DECRETO Nº.92/A De 22 de abril de 2009.
Institui e regulamenta o serviço de voluntários no âmbito do Poder Executivo e dá outras providencias.
O PREFEITO MUNICIPAL DE TANQUINHO, ESTADO DA BAHIA, no uso das atribuições legais, tendo em vista a Lei no. 9.608, de 18 de fevereiro de 1998 e considerando:
A possibilidade de cooperação voluntária de pessoas físicas junto a instituições públicas e considerando a importância da atuação ministerial em defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, o que mostra a conveniência de se instituir no âmbito do Poder Executivo o serviço voluntário,
DECRETA:
Art. 1º - Fica instituído, no âmbito do Poder Executivo, Serviço Voluntário do Município de Tanquinho.
Art. 2º - É serviço voluntário a atividade não remunerada, prestada por pessoa física, com objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, sem vinculo empregatício, funcional ou qualquer obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou afim.
Parágrafo Único - Para o prestador do serviço voluntário nos moldes deste Decreto não haverá remuneração pelo desempenho das atividades desenvolvidas, mas poderá haver ressarcimento pelas despesas comprovadamente realizadas no seu exercício, desde que expressamente autorizadas pelo Chefe do Poder.
Art. 3º Poderá ser admitido como prestador de serviço voluntário qualquer cidadão que atenda as seguintes exigências:
I - idade mínima de dezoito anos;
II - prova de estar em dia com as obrigações concernentes ao serviço militar, em caso de candidato do sexo masculino;
III - prova de ter cumprido com seus deveres eleitorais.
Parágrafo único - As vagas, abertas mediante Edital do Chefe do Poder, poderão ser preenchidas por pessoas de qualquer nível de escolaridade ou qualquer área de interesse, desde que exista necessidade em áreas de atuação que absorvam o serviço voluntário.
Art. 4º - A inscrição dos interessados a prestação de serviço voluntário será realizada nos termos de Edital do Chefe do Poder, mediante apresentação da seguinte documentação:
a) cópias da Carteira de Identidade e do Cadastro de Pessoa Física;
b) duas foto 3x4;
c) comprovante de residência;
d) currículo resumido.
§1º - Não será admitida nova inscrição de prestador de serviço voluntário desligado anteriormente por violação das proibições e deveres definidos neste Decreto.
§2º - A seleção para preenchimento das vagas será mediante analise curricular e entrevista dos inscritos.
Art. 5º - Antes do inicio das atividades deverá ser celebrado Termo de Adesão entre o Município e o interessado em prestar serviço voluntário, conforme anexo I, deste Decreto, do qual constarão as tarefas especificas do prestador de serviço voluntário e, ainda, as vedações e deveres inerentes ao serviço voluntário, bem como as obrigações do Município.
§ 1º - O Termo poderá ser alterado pelas partes, de comum acordo, devendo ser celebrado aditivo, ou ser rescindido unilateralmente por comunicação escrita, independentemente de motivação, a qualquer tempo, sendo tanto a designação como a dispensa do prestador de serviço voluntário, publicadas em meio oficial de publicação.
§2º - A prestação de serviço voluntário terá duração de um ano, podendo ser prorrogada, por igual período, mediante termo aditivo.
§3º - Os dias e horários da prestação do serviço voluntário constarão no Termo de Adesão e serão ajustados entre as partes envolvidas.
Art. 6º - Ao termino do prestação do Serviço Voluntário será emitido o certificado que comprove o exercício de serviço voluntário, no qual constará a unidade onde o serviço voluntário foi prestado, bem como o período e a carga horária cumprida pelo prestador voluntário.
Art. 7º - O Município oferecerá as condições necessárias para o desempenho das atribuições especificas do prestador do serviço voluntário.
Art. 8º - Compete ao Controle Interno do Município supervisionar, avaliar, controlar, acompanhar e certificar os serviços realizados pelo voluntário.
Art. 9º - Ao prestador de serviço voluntário e vedado:
I - praticar atos privativos de membros ou servidores do Poder Executivo Publico;
II - identificar-se, invocando sua qualidade de prestador de serviço voluntário, quando não estiver no pleno exercício das atividades voluntárias desenvolvidas;
III - receber, a qualquer titulo, remuneração pela prestação do serviço voluntário.
