena Idade da Pedra no período Neolítico onde Scognamillo-Szabó e Bechara (2010, p.492) relatam que pesquisadores em escavações nas ruínas Yang-Shao encontraram instrumentos de pedra polida e afiada chamado de Bianshi (agulha de pedra) que supostamente teriam sido utilizados para drenagem de abcessos e para estimulação de pontos específicos no corpo (SCOGNAMILLO-SZABÓ; BECHARA, 2010).

A técnica consiste na inserção de agulhas sobre o corpo, nos chamados acupontos,

com o objetivo de tratar desequilíbrios orgânicos. Essas agulhas alcançam uma profundidade

de aproximadamente 10mm a 40mm dependendo do local que estão sendo inseridas. O autor

Yaedu (2011), qualifica a neuromodulação da acupuntura como:

(24)

24

A acupuntura, como um método de estimulação neural periférica, pode promover mudanças nas funções sensoriais, motoras e autonômicas, viscerais, hormonais, imunitárias e cerebrais, com resultados terapêuticos. A propriedade fisiológica dos neurônios de modificarem a sua atividade em termos qualitativos (mudanças neuroquímicas, modo de operação), quantitativos (em número e frequência de disparos das fibras) e formais (neuroplasticidade), em resposta a estímulos variados, permite que o sistema nervoso promova mudanças funcionais no organismo, garantindo a sua adaptabilidade e estabilidade (CARNEIRO1, 2001 Apud YAEDU, 2011, p. 31).

Segundo Molin (2013, p. 13) A acupuntura ganhou credibilidade no Ocidente por seu alivio da dor, que até então o foco do tratamento estava em medicamentos opióides, e pelo baixo custo da técnica visto que, na medicina ocidental, é necessária atuação de diversas especialidades médicas e de uso múltiplos medicamentos que, segundo estudos, é uma das grandes causas de mortes em idosos (MOLIN, 2013).

2.6. Acupuntura e a Enfermagem

No Brasil a especialização e qualificação do enfermeiro para a prática legal da acupuntura é reconhecida e legalizada pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) através da Resolução 588/2018 (COFEN, 2018).

Na literatura, existem diversos artigos escrito por enfermeiros que relatam suas práticas com a acupuntura. Através de pesquisa na base de dados BDENF foi possível encontrar 20 artigos que falam diretamente da acupuntura na prática clínica do enfermeiro em diversas áreas da enfermagem, como os trabalhos dos autores: Pereira et al (2017)

“Acupuntura na hipertensão arterial sistêmica e suas contribuições sobre diagnósticos de enfermagem”, Barreiros et al (2019) “A Craniopuntura Japonesa como Instrumento para o Tratamento da Dor não Específica em Profissionais de Saúde” e Varejão (2016) “Acupuntura a laser na quimioterapia infantil: uma proposta complementar ao cuidado de enfermagem no alívio da náusea e do vômito - um ensaio clínico randomizado”. Apesar de relativamente pouco, foi utilizado apenas uma base de dados para exemplificar a produção científica sobre acupuntura pela enfermagem (PEREIRA et al, 2017; BARREIROS et al, 2019; VAREJÃO;

ESPIRITO SANTO, 2019).

1CARNEIRO, N. Fundamentos da acupuntura médica. 1ªed. Curitiba: Sistema. 2001

(25)

25

3. METODOLOGIA

3.1. Tipo de Estudo

Trata-se de um estudo de Revisão Integrativa (RI) que permite identificar, analisar e sintetizar estudos existentes e recentes sobre um determinado conhecimento possibilitando que o enfermeiro possa ter uma Prática Baseada em Evidencias (PBE) de qualidade enriquecendo sua prática clínica e valorizando os conhecimentos de enfermagem. Seu desenvolvimento envolve as seguintes etapas: 1ª etapa: elaboração da pergunta norteadora; 2ª etapa: busca ou amostragem na literatura; 3ª etapa: Instrumento para coleta de dados; 4ª etapa:

avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa; 5ª etapa: Interpretação dos resultados;

6ª etapa: apresentação da revisão integrativa (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010).

