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Pe. José Jorge Santos Rodrigues Coordenador da Comissão Diocesana de Animação Bíblico-catequética

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Academic year: 2021

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APRESENTAÇÃO

Caros irmãos e irmãs, Queridos (as) Catequistas,

Graça e Paz de nosso Senhor Jesus Cristo!

A Comissão Diocesana de Animação Bíblico-catequética com grata satisfação apresenta este “Subsídio para a formação do Sacramento do Batismo”, que contribuirá na preparação de encontros de formação e aprofundamento de temas importantes da nossa fé católica, sobretudo, quando tratarmos dos encontros de formação para pais e padrinhos e/ou com adultos em vistas da verdadeira experiência da fé, sem descuidar da formação dos nossos catequistas de Batismo.

A Comissão deseja contribuir com as paróquias para que catequistas, pais e padrinhos e, até mesmo os adultos em formação catequética, possam encontrar os principais temas relacionados aos aspectos bíblico, teológico e pastoral relacionados a este Sacramento. Ao passo que ofereça a todos os catequistas um material com linguagem acessível e, com um roteiro prático para a organização de momentos de formação e encontros em suas catequeses. Ressaltamos que é mais um apoio para fortalecer nossa caminhada catequética.

Lembramos, ainda, àqueles que tenham contato com esse material, que não se trata de um ineditismo, mas de uma compilação, uma organização de fontes já existentes, as quais estão referenciadas e, que devem ser amplamente utilizadas no itinerário formativo.

Que Deus, nosso Pai, abençoe a todos e que a Imaculada Conceição, nossa Padroeira, acompanhe os caminhos da Catequese Diocesana, para fazer conhecer o Seu Filho, Jesus Cristo, o Bom Pastor.

Pe. José Jorge Santos Rodrigues

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LISTA DE SIGLAS

Lc – Evangelho de Lucas Jo – Evangelho de João Mt – Evangelho de Mateus Mc – Evangelho de Marcos

Ef – Carta de São Paulo aos Efésios Cl – Carta de São Paulo aos Colossenses 1Sm – Primeiro Livro de Samuel

1Cor – Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 2Cor – Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 1Tm – Primeira Carta de São Paulo a Timóteo 2Tm – Segunda Carta de São Paulo a Timóteo Rm – Carta de São Paulo aos Romanos

Gl – Carta de São Paulo aos Gálatas Tt – Carta de São Paulo a Tito 1Pd – Primeira Carta de São Pedro Hb – Carta aos Hebreus

At – Atos dos Apóstolos

DS - Denzinger-Schönmetzer - Enchiridion Symbolorum et Definitionum (Manual de credos e definições) comumente chamado de Denzinger

RICA - Sagrada Congregação para o Culto Divino, Rito de Iniciação Cristã de Adultos (1973) CIC – Codex Iuris Canonici - Código de Direito Canônico (1983)

CCE – Catechismus Catholicae Ecclesiae - Catecismo da Igreja Católica DDS – Diretório Diocesano de Sacramentos de Campina Grande (2020)

IVC - Iniciação à vida cristã: itinerário para formar discípulos missionários – Documento nº 107 da CNBB

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SUMÁRIO

O SIGNIFICADO DOS SACRAMENTOS: SINAIS DA PRESENÇA DE DEUS………….5

SACRAMENTO DO BATISMO ... 8

EFEITOS DO BATISMO ... 11

A REMISSÃO DOS PECADOS ... 11

TRANSFORMAÇÃO EM NOVA CRIATURA ... 12

INCORPORAÇÃO NA IGREJA DE CRISTO ... 12

FUNDAMENTO DA COMUNHÃO ENTRE TODOS OS CRISTÃOS ... 13

MARCA ESPIRITUAL INDELÉVEL ... 14

ELEMENTOS DA CELEBRAÇÃO ... 16

MISSÃO DO BATIZADO ... 18

OS MINISTROS DO BATISMO ... 18

DO SUJEITO A SER BATIZADO ... 19

DOS PADRINHOS DE BATISMO ... 20

DO ACOLHIMENTO E PREPARAÇÃO PARA O BATISMO ... 22

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O SIGNIFICADO DOS SACRAMENTOS: SINAIS DA PRESENÇA DE DEUS

Sacramento deriva do latim sacramentum. A raiz sacra significa relação com o divino, o verbo sacrare implica devotar à Divindade. O sufixo mentum significa o meio ou instrumento pelo qual se faz algo. Donde se vê que sacramentum é aquilo mediante o qual algo se torna sagrado. Por extensão o vocábulo podia designar também a ação de consagrar ou devotar e o objeto consagrado à Divindade. No plano jurídico, era a quantia de dinheiro que depositavam em lugar sagrado os homens em litígio antes de iniciar um processo civil. O dinheiro era assim consagrado à Divindade e implicava maldição para aquele que incidisse em infidelidade ou falsidade (mentira). No plano militar era o juramento prestado pelos recrutas perante os deuses quando eram incorporados à milícia, assinalado por uma tatuagem (signum fidei).

A palavra Sacramentum encontra-se nas traduções latinas da Bíblia efetuadas na África do Norte antes de Tertuliano (ano 220 aproximadamente). Traduzia a palavra mystérion. É interessante a preferência dada a Sacramentum, embora mystérium fosse usado em latim desde Cícero.

Nos ambientes cristãos Sacramentum assumia novo significado: o de mystérion na versão dos LXX e no Novo Testamento designava o plano secreto salvífico de Deus revelado progressivamente aos Patriarcas, Profetas e aos cristãos: Ef 1,9; 3,3; 5,32; Cl 1,27; 1Tm 3,16. Por que mystérion foi traduzido por sacramentum? Qual a ligação que podia existir entre Sacramentum (latino) e mystérion (grego)? Eis a resposta: os ritos de mistérios tinham a sua iniciação. Iniciação que era acompanhada por um juramento do candidato, pois, tanto para os soldados romanos como para os iniciados nos mistérios, uma consagração consolidada por juramento; diziam mesmo os antigos que o serviço aos cultos dos mistérios era uma sancta militia (santa milícia). Eis por que os romanos traduziram mystérion por sacramentum (vocábulo que era de uso quase exclusivamente militar e religioso). Sacramentum passou assim a designar não somente os ritos sagrados dos cristãos (especialmente a Eucaristia), mas também as figuras ou as imagens que no Antigo Testamento preanunciavam o Cristo.

Muito significativo é o texto de Tertuliano, escritor do Norte da África: "Vocati sumus ad militiam Dei vivi iam tunc cum in sacramenti verba respondemus" – “Fomos chamados para a milícia do Deus vivo desde que respondemos as palavras do sacramento” (Ad

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Batismo. Conforme 2Tm 2,3, o cristão é soldado de Cristo: "Assume a tua parte de sofrimento como bom soldado de Cristo".

Os Sacramentos, assim entendidos, fundamentam o caráter público e visível da Igreja; dão-lhe estrutura externa e proporcionam-lhe unidade interna, estabelecendo comunhão salvífica com Deus.