Art. 10 – São deveres do prestador de serviço voluntário, dentre outros, sob pena de rescisão do Termo:
I - manter comportamento compatível com o decoro;
II- zelar pela dignidade de seu trabalho;
III - guardar sigilo sobre assuntos relativos as atividades desenvolvidas nos casos necessários;
IV - observar a assiduidade no desempenho das suas atividades, atuando com presteza nos trabalhos de sua incumbência;
V - usar traje adequado ao local em que esteja trabalhando;
VI - identificar-se nas instalações de trabalho ou externamente, quando a serviço;
VII - tratar com urbanidade os servidores municipais e pessoas com as quais se relacione no desempenho das tarefas que lhe forem designadas;
VIII - executar as atribuições constantes do Termo de Adesão, sob orientação e supervisão de membro ou servidor da unidade administrativa a qual esteja subordinado;
IX - respeitar as normas legais e regulamentares, devendo cientificar-se do conteúdo da legislação especifica sobre o serviço voluntário
X - justificar as ausências nos dias e horários determinados para o serviço voluntário;
XI - reparar danos que causar a Administração ou a terceiros, decorrentes de culpa ou dolo, quando no desempenho do serviço voluntário.
Parágrafo único - Ao assinar o Termo de Adesão o prestador estará, concomitantemente, declarando estar ciente da legislação especifica sobre o Serviço Voluntário e aceitando atuar como voluntário nos moldes do presente Decreto.
Art. 11 - O prestador de serviço voluntário e responsável por todos os atos que praticar no exercício de suas atribuições, respondendo civil e penalmente pelo exercício irregular delas.
Art. 12 – Os casos omissos serão decididos pelo Controle Interno do Município que poderá baixar atos normativos complementares sobre o serviço voluntário.
Art. 13 – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Gabinete do Prefeito Municipal, Tanquinho, 22 de abril de 2009.
JORGE FLAMARION RAMOS DE SOUZA PREFEITO MUNICIPAL
ANEXO I
TERMO DE ADESÃO AO SERVIÇO VOLUNTÁRIO
O MUNICÍPIO DE TANQUINHO, Estado da Bahia, CNPJ nº 13.627.997/0001-56, com sede na Praça Aldo de Lima, 42 , Centro, Tanquinho/Ba., por seu representante legal e Maricélia Ramos de Souza, CPF nº 196.916.455/72, CI nº 0155912801 residente e domiciliado no endereço: Rua Manoel Cordeiro, 49 – Tanquinho - Bahia, aqui denominado PRESTADOR DO SERVIÇO VOLUNTÁRIO, resolvem firmar o resenteinstrumento, denominado Termo de Adesão ao Serviço Voluntário, para os fins previstos na Lei no. 9.608, de 18 de fevereiro de 1998 e no Decreto nº 92/A de 22 de abril de 2009, tendo acordado o que segue:
Cláusula Primeira - Do Objeto.
O serviço voluntário será exercido pelo prestador junto ao MUNICÍPIO de TANQUINHO, ESTADO DA BAHIA, sem vinculo empregatício, funcional ou qualquer obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou afim, nos seguintes termos:
I - Trabalho voluntário junto ao Gabinete do Prefeito.
II - Tarefas especificas relacionadas a elaboração de projetos, execução de ações e atividades, bem como organização de eventos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social.
III - Período de atividade diária, de segunda a sexta-feira, no horário de funcionamento do órgão em que estiver vinculado.
Cláusula Segunda - Das Obrigações, deveres e vedações.
As obrigações, deveres e vedações do Município e do Prestador de Serviço Voluntário estão discriminadas no Decreto nº. 92/A de 22 de abril de 2009.
Cláusula Terceira - Da Vigência e da Prorrogação
O presente Termo terá vigência no período de 22/ 04/2009 a 22/ 04/2010, podendo ser prorrogada, por igual período.
Cláusula Quarta - Da Rescisão
A rescisão deste Termo poderá ocorrer por ato unilateral e escrito de qualquer das partes, a qualquer momento, independente de motivação.
Cláusula Quinta - Do Foro e da Publicação
Para dirimir quaisquer dúvidas em virtude deste Termo, as partes elegem o Foro da cidade de Tanquinho – Ba, com a exclusão de qualquer outro, devendo ser publicada a Portaria de designação e de dispensa do prestador de serviço voluntário no meio oficial de publicação.
Tanquinho, 22 de abril de 2009.
JORGE FLAMARION RAMOS DE SOUZA PREFEITO MUNICIPAL
PRESTADOR DO SERVIÇO VOLUNTÁRIO
