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MAKELY APARECIDA RODRIGUES BABORA

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APOSENTADORIA POR IDADE: TRABALHADOR RURAL

CUIABÁ 2018

MAKELY APARECIDA RODRIGUES BABORA

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MAKELY APARECIDA RODRIGUES BABORA

APOSENTADORIA POR IDADE: TRABALHADOR RURAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Instituição de Ensino Superior Universidade de Cuiabá – UNIC, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em curso de Direito

Orientador: Me. João Rafael Soares Da Silva.

CUIABÁ 2018

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MAKELY APARECIDA RODRIGUES BABORA

APOSENTADORIA POR IDADE: TRABALHADOR RURAL

Projeto apresentado ao Curso de Direito da Instituição de Ensino Superior Universidade de Cuiabá - UNIC.

Orientador: Me. João Rafael Soares Da Silva.

BANCA EXAMINADORA

Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

Cuiabá/MT, 30 de maio de 2018.

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BABORA, Makely Aparecida Rodrigues. Aposentadoria por idade trabalhador rural. 2017. 68. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Direito) – Instituição de Ensino Superior Universidade de Cuiabá - UNIC, Cuiabá, 2018.

RESUMO

A presente monografia possui a finalidade em tratar sobre a aposentadoria por idade do trabalhador rural, conforme determina as leis que a regem. Com as dificuldades que o trabalhador rural veio enfrentando no decorrer dos anos para ter seus direitos iguais dos trabalhadores urbanos, portanto, assim com a promulgação da Constituição Federal de 1988, o trabalhador rural passou a ter os mesmos direitos que o trabalhador urbano qual passou a ter direito a aposentadoria por idade. Mas, o trabalhador rural deverá preencher alguns requisitos, entre eles exercer atividade rural em regime de economia familiar e possuir a idade de 60 (sessenta) anos se homem e 55 (cinquenta e cinco) se mulher. Portanto, ao requerer o benefício de aposentadoria por idade trabalhador rural, cabe ao benefício requerer primeiramente por via administrativa (INSS), e após o seu indeferimento postular junto ao Poder Judiciário. A monografia será desenvolvida por estudo bibliográfico, doutrinários, e entendimentos jurisprudenciais. Por fim trata sobre quem são as pessoas impedidas, suspeitas e incapazes de depor como testemunha.

Palavras-chave: Previdenciário; Aposentadoria por idade; Trabalhador Rural.

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BABORA, Makely Aparecida Rodrigues. Retirement by age rural worker. 2017. 68.

Graduation in Law - University of Cuiabá - UNIC, Cuiabá, 2018.

ABSTRACT

The present monograph has the purpose to deal with the retirement by age of the rural worker, as determined by the laws that govern it. With the difficulties that the rural worker faced in the course of the years to have equal rights of the urban workers, therefore, with the promulgation of the Federal Constitution of 1988, the rural worker had the same rights as the urban worker who passed the have the right to retirement by age. However, the rural worker must fulfill some requirements, among them to practice rural activity in a family economy and to be 60 (sixty) if a man and 55 (fifty five) if a woman. Therefore, when applying for the benefit of retirement by age rural worker, it is up to the benefit to request first through administrative (INSS), and after its refusal to apply to the Judiciary. The monograph will be developed by bibliographical study, doctrine, and jurisprudential understandings.

Finally it is about who are the people that are prevented, suspected and incapable of testifying.

Key-words: Social security; Retirement by age; Rural worker.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 7

2 ORIGEM HISTÓRICA DO TRABALHADOR RURAL ... 8

3 OS BENEFICIÁRIOS ... 20

3.1 Dos segurados e dependentes ... 20

3.1.1 Dos segurados ... 20

3.1.2 Dependentes ... 21

3.2 Aquisição da qualidade de segurado: filiação e inscrição ... 22

3.2.1 Filiação ... 22

3.2.2 Inscrição ... 23

3.3 Do segurado especial ... 24

3.4 Da contribuição ... 29

3.5 Salário de benefício ... 30

3.6 Da renda mensal do beneficio ... 32

4 OS ASPECTOS GERAIS DO BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA POR IDADE . 33 4.1 Noções Introdutórias ... 33

4.2 Dos Requisitos ... 33

4.2.1 Idade ... 33

4.2.2 Carência ... 34

5 DA COMPROVAÇÃO DO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE RURAL ... 37

5.1 Da prova material ... 44

5.2 Prova testemunhal ... 48

6 DO PROCEDIMENTO PARA REQUERER O BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA POR IDADE AO TRABALHADOR RURAL ... 51

6.1 Da via adminstrativa ... 51

6.2 Da via judicial ... 53

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 56

REFERÊNCIAS ... 59

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1 INTRODUÇÃO

A presente monografia tem por finalidade demonstrar a importância da aposentadoria na vida de qualquer pessoa seja ela trabalhador urbano, anônimo, rural ou demais categorias. Nesse caso a monografia fará menção à aposentadoria por idade quando se tratar de trabalhador rural. O tema da referida monografia tem uma grande relevância social por entender de um assunto delicado e que muda a vida das pessoas.

Nesse contexto serão apresentados informações e detalhamentos de como a aposentadoria melhora a vida de milhares de pessoas no país. No qual sua principal propositura, e fazer então que todo ser humano como trabalhador rural tenha direito de viver uma vida futura tranquila e poder sossega depois de anos de contribuição e trabalho.

O que é aposentadoria por idade para o INSS? Quem é o trabalhador rural?

Qual a importância da aposentadoria na vida no trabalhador rural? Quais os requisitos necessários para ser considerado um trabalhador rural?

Irá analisar as dificuldades do trabalhador rural para conseguir sua aposentadoria por idade e no qual vamos demonstrar que prejudica sua vida. Desta forma, vamos discutir os seguintes objetivos específicos: descrever o trabalhador rural; definir os direitos dos trabalhadores rurais no Brasil; e compreender a importância da aposentadoria por idade para os trabalhadores.

Para tratar sobre o tema Aposentadoria por idade – trabalhador rural, a presente monografia será dividida em três capítulos. Sendo o primeiro elucidar sobre a origem histórica do trabalhador rural e dos beneficiários. No segundo capítulo será relatado sobre os aspectos gerais do benefício de aposentadoria por idade e da comprovação do exercício da atividade rural. E por fim no terceiro capítulo sobre o procedimento para requerer o benefício de aposentadoria por idade trabalhador rural.

