• Nenhum resultado encontrado

Pe. José Jorge Santos Rodrigues Coordenador da Comissão Diocesana de Animação Bíblico-catequética

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Pe. José Jorge Santos Rodrigues Coordenador da Comissão Diocesana de Animação Bíblico-catequética"

Copied!
31
0
0

Texto

(1)
(2)

2 APRESENTAÇÃO

Caros irmãos e irmãs,

Graça e Paz de nosso Senhor Jesus Cristo!

A Comissão Diocesana de Animação Bíblico-catequética com grata satisfação apresenta este ―Subsídio com orientações para Curso Bíblico, Lectio Divina e Constituição Dogmática Dei Verbum (Vaticano II)‖.

Mais uma vez, desejamos contribuir na preparação de encontros de formação e aprofundamento de temas importantes da nossa fé católica, sobretudo, quando tratarmos dos encontros de formação para os nossos amados (as) catequistas, seja na Comunidade, Paróquia, Área Pastoral ou Forania.

Por isso propomos em vistas da verdadeira experiência da fé, sem descuidar da formação dos nossos catequistas de Batismo, de Eucaristia e Crisma, bem como de todos os agentes de pastoral, entendendo que a formação é um caminho seguro para uma catequese autêntica a respeito de Jesus Cristo e sua Igreja. Desta forma, abordamos no presente material e, assim o oferecemos a todos os nossos catequistas, neste mês dedicado ao aprofundamento das Sagradas Escrituras – o Mês da Bíblia -, como orientações para melhor conhecermos a Palavra, pilar de sustentação deste Ano Pastoral da Esperança, vivenciado em nossa Diocese.

A Comissão não objetiva transportar para este material todo o conhecimento sobre a palavra de Deus e a sua revelação – o que seria impossível e pretensioso -, mas contribuir com as comunidades, paróquias e áreas pastorais, no sentido de que os catequistas (e todo povo de Deus) sejam cada vez mais próximos e íntimos das Sagradas Escrituras. De igual modo, lembramos, ainda, àqueles que tenham contato com esse material, que não se trata de um ineditismo, mas de uma compilação, uma organização de fontes já existentes, as quais estão referenciadas.

Que Deus, nosso Pai, abençoe a todos e que a Imaculada Conceição, nossa excelsa Padroeira, acompanhe os caminhos da Catequese Diocesana, para fazer conhecer o Seu Filho, Jesus Cristo, através das Sagradas Escrituras.

(3)

3 SUMÁRIO

CAPITULO I - ELEMENTOS INTRODUTÓRIOS... 5

1. A Bíblia... 5

2. Como localizar um texto na Bíblia? ... 5

3. Divisão e organização da Bíblia ... 6

4. Antigo Testamento ... 6

a. O Pentateuco ... 7

b. Os livros históricos ... 7

c. Os livros Sapienciais e Poéticos ... 8

4.4 Os livros Proféticos ... 8

5. O Novo Testamento ... 9

5.1 Os Evangelhos ... 9

5.2 Os Atos dos Apóstolos ... 10

5.3 As Cartas ou Epístolas ... 10

5.4 O Apocalipse ... 10

CAPÍTULO II – LECTIO DIVINA ... 11

A Lectio Divina... 11

Os passos da Lectio Divina ... 12

Os frutos da Lectio Divina ... 14

CAPITULO III - CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA ... 15

Constituição Dogmática | Capítulo I - a revelação em si mesma ... 15

Natureza e objeto da revelação ... 15

Preparação da revelação evangélica ... 16

Consumação e plenitude da revelação em Cristo ... 16

A revelação acolhida com fé ... 17

As verdades reveladas ... 17

Constituição Dogmática | capítulo II - a transmissão da revelação divina ... 17

Os apóstolos e seus sucessores, transmissores do Evangelho... 17

A Sagrada Tradição... 18

Relação entre a Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura ... 19

Relação de uma e outra com a Igreja e com o Magistério eclesiástico ... 19

(4)

4

Interpretação da Sagrada Escritura ... 21

A ―condescendência‖ da sabedoria divina ... 21

Constituição Dogmática | Capítulo IV - o antigo testamento ... 22

A história da salvação nos livros do Antigo Testamento ... 22

Importância do Antigo Testamento para os cristãos ... 22

Unidade dos dois Testamentos... 23

Constituição Dogmática | capítulo V - o Novo Testamento ... 23

Excelência do Novo Testamento ... 23

Origem apostólica dos Evangelhos ... 24

Carácter histórico dos Evangelhos ... 24

Os outros escritos do Novo Testamento ... 24

Constituição Dogmática | Capítulo VI - A Sagrada Escritura na Vida Da Igreja... 25

A Igreja venera a Sagrada Escritura... 25

Traduções da Sagrada Escritura ... 25

Investigação Bíblica ... 26

Importância da Sagrada Escritura para a Teologia ... 26

Leitura da Sagrada Escritura ... 27

Influência e importância da renovação escriturística ... 28

NOTAS ... 29

(5)

CAPITULO I - ELEMENTOS INTRODUTÓRIOS

1. A Bíblia

O termo ―bíblia‖ é uma palavra de origem grega ―biblion‖ (livro) que em seu plural se traduz:―os livros‖. Ela não é um simples livro, mas uma coleção de livros, uma verdadeira biblioteca. Aí encontramos a história de pessoas que tiveram um encontro com Deus e com sua ação. Encontro realizado através da vida e da história. A Bíblia tem, portanto, dois pontos fundamentais: mostra quem é Deus e mostra quem são os homens.

Mostra quem é Deus. Não o que Deus é em si mesmo - isso é um mistério. Ela mostra o que Deus é para os homens, e o projeto que Deus realiza na vida e na história: que todos tenham vida e liberdade. Mas, Deus não impõe. Se o homem aceita, Deus se prontifica a caminhar com ele, a fim de conquistar a vida e a liberdade.

Mostra também quem são os homens. A Bíblia é realista e não se preocupa em ser só edificante. Aí encontramos o que o homem tem de bom e o que tem de perverso: os tropeços, o egoísmo, a teimosia, e também as angústias, as buscas e a boa vontade. De modo particular, a Bíblia mostra o encontro dos homens com Deus e as consequências: uns se convertem, aceitando o projeto de Deus e caminhando em busca da vida e da liberdade; Outros se fecham em torno do próprio egoísmo, rejeitando qualquer tipo de vida que não esteja voltado para seus próprios interesses.

Na Bíblia está o drama da vida do homem, tanto o de ontem como o de hoje. É como se fosse um grande espelho, onde podemos enxergar e reconhecer nossa face, as situações que vivemos, as estruturas que nos envolvem, os acontecimentos que nos libertam ou nos aprisionam. A Bíblia é, portanto, a nossa história! Mostra o que podemos encontrar, se aprendemos a ler na vida e nos acontecimentos; o Sim ou o Não que o homem pode responder a Deus e ao seu Projeto.

2. Como localizar um texto na Bíblia?

(6)

seguida por números que indicam o capítulo e o versículo que se deve ler. Vejamos alguns exemplos:

 A vírgula separa o capítulo do versículo. Ex.: Jo 1,14 = Evangelho de João, capítulo primeiro, versículo quatorze.

