Ediç ã
Edição 316 Ano XXIII Setembro de 2015 Viçosa-MGVeja também nesta edição
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Informativo da Produção de Leite
Visita do Tobias ao produtor Sérgio Henrique V. Maciel
Fazenda Oásis
Eu já sabia...
Mesmo com a retração econômica que assola o Brasil neste ano de 2015, arrastando na esteira da crise o aumento do índice de desemprego no país, que já se aproxima de 20% da população economicamente ativa, principalmente junto aos jovens na faixa etária de 18 anos aos 25 anos, a situação com os profissionais egressos do PDPL/PCEPL é diferente.
Para o PDPL/PCEPL, falta de emprego “é para os fracos”, pois felizmente podemos comemorar: 3 meses após a formatura de julho/2015, a média de 73% de empregabilidade foi mantida. De um total de 15 profissionais, 11 se encontram posicionados no mercado de trabalho.
Além das tradicionais empresas contratantes, tivemos um profissional seguindo a carreira científica - decidiu por fazer mestrado no departamento de fitotecnia da UFV - outras novidades, como a QCONZ, que atua no mercado de processos para produção de leite com qualidade, o laticínio GODAM e a Cooperabaeté/CCPR, através da sua fábrica de rações. É o PDPL/PCEPL aumentando a sua capilaridade e abrangência em nível nacional.
Para 2015/2016, pretendemos estabelecer novas parcerias, com objetivo de fortalecer o treinamento e capacitação dos nossos estagiários nas áreas de sustentabilidade; política leiteira e fábricas de ração.
A alta taxa de empregabilidade do PDPL/PCEPL se deve à sintonia que estabelecemos com as novas demandas do mercado profissional, valorizando e otimizando os resultados de uma parceria pública privada idealizada pela UFV há quase 30 anos, tida como exemplar, pioneira e uma das mais bem sucedidas na área de extensão universitária e formação e capacitação profissional do Brasil.
Agradecemos a todos estagiários, produtores e parceiros - UFV, Nestlé, Itambé, Sebrae e Funarbe - pelo apoio e confiança nos nossos Programas, pois cada vez mais temos a certeza que juntos seremos mais fortes.
Alexandre F. de Oliveira Zootecnista Arthur F. Magalhães
Médico Vaterinário Breno Pires Moreira
Zootecnista
Bruno Araújo Marzullo Médico Veterinário
Douglas Teixeira Saraiva Zootecnista
Henrique Andrade Siman Zootecnista
Rodrigo da Silva Ferreira Zootecnista Vanessa Martins F. de Freitas
Agrônoma
Wagner da Silva Machado Zootecnista
Igor Teixeira Santana Agrônomo
Joana Fortes Toledo Médica Veterinária
Lucas Diogo Fontes Zootecnista
Lucas Henrique Barbosa Zootecnista
Luiz Felipe Garcia Costa Zootecnista Paloma Moreira Leijoto
Zootecnista
Dicas para decidir a hora de comprar um sucedâneo
de leite de boa qualidade
Mão de Obra Contratada na Fazenda Tum Tum
Qualidade do Leite:
Pós-dipping ajuda no combate a mastite
Bruna Xaier
Estudante de Zootecnia
Thiago Ribeiro Souza Estudante de Zootecnia
Ergotamina no sorgo: a doença que faz a planta “chorar”
Dica do Zootecnista
PDPL
Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira
PCEPL
Programa de Capacitação de Especialistas em Pecuária Leiteira
Publicação editada sob a responsabilidade do Coordenador
do PDPL/PCEPL Adriano Provezano Gomes
Redação:
Christiano Nascif Zootecnista
Marcus Vinícius C. Moreira Médico Veterinário André Navarro Lobato
Médico Veterinário Thiago Camacho Rodrigies
Engenheiro Agrônomo
Diagramação e coordenação gráfica:
Regiane Valéria Magalhães
Endereço do PDPL:
Ed. Arthur Bernardes Subsolo/Campus da UFV
Cep: 36570-900 Viçosa-MG Telefax: (31)3899-5250
E-mail: pdpl@ufv.br Site: www.pdpl.ufv.br
Facebook:
PDPL Minas Gerais
Informativo da Produção de Leite
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Dicas para decidir a hora de comprar um sucedâneo de leite de boa qualidade
A criação de bezerros em aleitamento traz alto custo para os produtores, sendo que até 80% dos gastos vem do leite. Para reduzir esses custos, algumas medidas podem ser tomadas, como o uso de sucedâneo de leite, que são produtos i n d u s t r i a i s e m p ó , o n d e o s componentes do leite são substituídos por outros de origem animal ou vegetal.