Para a coleta de dados é necessário a utilização de instrumentos construídos previamente que possam assegurar a extração dos dados relevantes possibilitando uma síntese dos estudos relacionados ao tema (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010).

3.2. Produção de Dados

A produção de dados ocorreu em novembro de 2020 e foi desenvolvido nas seguintes etapas:

1ª etapa - Elaboração da Questão norteadora: Quais as evidências científicas sobre o uso da acupuntura na Doença de Parkinson?

2ª etapa - Definição dos Critérios de inclusão: artigos publicados entre os anos de 2015 a 2020, disponíveis na integra online e gratuitos, nos idiomas português e inglês e, de exclusão:

editoriais, revisões de literatura e estudos duplicados

3

a

etapa – Definição dos descritores DECs Bireme: Acupuntura e Doença de Parkinson 4

a

etapa -Busca nas Bases de Dados: BVS, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem on-line (MEDLINE); e na base de dados Public Medline (PUBMED).

5

a

etapa -Elaboração de Instrumento para coleta de dados (APENDICE A) 6

a

. etapa - Leitura e análise dos estudos incluídos na revisão integrativa.

7ª etapa - Interpretação dos resultados

(26)

26

4.RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na busca nas bases de dados foram identificados 29 artigos que, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, triagem dos títulos e resumos, foram selecionados quatro artigos para amostra do estudo, conforme ilustrado no fluxograma abaixo.

4.1. Fluxograma de seleção dos estudos

Fonte: Elaborado pelo autor

4.2. Caracterização dos estudos

Os quatro artigos selecionados para esse estudo foram publicados no Brasil, Singapura, Estados Unidos e Coréia do Sul. Quanto à metodologia utilizada três estudos randomizados e um do tipo antes e depois. Todos utilizaram escalas já existentes para avaliar o estado neurológico ou sintomas dos pacientes sendo aplicadas as avaliações antes e depois

Identificação Número de estudos identificados nas bases de dados após filtros

N = 29

Número de estudos identificados N = 27

Seleção

Número de estudos selecionados N = 27

Elegibilidade

Número de estudos em texto completo avaliados para

elegibilidade N = 23

Inclusão Número de estudos incluídos na síntese qualitativa

N = 4

Número de estudos excluídos N = 19

Justificativas:

Editoriais e revisões N = 8 Artigos pagos N = 11 Número de estudos excluídos

pelo título e resumo N = 4 Duplicados

N = 2

(27)

27

do período de intervenção. Dos estudos analisados três separaram os pacientes em grupo experimental e grupo controle para realizar comparações entre os grupos ao final do tempo de intervenção, e apenas um realizou a intervenção em todos os pacientes comparando apenas os resultados das escalas antes e depois da acupuntura. Quanto ao tempo de realização com acupuntura, dois estudos realizaram a intervenção durante oito semanas, um durante cinco semanas e o outro durante três semanas. (QUADRO 1)

Quadro 1: Caracterização dos estudos

Estudo Objetivo Metodologia Intervenção Resultados

Aroxa et al.

(2017) Brasil

Avaliar os efeitos da acupuntura nos distúrbios do sono em pacientes com DP.

Estudo clínico randomizado com 22 pacientes, avaliados inicialmente pelas escalas: MEEM, HY e PDSS; e reavaliaçao após 8 sessões.

O grupo experimental foi submetido a 8 sessões semanais de 30 minutos.

Melhora da qualidade do sono e psicose noturna, sintomas motores noturnos, atividades de vida diária, sonolência diurna, fadiga, e humor.

Yeo et al.

(2018) Coréia do

Sul.

Examinar os efeitos de 8 semanas de acupuntura na resposta cerebral e nos sintomas da DP.

Realizado com 10 pacientes ambulatoriais cujas respostas neurais e comportamentais foram avaliadas antes, durante e após 8 semanas de tratamento com acupuntura utilizando as escalas

UPDRS, HY e

inventário de depressão de Beck (BDI).

Utilizada abordagem semi-individualizada em que os pacientes foram tratados por 15 minutos durante 8

semanas com

eletroacupuntura e acupuntura manual segundo sintomas individuais do paciente.