Santo Agostinho (séc. V) aprofunda o conceito de Sacramentum. Para ele, o sacramento é um sinal sagrado. Dizia: “Tira a palavra e que é a água senão água? Acrescenta a palavra ao elemento e faz-se o sacramento, tão visível como a própria palavra” (In Iohannem 80,3). S. Agostinho chega a dizer que o sacramento é visibile verbum (palavra visível), à semelhança de Jesus Cristo, que é a eterna Palavra feita visível. Em suas obras sobressaem-se o Batismo e a Eucaristia: "Cristo vinculou a sociedade de seu novo povo por sacramentos muito pouco numerosos, de prática muito clara, como sejam o Batismo consagrado pela invocação da Trindade, a comunhão no seu corpo e sangue, e algum outro ainda, se, por ventura, vem indicado nas Escrituras canônicas" (epistola 54 PL 33,200).

S. Agostinho distingue também entre sinal e significado. O sinal é a realidade visível (sacramento). O significado é a invisível, que ele chama res sacramenti ou o efeito, a graça comunicada pelos sacramentos. Para o Bispo de Hipona a fé leva a ver o Invisível. Por isso diz a um grupo de neófitos sobre a celebração eucarística: “O que vedes hoje no altar de Deus, vós o vistes na noite passada. Mas o que seja, o que signifique, quão grande coisa contenha o sacramento, ainda não ouvistes. Pois o que vedes é pão e cálice. É o que vos mostram vossos olhos. Mas o que exige vossa fé, que deve ser instruída, é que o pão é o Corpo de Cristo e o cálice, o sangue de Cristo. Mas podeis agora dizer-me: como o pão é seu corpo? E como o cálice, o que há dentro do cálice, é seu sangue? Pois estas coisas, irmãos, se chamam sacramentos porque uma coisa é o que se vê nelas e outra coisa o que se entende. O que se vê tem aparência corporal; o que se entende tem fruto espiritual.” (Sermão 272)

Os Sacramentos, então, são sinais visíveis da graça invisível de Deus que age naqueles que os recebem. O Catecismo da Igreja Católica (CEC), ensina que “os sacramentos, instituídos por Cristo e confiados à Igreja, são sinais eficazes da graça, por meio dos quais nos é concedida a vida divina. Os ritos visíveis, sob os quais os sacramentos são celebrados, significam e realizam as graças próprias de cada sacramento. Eles produzem frutos naqueles que os recebem com as disposições exigidas” (CEC 1131). Ensina ainda o CEC: Os sacramentos são “’forças que saem’ do corpo de Cristo (Lc 5,17; 6,19; 8,46), sempre vivo e vivificante; são ações do Espírito Santo operante no corpo de Cristo, que é a Igreja;

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são ‘as obras-primas de Deus’, na Nova e Eterna Aliança” (CEC 1115).

Os sacramentos foram, como diz o Catecismo, instituídos por Cristo e confiados à Igreja como seu Corpo. É Jesus Cristo, como Sumo Sacerdote, quem os ministra através da Igreja. Esta verdade é expressa de maneira simbolista pela Tradição da Igreja, que S. Tomás de Aquino resume nos seguintes termos: “do lado de Cristo adormecido na cruz jorraram os sacramentos com os quais a Igreja foi construída”. (S. Teol. II, qu. 64, art. 2, ad 3). A água fluindo do lado de Cristo significaria o Batismo, e o sangue a Eucaristia. É Jesus quem institui os Sacramentos, nos diz o Santo Aquinate: "Devemos dizer que a Igreja de Cristo foi construída sobre os sacramentos que jorraram do lado de Cristo pendente da Cruz" (S. Teol. III, qu. 64, art. 2, ad 3).

A ninguém é lícito alterar o ritual dos sacramentos, modificando-o por conta própria, por mais interessante que isto seja. Por isso, determina o Código de Direito Canônico: "já que os sacramentos são os mesmos para toda a Igreja e pertencem ao depósito divino, compete unicamente à suprema autoridade da Igreja aprovar ou definir os requisitos para a sua validade, e cabe a ela ou a outra autoridade competente, de acordo com o Cânon 838, §§ 3º e 4º, determinar o que se refere a sua celebração, administração e recepção lícita e a ordem a ser observada em sua celebração” (CIC, cân. 841).

De quanto acaba de ser dito, compreende-se ainda que o ministro dos sacramentos, sendo o porta-voz da Igreja e a mão estendida de Cristo, deve, ao ministrar, ter a intenção de fazer o que faz a Igreja. Ele não age em seu nome, mas em nome da Igreja.

Os sacramentos da nova lei foram instituídos por Cristo e são sete, nos afirma o Concílio de Trento: "Se alguém disser que os sacramentos da nova Lei não foram todos instituídos pelo Senhor Jesus Cristo, ou são mais ou menos numerosos do que sete, a saber: Batismo, Crisma, Eucaristia, Penitência, Extrema-Uncão, Ordem e Matrimônio, ou se disser que algum desses sete não é realmente e propriamente sacramento, seja reprovado" (DS 1601 [844]).

A Igreja nos ensina que “os sete sacramentos atingem todas as etapas e todos os momentos importantes da vida do cristão: dão à vida de fé do cristão origem e crescimento, cura e missão. Nisto existe certa semelhança entre as etapas da vida natural e as da vida espiritual” (CIC, 1210). Assim, durante toda nossa vida somos acompanhados pela Igreja e inseridos na comunidade de fé, de modo que os sacramentos nos possibilitam participar no Corpo de Cristo e passamos a formar a sua Igreja. A celebração dos sacramentos abrange as principais etapas de nossa existência como cristãos. O nascimento e a entrada na Igreja

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(Batismo), a passagem da infância para a maturidade da fé (Crisma), a alimentação e a bebida, força e sustento na caminhada (Eucaristia), o retorno à casa paterna quando o abandonamos (Reconciliação), o compromisso com a construção da família e da comunidade eclesial (Matrimônio) ou com o mistério apostólico (Ordem), a enfermidade e a velhice (Unção dos Enfermos).

Todos esses acontecimentos importantes da vida são santificados pela graça de Deus, através da celebração dos sacramentos que Cristo nos deixou. Somos incorporados a Igreja e ao ministério profético de Jesus a cada etapa vivenciada e, os sacramentos proporciona maior aproximação com Jesus Cristo.

SACRAMENTO DO BATISMO

Este sacramento é também chamado “banho da regeneração e da renovação no Espírito Santo” (Tt 3, 5), porque significa e realiza aquele nascimento da água e do Espírito, sem o qual “ninguém pode entrar no Reino de Deus” (Jo 3, 5).

O sacramento do Batismo é a porta dos sacramentos, ou seja, é o primeiro sacramento recepcionado pelo homem. Por esse sacramento recebemos a vida nova de Jesus e a força viva do Espírito Santo, assim como, somos incorporados à Igreja e nos tornamos participantes de sua missão.

O Batismo é o sacramento instituído por Jesus Cristo, que nos faz seus discípulos e nos regenera para a vida da graça, através da purificação com água e invocação da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espirito Santo. O próprio Jesus confia aos seus discípulos a missão de anunciar a boa nova e batizar (Mt. 28, 19).