Alguns aspectos são importantes ao se optar pelo uso de sucedâneos:
1. Menor preço em relação ao leite de vaca;
2. Deve conter grande quantidade de leite ou produtos lácteos;
3. Apresentar baixo teor de fibra e alta digestibilidade;
4. Ser rico em minerais, vitaminas e energia;
5. Proporcionar bom ganho de peso aos animais;
6. Ter boa diluição em água; e 7. Evitar diarréias e morte dos animais.
O r e c o m e n d a d o é q u e o sucedâneo contenha entre 18% e 22% de proteína bruta, entre 10% e 22% de gordura, 0,2% de fibra e vitaminas A, D e E. Além disso, proteínas de origem animal, como solúveis de carne e proteína concentrada de peixe, devem ser evitadas, pois resultam em baixo desempenho dos animais.
O sucedâneo deve ser preparado com água de boa qualidade e a temperatura deve estar entre 40 e 50°C, podendo ser fornecido em balde ou mamadeira. Os utensílios u t i l i z a d o s n a p r e p a r a ç ã o d o sucedâneo devem ser higienizados adequadamente. Esses cuidados reduzirão a incidência de diarreias, permitindo maior desempenho dos animais.
Os produtores devem estar atentos para a idoneidade do fabricante, a estabilidade de preço do produto, preço diferenciado em função da quantidade e frequência de aquisição e disponibilidade do produto. Baixa solubilidade (não dissolve facilmente na água, formando grumos), rejeição por parte dos animais e aparecimento de
diarréias são características de baixa qualidade dos sucedâneos.
O uso de sucedâneos nos permite desvincular o horário da ordenha do t r a t o d o s b e z e r r o s , e v i t a r a transmissão de doenças da vaca para o bezerro via leite e concentrar mais a mistura, aumentando o teor de matéria seca para obter resultados mais rápidos e eficientes no desempenho.
Os bezerros devem receber colostro e leite colostral nos primeiros 3 dias de vida. A partir daí, pode-se iniciar a alimentação com sucedâneos lácteos. Recomenda-se fornecer quantidade de sucedâneo lácteo equivalente a 10% do peso vivo do bezerro, divididos em, no mínimo, 2 tratos. Em função do manejo alimentar e do crescimento esperado dos bezerros, o fornecimento de sucedâneos pode ser aumentado até 5 a 6 litros/animal/dia, após 15 dias de idade.
Relação custo/benefício
Como exemplo de cálculo do custo/benefício do uso de sucedâneo para bezerras considerou-se os
seguintes dados:
1. Preço médio do leite pago ao produtor: R$0,91/litro
2. Preço de sucedâneo comercial:
R$5,40/kg (R$ 0,54/litro)
3. Diluição do sucedâneo: uma parte de sucedâneo e nove partes de água
4. Período de aleitamento das bezerras: 60 dias.
No exemplo acima, o custo com aleitamento utilizando sucedâneo foi R$ 56,40 mais baixo que o do leite integral, dando ao produtor a possibilidade de melhorar sua renda ao enviar maior quantidade de leite para a indústria. Entretanto, para a tomada de decisão, também deve ser levada em consideração a oferta de leite descarte na propriedade, a facilidade no manejo e o desempenho dos animais, visto que o sucedâneo proporciona menor ganho de peso aos animais quando comparado ao leite integral de aproximadamente 0,45 kg/dia.