Após 8 semanas de tratamento os escores da Escala Unificada de Classificação da Doença de Parkinson (UPDRS) e a escala BDI diminuíram estatisticamente em comparação aos escores antes do tratamento, os escores permanecerem estáveis 8 semanas após a terapêutica.

(28)

28

Lei et al.

(2016) Estados Unidos.

Avaliar a eficácia da

eletroacupuntura nos distúrbios da marcha utilizando tecnologia de sensores em pacientes com DP.

Estudo randomizado com 15 pacientes, por 3 semanas, com sessões de 30 minutos de acupuntura semanal;

Utilizado agulhas de

acupuntura e

estimuladores elétricos na área motora sensorial do pé, área de equilíbrio.

Após 3 semanas de acupuntura houve melhora da marcha em pacientes do grupo experimental

Kong et al.

(2017) Singapura

Avaliar a eficácia de 5 semanas de acupuntura no tratamento da fadiga na DP

Estudo randomizado, com avaliação dos pacientes antes, após intervenção e após 4 semanas da última intervenção com uso das escalas MFI, UPDRS, PDQ-39, GDS.

O tratamento foi realizado 2 vezes na

semana com

intervalos de 3 dias por 5 semanas, totalizando 10 sessões.

A acupuntura real e simulada é segura e eficaz na redução da fadiga na DP.

Fonte: Elaborado pelo autor

Após análise dos resultados dos estudos observa-se que, em se tratando de uma doença que não possui cura, a acupuntura foi de alguma maneira eficaz no tratamento dos sintomas.

Os estudos analisaram a terapia complementar e seus efeitos nos sintomas de fadiga, motores, gerais e distúrbios do sono, e em todas essas sintomatologias a acupuntura apresentou efeito benéfico ainda que não tenha aliviado por completo o sintoma estudado.

No Estudo de Aroxa et al (2017) é possível observar que na coleta de dados após a realização do procedimento, os pacientes relataram melhora significativa da qualidade do sono noturno, psicose noturna, e sintomas motores noturnos, porém diversos outros sintomas não tiveram mudanças significativas como o início e manutenção do sono, atividade noturna, agitação, noctúria, sono relaxante e sonolência diurna. Observa-se que alguns sintomas bastante incômodos durante o sono não sofreram alterações; porém, no próprio estudo de Aroxa et al os participantes do estudo afirmaram que tiveram uma melhora na qualidade do sono bem como no humor e na disposição para atividades de vida diária.

A qualidade de vida apresenta-se como um conceito um tando difícil de ser definido

por apresentar diversas complexidades, subjetividades bem como por ser utilizada e abordada

(29)

29

por diversas áreas de estudo. A forma como é abordada está diretamente relacionada aos interesses científicos, políticos de cada estudo e a área de investigação, podendo ser definida desde aspectos políticos, sociais e econômicos como também pela perspectiva de saúde, bem- estar e satisfação pessoal (PEREIRA; TEIXEIRA; SANTOS, 2012).

De acordo com Pereira, Teixeira, Santos (2012) as definições de qualidade de vida a partir da ótica médica tratam principalmente a questão de trazer melhorias às condições de vida dos pacientes. Afirmam também que a qualidade de vida relacionada a saúde é um

“conceito relacionado à avaliação subjetiva do paciente e ao impacto do estado de saúde na capacidade de se viver plenamente” o que concorda também com a afirmação dos autores Mendes; Barichello (2019) que trazem a definição de qualidade de vida como ”percepção dos indivíduos a respeito de sua posição na vida, no contexto cultural e dos sistemas de valores em que vivem e em relação a suas metas, expectativas e preocupações.”

Além disso, “qualidade de vida é um conceito abrangente afetado de uma maneira complexa pela saúde física, estado psicológico, nível de independência, relações sociais, crenças pessoais e características ambientais” (MENDES; BARICHELLO, 2019, p. 3).