Assim, o modo de abordagem da presente monografia será qualitativo com enfoque em coleta de dados, sem medição numérica, que foi identificado à natureza e do alcance do tema, com pesquisa bibliográfica e documental, por consultas a livros e sites que tragam informações e ainda com o apoio de jurisprudências e artigos publicados na internet.

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2 ORIGEM HISTÓRICA DO TRABALHADOR RURAL

Atualmente, o trabalhador rural seja segurado do Regime Geral da Previdência Social, com as Constituições os trabalhadores rurais foram conquistando seus direitos, assim como sua aposentadoria por idade.

Com o Decreto nº 4.682, de 24.01.1923, publicado em 28.01.1923, a Lei Eloy Chaves, foi considerada o marco do nascimento da previdência social no Brasil, no qual teve destino a proteger a categoria dos ferroviários.

Depois de criadas as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP) e, logo também quando criou os Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAP), no qual teve a proteção previdenciária para algumas categorias, como industriários, bancários.

A Constituição Federal de 1934, seu art. 121, § 1º, h, da CF de 1934, criou:

assistência médica e sanitária ao trabalhador e à gestante, e assegurou o descanso antes e depois do parto, sem prejuízo do salário e do emprego, e institui a previdência, com mediante contribuição igual da União, do empregador e do empregado, a favor da velhice, da invalidez, também da maternidade e nas situações de acidentes de trabalho ou de morte.

A proteção previdenciária a favor da velhice, da invalidez, da maternidade e situações de acidente do trabalho ou morte, qual possuía destino com os trabalhadores urbanos empregados, uma vez que a CF se referiu ao custeio com contribuição da União, do empregador e do empregado.

Com a Constituição Federal de 1937, nada modificou a situações os trabalhadores rurais. Somente o art. 137, m, determinou a instituição de seguros de velhice, de invalidez, devida e para os casos de acidentes do trabalho, e não determinou para os trabalhadores rurais.

A Constituição Federal de 1946 produziu a proteção previdenciária e permaneceu coma garantida somente para aos trabalhadores urbanos empregados.

Assim trata o art. 157, XVI:

Art. 157. A legislação do trabalho e a da previdência social obedecerão nos seguintes preceitos, além de outros que visem à melhoria da condição dos trabalhadores:

XVI — previdência, mediante contribuição da União, do empregador e do empregado, em favor da maternidade e contra as consequências da doença, da velhice, da invalidez e da morte1;

_____________________

1BRASIL. Artigo 157. Constituição Federal, 1946.

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Conforme determina o artigo acima citado, com as mudanças da Constituição Federal de 1946 somente introduziu garantias para os trabalhadores urbanos empregados, no qual tratou a favor da maternidade e contra as consequências que trata de doença, velhice, invalidez e morte.

Portanto, o trabalhador urbano era custeado diante da contribuição a União, do empregador e do empregado, com a proteção previdenciária que destina somente a à maternidade, à doença, à velhice, à invalidez e à morte.

E na vigência da Constituição Federal de 1946, que foi publicada a Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS). E após foi alterada pelas Leis nº 5.890/73 e 6.887/80, sendo que, a LOPS eliminou os trabalhadores rurais da proteção previdenciária.

A Lei nº 4.214, de 02.03.1963 (Estatuto do Trabalhador Rural), no qual foi editado no governo de João Goulart, é resultou as pressões realizadas nas Ligas Camponesas, para ter melhorias nas condições de trabalho, e com a reforma agrária.

Com o Estatuto instituiu o Fundo de Assistência e Previdência do Trabalhador Rural (FUNRURAL), no qual foi coberta previdenciária e fonte de custeio, assim tratou o art. 158:

Art. 158. Fica criado o ―Fundo de Assistência e Previdência do Trabalhador Rural‖, que se constituirá de 1% (um por cento) do valor dos produtos agropecuários colocados e que deverá ser recolhido pelo produtor, quando da primeira operação ao Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários, mediante guia própria, até quinze dias daquela colocação.

§ 1º Na hipótese de estabelecimento fabril que utilize matéria-prima de sua produção agropecuária, a arrecadação se constituirá de 1% (um por cento) sobre o valor da matéria-prima própria, que for utilizada.

§ 2º Nenhuma empresa, pública ou privada, rodoviária, ferroviária, marítima ou aérea, poderá transportar qualquer produto agropecuário, sem que comprove, mediante apresentação de guia de recolhimento, o cumprimento do estabelecido neste artigo2.

Art. 159. Fica o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários — IAPI, encarregado, durante o prazo de cinco anos, da arrecadação do Fundo a que se refere o artigo anterior, diretamente, ou mediante Convênio com entidades públicas ou particulares, bem assim incumbido da prestação dos benefícios estabelecidos nesta lei ao trabalhador rural e seus dependentes, indenizando-se das despesas que forem realizadas com essa finalidade.

_____________________

2BRASIL. Artigo 158. Lei Complementar nº 11,1971.

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Parágrafo único. A escrituração do Fundo referido no artigo anterior será inteiramente distinta na contabilidade do IAPI e sua receita será depositada no Banco do Brasil S.A., sob o título ―Fundo de Assistência e Previdência do Trabalhador Rural‖, à ordem do IAPI3.

No entanto, como elucida os artigos supracitado o FUNRURAL foi instituído para servir da contribuição a ser pagar pelo produtor rural, sob o valor de 1%

referente aos produtos agropecuários vendidos.

Tratando de estabelecimento fabril que utiliza a matéria-prima da produção agropecuária, acertava a contribuição de 1% sobre o valor da matéria-prima própria.

Coma a arrecadação da contribuição, que era realizada pelo Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI), e a lei determinou a competência para a concessão dos benefícios previdenciários ao trabalhador rural e seus dependentes.

Os artigos 160 e 161, do Estatuto do Trabalhador Rural asseguraram os segurados do FUNRURAL:

Art. 160. São obrigatoriamente segurados: os trabalhadores rurais, os colonos ou parceiros, bem como os pequenos proprietários rurais, empreiteiros, tarefeiros e as pessoas físicas que explorem as atividades previstas no art. 30 desta lei, estes com menos de cinco empregados a seu Serviço4.

Art. 161. Os proprietários em geral, os arrendatários, demais empregados rurais não previstos no artigo anterior, bem como os titulares de firma individual, diretores, sócios, gerentes, sócios solidários, sócios quotistas, cuja idade seja, no ato da Inscrição até cinquenta anos, poderão, se o requererem, tornar-se contribuinte facultativo do IAPI.

§ 1º A contribuição dos segurados referidos neste artigo será feita à base de 8% (oito por cento) sobre um mínimo de três e um máximo de cinco vezes o salário mínimo vigorante na região.