Hoje em dia, com as mudanças climáticas que vêm ocorrendo e a falta de chuvas, uma cultura que vem sendo cada vez mais utilizada pelos produtores é o sorgo.
O sorgo está sendo plantado em substituição ao milho, por ter valor nutritivo em torno de 80-90% deste, p r i n c i p a l m e n t e n a é p o c a d a safrinha, quando tem menor índice pluviométrico, visto que o sorgo suporta bem o déficit hídrico, conseguindo se desenvolver melhor.
Mas o sorgo, como todas as culturas está sujeito a doenças. Uma dessas doenças que pode causar grandes p e r d a s d e p r o d u t i v i d a d e é a ergotamina. Também conhecida como doença açucarada, mela das inflorescências, gota-de-mel ou secreção doce, ela é causada por um fungo e ataca a panícula do sorgo. É identificada no campo pela presença de gotas de um líquido viscoso e esbranquiçado nas inflorescências das plantas atacadas. O ataque nas inflorescências pode causar perda na quantidade de grãos e redução na qualidade dos grãos sadios.
A produção do líquido chega a gotejar nas folhas e no solo e, pelo fato de o líquido ser açucarado, atrai insetos e animais que vão contribuir n a d i s s e m i n a ç ã o d a d o e n ç a . As gotas que caem no solo são um grande problema, pelo fato de, mesmo após o corte do sorgo, permanecerem nos restos culturais, solo e plantas daninhas, deixando a área contaminada com a doença.
Muitos produtores podem encontrar essa situação em suas lavouras, como o que ocorreu na fazenda Oásis, do produtor Sérgio Maciel, em alguns pontos na rebrota do sorgo safrinha. Portanto, deve-se adotar alguns métodos de manejo da cultura para evitar a ergotamina, como: eliminação de restos de c u l t u r a s c o m f u n g o s , u s o d e sementes sadias, pulverização nas i n fl o r e s c ê n c i a s a f e t a d a s c o m fungicidas apropriados, manejo nutricional da planta, como o uso de adubação equilibrada e rotação de cultura com plantas não hospedeiras do fungo, para reduzir o nível de infestação no campo.
A prevenção ou o controle correto da doença, diminui os riscos para os produtores que adotam o sorgo como a cultura da safrinha, garantindo uma
boa produtividade.
Panícula atacada pelo fungo Leite Sucedâneo Preço por litro R$ 0,91 R$ 0,54 Quantidade fornecida 4L 5L Custo do aleitamento(60 dias) R$ 218,40 R$ 162,00 Especificação
Visita do Tobias ao Produtor...
- Olá amigos, meu nome é Tobias e faço parte da equipe PDPL/PCEPL.
PDPL/PCEPL: desde 1988, aliando teoria à prática!
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- Vim até aqui para mais uma das nossas visitas e conhecer mais uma fazenda assistida pelos programas.
- Olha o Sérgio aí...
- Na companhia do senhor Pedro, os estagiários Felipe, Roberta e Thiago farão um passeio pela Fazenda Oásis para conhecer um
pouco mais da sua história e do que anda acontecendo por lá.
- No ano de 1994, foi iniciada a atividade leiteira na fazenda com
um rebanho de 110 animais mestiços e produção média de
200L/dia. Em 1996, iniciou a parceria com o PDPL/PCEPL que
dura até hoje.
- A Fazenda Oásis, situada no município de Coimbra,
pertence ao produtor Sérgio Henrique Viana
Maciel.
- Animais de genética apurada, com média de 48 vacas em lactação e produção diária de 1.000 L/dia, e bons resultados econômicos, mesmo em um
cenário macroeconômico difícil.
Felipe Navarrete
Estudante de Med.Veterinária Thiago Ribeiro
Estudante de Zootecnia Roberta Gonçalves Estudante de Zootecnia - Possui uma ordenha espinha de
peixe e quatro conjuntos de teteiras em sua propriedade.
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- Com tais resultados, a Fazenda Oásis chega a produzir uma média de
7.350 litros/ha/ano.