Entende-se assim que qualidade de vida relacionada a saúde a partir da perspectiva do sujeito é um conceito complexo, subjetivo e pessoal que está relacionado a diversos aspectos do indivíduo que vão desde suas relações sociais, suas capacidades físicas, sua espiritualidade e etc (MENDES; BARICHELLO, 2019). Nos artigos analisados nota-se que mesmo quando a acupuntura não aliviou por completo os sintomas estudados, um alívio pequeno do sintoma em questão ou de outro associado conseguiu influenciar positivamente na qualidade de vida do doente.

Sanches, Cardoso em uma pesquisa realizada em 2012 avaliaram a relação da fadiga com a qualidade de vida de pacientes com DP. Os autores afirmam que as limitações físicas que afetam os portadores da doença afetam emocionalmente os indivíduos pois não conseguem realizar suas atividades de vida diária como gostariam o que traz a eles a perda de sua independência, esse fato traz uma tendência ao isolamento social o que afeta diretamente a percepção destes indivíduos de sua qualidade de vida e de seu bem-estar emocional (SANCHES; CARDOSO, 2012).

Ao analisarmos os resultados da pesquisa de Aroxa et al (2017) percebe-se que para os

participantes do estudo houve uma melhora da qualidade de vida. Os sintomas foram

amenizados, o que melhorou a capacidades dos pacientes; este resultado pode gerar um

(30)

30

grande impacto na vida destes indivíduos bem como no seu estado emocional, visto que a DP é uma doença neurodegenerativa e que a tendência é de progressão e agravamento dos sintomas.

No estudo de Yeo et al (2018) foi realizada uma avaliação dos pacientes com as escalas UPDRS (avalia os sinais e sintomas e determinados por meio do autorrelato e da observação clínica), HY (compreende cinco estágios de classificação para avaliar a severidade da DP) e BDI (avalia sintomas depressivos). A avaliação foi feita antes, durante e depois do tratamento. Os autores também realizaram exames de ressonância magnética antes e depois do tratamento para avaliar as respostas neurais de diferentes áreas do cérebro frente a estimulação da acupuntura e em repouso (ausência da terapia complementar).

Como resultado, observou-se uma melhora geral na escala UPDRS e a melhora na escala BDI, na qual permaneceram estáveis 8 semanas após o fim do tratamento; e não houve mudanças significativas na escala HY, ou seja, houve melhora nos sintomas da DP, porém não foi possível reduzir sua avaliação na escala HY. Na ressonância magnética, foi observado aumento da atividade neural de diversas áreas do cérebro após o tratamento especialmente as áreas afetadas pela DP. Uma dessas áreas é a do tálamo, na qual o autor afirma que seu aumento de resposta neural está intimamente associado com a melhora dos sintomas motores, avaliados na escala UPDRS, pois a acupuntura teria a capacidade de neuromodular as áreas em repouso do cérebro.

Lei et al (2016) realizaram acupuntura em 15 pacientes na qual foram divididos em grupo experimental e grupo controle. No grupo experimental foi realizado eletroacupuntura e no controle foram utilizados pontos não acupunturais. Em ambos foi utilizada a mesma corrente elétrica. Após 3 semanas de tratamento houve uma melhora significativa no grupo experimental na maioria dos parâmetros de marcha medidos, especialmente na velocidade de marcha, comportamento, humor e atividades de vida diária enquanto que no grupo controle não houve diferenças significativas.

No estudo de Kong et al (2017) os participantes foram divididos em dois grupos, um

grupo iria receber sessões de acupuntura com o uso de agulhas reais e o outro grupo sessões

de acupuntura utilizando agulhas falsas. Essas agulhas falsas são conhecidas como Park sham

needle e são validadas como agulhas inativas e confiáveis para serem utilizadas como controle

de placebo em ensaios clínicos de acupuntura.

(31)

31

Os pacientes foram avaliados nas semanas 0 (antes do tratamento), 5 (ao final do tratamento) e 9 (4 semanas após a finalização). Nas avaliações realizadas na semana 0 não houve diferença significativa entre os grupos, na semana 5 houve melhora nas avaliações, porém não houve diferença significativas entre os grupos, ena semana 9 os resultados das avaliações se mantiveram estáveis em ambos os grupos,ou seja, tanto o grupo da acupuntura real quanto o grupo da acupuntura falsa tiveram melhoras em relação as avaliações iniciais.