§ 2º Os segurados referidos neste artigo e seus dependentes gozarão de todos os benefícios atribuídos ao segurado rural e dependente rural5.

Para tanto, com a Lei do FUNRURAL, os trabalhadores rurais passaram a serem segurados obrigatórios pela lei que o elegeu, assim como os colonos ou parceiros, bem como os pequenos proprietários rurais, os empreiteiros, os tarefeiros e as pessoas físicas que explorarem as atividades com trabalhadores que _____________________

3BRASIL. Artigo 159. Lei Complementar nº 11,1971.

4BRASIL. Artigo 160. Lei no 4.214,1963.

5BRASIL. Artigo 161. Lei no 4.214,1963.

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residissem sozinhos ou com sua família em moradia fornecida pelo empregador, desde que em número inferior a cinco.

E os segurados facultativos, o Estatuto estabeleceu o ingresso dos arrendatários, dos demais empregados rurais que não consistir em segurados obrigatórios, assim como os titulares de firma individual, os diretores, os sócios, os gerentes, os sócios solidários, os sócios quotistas, desde que tivessem até 50 (cinquenta) anos deidade no ato da inscrição. No qual, a contribuição dos segurados fora determinada em 8% (oito por cento) sobre um mínimo de 3 (três)e um máximo de 5 (cinco) vezes o salário mínimo regional.

Sobre o direito dos dependentes o art. 162 estabeleceu:

Art. 162. São dependentes do segurado, para os fins desta lei:

I — a esposa, o marido inválido, os filhos de qualquer condição quando inválidos ou menores de dezoito anos, as filhas solteiras de qualquer condição, quando inválidas ou menores de vinte e um anos;

II — o pai inválido e a mãe;

III — os irmãos inválidos ou menores de dezoito anos e as irmãs solteiras, quando inválidas ou menores de vinte e um anos.

§ 1º O segurado poderá designar para fins de percepção de prestações, qualquer pessoa que viva sob sua dependência econômica.

§ 2º A pessoa designada apenas fará jus à prestação na falta dos dependentes enumerados no item I deste artigo, e se, por motivo de idade, condição de saúde e encargos domésticos, não puder angariar os meios para seu sustento6.

O artigo 162 determinou o direito dos dependentes, cabendo a esposa, o esposo inválido, os filhos que são menores de dezoito anos, as filhas solteiras invalidas ou menores de vinte e um anos, o pai inválido e a mãe, assim como os irmãos inválidos ou menos de dezoito anos e as irmãs solteiras invalidas ou menores de vinte e um anos, assim, também como tratou sobre qualquer pessoa que possua sua dependência econômica.

E diante dos benefícios, garantiu o Estatuto:

Art. 164. O IAPI prestará aos segurados rurais ou dependentes rurais, entre outros, os seguintes serviços:

a) assistência à maternidade;

b) auxílio-doença;

c) aposentadoria por invalidez ou velhice;

d) pensão aos beneficiários em caso de morte;

e) assistência médica;

§ 1º Os benefícios correspondentes aos itens ―b‖ e ―c‖ são privativos do

_____________________

6BRASIL. Artigo 162. Lei no 4.214, 1963.

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segurado rural7.

Assim como a legislação garantiu os direitos dos dependentes também, garantiu o Estatuto quais os direitos que possuem os benefícios estabeleceu são eles, assistência à maternidade; auxílio-doença; aposentadoria por invalidez ou velhice; pensão aos beneficiários em caso de morte e assistência médica.

A Constituição Federal de 1967, não modificou os direitos dos trabalhadores rurais, no qual garantiu somente aos trabalhadores urbanos, em seu artigo 158:

Art. 158. A Constituição assegura aos trabalhadores os seguintes direitos, além de outros que, nos termos da lei, visem à melhoria, de sua condição social:

XVI — previdência social, mediante contribuição da União, do empregador e do empregado, para seguro-desemprego, proteção da maternidade e, nos casos de doença, velhice, invalidez e morte8;

As alterações que foram feitas pela tal Constituição tratou sobre a contribuição da União, do empregador e do empregado, sobre o seguro desemprego, a proteção do salário maternidade, e nas situações de doença, velhice, invalidez e morte.

Já a Emenda Constitucional nº 1/69, em seu artigo 165, inciso XVI, diz que:

Art. 165. A Constituição assegura aos trabalhadores os seguintes direitos, além de outros que, nos termos da lei, visem à melhoria de sua condição social:

XVI — previdência social nos casos de doença, velhice, invalidez e morte, seguro-desemprego, seguro contra acidentes do trabalho e proteção da maternidade, mediante contribuição da União, do empregador e do empregado9;

Sobre as modificações da Emenda Constitucional nº 1/69, não teve alterações de alcance aos trabalhadores rurais, no qual prevaleceu a Previdência Social determinou somente aos trabalhadores urbanos, em seu artigo 165, XVI, acima citado.

Mas, o Estatuto do Trabalhador Rural foi alterado pelo Decreto-lei nº 276, de 28.02.1967, no qual passou o art. 158 tratar de:

_____________________

7BRASIL. Artigo 164. Lei no 4.214, 1963.

8BRASIL. Artigo 158. Constituição Federal, 1967.

9BRASIL. Artigo 165. Emenda Constitucional nº 1/1969, 1969.

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Art. 158. Fica criado o Fundo de Assistência e Previdência ao Trabalhador Rural (FUNRURAL), destinado ao custeio da prestação de assistência médico-social ao trabalhador rural e seus dependentes, e que será constituído:

I — da contribuição de 1% (um por cento), devida pelo produtor sobre o valor comercial dos produtos rurais, e recolhida:

a) pelo adquirente ou consignatário, que fica sub-rogado, para esse fim, em todas as obrigações do produtor;

b) diretamente pelo produtor, quando ele próprio industrializar os produtos;

II — da contribuição a que se refere o art. 117, item II, da Lei número4.504, de 30 de novembro de 1964;

III — dos juros de mora a que se refere o § 3º;

IV — das multas aplicadas pela falta de recolhimento das contribuições devidas, no prazo previsto no § 3º, na forma que o regulamento dispuser:

§ 1º Entende-se como produto rural o que provém da lavoura, da pecuária e da atividade extrativa em fonte vegetal ou animal.

§ 2º A contribuição de que trata o item I deste artigo incidirá somente sobre uma transferência da mercadoria e recairá sobre o valor dos produtos em natureza, já beneficiados, em estado de entrega ao mercado consumidor ou de transformação industrial.