- A propriedade conta com uma área de 51 ha para o
leite.
- É dividida em infraestruturas, pastagens, canavial, áreas para plantio de milho, sorgo e
cultura de inverno, além de áreas de preservação natural.
Canavial
Área Sorgo
Capineira
- Com três represas artificiais, a fazenda possui uma boa área
irrigada e, desta forma, é autossuficiente na produção de
alimento para os animais durante o ano todo
Pastagem de Aveia Preta e Azevém
- Durante o inverno, o Sr. Sérgio Maciel opta por utilizar a área para o
plantio de culturas da estação. O piqueteamento traz uma série de vantagens sanitárias, principalmente
econômicas, como a redução com volumosos e concentrados.
Vacas no pasto de aveia preta e azevém
após a ordenha
-A fazenda conta com bons´índices zootécnicos, bom ganho de vacas em lactação, boa produção por vaca, entre
outros indicadores.
-Ao longo desses 19 anos de parceria, a Fazenda Oásis
vem evoluindo cada vez mais. Com o empenho do Sr.
Sérgio e o suporte do PDPl/PCEPL pretendemos melhorar ainda mais o que já
vem dando certo.
- Continuará investindo na plantação de forragens de inverno, aumentando a área de canavial, a eficiência do uso da terra, o rebanho e
a média de produção, garantindo renda ao produtor com sustentabilidade ambiental e social.
-Bom... vou terminando por aqui esse agradável passeio. Espero que tenham gostado.
-Um forte abraço e até o mês que vem!!
Índice Unidade Faz. Oásis Meta
Ganho de peso ponderal médio Kg 0,728 > 0,6 Ganho de peso mensal médio Kg 0,987 > 0,6 Idade ao primeiro parto prevista Meses 24 < 28
Mortalidade de vacas % 3 < 5
Mortaldade de novilhas % 3 < 5
Vacas em lactação/Total de vacas % 83 ≥ 83 Vacas em lactação/Rebanho total % 40 ≥ 40
Média de produção/Vaca L/Vaca 21 22
CBT médio Ufc/ml 6 < 300
CCS médio Cel/ml 430 < 500
- O uso de forragem de inverno fez com que, no período de utilização (3 meses), o produtor economizasse 33% do
gasto com concentrado. Além do acréscimo na produção de leite, que na
média aumentou 2litros/vaca/dia.
Lucas Araújo Marzullo Estudante de Zootecnia Pablo Freitas Paglioto
Estudante de Medicina Veterinária Jéssika Almeida Bitencourt
Estudante de Zootecnia
Dia de Campo PDPL/PCEPL Cultura de Inverno
Thiago Ribeiro Souza Estudante de Zootecnia
Mão de obra contratada na Fazenda Tum Tum
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Reprodução
No dia 12/09, foi realizado um dia de campo na Fazenda Oásis, no município de Coimbra, do produtor Sérgio Henrique Viana Maciel, reunindo todos os estudantes da 3ª fase do PDPL/PCEPL para discutir sobre a implantação e desenvolvimento das forragens de inverno (aveia e azevém), plantadas para o pastejo das vacas em lactação.
Esse evento foi realizado com o objetivo de mostrar como pode ser vantajoso o uso dessas culturas nessa época do ano, em conjunto com as práticas adequadas de manejo, de maneira a otimizar o uso da terra. Foram mostrados os custos de implantação e manutenção, as vantagens e limitações da utilização dessas culturas, bem como alguns dados da fazenda em anos anteriores em que o produtor havia feito o plantio dessas forragens.
Buscou-se mostrar como foi a evolução do manejo ao longo dos anos, como na silagem de milho, possibilitando aumento médio de 2 litros/vaca/dia e uma boa cobertura para plantio direto.
O evento foi de grande aprendizado, visto que na região essas forragens
são pouco utilizadas e existem condições climáticas para o plantio.
Possibilitou aos alunos discutir e tirar dúvidas sobre o assunto, podendo levar para os produtores mais uma alternativa para época da seca e melhorar o aproveitamento da terra para produção de alimento para vacas.