 O traço pode indicar uma seqüência de versículos ou uma seqüência de capítulos. Ex.: Dt 15,1-8 = livro do Deuteronômio, capítulo quinze, do versículo um até o versículo oito; Gn 1-11 = livro do Gênesis, do capítulo um até o capítulo onze; Mt 5,3-7,5 = Evangelho de Mateus, do capítulo cinco, versículo três, até o capítulo sete, versículo cinco.

 O ponto separa versículos saltados. Ex.: Jr 31,31.33 = livro de Jeremias, capítulo trinta e um, versículos trinta e um e trinta e três (pula o versículo trinta e dois).

 O ponto-e-vírgula separa tanto capítulo de capítulo, como livro de livro. Ex.: Mt 5,3;8,2 = Evangelho de Mateus, capítulo cinco, versículo três e, depois, Mateus, capítulo oito, versículo dois; Mt 5,3; Lc 2,4 = Evangelho de Mateus, capítulo cinco, versículo três e, depois, Evangelho de Lucas, capítulo dois, versículo quatro.

Para achar um livro da Bíblia, consulte o índice, que mostrará em que páginas se encontra aquele livro, ou folheie as páginas observando a parte superior na margem direita ou no meio.

3. Divisão e organização da Bíblia

Como já observamos a Bíblia é na verdade um conjunto de livros ao todo 73, distribuídos em duas grandes partes denominadas de Antigo Testamento e Novo Testamento, o primeiro contém 46 livros e o segundo 27 livros. Quando a chamamos de testamento estamos nos remetendo a um termo grego que significa aliança, sendo assim podemos também dizer antiga e nova aliança.

4. Antigo Testamento

(7)

possuiu uma terra, como foi governado, quais as relações que teve com outras nações, como estabeleceu as suas leis, a sua religião. Apresenta seus costumes, sua cultura, seus conflitos, derrotas e esperanças. O Antigo Testamento conta como esse povo se comportou em relação a Javé (Iahweh). Mostra qual o projeto que Deus quis realizar no meio da humanidade através desse povo. Israel foi um povo escolhido, diferente, justamente porque estava encarregado de realizar esse plano de Deus. Esse projeto aparece bem claro nesses livros: considerar só Deus como o absoluto, para que as relações entre as pessoas possam ser fraternas e ter como centro a vida e a liberdade. O Antigo Testamento é formado por quatro blocos ou tipos de escritos: o Pentateuco, os livros históricos, os livros poéticos e sapienciais e os livros proféticos.

a. O Pentateuco

Compreendem os cinco primeiros livros da Bíblia. Eles também são chamados de Torá = lei. Aí temos a criação do mundo e do homem, a formação do povo de Israel, sua libertação e condução através do deserto para uma terra, e as normas básicas que devem reger uma sociedade justa e fraterna. São eles:

4.1.1 Gênesis essa palavra significa começo, nascimento. O livro conta o aparecimento do mundo, da história e do povo de Deus.

4.1.2 Êxodo significa saída, tem esse nome porque começa narrando a saída dos hebreus da terra do Egito, onde eram escravos.

4.1.3 Levítico provém do nome Levi, a tribo de Israel que foi escolhido para exercer a função sacerdotal no meio do seu povo.

4.1.4 Números é assim denominado porque começa com um grande recenseamento do povo hebreu no deserto.

4.1.5 Deuteronômio significa lei. Trata-se de uma reapresentação e adaptação da lei em vista da vida de Israel na terra prometida.

b. Os livros históricos

(8)

grupos:

i. Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis: esses livros mostram que a história de Israel depende da atitude que o povo toma na aliança com Deus. ii. 1 e 2 Crônicas, Esdras, Neemias, 1 e 2 Macabeus: esses livros procuram

dar as normas básicas para a sobrevivência e a organização do povo de Deus depois do exílio na Babilônia

iii. Rute, Tobias, Judite, Ester: mais do que história propriamente dita, esses livros se apresentam como modelos de vivencia da fé diante de situações difíceis.

c. Os livros Sapienciais e Poéticos

O nome de sapienciais é dado a cinco livros do Antigo Testamento: Provérbios, Jó Eclesiastes, Eclesiástico e Sabedoria. A estes são acrescentados dois livros poéticos: Salmos e Cântico dos Cânticos. Podemos dizer que esses livros apresentam a sabedoria e a espiritualidade de Israel.

Em Israel a sabedoria não é a cultura conseguida graças à acumulação de conhecimentos, mas o bom-senso e o discernimento das situações, adquiridas através da meditação e reflexão sobre a experiência da vida. Assim, nos livros sapienciais encontramos reflexões que brotam dos muitos problemas que povoam o dia-a-dia da vida de qualquer pessoa que busca o caminho da realização e da felicidade.

A sabedoria de cunho mais popular que encontramos no livro dos Provérbios e no Eclesiástico apresenta-se em forma de frases curtas, sentenças que ajudam a compreender e a encontrar uma saída nas diversas situações enfrentadas pelo homem. Já os livros de Jó, Eclesiastes e Sabedoria são estudos sobre problemas mais profundos e globais, como o sentido da vida, a morte, a justiça, a vida social, o mal, a natureza da sabedoria etc. O Cântico dos Cânticos trata de uma experiência fundamental da vida; o amor humano, símbolo do amor de Deus para com o seu povo. A espiritualidade de Israel é apresentada no livro dos Salmos, uma coleção de 150 orações que refletem as mais diversas situações da vida do indivíduo e do povo.

4.4 Os livros Proféticos

(9)

Estes livros podem ser ainda divididos em profetas menores e maiores, por causa do tamanho de seus livros.

Os profetas maiores são: Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel. Os profetas menores são: Baruc, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. A mensagem de cada um desses profetas varia de acordo com o momento histórico em que viveram e de acordo com os ouvintes de sua pregação. Podemos dizer ainda que existe duas mensagens fundamentais nesses escritos. A primeira é aquela que exige conversão, a fim de mudar todo um sistema para evitar o julgamento de Deus sobre o país; a segunda transmite palavras de esperança, de ânimo, de encorajamento - incentivam o povo, que tinha perdido sua terra e seus ideais, para que retomem a caminhada da reconstrução e da luta, e recupere a fé em Deus e a própria cultura. São os profetas da consolação.

5. O Novo Testamento

O Novo Testamento ou nova aliança é a parte da Bíblia onde encontramos o anúncio da pessoa de Jesus Cristo. Sua mensagem central é o próprio Filho de Deus, que veio ao mundo para estabelecer a aliança definitiva entre Deus e os homens. Sendo Deus- e -Homem, o próprio Jesus é a expressão total dessa aliança: ele mostra que Deus é Pai – ―Abba´‖ para os homens, e como os homens devem viver para se tornarem filhos de Deus.

Através de sua palavra e ação, Jesus inaugurou a Nova e Eterna Aliança ou, em outras palavras, o Reino de Deus. Esse Reino ou aliança não é mais aliança com um povo. É aliança aberta a todos os homens, todos os povos de todos os tempos e lugares.