“O santo Batismo é o fundamento de toda a vida cristã, o pórtico da vida no Espírito (“vitae spiritualis ianua" – porta da vida espiritual) e a porta que dá acesso aos outros sacramentos. Pelo Batismo somos libertados do pecado e regenerados como filhos de Deus, tornamo-nos membros de Cristo e somos incorporados na Igreja e tornados participantes na sua missão. “Baptismos est sacramentam regeneratiorais per aquam in Verbo – O Batismo é o sacramento da regeneração pela água e pela Palavra” (CEC 1213).

Chama-se Batismo, por causa do rito central com que se realiza: Etimologicamente, a palavra batizar (Βαπτίζηιν- baptízein, em grego) significa mergulhar, imergir, banhar. Batizar é lavar, purificar, mergulhar na água. A “imersão” na água simboliza a sepultura do catecúmeno na morte de Cristo, de onde sai pela ressurreição com Ele, como “nova criatura” (2 Cor 5, 17; Gl 6, 15). Trata-se de uma purificação feita com água que lava o pecado

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original, dando ao batizado a condição de filho de Deus. Renascido no Batismo, o neófito participa da tríplice missão de Cristo: ser sacerdote, profeta e rei.

Ao ser batizado, Deus perdoa todos os seus pecados, confere-lhe o Espírito Santo, dando o seu Reino como herança e dispensando-lhe todas as graças.

Os Atos dos Apóstolos nos apresentam alguns testemunhos explícitos dos primeiros batismos cristãos: Os três mil batizados em um só dia, após a pregação de São Pedro (At 2,37-41); os samaritanos batizados por Filipe (At 8,12); o batismo de Simão, o mago (At 8,13); o episódio do batismo do Espírito (At 8,16-17); o eunuco etíope (At 8,35-38); O batismo de Paulo (At 9,18; cf. At 22,16); o batismo de Cornélio e daqueles que se reuniam em sua casa (At 10,47- 48); a narração de Pedro (At 10,47-48); o batismo de Lídia e de toda sua família (At 16,14·15), o batismo do carcereiro e de todos os seus familiares (At 16,30·34); o batismo de Crispo e toda a sua família (At 18,8); o batismo dos discípulo de João Batista em Éfeso (At 19,2-6) etc.

Há elementos que se repetem em todas essas passagens, que são como um pano de fundo delas. Por exemplo, podem ser percebidos na maioria delas: a) o anúncio da palavra; b) a aceitação da mensagem pela fé; c) o próprio batismo; d) a referência à água e à uma fórmula; e) a entrada na comunidade e o Espírito.

Certamente, há também a ausência de um elemento que, infelizmente, é demasiado abundante em nossa cultura contemporânea: a simples obrigação social.

Nas passagens do Novo Testamento, há sempre uma resposta pessoal, livre e madura à Boa-Nova de Jesus.

Curiosidades

O BATISMO NÃO É UMA CRIAÇÃO DO POVO CRISTÃO

Historicamente falando, antes de Cristo, os povos antigos da Grécia, do Egito, da Pérsia, da Índia e da Babilônia já praticavam métodos de purificação semelhantes ao batismo. Obviamente, esse dado não serve para que igualemos o batismo a esses métodos - afinal, isso seria o mesmo que afirmar que a iniciação cristã deriva de práticas pagãs, o que não é verdade.

É um rito de raízes muito antigas. Os ritos de mergulho, na época de Jesus, eram praticados por vários grupos, com sentidos diferentes.

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➢ O Batismo dos prosélitos.

Quando um pagão se convertia ao judaísmo, precisava passar por um ritual de purificação. Esses convertidos eram chamados de prosélitos. Os judeus consideravam os pagãos impuros. Por isso, antes de admiti-los no Povo de Deus, davam-lhes um banho ritual, isto é, simbólico.

➢ O Batismo dos essênios.

Havia um grupo de judeus, os essênios, que se retiravam para o deserto, desiludidos com o mundo. Acreditavam-se os únicos puros. Para eles, mesmo os judeus que não viviam as rígidas normas de seu grupo eram impuros. Praticavam um Batismo de purificação, que precisava ser diariamente celebrado.

➢ O Batismo de João

Havia diversos grupos como o de João Batista, anunciadores do Messias, o que libertaria a Palestina do Império Romano. Realizavam um Batismo de conversão (Mc 1,4), em preparação para a vinda do Messias (Mt 3,10). Esse Batismo exigia uma mudança radical de vida (Lc 3,7- 14) e não se repetia, pois marcava uma ruptura definitiva com o passado e comprometia a pessoa com a preparação para a vinda do Messias. Os grupos como o de João Batista eram muito populares e atraíam principalmente as "multidões" (os pobres) e os excluídos da religião oficial (Lc 3,10-14).

Quando alguém se apresentava para o Batismo sem demonstrar uma conversão real, João avisava: de nada adiantava o ato exterior, sem a mudança interior. São os frutos que provam a qualidade da árvore (Mt 3,7-10). João também dizia: seu Batismo não era o definitivo. O Messias é quem haveria de colocar tudo nos seus devidos lugares. Era preciso ficar vigilante (Mt 3, 11-12)!

João Batista, o precursor do Messias, dizia: "Eu vos batizei com água; ele, porém,

vos batizará no Espírito Santo" (Mc 1,8), Sobre esse ritual, Santo Tomás de Aquino afirmava

que ele "não conferia a graça, mas só preparava para ela, de três modos: a) pela sua doutrina, João introduzia os ouvintes à fé de Cristo; b) acostumava-os ao rito do batismo; e c) pela penitência, preparava os homens a receberem o efeito do batismo de Cristo".

Para nós, cristãos, Cristo é a chave de interpretação de toda a Escritura.

Jesus, ao iniciar sua missão, quis se comprometer com a esperança do povo. Respeitou a liderança de João Batista, até começou como discípulo dele (Mc 1,14-15). Por isso, era fundamental que se fizesse batizar também. A única pessoa que não precisava em hipótese alguma do Batismo, Jesus Cristo, submeteu-se a ele para poder, assim, purificar

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todas as águas do mundo (Mc 1,9-11). Jesus referiu-se à própria morte utilizando o termo Batismo (Mc 10,38; Lc 12,50). Por isso, no Novo Testamento, o Batismo instituído por Cristo é o ato do sepultamento do catecúmeno em Sua morte, que depois ressurge com Ele, como uma novacriatura. Lá pelo ano 57 d.C. São Paulo exortou os cristãos de Corinto a superarem suas discórdias, precisamente porque todos haviam sido batizados com o mesmo Espírito. No mesmo ano, o apóstolo dos gentios explicou como todos os batizados da Galácia haviam sido revestidos de Cristo. No inverno entre os anos de 57 e 58, São Paulo escreveu aos romanos que fomos "sepultados com ele na sua morte pelo batismo para que como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova" (Rm 6,4), ideia que repetiu aos colossenses anos mais tarde (Cl 2,12).