§ 3º As contribuições devidas ao FUNRURAL deverão ser recolhidas até o último dia do mês subsequente àquele a que se refiram, incorrendo as que forem recolhidas fora desse prazo em multa de 10% (dez por cento) e juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, sem prejuízo das demais sanções fiscais previstas em lei10.

E com a alteração do artigo acima citado foi importante, pois, garantiu somente à assistência médico-social ao trabalhador rural e seus dependentes, através do art. 2º do Decreto-lei nº 276/67:

Art. 2º A prestação de assistência médico-social ao trabalhador rural e seus dependentes far-se-á na medida das possibilidades financeiras do FUNRURAL e consistirá em:

a) assistência médico-cirúrgica-hospitalar-ambulatorial;

b) assistência à maternidade, por ocasião do parto;

c) assistência social11.

A alteração que ocorreu, prejudicou o trabalhador rural, tendo em vista que a proteção ficou restrita à assistência médico-social e, assim mesmo com as devidas possibilidades financeiras do FUNRURAL.

O Decreto-lei nº 276/67 (art. 3º), passou a cobrar o recolhimento da contribuição, assim como da administração do FUNRURAL, e foi transferido para o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), criado em 1966.

Diante do Decreto-lei nº 564, de 01.05.1969, que foi estabelecido pela Previdência Social e aos empregados e seus dependentes, que não são abrangidos _____________________

10BRASIL. Artigo 158. Decreto-Lei nº 276, 1967.

11BRASIL. Artigo 2º. Lei Complementar nº 11, 1971.

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pelo sistema geral da LOPS, foram designados pelo Plano Básico de Previdência Social.

No qual, os segurados obrigatórios do Plano Básico os empregados e os trabalhadores avulsos do setor rural da agroindústria canavieira e das empresas de outras atividades que, pelo seu nível de organização, deveriam ser inclusos (art. 2º, I e II).

No entanto, com o Decreto-lei nº 564/69 somente considerou os trabalhadores rurais empregados e trabalhadores avulsos do setor rural da agroindústria canavieira, que permanecendo os demais rurícolas fora do regime previdenciário, inclusive do Plano Básico.

Sendo que, o custeio do Plano Básico, ocorria diante das contribuições do segurado, da empresa e da União. Sendo que, o caberia ao segurado a contribuir à alíquota de 4 a 6% do salário mínimo regional, conforme Decreto do Presidente da República.

No entanto, caberia à empresa pagar duas contribuições: a) na quantia igual à soma das contribuições dos seus empregados e dos trabalhadores avulsos que lhe prestadas em serviços, ainda que por intermédio de terceiro; b) 2% do salário mínimo regional por empregado, para custeio das prestações decorrentes de acidente do trabalho.

Decreto-lei nº 764, de 24.07.1969, foi incluso no rol dos segurados obrigatórios do Plano Básico de Previdência Social os empregados do setor agrário de empresa agroindustrial, bem como os empregados das empresas produtoras e fornecedoras de produto agrário in natura, e os empreiteiros ou organização não constituídos sob a forma de empresa, que utilizassem mão de obra para produção e fornecimento de produto agrário in natura.

E quanto aos trabalhadores rurais, foram inclusos no rol dos segurados obrigatórios do Plano Básico, que passou a contar o período de contribuição, inclusive para efeito de carência.

Com o Decreto nº 65.106, de 05.09.1969, aprovou o Regulamento da Previdência Social Rural.

A Lei Complementar nº 11, de 25.05.1971estabeleceu o Programa de Assistência ao Trabalhador Rural (PRORURAL) e eliminou o Plano Básico da Previdência Social, que foi estabelecido pelo Decreto-lei nº 564/69.

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Mas, o sistema de proteção ao trabalhador rural foi concretizado com a Lei Complementar 11/71. No qual, o FUNRURAL, foi subordinado ao Ministro do Trabalho e Previdência Social, a execução do PRORURAL. E a lei complementar deu ao FUNRURAL personalidade jurídica de natureza autárquica.

Assim com a lei do PRORURAL, no qual determinou benefícios aos trabalhadores rurais e seus dependentes assim o definiram em seu artigo 3º:

Art. 3º São beneficiários do Programa de Assistência instituído nesta Lei Complementar o trabalhador rural e seus dependentes.

§ 1º Considera-se trabalhador rural, para os efeitos desta Lei Complementar:

a) a pessoa física que presta serviços de natureza rural a empregador, mediante remuneração de qualquer espécie.

b) o produtor, proprietário ou não, que sem empregado, trabalhe na atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, assim entendido o trabalho dos membros da família indispensável à própria subsistência e exercido em condições de mútua dependência e colaboração.

§ 2º Considera-se dependente o definido como tal na Lei Orgânica da Previdência Social e legislação posterior em relação aos segurados do Sistema Geral de Previdência Social12.

Entretanto, o trabalhador rural permaneceu fora do regime previdenciário instituído pela LOPS e incidiu apenas na proteção garantida pelo PRORURAL.

O PRORURAL garantiu alguns benefícios entre eles:

Art. 2º.O Programa de Assistência ao Trabalhador Rural consistirá na prestação dos seguintes benefícios:

I — aposentadoria por velhice;

II — aposentadoria por invalidez;

III — pensão;

IV — auxílio-funeral;

V — serviço de saúde;

VI — serviço de social13.

A aposentadoria por velhice caberia ao trabalhador rural com 65 anos de idade ou mais, e tinha renda mensal de 50% do salário mínimo de maior valor no país. E a aposentadoria por invalidez possuía uma renda mensal de 50% do maior salário mínimo vigente no país, no qual e carecida ao trabalhador vítima de enfermidade ou lesão orgânica, total e definitivamente incapaz para o trabalho.

_____________________

12BRASIL. Artigo 3º. Decreto-Lei nº 276, 1967.

13BRASIL. Artigo 2º. Decreto-Lei nº 276, 1967.

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E quanto à pensão por morte era imposta aos dependentes do trabalhador rural, com renda mensal de 30% do salário mínimo de maior valor no País. E o auxílio-funeral, no valor de um salário mínimo regional, por morte do trabalhador rural chefe da unidade familiar ou seus dependentes, era pago a quem comprovasse somente o sepultamento.

A Lei Complementar nº 11/71, do PRORURAL em seu art. 15 era custeado:

Art. 15. Os recursos para o custeio do Programa de Assistência ao Trabalhador Rural provirão das seguintes fontes:

I — da contribuição de 2% (dois por cento) devida pelo produtor sobre o valor comercial dos produtos rurais, e recolhida:

a) pelo adquirente, consignatário ou cooperativa que ficam sub-rogados, para esse fim, em todas as obrigações do produtor;

b) pelo produtor, quando ele próprio industrializar seus produtos vendê-los, no varejo, diretamente ao consumidor.