Como já mencionamos anteriormente, o Novo Testamento é um conjunto de 27 livros, agrupados conforme temas e estilos diferentes: Evangelhos, Atos dos Apóstolos, Cartas (ou Epístolas) e Apocalipse. Nesse conjunto encontramos o anúncio da pessoa de Jesus e as consequências que este anúncio trouxe, principalmente para os seus seguidores.

5.1 Os Evangelhos

(10)

Não são biografia ou história, e sim um anúncio para levar à fé em Jesus Cristo, isto é, ao compromisso de continuar sua obra, pela palavra e ação.

5.2 Os Atos dos Apóstolos

Este livro é a segunda parte de são Lucas. Mostra como o anúncio de Jesus e a formação das comunidades cristãs se expandiu, chegando a Roma, centro do mundo naquela época. Aí vemos o sentido da missão cristã: levar à Boa-Nova do Evangelho a todos os homens, para que todos possam tomar conhecimento de Jesus e pertencer ao povo de Deus.

5.3 As Cartas ou Epístolas

As cartas são escritos dirigidos às primeiras comunidades cristãs. Elas não só nos dão uma ideia dos problemas dessas comunidades, mas nos ajudam também a ver e a nos orientar nos problemas de nossas comunidades atuais. São elas:

5.3.1 Cartas de Paulo - São sete: Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Filipenses, 1 Tessalonicenses e Filemon. As cartas aos Efésios, Colossenses e a 2 Tessalonicenses pertencem a discípulos de Paulo. Nessas cartas encontramos um pouco da vida do Apóstolo, sua pregação, seu trabalho, sua missão, problemas e orientações na organização das comunidades.

5.3.2 Cartas pastorais se dirigem aos líderes das comunidades – são a primeira e segunda a Timóteo e a carta a Tito.

5.3.3 Cartas católicas (universal) são dirigidas a todas as Igrejas cristãs – são a carta a Tiago, a de Judas, as duas cartas de Pedro, e as três cartas de João.

5.3.4 Carta aos Hebreus É uma reflexão teológica sobre Jesus Cristo, o grande sacerdote, mediador entre Deus e o povo. Assemelha-se mais com uma pregação do que com uma carta.

5.4 O Apocalipse

(11)

Senhor da história, e mostra como os cristãos devem anunciá-lo e testemunhá-lo sem medo, enfrentando até mesmo a própria morte.

CAPÍTULO II – LECTIO DIVINA

A Lectio Divina

1A ―Lectio Divina‖ é uma expressão latina já presente e consagrada no vocabulário católico, que pode ser traduzida como ―leitura divina‖, ―leitura espiritual‖, ou ainda como ocorre hoje em nosso país e em vários escritos atuais, como ―leitura orante da Bíblia‖. Ela é um alimento necessário para a nossa vida espiritual. A partir deste exercício, conscientes do plano de Deus e a sua vontade, pode-se produzir os frutos espirituais necessários para a salvação. A Lectio Divina é deixar-se envolver pelo plano da Salvação de Deus. Os princípios da Lectio Divina foram expressos por volta do ano 220 e praticados por monges católicos, especialmente as regras monásticas dos santos: Pacômio, Agostinho, Basílio e Bento. O tempo diário dedicado à Lectio Divina sempre foi grande e no melhor momento do dia. A espiritualidade monástica sempre foi bíblica e litúrgica. A sistematização do método da Lectio Divina nós encontramos nos escritos de Guigo, o Cartucho, por volta do século XII.

A Lectio Divina tradicionalmente é uma oração individual, porém, pode-se fazê-la em grupo. O importante é rezar com a Pafazê-lavra de Deus, lembrando o que dizem os bispos no Concílio Vaticano II, relembrando a mais antiga tradição católica – que conhecer a Sagrada Escritura é conhecer o próprio Cristo. Monges diziam que a Lectio Divina é a escada espiritual dos monges, mas é também de todo o cristão. O Papa Bento XVI fez a seguinte observação num discurso de 2005: ―Eu gostaria, em especial, recordar e recomendar a antiga tradição da Lectio Divina, a leitura assídua da Sagrada Escritura, acompanhada da oração que traz um diálogo íntimo em que na leitura, se escuta Deus que fala e, rezando, responde-lhe com confiança a abertura do coração‖.

O Concílio Vaticano II, em seu decreto Dei Verbum nos números 24 e 25, ratificou e promoveu, com todo o peso de sua autoridade, a restauração da Lectio Divina, retomando essa antiquíssima tradição da Igreja Católica. O Concílio exorta igualmente, com ardor e insistência, a todos os fiéis cristãos, especialmente aos religiosos, que, pela frequente leitura das divinas Escrituras, alcancem esse bem

(12)

supremo: o conhecimento de Jesus Cristo (Fl 3,8). Porquanto, ―Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo‖ (São Jerônimo).

Os passos da Lectio Divina

O método mais antigo e que inspirou outros mais recentes, é que, seja pessoalmente, em comunidade ou no círculo bíblico nós comecemos a reflexão com a Palavra de Deus e que, depois da invocação do Espírito Santo, segue os passos tradicionais: 1- Lectio (Leitura); 2- Meditatio (Meditação); 3- Oratio (Oração) e 4- Contemplatio (Contemplação). Existem outros métodos que, inspirados aqui, procuram ajudar o cristão a acolher em sua vida a Palavra de Deus e a colocar em prática no seu dia a dia.

O método tradicional é simples e é dividido em quatro degraus: 1. A leitura procura a doçura da vida bem-aventurada;

2. A meditação a encontra; 3. A oração a pede;

4. A contemplação a experimenta.

A leitura, de certo modo, leva à boca o alimento sólido, a meditação o mastiga e tritura, a oração consegue o sabor, a contemplação é a própria doçura que regala e refaz. ―A leitura está na casca, à meditação na substância, a oração na petição do desejo, a contemplação no gozo da doçura obtida‖. (Guigo, o Cartucho, Scala Claustralium).

Portanto, quanto à leitura, leia, com calma e atenção, um pequeno trecho da Sagrada Escritura (aconselha-se que nas primeiras vezes utilizem-se os textos dos Evangelhos). Leia o texto quantas vezes e versões forem necessárias. Procure identificar as coisas importantes desta perícope (textos curtos da Bíblia): o ambiente, os personagens, os diálogos, as imagens usadas, as ações. É importante identificar tudo com calma e atenção, como se estivesse vendo a cena. A leitura é o estudo assíduo das Escrituras, feito com aplicação de espírito.

(13)

Depois de ter refletido sobre esses pontos e outros semelhantes no que toca à própria vida, a meditação começa a pensar no prêmio: Como seria glorioso e deleitável ver a face desejada do Senhor, mais bela do que a de todos os homens (Sl 45,3), não mais tendo a aparência como que o revestiu sua mão, mas envergando a estola da imortalidade, e coroado com o diadema que seu Pai lhe deu no dia da ressurreição e de glória, o dia que o Senhor fez (Sl 118,24).