EFEITOS DO BATISMO

No Catecismo da Igreja Católica afirma-se que os elementos sensíveis do rito sacramental significam os diferentes efeitos do Batismo: "O mergulho na água faz apelo ao simbolismo da morte e da purificação, mas também da regeneração e da renovação. Os dois efeitos principais são, pois, a purificação dos pecados e o novo nascimento no Espírito Santo” (CEC 1262). Sabemos que só Deus pode fazer de tal forma que um rito externo produza esse tipo de efeitos.

O Catecismo destaca, mais concretamente, cinco efeitos do sacramento do Batismo (CEC 1262-1274): a) a remissão dos pecados; b) a transformação em nova criatura; c) a incorporação na Igreja, corpo de Cristo; d) o fundamento da comunhão entre todos os cristãos e, por fim, e) uma marca espiritual indelével na alma de quem o recebe.

A REMISSÃO DOS PECADOS

Para poder participar da vida trinitária, os cristãos devem ter os seus pecados perdoados, como o pecado original e os pecados pessoais – o que ocorre por meio do Batismo. Aliás, "todos os que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte“ (Rm 6, 3). “Fomos, pois, sepultados com ele na sua morte pelo batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova" (Rm 6,4). O Batismo produz uma mudança profunda no interior daquele que o recebe. Contudo, após o Batismo, “certas consequências temporais do pecado permanecem, tais como os sofrimentos, a doença, a morte ou as fragilidades inerentes à vida, como as fraquezas de caráter, etc., assim como a propensão ao pecado, que a Tradição chama de concupiscência

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ou metaforicamente, o ‘incentivo do pecado’ (fomes peccati)” (CEC 1264). No dia da ressurreição da carne, o Batismo mostrará o seu poder com relação ao pecado.

TRANSFORMAÇÃO EM NOVA CRIATURA

São Paulo afirma que estar em Cristo é se renovar, tornar-se nova criatura (1Cor 5,17). Da mesma forma, São Pedro postula que pela glória e virtude de Cristo recebemos "maiores e mais preciosas promessas, a fim de tornar-vos por este meio participantes da natureza divina" (2Pd 1,4). Nossos corpos são membros de Cristo (1Cor 6, I5), pois em "um só Espírito fomos batizados todos nós, para formar um só corpo, judeus ou gregos, escravos ou livres, e todos fomos impregnados do mesmo Espírito" (1Cor 12,13).

A Igreja, Mãe e Mestra, ensina que o Batismo faz do "neófito 'uma nova criatura', um filho adotivo de Deus que se tornou 'participante da natureza divina', membro de Cristo e coerdeiro com Ele, templo do Espírito Santo" (CEC 1265).

Além disso, o batizado recebe da Santíssima Trindade a graça Santificante, que é a graça da justificação. Essa graça: “torna-o capaz de crer em Deus, de esperar n’Ele e de amá-Lo por meio das virtudes teologais; concede-lhe o poder de viver e agir sob a moção do Espirito Santo por seus dons; permite-lhe crescer no bem pelas virtudes morais. Assim, todo o organismo da vida sobrenatural do cristão tem sua raiz no santo Batismo” (CEC 1266)

Trata-se, então, de um organismo da vida espiritual que passa a ter vida a partir do Batismo, levando o seguidor de Cristo a uma vida nova, na qual ele passará a ver o mundo com os olhos das virtudes teologais.

INCORPORAÇÃO NA IGREJA DE CRISTO

O Batismo nos faz membros do Corpo de Cristo e também participantes no sacerdócio comum dos fiéis. Os batizados "participam no sacerdócio de Cristo, de sua missão profética e régia" (CEC 1268); como afirma São Pedro: "raça escolhida, um sacerdócio régio, uma nação santa, um povo adquirido por Deus" (1Pd 2,9). Estar em comunhão com Cristo é tomar parte de seu tríplice múnus: profeta, sacerdote e rei. As funções sacerdotais incluem a participação na liturgia, no sacrifício e na santificação da vida diária, no martírio, na virgindade voluntária, no matrimônio, na aceitação e oferecimento do sofrimento, da doença e da morte. A dimensão profética encontra o seu fundamento nas palavras que São Pedro usou para descrever os cristãos: "raça escolhida [... ] para que publiqueis as virtudes daquele que das trevas vos chamou à sua luz maravilhosa" (1Pd 2,9).

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A função de realeza está alicerçada na ideia de que o batizado recebe a missão de construir um reino que não é deste mundo, mas que começa neste mundo (Cl 1,15-20; Ef 1,3-23). A comunhão com a Igreja, propiciada no batismo, é tripla: comunhão de fé, comunhão eclesial e comunhão eucarística. A eucaristia é o clímax de todos os sacramentos, ou seja, todos estamos destinados a ela.

O Batismo nos Atos dos Apóstolos era visto como a recepção na comunidade cristã (At 2,37-41). É, claro que, não se trata apenas de uma diferença de grau o que separa o sacerdócio comum dos fiéis do sacerdócio ministerial. Este último é essencial, mas não acarreta uma diferença de dignidade. O sacerdócio comum dos fiéis e o sacerdócio ministerial ou hierárquico, embora se diferenciem essencialmente e não apenas em grau, ordenam-se mutuamente um ao outro: pois, um e outro participam, a seu modo, do único sacerdócio de Cristo.

Com efeito, o sacerdote ministerial, pelo seu poder sagrado, forma e conduz o povo sacerdotal, realiza o sacrifício eucarístico, fazendo as vezes de Cristo e oferece-o a Deus em nome de todo o povo. Os fiéis, por sua parte, concorrem para a oblação da Eucaristia em virtude do seu sacerdócio real, “que eles exercem na recepção dos sacramentos, na oração e ação de graças, no testemunho da santidade de vida, na abnegação e na caridade operosa”. (Paulo VI, 1964a).

O termo usado por São Paulo é revestir-se de Cristo como se Ele fosse uma nova vestimenta, uma nova roupa (Gl 3,27). Essa realidade é simbolizada no batismo pela veste branca: "N.: Agora és nova criatura e estás revestido (revestida) de Cristo. Esta veste branca seja para ti símbolo da dignidade cristã. Ajudado (Ajudada) pela palavra e pelo exemplo da tua família conserva-a imaculada até a vida eterna" (Conferência Episcopal Portuguesa, 2018b, p. 92).

É importante notar, diferentemente do que prega o indiferentismo religioso, que a vontade de Deus é que todos sejam salvos, pois, Deus é “o Salvador de todos os homens, sobretudo dos fiéis" (1Tm 4,10). O próprio Cristo falou da necessidade da fé e do batismo (Mc 16,16; Jo 3,5) e, ao mesmo tempo, da Igreja.

FUNDAMENTO DA COMUNHÃO ENTRE TODOS OS CRISTÃOS

A oração de Cristo é que todos sejamos um, como Ele é com o Pai. Podemos entender que o desejo do nosso Mestre é que todos, um dia, comunguem da mesma fé e do mesmo pão da vida. O caráter sacramental do Batismo cria unidade dentro da Igreja e derruba

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qualquer discriminação, pois todos que são batizados se revestem de Cristo e tornam-se um só perante Ele, sem distinções. É por isso que na Igreja cabem todas as culturas, raças e etnias - a única exigência é a conversão delas à fé e à moral cristãs. Afirmar essa verdade, em tempos atuais, é assumir com coragem, o papel de batizados e cumprir a vontade do próprio Cristo (Mt,28,18-20).