II — da contribuição de que trata o art. 3º do Decreto-lei n. 1.146, de 31 de dezembro de 1970, a qual fica elevada para 2,6% (dois e seis décimos por cento), cabendo 2,4% (dois e quatro décimos por cento) ao FUNRURAL14.

Mas, com a Lei Complementar nº 16, de 30.10.1973, houve situações da LC 11/71 que sofreram alterações pela LC 16/73. E a principal alteração foi em seu art.

4º da LC 16:

Art. 4º Os empregados que prestam exclusivamente serviços de natureza rural às empresas agroindustriais e agro comerciais são considerados beneficiários do PRORURAL, ressalvado o disposto no parágrafo único deste artigo.

Parágrafo único. Aos empregados referidos neste artigo que, pelo menos, desde a data da Lei Complementar n. 11, de 25 de maio de 1971, vem sofrendo, em seus salários, o desconto da contribuição devida ao INPS é garantida a condição de segurados desse Instituto, não podendo ser dispensados senão por justa causa, devidamente comprovada em inquérito administrativo a cargo do Ministério do Trabalho e Previdência Social15.

Para tanto, os trabalhadores rurais empregados de empresas agro comerciais que proporcionassem serviços de exclusiva natureza rural, poderia ser beneficiários do PRORURAL.

E aqueles que já estavam contribuindo para o INPS, estavam segurados obrigatórios do Plano Básico de Previdência Social, que foi instituído elo Decreto-lei nº 564/69, e passou a ter garantia nas condições de segurados do INPS.

_____________________

14BRASIL. Artigo 15. Lei Complementar nº 11, 1971.

15BRASIL. Artigo 4º. Lei Complementar nº 16, 1973.

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A Lei nº 6.260, de 06.11.1975, determinou a proteção dos empregadores rurais e seus dependentes em seu artigo 1º:

Art. 1º São instituídos em favor dos empregadores rurais e seus dependentes os benefícios de Previdência e assistência social, na forma estabelecida nesta Lei.

§ 1º Considera-se empregador rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física, proprietário ou não, que, em estabelecimento rural ou prédio rústico, explore, com o concurso de empregados, em caráter permanente, diretamente ou através de prepostos, atividade agro econômica, assim entendidas as atividades agrícolas, pastoris, hortigranjeiras ou a indústria rural, bem como a extração de produtos primários, vegetais ou animais.

§ 3º Respeitada a situação dos empregadores rurais que, na data desta Lei, satisfaçam as condições estabelecidas no § 1º, não serão admitidos em seu regime os maiores de 60 anos que, após a sua vigência, se tornarem empregadores rurais por compra ou arrendamento16.

No qual, tal lei protegeu os empregadores rurais aposentadoria por invalidez e aposentadoria por velhice. Para os dependentes, pensão e auxílio funeral.

E diante do Decreto nº 77.077/76 (CLPS — 1ª edição), concretizou toda a legislação previdenciária que existia, mas mesmo assim os trabalhadores rurais permaneceram exclusos do regime previdenciário, assim tratou o artigo 3º:

Art. 3º São excluídos do regime desta Consolidação:

II — os trabalhadores rurais, assim definidos na forma da legislação própria.

Parágrafo único. É garantida a condição de segurado do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) ao empregado que presta exclusivamente serviços de natureza rural a empresa agroindustrial ou agro comercial e vem contribuindo para esse Instituto pelo menos desde a data da Lei Complementar nº 11, de 25 de maio de 197117.

A CLPS cobriu ao trabalhador rural empregado de empresa agroindustrial ou agro comercial, que permanecesse contribuindo para o INPS, na condição de ser segurado desse instituto, no qual foi reiterada a garantia dada pela Lei Complementar nº 16/73.

Mas, com o Decreto nº 89.312/84 (CLPS — 2ª edição), que passou a ter uma nova consolidação da legislação previdenciária, e foi realizada pela CLPS de 1984.

E assim mesmo, os trabalhadores rurícolas permaneceram excluídos do regime previdenciário e abrangidos pelo PRORURAL, em seu artigo 4º diz que: ―a previdência social urbana não abrange: II — o trabalhador e o empregador rurais‖.

_____________________

16BRASIL. Artigo 1º. Lei nº 6.260, 1975.

17BRASIL. Artigo 3º. Decreto nº 77.077, 1976.

(18)

Com a Constituição Federal de 1988, passou a proteger o regime geral da previdência social, e garantiram direitos tanto aos trabalhadores urbanos e rurais.

Para tanto, com a Constituição aderiu o sistema protetivo, que abrangeu a Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social, em seu art. 194, parágrafo único, II), que garantiu a uniformidade e equivalência de benefícios e serviços às populações urbanas e rurais.

E no art. 195, § 8º, que foi alterado pela EC 20/98, e determinou a proteção previdenciária para o segurado especial, e incluiu o garimpeiro do regime previdenciário do segurado especial.

A Lei nº 8.213, de 24.07.1991, estabeleceu a isonomia, com a finalidade da Seguridade Social, entre trabalhadores urbanos e rurais, o RGPS incidiu a contemplar benefícios e serviços para essas duas categorias de trabalhadores, na forma dos novos Planos de Benefícios e de Custeio da Previdência Social.

E o art. 11 da Lei nº 8.213/91 (repetido pelo art. 12 da Lei nº 8.212/91),algumas vezes foi alterado pela legislação posterior, ocasionou que o trabalhador rural para o rol de segurados obrigatórios do RGPS, eis a seguir:

Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:

I — como empregado:

a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;

V — como contribuinte individual:

a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área superiora 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4(quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§9º e 10 deste artigo;

(...)

f) o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o membro de conselho de administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, o sócio-gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural, e o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração;

g) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego;

VI — como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, serviço de natureza urbana ou rural definidos no Regulamento;

VII — como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de:

(19)

a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade:

1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais;

2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do caput do art. 2º da Lei n. 9.985, de 18 de julho de2000, e faça dessas atividades o principal meio de vida;

c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo.

§ 1º Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes.

§ 6º Para serem considerados segurados especiais, o cônjuge ou companheiro e os filhos maiores de 16 (dezesseis) anos ou os a estes equiparados deverão ter participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar.

§ 7º O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados contratados por prazo determinado ou de trabalhador de que trata a alínea g do inc. V do caput deste artigo, em épocas de safra, à razão de, no máximo, 120 (cento e vinte) pessoas/dia no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho18.