Quanto à Oratio, toda boa meditação desemboca naturalmente na oração. É o momento de responder a Deus após havê-lo escutado. Esta oração é um momento muito pessoal que diz respeito apenas à pessoa e Deus. Não se preocupe em preparar palavras, fale o que vai ao coração depois da meditação: se for louvor, louve; se for pedido de perdão, peça perdão; se for necessidade de maior clareza, peça a luz divina; se for cansaço e aridez, peça os dons da fé e esperança. Enfim, os momentos anteriores, se feitos com atenção e vontade, determinarão esta oração da qual nasce o compromisso de estar com Deus e fazer a sua vontade. Vendo, pois, a pessoa que não pode por si mesma atingir a desejada doçura de conhecimento e da experiência, e que quanto mais se aproxima do fundo do coração (Sl 64,7), tanto mais distante é Deus (cf. Sl 64,8), ela se humilha e se refugia na oração. E diz: Senhor, que não és contemplado senão pelos corações puros, eu procuro, pela leitura e pela meditação, qual é, e como poder ser adquirida a verdadeira doçura do coração, a fim de por ela conhecer-te, ao menos um pouco.

Quanto ao último passo, a Contemplatio: desta etapa a pessoa não é dona. É um momento que pertence a Deus e sua presença misteriosa, sim, mas sempre presença. É um momento no qual se permanece em silêncio diante de Deus. Se ele o conduzirá à contemplação, louvado seja Deus! Se ele lhe dará apenas a tranquilidade de uns momentos de paz e silêncio, louvado seja Deus! Se para você será um momento de esforço para ficar na presença de Deus, louvado seja Deus! Mas em todas as circunstâncias será uma maneira de ver Deus presente na história e em nossa vida! ―Ele recria a alma fatigada, nutre a quem tem fome, sacia sua aridez, lhe faz esquecer tudo o que não é terrestre, vivifica-a, mortificando-a por um admirável esquecimento de si mesma, e embriagando-a sóbria a torna‖ (Guido, o Cartucho).

(14)

circunstâncias, mas quando se aprofunda realmente na Palavra de Deus e se crê que ela é como uma espada de dois gumes que penetra no mais profundo de nosso ser e que também ilumina nossa vida e nosso caminho, teremos certeza de que ela ilumina a nossa estrada e nos conduz com a graça de Deus por uma vida nova.

Os frutos da Lectio Divina

A prática da Lectio Divina pode produzir em nós frutos de profundas transformações, como por exemplo:

 Cria em nós uma mentalidade bíblica;

 Leva-nos a aprofundar os conhecimentos teológicos e dá fundamento sólido ao conteúdo da nossa fé;

 Ajuda-nos a passar do relativo, passageiro e humano ao definitivo, ao total, ao absoluto de Deus;

 Facilita a nossa inserção no projeto de salvação elaborada por Deus para a humanidade, alimentando em nós a alegria de viver e de doar-se;

(15)

CAPITULO III - CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA

DEI VERBUM

SOBRE A REVELAÇÃO DIVINA PROÊMIO

Intenção do Concílio

O Sagrado Concilio, ouvindo religiosamente a Palavra de Deus proclamando-a com confiança, faz suas as palavras de S. João: ―Nós vos anunciamos a vida eterna, que estava junto do Pai e nos apareceu: anunciamo-vos o que vimos e ouvimos, para que também vós vivais em comunhão conosco, e a nossa comunhão seja com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo" (1 Jo. 1, 2-3). Por isso, segundo os Concílios Tridentino e Vaticano I, entende propor a genuína doutrina sobre a Revelação divina e a sua transmissão, para que o mundo inteiro, ouvindo, acredite na mensagem da salvação, acreditando espere, e esperando ame (1).

Constituição Dogmática | Capítulo I - a revelação em si mesma

Natureza e objeto da revelação

(16)

pelas palavras; e as palavras, por sua vez, declaram as obras e esclarecem o mistério nelas contido. Porém, a verdade profunda tanto a respeito de Deus como a respeito da salvação dos homens, manifesta-se-nos, por esta revelação, em Cristo, que é, simultaneamente, o mediador e a plenitude de toda a revelação (2).

Preparação da revelação evangélica

2. Deus, criando e conservando todas as coisas pelo Verbo (cf. Jo. 1,3), oferece aos homens um testemunho perene de Si mesmo na criação (cf. Rm. 1, 1-20) e, além disso, decidindo abrir o caminho da salvação sobrenatural, manifestou-se a Si mesmo, desde o princípio, aos nossos primeiros pais. Depois da sua queda, com a promessa de redenção, deu-lhes a esperança da salvação (cf. Gn. 3,15), e cuidou contìnuamente do gênero humano, para dar a vida eterna a todos aqueles que, perseverando na prática das boas obras, procuram a salvação (cfr. Rm. 2, 6- 7). No devido tempo chamou Abraão, para fazer dele pai dum grande povo (cf. Gn. 12,2), povo que, depois dos patriarcas, ele instruiu, por meio de Moisés e dos profetas, para que o reconhecessem como ―Único Deus vivo e verdadeiro‖, Pai providente e Juiz justo, e para que esperassem o Salvador prometido; assim preparou Deus através dos tempos o caminho ao Evangelho.

Consumação e plenitude da revelação em Cristo

(17)

ressuscitar para a vida eterna. Portanto, a economia cristã, como nova e definitiva aliança, jamais passará, e não possível se esperar nenhuma outra revelação pública antes da gloriosa manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo (cf. 1 Tm. 6,14; Tt. 2,13).

A revelação acolhida com fé

4. A Deus que revela é devida a ―obediência da fé‖ (Rm. 16,26; cf. Rm. 1,5; 2 Cor. 10, 5-6); pela fé, o homem entrega-se total e livremente a Deus oferecendo ―a Deus revelador o obséquio pleno da inteligência e da vontade‖ (4) e prestando voluntário assentimento à Sua revelação. Para prestar esta adesão da fé, são necessários a prévia e concomitante ajuda da graça divina e os interiores auxílios do Espírito Santo, o qual move e converte a Deus o coração, abre os olhos do entendimento, e dá ―a todos a suavidade em aceitar e crer a verdade‖ (5). Para que a compreensão da revelação seja sempre mais profunda, o mesmo Espírito Santo aperfeiçoa sem cessar a fé mediante os seus dons.

As verdades reveladas

5. Pela revelação divina quis Deus manifestar e comunicar-se a Si mesmo e os decretos eternos da Sua vontade a respeito da salvação dos homens, ―para os fazer participar dos bens divinos, que superam absolutamente a capacidade da inteligência humana‖(6).

O Sagrado Concílio professa que ―Deus, princípio e fim de todas as coisas, se pode conhecer com certeza pela luz natural da razão a partir das criaturas‖ (cf. Rm. 1,20); mas ensina também que deve atribuir-se à Sua revelação ―poderem todos os homens conhecer com facilidade, firme certeza e sem mistura de erro aquilo que nas coisas divinas não é inacessível à razão humana, mesmo na presente condição do gênero humano‖.