MARCA ESPIRITUAL INDELÉVEL

Denominado caráter, o selo que marca o cristão no batismo é eternamente indelével; torna-o, por meio dele, pertença de Cristo. "Pecado algum apaga esta marca, se bem que possa impedir o Batismo de produzir frutos de salvação. Dado uma vez por todas, o Batismo não pode ser reiterado” (CEC 1272).

Em outras palavras, esse sacramento apresenta um caráter hapax (grego, significa falado só uma vez), que se manifesta em nossas vidas por meio da oferenda crística (Hb 7,27).

O batismo não se repete, aconteça o que acontecer. É um selo – selo do Senhor (“Dominicus character”), diz o Oriente, em consonância com as Escrituras. Ele imprime um Caráter, afirma o Ocidente, em conformidade com Agostinho. Sob as duas imagens, a Igreja quer falar de um estado estável e irreversível que orienta a existência humana e sua história.

MATÉRIA E FORMA DO BATISMO

A teologia dividiu a matéria em dois novos conceitos: a) matéria remota – coisas materiais utilizadas no sacramento; e b) matéria próxima - os gestos que acompanham o uso dessas coisas.

No sacramento do batismo, a matéria remota é a água natural. No entanto, há três categorias de água: água natural, água duvidosa e certas substâncias inválidas.

A água natural é aquela que normalmente encontramos na natureza: chuva, nascentes, rios, mar, etc. O importante é que predomine a água. A água duvidosa é aquela que é difícil determinar se há predominância de água ou não, como o caso da água de rosas. Santo Tomás de Aquino, em Summa Theologiae III declarou que a "água de rosas é um líquido exprimido das rosas, pelo qual não é possível constituir matéria do Batismo”. No caso de perigo de morte, a utilização de matéria duvidosa válida pode se tornar necessária. Se existir dúvida sobre sua validade, pode-se usar tal matéria condicionalmente acrescentando à fórmula as palavras; "Se esta matéria é válida, N, eu te batizo...”. Por fim, há as substâncias duvidosas,

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que, de acordo com São Basílio: a) nunca foram água; ou b) foram transformadas ao ponto de perder todo seu simbolismo de purificação - por exemplo, café, saliva, chá, sopa ou caldo de carne e misturas de água com outra substância predominante.

A água a ser usada no Batismo deve ser abençoada antes do rito, prática datada do século II. No entanto, a bênção da água não é necessária para a ideia do Batismo, tendo em vista que há casos de emergência em que, na falta de um ministro ordenado, um leigo ou não cristão pode realizar o rito batismal. Nesses casos, a água não pode ser abençoada, pois é necessário o Sacramento da Ordem para isso.

O modo como a água é usada no rito sacramental do Batismo é o que chamamos de matéria próxima. Batismo, como dito, significa "imergir". Essa imersão pode remeter tanto ao sepultamento do batizado com Cristo (Rm 6,1-11), quanto ao próprio ritual de imergir na água como forma de purificação e entrega a Deus. Pode ser citado como exemplo desse ritual o episódio em que o apóstolo Filipe, tocado pelo Espírito, aproxima-se do ministro da Rainha Candace, da Etiópia, que está lendo o profeta Isaías. Filipe questiona se o homem entende o que lê, mas este responde que lhe falta entendimento. Filipe, então, propõe-se a auxiliá-lo. Quando o funcionário o questiona, após encontrarem água, o que o impede de batizá-lo, o apóstolo afirma que basta ele crer em Cristo de todo o coração. Ao eunuco afirmar que crê em Cristo, Filipe aceita batizá-lo (At 8,27-38). Esse episódio contempla o significado da imersão em sua totalidade, mostrando que é necessário ressurgir em Cristo, crer em seu poder.

Deve-se supor que quando três mil pessoas foram batizadas (At 2,41) e quando se administrou o batismo na prisão (At 16-33), o rito foi realizado derramando água. Nesse sentido, é difícil pensar que um rio corria no meio da prisão. Subentende-se que o ritual tenha sido realizado por infusão.

Tertuliano, São Cipriano e Santo Agostinho mencionam um terceiro método, o da aspersão. Tomando-se esse aspecto, há três modos concretos de administrar a água usada no batismo: imersão, infusão e aspersão. Hoje em dia predomina o modo por infusão, apesar de algumas novas comunidades, como o caminho neocatecomenal, preferir a imersão. O importante é que a água corra, não bastando um dedo úmido na cabeça da criança ou, simplesmente, a utilização de um aerossol; é necessário que a água realmente simbolize a lavagem para que lembremos que o sacramento realiza aquilo que significa: purificação.

Por isso, o Diretório de Diocesano de Sacramentos expressamente menciona que “para que o batismo seja validamente ministrado é necessário que seja realizado com água

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1natural e limpa (matéria)1, por infusão ou imersão2 (...), observando-se o ritual – e suas

rubricas – prescrito nos livros litúrgicos aprovados3” (DDS 2).

Existem duas formas de se realizar o batismo: uma usada no Ocidente e outra no Oriente. No Ocidente, usamos a "N, eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. No Oriente, a forma é utilizada na voz passiva: “O Servo de Deus, N, é batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.

A forma deve expressar o ato de batizar, visto que, se tal ato não for mencionado, o batismo não se distinguirá de uma simples benção.

Assim, pode se sintetizar o ritual de batismo da seguinte maneira:

• O ministro e o ato de batizar estão incluídos na expressão "Eu te batizo”;

• Deve-se falar o nome da pessoa que será batizada para especificar quem o está recebendo;

• A unidade da essência divina aparece na fórmula "em nome do ...”; • A Trindade das pessoas divinas deve ser mencionada explicitamente.

Na Antiguidade, podemos encontrar testemunhos da tríplice imersão na água, assim como de cristãos derramando três vezes a água na cabeça do candidato e pronunciando a fórmula trinitária. Como se pode perceber, a Igreja nunca inventou os gestos e as palavras de nenhum sacramento, visto que sempre ouviu a voz da Tradição, do Magistério e da Sagrado Escritura, esforçando-se sempre ao máximo para entender o essencial da administração de cada sacramento.

A forma a ser obedecida na Diocese de Campina Grande está expressamente ditada no seu Diretório de Sacramentos: “fórmula trinitária (forma)4 verbalizada (N., eu te batizo

em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo), observando-se o ritual – e suas rubricas – prescrito nos livros litúrgicos aprovados5” (DDS 2).

ELEMENTOS DA CELEBRAÇÃO

a) CRUZ - É a identidade do Cristão. Traçada no peito e na testa significa que o

batizando, pelo batismo, participa da morte libertadora de Jesus Cristo. Lembra agraça da redenção que Cristo nos proporcionou na Cruz. Sinal da Cruz: Sinal do

11 Cf. Cân. 853. RBC 18. 2 Cf. Cân. 854.

3 A saber: Ritual para Batismo de Crianças (RBC, 1969) e Ritual da Iniciação Cristã de Adultos (RICA, 1972). 4 Cf. RBC 23 e Cân. 849.