Diante da alteração do segurado como empregado cabe a presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, com subordinação e mediante remuneração, até mesmo como diretor empregado.

Na situação do contribuinte individual, a pessoa física sendo proprietária ou não, aquela que explora atividade agropecuária, com caráter permanente ou temporário, que possui área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos.

Também houve modificação como o segurado especial, na situação da pessoa física que reside no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural, que exerce individualmente ou em regime de economia familiar. E assim configura o segurado especial o produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explora atividade com até 4 (quatro) módulos fiscais.

_____________________

18BRASIL. Artigo 11. Lei nº 8.213, 1991.

(20)

3 OS BENEFICIÁRIOS

3.1 Dos segurados e dependentes

Conforme determina o RGPS, previsto no art. 12, inciso VII, da Lei nº 8.212/91, que houve algumas alterações e com as inserções com o advento da Lei nº 11.718/2008, que foi aplicada retroativa a nova regra possível benefício em prol dos segurados e dependentes.

Também houve alteração das regras dos segurado especial pela Lei nº 12.873, de 24 de outubro de 2013, fruto da Medida Provisória 619, de 06 de junho de 2013.

Para tanto, os segurados e dependentes são sujeitos ativos da relação jurídica, com objeto por recebimento da prestação da natureza previdenciária.

Mas, a distinção nas relações jurídicas que determina entre o segurado e a Previdência Social e entre dependente e Previdência Social.

No qual, a relação jurídica entre segurado e Previdência Social se começa com inscrição no sistema, e prorroga-se enquanto o segurado for filiado.

Já a relação jurídica entre dependente e Previdência Social somente constitui se não houver probabilidade de instalar a relação jurídica com o segurado, pois, no sistema previdenciário não possui qualquer hipótese de ser simultaneamente para segurado e dependente.

3.1.1 Dos segurados

Possui caráter contributivo para a Previdência Social, no ramo da seguridade social, no qual assegura ao seguro, no qual, possui a razão da denominação

―segurados‖.

Sendo que, os segurados são pessoas físicas que colaboram para o regime previdenciário e, possuem direitos a prestações (benefícios ou serviços) da natureza previdenciária. Para tanto, as pessoas físicas, estão assegurada na pela Previdência Social, e assim determina o artigo 11, da Lei nº 8.213/91.

O sujeito ativo da relação jurídica previdenciária ocorre quando, o objeto for o benefício ou serviço de natureza previdenciária.

(21)

Na relação jurídica de custeio, o segurado é sujeito passivo. Sendo que, o legislador criou tal situação com a intenção de proteger os segurados que trabalham, ou seja, a todos que contribuem de alguma maneira da atividade econômica ou social com o seu trabalho.

Para alguns, o PBPS estabeleceu a obrigatoriedade de terem cobertura previdenciária. Para outros, a mesma lei possibilitou a opção por terem ou não cobertura previdenciária, em razão de suas atividades ou da qualidade da pessoa.

3.1.2 Dependentes

Na situação de dependente, a inscrição irá ocorrer somente quando houver o requerimento administrativo do benefício previdenciário, assim determina o art. 17,

§1º da Lei nº 8.213/91 e o art. 22, do RPS, através de documentos que comprova o vinculo de dependência.

Conforme determina o art. 16, da Lei nº 8.213/91, que foi alterado pela Lei nº 13.135/2015, menciona que os dependentes são:

Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;

II - os pais;

III - o irmão de qualquer condição menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, nos termos do regulamento;

§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes.

§ 2º.O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento.

§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.

§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada19.

E os dependentes comprovando que o falecido possui a filiação ao RGPS como segurado especial, caberá ao Instituto Nacional de Seguro Social – INSS, _____________________

19BRASIL. Artigo 16. Lei nº 8.213, 1991.

(22)

efetuar a inscrição após a morte do segurado e realizar o pagamento da pensão aos dependentes.

Nos termos do art. 17, §2º da Lei nº 8.213/91, o cancelamento da inscrição do cônjuge se houver a separação judicial ou divorcio sem direito a alimentos, a certidão de casamento, certidão de óbito ou sentença judicial, transitada em julgado.

Portanto, tal parágrafo foi revogado pela Lei nº 13.135/2015, sendo tal parágrafo estava desatualizado, pois, não havia inscrição prévia a cancelar e incumbia ao dependente a realizar a inscrição quando fosse solicitar o requerimento do benefício.

3.2 Aquisição da qualidade de segurado: filiação e inscrição

3.2.1 Filiação

A filiação é uma relação jurídica, liga a pessoa natural à União, através da União através do Ministério da Previdência Social, assim como ao sistema do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, que inclui no Regime Geral de Previdência Social na condição de segurado social.

Desta maneira, a filiação acontece entre o segurado e o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, que constitui uma relação jurídica que decorre por direitos e obrigações por ambas as partes.

A RPS, em seu art. 20, define o vínculo que determina entre as pessoas que contribuem para a Previdência Social, que trata de direitos e obrigações; e que a nacionalidade do trabalhador não possui relevância diante da filiação, salvo com exceções legais.

A filiação é suma importância no RGPS, pois, com a filiação a pessoa natural passa a ter condição de segurado e possui a proteção previdenciária para si e seus dependentes.

O art. 120, do RPS, trata que, o reconhecimento da filiação e um direito do segurado em ter reconhecido, em qualquer tempo, assim as atividades que anteriormente foram exercidas ficam registrado no sistema.

E para aqueles trabalhadores celetistas, ocorre com a anotação do contrato de trabalho na CTPS, que o torna automaticamente filiados ao RGPS, ou seja,

(23)

quando a filiação não depende do ato formal entre a Previdência Social e o segurado.

A formalização a filiação ao RGPS, que pratica um ato formal, junto ao INSS.

Sendo que, o ato formal, se dá a apresentação do interessado ao INSS e denomina a inscrição. E decorrência da inscrição que ocorreu a filiação a Previdência Social segurados contribuintes individuais e os facultativos.

3.2.2 Inscrição

A inscrição é somente um cadastro do segurado ou do seu dependente no banco de dados da Previdência Social.

Conforme determina o art. 18, do RPS, estabelece que, a inscrição do segurado perante os efeitos da Previdência Social é o ato que o segurado é cadastrado no Regime Geral de Previdência Social, sendo comprovar os dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis a sua caracterização.

Quando a inscrição e realizada, ela fica no Cadastro Nacional de Informação – CNIS, no qual fica no sistema responsável pelo controle das informações de todos os segurados e contribuintes da Previdência Social, que foi criado em 1989.