Constituição Dogmática | Capítulo II - a transmissão da revelação divina Os apóstolos e seus sucessores, transmissores do Evangelho

(18)

Por isso, Cristo Senhor, em quem toda a revelação do Deus altíssimo se consuma (cf. 2 Cor. 1,20; 3,16-4,6), mandou aos Apóstolos que pregassem a todos, como fonte de toda a verdade salutar e de toda a disciplina de costumes, o Evangelho prometido antes pelos profetas e por Ele cumprido e promulgado pessoalmente (1), comunicando-lhes assim os dons divinos. Isto foi realizado com fidelidade, tanto pelos Apóstolos que, na sua pregação oral, exemplos e instituições, transmitiram aquilo que t inham recebido dos lábios, da conversação e obras de Cristo, e o que tinham aprendido por inspiração do Espírito Santo, como por aqueles Apóstolos e varões apostólicos que, sob a inspiração do mesmo Espírito Santo, escreveram a mensagem da salvação (2).

Porém, para que o Evangelho fosse perenemente conservado íntegro e vivo na Igreja, os Apóstolos deixaram os Bispos como seus sucessores, ―entregando-lhes o seu próprio ofício de magistério‖ (3). Portanto, esta Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura dos dois Testamentos são como um espelho no qual a Igreja peregrina na terra contempla a Deus, de quem tudo recebe, até ser conduzida a vê-lo face a face tal qual Ele é (cf. 1 Jo. 3,2).

A Sagrada Tradição

7. E assim, a pregação apostólica, que se exprime de modo especial nos livros inspirados, devia conservar-se, por uma sucessão contínua, até à consumação dos tempos. Por isso, os Apóstolos, transmitindo o que eles mesmos receberam, advertem os fiéis a que observem as tradições que tinham aprendido quer por palavras quer por escrito (cf. 2 Tes. 2,15), e a que lutem pela fé recebida duma vez para sempre (cf. Jd. 3) (4). Ora, o que foi transmitido pelos Apóstolos, abrange tudo quanto contribui para a vida santa do Povo de Deus e para o aumento da sua fé; e assim a Igreja, na sua doutrina, vida e culto, perpetua e transmite a todas as gerações tudo aquilo que ela é e tudo quanto acredita.

(19)

com a sucessão do episcopado, receberam o carisma da verdade. Isto é, a Igreja, no decurso dos séculos, tende contìnuamente para a plenitude da verdade divina, até que nela se realizem as palavras de Deus.

Afirmações dos santos Padres testemunham a presença vivificadora desta Tradição, cujas riquezas entram na prática e na vida da Igreja crente e orante. Mediante a mesma Tradição, conhece a Igreja o cânon inteiro dos livros sagrados, e a própria Sagrada Escritura entende-se nela mais profundamente e torna-se incessantemente operante; e assim, Deus, que outrora falou, dialoga sem interrupção com a esposa do seu amado Filho; e o Espírito Santo - por quem ressoa a voz do Evangelho na Igreja e, pela Igreja, no mundo - introduz os crentes na verdade plena e faz com que a palavra de Cristo neles habite em toda a sua riqueza (cf. Cl. 3,16).

Relação entre a Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura

8. A sagrada Tradição, portanto, e a Sagrada Escritura estão ìntimamente unidas e compenetradas entre si. Com efeito, derivando ambas da mesma fonte divina, fazem como que uma coisa só e tendem ao mesmo fim. A Sagrada Escritura é a palavra de Deus enquanto foi escrita por inspiração do Espírito Santo; a Sagrada Tradição, por sua vez, transmite integralmente aos sucessores dos Apóstolos a palavra de Deus confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos Apóstolos, para que eles, com a luz do Espírito de verdade, a conservem, a exponham e a difundam fielmente na sua pregação; donde resulta assim que a Igreja não tira só da Sagrada Escritura a sua certeza a respeito de todas as coisas reveladas. Por isso, ambas devem ser recebidas e veneradas com igual espírito de piedade e reverência (6).

Relação de uma e outra com a Igreja e com o Magistério eclesiástico

(20)

concordância dos pastores e dos fiéis (7).

Porém, o encargo de interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita ou contida na Tradição (8), foi confiado só ao magistério vivo da Igreja (9), cuja autoridade é exercida em nome de Jesus Cristo. Este magistério não está acima da palavra de Deus, mas sim ao seu serviço, ensinando apenas o que foi transmitido, enquanto, por mandato divino e com a assistência do Espírito Santo, a ouve piamente, a guarda religiosamente e a expõe fielmente, haurindo deste depósito único da fé tudo quanto propõe à fé como divinamente revelado.

É claro, portanto, que a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja, segundo o sapientíssimo desígnio de Deus, de tal maneira se unem e se associam que um sem os outros não se mantém, e todos juntos, cada um, a seu modo, sob a ação do mesmo Espírito Santo, contribuem eficazmente para a salvação das almas.

Constituição Dogmática | Capítulo III - a inspiração Divina da Sagrada Escritura e a sua interpretação

Natureza da inspiração e verdade da Sagrada Escritura

10. As coisas reveladas por Deus, contidas e manifestadas na Sagrada Escritura, foram escritas por inspiração do Espírito Santo. Com efeito, a santa mãe Igreja, segundo a fé apostólica, considera como santos e canônicos os livros inteiros do Antigo e do Novo Testamento com todas as suas partes, porque, escritos por inspiração do Espírito Santo (cf. Jo. 20,31; 2 Tm. 3,16; 2 Pd. 1, 19-21; 3, 15- 16), têm Deus por autor, e como tais foram confiados à própria Igreja (1). Todavia, para escrever os livros sagrados, Deus escolheu e serviu-se de homens na posse das suas faculdades e capacidades (2), para que, agindo Ele neles e por eles (3), pusessem por escrito, como verdadeiros autores, tudo aquilo e só aquilo que Ele queria (4).

(21)

que o homem de Deus seja perfeito, experimentado em todas as obras boas‖ (Tm. 3, 7-17 gr.).

Interpretação da Sagrada Escritura

11. Como, porém, Deus na Sagrada Escritura falou por meio dos homens e à maneira humana (6), o intérprete da Sagrada Escritura, para saber o que Ele quis comunicar-nos, deve investigar com atenção o que os hagiógrafos realmente quiseram significar e que aprouve a Deus manifestar por meio das suas palavras.

Para descobrir a intenção dos hagiógrafos, devem ser tidos também em conta, entre outras coisas, os ―gêneros literários‖. Com efeito, a verdade é proposta e expressa de modos diversos, segundo se trata de gêneros históricos, proféticos, poéticos, sapiencial ou outros. Importa, além disso, que o intérprete busque o sentido que o hagiógrafo em determinadas circunstâncias, segundo as condições do seu tempo e da sua cultura, pretendeu exprimir e de fato exprimiu servindo-se os gêneros literários então usados (7). Com efeito, para entender retamente o que autor sagrado quis afirmar, deve atender-se convenientemente, quer aos modos nativos de sentir, dizer ou narrar em uso nos tempos do hagiógrafo, quer àqueles que costumavam empregar-se frequentemente nas relações entre os homens de então (8).