Atualmente, na pecuária de leite, as questões que envolvem mão de obra têm sido um grande desafio. Na gestão de custo de uma propriedade leiteira deve-se priorizar a relação custo e rendimento da mão de obra na produção, uma vez que quem ganha mais é quem tem mão de obra treinada, motivada e capacitada.
Na propriedade do produtor
Áureo de Alcântara, trabalham Sinésio da Cruz Vaz (Preto), sua esposa Lilian Aparecida Medina Vaz e seu irmão Lucas da Cruz Vaz, os quais, em entrevista para o PDPL, relataram o quanto sentem a importância da valorização dos seus serviços prestados à propriedade.
Em julho de 2011, Sinésio foi c o n t r a t a d o p a r a g e r e n c i a r a propriedade e se mudou, com sua esposa e um casal de filhos, para a fazenda. Ele relatou que “no começo havia algumas dificuldades quanto ao manejo da atividade, pois o produtor tinha iniciado a atividade há poucos anos e estava passando por uma fase de transição. Com alguns ajustes, como a troca do volumoso fornecido, o confinamento dos animais, aquisição de máquinas agrícolas, além da ajuda e atenção do produtor, o serviço ficou melhor".Posteriormente, Lilian foi contratada para fazer a parte de ordenha e, mais recentemente, Lucas foi contratado para ajudar nos serviços gerais da fazenda.
Os funcionários relataram várias vantagens de trabalharem na fazenda Tum Tum, como a atenção do produtor em ajudá-los nos desafios do dia a dia, remuneração justa dos serviços prestados, adequada bonificação por prenhês, localização da fazenda próxima à cidade, o que facilita o acesso à escola para os filhos, assim como boa qualidade de vida para toda a família, pois o produtor oferece aos funcionários casa bem estruturada, além de isenção de aluguel, água e energia.
Desde que foi contratado, Sinésio conseguiu adquirir alguns bens.
S e g u n d o e l e , o t r a b a l h o n a propriedade foi fundamental para isso. Um desses bens foi a compra de um sítio com aproximadamente 12ha, para onde pretende se mudar com a família e iniciar alguma atividade no local para ter um renda extra; porém sem deixar a atividade leiteira na fazenda Tum Tum.
Ao final da entrevista, relataram a satisfação com o trabalho na atividade e as oportunidades que tiveram de aprendizado com o trabalho do PDPL/PCEPL na fazenda, dizendo que houve grande transferência de conhecimento entre o produtor, funcionários e os Programas.
Este é apenas um exemplo do
quanto a capacitação dos funcionários, reuniões de serviços, troca de informações profissionais, ouvir, respeitar e levar a sério as opniões dessas pessoas, são importantes para o sucesso da atividade. Demonstrando que é possível um funcionário fazer patrimônio com o trabalho árduo, com planejamento familiar e boa gestão do seu dinheiro.
A pecuária leiteira é uma atividade movida a detalhes, portanto o empregador e o empregado têm de gostar e dedicarem muito, caso contrário as chances de insucessos são grandes.