Sobre a filiação do segurado especial, o art. 17, § 4º, da Lei nº 8.213/91, com a redação dada pela Lei nº 11.718/2008, determina que:

Art. 17. O Regulamento disciplinará a forma de inscrição do segurado e dos dependentes.

§ 4o A inscrição do segurado especial será feita de forma a vinculá-lo ao respectivo grupo familiar e conterá, além das informações pessoais, a identificação da propriedade em que desenvolve a atividade e a que título, se nela reside ou o Município onde reside e, quando for o caso, a identificação e inscrição da pessoa responsável pelo grupo familiar20.

Portanto, ao ser feita a inscrição, ao grupo familiar do segurado especial será imposta número de Cadastro Específico do INSS (CEI), no qual sua finalidade e recolhimento das contribuições previdenciárias (§ 6º).

Na situação do segurado especial, a inscrição é realizada de maneira que vincula o seu grupo familiar e precisa conter, as informações pessoais, a identificação da propriedade em que desenvolve a atividade e a que título, que _____________________

20BRASIL. Artigo 17, §4º. Lei nº 8.213, 1991.

(24)

reside ou o município que reside, e no caso de identificar a inscrição da pessoa responsável pela unidade familiar.

Quanto à inscrição do segurado especial, e comum que não possua a inscrição na Previdência Social, o qual não ocasiona prejuízo nenhum, pois, ao filiar a atividade laboral, somente tendo ciência da existência na ocasião da entrada do requerimento administrativo pelo benefício de aposentadoria, auxílio-doença ou pensão por morte.

3.3 Do segurado especial

Com a Constituição Federal de 1988 determinou a igualdade entre os trabalhadores urbanos e rurais, na Seguridade Social ao estabelecer a uniformidade e equivalência de benefícios e serviços.

No qual, tratou a igualdade e também estabeleceu às peculiaridades de cada categoria, o que não pode se esquecer de em relação aos trabalhadores rurais.

COSTA e COSTA conceitua o segurado que: ―entende-se por segurado especial aquele pequeno proprietário, do meio rural e da pesca, que exerce suas atividades sem a utilização de empregados, em regime de economia familiar ou de forma individual‖21.

TAVARES trata que:

É o produtor, parceiro, meeiro ou arrendatário rurais, o pescador artesanal e seus assemelhados, que exerçam suas atividades, individualmente ou em regime de economia familiar, com ou sem auxílio eventual de terceiros, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros e filhos maiores de dezesseis anos de idade ou a ele equiparados, desde que trabalhem comprovadamente com o grupo familiar respectivo22.

AMADO define segurado especial como:

É considerado segurado especial a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou regime de economia familiar, ainda que com o auxilio eventual de terceiros a título de mútua colaboração, na condição de:

a) Produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade:

_____________________

21TAVARES, Marcelo Leonardo. 2003, p. 50.

22Cf., COSTA, José Ricardo Caetano; COSTA, Maria Regina Caetano. Ago. 2008, p. 55-61.

(25)

 Agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais, ou (...)23.

Ao tratar das peculiaridades de determinados trabalhadores, o art. 195, § 8º, cita que a contribuição para a Seguridade Social em regime diferenciado são eles: ―o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes‖, que incidirá ―mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização de sua produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei‖.

Mas, coma Emenda Constitucional de 20/98, incluiu o garimpeiro. No qual, em redação original, o art. 11, VII, do PBPS (repetida pelo PCSS), o garimpeiro foi incluso no rol dos segurados especiais. Para tanto, com a inclusão da Lei nº 8.398, de 07.01.1992, o garimpeiro deixou de ser segurado especial e, atualmente, está enquadrado como contribuinte individual pela Lei nº 9.876/99 (art. 11, V, b, do PBPS).

O art. 11, VII, do PBPS (disposição contida também no art. 12, VII, do PCSS), na redação da Lei nº 11.718, de 20.06.2008, determina o segurado especial como: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de:

a) o produtor, sendo ele proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade: agropecuária em área de até 4 módulos fiscais e de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inc. XII do caput do art. 2º da Lei nº 9.985, de 18.07.2000, e faça dessas atividades o principal meio de vida.

O art. 7º, §1º, da IN 45/2010, esclarece:

§ 1º Para efeito da caracterização do segurado especial, entende-se por:

I - produtor: aquele que, proprietário ou não, desenvolve atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, por conta própria, individualmente ou em regime de economia familiar;

II - parceiro: aquele que tem contrato escrito de parceria com o proprietário da terra ou detentor da posse e desenvolve atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, partilhando lucros ou prejuízos;

_____________________

23AMADO, Frederico. 2016, p. 163.

(26)

III - meeiro: aquele que tem contrato escrito com o proprietário da terra ou detentor da posse e da mesma forma exerce atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, partilhando rendimentos ou custos;

IV - arrendatário: aquele que, comprovadamente, utiliza a terra, mediante pagamento de aluguel, em espécie ou in natura, ao proprietário do imóvel rural, para desenvolver atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, individualmente ou em regime de economia familiar, sem utilização de mão- de-obra assalariada de qualquer espécie;

V - comodatário: aquele que, por meio de contrato escrito, explora a terra pertencente a outra pessoa, por empréstimo gratuito, por tempo determinado ou não, para desenvolver atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira;

VI - condômino: aquele que explora imóvel rural, com delimitação de área ou não, sendo a propriedade um bem comum, pertencente a várias pessoas;

VII - usufrutuário: aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural, tem direito à posse, ao uso, à administração ou à percepção dos frutos, podendo usufruir o bem em pessoa ou mediante contrato de arrendamento, comodato, parceria ou meação;

VIII - possuidor: aquele que exerce sobre o imóvel rural algum dos poderes inerentes à propriedade, utilizando e usufruindo da terra como se proprietário fosse;

IX - pescador artesanal: aquele que, individualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou meio principal de vida, desde que não utilize embarcação; ou utilize embarcação de arqueação bruta igual ou menor que seis, ainda que com auxílio de parceiro; ou, na condição exclusiva de parceiro outorgado, utilize embarcação de arqueação bruta igual ou menor que dez, observado que24:

Com a alteração da Lei nº 11.718/2008 foi importante, pois, passou a tratar a área rural aonde o segurado desempenha suas atividades não possa ser superior a 4 módulos fiscais. E na situação que, o trabalhador rural for contribuinte individual, na forma disposta no art. 11, V, a.