Mas, como a Sagrada Escritura deve ser lida e interpretada com o mesmo espírito com que foi escrita (9), não menos atenção se deve dar, na investigação do reto sentido dos textos sagrados, ao contexto e à unidade de toda a Escritura, tendo em conta a Tradição viva de toda a Igreja e a analogia da fé. Cabe aos exegetas trabalhar, de harmonia com estas regras, por entender e expor mais profundamente o sentido da Escritura, para que, mercê deste estudo de algum modo preparatório, amadureça o juízo da Igreja. Com efeito, tudo quanto diz respeito à interpretação da Escritura, está sujeito ao juízo último da Igreja, que tem o divino mandato e o ministério de guardar e interpretar a palavra de Deus (10).

A “condescendência” da sabedoria divina

(22)

conhecermos a inefável benignidade de Deus e com quanta acomodação Ele falou, tomando providência e cuidado da nossa natureza‖ (11). As palavras de Deus com efeito, expressas por línguas humanas, tornaram-se ìntimamente semelhantes à linguagem humana, como outrora o Verbo do eterno Pai se assemelhou aos homens tomando a carne da fraqueza humana.

Constituição Dogmática | Capítulo IV - o antigo testamento

A história da salvação nos livros do Antigo Testamento

13. Deus amantíssimo, desejando e preparando com solicitude a salvação de todo o gênero humano, escolheu por especial providência um povo a quem confiar as suas promessas. Tendo estabelecido aliança com Abraão (cf. Gn. 15,18), e com o povo de Israel por meio de Moisés (cf. Ex. 24,8), revelou-se ao Povo escolhido como único Deus verdadeiro e vivo, em palavras e obras, de tal modo que Israel pudesse conhecer por experiência os planos de Deus sobre os homens, os compreendesse cada vez mais profunda e claramente, ouvindo o mesmo Deus falar pela boca dos profetas, e os difundisse mais amplamente entre os homens (cf. Sl. 21, 28-29; 95, 1-3; Is. 2, 1-4; Jr. 3,17). A ―economia‖ da salvação anunciada, narrada e explicada pelos autores sagrados, encontra-se nos livros do Antigo Testamento como verdadeira palavra de Deus. Por isso, estes livros divinamente inspirados conservam um valor perene: ―Tudo quanto está escrito, para nossa instrução está escrito, para que, por meio da paciência e consolação que nos vem da Escritura, tenhamos esperança‖ (cf. Rm. 15,4).

Importância do Antigo Testamento para os cristãos

(23)

imperfeitas e transitórias, revelam, contudo, a verdadeira pedagogia divina (1). Por isso, os fieis devem receber com devoção estes livros que exprimem o vivo sentido de Deus, nos quais se encontram sublimes doutrinas a respeito de Deus, uma sabedoria salutar a respeito da vida humana, bem como admiráveis tesouros de preces, nos quais, finalmente, está latente o mistério da nossa salvação.

Unidade dos dois Testamentos

15. Foi por isso que Deus, inspirador e autor dos livros dos dois Testamentos, dispôs tão sàbiamente as coisas, que o Novo Testamento está latente no Antigo, e o Antigo está patente no Novo (2). Pois, apesar de Cristo ter alicerçado à nova Aliança no seu sangue (cf. Lc. 22,20; 1 Cor. 11,25), os livros do Antigo Testamento, ao serem integralmente assumidos na pregação evangélica (3) adquirem e manifestam a sua plena significação no Novo Testamento (cf. Mt. 5,17; Lc. 24,27; Rm. 16, 25-26; 2 Cor. 3, 14-16), que por sua vez iluminam e explicam.

Constituição Dogmática | Capítulo V - o Novo Testamento

Excelência do Novo Testamento

(24)

Igreja. Os escritos do Novo Testamento são um testemunho perene e divino de todas estas coisas.

Origem apostólica dos Evangelhos

17. Ninguém ignora que entre todas as Escrituras, mesmo do Novo Testamento, os Evangelhos têm o primeiro lugar, enquanto são o principal testemunho da vida e doutrina do Verbo encarnado, nosso salvador. A Igreja defendeu e defende sempre e em toda a parte a origem apostólica dos quatro Evangelhos. Com efeito, aquelas coisas que os Apóstolos, por ordem de Cristo, pregaram, foram depois, por inspiração do Espírito Santo, transmitidas por escrito por eles mesmos e por varões apostólicos como fundamento da fé, ou seja, o Evangelho quadriforme, segundo Mateus, Marcos, Lucas e João (1).

Carácter histórico dos Evangelhos

18. A santa mãe Igreja defendeu e defende firme e constantemente que estes quatro Evangelhos, cuja historicidade afirma sem hesitação, transmitem fielmente as coisas que Jesus, Filho de Deus. durante a sua vida terrena, realmente operou e ensinou para salvação eterna dos homens, até ao dia em que subiu ao céu (cf. At. 1. 1-2). Na verdade, após a ascensão do Senhor, os Apóstolos transmitiram aos seus ouvintes, com aquela compreensão mais plena de que eles, instruídos pelos acontecimentos gloriosos de Cristo e iluminados pelo Espírito de verdade (2) gozavam (3), as coisas que Ele tinha dito e feito. Os autores sagrados, porém, escreveram os quatro Evangelhos, escolhendo algumas coisas entre as muitas transmitidas por palavra ou por escrito, sintetizando umas, desenvolvendo outras, segundo o estado das igrejas, conservando, finalmente, o caráter de pregação, mas sempre de maneira a comunicar-nos coisas autênticas e verdadeiras acerca de Jesus (4). Com efeito, quer relatassem aquilo de que se lembravam e recordavam, quer se baseassem no testemunho daqueles ―que desde o princípio foram testemunhas oculares e ministros da palavra‖, fizeram-no sempre com intenção de que conheçamos a ―verdade‖ das coisas a respeito das quais fomos instruídos (cf. Lc. 1, 2-4).

(25)

19. O cânon do Novo Testamento contém igualmente além dos quatro Evangelhos, as Epístolas de S. Paulo e outros escritos apostólicos redigidos por inspiração do Espírito Santo, com os quais, segundo o plano da sabedoria divina, é confirmado o que diz respeito a Cristo Senhor, é explicada mais e mais a sua genuína doutrina, é pregada a virtude salvadora da obra divina de Cristo, são narrados os começos da Igreja e a sua admirável difusão, e é anunciada a sua consumação gloriosa. Com efeito, o Senhor Jesus assistiu os seus Apóstolos como tinha prometido (cf. Mt. 28,20) e enviou-lhes o Espírito consolador que os devia introduzir na plenitude da verdade (cf. Jo. 16,13).