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cristão – penetra no mistério do amor, família: Pai, Filho, Espírito Santo.

b) A PALAVRA DE DEUS - É pela leitura constante da Palavra de Deus que o

cristão renova diariamente a sua fé. O próprio Cristo fala. Ele vem junto com a Palavra. Ele é o Verbo dando orientações para a nossa vida, ensinando a observar tudo que ordenou.

c) ÁGUA: fonte de vida, ela refresca, lava e sacia a sede. Ela está na criação do

mundo, ela também destruiu o pecado no tempo do dilúvio, como se observa no Ritual do Batismo – Benção da Água “Na próprias águas do dilúvio prefigurastes o nascimento da nova humanidade, de modo que a mesma água sepultasse os vícios e fizesse nascer a santidade”, ela se abriu para os hebreus saírem do Egito, nela Jesus foi batizado e, do seu peito aberto pela lança, jorrou sangue e água. A água do Batismo recorda a vida nova que Cristo nos oferece. Banhados em Cristo, somos uma nova criatura. (2 Cor 5, 17). Simboliza purificação e vida nova. A água batismal lava do pecado original e torna o batizado filho de Deus e membro da Igreja. A água é sinal da graça de Deus, que purifica totalmente àquele que é lavado por ela no batismo. Simboliza a vida nova, do nascimento da água e do Espírito. Morte e vida, morte do homem velho e vida do homem novo.

d) LUZ DA VELA E DO CÍRIO PASCAL: A vela recebida no dia do Batismo

vem do Círio Pascal acesso na noite da Vigília Pascal, sinal do Cristo que ilumina e vence as trevas. Acesa no Círio Pascal, significa que Cristo iluminou o batizado, que deverá ser “luz do mundo” (Jo. 8,12). Simboliza a presença do Espírito na vida do batizado e a fé em Jesus Ressuscitado. Acende-se uma nova luz, luz da graça, da fé, que deve ser conservada até o fim da vida pela vivência em Cristo. A vela é, pois, símbolo do Cristo Ressuscitado, que vence as trevas do pecado, do egoísmo, do ódio, da maldade e de todo o mal. A chama da vela nos lembra que Cristo é a luz do mundo, e o batizado como cristão (de Cristo) deve iluminar o mundo também. A cera que se consome, lembra que Jesus consumiu sua vida na cruz por nosso amor, assim como também a vida do cristão deverá estar a serviço da comunidade.

e) ÓLEO: para os judeus, derramar óleo na cabeça do hóspede era sinal de que ele

era bem-vindo. Dá um sinal de eleição (1 Sm 16, 12a-13). Antigamente quando um lutador ia para a arena era besuntado de óleo. Atribuía-se ao óleo a propriedade de enrijecer e adestrar os músculos para o combate, ou ao menos

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tornar o lutador escorregadio e difícil de ser pego. Esta primeira unção feita no peito do batizando significa que o cristão deverá lutar na vida para conservar a fé. Assim como o óleo penetra na pele da criança, Cristo penetra na vida da pessoa, em especial no seu coração (a unção é feita no peito), fortalecendo o ungido na luta contra o mal. O óleo acompanha o cristão desde o nascimento até a morte; este tem o caráter de dar força, resistência, agilidade, sabor, curar e conservar.

f) A VESTE BRANCA: expressa a pureza, a VIDA NOVA que se recebe no

Batismo e que agora se vai viver. Sinaliza que o batizado “vestiu-se de Cristo”, o que equivale a dizer que ressuscitou com Cristo. Veste branca: simboliza se revestir de homem novo, a pureza da fé e da vida, a graça: a vida divina é a comunhão permanente com Deus.

g) SAL: tem o significado de “ser o tempero, ser o exemplo” que estimulará os

irmãos a caminhar na estrada do direito, da justiça e do amor fraterno; “dando sabor” ao apetite humano, para ter fome da Palavra de Deus.

MISSÃO DO BATIZADO

O batizado é alguém que lavado do pecado original, torna-se um discípulo-missionário, no qual assume também a missão de anunciar o evangelho e tornar Jesus conhecido em todas nações. Assim como Jesus chama Simão e André (Mc 1, 17-20) a serem pescadores dos homens, o batizado também assume esse propósito de com seu exemplo de vida “pescar homens”, para o rebanho do Senhor.

A missão do batizado é a mesma confiada por Jesus aos seus discípulos: “Ide e pregai o evangelho a toda criatura” (Mt. 28, 19).

O neófito deve sentir-se enviado a anunciar a Boa-Nova do Reino de Deus em todos os lugares, dando o testemunho como discípulo missionário em sua família, no seu trabalho, na escola, na universidade, enfim em qualquer lugar que esteja. Essa vivência de fé é acompanhada pela Igreja, que como Mãe educa e orienta seus filhos, rumo à pátria celeste.

OS MINISTROS DO BATISMO

Há uma relação entre os ministros e os fiéis na recepção dos Sacramentos. Por isso o Direito Sacramental estabelece condições para a válida e lícita administração e recepção dos Sacramentos, de acordo com a vontade fundacional de Cristo, sendo os ministros administradores e servidores do povo de Deus; e ordena as relações de justiça entre o ministro dos Sacramentos e o fiel que os recebe. O Direito Sacramental procura satisfazer

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19 2convenientemente os direitos dos fiéis a recebê-los.

O Diretório Diocesano de Sacramentos estabelece que “o ministro ordinário do batismo é o Bispo, o presbítero (padre) e o diácono.6 Entre as funções especialmente confiadas ao pároco está a de administrar o batismo.7” (DDS 19).

“Na ausência ou impedimento justificável e inevitável do ministro ordinário pode ser estabelecido um ministro extraordinário com autorização e validade de exercício para um caso específico e único, podendo ser um catequista de batismo” (DDS 20, § 1º). Entretanto, há que se observar que essa exceção somente ocorrerá quando houver autorização única do Ordinário Local, não podendo ser delegada sequer pelo Pároco (DDS 20, § 2º).

Excetua-se da regra de que somente os ministros ordenados podem ministrar o Sacramento do Batismo a situação de batismo em perigo de morte, estabelecendo o Diretório Diocesano de Sacramentos que “em caso de grave necessidade, qualquer pessoa movida por reta intenção8 pode ministrar o batismo”.

DO SUJEITO A SER BATIZADO

São três as condições que limitam o exercício do direito a receber os Sacramentos: a) A oportunidade da petição - deve a pessoa, oportunamente, pedi-los:

1) em razão do tempo: Cân. 867, §1: “Os pais têm a obrigação de cuidar que as crianças sejam batizadas dentro das primeiras semanas”.