Em ambos os grupos foram obtidos praticamente os mesmos resultados demonstrando que a acupuntura real não foi mais efetiva que a falsa. Este desfecho nos mostra a possível presença do efeito placebo e, de acordo com os resultados, a possibilidade do uso terapêutico do mesmo.

O estudo de Kong et al (2017) mostra como resultado a melhora dos sintomas de fadiga nos pacientes, porém os próprios autores chegam a conclusão e afirmam que os mecanismos da terapêutica são altamente placebo. Em contraponto podemos observar o estudo de Yeo et al (2018) na qual além dos resultados positivos das escalas aplicadas, ainda foi evidenciado através de exames de imagem a neuromodulação no sistema nervoso na qual explica as respostas positivas de melhora dos sintomas da doença.

A palavra placebo deriva do latim placere que significa “agradar” e tem como definição uma substância ou tratamento que não tem a capacidade inerente de produzir um efeito desejado. O Efeito placebo é quando se obtém um resultado positivo a partir de uma substância ou procedimento placebo. Este é um efeito puramente fisiológico e psicológico, mas seu resultado positivo é atribuído a substância ou procedimento. Eles descrevem o placebo como “eficaz para ativar mecanismos de auto-cura de alguns pacientes, pois não age pontualmente no sintoma, apenas gera uma expectativa que ativam mecanismos internos que por sua vez agirá nos sintomas” (PEREIRA; FARNESE, 2004).

O Efeito Placebo depende de alguns fatores como as expectativas do paciente e de seus familiares em relação ao tratamento, a atitude do profissional e sua capacidade de persuasão, os rituais de prescrição ou do procedimento e a relação paciente-profissional que gera bons resultados a partir de uma relação sadia de confiança do paciente no profissional. O paciente pode se sentir melhor apenas por se sentir bem atendido, ouvido e compreendido;

outro fator importante para um bom resultado no efeito placebo é que o paciente precisa estar

ciente de que algo está sendo feito por ele (PEREIRA; FARNESE, 2004).

(32)

32

Apesar da diferença de resultados obtidos entre os estudos de Kong et al (2017) e Yeo et al (2018), um demonstrando concretamente o mecanismo pela qual a terapêutica atua e o outro demonstrando resultados de efeito placebo, ambas as terapias demonstraram efeitos positivos nos pacientes.

Mediante os resultados positivos, seja pela intervenção ou pelo efeito placebo, frente a melhora na qualidade de vida relatada pelos participantes, entende-se que a acupuntura como uma terapia complementar é uma ferramenta importante para pessoas com Doença de Parkinson.

6. CONCLUSÃO

Conclui-se então que, pelos resultados obtidos na análise dos artigos, que a acupuntura trouxe resultados favoráveis para amenizar diversos sintomas da DP com melhoria na qualidade de vida das pessoas com essa doença. Segundo os resultados dos estudos o uso da acupuntura melhorou a capacidade e disposição para a realização das atividades diárias, do humor e da percepção sobre a qualidade de vida dos participantes.

Contudo, destaca-se como uma das limitações do estudo, a esscassez de produções sobre o tema o que aponta a necessidade da realização de mais estudos sobre a efetividade da acupuntura aliada ao tratamento farmacológico da Doença de Parkinson em especial por enfermeiros que assim poderão ampliar seu campo de atuação mediante uso de acupuntura em sua prática profissional nos diversos campos de atuação.

As práticas integrativas e Complementares vem avançando na sua utilização no campo

da saúde abrindo outras possibilidades para a assitência as pessoas nos serviços de saúde,

tendo como bases uma abordagem holística, que favorece o vínculo, a escuta ativa e o

protagonismo do paciente. Trata-se de um campo potencial para o enfermeiro explorar e

ocupar, com autonomia e competência profissional, visando proprocionar à clientela que

procura os serviços de saúde uma outra perspectiva da assitência de enfermagem, tendo como

foco a pessoa e suas demandas de saúde, em uma abordagem integral e integrada.

(33)

33

6. REFERÊNCIAS

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Referências

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