Sinésio com sua esposa Lilian e seu filho Maycon
Sinésio e seu irmão Lucas
Rayssa (filha)
Momento para reunião do Dia de Campo
Qualidade do Leite
Pós-dipping ajuda no combate a mastite
Arthur Frederico Magalhães Ex-estagiário do PDPL/PCEPL Nathália CecíliaGonxaga Estudante de Zootecnia
Ord. Produtores Minicípio Produção
1 Antônio Maria Cajuri 172.468
2 José Afonso Frederico Coimbra 74.071
3
Paulo Cupertino Coimbra 32.231
4
Hermann Muller Visc. do Rio Branco 63.917
5 Rafaela A. de Castro Guaraciaba 42.909
6 Cristiano Lana Piranga 42.343
7
Lúcio Flávio Dores do Turvo 51.957
8 Sérgio Maciel Coimbra 29.220
9 Geraldo Aleixo Porto Firme 27.876
10 João Bosco Diogo Porto Firme 25.079
As 10 maiores produções do mês de Agosto de 2015
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Ord. Produtores Minicípio
1 Antônio Maria Cajuri 25,9
2
Sérgio Maciel Coimbra 17,1
3 Áureo Alcântara Guaraciaba 19,3
4
Rogério Barbosa Ponte Nova 17,3
5
João Bosco Diogo Porto Firme 19,0
6 José A. Frederico Coimbra 17,8
7
Marcos Paulo Canaã 17,9
8
Rafaela Araújo Guaraciaba 19,6
9 Luís H. Castro Paula Cândido 16,5
10 Hermann Muller Alaelson José 15,5
As 10 maiores protividades do mês de Agosto de 2015
Prod. vaca em lactação Produt. vaca total
30,1
20,3 24,5
18,8 22,6 19,9 21,5 28,0
16,5 18,7
Higiene durante todo o processo de ordenha é fundamental para a o b t e n ç ã o d e u m p r o d u t o d e qualidade. Assim, uma das práticas benéficas para o combate à mastite é a utilização das soluções dipping, pré e pós. Hoje abordaremos alguns pontos a serem observados em um pós- dipping, tornando viável sua utilização em vacas leiteiras.
O pós-dipping consiste na imersão completa do teto ou aspersão, por meio de spray, de uma solução “desinfetante” após o período de ordenha. Esta é uma prática
bastante eficiente para o controle e redução dos casos de mastite contagiosa no rebanho. No mercado encontramos diversas soluções disponíveis para esse fim, como o iodo, que apresenta os melhores resultados com concentrações entre 0,7-1,0%, a clorexidina 0,5-1,0% e o ácido lático a 2%. Na prevenção de mastites contagiosas, os melhores resultados foram observados com as soluções de iodo e ácido lático.
A principal característica de um produto pós-dipping é ser germicida ou seja, destruir ou inibir o desenvolvimento dos micro- organismos. Além disso, deve apresentar boa visibilidade - a ideia é que o ordenhador possa ver o produto cobrir corretamente a superfície necessária - além de apresentar baixo
índice de gotejamento, ou seja, mais produto no teto da vaca e não no chão, associado a uma boa capilaridade, permitindo que o produto entre nas fissuras existentes na pele do teto, formando uma “barreira” por toda estrutura.
A correta escolha de um produto pós-dipping minimiza gastos desnecessários com tratamentos dispendiosos. Não há produto que faça milagre. Devemos ter atenção especial com todos os procedimentos de higiene e saúde das vacas.
Realizado no dia 26 de Setembro de 2015, na fazenda Nô da Silva, localizada no município de Cajuri – MG, do proprietário Antônio Maria da Silva Araújo, o Dia de Campo enfatizando a prática de regulagens de máquinas.
O Sr. Antônio é um produtor bem tecnificado e sempre procura melhorar o manejo e o planejamento da sua produção. Nesta época, período em que os produtores se preparam para a produção da safra de volumosos, é muito importante que os maquinários estejam devidamente regulados.
Afinal, regular bem máquinas, implementos e ferramentas agrícolas é a base para a execução eficaz e o
Regulagem de Máquinas
sucesso na produção.
A fazenda Nô da Silva oferece uma oportunidade ímpar para o treinamento dos estagiários do PDPL/PCEPL, a fim de aprimorar o conhecimento, principalmente no âmbito prático.
No evento, foi realizado o treinamento em uma plantadeira de quatro linhas e um pulverizador de barra. A atividade foi comandada pelos engenheiros agrônomos Rogério e Lucas, que puderam contribuir com sua vasta experiência e conhecimento sobre o assunto.
Além de abordar aspectos práticos do dia-dia no campo, o evento proporcionou pontos de discussão de base teórica, fundamentando ainda mais a aprendizagem durante dos participantes.
Cléber Costa Lelis Estudante de Agronomia
Engenheiro Agrônomo, Rogério, Durante o curso de regulagem de máquinas
Reprodução
Momento do pós-dipping