Assim, “é dever dos pais pedir o batismo para as crianças dentro das primeiras semanas de nascimento” (DDS 12, § 1º) e “para que o batismo de uma criança que não esteja em perigo de morte seja lícito é preciso que os pais ou um dos pais ou quem faz as suas vezes validamente consintam” (DDS 12, § 2º). Entretanto, “para que uma criança seja licitamente batizada é necessário que haja fundada esperança de que será́ educada na religião católica” (Cân. 868, §1º). Essa regra está exposta no Diretório Diocesano de Sacramentos, que explica como essa fundada esperança pode ser firmada: “(...) nos pais, ambos católicos; numa das partes, quando a outra não é católica; em quem faz legitimamente as vezes dos pais; padrinhos ou madrinhas; membros da comunidade que se responsabilizam-se publicamente pela educação católica da criança, havendo, neste caso, conresponsabilizam-sentimento dos 6 Cf. Cân. 861.

7 Cf. Cân. 530, 1º.

8 Por reta intenção entenda-se o desejo de realizar exatamente aquilo que a Igreja faz quando administra

este sacramento.

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pais ou responsáveis legítimos. Se essa esperança faltar de modo absoluto, o batismo seja adiado de forma cautelar9”. Há que se salientar que quando a Igreja recebe o pedido de

Batismo, ela tem o direito de exigir condições para batizar, não porque esteja interessada em fechar a porta aos que desejam entrar, mas para procurar o mínimo de garantia para a recepção frutuosa deste Sacramento.

2) em razão do lugar: a norma do Cân. 857 põe em relevo a dimensão de incorporação à Igreja, através de uma comunidade concreta. Assim é que o Diretório Diocesano de Sacramentos estabelece que o Batismo seja celebrado em igrejas ou oratórios (DDS 5, § 1º), sendo que “no caso de crianças: sejam batizadas na igreja matriz, outra igreja (que não seja a matriz) ou oratório que pertença à Paróquia onde residem ou à qual são vinculados os pais ou quem faça as vezes” (DDS 5, § 2º) e “no caso de adultos: sejam batizados na própria igreja matriz, outra igreja (que não seja a matriz) ou oratório paroquiais onde residem ou são vinculados” (DDS 5, § 2º). “A realização de batizados fora do território paroquial (tanto da própria diocese, quanto de outra diocese) de residência ou vinculação, isto é, em paróquia alheia, deve ser feita mediante licença do pároco ou administrador da paróquia onde os pais (ou responsáveis), no caso de criança, ou o próprio adulto, residem ou são vinculados. Isto deve ser cumprido não somente entre cidades com apenas uma paróquia, mas também em cidades com mais de uma paróquia. Vale ainda salientar que os comprovantes de participação em catequese para pais e padrinhos não possuem validade jurídica equiparada a licença a que faz menção este item” (DDS 5, § 4º).

b) A devida disposição de quem os vai receber, de acordo com a natureza de cada Sacramento;

c) E a legitimidade, que não haja impedimentos para recebê-los.

DOS PADRINHOS DE BATISMO

Diz o Cân. 872 que “ao batizado, enquanto possível seja dado umpadrinho”. Este Cânone contempla as qualidades do padrinho: intenção de cumprir com sua missão, intervindo na iniciação cristã do batizando, e ajudando o batizado a assumir a vocação cristã recebida. Quanto à figura do padrinho para o candidato adulto ao batismo, adquire uma força maior porque pode acompanhá-lo desde o início do catecumenato, onde sua colaboração educativa é preciosa e até́ necessária.

A primeira indagação feita pro todos os que leem esse Cânon é de saber a quantidade de padrinhos de batismo. O Diretório Diocesano de Sacramentos complementa que

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“admite-21

3se, preferencialmente, apenas um padrinho ou uma madrinha, entretanto, em alguns casos,

também um padrinho e uma madrinha10” (DDS 16), que deve estar presente no momento da celebração do sacramento, não admitindo-se procuradores para essa finalidade (DDS 17).

O Cân 874 estabelece as condições para que o fiel cristão assuma o papel de padrinho ou madrinha. O Diretório Diocesano de Sacramentos, em unidade com o Código de Direito Canônico estabelece essas condições no âmbito territorial da Diocese de Campina Grande: “1º) Seja escolhido pelo batizando, quando o mesmo for adulto; 2º) Seja escolhido pelos pais ou por quem lhes faz as vezes, quando o batizando for criança; 3º) Seja escolhido pelo próprio pároco ou ministro quando da ausência dos pais ou dos responsáveis que lhes faz as vezes, numa situação extraordinária, como por exemplo, a negligente ausência dos padrinhos escolhidos para celebração ou em casos especiais indicados no n. 13, item 1º deste diretório; 4º) Tenha aptidão e intenção clara de cumprir as obrigações do encargo a assumir; 5º) Segundo determinação do Bispo diocesano, tenha completado dezoito (18) anos de idade; 6º) Seja católico: uma pessoa não católica não pode assumir o encargo de padrinho ou madrinha, mas apenas de “testemunha do batismo” e mesmo assim junto de um padrinho ou madrinha católicos11; 7º) Não se encontre sob pena canônica legitimamente irrogada ou declarada; 8º) Não seja pai ou mãe do batizando; 9º) Leve uma vida de acordo com a fé e o encargo que vai assumir. Isso significa que ao padrinho é exigido a plenitude do testemunho cristão. Dito isto, estão inaptos a assumir o encargo de padrinho e de madrinha os que não estão unidos pelo vínculo do sacramento do Matrimônio” (DDS 18). Trata-se de condição e não de exclusão, pois estas condições são compatíveis com o significado da missão que assume. Estas condições ou a falta destas condições não afetam a validade do Sacramento, conforme diz o Diretório de Sacramentos da Diocese (DDS 18, § 10).

Em algumas paróquias da Diocese se tem o costume de convidar pessoas para assumirem o papel de padrinho de apresentação ou de consagração da criança batizada. O Diretório Diocesano de Sacramentos lembra que “Os mesmos não possuem papéis legais e seus nomes não devem ser escritos nos livros de Batismo”, entretanto, visando evitar erro de interpretação entre os fieis, a Diocese de Campina Grande estabeleceu que as mesmas condições exigidas dos padrinhos e/ou madrinhas de batismo, sejam aplicadas a estes padrinhos.

10 Cf. Cân. 873. 11 Cf. Cân. 874 § 2.

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DO ACOLHIMENTO E PREPARAÇÃO PARA O BATISMO

O batismo é uma questão de fé́ e não de cultura. Os sacramentos fazem parte da vida cristã e encontram sua plena realização na vivencia concreta. Por isso, o desafio é levar pais e padrinhos (primeiros responsáveis) a um encontro pessoal com Jesus Cristo, uma vez que a fé́ não nasce de uma decisão pessoal, mas de um encontro com uma Pessoa. A Igreja é mediadora/lugar desse encontro e deve suscitar o interesse pela continuidade no caminho cristão (acompanhamento na fé́), criando um vínculo efetivo e afetivo.

Haja em todas as paróquias uma Pastoral do Batismo com uma equipe de formação específica. E preciso vencer o imediatismo, pois a “pressa” em batizar muitas vezes prejudica o processo de Iniciação à Vida Cristã.

Respeitando a caminhada pastoral de cada paróquia, deve-se transformar os estilos de preparação, inserindo-os no processo de Iniciação à Vida Cristã. Como sugere o próprio Documento da CNBB: “Organizar um novo tipo de preparação dos pais e padrinhos de batismo e de crisma, que contemple o processo catecumenal, segundo a proposta da Iniciação à Vida Cristã” (IVC 144).