Constituição Dogmática | Capítulo VI - A Sagrada Escritura na Vida Da Igreja

A Igreja venera a Sagrada Escritura

20. A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio Corpo do Senhor, não deixando jamais, sobretudo na Sagrada Liturgia, de tomar e distribuir aos fiéis o pão da vida, quer da mesa da palavra de Deus, quer da do Corpo de Cristo. Sempre as considerou, e continua a considerar, juntamente com a Sagrada Tradição, como regra suprema da sua fé; elas, com efeito, inspiradas como são por Deus, e exaradas por escrito duma vez para sempre, continuam a dar-nos imutavelmente a palavra do próprio Deus, e fazem ouvir a voz do Espírito Santo através das palavras dos profetas e dos Apóstolos. É preciso, pois, que toda a pregação eclesiástica, assim como a própria religião cristã, seja alimentada e regida pela Sagrada Escritura. Com efeito, nos livros sagrados, o Pai que está nos céus vem amorosamente ao encontro de Seus filhos, a conversar com eles; e é tão grande a força e a virtude da palavra de Deus que se torna o apoio vigoroso da Igreja, solidez da fé para os filhos da Igreja, alimento da alma, fonte pura e perene de vida espiritual. Por isso se devem aplicar por excelência à Sagrada Escritura as palavras: ―A palavra de Deus é viva e eficaz‖ (Hb. 4,12), ―capaz de edificar e dar a herança a todos os santificados‖, (At. 20,32; 1 Ts. 2,13).

(26)

21. É preciso que os fiéis tenham acesso patente à Sagrada Escritura. Por esta razão, a Igreja logo desde os seus começos fez sua aquela tradução grega antiquíssima do Antigo Testamento chamada dos Setenta (Septuaginta); e sempre tem em grande apreço as outras traduções, quer orientais quer latinas, sobretudo a chamada Vulgata. Mas, visto que a palavra de Deus deve estar sempre acessível a todos, a Igreja procura com solicitude maternal que se façam traduções aptas e fiéis nas várias línguas, sobretudo a partir dos textos originais dos livros sagrados. Se porém, segundo a oportunidade e com a aprovação da autoridade da Igreja, essas traduções se fizerem em colaboração com os irmãos separados, poderão ser usadas por todos os cristãos.

Investigação Bíblica

22. A esposa do Verbo encarnado, isto é, a Igreja, ensinada pelo Espírito Santo, esforça-se por conseguir uma inteligência cada vez mais profunda da Sagrada Escritura, para poder alimentar contìnuamente os seus filhos com os divinos ensinamentos; por isso, vai fomentando também convenientemente o estudo dos santos Padres do Oriente e do Ocidente, bem como das sagradas liturgias. É preciso, porém, que os exegetas católicos e os demais estudiosos da Sagrada Teologia, trabalhem em íntima colaboração de esforços, para que, sob a vigilância do sagrado magistério, lançando mão de meios aptos, estudem e expliquem as divinas Letras de modo que o maior número possível de ministros da palavra de Deus possa oferecer com fruto ao Povo de Deus o alimento das Escrituras, que ilumine o espírito, robusteça as vontades, e inflame os corações dos homens no amor de Deus (1). O sagrado Concilio encoraja os filhos da Igreja que cultivam as ciências bíblicas para que continuem a realizar com todo o empenho, segundo o sentir da Igreja, a empresa felizmente começada, renovando constantemente as suas forças (2).

Importância da Sagrada Escritura para a Teologia

(27)

mistério de Cristo. As Sagradas Escrituras contêm a palavra de Deus, e, pelo fato de serem inspiradas, são verdadeiramente a palavra de Deus; e por isso, o estudo destes sagrados livros deve ser como que a alma da sagrada teologia (3). Também o ministério da palavra, isto é, a pregação pastoral, a catequese, e toda a espécie de instrução cristã, na qual a homilia litúrgica deve ter um lugar principal, com proveito se alimenta e santamente se revigora com a palavra da Escritura.

Leitura da Sagrada Escritura

24. É necessário, por isso, que todos os clérigos e sobretudo os sacerdotes de Cristo e outros que, como os diáconos e os catequistas, se consagram legìtimamente ao ministério da palavra, mantenham um contato íntimo com as Escrituras, mediante a leitura assídua e o estudo aturado, a fim de que nenhum deles se torne ―pregador vão e superficial da palavra de Deus. por não a ouvir de dentro‖ (4), tendo, como têm, a obrigação de comunicar aos fiéis que lhes estão confiados as grandíssimas riquezas da palavra divina, sobretudo na Sagrada Liturgia. Do mesmo modo, o Sagrado Concílio exorta com ardor e insistência todos os fiéis, mormente os religiosos, a que aprendam ―a sublime ciência de Jesus Cristo‖ (Fl. 3,8) com a leitura frequente das divinas Escrituras, porque ―a ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo‖ (5). Debrucem-se, pois, gostosamente sobre o texto sagrado, quer através da Sagrada Liturgia, rica de palavras divinas, quer pela leitura espiritual, quer por outros meios que se vão espalhando tão louvavelmente por toda a parte, com a aprovação e estímulo dos pastores da Igreja. Lembrem-se, porém, que a leitura da Sagrada Escritura deve ser acompanhada de oração para que seja possível o diálogo entre Deus e o homem; porque «a Ele falamos, quando rezamos, a Ele ouvimos, quando lemos os divinos oráculos» (6).

(28)

disso, façam-se edições da Sagrada Escritura, munidas das convenientes anotações, para uso também dos não cristãos, e adaptadas às suas condições; e tanto os pastores de almas como os cristãos de qualquer estado procuram difundi-las com zelo e prudência.

Influência e importância da renovação escriturística

25. Deste modo, pois, com a leitura e estudo dos livros sagrados, ―a palavra de Deus se difunda e resplandeça (2 Tess. 3,1), e o tesouro da revelação confiado à Igreja encha cada vez mais os corações dos homens. Assim como a vida da Igreja cresce com a assídua frequência do mistério eucarístico, assim também é lícito esperar um novo impulso de vida espiritual, se fizermos crescer a veneração pela palavra de Deus, que «permanece para sempre» (Is. 40,8; cfr. l Pedr. 1, 23-25)

(29)

NOTAS Capítulo I

1. Cfr. S. Agostinho, De catechizandis rudibus, c. IV, 8: PL 40, 316.

2. Cfr. Mt. 11,27; Jo. 1,14 e 17; 14,6; 17, 1-3; 2 Cor. 3,16 e 4,6; Ef. 1, 3-14.

3. Epist. ad Diognetum, c. VII, 4: Funk, Patres Apostolici, I, p. 403.

4. Conc. Vat. I, Const. dogmatica De fide catholica, Dei Filius, cap. 3: Denz. 1789 (3008).

5. Conc. Araus. II, can. 7: Denz, 180 (377); Conc. Vat. I, 1. c.: Denz. 1791 (3010).

6. Conc. Vat. I, Const. dogmatica De fide catholica, Dei Filius, cap. 2 Denz. 1786 (3005).

7. Ibid.: Denz. 1785 e 1786 (3004 e 3005).

Capítulo II

1. Cfr. Mt. 28, 19-20 e Mc. 16,15; Concilio Tridentino deer. De canonicis Scripturis: Denz. 783 (1501).

2. Cfr. Concílio Tridentino, I. c.; Concílio Vat I, sess. III, Const. dogmatica De fide catholica, Dei Filius, cap. 2. Denz. 1787 (3006).