Para tanto, se calcula o módulo fiscal que dividi a área aproveitável total pelo módulo fiscal do Município (§ 3ºdo art. 50), que o que constitui área aproveitável do imóvel rural a que for passível de exploração agrícola, pecuária ou florestal (§ 4º).

AMADO também diz que:

No caso do produtor rural que explore atividade rural agrícola ou pecuária, apenas será considerado como segurado especial aquele cujo prédio rústico tenha área equivalente a até 04 módulos fiscais, pois a exploração em terra com dimensão maior afasta a caracterização da atividade familiar de subsistência25.

_____________________

24BRASIL. Artigo 7º, §1º. Instrução Normativa INSS/PRES nº 45, 2010.

25AMADO, Frederico. 2016, p. 164.

(27)

Quanto à limitação da área somente será aplicada para o tempo rural após 23/06/2008, data da vigência da Lei nº 11.718/2008, nos termos do artigo 20 da Instrução Normativa INSS 77/2015, pois com a nova lei não pode reger relações que são pretéritas ao prejuízo do segurado, que anteriormente inexistia os limites no regramento pretérito.

AMADO26 menciona sobre o módulo fiscal: ―o módulo fiscal variará de acordo com a região do Brasil, conforme as instruções normativas especiais editadas pelo INCRA, sendo também utilizado para o cálculo do Imposto Territorial Rural‖.

Para tanto, o módulo fiscal e calculado sobre a área total pelo módulo fiscal do Município (§ 3ºdo art. 50), que constitui área aproveitável do imóvel rural a que for passível de exploração agrícola, pecuária ou florestal (§ 4º).

Ao tratamos sobre o módulo fiscal, pode o segurado especial outorgar até a metade do seu prédio rústico de até 04 módulos fiscais sem perder a condição, mas, desde que ocorra quando exerce a atividade rurícola para sua subsistência, cabendo ao outorgado também desempenhar a mesma atividade rural.

Nos termos do art. 9º, §5º do RPS, determina regime de economia familiar como a atividade em que o trabalho dos membros da família é imprescindível à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico familiar, que é exercido nas condições de dependência e colaboração, sem possuir empregados.

Entretanto, pode o segurado especial contratar uma pessoa/ano por até 120 dias, duas pessoas/ano por até 60 dias, três por até 40 dias, e assim consecutivamente. Mas, conforme determina a Lei nº 12.873/2013, tais períodos não serão computados para eventual período de afastamento diante da percepção para requerer o benefício de auxílio doença.

Atualmente o segurado especial pode exercer atividade paralelamente sendo atividade turística em sua propriedade, como hospedagem, mas, não pode ser ultrapassado 120 dias por ano, pois, se for realizado pelo período maior ser a caracterizado o turismo como atividade principal do trabalhador rural, cabendo assim a cessar a filiação do segurado como especial.

b) o pescador artesanal que faz da pesca profissão habitual, para meio de sobrevivência.

_____________________

26Idem. p. 164.

(28)

O art. 7º, § 1º, X, da IN 45/2010, enquadra o marisqueiro na categoria de segurado especial: aquele que, sem utilizar embarcação pesqueira, exerce atividade de captura ou de extração de elementos animais ou vegetais que tenham na água seu meio normal ou mais frequente de vida, na beira do mar, no rio ou na lagoa.

Diante do Decreto nº 8.499, com alteração da Lei nº 13.135/2015 de 12 de agosto de 2015, que alterou o art. 9º, §14, do RPS passou a considerar que ―ao pescador artesanal aquele que realiza atividade de apoio à pesca artesanal, exercendo trabalhos de confecção e de reparos de artes e petrechos de pesca e de reparos em embarcações de pequeno porte ou atuando no processamento do produto da pesca artesanal‖. Assim sendo, obteve uma ampliação que enquadra o segurado especial.

Portanto, o pescador artesanal também passou a ser considerado como segurado especial, sendo que é aquele exerce individualmente ou em regime de economia familiar, e que faz da pesca sua profissão habitual ou principal da sua vida.

Salvo, nas situações do inciso I, que não seja utilizado a embarcação de pequeno porte, conforme a Lei nº 11.959 de 29 de junho de 2009, a teor do Decreto nº 8.424/2015.

c) o cônjuge ou companheiro, aos maiores de 16 anos de idade ou equiparado, ao segurado de tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovam que exerçam atividades em economia familiar.

Para caracterizar o cônjuge, o companheiro ou o filho maior de 16 anos de idade como segurado especial cabe comprovar atividades laborais do grupo familiar, e assim trata a Lei nº 11.718/2008.

Importante destacar que, antes da Lei nº 11.718/2008, a idade mínima para a filiação do segurado especial era de 14 anos, passando ser agora de 16 anos de idade, e antes da Lei nº 8.213/91 a idade mínima era de 12 anos de idade do trabalhador rural.

A atividade como segurado especial cabe ser exercida individualmente ou em regime de economia familiar, mesmo com o auxílio eventual de terceiros.

O art. 11, §1º, que foi repetido pelo § 2º do art. 12 do PCSS, possui o conceito de regime de economia familiar: ―a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico

(29)

do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes‖.

No entanto, o rol de dependentes é equiparado no art. 16, §2º, da Lei nº 8.213/91: ―o enteado e o menor tutelado, mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento‖.

Mas, se o trabalhador rurícola realizar a contratação de empregados descaracteriza o regime de economia familiar, mas, a lei aceita o auxílio eventual de terceiros. E conforme determina o § 6º do art. 9º do RPS, que trata sobre o auxílio eventual de terceiros diz que: ―exercido ocasionalmente, em condições de mútua colaboração, não existindo subordinação nem remuneração‖.

3.4 Da contribuição

As contribuições previdenciárias possuem a modalidade de contribuição para o custeio da seguridade social, que afeta o pagamento dos benefícios do Regime Geral da Previdência Social, portanto, não possui outra finalidade e assim trata o art.

167, inciso XI, da Constituição Federal.

Por força do art. 195, §8º da Constituição Federal, a contribuição do segurado especial e diferenciada: ―o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei‖.

Conforme determina o art. 25, da Lei nº8.212/91, trata que a contribuição do segurado especial possui uma alíquota total de 2,1% sobre a receita proveniente da comercialização de sua produção, sendo que 2,0% de contribuição básica e 0,1%

para o custeio dos benefícios diante dos acidentes de trabalho.

Portanto, quanto à contribuição do segurado especial não contribuem com a base do salário de contribuição, mas, com a receita que provem da comercialização de produção.

Importante destacar que, quanto ao segurado especial não possui a responsabilidade pelo recolhimento da sua contribuição previdenciária, mas, pela

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