É urgente ir ao encontro daqueles que se afastaram da comunidade ou buscam somente serviços religiosos. A preparação dos pais e padrinhos para o batismo é ocasião especial de acolhida. “Essas situações supõem, um olhar menos julgador e mais acolhedor, para receber aqueles que buscam a comunidade pensando apenas no sacramento. Se forem bem acolhidos, poderão retornar ou ingressar na vida da comunidade” (Doc. 100 CNBB 318).

Que a acolhida seja sempre fraterna. Na medida do possível, feita pelo padre. E ao ministro ordinário que os pais e padrinhos devem fazer o pedido do sacramento. Onde não for possível, formar uma equipe que auxilie no processo de acolhida e atendimento personalizado.

A acolhida desburocratizada cria vínculo com as pessoas e torna-se uma oportunidade de evangelização e preparação para o sacramento. Lembrando que acolhimento não significa o atendimento incondicional das solicitações, mas encontro interpessoal visando diminuir a distância entre a pessoa e os princípios da fé́. Nesse processo, a escuta individual é de fundamental importância.

A Igreja como casa da iniciação à vida cristã, deve apresentar Jesus Cristo e suscitar nos corações o seguimento apaixonado à sua pessoa, que a todos convida para com Ele vincular- se intimamente. E ainda, é preciso ajudar as pessoas a conhecer Jesus Cristo,

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fascinar-se por Ele e optar por segui-lo. Por isso, a formação não deve esgotar-se na preparação para o sacramento.

A Igreja é missionária por natureza (DAp 347). O Papa Francisco insiste muito numa “Igreja em saída” (EG 20) e na promoção da “cultura do encontro”. O batismo de crianças é uma oportunidade de resgatar a dimensão missionária das comunidades e para uma experiência catecumenal. Diz-nos a Igreja do Brasil: “Mais do que um 'curso para pais e padrinhos', de efeitos muito limitados, é ocasião para um acompanhamento personalizado da família. Já́ antes do nascimento da criança é possível ajudá-las a acolher a nova vida como um dom de Deus” (IVC 100).

A visita tem o intuito de ser uma presença da Igreja na casa das pessoas, conhecer a realidade e fornecer informações e formação de uma maneira diferente, através de conversas, momento de oração, etc. Além do que, esta visita será uma oportunidade de estreitar laços entre a comunidade e os pais dos candidatos ao batismo; resgatará a dimensão eclesial deste sacramento; e levará a comunidade a comprometer-se com seus membros, quer participantes e atuantes ou não.

É válido lembrar que a visita não será uma “aula”, mas um encontro entre os Agentes da Pastoral do Batismo que vão em nome da comunidade e a família. “Visitam a família para acolher suas motivações e anunciar o amor de Deus, revelado em Jesus Cristo (Querigma). Esse acompanhamento visa renovar a fé́ da família e integrá-la à comunidade” (IVC 200).

Os encontros visam o aprofundamento das verdades da fé́, os compromissos assumidos no batismo e a vivencia da fé́ na família e na comunidade paroquial. Vale lembrar que: “A conversão da paróquia exige um novo estilo de formação. Não basta ocupar-se de conteúdos e temas; é preciso encontrar metodologias e processos que permitam desencadear uma conversão nas pessoas e uma mudança na comunidade. [...] Essas metodologias devem considerar especialmente a prática das comunidades e as experiências de vida das pessoas, formando a consciência sobre o valor da vida comunitária para a fé cristã” (Doc. 100, 302). “Todos os pais que pedem à Igreja o batismo para seus filhos e todos os padrinhos escolhidos para esta missão de acompanhar a vida de fé destas crianças devem participar de reuniões, catequeses ou cursos preparatórios” (DDS, 32, § 1º), que “deve ser feita, preferencialmente, na Paróquia na qual residem ou estão vinculados comunitariamente” (DDS 32, § 2º) e ocorrer antes da celebração do Sacramento (DDS 32, § 3º), cujo encontro deve ser realizado pela equipe da Pastoral do Batismo “com, no mínimo, duas horas de

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duração, sobre a responsabilidade primeira do pároco, auxiliados por pessoas preparadas e capazes de realizar uma catequese sólida e clara sobre o sacramento do batismo e os principais artigos que compõem a fé cristã católica” (DDS 32, § 4º).

Essa Equipe seja “composta de membros com participação ativa na vida comunitária; conhecedores da doutrina e celebração do sacramento do batismo; que sejam permutados com certa periodicidade; que participem de formações e cursos frequentes; que estejam dispostos, sempre que necessário, a fazer visitas às famílias ajudando-as a cumprir a missão de crescer na fé e assim se realizar o múnus batismal no seio da família; que se integrem com as atividades e propostas da Comissão Diocesana de Animação Bíblico catequética; que estejam abertos e aptos a realizar uma pastoral de atuação conjunta com as demais pastorais e setores da paróquia, como a Pastoral da Criança, a Pastoral Familiar etc” (DDS 32, § 4º, “a”).

Na preparação para o Sacramento do Batismo a Equipe formativa leve em conta os seguintes elementos essenciais: “o anúncio querigmático da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo para nossa salvação; a conversão como resposta a este anúncio; a Igreja como espaço de vivência da fé e como local para alcançar a graça de Deus através dos demais sacramentos; a importância do testemunho cristão do batizado e a vida de oração” (DDS 32, § 7º).

No caso de catecúmenos, a preparação “seja realizada conforme o Ritual da Iniciação Cristã de Adultos (RICA), por meio de sua forma comum ou completa (quando da preparação de muitos), com adaptações (quando se tratar de uma única pessoa), em sua forma simples, realizado de uma só vez (quando se tratar de casos especiais) ou na sua forma breve (para as pessoas que se encontram em perigo de morte). Este Rito inclui, além da celebração dos sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Eucaristia, todos os ritos do catecumenato através de um processo mais profundo e marcado por etapas” (DDS 33, § 1º).

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25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BÍBLIA DE JERUSALÉM. São Paulo, Paulus, 13ª ed., 2019.

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. São Paulo, Edições CNBB, Ave-Maria,

Vozes, Paulinas, Paulus, Loyola, 19ª ed., 2017.

CÓDIGO DE DIREITO CANÔNICO, promulgado por João Paulo II, Papa.

Tradução Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. São Paulo: Loyola, 2001.

CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II, Constituição Sacrosanctum Concilium.

Roma, 1963.

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL (CNBB). Sou Católico: Vivo

minha fé. Brasília, 2014.

. Iniciação à vida cristã: itinerário para formar discípulos

missionários. nº 107, Edições CNBB, 2ª ed., 2017.

DENZINGER, H. Compêndio dos símbolos, definições e declarações de fé e moral. São Paulo: Paulinas/ Loyola, 2007.

DIOCESE DE CAMPINA GRANDE. DIRETÓRIO DIOCESANO DOS

SACRAMENTOS. Campina Grande, 2020.

DOCUMENTO DE APARECIDA, Texto conclusivo da V Conferência Geral do

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