3. S. Ireneu, Adv. Haer. III, 3, 1: PG 7, 848: Harvey, 2, p. 9.

4. Cfr. II Concílio Niceno, Denz. 303 (602); IV Concilio Constantinopolitano, sess. X, can. 1: Denz. 336 (650-652)

5. Cfr. Concílio Vat. I, Const. dogm. De fide catholica, Dei Filius, cap. 4: Denz. 1800 (3020).

6. Cfr. Concílio Tridentino, Decr. De canonicis scripturis: Denz. 783 (1501).

7. Cfr. Pio XII, Const. apost. Munificentissimus Deus, 1 nov. 1950: AAS 42 (1950) 756; eft. as palavras de S. Cipriano, Epist. 66,8: CSEL, 3,2, 733: «A Igreja e o povo unido ao sacerdote e o rebanho unido ao seu pastor».

8. Cfr. Concilio Vat. I, Const. dogmatica De fide catholica, Dei Filius, cap. 3: Denz. 1792 (3011).

9. Cfr. Pio XII, Enciclica Humani generis, 12 ago. 1950: AAS 42 (1950) 568-569: Denz. 2314 (3886).

Capítulo III

1. Cfr. Conc. Vat. I, Const. dogm. de fide cath., Dei Filius, cap. 2: Denz. 1787 (3006). Denz. da Comissão Biblica, 18 jun. 1915: Denz. 2180 (3629) ; EB 420. Santo Officio, Epist.; 22 dez. 1923: EB 499.

2. Cfr. Pio XII, Encíclica Divino afflante Spiritu, 30 set. 1944: AAS 35 (1943) 314; EB 556.

3. Em o por o homem: cfr. Hebr. 1,1 e 4,7 (Em); 2 Sam. 23,2; Mt. 1,22 e passim (por); Conc. Vat. I: schema de doctr. cath., nota 9: Coll. Lac. VII, 522.

(30)

5. Cfr. S. Agostinho, De Gen. ad Litt. 2, 9, 20: PL 34, 270-271; CSEL 28, 1, 46-47 e Epist. 82, 3:

PL 33, 277: CSEL 34, 2, p. 354.—S. Tomás, De Ver. q. 12, a. 2 c. —Conc. de Trento, decr. De canonicis Scripturis: Denz. 783(1501) —Ledo XIII, Enc. Providentissimus: EB 121, 124, 126- 127—Pio XII, Enc. Divino afflante Spiritu: EB 539.

6. S. Agostinho, De civ. Dei, XVII, 6, 2: PL 41, 537: CSEL XL 2, 228.

7. S. Agostinho, De doct. christ., III, 18, 26: PL 34, 75-76; CSEL 80, 95.

8. Pio XII, 1. c.: Denz. 2294 (3829-3830); EB 557-562.

9. Cfr. Bento XV, Enc. Spiritus Paraclitus, 15 set. 1920: EB 469.- S. Jerónimo, In Gal., 5, 19-21: PL 26, 417 A.

10. Cfr. Conc. Vat. I, Const. dogm. De fide catholica, Dei Filius, cap. 2: Denz. 1788 (3007).

11. S. João Crisóstomo, In Gen. 3,8 (hom. 17,1): PG 53, 134. «Acomodação», em grego synkatábasis.

Capítulo IV

1. Pio XI, Enc. Mit brennender Sorge, 14 mar. 1937: AAS 29 (1937) 151.

2. S. Agostinho, Quaest. in Hept. 2, 73: PL 34, 623.

3. S. Ireneu, Adv.: Haer. III, 21, 3: PG 7, 950: ( = 25, 1: Harvey 2, p. 115). S. Cirilo de Jerusalém,

Caech. 4, 35: PG 33, 497, Teodoro de Mopsuesta, In Soph. 1, 4-6: PG 66, 452 D-453 A.

Capítulo V

1. Cfr. S, Ireneu, Adv. Haer. III, 11, 8: PG. 7, 885; ed. Sagnard, p. 194. 2. Cfr. Jo. 14,26; 16,13,

3. Cfr. Jo. 2,22; 12,16; eft. 14,26; 16, 12-13; 7,39.

4. Cfr. Instrução Sancta Mater Ecclesia, da Pontifícia Comisão Bíblica: AAS 56 (1964) 715.

Capítulo VI

1. Cfr. Pio XII, Enc. Divino afflante, 30. set. 1943: EB 551, 553, 567. — Pontifícia Comissão Bíblica, Instructio de S. Scriptura in Clericorum seminariis et Religiosorum Collegiis recte docenda, 13 maio 1950: AAS 42 (1950) 495-505.

2. Cfr. Pio XII, 1. c.: EB 569.

3. Cfr. Leão XIII, Enc. Providentissimus Deus: EB 114; Bento XV, Enc., Spiritus Paraclitus, 15. set. 1920: EB 483.

4. S. Agostinho, Serm. 179, 1: PL 38, 966.

5. S. Jerónimo, Comm. in Is. Prol.: PL 24, 17. — Cfr. Bento XV, Enc. Spiritus Paraclitus: EB 475-480; Pio XII, Enc. Divino afflante: EB 544.

6. S. Ambrósio, De officiis ministrorum I, 20, 88: PL 16, 50.

(31)

REFERÊNCIAS CONSULTADAS

ANTONIAZZI, A. ABC da Bíblia. 1° ed; Belo Horizonte. Editora Paulus, 2021. BIANCO, E. Lectio Diva: Encontrar Deus na sua Palavra. São Paulo. Editora Salesiana, 2009.

PAULO VI, P. Constituição Dogmática Dei Verbum Sobre a Revelação Divina. 1965. Disponível em:

<https://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_const_19651118_dei-verbum_po.html>. Acesso em: 31 de ago. de 2021.

SARMENTO, F. J. M. Minidicioário Compacto Bíblico. 3° ed; São Paulo. Editora Rideel, 2001.

STORNIOLO. I; BALANCIN, E. M. Conheça a Bíblia, 1° ed; São Paulo. Editora Paulus, 2021.

TEMPESTA, D. O. J. A Lectio Divina. 2010. Disponível em:

Referências

Documentos relacionados

A presença do “Consolador” não se verificou no dia de Pentecostes, porquanto a expressão grega “tò pneuma tò hágion” (“o Espírito Santo”) não é

Na Figura 19 estão apresentados os espectros de espalhamento de luz que foram obtidos das soluções de IgG (0,3 μM) antes da adição de porfirina e após a obtenção da

O município de São João da Barra, na região Norte do Estado do Rio de Janeiro, Brasil, passa atualmente por um processo de apropriação do seu espaço por um ator que, seja pelo

também um padrinho e uma madrinha 10 ” (DDS 16), que deve estar presente no momento da celebração do sacramento, não admitindo-se procuradores para essa finalidade (DDS 17). O Cân

A proposta é desenvolver um processo de Educação Ambiental através desses Clubes utilizando kits para o controle da qualidade da água que possibilitam o desenvolvimento de

Por isso, quando a quantidade de Oxigênio Dissolvido na água diminui, os peixes não conseguem compensar esta.. Diminuição, ficando prejudicados e,

(a) Os 15 ECTS poderão ser realizados em outros cursos do Instituto Superior de Engenharia, em outras Unidades Orgânicas da Universidade do Algarve ou em outras instituições

10 14h às 17h Animação Bíblico-Catequética Reunião Setorial Catequese Subsetor III Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Piraquara... Senhor Bom Jesus - Mandirituba